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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Hamlet, Shakespeare
Personagens:

1. Hamlet - Príncipe da Dinamarca

2. Claudius - Rei da Dinamarca, tio de hamlet

3. Fantasma - Rei falecido, pai de Hamlet

4. Gertrude - Rainha, mãe de Hamlet, agora mulher de Claudius

5. Polónio - conselheiro de estado

6. Laertes - lho de Polónio

7. Ofélia - lha de Polónio

8. Horácio - amigo e con dente de Hamlet

9. Rosencrantz e Guildenster - cortesãos, antigos condiscípulos de Hamlet

10. Fortinbras - príncipe da noruega

11. Voltemando e Cornélio - conselheiros, embaixadores à Noruega

12. Marcelo, Bernardo e Francisco - membros da guarda do rei

13. Oscric - cortesão

14. Reynaldo - servo polónio

15. Actores

16. Cortesão

17. Coveiro

18. Companheiro do coveiro

19. Capitão do exercito de fortinbras

20. Embaixadores ingleses

21. Senhores, senhoras, soldados, marinheiros, mensageiros e servos

Lugar:

1. Elsionore

2. A corte

3. Lugares envolventes

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terça-feira, 3 de outubro de 2023
Contexto:
- Tragédia escrita entre 1599 a 1601
- Reconta a história de como o príncipe Hamlet tenta vingar a morte do seu pai,
Hamlet rei, que foi executais por Cláudio, seu irmão
- Envenenou-o e em seguida tomou o trono casando-se com a rainha
- Traça a loucura real e a loucura ngida
Forma:
- estrutura da peça
Ato I: 7 cenas

Ato II: 2 cenas

Ato III: 4 cenas

Ato IV: 7 cenas

Ato V: 2 cenas
- Verso e Prosa: "Hamlet" utiliza tanto verso quanto prosa em sua escrita.
- O verso é predominantemente iâmbico pentâmetro, uma forma métrica que
consiste em cinco pés métricos, cada um com uma sílaba tônica seguida de uma
sílaba átona. Essa métrica confere um ritmo poético à linguagem da peça.
- A prosa, por outro lado, é usada em situações mais informais e em diálogos
menos solenes.
- Monólogos e Solilóquios: "Hamlet" é conhecido por seus monólogos e
solilóquios
- expressa seus pensamentos e sentimentos mais profundos. O monólogo mais
famoso é o "Ser ou não ser", no qual Hamlet contempla a natureza da existência
e da morte.
- Esses solilóquios são exemplos notáveis da habilidade de Shakespeare em
explorar a psicologia dos personagens e em criar re exões losó cas
memoráveis.
- Variedade de Estilos de Linguagem: Shakespeare usa uma ampla variedade de
estilos de linguagem ao longo da peça.
- Personagens diferentes falam de maneira diferente, re etindo suas
personalidades e posições sociais.

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- Alguns personagens usam linguagem poética e elaborada, enquanto outros
falam de maneira mais direta e prosaica. Isso cria uma riqueza de nuances na
interação dos personagens.
- Jogos de Palavras e Trocadilhos: Shakespeare era conhecido por seu talento em
criar jogos de palavras e trocadilhos.
- criar ambiguidades e duplos sentidos nas falas dos personagens.
- Temas Universais: amor, traição, vingança, loucura, morte e poder
Notas:
- Vingança:
- O catalisador da maioria dos eventos na peça
- O fantasma, fortinbras, Laertes e hamlet
- Corrupção e Traição: Claudius usurpou o trono e traiu o seu irmão;
- Loucura:
- Hamlet, Ofélia, e Claudius também cam loucos
- Não se sabe se Hamlet cou louco ou se nge
- Morte:
- Fantasma, contemplações do suicídio, a cova, a morte de Ofélia
- Ciclo da vida, de forma religiosa e secular
- verdade e decepção/ realidade e aparição:
- A forma como Claudius é elegido rei
- A forma como polónio pretende espalhar rumores sobre Laertes para investigar
o comportamento do lho
- A presença do fantasma, comi sendo verdadeiro ou imaginação de Hamlet
- Rosencrantz e Guildenstern e a sua expiação em Elsinore
- Hamlet a ngir que está maluco
- pensamento e acção:
- Deve existir um balanço
- Indecisão: Hamlet luta com a indecisão sobre se deve ou não vingar o seu pai.
- Solilóquios:

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- Os solilóquios em "Hamlet" são monólogos interiores nos quais o personagem
principal, Hamlet, expressa os seus pensamentos, sentimentos e re exões mais
profundas;
- Os solilóquios são notáveis não apenas pela beleza da sua linguagem, mas
também por revelar os con itos internos e a complexidade do personagem de
Hamlet;
- Eles oferecem vislumbres de sua mente atormentada e das questões existenciais
e morais que o a igem ao longo da peça.
- "Ser ou não ser, eis a questão...": Este é um dos solilóquios mais icónicos da
literatura. Hamlet re ete sobre a natureza da existência e da mortalidade. Ele
pondera se é mais nobre suportar as adversidades da vida ou buscar o m
através da morte. Este solilóquio explora temas de dor, sofrimento e o medo
do desconhecido.
- "Oh, que obra de arte é o homem...": Neste solilóquio, Hamlet comenta sobre
a grandiosidade da humanidade. Ele elogia a mente humana e a capacidade
de pensar, criar e raciocinar. Ao mesmo tempo, Hamlet lamenta como a
humanidade muitas vezes age irracionalmente ou se corrompe.
- "Há algo de podre no reino da Dinamarca...": Neste solilóquio, Hamlet faz uma
observação sombria sobre a corrupção no reino. Ele se refere ao assassinato
de seu pai e a ascensão de Claudius como rei como evidências da corrupção.
Essa linha se tornou um símbolo da deterioração moral e política na peça.
- "Que todos caiam, e um só homem se erga...": Hamlet expressa seu desejo
por vingança no contexto deste solilóquio. Ele se compromete a agir e buscar
justiça pelo assassinato de seu pai. Este solilóquio marca um momento crucial
em sua jornada em busca de vingança.
- Motivos da Loucura:
· Durante a peça, Hamlet nge estar louco, o que gera confusão entre os outros
personagens;

· Ele utiliza essa loucura aparente como uma estratégia para investigar o
assassinato do seu pai e as intenções de Claudius;

· No entanto, ao longo da peça, a linha entre a sua loucura ngida e uma


possível loucura real ca turva, adicionando complexidade à sua personagem.

A Tragédia Final:

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- Laertes, irmão de Ofélia, retorna e junta-se a Claudius em um plano para
envenenar Hamlet durante um duelo de esgrima
- Este plano resulta em uma série de mortes, incluindo a de Gertrude, Laertes,
Claudius e Hamlet;
- A sucessão do trono passa para Fortinbras, príncipe da Noruega, após a morte
de Hamlet.

