Você está na página 1de 36

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

JESSYCA PEREIRA GOMES

INTENÇÃO EMPREENDEDORA, GRADUANDO DE


ADMINISTRAÇÃO/UEMA E A CONTRIBUIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
NO FOMENTO AO EMPREENDEDORISMO

São Luís
2019
JESSYCA PEREIRA GOMES

INTENÇÃO EMPREENDEDORA, GRADUANDO DE


ADMINISTRAÇÃO/UEMA E A CONTRIBUIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
NO FOMENTO AO EMPREENDEDORISMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Administração (UEMA), para
obtenção do grau de Bacharel em
Administração.

Orientador: Prof. Dr. Rogério de Abreu Silva.

São Luís
2019
Gomes, Jessyca Pereira.
Intenção empreendedora, graduando de Administração/UEMA e a
contribuição da instituição no fomento ao empreendedorismo / Jessyca
Pereira Gomes.– São Luís, 2019.

33 f

Artigo Científico (Graduação) – Curso de Administração, Universidade


Estadual do Maranhão, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Rogério de Abreu Silva.

1.Educação empreendedora. 2.Comportamento empreendedor.


3.Inovação. I.Título

CDU: 658:[005.342:378.4]

Elaborado por Giselle Frazão Tavares- CRB 13/665


JESSYCA PEREIRA GOMES

INTENÇÃO EMPREENDEDORA, GRADUANDO DE


ADMINISTRAÇÃO/UEMA E A CONTRIBUIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
NO FOMENTO AO EMPREENDEDORISMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Administração – UEMA, para
obtenção do grau de Bacharel em
Administração.

Aprovado em: / /

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof. Dr. Rogério de Abreu Silva (Orientador)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

___________________________________________________
Profa. Dra. Tatiana Alves de Paula (1ª Examinador)
Universidade Estadual do Maranhão

___________________________________________________
Prof. Me. Lucas Serra Borba Fonseca (2º Examinador)
Universidade Estadual do Maranhão
AGRADECIMENTOS

A Deus.
Aos meus pais.
A todos os professores e servidores da Universidade Estadual do Maranhão.
6

Jessyca Pereira Gomes1

RESUMO: Ser empreendedor é ser um realizador que gera novas ideias via interação entre
criatividade e imaginação e a educação empreendedora, que é recurso precípuo quando da
formação de novos empreendedores. Foi objetivo desse artigo compreender que perfil e
intenção empreendedora tem o graduando de Administração/UEMA e que possíveis
contribuições acadêmico-educacionais são contemplados junto ao curso com vista a fomentar
o comportamento empreendedor, buscando assim apontar possíveis sugestões com vistas a
suscitar o desenvolvimento do perfil empreendedor do graduando. No que concerne à
metodologia este artigo foi do tipo descritivo e exploratório. Foi realizado estudo
observacional descritivo do tipo transversal com o universo eleito. Para composição da
amostra fora utilizada técnica não probabilística por acessibilidade. A amostragem pesquisada
foi não probabilística por conveniência, e deu-se com graduandos do curso de
Administração/UEMA. A aplicação do questionário deu-se durante doze dias letivos, na
terceira e quarta semana de setembro de 2019. Esta foi realizada via formulário eletrônico da
plataforma Google Forms (ferramenta para formulários on-line do Google). A divulgação do
questionário deu-se via redes de contatos sociais, como o aplicativo para celulares
multiplataforma para troca de mensagens (whatsapp). Constatou-se, com base nas
contribuições dos respondentes, a hipótese formulada visto que era esperado perfil
empreendedor por parcela dos graduandos e considerável fração dos respondentes indicaram
perfil e intenção empreendedora. Destaca-se o atual posicionamento da Instituição tendo em
vista à criação de uma política para o fomento de inovação e empreendedorismo bem como a
criação da Agência de Inovação e Empreendedorismo.

Palavras-Chave: Educação empreendedora. Comportamento Empreendedor. Inovação.

ABSTRACT: Be entrepreneur is be a performer that come up with new ideas via interaction,
among criativity, imagination and an entreprising education, that is essencial resorce when of
the formation of the new entrepreneur. The goal of this articlewas comprehend which profile
and intention of the entrepreneur has as the undergraduate Administration/UEMA and which
possible academic-educational contribuitions are contemplates with the course with a view of
encourage this entreprising behavior, seeking like this to point possible suggestions with a
view to motivate the undergraduate to develop the entreprising profile. The concerne
metodology of this article is the type of descriptive and explorative. It was realized a study
observational descriptive in a transverse type with an elected universe. For the sample
composition was used techniques not probabilistic, for accessibility. The sample surveyed was
non-probabilistic for convenience, and took place with undergraduates from the
Administration/UEMA course. The questionnaire was applied during twelve school days, in
the third and fourth week of September 2019. This was done through the platform's electronic
form Google Forms (form tool on-line of google. The questionnaries disclosure happened via
social net contacts like mobile application multplataform by changing messages (whatsapp).
It was found, based on the contributions of the respondentes, the hypothesis formulated as an
entrepreneurial profile was expected by a portion of the undergraduates and a considerable
fraction of the respondents indicated an entrepreneurial profile and intention. We highlight the
current position of the Institution with a view to creating a policy for fostering innovation and
entrepreneurship as well as the creation of the Innovation and Entrepreneurship Agency.

Keywords: Entrepreneurship Education. Behavoral Entrepreneurship. Inovation.

1
Graduanda em Administração na Universidade Estadual do Maranhão.
7

1 INTRODUÇÃO
O ato de empreender não pode ser sintetizado em um verbo, pois se
relaciona com a conduta de pôr em prática uma ideia a partir da identificação de uma
solução para um problema. Ademais, ensinar empreendedorismo pode ser explicado
como aflorar o comportamento de inovação, criatividade e persistência em quem está
na posição de aprendiz, o que deve estar no enfoque das instituições de ensino, seja
qual for a área profissional. Esse ensino tem sido imperativo para moldar o
comportamento empreendedor exigido atualmente no cenário socioeconômico, sendo
imprescindível em instituições de ensino que oferecem cursos de Administração e
afins.
A formação de empreendedores no âmbito da graduação tem como condições
básicas a convergência de duas forças: uma interna, do próprio aluno, que deve possuir
inclinações para a criatividade e o ‘fazer acontecer’; e outra externa, que corresponde à
atuação da faculdade, orientando a formação empreendedora no âmago da profissão. Contudo,
o desequilíbrio entre essas forças pode interferir no desenvolvimento do empreendedorismo e
desfavorecer projetos e ideias de grande relevância para a sociedade.
Posto isto, tem-se como problemática deste estudo que perfil e intenção
empreendedora têm os graduandos do curso de Administração do Centro de Ciências Sociais
Aplicadas (CCSA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)? Que possível incentivo
acadêmico educacional estes recebem da Universidade com vista a fomentar este
comportamento empreendedor? Como hipótese, deve-se sublinhar a provável identificação de
perfil empreendedor por parcela dos graduandos do curso de Administração/UEMA.
Este estudo tem múltiplos eixos de relevância, que apontam para a própria
autora, para a Instituição em questão, que é a UEMA, para o campo acadêmico de
modo amplo e ainda possui uma notável importância social. Iniciando quanto à
pesquisadora, o estudo favorece a clarificação do conceito de empreendedorismo e
aspectos afins.
No que concerne à Instituição de ensino em abordagem, o estudo auxilia
na identificação de atitudes a serem mantidos ou melhorados bem como ações
deficientes a serem corrigidos quanto à imersão da UEMA no empreendedorismo.
Desta forma, delineia-se o perfil empreendedor e percepções dos discentes.
Como reflexos da relevância acadêmica do trabalho almejado, deve-se
lembrar da contribuição para a literatura do tema. Esta tanto ocorre com a reunião de
aspectos teóricos e estudos já publicados, como também pela inserção futura de mais
8

