C1

Universidade Estadual de Campinas Q1

Instituto de Fı́sica “Gleb Wataghin”

F 228 (Fı́sica Geral 2)

Q2
2o Semestre 2022
Q3

— Prova 2-Noturno —

Nome: RA: turma:

ATENÇÃO

• NÃO é permitido o uso de calculadora.

• Antes de resolver qualquer questão numérica, EXPRESSE O RESULTADO EM FORMA
ALGÉBRICA, SOMENTE SUBSTITUA O RESULTADO FINAL POR VALORES
NUMÉRICOS. Caso contrário, a questão poderá sofrer redução de pontuação.
• A resposta de TODOS os itens devem ser devidamente justificados.

C1, 2 Pts.
(a) Suponha que 14 átomos estejam num compartimento A e seis átomos estejam num compartimento B (A e
B tem o mesmo volume e estão em contato através de uma parede que permite a troca de energia). Quando
a energia de equilı́brio térmico é atingida, que porcentagem da energia térmica espera-se encontrar em cada
compartimento?

Solução:
Eth,B /Eth,A = NB /NA = 6/14 = 3/7,
e assim 30 % da energia está no compartimento B e 70 % está no compartimento A.

(b) Dois volumes idênticos de gases, um monoatômico e o outro diatômico, estão na mesma pressão à temper-
atura ambiente. A temperatura de cada um é aumentada com a mesma quantidade de calor transferindo
termicamente para cada um deles. A energia transferida para o gás monoatômico é menor que, igual ou
maior que a energia transferida para o gás diatômico?

Solução: Menor que. Mais energia deve ser transferida para o gás diatômico porque tem mais graus de
liberdade e, portanto, sua capacidade de calor por partı́cula é maior.

(c) É possı́vel construir um dispositivo que converta calor inteiramente em trabalho num ciclo termodinâmico?

Solução: Não, ja que a entropia do ambiente diminuiria, e como a entropia do dispositivo é zero, a entropia
do universo diminuiria
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Q1, 2 Pts.
Duas amostras de um gás ideal monoatômico, inicialmente à mesma temperatura T e pressão P , são comprimidas
do volume V para o volume V /2, uma isotermicamente e a outra isentropicamente. Para ambos os casos, calcule:

(a) a variação da entropia do gás em termos do número de átomos;

(b) a pressão final do gás;
(c) a variação na energia térmica do gás por unidade de N kβ .

Solução:
V
(a) Para a compressão isotérmica ∆S = 32 N ln TT + N ln Vfi = N ln VV/2 = N ln 12 .
Para a compressão isentrópica ∆S = 0.
(b) Para a compressão isotérmica Pi Vi = Pf Vf → P V = Pf 21 V → Pf = 2P .
T V
Para a compressão isentrópica ∆S = 0 → 32 ln Tf = − ln Vf → Tf = 22/3 T .
PV Pf Vf Pf /2 5/3
T = Tf → P = 22/3 → Pf = 2 P.
∆E
(c) N kβ = 23 ∆T.
∆E
Para a compressão isotérmica N kβ = 0.
Para a compressão isentrópica N∆E
kβ = 32 (22/3 − 1)T .
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Q2, 3 Pts.
A figura representa um processo de compressão isotérmica quase-estática de um gás ideal. Onde grãos de areia
(”sand”) são depositados na parte superior de um pistão reduzindo assim o volume do gás contido no recipiente.
Suponha que o gás tem N partı́culas e está em contato térmico com um reservatório térmico (um grande volume
de água), para manter a temperatura constante.
(a) Qual das seguintes quantidades: W , ∆Eth e Q é > 0, < 0 ou = 0?. Ache uma expressão para o W e Q em
função de N , kB , Vi e Vf . Ache uma expressão para ∆S em função de N , Vi e Vf . Justifique cada passo.
(b) Faça um gráfico P vs. V representando claramente o estado inicial, o estado final, linhas isotérmicas,
indique o fluxo de calor e represente o trabalho nele.
(c) Suponha que a pressão e o volume iniciais são Pi = 1, 00 × 105 P a e Vi = 1, 38 × 10−2 m3 , e o volume final
é Vf = 0, 69 × 10−2 m3 . Quanto trabalho é feito no gás durante a compressão ? OBS: considere kB = 1.38
× 10−23 m2 kg s−2 K −1 .
(d) Se o reservatório térmico está a 200K, quantas partı́culas estão contidas no volume?

Fig. 1: Compressão Isotérmica

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Solução:
(a) ∆Eth = 0, W + Q = 0, W > 0, Q < 0
ˆ Vf ˆ Vf  
N kB T dV Vf
W =− dV = −N kB T = −N kB T ln
Vi V Vi V Vi
 
Vf
W = −N kB T ln
Vi
 
Vf
Q = N kB T ln
Vi

(b) Grafico ao pe
(c)    
Vf Vf
W = −N kB T ln = −Pi Vi ln (P V = N kB T )
Vi Vi
0, 69 × 10−2 m3
   
Vf 1 Vf 1
= = → ln = ln = −ln(2);
Vi 1, 38 × 10−2 m3 2 Vi 2

kgm2
Pi Vi = 1, 00 × 105 P a × 1, 38 × 10−2 m3 = 1, 38 × 103 m3 P a = 1, 38 × 103 = 1, 38 × 103 J
s2
→ W = 1, 38 × 103 ln(2)J (W > 0)

(d)
2
Pi Vi 1, 38 × 103 kgms2
N= = m2 kg
= 5 × 1024
kB T 1.38 × 10 −23
2 × 200K
s K

Fig. 2:
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Q3, 3 Pts.
Um motor reversı́vel converte um quinto do calor absorvido de uma fonte quente em trabalho.
(a) Determine o calor descartado na fonte fria em função do calor absorvido da fonte quente.
(b) Determine a razão entre a temperatura da fonte fria (TL ) e a temperatura da fonte quente (TH ). Determine
a eficiência do motor.
(c) Quando a temperatura de saida é reduzida em 70 K, a eficiência do motor é dobrada. Calcule TH e TL .

Solução:
(a)
1 4
W = QH , QL = QH − W = QH
5 5
(b)
TL QL 4
= =
TH QH 5
TL 1
η =1− =
TH 5
(c) Quando a temperatura de saida é reduzida a eficiência e dobrada (η → 2η)

2 TL − 70 TL 70 4 70 TL 4
=1− =1− + =1− − ( = )
5 TH TH TH 5 TH TH 5
ou
70 1
= , → TH = 350K.
TH 5
logo
4 4
TL = TH × = 350 × = 280K.
5 5
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Formulario
Eth
Kmedia = 12 m(v 2 )media = 21 mvrms
2
= N

1 dS
kB T ≡ dEth

Eth = d2 N kB T . (gas ideal)

´ x2
x1
dx
x = ln( xx21 )

±Q
L≡ m

CP
γ= CV . (gas ideal)

−W Qout
η≡ Q =1− Qin

Qout
CRcalentamento ≡ W

Qin
CRresf riamento ≡ W

Se houver uma expressão do tipo ln(A), podem deixar os resultados em termos desta expressão, desde que
ela seja a mais simplificada possı́vel. Os valores numéricos foram escolhidos para simplificar as contas.