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BALÃO INTRA-AÓRTICO: O PAPEL DO ENFERMEIRO

NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE NA UNIDADE


DE TERAPIA INTENSIVA DE CARDIOLOGIA

Cristiane Betsy Souza Pinto1


Sandra Regina dos Santos Oliveira2
RESUMO
Este estudo teve por objetivo discutir o papel do enfermeiro na assistência ao paciente em uso
do balão intra-aórtico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica de caráter exploratória
e explicativa. Foram consultados periódicos indexados nos bancos de dados LILACS, SciELO e
REV@. Assim, foram definidos como critério de inclusão artigos publicados no período de 2001 a
2019, que têm como objeto a assistência de enfermagem ao paciente em uso do balão intra-aórtico
na UCO. A obtenção de materiais foi realizada através da leitura de artigos científicos e de sites
especializados do tema. Inicialmente, foram encontrados 192 artigos e desses, apenas 13 artigos
científicos abordavam aspectos relacionados ao propósito deste estudo. Os resultados demonstra-
ram que, para prestar cuidados ao paciente com BIA, a enfermeira deve conhecer o procedimento
desde a sua realização, durante o funcionamento, até a sua retirada, além dos cuidados após a sua
implantação. Assim, esta pesquisa foi construída para compreender a importância do enfermeiro
no processo de planejar e sistematizar suas ações, com base em uma fundamentação científica e
efetiva durante a assistência cardiovascular na UCO.

Palavras-chave: Assistência de enfermagem; Balão intra-aórtico; UCO.

INTRA AORCTIC BALLOON: THE ROLE OF NURSES IN PATIENT CARE IN THE CARDIOLOGY
INTENSIVE CARE UNIT

ABSTRACT
This study aimed to discuss the role of nurses in assisting patients using the intra-aortic balloon. This
is a qualitative, bibliographical research with and exploratory and explanatory character. Indexed
journals were consulted in the LILACS, SciELO and Rev @ databases. Thus, it was defined as an in-
clusion criterion: articles published in the period from 2001 to 2019, whose object is nursing care
for patients using the intra-aortic balloon at the UCO. Materials were obtained by reading scientific

1 Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Hemodinâmica pela Faculdade Atualiza.


E-mail: crbetsy2@hotmail.com
2 Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Hemodinâmica pela Faculdade Atualiza.
E-mail: sroliveira13@hotmail.com

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articles and specialized websites on the topic. Initially 192 articles were found and of these, only 13
scientific articles addressed aspects related to the purpose of this study. The results showed that in
order to provide care to the patient with BIA, the nurse must know the procedure of its performan-
ce, during its operation, until its removal, in addition to the care after its implantation. Thus, this
research was built to understand the importance of nurses in the process of planning and systema-
tizing their actions, based on a scientific and effective basis during cardiovascular care at the UCO.

Keywords: Nursing care; Intra-aortic balloon; UCO.

1 INTRODUÇÃO Dessa forma, o estudo terá como problema nortea-


O cuidar é a essência do processo de atuação da dor e que irá permear todo o processo de contri-
Enfermagem. Esta profissão busca o bem-estar do ser buição da pesquisa a seguinte indagação: qual é o
humano, identificando as necessidades e as formas papel do enfermeiro na assistência ao paciente em
de sua resolução com olhar holístico e humanizado. uso do balão intra-aórtico?