um estudo que versa sobre a relação entre empreendedorismo e graduação. Desta


maneira, colabora-se com a formação de uma base de conhecimentos orientativos e
compilação de boas práticas sobre o desenvolvimento do empreendedorismo na
graduação.
Como relevância do estudo, deve-se destacar que as contribuições e
melhorias na formação de futuros gestores empreendedores, ou de empreendedores
individuais de diversas áreas de atuação, são determinantes para a aplicação de ideias
de alta valia. Sabe-se que as características empreendedoras são fundamentais tanto no
ambiente interno de organizações por meio dos colaboradores, como também para
aqueles que almejam implementar projetos que podem impactar positivamente o
cenário econômico, o meio ambiente, a realidade de uma comunidade, dentre tantas
outras possibilidades de aplicação do empreendedorismo, capazes de prover oportunas
contribuições da inovação para a sociedade.
Foi objetivo desse artigo compreender que perfil e intenção
empreendedora tem os graduandos do curso de Administração do CCSA/UEMA e que
possíveis incentivos educacionais são contemplados junto ao curso com vista a
fomentar este comportamento empreendedor, buscando assim apontar possíveis
sugestões com vistas a suscitar o desenvolvimento do perfil empreendedor do
graduando.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
A cerca do termo “empreendedorismo”, Silva e Pena (2017) explicam que
se trata da tradução do termo inglês “entrepreneurship”, que advém do latim
“imprehender”, significando no século XV a tentativa de uma organização laboriosa.
Complementam os autores que “empreendedor” surgiu antes, na França do século XII,
referenciando incentivadores de conflitos; no século XVI o termo passava a designar
líderes militares até que, ao final do século XVII, o termo adquiriu o significado atual
ligado a condutores de projetos e empreendimentos. Com essas considerações, os
autores salientam que o fenômeno do empreendedorismo tem origens
consideravelmente antigas.
Ao desenvolver um conceito para empreendedorismo, Silva e Silva (2019)
discorrem que é consensual entre diversos autores que o termo representa a criação de
novos empreendimentos, que, por sua vez, alavancam a economia, impulsionam o
comércio, criam oportunidades de negócios e geram empregos.
9

Rocha et al. (2016), deixam claro que o significado de empreender é mais


amplo, por se relacionar com comportamentos e atitudes que promovem a
concretização de uma ideia. Com esse entendimento, pode-se afirmar que é possível
atuar de forma empreendedora em uma dada atividade econômica, no exercício
profissional, ou até mesmo no âmbito social.
Na percepção de Baggio e Baggio (2015), não há consenso científico ou
paradigma absoluto em torno do empreendedorismo e, por isso, este não pode ser
conceituado como uma disciplina acadêmica consolidada, mas sim como um campo
de estudo. Ainda nas linhas desses autores, há discorrido que o empreendedorismo
pode ser entendido como a arte do fazer acontecer de forma criativa e motivada. Para
os autores, os empreendedores são proativos quando se defrontam com questões a
serem resolvidas e têm prazer na realização de projetos pessoais ou organizacionais
inseridos em campos desafiantes em que há riscos e oportunidades.
Apontando o contexto educacional, Guimarães e Lima (2016) asseveram
que é imprescindível compreender o que é empreendedorismo para que seja afastado o
pensamento limitado de que apenas se empreende na esfera empresarial, o que tem
repelido educadores de oportunas apreciações acerca do tema. Na concepção desses
autores há abordado que empreender é um ato proposital, que resulta da vontade de
executar alguma ação carregada de inovação e transformação.
Segundo Marinho e Almeida (2019), muitos países têm priorizado a
capacitação em torno do empreendedorismo, assim como o Brasil. Entretanto, os
autores abordam que o empreendedorismo no âmago acadêmico nacional ainda se
mostra incipiente, pois não há um conjunto de procedimentos pré-definidos em relação
a como ensinar a empreender. Em adição, é explicado pelos autores que existe um
espaço carente de preenchimento no que concerne ao empreendedorismo sob a ótica
do ensino brasileiro, ficando o aprendizado do tema condicionado à experiência da
carreira ligada à identificação de oportunidades e responsabilidades de negócios.
Em alinhamento com o discorrido supra, Silva e Pena (2017) mencionam
que a educação em empreendedorismo é bastante heterogênea e, por isso, deveria ser
disseminada através de métodos de ensino diversificados, bem como pautada por um
conjunto variado de perspectivas teóricas. Para alcançar esse patamar, os autores
destacam a importância de ocorrer o planejamento e a realização das aulas de
empreendedorismo com vistas a sustentar uma ação desafiante e promover a prática
empreendedora entre os estudantes.
10

Enfocando o ambiente acadêmico Lima et al. (2015), abordam que as


universidades do país devem ser providas de um ensino de qualidade no que tange o
empreendedorismo. No detalhamento dos autores é lançado luz sobre os jovens como
definidores do futuro de uma nação e sobre o fato da educação universitária ser capaz
de favorecer a elevação de potencial de impacto no país nos próximos anos. Mediante
isso, os autores contextualizam que graduandos com intenções empreendedoras
apresentam maior propensão a contribuir significativamente no âmbito
socioeconômico. Assim, tem-se a relevância da necessária atenção que as instituições
de ensino devem fornecer aos seus graduandos no que tange ao empreendedorismo.
Contudo, no que se trata da relação entre empreendedorismo e
universidade no Brasil, Moura Filho et al. (2019) trazem alguns indicativos relevantes
de informe, como a colocação do país no 64º lugar no Global Innovation índex-GII de
2018 e os resultados preocupantes do Sebrae e da organização Endeavor em
levantamentos acerca do empreendedorismo e inovação do cenário acadêmico
nacional. Defrontando-se com essas constatações, pode-se perceber que ainda há
muito a ser feito para tornar a universidade brasileira mais empreendedora.
No que diz respeito à educação empreendedora, Silva e Pena (2017)
explicam que vários autores vêm desenvolvendo estudos nesse tema nos últimos anos,
acompanhando o ganho de importância da cultura empreendedora na sociedade atual e
da sua essencialidade para o desenvolvimento do país. Essa característica de
imprescindibilidade resulta da possibilidade de orientação promovida aos estudantes
quanto ao aprendizado e habilidades para o contexto mercadológico e organizacional.
Minello, Bürger e Krüger (2017), que buscaram identificar aspectos do
perfil empreendedor de discentes, se basearam nas chamadas Características
Comportamentais Empreendedoras (CCEs), categorizadas em: busca de oportunidade
e iniciativa; persistência; comprometimento; exigência de qualidade e eficiência;
correr riscos calculados; estabelecimento de metas; busca de informações;
planejamento e monitoramento sistemáticos; persuasão e redes de contato; e
independência e autoconfiança.
Em acréscimo Lima et al. (2015), citam dados importantes do Conselho
Federal de Administração (CFA) que se baseiam nas percepções de egressos,
professores e organizações, deixando sugerido que novos conteúdos devem ser
incorporados à formação de administradores para que possam ter uma performance
profissional mais convergente com o mercado. Dentre esses conteúdos, preponderam-
11

