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CURSO

DE PINTURA INDUSTRIAL

C.S.E.

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DOCUMENTO PARA USO INTERNO – REPRODUÇÃO / IMPRESSÃO PROIBIDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA C.S.E. EM
NECESSIDADE DE CÓPIA, SOLICITAR AO REPRESENTANTE DA DIREÇÃO.
ÍNDICE

Assunto

1 - INTRODUÇÃO / FINALIDADE DA PINTURA

2 - ATIVIDADE E RESPONSABILIDADE DO PINTOR / CORROSÃO

3 - MEIOS CORROSIVOS MAIS COMUNS

4 - ASPECTOS DA CORROSÃO / GRAUS DE CORROSÃO

5 - CONCEITUAÇÃO DE PINTORES E ESQUEMAS DE PINTURA /


CONSTITUINTES DE UMA TINTA

6 - MECANISMOS DE FORMAÇÃO DE PELÍCULAS

7 - PRINCIPAIS TINTAS / PREPARAÇAO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA /


LIMPEZA DE SUPERFÍCIES DE AÇO POR COMPOSTOS QUÍMICOS (ABNT
NBR 15185) / TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DE AÇO COM FERRAMENTAS
MANUAIS E MECÂNICAS (ABNT NBR 15239)

8 HIDROJATEAMENTO (N-9) / TRATAMENTO DE SUPERFICIE DE AÇO COM


JATO ABRASIVO

9 – ABRASIVOS / PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE TINTAS

10 - APLICAÇAÕ DE ESQUEMA DE PINTURA

11 - RETOQUES EM ESQUEMAS DE PINTURA INDUSTRIAL E DE


MANUTENÇÃO / REGRAS GERAIS DE RETOQUES / CONTROLE DE
QUALIDADE DA APLICAÇAO DO ESQUEMA DE PINTURA / EXECUÇAO E
APARELHAGEM

12 - DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO ABRASIVO (N-9) /


DETERMINAÇÃO DA PRESENÇA DE IMPUREZAS NO ABRASIVO (N-9) /
EXAME VISUAL DE FALHAS NA PELÍCULA (N-13)

13 - MEDIÇÃO DAS TEMPERATURAS AMBIENTE E DA SUPERFÍCIE (N-13) /


MEDIÇÃO DE UMIDADE RELATIVA DO AR
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14 – SEGURANÇA MEIO AMBIENTE E SAÚDE.

INTRODUÇÃO

A pintura industrial constitui-se no método de proteção anti-corrosiva de maior utilização


na vida moderna. Pela sua simplicidade, proteger por pintura tem sido exaustivamente
utilizado pelo homem nas suas construções e objetos confeccionados em aço.

O aço é nos tempos atuais, e foi durante todo o século, o principal material de construção
industrial, porém, devido à corrosão, só é possível o sucesso de sua utilização com o
emprego de revestimentos eficazes, destacando-se neste caso o revestimento por
pintura, que é um revestimento anti-corrosivo normalmente orgânico, aplicado sobre a
superfície que se quer proteger.

É difícil precisar exatamente quando se usou pela primeira vez uma tinta, sabendo-se,
entretanto, que as primeiras tintas eram usadas em utensílios domésticos e na pintura
artística, sendo fabricadas de forma artesanal, sem os conhecimentos tecnológicos de
formulação de que se dispõem atualmente.

Muito se evoluiu no fim do século passado e no início deste século quanto à formulação
das tintas, em especial a partir do desenvolvimento dos polímeros, que se constituem em
toda a base das tintas modernas. Em todo o mundo tem-se hoje milhares de formulações
de tintas diferentes, fabricadas com matérias-primas as mais diversas.

O bom resultado da pintura industrial dependerá, entretanto, da observância de fatores


básicos, sem os quais não haverá proteção adequada, por longo período, a custo
compatível com o valor e o tempo de vida esperados para a estrutura.

FINALIDADE DA PINTURA

O termo genérico "pintura" pode ser estendido a três ramos da atividade humana:

- Pintura Artística;
- Pintura Arquitetônica;
- Pintura Industrial.

