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Pintura
Pintura
DE PINTURA INDUSTRIAL
C.S.E.
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DOCUMENTO PARA USO INTERNO – REPRODUÇÃO / IMPRESSÃO PROIBIDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA C.S.E. EM
NECESSIDADE DE CÓPIA, SOLICITAR AO REPRESENTANTE DA DIREÇÃO.
ÍNDICE
Assunto
INTRODUÇÃO
O aço é nos tempos atuais, e foi durante todo o século, o principal material de construção
industrial, porém, devido à corrosão, só é possível o sucesso de sua utilização com o
emprego de revestimentos eficazes, destacando-se neste caso o revestimento por
pintura, que é um revestimento anti-corrosivo normalmente orgânico, aplicado sobre a
superfície que se quer proteger.
É difícil precisar exatamente quando se usou pela primeira vez uma tinta, sabendo-se,
entretanto, que as primeiras tintas eram usadas em utensílios domésticos e na pintura
artística, sendo fabricadas de forma artesanal, sem os conhecimentos tecnológicos de
formulação de que se dispõem atualmente.
Muito se evoluiu no fim do século passado e no início deste século quanto à formulação
das tintas, em especial a partir do desenvolvimento dos polímeros, que se constituem em
toda a base das tintas modernas. Em todo o mundo tem-se hoje milhares de formulações
de tintas diferentes, fabricadas com matérias-primas as mais diversas.
FINALIDADE DA PINTURA
O termo genérico "pintura" pode ser estendido a três ramos da atividade humana:
- Pintura Artística;
- Pintura Arquitetônica;
- Pintura Industrial.
A pintura artística é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de
expressar uma arte. É usada na execução de quadros, painéis, murais, etc.
A pintura arquitetônica é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de
tornar agradável os ambientes. É usada na construção civil e, não obstante possa ter
também a finalidade protetora, visa fundamentalmente ao embelezamento das superfícies
revestidas.
A pintura industrial é aquela cuja finalidade principal é a proteção anti-corrosiva.
Apresenta, porém, outras finalidades complementares, tais como:
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* finalidade estética: torna a apresentação agradável;
* auxilio na segurança industrial;
* impermeabilização;
* diminuição de rugosidade;
* reflexorização luminosa;
* identificação promocional;
* cuidar das ferramentas de trabalho para que elas estejam sempre em perfeitas
condições de uso;
CORROSÃO
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É a destruição de um metal ou liga metálica por mudança química, eletroquímica ou
dissolução física. A corrosão é um processo natural, exatamente o oposto da fabricação
do aço. O aço, quando exposto ao tempo ou a agentes corrosivos, volta a condição de
minério de ferro. A transformação do minério de ferro (da forma como é encontrado na
natureza) em ferro metálico bruto, chamado gusa, é feito em alto forno siderúrgico em alta
temperatura, com auxílio de carvão e outros materiais. Em fornos especiais, o ferro gusa
misturado a outras substâncias químicas transforma-se em aço.
Problemas ocasionados pela corrosão ocorrem nas mais variadas atividades indústrias
químicas, petrolíferas, petroquímica, civil, automobilística, transportes, telecomunicações,
medicina, odontologia, etc.
O custo com a corrosão significa grande prejuízo para a nação. Os custos acontecem por
perdas diretas e indiretas.
São perdas diretas: substituição de peças ou equipamentos, mão de obra, energia, etc.
São perdas indiretas: perda de produtos (óleo, gás ou água), através de tubulações
corroídas. Interrupções de comunicação em cabos telefônicos.
As perdas indiretas são mais difíceis de serem calculadas e totalizam custos mais
elevados do que aqueles causados por perdas diretas.
> ATMOSFERA
A ação corrosiva da atmosfera depende dos seguintes fatores: umidade relativa do ar,
poluentes (partículas sólidas e gases ), temperatura, tempo de permanência do eletrólito
na superfície metálica.
Em razão destes fatores, apresenta-se a classificação das atmosferas segundo a
corrosão relativa do aço carbono em diversas atmosferas:
* Atmosfera marinha: sobre o mar e na orla marítima (até 500 metros da praia), com
ventos predominantes na direção da estrutura a ser pintada;
* Atmosfera junto à orla marinha: aquela situada além de 500 metros da praia e até aonde
os sais possam alcançar;
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* Atmosfera urbana e semi-industrial: nas cidades aonde se tem uma grande quantidade
de gases, provenientes de veículos automotores, e uma indústria razoavelmente
desenvolvida;
* Atmosfera rural e seca: locais, em geral no interior, onde não há gases industriais, sais
em suspensão e a umidade relativa do ar se apresenta em valores sempre mais baixos.