Existem equipamentos indicados para dar suporte na Neste contexto, a pesquisa contemplará como ob-
assistência circulatória que se encontra prejudicada. jetivo geral: discutir o papel do enfermeiro na as-
sistência ao paciente em uso do balão intra-aórtico.
Assim, a terapia de contrapulsação aórtica com ba-
lão intra-aórtico se tornou o procedimento mais Para facilitar o alcance do objetivo proposto acima,
utilizado em pacientes com falências, produzindo delinearam-se os seguintes objetivos específicos:
efeitos hemodinâmicos de forma significativa. estudar sobre a utilização do balão intra-aórtico
(MATOS, 2019). na Unidade de Terapia Intensiva de Cardiologia e
apresentar a assistência de enfermagem ao pacien-
O balão intra-aórtico (BIA) é um dos dispositivos te em uso do balão intra-aórtico.
mais utilizados na Unidade Coronariana (UCO).
Entretanto, esta pesquisa será construída para com-
Além disso, o BIA compreende um cateter vascu- preender a importância do enfermeiro no proces-
lar com um balão montado em sua extremidade so de reabilitação do paciente, ajudando-o a fun-
distal, que deve ser posicionado na aorta torácica damentar cientificamente, de maneira efetiva, a as-
descendente, imediatamente na porção distal do sistência cardiovascular, como também contribuirá
ponto onde se origina a artéria subclávia esquerda. para novas informações e reflexos sobre a temática.
(ALBUQUERQUE, 2011).

Desta forma, os pacientes com instabilidade hemo- 2 METODOLOGIA


dinâmica em uso do balão intra-aórtico necessitam
O direcionamento deste estudo foi através de uma
de cuidados de enfermagem especializados.
pesquisa de abordagem qualitativa, bibliográfica,
Esse acompanhamento deve ser realizado pela equi- do tipo revisão literária de caráter exploratória e
pe de enfermagem com o propósito de integração explicativa, na qual foram utilizados artigos cien-
nos cuidados ao paciente. (MACHADO, 2012). tíficos publicados na íntegra, sem restrições de
idiomas, na tentativa de encontrar quantidade re-
O enfermeiro desenvolve seus cuidados, desempe-
levante de referencial teórico. Foi detectado, con-
nhando papel importante na avaliação do paciente
tudo, que as publicações redigidas em português
e do funcionamento do balão intra-aórtico, sendo
eram as que mais continham informações sobre
que, esses cuidados requerem competências técni-
o estudo.
cas e interpessoais experientes.

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Assim, foi definido como critério de inclusão: artigos Após leitura reflexiva dos artigos, notou-se que al-
publicados no período de 2001 a 2019, periódicos, guns não preenchiam os critérios inclusivos cita-
além de bibliografias complementares que abordam dos acima. Foram selecionados 192 artigos confor-
o tema da nossa escolha: Balão intra-aórtico: o papel me esses critérios, e desses, para a construção des-
do enfermeiro na assistência ao paciente na Unidade ta pesquisa propriamente dita, utilizaram-se 13 ar-
de Terapia Intensiva de Cardiologia (UCO). tigos científicos no que diziam respeito ao propó-
sito deste trabalho.
De acordo com Vieira e Hossne (2001), a pesqui-
sa bibliográfica consiste em mostrar a evolução de A análise dos textos encontrados foi suficiente para
conhecimentos sobre determinado tema, indican- dar embasamento teórico a fim de compreender o
do falhas e acertos, fazendo críticas e elogios, co- estado geral do paciente em uso de balão intra-aór-
mo também resumir o que é realmente interessan- tico e abordar, de forma clara e sucinta, a impor-
te a partir de referências teóricas publicadas em ar- tância dos cuidados de enfermagem no tratamento
tigos, livros, dissertações e teses. e reabilitação em paciente cardíacos.
Para a construção deste estudo, foram utilizadas
três bases de dados disponíveis em meio eletrô- 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
nico para levantamentos bibliográficos, a saber:
LILACS (Literatura Latino Americano em Ciências Percurso metodológico referente à busca das publi-
de Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library cações com base na metodologia proposta: abaixo,
Online), REV@ (Portal de Revistas de Enfermagem). segue o Quadro 1, que descreve os detalhes dos ar-
Para acesso, foram adotados os seguintes descrito- tigos selecionados após a leitura na íntegra.
res: assistência de enfermagem, balão intra-aórti-
co e unidade coronariana.

Quadro 1 – Descrição dos artigos encontrados nas bases de dados mediante a metodologia proposta. (continua)

Título do Artigo Autores Revista/Ano Objetivo

Revista Realizar uma atualização sobre os di-


Avanços na monitorização neu- ALCÂNTARA,
Brasileira de ferentes métodos de monito­rização
rológica intensiva: implicações T. F. D. L.;
Enfermagem, neurológica intensiva e estabelecer re-
para a enfermagem MARQUES, I. R.
2009 lações com o trabalho do enfermeiro.