A pintura artística é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de
expressar uma arte. É usada na execução de quadros, painéis, murais, etc.

A pintura arquitetônica é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de
tornar agradável os ambientes. É usada na construção civil e, não obstante possa ter
também a finalidade protetora, visa fundamentalmente ao embelezamento das superfícies
revestidas.
A pintura industrial é aquela cuja finalidade principal é a proteção anti-corrosiva.
Apresenta, porém, outras finalidades complementares, tais como:

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* finalidade estética: torna a apresentação agradável;
* auxilio na segurança industrial;
* impermeabilização;
* diminuição de rugosidade;

* facilitar a identificação de fluídos em tubulações ou reservatórios;

* impedir a aderência de vida marinha ao casco de navios e bóias;

* permitir maior ou menor absorção de calor;

* reflexorização luminosa;

* identificação promocional;

ATIVIDADE E RESPONSABILIDADE DO PINTOR

* efetuar o preparo da superfície para eliminação da corrosão e de outras impurezas;

* homogeneização, mistura e diluição das tintas;

* aplicação das tintas;

* cuidar das ferramentas de trabalho para que elas estejam sempre em perfeitas
condições de uso;

* cuidar para que no final do expediente a área esteja limpa e arrumada;

* zelar pela sua segurança e dos demais colegas de trabalho.

CORROSÃO

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É a destruição de um metal ou liga metálica por mudança química, eletroquímica ou
dissolução física. A corrosão é um processo natural, exatamente o oposto da fabricação
do aço. O aço, quando exposto ao tempo ou a agentes corrosivos, volta a condição de
minério de ferro. A transformação do minério de ferro (da forma como é encontrado na
natureza) em ferro metálico bruto, chamado gusa, é feito em alto forno siderúrgico em alta
temperatura, com auxílio de carvão e outros materiais. Em fornos especiais, o ferro gusa
misturado a outras substâncias químicas transforma-se em aço.

Durante o processo de laminação a quente é que se forma a carepa de laminação. A


carepa de laminação é aderente e mais dura e frágil que o aço.

Problemas ocasionados pela corrosão ocorrem nas mais variadas atividades indústrias
químicas, petrolíferas, petroquímica, civil, automobilística, transportes, telecomunicações,
medicina, odontologia, etc.
O custo com a corrosão significa grande prejuízo para a nação. Os custos acontecem por
perdas diretas e indiretas.
São perdas diretas: substituição de peças ou equipamentos, mão de obra, energia, etc.
São perdas indiretas: perda de produtos (óleo, gás ou água), através de tubulações
corroídas. Interrupções de comunicação em cabos telefônicos.
As perdas indiretas são mais difíceis de serem calculadas e totalizam custos mais
elevados do que aqueles causados por perdas diretas.

MEIOS CORROSIVOS MAIS COMUNS

> ATMOSFERA
A ação corrosiva da atmosfera depende dos seguintes fatores: umidade relativa do ar,
poluentes (partículas sólidas e gases ), temperatura, tempo de permanência do eletrólito
na superfície metálica.
Em razão destes fatores, apresenta-se a classificação das atmosferas segundo a
corrosão relativa do aço carbono em diversas atmosferas:

* Atmosfera marinha: sobre o mar e na orla marítima (até 500 metros da praia), com
ventos predominantes na direção da estrutura a ser pintada;

* Atmosfera junto à orla marinha: aquela situada além de 500 metros da praia e até aonde
os sais possam alcançar;

* Atmosfera industrial: envolve regiões com muitos gases provenientes de combustão,


particularmente gases oriundos de combustíveis com alto teor de enxofre;

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* Atmosfera urbana e semi-industrial: nas cidades aonde se tem uma grande quantidade
de gases, provenientes de veículos automotores, e uma indústria razoavelmente
desenvolvida;

* Atmosfera rural e seca: locais, em geral no interior, onde não há gases industriais, sais
em suspensão e a umidade relativa do ar se apresenta em valores sempre mais baixos.

> SOLOS
Os solos contêm umidade e sais minerais. Alguns solos apresentam também
características ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com
sais dissolvidos.