Cena 1.1 - primeiro encontro com o fantasma


- meia- noite
- Frio de morrer
- Aperto no peito
- Turno tranquilo - nem um rato se mexeu
- Horácio - diz que é uma fantasia
- Bernardo - “Quando aquela mesma estrela vaga a oeste do polo, Seu curso
correra para alumiar aquele canto do céu”
- Entra o fantasma - vulto do rei que morreu - e sai
- Antigo rei combateu o rei da Noruega
- Presságio de estranha mudança no estado
- Estava quase a falar - cantou o galo - estremeceu como alguém culpado
- Devem contar a Hamlet

Cena 1.2 - Laertes volta para Paris, o Rei e a Rainha pedem a Hamlet que
termine o luto, reencontro de Hamlet e Horácio que conta sobre o fantasma
- Memória da morte - dor nos corações - austero luto
- Laertes - pede a concessão de voltar a frança
- Polónio - difícil consentimento - aprovado agora pelo rei
- Rainha para Hamlet - despe essa cor de noite fechada - o que vive há de morrer
- atravessando a natureza rumo à eternidade
- Hamlet - adereços e roupagens da desolação - presta luto
- Rei

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- exemplo do seu pai que perdeu também um pai, manter uma tristeza polícia
- Persistir em condoer (compaixão) - ímpia teimosia, que não tem religião
- É dor pouco viril - que demonstra pouca coragem
- Vontade incorrigível, coração desarmado, espírito impaciente, entendimento
simples e pouco destro - pouco ágil
- Ofensa que fere os mortos - contra natura
- Repugnante à razão
- “Lançai por terra essa dor ociosa, e pensai em nós
- Regresso à escola de Wittenberg - retrógrada aos nossos desejos
- Rainha - ca connosco
- Hamlet
- Nem dois meses morto
- Rei tão excelente como hipérion ( sol de deus ) para um sátiro
- Inconstância da mãe - deveria ter mantido o luto mais lento
- O tio, tão igual a meu pai como eu a hércules
- Lençóis incestuosos
- Elsinore - cidade famosa na Dinamarca - castelo de Kronborg
- Horácio - veio assistir ao funeral do rei
- Hamlet - não vieste ver o casamento da minha mãe
- Horácio conta a Hamlet que julga ter visto o sei pai durante a noite
- Bernardo e Marcelo - confortados pela gura do rei, armado da cabeça aos
pés, na plataforma onde montamos a guarda, cioso de falar, trazia a viseira
levantada, expressão de tristeza, pálido, barba de um crespo penteado
- Hamlet - guardar a visão no silencio, visita entre as 11 e as 12, receio coisa vil
Cena 1.3. - despedida de Laertes, Polónio descobre o caso de Hamlet e Ofélia
- Laertes - despede-se da irmã, para que tenha cuidado, mantém a retaguarda do
teu afectam, a melhor política é o medo
- Polónio - separa ti mesmo verdadeiro
- Laertes sai

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- Ofélia - ele tem feito amplo dom do seu afecto por mim - Hamlet - modo
honroso, solenes votos sacros
- Polónio
- quando arde o sangue, a alma é capaz de pôr promessas na língua
- fogachos que dão mais luz do que calor
- dá a esses encontros um preço mais alto
- Não creias nas suas promessas
- Suplicantes pedidos nada sacros - para melhor te enrolarem
Cena 1.4. - encontro de Hamlet e o Fantasma
- está quase a dar as onze
- Toque das trombetas e disparo de dois canhões - rei deita-se tarde e rege os
festejos
- Hamlet
- É um costume mais honrado na quebra do que no respeito
- Mancham-nos os atributos - bêbados
- entra o fantasma
- Pede con dencia a hamlet chamando-o com a mão
- Marcelo - há algo de podre no reino da Dinamarca
- Horácio -a providência decidirá
- Saem e seguem-no
Cena 1.5. - Fantasma pede a Hamlet que se vingue
- fantasma - deverás jurar vingança depois de me ouvires
- Condenado a vaguear de noite durante um tempo
- Vinga o cruel e desalmado assassínio
- Fraudulento relato da minha morte - mordida de uma serpente
- A serpente que picou a vida de teu pai lhe usa agora a coroa
- Besta incestuosa e adúltera
- Atraiu ao seu cio impudico a rainha que parecia tão virtuosa

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- Apos adormecer no jardim, como de costume, o teu tio insinua-se-me com
xarope num frasco de velenho maldito
- Deixa a tua mãe com deus
- Horácio e Marcelo entram - juram guardar segredo
- Hamlet
- Fantasma honesto
- juram sobre a espada
- Hamlet
- Agora me disponha a assumir uns modos bizarros
Cena 2.1. - Polónio pede a Reynaldo que espie Laertes e pretende denunciar o
amor secreto de Hamlet e Ofélia
- polónio pede a Reynaldo para entregar dinheiro a Laertes e saber mais
informações
- Polónio - tenta saber dos dinamarqueses em paris
- Quais e quem, os seus meios, onde vivem, quais as suas companhias e quem
paga
- Saber se conhecem o lho
- Fazei-vos passar por alguém pouco conhecido por ele
- Assacai-lhe invenções - imputar caluniosamente, atribuir injustamente ou sem
fundamento (mas nenhuma tão vil que possa desonrá-lo )
- Qualquer usual Travesso lapso (revela malícia, descuidado) amplamente sabido
notório (conhecido, evidente) comparsa ser ( gurante, cúmplice) da liberdade e
juventude

- Polónio pede a Reynaldo que difame o seu lho Laertes associando-o a


comportamentos como “beber, lutar, praguejar, pancada, mulherio”?
- Podeis mitigar acusação - tornar mais suave e menos intenso
- Não imputeis (atribuir, assacar) nenhum outro escândalo como ser "atreito à
incontinência" - falta de autocontrole em relação a impulsos ou desejos
excessivos sexuais
- “Ateai-lhe tão mansamente as faltas” - Isso sugere que alguém está
instigando ou estimulando as falhas ou imperfeições de alguém de uma
maneira suave e delicada.

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- "que possam mostrar-se máculas da liberdade” - imperfeições que podem
ser vistas como características da liberdade.
- "o lume e de agrar de um espírito fogoso” - chama ou fogo que surge de um
espírito apaixonado e enérgico
- "a natureza brava de um sangue indomado” - selvagem e indomável,
associada ao temperamento ou ao sangue quente.
- "qual a todos nos assalta” - afecta todos os que o rodeiam
- Resumindo: Polónio pede a Reynaldo que incentive discretamente e
suavemente as falhas de Laertes, as falhas devem estar associadas a
expressões de liberdade e energia, e despertar a natureza apaixonada e
indomável, de maneira a que esses comportamentos afectem e in uenciem
os outros
- "Buscai pois que no isco do falso morda a carpa da verdade” - usar táticas de
engano para que as pessoas falem a verdade sobre Laertes. Ao lançar um
"isco" de informação falsa, as pessoas podem ser levadas a revelar a verdade
- "É assim que nós, pessoas de visão e alcance, com molinete e lances de largo
efeito, por indicações a direção buscamos” - comparação com a pesca,
pessoas inteligentes e perspicazes usam "molinete" (um tipo de carretilha de
pesca) e arremessos habilidosos para pescar informações por meio de
sugestões e pistas subtis.
- "Tal como por estas razões e encadeado meu lho acharás” - encontrará
informações sobre Laertes, ao usar táticas enganosas e sugestões, Reynaldo
obterá informações sobre o comportamento de Laertes em Paris.
- Reynaldo sai
- Ofélia aparece assustada
- Hamlet todo desabotoado, sem chapéu, meias sujas, ligas desatiladas com
aros nos tornozelos, pálido como a camisa, joelhos a bater, digno de lástima,
como se libertado do inferno
- O acesso lhe vedei
- polónio
- é mais perigoso manter algo em segredo do que revelá-lo, especialmente
quando se trata de sentimentos amorosos

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- "isto há de saber-se que calado pode levar maior pena do que ódio” - sugere
que manter silêncio sobre um assunto pode resultar em consequências mais
graves do que expressar ódio ou raiva.