Cuidados de enfermagem a Evidenciar os cuidados de enferma-


ALBUQUERQUE,
pacientes em uso de balão 2011 gem dispensados a pacientes em uso
R. S. de.
intra-aórtico do BIA.

Descrever as complicações decorren-


Complicações do balão tes da utilização do balão intra-aórti-
Rev Latino-am
intra-aórtico em uma coorte de ASSIS, R. B. S, et co, relacionando-as com o tempo de
Enfermagem,
pacientes de um hospital espe- al. permanência, a presença de fatores de
2009
cializado em cardiologia risco/comorbidades e com registros
de enfermagem.

A humanização no atendimen- Identificar, na literatura, as dificulda-


to ao paciente idoso em unida- Serviço Social des enfrentadas pelos profissionais de
ASSUNÇÃO, G. P.;
de de terapia intensiva: análise em Revista, saúde, com relação ao cuidado huma-
FERNANDES, R.
da literatura sobre a atuação do 2010 nizado, no âmbito hospitalar,
profissional de saúde especificamente em UTI.

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Quadro 1 – Descrição dos artigos encontrados nas bases de dados mediante a metodologia proposta. (conclusão)

Título do Artigo Autores Revista/Ano Objetivo

O processo de enfermagem co-


Rev. Compreender os significados atribuí-
mo ações de cuidado rotinei- DELGADO, M. E.
Latino-am. dos ao processo de enfermagem por
ro: construindo seu significado L.; MENDES, M.
Enfermagem, enfermeiras da unidade clínica em
na perspectiva das enfermeiras M. R.
2009 um hospital do México.
assistenciais

Rev.
Tempo estímulo-resposta aos Caracterizar os alarmes sonoros dis-
FRANCO, A. S. Brasileira de
alarmes do balão intra-aórtico: parados pelo BIA durante a terapia
et al. Enfermagem,
práticas para cuidado seguro contrapulsação aórtica.
2017

Os cuidados de enfermagem ao
HEMESATH, Descrever quais são os cuidados
paciente cardíaco em uso de ba- 2001
M. P. a pacientes em uso de BIA.
lão intra-aórtico no CTI

Validar o conteúdo de um guia ope-


Balão intra-aórtico em racional dos cuidados de enferma-
Rev. Eletrônica
pacientes candidatos a trans- gem a pacientes candidatos a trans-
MACHADO, R. C. Trimestral de
plante de coração: guia ope- plante de coração em uso do BIA,
et al. Enfermagem,
racional dos cuidados de correlacionando às publicações da
2012
enfermagem literatura científica a vivência prática
de especialistas.

Desenvolver competências clínicas


Cuidados de enfermagem espe- especializadas na prestação de cuida-
cializados ao doente em choque dos de enfermagem à pessoa em si-
MARTINS, A. I. J. 2012
cardiogênico com suporte por tuação crítica em choque cardiogê-
balão intra-aórtico nico com a necessidade de suporte
com BIA.

O enfermeiro na assistência ao Evidenciar os cuidados de enferma-


paciente em uso do balão intra- MATOS, J. C. 2019 gem dispensados a pacientes em uso
-aórtico: revisão integrativa de BIA.

Relatar e descrever qual a atuação


O cuidado de enfermagem ao Revista
MISTURA, C. da equipe de enfermagem no cui-
paciente em uso Contesto &
et al. dado de pacientes em uso de balão
do balão intra-aórtico Saúde, 2011
intra-aórtico (BIA).

Investigar como é abordado o con-


Revista teúdo deste tema entre os professores
Relacionamento
RIBEIRO, M. I. L.; Brasileira de de uma escola do referido nível de
interpessoal no nível
PEDRÃO, L. J. Enfermagem, ensino, sua importância para os alu-
médio de enfermagem
2005 nos e sua aplicabilidade por profis-
sionais deste nível.