> SOLOS
Os solos contêm umidade e sais minerais. Alguns solos apresentam também
características ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com
sais dissolvidos.
ASPECTOS DA CORROSÃO
A corrosão pode ocorrer; quanto ao aspecto, sob diversas formas, e o conhecimento das
mesmas é muito importante no estudo de um processo corrosivo. A caracterização da
forma de corrosão auxilia bastante no esclarecimento do mecanismo e na aplicação de
medidas adequadas de proteção. Os aspectos mais comuns são:
GRAUS DE CORROSÃO
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GRAU “A” - com a carepa de laminação praticamente intacta em toda superfície e sem
corrosão. Representa a superfície de aço recentemente laminada.
GRAU “B” - Superfície de aço com principio de corrosão, da qual a carepa de laminação
começa a se desagregar .
O veículo volátil (solvente) deve ter poder da solvência sobre o veículo volátil (resina) e
ser perfeitamente compatível com ele.
> Veículo
Volátil (solvente);
> Pigmento
Inerte (carga)
> Aditivos
secante; plastificante;
anti-mofo; anti-sedimentante;
nivelante; dispersante;
anti-espumante; outros.
* Evaporação de Solvente
Neste mecanismo, a formação da película ocorre pela simples evaporação dos solventes
presentes na tinta líquida.
* Oxidação
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Neste mecanismo, a secagem, cura e formação da película ocorre pela evaporação dos
solventes simultaneamente com o processo de oxidação com oxigênio do ar, o qual atua
quimicamente nas duplas ligações dos ácidos graxos insaturos presentes nos óleos
vegetais.
EXEMPLO: Óleos Vegetais, Resinas Alquídicas modificadas com óleos vegetais, Resinas
Fenólicas modificadas com óleos vegetais.
* Polimerização Térmica
Neste mecanismo a polimerização só se dá à temperatura elevada e são aplicadas
diretamente sobre o substrato metálico.
EXEMPLO: Resina Silicone
* Tempo de indução - tempo mínimo, após a mistura dos componentes, que se deve
esperar para se iniciar a aplicação da tinta. Este tempo é em média 15 minutos;
* Tempo de secagem para repintura - Tempo este que é indicado pelo fabricante da tinta
estabelecendo o tempo mínimo e máximo para aplicação da demão subseqüente e ou
transporte da peça pintada.
PRINCIPAIS TINTAS
Um requisito básico para que um revestimento seja aplicado com sucesso é a correta
preparação da superfície, removendo a carepa de laminação, respingos de solda,
ferrugens, graxas, sujeiras, óleos e outros contaminantes.
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Assim, geralmente, o custo da limpeza das superfícies por jato abrasivo é 12 vezes mais
elevado que o efetuado manualmente com lixas. Mesmo assim, o custo de preparo de
superfície deve ser balanceado com a conseqüente durabilidade advinda de uma maior
vida útil do revestimento. Os métodos de preparo da superfície de aço velho ou novo
possuem padrões internacionais descritos na norma:
A limpeza final deve ser feita com solventes ou panos limpos. Ao invés da aplicação com
panos, pode-se fazer também uma aspersão da superficie com o solvente,
desengorduramento da superficie com vapores de solventes clorados.
Recomenda-se cuidado especial nos cordões de solda. Qualquer falha neste caso pode
acarretar início de processo de corrosão.
Após o trabalho de raspagem, escovamento ou lixamento, toda poeira residual deve ser
espanada, escovada ou soprada.
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das mesmas. A preparação da superficie por meios mecânicos, corresponde aos padrões
fotográficos ST-3 da norma ISO 8501-1.
A limpeza também deve ser feita pelo emprego de ferramentas de impacto, movidas
mecanicamente, do tipo desencrustante ou pistolas de agulhas, ou aparelhos similares.
NOTA: Os padrões de limpeza ST-2 e ST-3 não se aplicam às superfícies com grau A de
intemperismo inicial.
Considera-se que a superficie de aço tenha recebido limpeza prévia para remoção de
sujeiras, contaminantes oleosos, sais e que as placas de corrosão existentes tenham sido
eliminadas antes de iniciar o processo de jateamento abrasivo.
É importante observar que após o jateamento, a superficie deverá ser limpa com
aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou com uma escova limpa. O padrão de
jateamento deverá ser considerado aquele imediatamente antes de receber a pintura. A
pressão ideal para o bico de jato deve ser de 100 PSI.
Hidrojateamento;
ABRASIVOS
Granalha de aço, escória de cobre, óxido de alumínio, micro esfera de vidro, micro
cristais, sinter bal, areia, etc.