Cena 2.2. - rei, rainha e polónio discutem a verdadeira causa da insânia de


Hamlet, Hamlet fala com polónio, chegam rosencrantz e guildenstern,
organização da peça
- Rei
- Chama Rosencrantz e Guildenstern (antigos condiscípulos de Hamlet) - apelo
intempestivo (inoportuno, inconveniente)
- Transformação de Hamlet - exterior e intimo
- O que poderá ter sido mais do que a morte do seu pai
- Peço -vos que quem na corte algum tempo - vigilância
- “tangerdes aos prazeres”- participando de atividades sociais e de
entretenimento com ele.
- "E descobrirdes, tanto quanto da ocasião se pode colher”
- "Se algo que desconhecemos o a ise que, revelado, caia sob remédio nosso”
- Ambos decidem obedecer aos reis
- rainha - “ o meu tão alterado lho”
- “Os céus lhe tornem a nossa presença e prática amena e útil”
- Rainha - “que assim seja, amen”
- Polónio diz saber a verdadeira causa da insânia de Hamlet
- Rainha - trata-se da morte do pai e do nosso tão célebre casamento

- Entram polónio, Cornélio e voltemando, embaixador da Noruega


- Voltejando
- Mandou suprimir os recrutamentos do sobrinho - preparativos marciais contra
os polacos
- Paci ca passagem a esta empresa à luz dos termos dose segurança e
permissão

Rei - grato, esta noite havemos de festejar juntos

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Saem e polónio permanece
- Polónio
- Fazer exposição do que a majestade deva ser, do que é o dever
- Brevidade é a essência do espírito
- O vosso nobre lho esta louco
- Lê : ao celeste ídolo da minha alma, a sumamente embelezava Ofélia, esta que
no seu excelente peito…
- Caiu numa grande tristeza por Ofélia o ter recusado
- “Se as circunstancias ajudarem, hei de descobrir onde a verdade se esconde
mesmo que ocultada se feche no centro da terra”
- Na antecâmara, a Ofélia irá encontrar-se com Hamlet enquanto polónio e
Claudius estarão atrás de uns panos
- Se não tiver razão, deixará de ser conselheiro do estado
Hamlet entra lendo um livro e os reis saem
- como o mundo anda, ser honesto é um em dez mil
- Como não, se o sol engendra vermes num cão morto, que é carne boa de beijar-
se”
- Pensamento melancólico e existencialista
- A decadência e decomposição de tudo no mundo é inevitável, efemeridade da
vida, inevitabilidade da morte como um cão que é deixado ao sol a decompor-
se
- Linguagem provocativa e perturbadora para enfatizar a sua visão sombria da
existência
- Visto que o destino de todos os seres vivos perde o seu signi cado
- As pessoas podem ser levadas igualmente a fazer coisas também tão
repugnantes como o m da vida
- Satírico lacrau - escorpião
- Picada venenosa
- Também pode estar associado ao segredo ou mistério - criaturas noturnas
- Se como o caranguejo pudésseis andar para trás - regressão

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- Polónio - insiste para que vá apanhar ar fresco
- “Para dentro da sepultura?”
- Revela profunda tristeza e desespero
- Como se a vida fosse também uma sepultura
- Descrença na vida e na existência
- polónio - “ que alcance têm, por vezes, as suas saídas - a felicidade com que a
loucura tantas vezes acerta, que a sanidade e o juízo não saberiam tão
felizmente atingir” - ?
- “deixai que leve comigo o vosso afeto”
- Não podeis, senhor, nada levar de mim do que melhor grado não queira eu
separar-me - exceto a minha vida, exceto a minha vida, exceto a minha vida.” -
?

Entram os amigos de Hamlet


- indiferentes lhos da terra
- Felizes em não sermos demasiado felizes
- Do chapéu da fortuna não somos a pluma
- Somos ín mas praças - parte inferior de um objecto

- partes íntimas da fortuna - boa megera - antipática e cruel


- Mundo honesto - “à beira do dia do juízo”
- Ironia e ceticismo
- Se as pessoas estivessem a tornar-se mais honestas e verdadeiras seria
porque se aproxima o juízo nal
- O julgamento das almas seria manipulado
- qual a sentença da fortuna - julgamento
- Prisão - Dinamarca
- Muitas clausuras, cenas e masmorras - das piores
- “con nado ao interior de uma noz e considerar-me rei dos espaços in nitos” -
sonhos agitados

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- Gui - sonhos são ambição, substancia dos ambiciosos é a sombra de um sonho
- Ham - sonho não passa de uma sombra
- Ros - ambição é de textura tão leve e aérea - sombra de uma sombra
- Ham - mendigos corpos, monarcas, heróis ilustres são sombras de
mendigos
- Gui admite que forma chamados
- Ham
- Vosso conluio com o rei e a rainha não sofra muda de pena
- Perdi toda a minha alegria
- Abandonei Todo o tipo de exercício
- Terra - promontório estéril
- Férvido rmamento envolvente
- Texto majéstico chapado de fogos de ouro
- Congregação de vapores pestilenta e vil - vapores (substancias que podem ser
tóxicas); pestilenta (contaminado, capaz de promover doenças, cheiro
extremamente desagradável); vil (malévolo, desprezível)
- “Que obra de arte é o homem, que nobre na razão, que in nito nas faculdades,
no movimento e na forma que admirável e preciso, como um anjo nos actos,
ou um deus na apreensão: a beleza do mundo, a parangona dos animais - e no
entanto para mim, que é esta quintessência do pó? Os homens não me
encantam - nem as mulheres, embora com esse sorriso o queiras insinuar.”
- elogia a capacidade intelectual e as habilidades humanas, reconhece que os
seres humanos são notáveis por sua razão e capacidades ilimitadas
- "No movimento e na forma que admirável e preciso” - beleza e a precisão do
corpo humano em termos de movimento e forma, é sicamente
impressionante.
- "Como um anjo nos atos, ou um deus na apreensão” - compara os seres
humanos a anjos em termos de suas ações e a deuses em termos de sua
capacidade de compreensão. Ele está destacando o potencial humano para
ação elevada e compreensão profunda.
- "A beleza do mundo, a parangona dos animais": Ele a rma que os seres
humanos são a "beleza do mundo" e a medida de excelência entre os

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animais. Ele sugere que os humanos são a criação mais nobre e
extraordinária.
- No entanto, a segunda parte da fala de Hamlet muda de tom:
- "E no entanto para mim, que é esta quintessência do pó?” - contradição
entre a grandeza potencial da humanidade e sua própria sensação de
insigni cância e desilusão
- "Os homens não me encantam - nem as mulheres, embora com esse sorriso
o queiras insinuar” - desilusão
- Ham - “o que representar o papel do Rei será Benvindo; sua majestade
receberá de mim tributo; o cavaleiro galante há-de usar alvo e ferros; não há-
de o amante gemer em vão; a criatura melancólica chegará ao uk incólume, o
bobo há-de fazer cócegas a pulmões sensíveis, e a dama há-de livremente
dizer o que quiser - sem que por isso tropece o verso branco.”
- Hamlet está discutindo a apresentação de uma peça teatral que ele planeja
realizar como parte de seu plano para con rmar as suspeitas sobre o rei
Cláudio.
- "O que representar o papel do Rei será Benvindo” - papel que será
desempenhado na peça, onde um rei será retratado.
- "Sua majestade receberá de mim tributo” - representação do rei será uma
homenagem, mas também uma forma de provocar o rei Cláudio.
- "O cavaleiro galante há-de usar alvo e ferros” - representação de um
cavaleiro nobre que usará armadura branca e reluzente.
- "Não há-de o amante gemer em vão” - ?
- “A criatura melancólica chegará ao m incólume” - personagem melancólico
na peça não sofrerá dano ou perigo.
- “O bobo há-de fazer cócegas a pulmões sensíveis” - personagem bobo da
peça que deve ser engraçado e capaz de fazer rir em momentos sensíveis
- "A dama há-de livremente dizer o que quiser - sem que por isso tropece o
verso branco” - ?
- conversam sobre os actores, são crianças?
- “O meu tio-pai e tia-mãe estão enganados” - ironia
- Sugere a profunda desilusão e decepção em relação à rápida união da mãe e
do tio após a morte do pai

