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Ângulo Q do joelho*

Ângulo Quadricipital (Q)


É o ângulo formado entre as retas:
1) que passam pelo centro patelar e a tuberosidade
tibial e
2) pelo centro patelar e a Crista Ilíaca Superior Anterior
(CISA)
• É maior nas mulheres, pois estas apresentam maior
distância horizontal entre as CISAs.
O que Valgum e Varum?

• Valgum é o desvio medial da


extremidade distal de um segmento.
• Varum é o desvio lateral da
extremidade distal de um segmento.
Limites para Homens e Mulheres

Homens: entre 11 e 17 graus


Mulheres: entre 14 e 20 graus

Valores fora destes limites são


considerados patológicos e
sobrecarregam todas as estruturas
articulares envolvidas (joelho e
coxofemoral)
Causas do aumento do Ângulo Q

Genu Valgum
Anteversão femoral excessiva
Torsão Tibial Medial
Tuberosidade tibial posicionada lateralmente
Retináculo lateral tensionado em excesso
Músculo vasto medial debilitado
Patela alta
Mulheres apresentam 20 vezes mais lesões de LCA do que os homens
IMPORTANTE:

Desvios significativos do ângulo Q estressam em demasia músculos e


ligamentos (mediais ou laterais) e subestressam os do lado oposto (laterais
ou mediais). Consequentemente as forças resultantes que atuam nestas
estruturas são alteradas e potencialmente lesivas.
Goniometria quadril
História Clínica

Qual é a idade do paciente?


Qual é a ocupação?
Se trauma esteve envolvido, qual foi o mecanismo da lesão?
Há dor? Onde? Que Tipo? É difusa? Contínua?
Há irradiação da dor? Existem posturas ou ações que aumentam ou
diminuam a dor?
Há quaisquer movimentos que o paciente sinta que são fracos ou
anormais?
Qual é a atividade usual ou de lazer do paciente?
Importante: Observação e Triagem

Exame das outras articulações adjacentes,


acrescentando uma avaliação postural global;
Avaliação da Marcha;
Observação Geral: evidência de dano tecidual,
edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou
crepitação;
Observar as articulações periféricas
Inspeção :

São observados os seguintes aspectos nas vistas anterior,


posterior e lateral:
Postura: observar obliqüidade pélvica;
Observar simetria de sustentação de peso;
Equilíbrio: verificar o controle proprioceptivo nas
articulações avaliadas;
Observar posições dos membros se são iguais e simétricas;
Cor e textura da pele, cicatrizes, fístulas, etc.
Observar anormalidade dos contornos ósseos e dos tecidos
moles.
Palpação:

Durante a palpação do quadril e músculos associados,


o fisioterapeuta deve observar qualquer dor à
palpação, temperatura, espasmo muscular ou outros
sinais e sintomas.
Face Anterior : Crista Ilíaca, trocânter maior e EIAS,
articulação do quadril e sínfise púbica;
Face Posterior: Crista Ilíaca, EIPS, túber isquiático,
trocânter maior, articulações sacroilíacas, e
lombossacrais.
Palpalção – Crista Ilíaca / Espinha
Ilíaca Postero-superior
Mobilidade dos Segmentos

Triagem para amplitude de movimento: Consiste em


determinar onde e se é necessária uma avaliação
goniométrica específica;
Se forem identificadas limitações na amplitude de
movimento articular, deverá ser realizado um teste
goniométrico específico para se obter um quadro das
restrições, estabilização e registro das limitações.
Gonimetria: Informações dos dados
goniométricos
Determinar a presença ou não de disfunção;
Estabelecer um diagnóstico; ]
Estabelecer os objetivos do tratamento;
Avaliar a melhora ou recuperação funcional;
Modificar o tratamento; Realizar pesquisas que
envolvam a recuperação de limitações articulares.
Flexão do Quadril
Ocorre no plano sagital entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do ilíaco.
Amplitude articular com o joelho fletido: 0°-125° (Marques, 2003; Palmer &
Epler, 2000) e 0°-135° (Magee, 2002)
Precauções Manter o membro oposto plano sobre a mesa para controlar
a inclinação pélvica posterior; Evitar a movimentação lombossaccra.
Extensão do Quadril

Ocorre no plano sagital. Amplitude Articular: 0°-10° (Marques, 2003); 0°-10/15°


(Magee, 2002; Palmer & Epler, 2000).
Precauções O indivíduo deverá manter as EIASs planas sobre a mesa para se ter
certeza de que o movimento irá ocorrer nas artic. do quadril e não nas vértebras
lombares; Evitar a inclinação pélvica anterior
Abdução do Quadril

Naposição anatômica, o movimento ocorre no plano frontal. Amplitude


Articular : 0°-45° (Marques, 2003; Palmer & Epler, 2000) e 0°-30/50° (Magee, 2002)
Precauções Evitar a rotação medial ou lateral na articulação do quadril; Evitar
a inclinação lateral da coluna;
Adução do Quadril

Na posição teste, o movimento de adução ocorre no plano frontal. Amplitude


Articular : 0°-15° (Marques, 2003); 0°-30° (Magee, 2002), 0°-20/30° (Palmer & Epler,
2000).
Precauções Evitar a rotação medial do quadril; Evitar a inclinação lateral da
coluna.
Rotação Medial do Quadril
Na posição teste, o movimento de rotação medial ocorre no plano transversal.
Amplitude Articular : 0°-45° (Marques, 2003); 0°-30/40° (Magee, 2002), 0°-30/45°
(Palmer & Epler, 2000)
Precauções Evitar a rotação e a inclinação lateral da pelve para o mesmo lado;
Evitar que a pelve se afaste da mesa; Na posição sentada evitar a flexão
contralateral do tronco; Evitar a adução na artic. do quadril.
Rotação Lateral do Quadril
Na posição anatômica, o movimento de rotação medial ocorre no plano
transversal. Amplitude Articular : 0°-45° (Marques, 2003); 0°-40/60° (Magee, 2002),
0°-30/45° (Palmer & Epler, 2000).
Precauções Evitar a rotação da pelve para o lado oposto; Evitar a adução do
quadril; Evitar a inclinação contralateral da pelve;
Evitar a flexão ou rotação ipsilateral do tronco.
Leitura complementar:

https://www.scielo.br/pdf/rbme/v18n3/05.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-03102013-104908/
publico/GabrielPeixotoLeaoAlmeida.pdf

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