se os voltados para o desenvolvimento do comportamento empreendedor, além de


conteúdos relacionados à inovação, criatividade e à gestão de micro e pequenas
empresas.
Barbosa (2018), destaca que é perceptível o aumento de faculdades
brasileiras oferecendo cursos e disciplinas voltadas para o empreendedorismo, porém
de modo ainda superficial na percepção de universitários, que, por conseguinte,
sentem-se inseguros quanto a determinados conteúdos, como finanças e gestão.
Nascimento et al. (2016), salienta que o empreendedorismo deve ser forte
integrante do ensino e da pesquisa na perspectiva do propósito acadêmico. De acordo
com os autores, as universidades têm sido mais cobradas quanto à resolução de
incertezas e problemas complexos no âmago do desenvolvimento socioeconômico, o
que pode ser favorecido com as universidades elevando as suas caracterizações como
instituições que promovem o empreendedorismo.
Segundo Lima et al. (2015), pode-se sintetizar que a melhoria da
qualidade da aprendizagem em empreendedorismo deve enfocar a prática e o contato
de estudantes com pessoas já inseridas em ambiente de empreendedorismo, o que pode
ser favorecido com o que os autores chamam de centros de empreendedorismo nas
universidades. Para esses autores, esses centros permitem a realização de palestras,
atividades práticas, workshops, networking, dentre outras atividades de estímulo ao
comportamento empreendedor. Desta forma, tem-se a florescimento de estudantes
para o empreendedorismo, que poderão colaborar com o país futuramente através do
desenvolvimento socioeconômico.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA
No que concerne à metodologia, este artigo é categorizado como descritivo
e exploratório e de abordagem qualitativa. Segundo Klein, Silva e Azevedo (2015), as
pesquisas descritivas visam a descrição de situações, fatos, percepções e
comportamentos em relação a um fenômeno, enquanto a pesquisa exploratória se volta
para o aprofundamento de temas recentes ou inéditos, favorecendo a elaboração de
hipóteses ou pontos de partida para estudos complementares.
Buscou-se compreender, via pesquisada juntos aos graduandos de
Administração da UEMA-Campus Paulo VI, como estes vislumbram características
pessoais e específicas do comportamento empreendedor. Além disso, busca-se
12

também identificar se há incentivos por parte da Universidade no sentido de colaborar


na formação empreendedora dos graduandos.
O levantamento dos dados para o estudo ocorreu via aplicação de
questionários semiestruturado, em que quatorze questões do tipo múltipla escolha. O
universo pesquisado foi composto por 723 (setecentos e vinte e três) alunos, conforme
dados colhidos junto à Coordenação do Curso. Para composição da amostra, foi
solicitada a colaboração dos graduandos do Curso de Administração da UEMA, sendo
reunidas as respostas daqueles que aceitaram participar da pesquisa. Obteve-se a
amostra de 11,62% do universo pesquisado (de respondentes). Ademais, também se
buscou a participação de um professor que leciona a disciplina Empreendedorismo no
referido curso e do representante da Pró-reitora de Administração e Planejamento da
Instituição.
Klein, Silva e Azevedo (2015), explicam que a pesquisa por levantamento,
também denominada enquete, visa a interrogação direta de sujeitos que podem
fornecer informações ou opiniões por meio de um instrumento estruturado, que, em
geral se trata de um questionário. Neste estudo, os modelos de questionários a serem
adotados constam nos Apêndices A e B. Os dados coletados por esses instrumentos
serão tratados com o auxílio do Microsoft Excel para facilitar a geração de
percentuais, elaboração de tabelas e criação gráficos.
Para a divulgação do questionário foi utilizado rede de contato social
como o aplicativo para celulares multiplataforma para troca de mensagens
(WhatsApp), inclusive solicitando a propagação da presente pesquisa, que foi
realizada via formulário eletrônico da plataforma Google Forms (ferramenta para
formulários on-line do Google) no seguinte endereço eletrônico:
<https://forms.gle/wArrEn76DmqS4kqT9>. A aplicação do questionário deu-se
durante doze dias letivos, na primeira e segunda semana de outubro de 2019.
Realça-se que este estudo se classifica como pesquisa qualitativa no que
tange à forma de abordagem conforme Lakatos e Marconi (2017). De acordo com as
autoras, esse tipo de pesquisa não se foca no mensurável, mas sim em explorar,
descrever e compreender o problema, sendo que o pesquisador interage com os
pesquisados. Com isso, justifica-se que este estudo é de abordagem qualitativa, pois
resultou da interação da pesquisadora com graduandos e docentes do Curso de
Administração da UEMA.
13

Para a fundamentação teórica do estudo, recorreu-se a abordagens de


livros clássicos do tema do empreendedorismo, além de artigos, teses e dissertações
com datas de publicações compreendidas nos últimos cinco anos. Os artigos e
trabalhos de conclusão de curso foram buscados por meio do Google Acadêmico, com
a verificação de materiais que fazem parte de periódicos e repositórios oficiais, e pela
biblioteca e sala de estudos da Universidade Estadual do Maranhão.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUSA


Foi respondente desta pesquisa 11,62% do universo. Desta amostra, houve
predominância do gênero feminino, com 63%, enquanto 37% responderam que fazem
parte do gênero masculino. Não houve respondente para “outros”, como demonstrado
no Gráfico 1.
Através deste estudo, não se pode dizer que a prevalência de mulheres da
amostra é a mesma do universo que se refere a todos os graduandos do curso de
Administração/UEMA. Contudo, em caso positivo, pode-se ter uma incipiente
mudança de paradigma quanto ao que Cappelle, Melo e Souza (2013), versam acerca
do cenário gerencial das organizações ainda tender a ser mais masculino.
Tem sido percebível o crescimento da presença de mulheres no âmbito
organizacional, principalmente em funções de diretoria, em que se infere como
fundamental a formação em Administração. Schmiliver et al. (2019), concebem
através de seus estudos que a presença de mulheres em conselhos de Administração e
Diretorias elevam o valor da empresa.

Gráfico 1 - Gênero dos respondentes

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Em relação ao quesito faixa etária obteve-se que a maioria dos


participantes deste estudo apresentam idades de 21 a 25 anos (65%). Em seguida, as
faixas etárias mais indicadas foram as de 16 a 20 anos e de 26 a 30 anos, ambas com
14

13%. A faixa etária de 31 a 35 anos, com 7%; e mais de 35 anos obteve 1% de


respondentes, conforme indicado no Gráfico 2.

Gráfico 2 - Faixa etária dos participantes

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Esse perfil da amostra em termos de características pessoais se converge


com o perfil dos participantes dos estudos de Minello, Bürger e Krüger (2017). Nesta
pesquisa, a proporção de discentes de Administração do gênero feminino e a faixa
etária de 22 a 27 anos foram significativamente semelhantes à deste trabalho.
Cassundé et al. (2018) explanam que o acadêmico brasileiro tende a ser
mais velho em relação à faixa etária dada como ideal, que é a de 18 a 24 anos, além de
apresentar perfil de quem estuda e trabalha. Justificando esse fenômeno, os autores
afirmam que isso é reflexo de uma demanda reprimida de anos atrás, em que o país
não conseguiu atender sistematicamente à sociedade no oferecimento de cursos de
graduação. Todavia, acredita-se que a média de idade dos graduandos da amostra
deste trabalho se apresenta na referida faixa etária ideal.
Com o gráfico 3, percebeu-se que o perfil da amostra se converge para
graduandos que cursam Administração, porém possuem atribuições externas como
empregos e estágios (36% e 37% respectivamente). Diante disso, há como ponto de
atenção a possível pouca disponibilidade dos graduandos em desenvolverem
atividades diferentes das triviais da graduação, como o empreender (8%) e a
participação em projetos (4%), que tiveram percentuais baixos conforme o referido
gráfico. Além disso, o percentual de graduandos que apenas se dedicam aos estudos
ficou em 15%, como pode ser visualizado pelo Gráfico 3.
15

Gráfico 3 - Ocupação dos graduandos

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Característica de graduandos com várias atribuições além dos estudos da


graduação se assemelha com a identificada por Cassundé et al. (2018) em seus
estudos. Estes constataram que mais da metade de amostra pesquisada correspondia a
graduandos que também exerciam alguma atividade remunerada.
Percebeu-se que considerável parcela da amostra apresentava pelo menos
um entendimento básico de empreendedorismo, visto que 76% dos participantes
afirmaram já terem cursaram a disciplina Empreendedorismo. Diante do percentual de
24% dos graduandos que referem não ter cursado ainda a citada disciplina, pode-se
depreender que se trata de graduandos dos primeiros períodos, como informado no
Gráfico 4.
Quanto à oferta da disciplina Empreendedorismo nas Instituições de
Ensino Superior, percebeu-se na pesquisa realizada que não há um consenso sobre o
posicionamento desta na grade curricular. Nesse aspecto Correia, Aragão e Silva
(2019), perceberam em sua pesquisa, que algumas faculdades oferecem o componente
curricular em períodos variados, mas a maioria a partir do 5º período.