Caracterizar os pacientes internados


Perfil dos Pacientes Admitidos na UTI do Hospital Regional Ponta
TOMAL, T. A.
na Unidade de Terapia Intensiva 2012 Grossa - Wallace Thadeu de Mello e
et al.
do Hospital Regional Silva no período de agosto de 2011 a
fevereiro de 2012.

Fonte: Os autores do artigo (2020)

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3.1 UTILIZAÇÃO DO BALÃO INTRA-AÓRTICO estabilização da dor, que são algumas das preocupa-
NA UCO ções da equipe. (ASSUNÇÃO; FERNANDES, 2009).
A Unidade de Terapia Intensiva de Cardiologia Para Hemesath (2001), o balão intra-aórtico foi
(UCO) consiste em uma unidade de terapia in- inicialmente utilizado no ano de 1968 em um pa-
tensiva especializada em cardiologia, voltada pa- ciente acometido por choque cardiogênico, sendo
ra atendimento aos pacientes com falências car- introduzido através de procedimento cirúrgico, o
díacas. Esta unidade se diferencia das demais uni- que foi muito complicado.
dades por proporcionar tratamento especializa-
do e intensivo para o paciente em estado crítico A mesma autora enfatiza que esse dispositivo pas-
(SANTOS et al., 2011). sou a ser utilizado a partir de 1978, quando se deu o
desenvolvimento da inserção percutânea, que, por
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um re- ser um procedimento mais simples, continua a ser
curso essencial para cuidar de pacientes em esta- o mais utilizado até os dias de hoje.
do crítico que necessitam de monitoramento con-
tínuo e cuidados complexos e especializados por O balão intra-aórtico foi desenvolvido em 1962,
uma equipe multidisciplinar (TOMAL et al., 2012). utilizando o princípio da contrapulsação: ele apoia-
-se em um balão instalado em um cateter flexível
Para tanto, a UTI é destinada à monitorização com dois lumens, tendo como característica inflar
contínua dos vários parâmetros vitais do pacien- e desinflar na aorta torácica descendente em cada
te. Este ambiente possui estrutura física específica, ciclo cardíaco.
recursos humanos especializados e equipamentos
Desde a sua criação, tornou-se o dispositivo mais
tecnológicos modernos que permitem o melhor
utilizado em cirurgias cardíacas em unidades de
controle de pacientes com alterações fisiológicas
hemodinâmica. (THOMAZ et al., 2017).
(ALCÂNTARA; MARQUES, 2009).
O balão intra-aórtico é um dos dispositivos de as-
Para Assunção e Fernandes (2010), em nosso País,
sistência circulatória mecânica mais utilizados em
na década de 1970, foram implantadas as primeiras
Unidade de Terapia Intensiva. Esse dispositivo
unidades de terapia intensiva especializadas e con-
consiste de um cateter com um balão na sua extre-
sideradas de alta complexidade.
midade distal, que é posicionado na aorta torácica
Com isso, os profissionais de saúde responsáveis descendente, imediatamente na porção distal do
por estas unidades necessitaram de aperfeiçoa- ponto onde se origina a artéria subclávia esquerda.
mento. Com o seu surgimento, obtiveram-se equi- (ALBUQUERQUE, 2001).
pamentos cada vez mais modernos e sofisticados
Segundo Amorim e Cheregatti (2010), o princípio
com a finalidade de oferecer suporte e tratamento
da contrapulsação permite que o balão intra-aór-
a pacientes potencialmente graves.
tico seja insuflado durante a diástole e desinflado
Além disso, a UTI é um local de grande importân- durante a sístole.
cia em uma unidade hospitalar que oferta trata-
Então, a contrapulsação produzida pelo BIA cau-
mentos a pacientes com grave potencial, mas que
sa efeitos hemodinâmicos que beneficiam o rendi-
possam ter a chance de permanecer vivos.
mento cardíaco de forma significativa. Esses efei-
É uma unidade considerada complexa, que dispõe tos benéficos são: a redução da pós-carga ventricu-
de internação com alteração clínica com gravida- lar esquerda, o aumento da perfusão coronariana e
de. Propõe também estabelecer monitorização e vi- o suporte circulatório sistêmico pelo aumento da
gilância contínua, sempre dispensando conforto e pressão arterial média.

