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Obs1.: indeferir a petição inicial não significa que o autor não possua o direito na
relação material, mas sim que a petição foi malfeita, mal elaborada. Dessa forma, o
indeferimento diz respeito a questões formais e funciona como uma PUNIÇÃO pela má
elaboração por parte do autor.
Obs2.: o que extingue o processo não é a mera PRESENÇA DO VÍCIO, mas sim a
omissão ou inercia do autor em corrigir a tempo, de acordo com o prazo fixado em lei.
Tanto um juiz singular quanto o tribunal por meio do relator ou de uma turma podem
proceder com o indeferimento. Este, or sua vez, pode ser total ou parcial, quando
apenas parte da demanda for indeferida. Contra esta decisão, cabe o chamado
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Esse indeferimento parcial NÃO EXTINGUE o processo,
devendo o jjuiz DETERMINAR A CORREÇÃO por parte do autor. ele pode, por sua vez,
abrir mao do pedido que foi indeferido ou corrigir utilizando os meios adequados para
cada uma de suas demandas
Art. 330.
I - for inepta a inépcia diz respeito à presença de VÍCIOS na elaboração do pedido e/ou da
causa de pedi. Esse referido erro na elaboração requer correção. Lembrar que o pedido certo e
determinado é um requisito obrigatório da petição inicial, bem como a fundamentação da
causa de pedir.
II - a parte for manifestamente ilegítima; esse é um vício relativo à QUALIFICAÇÃO. O juiz,
através da leitura da petição, é capaz de identificar que a pessoa indicada como parte não
participou da relação de direito material que deu origem ao conflito. Ocorre, por exemplo,
quando se cobra uma dívida de alguém que não é o devedor e nem tem qualquer relação de
solidariedade ou garantia relativo à dívida. Essa falta de legitimidade seria sanável apenas
quando no PÓLO PASSIVO. Caso o autor da demanda, isso é, aquele que está no POLO ATIVO
careça de legitimidade, estamos falando de um VÍCIO INSANÁVEL, que ocasionará a extinção do
processo sem julgamento do mérito.
III - o autor carecer de interesse processual; O juiz identifica a falta de um dos três elementos
que compõem o chamado interesse processual. Seria a falta de
b. Artigo 321 O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Esse artigo faz referencia a uma categoria residual que abrange todos os demais defeitos
possíveis na petição inicial que não se enquadram nas hipóteses anteriores, como é o caso da
ausência da fixação de valor, ausência da opção quanto à audiência preliminar, não pagamento
das custas, etc.
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; o pedido e a causa de pedir são elementos obrigatórios.
A sua omissão torna a petição inepta e, por isso, precisa ser emendada/aditada.
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; os fatos e o pedido devem
guardar entre si clareza e coesão, ou seja, devem ser logicamente compatíveis. Não é possível,
por exemplo, pedir a nulidade de um casamento e um divórcio. O pedido de divórcio
pressupõe a existência de um casamento valido – a partir do momento que se pede a nulidade
do casamento, o divórcio não pode ser simultaneamente pedido.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na
petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de
quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo
contratados.