Gráfico 4 - Graduandos que já cursaram a disciplina Empreendedorismo

Fonte: Dados da pesquisa (2019)


16

No que concerne à oferta da disciplina em questão no primeiro período, os


autores deixam ressalvada a possibilidade de os graduandos ingressantes não
apresentarem a maturidade de conhecimento para alcançar um efetivo aprendizado.
Já nos estudos de Araújo (2013), ficou claro que as disciplinas de
Empreendedorismo são cursadas mais ao final do curso, o que impactou na baixa
indicação de graduandos que já cursaram a disciplina. Neste ponto, vale destacar o
asseverado pelo autor sobre o risco de adiamento da compreensão acerca do
empreendedorismo pelos graduandos que, por conseguinte, pode interferir na escolha
da carreira empreendedora.
Quando questionado aos discentes sobre a motivação para se tornar
empreendedor, foi notório pelo Gráfico 5 que significativa parcela da amostra indica
alguma intenção para empreender visto que 60% dos respondentes afirmaram que sim,
que tem intenção de tornarem-se empreendedor.

Gráfico 5 – Sobre a intenção de tornar-se empreendedor

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Obteve-se ainda que 27% dos discentes pesquisados informam ter intenção
mediana para empreender, 5% indicam intenção mínima e nenhuma intenção para
empreender. Ressalta-se que houve abstenções de 4% para esse questionamento.
Os resultados do presente estudo foram diferentes da pesquisa de
Rodrigues et al. (2019), que identificaram um baixo interesse dos graduandos para se
tornarem empreendedores. Como explicação para isso os autores apontam que o
processo empreendedor geralmente é acionado na prática por alguma causa externa,
como a necessidade de materializar uma ideia devido a alguma necessidade,
insatisfação com o trabalho, questões de saúde, dentre outras circunstâncias.
No tocante às possíveis justificativas que motivariam os respondentes a
empreenderem, obteve-se como razão mais comum a possibilidade de autonomia e
17

liberdade na aplicação prática de ideias e soluções próprias, que apresentou indicação


de 31% das respostas. Todavia, há uma variabilidade que não pode ser desconsiderada,
pois há uma relativa proximidade entre percentuais. Nesse sentido, conforme o
Gráfico 6, percebeu-se que 27% da amostra ancora a sua motivação à renda, enquanto
21% busca a ausência de chefias superiores e 19% intenta a flexibilidade quanto ao
seu tempo.

Gráfico 6 – Motivações para se tornar empreendedor

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

O significado dos maiores percentuais dos Gráficos 5 e 6 se associam com


alguns dos resultados da pesquisa de Azevedo, Manthey e Lenzi (2016), em que foi
constatado que a maioria dos graduandos já intencionou empreender. Além disso, as
principais razões para isso se pautam na busca de autonomia. Por outro lado, enquanto
as motivações indicadas nos estudos dos autores se ligam mais a vantagens
intangíveis, como a autonomia, neste trabalho o segundo maior percentual de
motivação para o empreendedorismo está na possibilidade de aumentar a própria
renda.
Ainda quanto ao Gráfico 6, percebe-se o percentual de 3% da amostra que
não se sente motivado para o empreendedorismo, o que não deve ser desconsiderado
pelos gestores e docentes do curso do objeto de estudo. Assim, é fundamental que seja
investigado de maneira mais aprofundada as razões para essa postura, se há
deficiências quanto às características empreendedoras ou se essa falta de motivação se
refere a apenas não abrir um próprio negócio.
Dos graduandos respondentes, a maioria considera como medianos os seus
níveis de criatividade e de busca por mudanças e soluções (51%). Isso fica claro com a
visualização do Gráfico 7, em que os que se consideram bastante criativos resultaram
18

no percentual de 34%, os que se consideram em nível mínimo ficaram em 12% e os


que não se consideram como possuidores dessas características correspondiam a 4%
da amostra.
Gráfico 7 – Níveis de criatividade e de busca de soluções segundo percepção pessoal

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Pelo próprio significado de empreender, pode-se associar a criatividade


como característica empreendedora, o que foi constatado nos estudos de Rodrigues,
Melo e Lopes (2014) segundo a percepção de mais de 60% da amostra de graduandos
da pesquisa dos autores, além da literatura. Deve-se acrescentar que, na percepção dos
docentes participantes do estudo das autoras, também ficou clara a importância da
criatividade, juntamente com a proatividade, persistência e inovação como principais
características empreendedoras.
Em continuação, foi perguntado aos participantes se eles acreditavam que
possuíam um perfil empreendedor. Como respostas, há o apresentado no gráfico 8, em
que se destaca que a maioria dos participantes se considera medianamente com esse
perfil (37%), mas com proximidade de percentual com aqueles que se consideram com
forte perfil empreendedor (36%).
Obteve-se ainda significativos percentuais daqueles que se consideram
minimamente de perfil empreendedor (19%) e os que não se consideram com esse
perfil (8%), gerando o total de 27%, como informado pelo Gráfico 8.

Gráfico 8 – Percepção pessoal sobre perfil empreendedor

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Os resultados dos maiores percentuais dos Gráficos 7 e 8 podem suscitar


preocupação, uma vez que se pode inferir que a maioria dos estudantes da amostra não
se consideram como efetivamente possuidores de características importantes para
19

empreender. Nesse sentido, pode-se chamar à atenção para o papel da Universidade,


que pode estar em falta no estímulo e contribuição concreta quanto ao perfil
empreendedor dos graduandos.
Ademais, neste ponto, vale destacar o afastamento em relação aos
resultados da pesquisa de Lima et al. (2015), em que acadêmicos brasileiros referiram
forte intenção empreendedora. Todavia, aproveita-se para informar que os autores
compararam essa intenção com estudantes estrangeiros, concluindo que os brasileiros
apresentam menor inclinação intencional ao empreendedorismo.
Destaca-se ainda que, buscando a opinião dos respondentes acerca de ser o
empreendedorismo o promotor do desenvolvimento econômico e social, constatou-se
que 65% dos pesquisados consideram que sim, que sim, que concordam plenamente
que o empreendedorismo é promotor do desenvolvimento econômico-social. Porém
não se pode desconsiderar o percentual de 30% para aqueles que concordam
medianamente conforme o Gráfico 9.
Gráfico 9 – Opiniões sobre o empreendedorismo enquanto promotor do desenvolvimento econômico-
social

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Outra constatação da forte relevância do empreendedorismo para o


desenvolvimento da sociedade, na percepção de graduandos de Administração se
apresenta nos estudos de Araújo (2013). Conforme detalhamentos desse autor, os
graduandos de sua pesquisa associam a importância do empreendedorismo à geração
de empregos, bens, serviços, produtos, além do fomento da inovação e do
conhecimento.
Outra constatação da forte relevância do empreendedorismo para o
desenvolvimento da sociedade, na percepção de graduandos de Administração se
apresenta nos estudos de Araújo (2013). Conforme detalhamentos desse autor, os
graduandos de sua pesquisa associam a importância do empreendedorismo à geração
de empregos, bens, serviços, produtos, além do fomento da inovação e do
conhecimento.
20