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- Crítica à moralidade e descon ança pelos familiares
- "só estou louco a norte-noroeste. se o vento é de sul, sei muito bem distinguir
uma águia de um serrote" - ?
- Entram os actores
- Hamlet fala sobre uma peça que não agradava a multidão
- Caviar para a canalha
- Saber nesta matéria excedia o meu
- Expressa com tanta singeleza como saber de ofício - elogiando a clareza e a
simplicidade da comunicação, destacando que a informação está sendo
apresentada de uma maneira muito compreensível e sem complicações, como
se fosse algo que a pessoa faz com muita facilidade e naturalidade
- Referência de Dido a Eneias - assassinato de Príamo
- Morte do líder - meio de troca Príamo - morte do Rei Hamlet ou futura morte
do rei Claudius
- Eneias procura um novo lar para os sobreviventes troianos como Hamlet se
sente um estrangeiro na sua própria casa, procurando a justiça
- Vingança é destinada e imposta - típico traço das tragédias
- Fantasma - atua como mensageiro profético que revela os segredos ocultos
- Con ito interno - luta entre questões éticas e vingança, con ança no
fantasma
- Semelhanças entre Pirro (mata Príamo, rapta helena, é amaldiçoado por
Cassandra, ressentimentos em relação a Ulisses) e Hamlet
- “mobilada rainha” - ?
- Rainha que é quase como um objecto usável
- assassínio de Gonzaga - A cena em questão é uma encenação de uma peça
chamada "O Assassinato de Gonzaga" ou "O Rato-Trapo". O príncipe Hamlet
planeja essa encenação para testar a culpa de seu tio Cláudio em relação ao
assassinato de seu pai, o Rei Hamlet. A encenação apresenta um enredo
semelhante ao assassinato do Rei Hamlet, e Hamlet observa atentamente as
reações de Cláudio durante a performance para determinar se ele demonstra
qualquer sinal de culpa.

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Hamlet ca sozinho - Solilóquio - monólogo interior
- capacidade da atuação teatral de evocar emoções
- Re exão sobre a Atuação Teatral: Hamlet começa re etindo sobre a habilidade
dos atores de evocar emoções e expressar paixões intensas no palco. Ele admira
como os atores podem representar personagens ctícios com tanta intensidade
que sua própria alma é afetada por aquilo que conceberam. Isso destaca o poder
da arte teatral em evocar emoções genuínas.
- Contraste com sua Própria Inação: Hamlet então se volta para si mesmo e se
critica por sua própria inércia. Ele compara sua hesitação em vingar a morte de
seu pai com a capacidade dos atores de se entregarem completamente às
emoções. Ele se pergunta por que ele não age com a mesma paixão e
determinação que vê nos atores.
- Referência a Hecuba: A menção a Hecuba, a rainha de Tróia na mitologia grega,
serve como um exemplo. Hamlet questiona por que os atores podem chorar e se
comover pela ctícia Hecuba, enquanto ele não é capaz de agir com a mesma
intensidade em relação a sua própria situação, que é real. Isso destaca o con ito
interno de Hamlet.
- Poder da Arte: O solilóquio também explora o poder da arte, especi camente do
teatro, em afetar as emoções e até mesmo in uenciar ações. Hamlet reconhece
que a atuação teatral pode despertar sentimentos profundos e incitar o público a
reações fortes.
- revela o con ito interno de Hamlet, que se sente paralisado por sua própria
hesitação e incapacidade de agir, enquanto admira a capacidade dos atores de
evocar emoções intensas no palco. Isso é parte da complexidade do
personagem de Hamlet, que é atormentado por seus próprios pensamentos e
indecisões ao longo da peça.
- expressa uma profunda autocrítica e auto-repreensão por sua própria inação e
hesitação em buscar vingança pela morte de seu pai, o Rei Hamlet
- Comparação com os Atos de Bravura dos Atos: Hamlet se compara
negativamente aos atores e à capacidade deles de representar emoções e ações
com paixão e intensidade no palco. Ele se sente como um "corço bronco" (um
cervo selvagem) que é incapaz de se expressar ou agir com determinação.
- Cobardia e Hesitação: Hamlet questiona se é covarde por não agir prontamente
na busca de vingança contra Cláudio. Ele se sente frustrado por sua própria
hesitação e falta de ação, especialmente considerando a magnitude da traição
que ele acredita ter ocorrido.

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- Expressão de Raiva e Desgosto: Hamlet usa linguagem forte e raivosa para se
referir a Cláudio. Ele chama Cláudio de "vilão sangrento e lascivo", "cruento vilão
devasso" e "dissimulado e ímpio". Esses termos re etem o profundo desgosto e
raiva que Hamlet sente em relação ao novo rei.
- Autoconsciência: O solilóquio também revela a autoconsciência de Hamlet em
relação à sua própria inação. Ele está ciente de que deveria agir de maneira mais
determinada, mas se sente paralisado por suas próprias re exões e dilemas
morais.
- Apelo à Ação: No nal do solilóquio, Hamlet se repreende e declara: "Fora com
isto! Fora!" Ele parece estar tentando se impulsionar a agir e superar sua
hesitação, embora ainda esteja lutando com seus próprios con itos internos.
- Ele está ciente de seu próprio dilema, mas ainda luta para superar suas próprias
barreiras emocionais e morais para agir de acordo com seu desejo de vingança.
- O Poder do Teatro: Hamlet menciona histórias de pessoas culpadas que, ao
assistirem a uma cena de assassinato no teatro, reagiram de maneira tão intensa
que confessaram seus crimes. Ele acredita que a representação teatral tem um
poder único de tocar a alma e revelar a verdade.
- Plano de Encenar uma Reprodução: Hamlet decide instruir os atores a encenar
uma peça que seja semelhante ao suposto assassinato de seu pai por seu tio
Cláudio. Ele espera observar a reação de Cláudio durante a performance para
determinar se ele demonstra qualquer sinal de culpa ou nervosismo.
- Dúvidas sobre a Origem do Espírito: Hamlet também menciona suas dúvidas
sobre a natureza do espírito que ele viu anteriormente. Ele considera a
possibilidade de que o espírito possa ser um demônio disfarçado, tentando
enganá-lo. Ele reconhece sua própria fraqueza e melancolia, que podem torná-lo
vulnerável a ilusões.
- A Peça como Armadilha: Hamlet vê a encenação teatral como uma forma de
"enlaçar a consciência do rei". Ele planeja usar a peça como uma armadilha para
expor a culpa de Cláudio. Se Cláudio reagir de forma suspeita ou nervosa à
representação do assassinato, Hamlet acredita que terá provas de sua culpa.
- Este trecho demonstra como Hamlet está se tornando mais decidido em sua
busca por justiça e vingança. Ele planeja usar o teatro como uma ferramenta
para desmascarar Cláudio e con rmar suas suspeitas sobre o assassinato de seu
pai. A peça dentro da peça é uma estratégia engenhosa que desempenha um
papel importante na trama de “Hamlet".