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De acordo com o princípio da contrapulsação, o É também responsável por aumentar a perfusão


BIA é insuflado no período de diástole ventricu- miocárdica por meio de um mecanismo de sincro-
lar, aumentando a pressão na artéria aorta, o que nismo. A programação adequada requer coorde-
faz com que o sangue perfunda proximalmente as nação da insuflação e desinsuflação do balão com
artérias coronárias e distalmente o resto do corpo, o ciclo cardíaco do paciente, o que ocorre através
resultando em um suplemento de oxigênio para o da pressurização do gás hélio que fica condiciona-
miocárdio e aprimorando o rendimento cardíaco. do no console do BIA.
(HEMESATH, 2001).
Vale ressaltar que, para a autora Hemesath (2001),
Esse dispositivo tem como principais funções: au- se torna eficaz quando existir um adequado ajuste
mento do suprimento de oxigênio para o miocárdio, entre o balão intra-aórtico com o eletrocardiogra-
diminuição do trabalho do ventrículo esquerdo ma do paciente. Esse controle, porém, deve ser pro-
e a melhoria do débito cardíaco, e ainda há um au- gramado para detectar a onda R do ECG, de for-
mento da pressão de perfusão das artérias coroná- ma que a insuflação aconteça no pico da onda T,
rias no decorrer da diástole. (ASSIS et al., 2009). que corresponde ao fechamento da válvula aórtica.
Entretanto, a desinsuflação é programada para
No uso do balão intra-aórtico, em geral, a via mais ocorrer exatamente antes do próximo complexo
utilizada para sua inserção é a artéria femoral, que QRS, o qual correlaciona-se aproximadamente à
deve ser calibrosa o suficiente para acomodar o ca- sístole ventricular.
teter do balão e manter o fluxo sanguíneo distal para
preservar a irrigação do membro. Sendo assim, O balão intra-aórtico é composto por dois com-
a técnica mais frequente é a inserção percutânea, ponentes: por um cateter balão e um console ca-
pois ela tem eficiência relativamente alta e é um pazes de bombear e aspirar alternadamente um
meio rápido de insuflar o tratamento com o dispo- volume de gás no interior do balão.(AMORIM;
sitivo. (HEMESATH, 2001). CHEREGATTI, 2010).

Para tanto, a mesma autora diz que existe cateter Para o autor Hemesath (2001), o console consiste
do balão disponível nos tamanhos de 20, 30, ou 40 em um osciloscópio que apresenta mensagens da
ml para adultos e nos tamanhos de 4 e 12 ml para função interna do aparelho, função do balão, cur-
pediátricos. A escolha do tamanho do cateter de- vas de pressão arterial, eletrocardiograma com sele-
pende muito do peso e do diâmetro da aorta de ca- tor de derivação, troca nos modos de sincronização
da paciente. e ajustes no sistema de insuflação e desinsuflação.

Diante disso, o enchimento do balão acontece pe- Existem dois tipos de balões utilizados para a con-
lo bombeamento de gás hélio ou dióxido de car- trapulsação intra-aórtica: balão bidirecional e ba-
bono e a sincronia da insuflação e desinflação des- lão unidirecional. O balão bidirecional é um balão
de uma única câmara, que enche a partir da porção
se dispositivo é realizada mais comumente pelo
mediana e desloca o sangue nos dois sentidos,
traçado do eletrocardiograma do paciente obti-
proximal e distal, durante a diástole ventricular.
do no monitor do console do balão. (AMORIM;
Sendo assim, esse balão aumenta a perfusão co-
CHEREGATTI, 2010).
ronária, cerebral, renal e mesentérica. (AMORIM;
Então, para Franco et al. (2017) a contrapulsação CHEREGATTI, 2010). Segundo esses autores, o ba-
através do balão intra-aórtico é um procedimento lão unidirecional contém duas câmaras, ambas são
de assistência circulatória realizado por um suporte infladas quase simultaneamente. O balão menor,
mecânico para pacientes com falência cardíaca esférico, oclui a aorta distal, de forma que todo o
circulatória. sangue deslocado pela inflação do balão maior flui