Com isso, Araújo (2013) deixa expressado que o empreendedorismo em


Instituições de Ensino pode contribuir de sobremaneira com o desenvolvimento social
e tecnológico na realidade. Todavia, isso fica condicionado à ampliação do
empreendedorismo para além do que apenas um componente curricular, em um
cenário de interação com diversas atividades práticas de acordo com o que é explicado
pelo autor.
Com o questionamento acerca dos incentivos e estímulos por meio da
grade curricular que receberam da universidade para motivá-los a uma atuação
empreendedora, foi bastante notável que a maioria dos graduandos consideram como
medianos esse incentivo, como pode ser percebido no gráfico 10, em que há o
percentual de 32%. Direcionando-se em um sentido desfavorável, o segundo maior
percentual de respostas (30%) se atrela àqueles que responderam que os estímulos da
universidade têm sido mínimos.
Quanto aos graduandos que informaram que não percebem incentivos da
Universidade (14%) e dos que não sabem (5%), tem-se um percentual total
significativo de 19% que não pode ser desconsiderado. Mediante isso, fica o alerta
para a Instituição atuar para a mudança dessa percepção dos discentes do curso de
Administração do CCSA/UEMA, podendo ocorrer isso por meio da análise do projeto
pedagógico do curso.

Gráfico 10 - Percepções sobre incentivo ao empreendedorismo via grade curricular

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Os resultados do Gráfico 10 vão na contramão dos resultados de Correia,


Aragão e Silva (2019), que identificaram variadas práticas didático-pedagógicas que
podem ser aplicadas para aperfeiçoar o perfil empreendedor dos graduandos de
instituições acadêmicas sergipanas. Além desse caso, retoma-se a pesquisa de Araújo
(2013), na qual os graduandos de administração destacam as pesquisas e os debates
como fatores de elevada efetividade para o aprendizado no âmbito das disciplinas de
empreendedorismo.
21

De forma semelhante à questão do gráfico anterior, porém com enfoque


sobre projetos e ações promovidas pela Universidade no sentido de incentivar a
atuação empreendedora dos graduandos, deve-se chamar atenção para a maioria dos
participantes (35%) terem respondido que não observam isso no curso de
Administração da UEMA. Isto fica claro com a análise do Gráfico 11.

Gráfico 11 - Percepções sobre incentivo ao empreendedorismo via projetos e ações da Universidade

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Também é notável que 31% da amostra percebe parcialmente estímulos da


Universidade em prol do empreendedorismo, enquanto 24% percebe estímulos
mínimos. Assim, apenas 19% da amostra considera como significativos os referidos
estímulos da Instituição por meio de projetos e ações práticas, enquanto 2% não soube
informar ou não declarou nada quanto ao abordado nesta questão.
Os resultados dos gráficos 10 e 11 se assemelham com a pesquisa
‘Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras’ (ENDEAVOR, 2016), a qual traz que as
universidades brasileiras não estão atendendo às necessidades dos alunos, visto que, segundo
esta pesquisa, apenas 36% do corpo discente das universidades está satisfeito com as
iniciativas de empreendedorismo promovidas por sua Instituição. Pode-se, assim, apontar as
deficiências de universidades como um dos fatores que contribuem para baixos níveis de
características empreendedoras dos alunos de graduação.
O que se percebeu de estudos desenvolvidos semelhantes a este trabalho é
que os graduandos anseiam pela abordagem prática do empreendedorismo. A exemplo
dos estudos de Rodrigues, Melo e Lopes (2014), os graduandos participantes apontam
que o curso de Administração deve enfatizar a prática e a vivência de situações
semelhantes à realidade, contando também com dinâmicas, jogos, laboratórios e
promoção de projetos contextualizados em inovação.
No Gráfico 12, tem-se o comportamento de respostas acerca da
participação dos graduandos respondentes em algum projeto ou programa acadêmico
da Universidade que abrange o empreendedorismo. Através deste gráfico fica bastante
22

nítido que a maioria dos respondentes não participam, porém gostariam de participar,
correspondendo a 81% da amostra.

Gráfico 12 - Participação dos graduandos em projetos ou programas de empreendedorismo

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

O que chama a atenção quanto ao gráfico 12 é a proximidade entre os


percentuais de graduandos que participam de projetos do campo do
empreendedorismo (11%) com os que não participam e nem pretendem participar
(8%). Assim, reitera-se que os gestores do curso de Administração devem atuar para a
redução de percentuais que indicam aspectos indesejáveis.
Com o confrontamento entre os resultados do Gráfico 12 com os de
gráficos já apresentados, pode-se sintetizar que os graduandos do curso de
Administração do CCSA/UEMA já possuem pouco tempo disponível para atividades
distintas da sala de aula e estão inseridos em um ambiente em que recebem poucos
incentivos da Universidade para desenvolverem o perfil empreendedor. Logo, sugere-
se que a Instituição deveria agir para que graduandos dos percentuais de 81% e 8%
migrem para o conjunto daqueles graduandos que já atuam em projetos e programas
sobre empreendedorismo.
Com o Gráfico 13, percebeu-se que quase a totalidade dos participantes
fornecem alguma importância ao incentivo da Universidade para o empreendedorismo
nos graduandos através de aspectos teóricos e projetos. Desta forma, 86% dos
discentes deste estudo associam essa importância ao nível mais alto, enquanto 10%
indicam nível mediano, 3% atribuem essa importância ao nível mais baixo, enquanto
1% restante não declarou nada quanto a isso ou não saberia declarar.
Portanto, é notória a expressiva indicação de importância do fomento do
empreendedorismo por parte da Universidade, segundo a percepção da maioria dos
respondentes. Por outro lado, os estímulos e incentivos da Instituição são
compreendidos como insuficientes. Diante disso, pode-se ter um baixo desempenho
dos graduandos no que concerne ao empreendedorismo, bem como um possível
afastamento de futuros ingressantes ou parceiros se disseminado esse quadro negativo
fora da Instituição.
23

Gráfico 13 - Importância do fomento ao empreendedorismo pela universidade

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Na última pergunta do questionário direcionado aos graduandos, foi


solicitado sugestões de medidas que consideravam essenciais de adoção pela UEMA
na promoção do empreendedorismo. Ressalta-se que nem todos os graduandos
responderam esta questão, porém percebeu-se que a maioria das sugestões se
convergem com a prática do empreendedorismo por meio de projetos, Empresas
Júniores e parcerias com a comunidade e organizações externas à universidade.
Um exemplo de sugestões desse tipo é a de um aluno que sugeriu
“projetos que unem aprendizados na disciplina com projeto de extensão com a
comunidade, desde capacitação até mesmo de criação de empresas juniors [sic], que
funcionassem na sua plenitude”.
No que se trata das sugestões por parte dos discentes e docentes
participantes deste estudo, percebeu-se a convergência com o contexto prático do
empreendedorismo. Isto é, há um quase total consenso da importância de projetos de
extensão, empresas júniores e outras atividades afins que interliguem a comunidade
acadêmica com organizações externas e a comunidade do entorno da Instituição de
ensino.
Como importante complemento, informa-se que muitos dos graduandos
que responderam à última questão citaram sobre eventos, oficinas e workshops no
sentido de fomentar networking. Isto se assemelha com as sugestões dos acadêmicos
participantes dos estudos de Oliveira, Melo e Muylder (2016), em que predominaram
como sugestões a promoção de feiras, palestras, eventos e workshops no tema de
empreendedorismo.
Dentre as demais sugestões, há as seguintes medidas que foram
sintetizadas pela autora, a partir do agrupamento de sugestões semelhantes: “Manter e
alimentar o contato entre universitários e mentores do mercado empreendedor, com
debates e eventos (networking), pois nem todo professor tem uma jornada ou
experiência empreendedora”; “Promover o núcleo de empreendedorismo”;
“Incubadora de startup e Empresas Juniores”; “Parcerias entre a UEMA e empresas
24