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Cena 3.1. - plano de assistir à conversa de Hamlet e Ofélia a m de descobrir a


causa da sua loucura, solilóquio ser ou não ser

Rei
- atalho de conversa - obter por que afeta tal perturbação
- Rói áspera todos os dias de ócio
- Demência turbulenta e temerária
Ros - confessa que se sente perturbado mas não quer dizer a causa

Gui - loucura astuta

Ros - crescer nele uma certa alegria - actores

Saem

Rei
- conta que irá espiar Hamlet com Polónio
- Extrair dele se é de um achaque amoroso ou não que sofre
Polónio
- Ofelia lê aqui neste livro que a aparência desse acto possa colorir-te a solidão
- Muitas vezes somos culpados disto, em demasia provado que com ar de
devoção e pios actos, de açúcar recobrimos o próprio diabo
- esconder nossa verdadeira natureza sob uma fachada de devoção e
comportamento piedoso, comparando essa fachada ao ato de cobrir o próprio
diabo com açúcar

O rei diz, aparte


- Oh como isso é verdade. Com que látego me lacera esse dito a consciência. a
face da meretriz, embelezada pela arte cosmética, não é mais repelente a essa
coisa que empola que o meu acto à minha palavra mais pintada. Ah que terrível
peso!
- Ele se sente culpado e perturbado por essas palavras, sugerindo que ele mesmo
é culpado de tentar esconder seus próprios pecados sob uma aparência de
virtude. Ele compara o comportamento hipócrita ao ato de uma prostituta que
tenta disfarçar sua verdadeira natureza com maquiagem. Cláudio está

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profundamente perturbado pela consciência de seus próprios atos e pelo fato de
que suas ações podem ser tão vis quanto a hipocrisia.

Entra Hamlet - solilóquio

“Ser ou não ser, eis a questão:

se é mais nobre no espírito sofrer

as fundas e echas da fortuna ultraje,

ou brandir armas contra um mar de agravos,


- o dilema central: se é mais nobre suportar as di culdades da vida ("sofrer as
fundas e echas da fortuna ultraje") ou lutar contra essas di culdades ("brandir
armas contra um mar de agravos”)

e opondo-os, faze-los cessar. Morre - dormir ,

mais nada; e num sono dizer que cessou

o torno no peito e os mil choques naturais

de que a carne é herdeira: eis uma consumação

que devotamente se busque. Morrer, dormir;

dormir, porventura sonhar - ah, é esse o estorvo:

pois nesse sono da morte que os sonhos virão,

quando nos desligarmos deste liame mortal,

nos deve fazer pensar - é esse o aspecto

que calamidade faz de tão longa vida.


- A Comparação com a Morte: pondera sobre a morte, é como um sono profundo,
onde os tormentos da vida não mais o afetarão
- Ele acredita que a morte é uma "consumação" desejável, mas há uma ressalva: o
medo de que, na morte, possamos sonhar.
- Ele está preocupado com o que acontece após a morte e se os sonhos que
ocorrem podem ser ainda piores do que a vida

pois quem aceitara a férula e açoites do tempo,

o dolo do opressor, a contumélia de insolentes,

a dor de um amor repelido, as demoras legais,

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a insolência do lugar, e os vários gravames

que o mérito paciente sofre dos incapazes,

quando por si mesmo podia dar-se livrança

com um punhas despido? quem alçara fardos,


- descreve os fardos da vida, incluindo os abusos do tempo, a opressão dos
poderosos, a rejeição amorosa e outras di culdades.
- Ele questiona por que as pessoas suportariam essas a ições em vez de
simplesmente se livrarem delas com um ato de autodestruição, como um "punhal
despido."

esfalfado a suar sob esse jogo estafado,

se não que o temor de algo depois da morte,

esse país não descoberto de cujo término

viajante nenhum retorna, encadeia a vontade,

e antes nos faz sofrer os males que temos

do que refurgiar-nos em outros desconhecidos?


- re ete um medo profundo do desconhecido, daquilo que pode acontecer após a
morte.
- sugere que o medo do "país não descoberto" (a morte) é o que nos impede de
buscar a libertação dos nossos sofrimentos atuais.

assim faz de nos todos a consciência cobardes,

e assim o natural rubor de resolução

cai enfermo desse modo pálido de pensar,

e empresas de grande rasgo e momento

por re exões dessas o decurso divertem

e perdem o nome de ação. Silêncio agora,


- critica a inação e a indecisão que muitas vezes acompanham esse tipo de
re exão.
- menciona que a consciência cobarde pode impedir as pessoas de agir
corajosamente e de buscar mudanças em suas vidas.

a bela Ofélia! Ninfa, nas tuas preces

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Sejam os meus pecados lembrados.
- Ofélia esta a rezar?

Ofélia
- palavras infusas de tão doce hálito que se evocaram mais ricas
- Tomai-as de volta
Ham
- não busque a honestidade trato com a beleza
Ofélia
- pode a beleza ter melhor comercio do que com a honestidade?
Hamlet
- não deveis ter crido nisso; pois não pode a virtude inocular-nos a casta que dela
não guardo travo. eu nunca te amei.

Ofélia
- mas enganada fui eu.
Hamlet
- põe- te a mexer para um convento. Ou preferes andar a parir pecadores? Eu
mesmo sou indiferentemente honesto, e no entanto podia acusar-me de tais
coisas que era melhor minha mãe não me ter parido. Sou muito orgulhoso,
vingativo, ambicioso, com mais ofensas à perna do que noções para entrete-las,
imaginação que lhes dê forma, ou tempo para as pôr em prática. Por que hão de
criaturas como eu arrastar-se entre céu e a terra? somos todos pessoas incertas,
não acredites em nenhum de nós. Põe te a mexer para um convento. Onde está
o teu pai?
- Contexto Inicial:
- pergunta se a beleza não encontra seu melhor comércio (ou relacionamento)
com a honestidade.
- tentativa de iniciar uma conversa com Hamlet ou de testar seus sentimentos.
- Resposta Icônica de Hamlet:
- responde de uma maneira caracteristicamente complexa e paradoxal.

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- Ele diz que a beleza pode, na verdade, mais facilmente corromper a
honestidade do que a honestidade pode melhorar a beleza.
- Negando o Amor: Hamlet nega ter amado Ofélia, sugerindo que ela não deveria
ter acreditado nisso. Ele a culpa por ter sido enganada. Essa mudança de
sentimentos de Hamlet em relação a Ofélia é uma parte importante da trama da
peça.
- A Sugestão de Um Convento:
- Hamlet, em sua fala intensa e caótica, sugere que Ofélia se vá para um
convento.

- Ele também faz observações amargas sobre sua própria natureza,


descrevendo-se como orgulhoso, vingativo, ambicioso e com uma imaginação
fértil para cometer atos condenáveis.
- Essas palavras revelam sua profunda perturbação e con ito interno.
- ilustra a deterioração do relacionamento entre Hamlet e Ofélia
- revela o estado emocional perturbado de Hamlet
- Suas palavras contraditórias e sua acusação de que nunca amou Ofélia
destacam a complexidade da psicologia de seu personagem.
- A cena também contribui para o desenvolvimento do enredo e do con ito geral
da peça.

hamlet - fecha -o bem dentro de portas (polónio), que não faça de tolo senão em
casa. Adeus

Ofélia - meu deus ajudai-o

Hamlet

- se te casares toma esta praga em dote: sejas casta como o gelo e pura como a
neve, não hás de escapar à calúnia

põe te a mexer para um convento adeus

ou se precisas de casar, casa com um tolo

que todo o homem sensato sabe bem que monstro dele fazeis

para um convento, anda - e depressa. Adeus

Ofélia

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divina providencia curai-o

Hamlet

já ouvi falar que chegue das vossas pinturas.