> ÁGUAS NATURAIS


Dos rios, dos lagos ou do subsolo, podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou
bases, resíduos industriais, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-
se principalmente da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o
processo corrosivo.

> ÁGUAS DO MAR


Estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais, sendo desta forma um eletrólito
por excelência. Outros constituintes, como gases dissolvidos, podem acelerar os
processos corrosivos.

> PRODUTOS QUÍMICOS


Os produtos químicos, desde que em contato com água ou com umidade e sendo
ionizáveis, formam um eletrólito, podendo provocar corrosão eletroquímica.

ASPECTOS DA CORROSÃO

A corrosão pode ocorrer; quanto ao aspecto, sob diversas formas, e o conhecimento das
mesmas é muito importante no estudo de um processo corrosivo. A caracterização da
forma de corrosão auxilia bastante no esclarecimento do mecanismo e na aplicação de
medidas adequadas de proteção. Os aspectos mais comuns são:

* Uniforme: A corrosão se processa em toda a extensão da superfície, ocorrendo perda


uniforme de massa.

* Placas: A corrosão é localizada em regiões, formando placas com escavações.

* Alveolar: A corrosão produz sulcos ou escavações. Apresenta fundo arredondado e


profundidade geralmente menor que seu diâmetro.

* Puntiforme: A corrosão se processa em pontos ou em pequenas áreas localizadas


produzindo pites, que são cavidades apresentando profundidade geralmente maior que
seu diâmetro.

GRAUS DE CORROSÃO
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GRAU “A” - com a carepa de laminação praticamente intacta em toda superfície e sem
corrosão. Representa a superfície de aço recentemente laminada.

GRAU “B” - Superfície de aço com principio de corrosão, da qual a carepa de laminação
começa a se desagregar .

GRAU “C” - Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha saído


completamente desagregada pela corrosão ou possa ser retirada por meio de raspagem,
porém com pouca ou nenhuma cavidade visível a olho nu.

GRAU “D” - Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha saído


completamente desagregada pela corrosão e que apresenta uma intensidade
considerável de cavidades visíveis a olho nu.

CONCEITUAÇÃO DE PINTORES E ESQUEMAS DE PINTURA

* A aplicação de pintura industrial consiste na interposição de uma película., em geral


orgânica, entre o meio corrosivo e o material metálico que se quer proteger.

* Pintura é a hábil técnica de se aplicar tintas, a pintura industrial é o único meio de


controle da corrosão que proporciona simultaneamente o controle estético via o belo e o
múltiplo fenômeno da cor.

* O esquema de pintura menciona além do conjunto de tintas, maior detalhamento, por


exemplo: preparo de superfície, método de aplicação, diluição, bem como parâmetros
tipo: secagem, intervalo de repintura, rendimento, tipo de tinta, esquema de pintura em
função da superfície a ser pintada em relação ao meio corrosivo, etc.

CONSTITUINTES DE UMA TINTA

Na composição de uma tinta, as diversas matérias primas devem ser combinadas, de


maneira a formar uma suspensão homogênea de minúsculas partículas sólidas
(pigmentos), dispersas em um líquido (veículo), em presença ou não de componentes em
maiores proporções chamados aditivos. Após a aplicação em fina camada sobre uma
superfície, a tinta forma um filme que se solidifica por mecanismos de secagem ou cura,
tornando-se uma película contínua e aderente a essa superfície.

O veículo volátil (solvente) deve ter poder da solvência sobre o veículo volátil (resina) e
ser perfeitamente compatível com ele.

O veículo não volátil (resina) é o ligante ou aglomerante das partículas do pigmento.


Fazem parte também do ligante as resinas contidas nos agentes de cura e/ou
endurecedores, chamados, às vezes, mas erroneamente, de catalisadores, nas tintas de
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dois componentes. O veículo é o componente mais importante de uma tinta, conferindo-
lhe as qualidades mais significativas.

O pigmento é o componente que confere cor, opacidade ou ação anti-corrosiva às tintas,


são constituídos de pós, insolúveis e coloridos, e conferem poder de cobertura à tinta. O
poder de cobertura mede a capacidade que uma tinta tem de esconder o substrato.