tecnológicas e inovadoras para graduandos estagiarem”; “Oficinas, workshops, cursos


e eventos voltados ao empreendedorismo”; “Aulas e atividades mais práticas”;
“Trabalhos de pesquisas científica voltados para o empreendedorismo, podendo
envolver a comunidade”; “Alteração da grade curricular, com a abordagem
interdisciplinar do empreendedorismo e aulas mais práticas”; “Ferramentas mais atuais
em formas de cursos ou mesmo inserir nas disciplinas, como Design Thinking, Lean,
Scrum e outros”.
Considerando as sugestões apresentadas, nota-se a congruência com o que
Araújo (2013) identificou em seus estudos. Segundo o autor, os graduandos gostariam
de atividades mais práticas, interativas e participativas durante a graduação, como
incubadoras e empresas júniores. Desta forma, concordando-se com o autor, fica
propiciado o desenvolvimento de uma cultura empreendedora na comunidade
acadêmica.
Quanto ao docente pesquisado, que ministra disciplina Empreendedorismo
no curso de Administração do CCSA/UEMA, deve-se destacar que, na percepção
deste, os graduandos não apresentam perfil e intenção empreendedora. Ademais, o
pesquisado considera que a grade curricular atual não incentiva o empreendedorismo e
que a universidade ainda não desenvolve práticas empreendedoras de forma sistêmica.
Em continuação ao expressado pelo professor participante da pesquisa, há
a seguinte recomendação: “que a matéria fosse inserida desde o primeiro período,
mesclando teorias com mesas redondas com empresários de sucesso, painéis sobre
temas inovadores, muita inovação e desenvolvimento de empresas em laboratórios,
incentivo a incubadoras de empresas e surgimento de startups...etc.”. Adicionalmente,
o professor considera fundamental o fomento do empreendedorismo por parte da
universidade e que está sendo criada uma política nesse sentido para ampliar os
incentivos aos graduandos para empreenderem.
Outro docente da Universidade Estadual do Maranhão que colaborou com
este trabalho foi o Pró-Reitor de Planejamento e Administração desta Instituição.
Segundo este gestor, há a realização de enquetes periódicas para identificar a
percepção dos discentes da UEMA em torno do que pretendem seguir em termos de
carreira após a graduação. De acordo com o docente, há uma tendência dos
graduandos em preferirem os concursos públicos, seguidos da carreira em alguma
vaga do mercado de trabalho e, por último, há a possibilidade de empreenderem com a
abertura de algum negócio próprio.
25

Para o Pró-Reitor, os graduandos demonstram ter uma visão deficitária de


empreendedorismo, pois geralmente há a postura de afirmar que vão aplicar o
conhecimento em alguma empresa e não na própria organização. Além disso, não há
um entendimento amplo de que todas as disciplinas são válidas para o
empreendedorismo. Mediante isso, o professor sintetiza que os graduandos não
possuem perfil e nem intenção empreendedora segundo a sua opinião.
Adicionalmente, o Pró-Reitor explicou que a universidade não tem
nenhuma tradição no fomento do empreendedorismo, embora já tenha ocorrido alguns
ensaios, como a tentativa de instalação de incubadora de empresas no final da década
de 1990. Além da recente consolidação da disciplina empreendedorismo pelo curso de
Administração, o docente explica que não há absolutamente mais nada que possa ser
considerado como atuação efetiva em prol da inovação e do ato de empreender.
Para sanar o contextualizado nos últimos parágrafos, o professor em
questão explicou que recentemente foi aprovada a resolução que cria a Agência de
Inovação e Empreendedorismo na UEMA, que foi uma proposta deste. Esse
documento se trata da Resolução nº 1028/2019 – CONSUN/UEMA, aprovada em 26
de setembro de 2019.
Na síntese do Pró-Reitor há que a Agência se compõe de três
coordenações, sendo uma voltada para Propriedade Intelectual, outra para o
estabelecimento de parcerias e ponte com o mercado, e a terceira será efetivamente
enfocada em ações de empreendedorismo. Atrelada à referida resolução, deve-se citar
que há uma outra resolução recentemente aprovada que institui a política de inovação
na UEMA.
A mencionada política de inovação empreendedorismo da UEMA elenca
diversas medidas de estímulo à inovação e empreendedorismo, como
compartilhamento e permissão de uso de laboratórios, equipamentos, instrumentos e
demais instalações; participação minoritária no capital social de empresas; concessão
de bolsa estímulo à inovação; afastamento e licença ao docente pesquisador;
propriedade intelectual, sigilo e confidencialidade; transferência de tecnologia e
licenciamento, prestação de serviços técnicos especializados e acordos de parceria de
pesquisa científica e tecnológica e de desenvolvimento de tecnologia, produto, serviço
ou processo; participação nos ganhos econômicos; fomento ao empreendedorismo e
atendimento ao inventor independente.
26

Portanto, a política de inovação e empreendedorismo não surge apenas


como uma reguladora do funcionamento da Agência já abordada. Indo mais além, essa
política pode promover o preenchimento efetivo da lacuna percebida por discentes e
docentes no que tange ao incentivo à comunidade acadêmica para o empreender,
suscitando medidas concretas quanto a isso. Através da promoção da educação
empreendedora; encorajamento ao empreendedorismo tecnológico dos discentes;
compartilhamento de infraestrutura; parcerias com iniciativas públicas e privadas; e
demais ações que possam fortalecer o ecossistema empreendedor.
Poderá também por meio de regulamentação própria, apoiar e participar da
criação de ambientes promotores de inovação, incluídos parques e polos tecnológicos
e incubadoras de empresas, como forma de incentivar o desenvolvimento tecnológico,
o aumento da competitividade e a interação com empresas.
Compilando as demais contribuições do Pró-Reitor, entende-se que é
vivenciado o primeiro momento em que estão sendo adotadas medidas para, de fato,
desenvolver o empreendedorismo e inovação na UEMA. Com isso, espera-se mudar o
cenário acadêmico atual de discentes que não tem perfil empreendedor e da Instituição
que até então não apresentava participação estratégica e efetiva para desenvolver tal
perfil.
Finalizando as discussões acerca dos resultados da pesquisa, deve-se
deixar em relevo que, apesar dos docentes participantes apontarem para a ausência de
perfil empreendedor nos graduandos de Administração da UEMA, os resultados dos
questionários apontam para a maioria dos pesquisados com intenção de empreender.
Nesse ponto, acredita-se que a maior parte dos respondentes do questionário são
justamente aqueles que sentem algum interesse no campo do empreendedorismo.
Entendendo-se assim que quem não tem intenção em empreender pode não ter se
sentido motivado a participar do levantamento, uma vez que tal participação era
facultativa.
Em corroboração com a percepção dos docentes pesquisados, mesmo que
no geral o perfil dos graduandos de Administração/UEMA não seja empreendedor, a
pesquisa aponta que uma considerável parcela dos pesquisados que se sentem
motivados a empreender e que gostariam de uma participação efetiva na Instituição no
fomento ao empreendedorismo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
27