Dá-vos Deus uma cara e vós trocai-la por outra

Maneais-vos com momices, ponde-vos ciciar, dais alcunhas às criaturinhas de


Deus, e ao atrevido chamais sóbrio . Chega, não entro em mais nada disto, pôs-me
doido. juro-vos que não vai haver mais casamentos. o que estão casados - todos
menos um - hão de viver, o resto há de car como esta. para um convento anda.

Hamlet sai

Ofélia

- ah que nobre espírito foi derrubado!

Do cortesão, soldado, erudito, o olhar, língua e espada, a rosa e a esperança do


estado esplêndido ,

o espelho da moda e o molde das formas dos censores censor ah! derrubado,
assim caído!

e eu, das damas a mais desditosa e desolada

que bebi o mel da música das suas promessas,

vejo agora esa tão soberana e alta razão como doce sino discorde, desa nado e
rouco, essa forma nobre e brilho da juventude em or queimados pelo êxtase

Ah que dor a minha, a de ter visto o que vi, a de ver o que vejo.

- As falas de Hamlet são cruéis e perturbadoras, re etindo sua confusão, raiva e


descon ança em relação às pessoas ao seu redor. Sua relação com Ofélia está
em um estado de desordem devido à sua loucura e às circunstâncias turbulentas
que cercam a corte dinamarquesa.

Rei e polónio voltam a entrar em cena


- O Rei expressa sua preocupação com o comportamento de Hamlet e o atribui à
melancolia.
- Ele sugere que algo no espírito de Hamlet está causando essa melancolia e que
pode resultar em perigo.

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- O Rei decide enviar Hamlet para a Inglaterra com a esperança de que uma
mudança de cenário possa ajudar a aliviar seus problemas mentais.
- Isso também é uma maneira de afastar Hamlet da corte, onde seu
comportamento é problemático.
- O Rei não acredita que a sua loucura e melancolia devirem do amor e afeto
- Compara a melancolia a um ovo que se senta no espírito de Hamlet que está
prestes a chocar, receia o perigo que sairá desse ovo
- Polónio suspeita de um amor repelido
- Polónio sugere que eles deveriam deixar a rainha mãe conversar com Hamlet
após a apresentação da peça, na esperança de que ela possa descobrir mais
sobre a causa de sua tristeza.
- Polónio oferece seus serviços para ser o ouvinte da conversa entre a rainha mãe
e Hamlet, sugerindo que ele possa descobrir informações valiosas sobre o
estado de Hamlet.
- Ele também sugere que, se a rainha mãe não conseguir sondar Hamlet com
sucesso, eles podem considerar enviá-lo para a Inglaterra ou con ná-lo onde for
mais apropriado, dependendo da prudência da situação.
- O Rei concorda com o plano de Polónio e reconhece a importância de lidar com
a loucura de Hamlet, especialmente porque ele é um membro da família real. Ele
concorda que a loucura de pessoas in uentes não pode ser negligenciada.

Cena 3.2. - Hamlet e actores, assinem à peça

Entram Hamlet e três actores

Hamlet
- escorreita na língua - discurso bem articulado
- Se mastigardes a fala mais vale que um arauto me berre os versos - não falar de
forma monótona nem lenta de mais, declamação enérgica e expressiva com
entusiasmo
- Nem com a mão vos ponde a cortar assim o ar - representação mais natural, sem
exagerar nos gestos teatrais
- Docilmente o fazer - na própria torrente, tempestade, moinho dessa vossa
paixão, é bom ter e suscitar uma temperança que lhe dê suavidade
- Representar as emoções com autenticidade, mas de forma controlada

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- Não exagerar nas emoções a ponto de tornar a atuação inverosímil
- Ofende-me cá dentro ouvir o estardalhaço de um fulano de peruca e pó a
despedaçar uma paixão, esmifrando-a em verdadeiros farrapos
- Aversão a atores que exageram e transformam uma representação emocional
num espetáculo exagerado
- Deve ser uma atuação ténue e verdadeira
- Para ferir os ouvidos da geral, que na sua maior parte só aprecia escarcéu e
incompreensíveis pantominas
- Muitos membros da plateia preferem atuações ruidosas e exageradas
- Não ceder à tendência e manter a qualidade da representação
- Mandava açoitar quem exagerasse meses grotescos de majoram
- Ele mesmo os castigaria se tal acontecesse
- Exagerar tornaria a história enfadonha
- Peça deve ser concisa e impactante
- Fazem-se mais Herodes que Herodes - evites isso
- Evitar representações de crueldade exageradas
- Comparando ao comportamento do rei Herodes, conhecido pelos seus actos
cruéis
- Nem demasiado dócil sejais - própria discrição vos conduza
- não ser excessivamente submisso em sua atuação
- usar o seu próprio julgamento e discernimento para guiar sua representação,
evitando ser excessivamente complacente ou passivo
- Ajustai o ato à palavra e a palavra ao ato
- enfatizando a importância da congruência entre a fala e a ação do ator
- palavras devem re etir as ações e vice-versa, de modo que a atuação seja
coerente e verosímil.
- Não exceder o recato natural
- não ultrapassar os limites do comportamento natural e apropriado em sua
representação

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- não deve ser excessivamente recatado, mas também não deve ultrapassar o
que seria considerado um comportamento realista.
- Tudo o que é excessivo se afasta da nalidade de representar:
- argumenta que o exagero e o excesso na atuação podem prejudicar o
propósito da representação, que é re etir a realidade.
- Atuações exageradas ou fora de proporção com a situação podem distrair a
audiência e tornar a peça menos e caz.
- Intuito foi colocar um espelho à frente da natureza, mostrando a cara à virtude, a
imagem ao que é desprezível, e a forma e impressões que são suas à época e ar
do tempo
- o propósito da arte teatral, que é re etir a natureza humana e seus diferentes
aspectos, virtuosos e desprezíveis.
- Ele deseja que a representação seja uma janela para a realidade da época em
que a peça se passa.
- Isto em excesso ou a destempo, embora faça rir os inábeis, não deixa de ser
deplorado por quem é judicioso, de quem a censura mais deverá pesar-vos do
que um teatro cheio de gente:
- embora o exagero possa atrair risos daqueles que não entendem a arte teatral,
a crítica dos juízes mais experientes deve ser mais importante do que a
aprovação da multidão
- Atores há que vi em cena - e ouvi ser elogiados por alguns, sem querer eu
blasfemar, não tendo discurso de cristão, me, porte de cristão ou pagão, ou
mesmo de homem que fosse, de tal modo emproavam e gritavam que julguei
que um jornaleiro da natureza os houvesse feito e não muito bem feito, tão
abominável era esse seu modo de imitar a humanidade
- critica atores que exageraram tanto em sua atuação que pareciam ter sido
feitos por um artí ce inexperiente, não representando a humanidade de forma
autêntica
- Que o bobo não fale mais do que para ele foi escrito - não adicionar diálogos ou
ações que não estejam originalmente no roteiro
- Uns há que se põem a rir, para fazer uma manchei de espectadores estéreis rir-se
também, embora haja entretanto um ponto crucial da peça a considerar
- armadilha comum na atuação