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no sentido retrógrado, para aumentar a perfusão Diante disso, o balão intra-aórtico é de suma im-
coronariana e cerebral. O dispositivo com balão du- portância no tratamento utilizado para as mais va-
plo produz contrapulsação mais eficaz com relação riadas afecções que acometem os pacientes em es-
ao aumento de pressão de perfusão coronariana. tado crítico, principalmente em unidade de terapia
intensiva de cardiologia, na qual acontecem os me-
As principais indicações para a utilização do ba-
lhores resultados no tratamento das doenças e me-
lão intra-aórtico são: choque cardiogênico e/ou
lhor evolução clínica do paciente.
falência ventricular de diferentes etiologias, an-
gina recorrente refratária após Infarto Agudo do
3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PA-
Miocárdio (IAM) e angina instável refratária a tra-
CIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO
tamento farmacológico.
A enfermagem, como uma profissão humanista,
Esse procedimento pode também ser realizado no vem acompanhando importantes mudanças tanto
pré, intra e pós-operatório de cirurgias cardíacas, nas relações interpessoais como no campo tecnoló-
suporte circulatório em pacientes no aguardo de gico, atendendo às novas demandas dos serviços de
transplante cardíaco que apresentam deterioração saúde para, então, suprir as necessidades dos pa-
hemodinâmica, choque séptico e oclusão da arté- cientes e implementar a adequada terapêutica de
ria relacionado ao IAM nas 24 horas, dentre outros. enfermagem. (DELGADO; MENDES, 2009).
(ALBUQUERQUE, 2001).
Dessa maneira, a (o) enfermeira (o) deve preparar
A mesma autora supracitada refere que as princi- sua equipe para que todos atuem de forma linear
pais contraindicações ao uso do balão intra-aórtico nas condutas para realizar a sistematização da as-
são: insuficiência aórtica severa, dissecção aórtica e sistência, orientando e supervisionando de manei-
lesão cerebral irreversível. Dentro desse contexto, ra compreensiva e responsável, a fim de melhorar
não poderá ser usado em pacientes que possuem o relacionamento profissional/paciente.
distúrbios anatômicos, como aneurisma de aorta e
insuficiência da válvula aórtica. De acordo com Ribeirão e Pedrão (2005), a equipe
de enfermagem desempenha um importante papel
É contraindicado, também, em casos de calcificação no processo do cuidar, com o objetivo de garantir
aorto-ilíaca severa e/ou doença vascular periférica. uma assistência humanizada baseada em conheci-
mentos e habilidades científicas, sendo necessárias
Atualmente, com os avanços tecnológicos, o uso
a interação entre os membros da equipe e a cria-
do BIA tem favorecido um suporte hemodinâmico
ção de vínculos profissionais para execução de uma
com mais segurança, entretanto, ainda assim, algu-
ação coletiva.
mas complicações ainda continuam presentes em
pacientes submetidos a esse procedimento. Acredita-se que os profissionais de enfermagem ne-
cessitam buscar subsídios para desenvolver o pro-
Entre as complicações mais acometidas nos clien-
cesso do cuidado de forma sistematizada, a partir
tes que realizam a terapia de contrapulsação estão
de uma prática complementar, integrada e multidi-
a lesão vascular, isquemia do membro e a infecção.
mensional para melhorar e qualificar a assistência
Podem acontecer, também, embolismo, dissecção e
de enfermagem.
o rompimento da aorta, decorrentes do vazamento
do balão por conta de coágulos ou placas de atero- A Sistematização da Assistência de Enfermagem
ma, a hemorragia, a trombocitopenia, além de ca- (SAE) é um importante instrumento tanto pa-
sos de paraplegia, após utilização do BIA. (ASSIS ra subsidiar as ações de enfermagem como assis-
et al., 2009). tir o cliente de forma completa e individualizada,