Os aditivos não são essenciais, porém o seu uso melhora significativamente


determinadas características das tintas. Os aditivos são da mesma natureza que os
pigmentos mas não possuem poder de cobertura.
O solvente é o líquido volátil que dilui a resina, diminuindo a viscosidade da tinta.

Cada componente de tinta será abordado a seguir:

> Veículo

Volátil (solvente);

Não volátil (resina).

> Pigmento

Inerte (carga)

Ativo (colorido, metálico, anti-corrosivo e outros).

> Aditivos

secante; plastificante;
anti-mofo; anti-sedimentante;
nivelante; dispersante;
anti-espumante; outros.

MECANISMOS DE FORMAÇÃO DE PELÍCULAS

O mecanismo de formação da película é definido pelo tipo de resina presente na tinta:

* Evaporação de Solvente
Neste mecanismo, a formação da película ocorre pela simples evaporação dos solventes
presentes na tinta líquida.

EXEMPLO: Borracha Clorada, Resinas Vinílicas, Resinas Acrílicas, Resinas Betuminosas


e Resina Estireno - Acrilato.

* Oxidação

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Neste mecanismo, a secagem, cura e formação da película ocorre pela evaporação dos
solventes simultaneamente com o processo de oxidação com oxigênio do ar, o qual atua
quimicamente nas duplas ligações dos ácidos graxos insaturos presentes nos óleos
vegetais.
EXEMPLO: Óleos Vegetais, Resinas Alquídicas modificadas com óleos vegetais, Resinas
Fenólicas modificadas com óleos vegetais.

* Polimerização Térmica
Neste mecanismo a polimerização só se dá à temperatura elevada e são aplicadas
diretamente sobre o substrato metálico.
EXEMPLO: Resina Silicone

As tintas que curam por polimerização química possuem algumas particularidades:

* Pot-life - tempo de vida útil da mistura;

* Shelf-life - tempo de vida útil da tinta (validade de armazenamento);

* Tempo de indução - tempo mínimo, após a mistura dos componentes, que se deve
esperar para se iniciar a aplicação da tinta. Este tempo é em média 15 minutos;

* Tempo de secagem ao toque - É quando a tinta aplicada está livre de pegajosidade;

* Tempo de secagem para repintura - Tempo este que é indicado pelo fabricante da tinta
estabelecendo o tempo mínimo e máximo para aplicação da demão subseqüente e ou
transporte da peça pintada.

PRINCIPAIS TINTAS

N-1202 N-1259 N-1277 N-1661

N- 1761 N-2628 N-2629 N-2630

N-2198 N-2680 e as tintas cadastradas no CRCC – Família 98004-901/902

PREPARAÇAO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA

Um requisito básico para que um revestimento seja aplicado com sucesso é a correta
preparação da superfície, removendo a carepa de laminação, respingos de solda,
ferrugens, graxas, sujeiras, óleos e outros contaminantes.

Em tomo de 60% do custo de um trabalho de pintura reside no preparo da superfície.


Além disso, entre os vários métodos da limpeza da superfície, os custos variam muito.

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Assim, geralmente, o custo da limpeza das superfícies por jato abrasivo é 12 vezes mais
elevado que o efetuado manualmente com lixas. Mesmo assim, o custo de preparo de
superfície deve ser balanceado com a conseqüente durabilidade advinda de uma maior
vida útil do revestimento. Os métodos de preparo da superfície de aço velho ou novo
possuem padrões internacionais descritos na norma:

ISO 8501-1 (Padrão Fotográfico)

LIMPEZA DE SUPERFÍCIES DE AÇO POR COMPOSTOS QUÍMICOS (ABNT NBR


15158)

É o procedimento destinado à remoção de óleos, graxas, terra ou outros contaminantes


das superfícies de aço, mediante o emprego de solventes, emulsões, compostos para
limpeza, vapor ou outros materiais de ação solvente, por meio de panos ou escovas
molhadas com solventes, friccionar a superficie.