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- alguns atores podem começar a rir ou fazer coisas engraçadas apenas para
arrancar risadas da plateia
- É ignóbil isso e revela ambição altamente lamentável no bobo que o zer
- critica essa abordagem de atuação como desprezível e demonstrando
ambição egoísta por parte do ator que busca apenas agradar a multidão sem
considerar a integridade da representação teatral.
- Resumindo:
- Forma autêntica
- Clareza de fala
- Expressividade controlada
- Sem exageros teatrais que possam distrair a audiência ou tornar a atuação
falsa
- Apresentação que seja impactante e el à história
- a importância da autenticidade, do equilíbrio e da congruência na atuação
teatral
- representação el da natureza humana e da realidade da época
- evitando o exagero e o comportamento arti cioso que podem distrair a
audiência e comprometer a e cácia da representação
- a atuação deve ser el ao roteiro original, evitando improvisações ou ações
gratuitas para obter risadas da plateia.
- não deve comprometer o propósito ou a mensagem central da peça, e os
atores não devem sacri car a integridade da representação por aplausos
fáceis

Hamlet - pede a Horácio que observe o tio, rei, durante a peça

Entram

Rei: "Como vive o nosso primo Hamlet?”

Hamlet: "Muitíssimo bem, para falar a verdade, de ar como camaleão. Vivo de ar,
empanturrado de promessas, não se alimenta capões assim."
- Hamlet responde de forma sarcástica e irônica
- Ele compara sua vida à do camaleão, que supostamente muda de cor para se
camu ar, insinuando que está se adaptando ao ambiente da corte de maneira
hipócrita.

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- Ele menciona "promessas", indicando que as promessas feitas por Claudius e
outros em relação à sucessão ao trono não foram cumpridas.

Rei responde: "Não tenho nada a ver com uma resposta dessas, Hamlet, essas
palavras não são minhas."
- Claudius ca incomodado com a resposta sarcástica de Hamlet e nega qualquer
responsabilidade pelas palavras do príncipe.

Hamlet responde: "Não, e minhas agora também não."


- Hamlet continua a resposta com mais sarcasmo.
- Ele está sugerindo que suas palavras não são mais dele, implicando que sua
liberdade de expressão foi cerceada e controlada pela corte.
- Ele não está apenas fazendo uma crítica ao rei, mas também reivindicando sua
independência e desapego das convenções sociais.

Hamlet
- pede para pôr a cabeça no colo de Ofélia
- Bela ideia estendermo-nos entre as pernas de uma dama
- Estais contente senhor?
- Deus está, que é quem ordena a contradança
- Que há de um homem fazer senão andar contente?
- Vede que ar jovial tem a minha mãe, e o meu pai morto há menos de duas
horas
- dois meses senhor
- Que se vista o diabo de preto, vou mandar fazer roupas de crespa marta
- dá-se o início da peça
- Rainha e rei abraçados, rainha ajoelha-se como demonstração de afecto, rei
ergue-a do chão e ousa-lhe a cabeça no ombro
- Rei adormece num canteiro de ores e ela sai, entra um homem que lhe tira a
coroa e beija-a
- Deita veneno nos ouvidos do rei e a rainha volta vendo o rei morto e faz
grandes gestos passionais
- Envenenador seduz a rainha com presentes, parece relutante mas aceita o seu
amor

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- A peça apresentada por Hamlet é uma encenação de uma peça dentro da
peça, destinada a representar o assassinato do rei por seu irmão, que assume
o trono e casa com a rainha

Hamlet - curto como o amor de uma mulher


- Após a encenação da peça, Claudius ca extremamente perturbado e sai
abruptamente da sala durante a representação do assassinato do rei na peça.
- Ele claramente percebe as semelhanças entre a trama da peça e o assassinato
real de seu irmão
- A rainha também ca visivelmente desconfortável e segue Claudius quando ele
sai.
- Hamlet, Horácio e outros observadores da corte observam as reações do rei e da
rainha com atenção, e Hamlet considera a reação do rei como uma con rmação
de sua culpa
- Depois que a peça termina, Hamlet e Horácio discutem a reação do rei, e Hamlet
revela seu plano de usar a peça para con rmar se Claudius é culpado pelo
assassinato de seu pai.
- A peça dentro da peça é uma estratégia dramática que Hamlet usa para expor a
verdade sobre o assassinato de seu pai

Todos saem e hamlet é deixado sozinho: solilóquio ?


- “É agora aquela bruxuleante hora da noite” - atmosfera sinistra.
- “em que os cemitérios bocejam e o inferno exala contágios na terra” - descreve a
noite como um momento em que até os lugares mais sombrios, como os
cemitérios e o inferno, parecem ganhar vida, a noite é propícia para ações
malé cas e segredos sombrios.
- “agora bebia sangue quente, e os atos tão angustiosos faria que a luz do dia
vacilava só de ver” - a noite é tão propícia para ações malignas que até mesmo
a luz do dia caria chocada com as coisas terríveis que poderiam ocorrer.
- “Silêncio, vamos à minha mãe” - confrontar sua mãe
- “não deixes o coração violar a natureza, nem que a alma de Nero entre neste
peito rme” - pede a si mesmo para não deixar seu coração se tornar tão cruel
quanto Nero, um imperador romano notório por sua crueldade, Ele está ciente de
que seus planos envolvem agir de maneira extrema, mas ele não quer que sua
alma se torne completamente má.

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- “que eu seja cruel, mas não polua o natural” - disposto a ser cruel em seus atos,
mas ele não quer que suas ações violem a ordem natural das coisas.
- "Dir-lhe-ei punhais, mas não usaria nenhum” - confrontar sua mãe com palavras
duras, mas ele não planeja machucá-la sicamente.
- "que a língua e a alma nisto sejam hipócritas: sejam hipócritas” - palavras e
intenções podem ser hipócritas, ou seja, que ele pode estar agindo de forma
contraditória. Ele reconhece essa dualidade em si mesmo.
- "seja como for que por palavras a censure, nunca com o seu sinal minha alma as
jure” - palavras podem ser censuradas, mas ele não quer comprometer sua
própria alma com ações cruéis.
- revela a complexidade emocional e sua luta/con ito interna entre vingança e
moralidade. Ele está prestes a confrontar sua mãe e, ao mesmo tempo,
questiona seus próprios limites morais e emocionais.

Cena 3.3 desespero do rei que reza por ter morto o irmão

Rei
- preparasse para mandar Hamlet para Inglaterra
- Não é seguro dar rédea solta à loucura
- Viajará em vossa companhia
Ros
- à vida privada e única incumbe da mente manter-se imune ao mal
Saem ros e Gui e entra Polónio

Polónio
- ele dirige-se para a antecâmara da mãe
- Atrás do reposteiro me hei de postar furtivo para a prática de ouvir
- Verei-lhe se lhe sonda o intimo
Polónio sai

Rei
- Ah, a minha ofensa é fétida, fede aos céus, / traz em si a mais arcaica maldição
primeva, / o homicídio de um irmão.”
- profunda consciência de sua culpa.