> Trincha
A trincha deve ser de fibra natural vegetal ou animal deve ser sempre utilizada em
cordões de solda, superficies, irregulares, cantos vivos e cavidades, exceto quando a tinta
for à base de silicatos inorgânicos. A largura máxima deve ser de 125mm (5"). A aplicação
não pode apresentar marcas de trincha após secagem. Escorrimentos ou ondulações
devem ser corrigidos imediatamente com a trincha.
> Rolo
Deve ser utilizado para pintura de extensas áreas planas, cilíndricas e esféricas de raio
longo, exceto quando se tratar de tinta à base de silicatos inorgânicos. A aplicação deve
ser em faixas paralelas com demãos cruzadas. Entre faixas adjacentes deve ser dada
uma sobreposição de 50 mm.
Ex: epóxi sem solvente e tinta antiincrustante. O equipamento deve possuir reguladores e
medidores de pressão de ar e tinta. Exige grande habilidade do pintor.
Familiarização com as normas: ET-200.03, ABNT NBR 15158, ABNT NBR 15239,ABNT
NBR 15185, N-9 e N-13.
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* Equipamentos ou instalações de grande importância, de difícil manutenção, necessitam
de esquema de pintura de alta performance.
Dá-se pouca importância, pois, numa pintura nova, a média de retoques é de 2 a 4%.
Área considerada pequena em função do todo. Mas, este pequeno percentual é o
suficiente para a "delaminação" ou o início de um desastre. Obviamente, muitos casos
que temos de tratar são áreas maiores que as citadas.
As superficies usinadas, placas de identificação, fios de rosca e outras áreas que não
devem ser pintadas tem que ser isoladas.
As peças pintadas antes da montagem não devem ser manuseadas sem ter sido
alcançado o tempo de secagem para repintura.
* O retoque será realizado na área preparada e deve estender-se numa área adjacente de
5cm;
* Marcar locais onde exista vestígios de óleo, graxa, gordura, cimento, pontos de corrosão
ou outros materiais;
Muitas vezes toma-se difícil definir exatamente o grau de limpeza comparado com estas
normas, por várias razões de ordem prática, como sombreamento causado pelo abrasivo,
tipo de contaminante existente antes da limpeza, além de fatores próprios de cada obra.
Muito importante é também verificar a ausência de pó aderido, restos de abrasivos,
deposição de contaminantes, etc. Para eliminá-los, deve-se aplicar jatos de ar sobre a
superficie.
O perfil de ancoragem resultante do jateamento abrasivo deve ser medido. Existem vários
métodos, mas os mais práticos são dois: por comparação com padrões ou com um
medidor mecânico (rugosímetro).
Verificar para cada lote de abrasivo posto no canteiro se a granulometria está de acordo
com o perfil de rugosidade exigido pelo esquema de pintura. Esta inspeção é feita
utilizando-se peneiras, conforme tabela existente na N-9.
Verificar visualmente se o abrasivo não está com contaminantes que possam vir a
prejudicar o preparo de superfície. No caso da areia argila, mica, pó e umidade não são
aceitos.
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O reconhecimento do tipo de defeito que encontramos na pintura industrial no campo, sua
causa e como corrigi-lo prontamente, reduzem o custo da manutenção, enquanto
permitem manter uma aparência estética de alto nível de aceitação.
Outros defeitos:
* Empolamento * Enrugamento
* Fendilhamento * Crateras
* Calcinação * Manchas
Não deve ser aplicada tinta quando a temperatura ambiente for inferior a 5ºC, nem
quando existe a expectativa da mesma cair até O°C, antes da tinta ter secado.
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Não deve ser aplicada tinta quando a temperatura de substrato for inferior à temperatura
de ponto de orvalho + 3°C ou inferior a 2°C, a que for maior, ou em superficies com
temperatura superior a 52°C. No caso de tintas à base de silicatos inorgânicos ricos em
zinco, a temperatura da superfície não deve exceder 40°C.
Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma,
ou quando a umidade relativa for superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste
valor de umidade ser alcançado.
SEGURANÇA
Os acidentes não ocorrem por acaso, eles são causados por "Condições inseguras ou
atitudes incorretas". Portanto todos os acidentes podem e devem ser evitados. As tintas e
solventes são elementos altamente inflamáveis, tóxicas e/ou corrosivas. Podem em
alguns casos causar danos irreparáveis à saúde.
* Deve-se planejar e levar para o local de trabalho apenas o que se espera usar no dia;
* Todas as latas de tinta vazias e trapos sujos deverão ser removidos ao final do dia;
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