A limpeza final deve ser feita com solventes ou panos limpos. Ao invés da aplicação com
panos, pode-se fazer também uma aspersão da superficie com o solvente,
desengorduramento da superficie com vapores de solventes clorados.

TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DE AÇO COM FERRAMENTAS MANUAIS E


MECÂNICAS (ABNT NBR 15239)

É o método pelo qual se remove a carepa de laminação, ferrugem e pinturas antigas


soltas, bem como outros materiais estranhos prejudiciais à pintura. O método compreende
o emprego manual de escovas, lixas, raspadores, picadores ou outras ferramentas
manuais de impacto ou a combinação das mesmas. Os arames de aço das escovas
devem ser suficientemente rígidos para proporcionar boa limpeza. Em casos de repintura
deve-se raspar toda a pintura antiga não aderente. A tinta antiga que não for removida
deve ter uma aderência perfeita para não trazer imperfeições e repintura.

Recomenda-se cuidado especial nos cordões de solda. Qualquer falha neste caso pode
acarretar início de processo de corrosão.

Após o trabalho de raspagem, escovamento ou lixamento, toda poeira residual deve ser
espanada, escovada ou soprada.

Após o tratamento, a superfície deve corresponder a um dos padrões visuais fotográficos,


ST-2, da norma ISO 8501-1.

TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DE AÇO COM FERRAMENTAS MECÂNICAS

É o método de limpeza que compreende o emprego de escovas rotativas de fio de aço,


ferramentas de impacto, esmerilhadeiras ou lixadeiras mecânicas ou ainda a combinação

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das mesmas. A preparação da superficie por meios mecânicos, corresponde aos padrões
fotográficos ST-3 da norma ISO 8501-1.

Deve-se empregar escovas de arame de aço movidas mecanicamente, do tipo radial. Os


arames das escovas devem ser suficientemente rígidos para garantir a limpeza.

A limpeza também deve ser feita pelo emprego de ferramentas de impacto, movidas
mecanicamente, do tipo desencrustante ou pistolas de agulhas, ou aparelhos similares.

A norma manda efetuar após o preparo da superficie, limpeza do pó por meio de ar


comprimido ou panos limpos. Após a limpeza, a superficie deverá apresentar pronunciado
brilho metálico.

NOTA: Os padrões de limpeza ST-2 e ST-3 não se aplicam às superfícies com grau A de
intemperismo inicial.

TRATAMENTO DE SUPERFICIE DE AÇO COM JATO ABRASIVO E


HIDROJATEAMENTO (N-9)

Considera-se que a superficie de aço tenha recebido limpeza prévia para remoção de
sujeiras, contaminantes oleosos, sais e que as placas de corrosão existentes tenham sido
eliminadas antes de iniciar o processo de jateamento abrasivo.

Este método de limpeza, é um processo que consiste basicamente em projetar partículas


sólidas sobre uma determinada superfície, à grande velocidade.

O aspecto final deve corresponder aos padrões fotográficos da ISO 8501-1.

As normas ISO 8501-1 e PETROBRAS classificam em 4 os graus de limpeza por


jateamento abrasivo para cada um dos 4 graus de intemperismo, com exceção do grau de
intemperismo A, que não se aplicam os padrões Sa-1 e Sa-2.

Os graus de preparação por jateamento abrasivo são:

Sa-1 - JATEAMENTO LIGEIRO


Remove-se carepa solta de laminação, óxidos soltos e partículas soltas. O aspecto
deverá coincidir com um dos padrões fotográficos Sa-1.

Sa-2 - JATEAMENTO COMERCIAL


Remove-se praticamente toda carepa de laminação, óxidos e partículas estranhas. O
aspecto deverá coincidir com um dos padrões fotográficos Sa-2.

Sa-2 ½ - JATEAMENTO AO METAL QUASE BRANCO


Remove-se as carepas de laminação, óxidos e partículas estranhas, de tal medo que
apenas possam aparecer leves sombras ou estrias na superficie. O aspecto deverá
coincidir com um dos padrões fotográficos Sa 2½.
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Sa-3 - JATEAMENTO AO METAL BRANCO
Remove-se totalmente, as carepas de laminação, óxidos e material estranho. O aspecto
deverá coincidir com os padrões fotográficos Sa-3.