Dada a importância do empreendedorismo para a sociedade, é fundamental


que ocorra o contínuo estímulo desta prática entre as pessoas, principalmente aquelas
das jovens gerações que se encontram em contextos de aprendizagem profissional.
Tendo em vista o apresentado, destaca-se que foi buscado com este artigo
compreender o perfil e a intenção empreendedora dos graduandos de Administração
do CCSA/UEMA, bem como perceber possíveis incentivos educacionais são
contemplados junto ao curso com vista a fomentar este comportamento empreendedor,
buscando assim apontar possíveis sugestões com vistas a suscitar o desenvolvimento
do perfil empreendedor do graduando.
Com base nas contribuições dos respondentes, a presente pesquisa
constatou a hipótese formulada para este estudo, visto que era esperado perfil
empreendedor por parcela dos graduandos e considerável fração dos respondentes
indicaram perfil e intenção empreendedora junto amostra pesquisada.
Estímulos ao empreendedorismo por meio da grade curricular dividem
opinião com relação ao que realmente consegue promover a nível de incentivos. Em
relação a projetos e ações a serem desenvolvidos pela universidade, a maioria dos
respondentes não observou. Entretanto concebe-se que o fomento ao
empreendedorismo por parte da Instituição é de grande importância.
É percebível que a educação tem papel fundamental no desenvolvimento
desses estudantes. É sabido que é um mito o empreendedor nasce pronto, pois alguns
podem até ter mais perfil, porém muitos outros podem ser capacitados a criar e gerir
empresas perenes e que impactam positivamente a sociedade.
Neste âmbito, o desenvolvimento é decorrente dos conhecimentos adquiridos e
das práticas de cada indivíduo. Com isso, é preciso estimular o aprendizado do
empreendedorismo, pois este inserido na universidade pode influenciar tanto na geração de
conhecimento e inovação, como também no desenvolvimento tecnológico, refletindo na
sociedade ao qual está inserido.
Para que ocorra evolução do empreendedorismo junto ao nível da
graduação, é necessário que, além da disciplina de Empreendedorismo, comece a
existir uma maior interação com o universo empresarial além de com várias atividades
(cases) correlatas ao empreendedorismo.
Somando à sugestão supra, deve-se ressaltar que um dos entraves para o
desenvolvimento do empreendedorismo é a falta de incentivo financiamento, o que
pode ser sanado com a aproximação de agentes financiadores externos à instituição de
28

ensino, como bancos por exemplo. Nesta proposta, a instituição poderia promover
encontros semestrais para apresentar potenciais projetos empreendedores de seus
discentes a agentes de financiamento com vistas à implementação.
Além disso, pode-se sugerir uma mudança na grade curricular do curso de
Administração, com atualização das ementas das disciplinas e inclusão de
conhecimentos e ferramentas atuais e inovadoras ainda ausentes nessas ementas. Outra
sugestão referente à grade curricular, também apontada pelo docente da disciplina de
empreendedorismo, é a de que a disciplina Empreendedorismo seja incluída nos
primeiros períodos, até mesmo para uma compreensão maior de como usar na prática
o conhecimento das disciplinas no decorrer do curso.
Percebeu-se como deficiente os incentivos por parte da Instituição
pesquisada em prol do desenvolvimento e aperfeiçoamento do perfil empreendedor
entre os futuros profissionais de Administração por esta graduados. Todavia,
menciona-se como louvável que a Universidade está se posicionando para mudar esse
paradigma, o que se percebe pela iniciativa atual da criação de uma política para
fomento de inovação e empreendedorismo na UEMA como um todo, conforme
informação dos docentes pesquisados.
Ressalta-se que, como se trata de um estudo baseado em percepções
respondidas por questionário essencialmente estruturado, deve-se alertar para a
possibilidade de que muitos dos graduandos que se consideram com forte perfil
empreendedor na verdade não o tenham de fato. Sugere-se como trabalho futuro a
replicação desta pesquisa com vistas a identificar a efetividade e os efeitos positivos
da implantação da política de inovação e da Agência de inovação e
empreendedorismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, C. Q. Um estudo sobre empreendedorismo: a visão dos alunos do curso de
Administração, o caso do Centro Acadêmico do Agreste - UFPE. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Administração). Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2013.
AZEVEDO, A. C.; MANTHEY, N. B.; LENZI, F. C. O ensino do empreendedorismo em
cursos de graduação: panorama das práticas dos cursos de ciências sociais aplicadas. In: IX
Encontro de Estudos sobre Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas. Passo Fundo,
16-18 mar., 2016. Disponível em:
http://egepe.org.br/anais/arquivos/edicaoatual/Artigo331.pdf. Acesso em: 26 out.2019.
BAGGIO, A. F.; BAGGIO, D. K. Empreendedorismo: Conceitos e definições. Revista de
empreendedorismo, inovação e tecnologia, v. 1, n. 1, p. 25-38. 2015. Disponível em:
https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/view/612/522. Acesso em: 23 set.2019.
29

BARBOSA, R. E. Empreendedorismo: seu desenvolvimento, como é o seu ensino, e a sua


importância aos jovens. Caderno de Administração - Revista da Faculdade de
Administração da FEA, v. 12, n. 2, 2018. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/caadm/article/view/27391/28655. Acesso em: 1 nov.2019.
CAPPELLE, M. C. A.; MELO, M. C. O. L.; SOUZA, N. L. Mulheres, trabalho e
administração. Revista interdisciplinar de gestão social, v. 2, n. 2, 2013. Disponível em:
https://portalseer.ufba.br/index.php/rigs/article/view/9875/7147. Acesso em: 19 out.2019.
CASSUNDÉ, F. R.; CARVALHO, M. B. S.; CARVALHO, L. C. B.; COSTA, T. F. Business
Demography: o perfil dos estudantes do curso de Administração da Universidade Federal do
Vale do São Francisco. Revista Opara, v. 7, n. 1, p. 02-09, 2018. Disponível em:
http://revistaopara.facape.br/article/view/162/125. Acesso em: 3 nov.2019.
CORREIA, N. K. S.; ARAGÃO, I. M.; SILVA, A. L. S. O estudo da disciplina de
empreendedorismo nas instituições de ensino superior de administração de Aracaju e de São
Cristóvão (SE). Revista Gestão Universitária na América Latina-GUAL, v. 12, n. 2, p. 72-
93, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/gual/article/view/1983-
4535.2019v12n2p72. Acesso em: 25 out.2019.
ENDEAVOR. Empreendedorismo nas universidades brasileiras. 2016. Disponível em:
https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms%2Ffiles
%2F6588%2F1476473621Relatorio+Endeavor+digital+%283%29.pdf. Acesso em: 20
nov.2019.
GUIMARÃES, J. C.; LIMA, M. A. M. Empreendedorismo educacional: reflexões para um
ensino docente diferenciado. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v.
10, n. 2, p. 34-49, abr./jun., 2016. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/4417/441746395010.pdf. Acesso em: 15 set.2019.
KLEIN, A. Z.; SILVA, L. V.; AZEVEDO, D. Metodologia de pesquisa em Administração:
uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2015.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
LIMA, E.; LOPES, R. M. A.; NASSIF, V. M. J.; SILVA, D. Ser seu próprio patrão?
Aperfeiçoando-se a educação superior em empreendedorismo. RAC-Revista de
Administração Contemporânea, v. 19, n. 4, p. 419-439, 2015. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/840/84039759001.pdf. Acesso em: 1 nov.2019.
MARINHO, M. C.; ALMEIDA, M. I. R. Ensino de empreendedorismo: método de ensino
profissional. Revista Fatec Sebrae em debate-gestão, tecnologias e negócios, v. 6, n. 10, p.
180-180, 2019. Disponível em:
http://revista.fatecsebrae.edu.br/index.php/em-debate/article/view/126/133. Acesso em: 3
nov.2019.
MINELLO, I. F.; BÜRGER, R. E.; KRÜGER, C. Características comportamentais
empreendedoras: um estudo com acadêmicos de administração de uma universidade
brasileira. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, v. 10, p.
72-91, ago., 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2734/273452299006.pdf.
Acesso em: 28 set.2019.
MOURA FILHO, S. L. de; ROCHA, A. M.; TELES, E. O.; TORRES, E. A. Universidade
empreendedora - um método de avaliação e planejamento aplicado no Brasil. Revista Gestão
& Tecnologia, v. 19, n. 1, p. 159-184, jan./mar., 2019. Disponível em:
http://revistagt.fpl.edu.br/get/article/view/1514/921. Acesso em: 10 set.2019.
NASCIMENTO, P. S. O. do; CARVALHO, J. F. de; CYRENO, A. B. de S.; MARQUES, D.
B. A dinâmica do conhecimento na construção de uma universidade empreendedora:
potencialidades e fragilidades observadas na Universidade Federal de Pernambuco. Revista
Gestão Universitária na América Latina-GUAL, Florianópolis, v. 9, n. 4, p. 146-166,
30