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além de garantir ao profissional enfermeiro e responsável pela realização do procedimento é o


sua equipe respaldo legal sobre seus atos e ações. médico. Ele, geralmente, punciona a artéria femo-
(CIANCIARULLO et al., 2001). ral por técnica percutânea, que seria a passagem do
cateter. Após, é realizado o Raio-X do tórax para se
Para Tannure e Gonçalves (2008), o processo de
ter a certeza do posicionamento correto. (SOUZA;
enfermagem é um esquema que proporciona or-
ELIAS, 2006).
dem e direção ao cuidado de enfermagem, sendo a
essência, o instrumento e a metodologia dessa prá- Após a preparação de todo o material, a equipe au-
tica. É através dele que o enfermeiro toma decisões, xilia o médico durante a realização do procedimen-
prevê e avalia as consequências para o paciente. to, que deve ser com técnica asséptica e em menor
tempo possível. Assim, uma vez implantado esse
O tratamento de contrapulsação com o balão in- dispositivo, deve ser realizado o RX para confirmar
tra-aórtico é um procedimento invasivo que po- a correta localização do mesmo. Posteriormente,
de causar inúmeras complicações e os profissio- o console é ligado e programado pelo médico.
nais envolvidos nessa prática do cuidar devem es- (MISTURA et al., 2011).
tar atentos aos avanços científicos e tecnológicos
para prevenir as possíveis intercorrências que pos- No que diz respeito ao BIA e aos cuidados de en-
sam surgir durante a terapia. fermagem aos pacientes em uso desse suporte me-
cânico, os enfermeiros devem ser competentes pa-
Assim, os pacientes submetidos a essa terapia ne- ra avaliar as indicações, os benefícios, os riscos e as
cessitam de um atendimento de enfermagem indi- potenciais complicações decorrentes desse trata-
vidualizado que seja de forma integral e humaniza- mento. (MARTINS, 2012).
da. (MATOS, 2019).
A assistência ao paciente em uso de balão intra-
Uma vez que a enfermagem deve estar apta a pres- -aórtico acontece desde a detecção da necessidade
tar um cuidado diferenciado para esses clientes, fa- de sua instalação, procedimento de implante do ca-
z-se necessário também conhecer os equipamentos teter, durante seu funcionamento, até sua retirada.
e as comorbidades dos mesmos.
Após a necessidade do uso desse dispositivo, a
Para prestar cuidado e atendimento a um pacien- equipe de enfermagem deve preparar o material a
te em uso de BIA, a enfermeira deve entender os ser utilizado durante o procedimento, posicionar
princípios de assepsia, monitorização, hemodinâ- de forma adequada o paciente no leito, que deve
mica, anatomia, fisiologia cardiovascular e bomba ser de 45°, cabeceira elevada e em decúbito dorsal,
de contrapulsação. (GALLEGO et al., 2003). orientar e explicar quanto ao procedimento que se-
rá realizado, salientando a importância de sua par-
É necessário proporcionar cuidados específicos
ticipação em manter o membro inferior imóvel e
que abranjam desde a higiene e proteção da pele,
bem posicionado. (MISTURA et al., 2011).
suporte emocional, analgesia até o transporte desse
paciente. Podem existir inúmeras responsabilida- Diante disso, vale ressaltar que a função do enfer-
des para a equipe de enfermagem, de acordo com meiro se inicia antes da realização do procedimento
cada instituição de saúde, porém essa assistência quando explica ao paciente e à família a finalidade do
deve ser padronizada para evitar possíveis compli- tratamento com o BIA, além dos cuidados durante
cações. (SAMPAIO, 2017). e após a sua implantação. (ALBUQUERQUE, 2011).