É importante observar que após o jateamento, a superficie deverá ser limpa com
aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou com uma escova limpa. O padrão de
jateamento deverá ser considerado aquele imediatamente antes de receber a pintura. A
pressão ideal para o bico de jato deve ser de 100 PSI.

O período máximo entre o início do jateamento e o final da pintura é:

Locais situados até 100m da orla marítima: 04 horas.

Locais situados a mais de 100m da orla marítima: 06 horas.

OUTROS MÉTODOS DE JATEAMENTO

Jateamento abrasivo úmido (com areia);

Hidrojateamento;

ABRASIVOS

Granalha de aço, escória de cobre, óxido de alumínio, micro esfera de vidro, micro
cristais, sinter bal, areia, etc.

PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE TINTAS

> Trincha

A trincha deve ser de fibra natural vegetal ou animal deve ser sempre utilizada em
cordões de solda, superficies, irregulares, cantos vivos e cavidades, exceto quando a tinta
for à base de silicatos inorgânicos. A largura máxima deve ser de 125mm (5"). A aplicação
não pode apresentar marcas de trincha após secagem. Escorrimentos ou ondulações
devem ser corrigidos imediatamente com a trincha.

> Rolo
Deve ser utilizado para pintura de extensas áreas planas, cilíndricas e esféricas de raio
longo, exceto quando se tratar de tinta à base de silicatos inorgânicos. A aplicação deve
ser em faixas paralelas com demãos cruzadas. Entre faixas adjacentes deve ser dada
uma sobreposição de 50 mm.

> Pistola Convencional


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Deve ser utilizada em pintura de extensas áreas e onde uma grande produtividade é
desejada. O ar comprimido utilizado deve ser isento de água ou óleo. O equipamento
deve possuir lnibidores de pressão de ar e de tinta. Este método de aplicação não deve
ser utilizado em locais onde existam ventos fortes nem em estruturas extremamente
delgadas que levem a perdas excessivas de tinta. Exige maior habilidade do que a pintura
com rolo ou trincha.

> Pistola Sem Ar (AIR LESS)


Deve ser usada para pintura de áreas extensas, quando se deseja alta produtividade,
tintas com baixo teor de solvente, grande espessura por demão e tintas com propriedades
tixotrópicas.

Ex: epóxi sem solvente e tinta antiincrustante. O equipamento deve possuir reguladores e
medidores de pressão de ar e tinta. Exige grande habilidade do pintor.

APLICAÇAÕ DE ESQUEMA DE PINTURA

Familiarização com as normas: ET-200.03, ABNT NBR 15158, ABNT NBR 15239,ABNT
NBR 15185, N-9 e N-13.

A eficiência da proteção anti-corrosiva conferida por um esquema de pintura depende de


uma séries de fatores que dentre os mais importantes podemos destacar:

* Padrão de limpeza da superficie;

* Especificação das tintas: fundo, intermediária e acabamento;

* Processo de aplicação das tintas;

* Número de demãos de tintas e espessura seca por demão;

* Intervalo entre demãos;

* Ensaios para aceitação e qualificação do esquema de pintura;

Na seleção ou elaboração de um esquema de pintura, principalmente aqueles destinados


a proteção anti-corrosiva, diversos fatores são levados em consideração, a fim de se obter
o desempenho esperado. Os mais importantes são:

* Condições de exposição das superficies (submersa, enterrada ou exposição


atmosférica);

* Agressividade do meio corrosivo ao qual o material ficará exposto;

* Condições operacionais de trabalho (temperatura, abrasão, etc.);

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* Equipamentos ou instalações de grande importância, de difícil manutenção, necessitam
de esquema de pintura de alta performance.

RETOQUES EM ESQUEMAS DE PINTURA INDUSTRIAL E DE MANUTENÇÃO

Já vimos como é complexo o fenômeno de aderência. Como para obter-se aderência de


nada podemos negligenciar. O retocar é uma ciência dentro da ciência.

