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São Paulo,
2022
Marco Antonio Febrini Junior,
Ingryd Alves da Costa
Francisca Érica de Araujo Costa
Mariana Farias Lima
Sarah S. Cavalcanti dos Santos
Layane Cristina de Sá Silva
Leonardo Pinheiro de Oliveira
São Paulo,
2022
SUMÁRIO
1.Sobre a Obra……………………………………………………………………………………….4
1.1 Apresentação da Obra 4
1.2 Contextualização da Obra 4
2. Biografia da Artista………………………………………………………………………………6
3. A Importância e Representatividade da Obra……………………………………………….7
1. Sobre a Obra
A obra A Estudante, de 1916, feita com tintas diluídas sobre tela, retrata uma
jovem em forma incômoda. Na imagem, destacada em aspecto e composição,
existe abertura à interpretações diversas. Pintada com uma inclinação para a
esquerda, fugindo do centro da moldura, Anita nos apresenta um mal estar, uma
sensação de que há algo de errado na cena. O próprio rosto da estudante, aqui
retratada sob traços rápidos e grossos, é quase puxado para a esquerda, o que
causa ainda mais estranhamento. O olhar dúbio da mulher, curioso porém
desconfiado, atento mas cansado, traz consigo sentimento e sensação, algo que a
artista colocava com frequência em suas obras. A imagem pode ser dividida em três
elementos principais: Cabeça, torço e parte inferior. É perceptível que todas as três
partes fogem do centro do quadro. Embora possamos fazer essa divisão, todas as
partes se interligam. A parte inferior, cortada pelos braços, é ligada ao tronco por
uma espécie de ponte de cores (os tons de pele nos braços também fazem as
vezes de conectores visuais). E o próprio lenço, de cor escura como a saia, conecta
o terceiro segmento ao primeiro, a cabeça, percorrendo todo o quadro, de modo
que, embora fora de centro, há consciência de uma unidade imagética. A despeito
de ser interpretativo, há certa melancolia no quadro.
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intencionais que buscavam um despertar imaginativo do espectador. Em A
Estudante Russa, de 1915, Anita trabalha um olhar dúbio, tal qual o da estudante de
1916, e utiliza a mesma composição de fuga da centralidade.
A Estudante fez parte da exposição de Anita, de 1917, que revolucionou as artes
plásticas brasileiras. Modernista, gerou polêmica pela sua estética, que bebia de
fontes europeias, e causou grande repercussão. Esta repercussão foi ampliada
ainda mais após uma crítica agressiva de Monteiro Lobato, intitulada “Paranóia ou
Mistificação?”, que fazia apontamentos duríssimos a Anita e sua arte, comparando
sua obra a trabalhos de loucos em manicômios. A exposição de Malfatti, e suas
críticas (os artistas modernistas sentiram-se pessoalmente afrontados pelas críticas
de Lobato), culminaram no elemento fundamental para a semana de arte moderna
de 1922.
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2. Biografia da Artista
6
3. A Importância e Representatividade da Obra