O balão intra-aórtico é um dispositivo de assistên- Durante o uso do BIA, a enfermagem deve estar
cia circulatória mecânica, que o paciente faz uso atenta para o correto posicionamento dos eletro-
de forma temporária. Assim, o profissional que é dos de eletrocardiograma (ECG), já que estes irão

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de cardiologia

coordenar a insuflação e desinsuflação do balão com membro, com o objetivo de evitar qualquer tipo de
o ciclo cardíaco do paciente. É necessário também intercorrência. (MISTURA et al., 2011).
observar a cor, temperatura e o pulso do membro
Para Hemesath (2001), a remoção do balão intra-
submetido a esse procedimento e também a admi-
-aórtico é precedida pelo desmame do paciente, que
nistração do anticoagulante prescrito pelo médico,
consiste em examinar as dependências desse balão,
já que a trombose pode ser uma das complicações
sendo normalmente realizada 18 a 36 horas após o
da utilização do balão. (MISTURA et al., 2011).
início da contrapulsação. A retirada do dispositi-
De acordo com os mesmos autores, quando o balão vo é iniciada quando as variáveis hemodinâmicas
intra-aórtico estiver sendo usado, deve-se manter estabilizam e os agentes inotrópicos são reduzidos.
a via arterial pérvia, isto é, administração intermi-
A autora Albuquerque (2011) explica que, após o
tente com solução de heparina, observar a quanti-
desmame, a etapa seguinte é a retirada do balão.
dade de gás hélio no torpedo e, se terminar duran-
Assim, nessa situação, é necessário parar a infu-
te o uso, a troca deve ser imediatamente, de forma
são de heparina uma hora antes do procedimento.
que não prejudique o paciente.
Logo após, os pontos dérmicos de estabilização dever
O tratamento com anticoagulantes nos pacientes ser afastados e o BIA é desconectado do console.
em terapia de contra-pulsação com o balão intra- Nesse momento, um assistente deve utilizar uma
-aórtico é caracterizado pela administração de he- seringa de 50 ml para aplicar uma pressão negativa
parina por via intravenosa, sendo indicada para di- contínua e garantir o colabamento do balão.
minuir o risco de embolia a partir da superfície do O balão é tracionado até atingir o introdutor, sa-
balão e de trombose da artéria femoral do sítio de bendo que não se deve, em nenhuma hipótese, ten-
punção. (HEMESATH, 2001). tar retirar o balão através do introdutor, ou seja, o
Segundo Albuquerque (2011), a enfermeira de- BIA deve ser retirado juntamente com um introdu-
ve estar atenta para qualquer alteração do estado tor, enquanto isso, é aplicada uma pressão firme so-
clínico do paciente durante ao tratamento com o bre a artéria femoral.
BIA. O suporte humano ao paciente e à família de- Para tanto, vale ressaltar que o enfermeiro é impres-
ve ocupar lugar de destaque no planejamento das cindível na tomada de decisão, quanto ao trabalho
intervenções de enfermagem. em equipe, liderança e responsabilidade. Sua assis-
Os enfermeiros podem diagnosticar quaisquer tência sempre deve ser baseada em conhecimentos
técnicos e científicos, que são essenciais para
complicações que possam acontecer durante o uso
liderar um grupo que deve estar preparado e capa-
do cateter vascular, pois devem conhecer a história
citado para atender o paciente e manejar os equi-
clínica do paciente e os fatores de risco predispo-
pamentos e os materiais necessários. (AMORIM;
nentes a complicações. (MARTINS, 2012).
CHEREGATTI, 2010).
Durante o desmame, o balão intra-aórtico deve ser
retirado gradualmente, observando-se sinais de
instabilidade hemodinâmica. No momento da re- 4 CONCLUSÃO
tirada do cateter pelo médico, a enfermagem deve A utilização do balão intra-aórtico é considera-
auxiliar, oferecendo todos os materiais, fazendo da de suma importância nas Unidades de Terapia
compressão no local da punção até parar o sangra- Intensiva de Cardiologia, sendo indispensável essa
mento. O curativo deve ser compressivo, e o pa- modalidade terapêutica para paciente em estado
ciente deve permanecer em repouso durante quatro crítico, mesmo podendo ocorrer inúmeros proble-
horas. Serão observados sinais vitais e a cor do mas ou complicações.

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