2016. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/gual/article/view/1983-


4535.2016v9n4p146/33199. Acesso em: 11 set.2019.
OLIVEIRA, A. G. M.; MELO, M. C. O. L.; MUYLDER, C. F. Educação empreendedora: O
desenvolvimento do empreendedorismo e inovação social em Instituições de Ensino Superior.
Revista Administração em Diálogo - RAD, v. 18, n. 1, p. 29-56, 2016. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/rad/article/view/v18i1.12727/19431. Acesso em: 22 set.2019.
ROCHA, A. C.; MACHADO, R.; MORO, S.; HALICKI, Z. Comportamento, atitudes e
práticas empreendedoras: um resgate teórico dos pressupostos que abordam a temática.
Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, v. 1, n. 1, p. 44-60, jan./abr.,
2016. Disponível em: http://relise.eco.br/index.php/relise/article/view/5/3. Acesso em: 15
set.2019.
RODRIGUES, I. L.; MACHADO, D. DE Q.; REINALDO, H. O. A.; ALCÂNTARA, S. R.
A. S. DE; SILVA, L. M. T. Intenção empreendedora em estudantes de administração: um
estudo com estudantes da Universidade Federal do Ceará. REMIPE-Revista de Micro e
Pequenas Empresas e Empreendedorismo da Fatec Osasco, v. 5, n. 1 Jan-Jun, p. 65-84,
2019. Disponível em: http://fatecosasco.edu.br/fatecosasco/ojs/index.php/remipe/article/
view/158/139. Acesso em: 3 nov.2019.
RODRIGUES, S. C. M.; MELO, M. C. O. L.; LOPES, A. L. M. Ensino do
empreendedorismo sob a ótica de alunos e professores do curso de administração de uma
Instituição de ensino superior (IES) privada em Minas Gerais. Revista Gestão Universitária
na América Latina-GUAL, v. 7, n. 2, p. 198-220, 2014. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/gual/article/view/1983-4535.2014v7n2p198/26836.
Acesso em: 01 nov.2019.
SCHMILIVER, A. L.; TEIXEIRA, M. S.; BRANDÃO, M. D.; ANDRADE, V. D.; JUCÁ, M.
N. A presença de mulheres cria valor às empresas?. Revista Pretexto, v. 20, n. 3, p. 83-97,
2019. Disponível em: http://www.fumec.br/revistas/pretexto/article/view/6700. Acesso em:
15 out.2019.
SILVA, J. A. B.; SILVA, M. S. V. Análise da evolução do empreendedorismo no Brasil no
período de 2002 a 2016. Revista Estudos e Pesquisas em Administração, v. 3, n. 2, p. 115-
137, maio-ago., 2019. Disponível em:
http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/repad/article/view/8674/6212. Acesso em:
27 set.2019.
SILVA, J. F.; PENA, R. P. M. O “bê-á-bá” do ensino em empreendedorismo: uma revisão da
literatura sobre os métodos e práticas da educação empreendedora. Revista de
Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 6, n. 2, p. 372-401, 2017.
Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6718783. Acesso em: 21
out.2019.
31

APÊNDICES
32

APENDICE A – Questionário aplicado aos discentes


1. Gênero:
( ) Feminino ( ) Masculino( ) Outro

2. Faixa etária:
( ) 16 a 20 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) 26 a 30 anos
( ) 31 a 35 anos ( ) Mais de 35 anos

3. Qual é a sua ocupação atual?


( ) Apenas estudo ( ) Faço estágio e estudo ( ) Trabalho e estudo
( ) Participo de projetos da UEMA e estudo ( ) Empreendo e estudo

4. Você já cursou a cadeira de empreendedorismo?


( ) Sim ( ) Não

5. Caso ainda não seja, você tem intenção de tornar-se empreendedor?


( ) Sim, bastante
( ) Sim, intenção mediana
( ) Sim, intenção mínima
( ) Não tenho intenção
( ) Não saberia dizer/nada a declarar

6. O que o motivaria a tornar-se e empreendedor?


( ) A possibilidade de dispor de maior tempo e espaço
( ) A possibilidade de estar livre de chefia hierárquica e orientações pré-estabelecidas
( ) Poder colocar em prática ideias e alternativas de soluções próprias
( ) Alternativa para obtenção de maior renda salarial
( ) Não me sinto motivado a ser empreendedor

7. Você se considera uma pessoa criativa, que busca mudanças e soluções?


( ) Sim, me considero bastante
( ) Sim, me considero medianamente
( ) Sim, me considero minimamente
( ) Não me considero
( ) Não saberia dizer/nada a declarar

8. Você se considera uma pessoa com perfil empreendedor?


( ) Sim, me considero bastante
( ) Sim, me considero medianamente
( ) Sim, me considero minimamente
( ) Não me considero
( ) Não saberia dizer/nada a declarar

9. Você considera que o empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento


econômico e social?
( ) Sim, plenamente
( ) Sim, medianamente
( ) Sim, minimamente
( ) Não faz diferença
33

10. Durante sua trajetória acadêmica houve incentivos e estímulos motivadores, baseados em
subsídios teóricos nas diversas disciplinas da grade curricular, que o motivassem à uma
atuação Empreendedora durante e/ou após a graduação?
( ) Sim, bastante
( ) Sim, porém medianos
( ) Sim, mínimos
( ) Não observei
( ) Não saberia dizer/nada a declarar

11. Durante sua trajetória acadêmica houve incentivos e estímulos motivadores, baseados em
projetos e ações promovidos pela UEMA, que o motivassem a uma atuação Empreendedora
durante e/ou após a graduação?
( ) Sim, bastante
( ) Sim, porém medianos
( ) Sim, mínimos
( ) Não observei
( ) Não saberia dizer/nada a declarar

12. Você participa de algum projeto/programa acadêmico na UEMA que contempla o


empreendedorismo?
( ) Sim
( ) Não, porém gostaria de participar
( ) Não, e não gostaria

13. Você considera importante que a UEMA incentive e fomente o Empreendedorismo, via
subsídios teóricos e projetos, junto aos graduandos?
( ) Sim, considero bastante importante
( ) Sim, considero medianamente importante
( ) Sim, considero minimamente importante
( ) Não considero importante
( ) Não saberia dizer/nada a declarar

14. Você apontaria alguma sugestão com vistas a promover o fomento ao Empreendedorismo
junto aos graduandos de Administração do CCSA/UEMA? Se sim, qual/quais?
( ) Não ( ) Sim
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
34

APÊNDICE B – Questionário aplicado aos docentes


1. Na sua percepção os graduandos de Administração/UEMA, de um modo geral
apresentam perfil e intenção empreendedora?

2. Você considera que a atual grade curricular de Administração/UEMA incentiva o


desenvolvimento do perfil e intenção empreendedora junto aos graduandos?

3. Você considera que a UEMA desenvolve práticas empreendedoras que motivem os


graduandos a se tornarem empreendedores?

4. Para você a atuação docente incentiva e desperta a motivação empreendedora?

5. Que possíveis sugestão você apontaria com vistas a fomentar a despertar e provocar o
comportamento empreendedor do graduando do curso de Administração da UEMA.
35

ANEXO A – RESOLUÇÃO QUE APROVA A AGÊNCIA DE INOVAÇÃO E


EMPREENDEDORISMO DA UEMA
36

Você também pode gostar