Dá-se pouca importância, pois, numa pintura nova, a média de retoques é de 2 a 4%.
Área considerada pequena em função do todo. Mas, este pequeno percentual é o
suficiente para a "delaminação" ou o início de um desastre. Obviamente, muitos casos
que temos de tratar são áreas maiores que as citadas.

Toda a tinta ou componente deve ser homogeneizado em seus recipientes antes e


durante a mistura, e na aplicação deve ser agitado freqüentemente. A mistura e
homogeneização devem ser feitas por misturadores mecânicos; admite-se a mistura
manual para recipientes de até 3,6L, sendo que as tintas pigmentadas com alumínio, deve
ser misturadas manualmente. No caso das tintas ricas em zinco (PETROBRAS N-1277,
N-1661, N1841 e N-2231) a mistura deve ser sempre mecânica.

A operação de mistura deve ser feita em locais ventilados e distante de centelhas ou


chamas. A mistura, homogeneização e diluição devem ser feitas por ocasião da
aplicação. Não deve ser utilizado fluxo de ar na mistura das tintas. Os pintores não devem
adicionar diluente a tinta após ela ter sido diluída na proporção correta.

As superficies usinadas, placas de identificação, fios de rosca e outras áreas que não
devem ser pintadas tem que ser isoladas.

As peças pintadas antes da montagem não devem ser manuseadas sem ter sido
alcançado o tempo de secagem para repintura.

Os serviços de preparo de superficie, próximo a áreas recém pintadas, só devem ser


iniciados quando a tinta estiver seca ao toque.

REGRAS GERAIS DE RETOQUES

* Dê preferência à trincha para retoques, promove aderência mecânica;

* Sempre observe que não haja poeira solta;

* O retoque será realizado na área preparada e deve estender-se numa área adjacente de
5cm;

* Chanfrar as bordas da tinta existente.

CONTROLE DE QUALIDADE DA APLICAÇAO DO ESQUEMA DE PINTURA,


EXECUÇAO E APARELHAGEM
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* A superficie deverá receber inspeção visual antes do preparo da superficie;

* Marcar locais onde exista vestígios de óleo, graxa, gordura, cimento, pontos de corrosão
ou outros materiais;

* Anotar o grau de corrosão em que se encontra a superficie (A,B,C e D, conforme ISO-


8501-1), assim como os defeitos de pintura no caso de películas de tinta antiga;

* Após a preparação da superficie e imediatamente antes de iniciar a pintura procede-se a


inspeção que objetiva verificar se foi alcançado o grau mínimo de limpeza recomendado
ou especificado. No caso de limpeza por jato abrasivo, deve-se medir o perfil de
rugosidade alcançado.

Avalia-se o grau usando normas que padronizam procedimentos e aspecto da superfície.


É muito importante que esta inspeção seja realizada imediatamente antes da pintura, pois
a superfície limpa fica ativada e rapidamente começa a enferrujar. Usa-se padrões
fotográficos da norma 8501-1.

Muitas vezes toma-se difícil definir exatamente o grau de limpeza comparado com estas
normas, por várias razões de ordem prática, como sombreamento causado pelo abrasivo,
tipo de contaminante existente antes da limpeza, além de fatores próprios de cada obra.
Muito importante é também verificar a ausência de pó aderido, restos de abrasivos,
deposição de contaminantes, etc. Para eliminá-los, deve-se aplicar jatos de ar sobre a
superficie.

O perfil de ancoragem resultante do jateamento abrasivo deve ser medido. Existem vários
métodos, mas os mais práticos são dois: por comparação com padrões ou com um
medidor mecânico (rugosímetro).

DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO ABRASIVO (N-9)

Verificar para cada lote de abrasivo posto no canteiro se a granulometria está de acordo
com o perfil de rugosidade exigido pelo esquema de pintura. Esta inspeção é feita
utilizando-se peneiras, conforme tabela existente na N-9.

DETERMINAÇÃO DA PRESENÇA DE IMPUREZAS NO ABRASIVO (N-9)

Verificar visualmente se o abrasivo não está com contaminantes que possam vir a
prejudicar o preparo de superfície. No caso da areia argila, mica, pó e umidade não são
aceitos.

EXAME VISUAL DE FALHAS NA PELÍCULA (N-13)

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DOCUMENTO PARA USO INTERNO – REPRODUÇÃO / IMPRESSÃO PROIBIDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA C.S.E. EM
NECESSIDADE DE CÓPIA, SOLICITAR AO REPRESENTANTE DA DIREÇÃO.
O reconhecimento do tipo de defeito que encontramos na pintura industrial no campo, sua
causa e como corrigi-lo prontamente, reduzem o custo da manutenção, enquanto
permitem manter uma aparência estética de alto nível de aceitação.

Escorrimento - Excessiva fluidez da tinta em superficies verticais, pode ter a forma


cordões (leve) ou cortina (pesado).
Causa: Diluição excessiva excesso de tinta etc. Correção: Usar a trincha, lixar e aplicar
outra demão.

Casca de laranja - O filme exibe picos e vales.


Causa: Tinta muito viscosa solventes de evaporação muito rápida.
Correção: Usar a trincha, lixar e aplicar outra demão.

Espessura irregular - Falta de uniformidade do filme, fora da tolerância média


apresentando pouca cobertura podendo até favorecer a corrosão.
Causa: Falta de habilidade do pintor, trincha ou rolo inadequados, tinta muito viscosa falta
de controle do filme úmido.
Correção: Aplicar outra demão, lixar e procurar uniformizar com outra demão.

Poros - A pintura apresenta descontinuidades em forma de orifícios, visíveis ou não a


olho nu.
Causa: Oclusão de ar ou solvente no filme, superfície contaminada, temperatura da
superfície alta. Correção: Corrigir aplicação, lixar e aplicar outra demão.

Inclusão de pelos - A pintura fica impregnada de pelos ou fiapos.


Causa: Contaminação da superfície pintada por pelos de rolo, trincha, trapos, etc.
Correção: Remover as impurezas e retocar, lixar e retocar.

Outros defeitos:

* Empolamento * Enrugamento

* Fendilhamento * Crateras

* Bolhas * Over spray

* Calcinação * Manchas

MEDIÇÃO DAS TEMPERATURAS AMBIENTE E DA SUPERFÍCIE (N-13)

Não deve ser aplicada tinta quando a temperatura ambiente for inferior a 5ºC, nem
quando existe a expectativa da mesma cair até O°C, antes da tinta ter secado.
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Não deve ser aplicada tinta quando a temperatura de substrato for inferior à temperatura
de ponto de orvalho + 3°C ou inferior a 2°C, a que for maior, ou em superficies com
temperatura superior a 52°C. No caso de tintas à base de silicatos inorgânicos ricos em
zinco, a temperatura da superfície não deve exceder 40°C.

MEDIÇÃO DE UMIDADE RELATIVA DO AR

Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma,
ou quando a umidade relativa for superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste
valor de umidade ser alcançado.

SEGURANÇA

Os acidentes não ocorrem por acaso, eles são causados por "Condições inseguras ou
atitudes incorretas". Portanto todos os acidentes podem e devem ser evitados. As tintas e
solventes são elementos altamente inflamáveis, tóxicas e/ou corrosivas. Podem em
alguns casos causar danos irreparáveis à saúde.

Alguns itens são importantes:

* Deve-se planejar e levar para o local de trabalho apenas o que se espera usar no dia;

* O local de trabalho deve permanecer limpo e arrumado;

* Manter todas as latas fechadas e distantes das fontes de ignição;

* Para misturar tintas só deve-se utilizar equipamentos pneumáticos;

* Todas as latas de tinta vazias e trapos sujos deverão ser removidos ao final do dia;

* Deve-se verificar, rigorosamente, se todas as exigências de segurança no trabalho estão


satisfeitas;

* Não se deve utilizar equipamentos elétricos nos trabalhos de pintura ou preparação de


superfície;
* Eliminar todas as fontes de ignição.

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