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- Ele descreve sua própria ação como uma ofensa que cheira mal e é tão antiga
quanto o primeiro assassinato da história, referindo-se ao homicídio de Caim a
Abel na Bíblia.
- “Rezar não posso, apesar de um desejo tão vivo como a vontade, / Culpa mais
forte trava-me o forte impulso, / e, como coagido por dois compromissos, /
pondero imóvel qual dos dois iniciar primeiro, / e negligencio ambos.”
- deseja buscar o perdão de Deus por seu pecado, mas sua culpa o impede de
orar.
- Ele se sente dividido entre o desejo de se arrepender e o peso de sua culpa,
criando um con ito interno.
- “se esta mão amaldiçoada / mais densa for, do que é , do sangue de um irmão, /
não haverá no céu suave chuva que chegue / que, como neve, cândida a lave?
porque clemência / se não para fazer face à face da ofensa?”
- dada a gravidade de seu pecado, existe alguma esperança de perdão divino?
- Ele se pergunta se Deus poderia perdoar um pecado tão terrível quanto o
assassinato de um irmão.
- “que possui a oração senão duplo poder / de sermos sustidos antes de nos
vermos, cair, / ou perdoados, se caídos já?”
- re ete sobre o poder da oração, que pode nos sustentar antes de cometermos
um pecado ou nos perdoar depois de já termos caído em pecado.
- Ele está em busca de perdão, mas sente que sua culpa o impede de se
arrepender sinceramente.
- “Pode ser-se perdoado e guardar a ofensa feita? / nos corrompidos itinerários
deste mundo / a mãe dourada do dolo pode de ectir a justiça, / e amiúde se vê o
próprio prémio do crime / subornar a lei. Mas em cima não é assim: / Lá não há
evasivas, a ação revela-se aí / na sua vera natureza, e somos forçados / até aos
dentes e fronte das nossas faltas / a depor um juízo. e agora? que nos resta? /
ver do que a penitencia é capaz. de que não será? / de que deveras será, se
penitenciar-nos não podemos?”
- Claudius está preocupado com a diferença entre o perdão divino e o perdão
humano.
- Ele sabe que no mundo terreno, a corrupção e o suborno podem muitas
vezes in uenciar a justiça, mas ele teme que no julgamento nal de Deus,
não haja maneira de escapar das consequências de seus atos.

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- “ah que desalmado estado! que peito escuso de morte! / ah alma vidrada no
visco que ao visar livrar-se / mais nele se cola! ajudai-me anjos! / esforço fazei.
Flecti, joelhos teimosos, e tu, coração de os e aço, sê mole como músculo de
menino acabado de nascer. / talvez venha tudo a dar em bem.”
- lamenta seu estado de alma e pede ajuda aos anjos para encontrar a
capacidade de se arrepender sinceramente. Ele quer que seus joelhos se
dobrem em oração e seu coração se torne mais suave, na esperança de que
talvez possa ser perdoado.

Resposta de Hamlet

Cena 3.4 - morte de polónio


- polónio
- Bravatas grosseiras
- Esconde-se para ouvir a conversa
- ambos ofenderam o pai
- língua ociosa vs língua malevola
- Não ireis até que vos ponha um espelho a frente
- Ver o vosso recesso mais intimo

- querereis matar-me ?
- Polónio grita socorro
- Uma ratazana morta por um ducado e colmeia o pano com a espada

- que zeste tu? Sei la


- Bravio e sangrento ato
- Quase tão mau como matar um rei e casar com o irmão
- Tolo e denodado intruso adeus - tomei te pelo teu amo
- Ser muito solicito tem os seus perigos

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- Ponde-vos aqui em silencio, e deixai que vos enxugue o coração, que assim,
farei se for feito de matéria penetrável, se o duro hábito o não tiver tornado
bronze que seja prova e baluarte contra todo o sentido _???
- Que z eu para que ouses sacudir a língua com tão rude alarido contra mim
- Acto que esfuma a graça e decoro da modéstia
- Chama à virtude hipócrita
- Desfolha a rosa da fronte esplendida de um amor inocente que depois ulcera
- Torna os votos nupciais tão falsos como juras e jogo
- Vinculo de um contrato arrancam a própria alma
- Suave religião desbulham em rapsódia de palavras
- Brilha a face do céu por cima desta solidez e massa compósito com tristonho
vulto com ante o dia do juízo e dolorida vê o acto

- que acto é esse


- Retratos - apresentação de dois irmãos
- Caracóis de hipérion, fonte de jove, olhar de marte, ameaça e manda, um porte
como o de mercúrio - este foi vosso marido
- Trigo com ferrugem, crestando o rimas robusto
- Não digais que é amor
- O ardor no sangue foi domesticado é humilde e vive pendente da razão
- Razão viu dominada pela insânia
- Que diabo te ludibriou assim no jogo de cabra cega
- Olhos sem sentimentos, sentimentos sem vista, ouvidos sem mãos nem olhos,
cheiro sem nada
- Amotinado inferno torne-se a virtude cera para a juventude ardente e derreta no
próprio fogo

- olhos para o mais fundo da alma e nela vejo nódoas de tão negro grão que dessa
cor tingem
- Essas palavras raspam me os ouvidos como punhais

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terça-feira, 3 de outubro de 2023
Entra o fantasma
- vede como se afasta o meu pai nas vestes que trazia quando vivia
E sai
- isso é cunhagem do vosso próprio cérebro
- Hamlet partiste me o coração em dois
- Deitai fora a metade pior
- Vivei mais pura com a outra metade

Cena 4.1. Gertrud fala com o rei sobre o decorrido


- insano como o mar e o ar quando disputam quem é o mais forte
- Mata o pobre velho escondido
- a liberdade dele é cheia de ameaças contra todos
- Acesso retido a este jovem louco
- Chora por aquilo que fez
- procurai Hamlet que. Matou polónio - rosencrantz e guildenstern

Cena 4.2. - procuram o cadáver de polónio


- onde está o cadáver
- Sois como esponja do rei

Cena 4.3.
- polónio está em jantar, não onde coma ,as em que é comido
- O barco esta pronto - Inglaterra
- Seguidores vão procura o corpo

Cena 4.4. - Hamlet e exercito ?


- exercito
- Tenho um pai morto, mãe poluída, transtornos vários na razão e animo

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- Vinte mil homens vão para a cova como para a cama
- A partir deste momento seja o meu pensamento oco se não sangrenta

Cena 4.5. - conversa da rainha com a Ofélia que está louca

Rainha - não quero falar com ela


- perturbada , o seu estado deve ser consulado
- Fala muito do pai, bate nos peito, censura banalidades, diz coisas estranhas que
só fazem meio sentido
- Canções de Ofelia ?
- entra Laertes e os seus seguidores guardam a porta

Cena 4.6. - chegada de cartas de hamlet que permaneceu na Dinamarca?


- Horácio recebe carta de Hamlet -?
Cena 4.7. - morte de Ofélia
- o rei fala com Laertes
- Chegam cartas
- Hamlet está sozinho e desprovido?
- Fala sobre lamord - de vos deu testemunho
- Rei insentiva discretamente Laertes a matar hamlet
- Laertes - irei cortar-lhes as goelas na igreja
- Entra a rainha - afogou-se a vossa irmã
- Seguem Laertes

Cena 5.1. - coveiro, outro, Hamlet e horário, Hamlet descobre que Ofélia está
morta, reencontro da família com Hamlet
- Coveiro e outro conversam
- Questionam-se quanto a morte de Ofélia, se fora suicídio ou caíra no riacho
devido à sua instabilidade mental
- Aula caveira teve uma língua la dentro e soube em tempos cantar

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- Onde estão agora os seus distinguo, os seus considerandos, casos contratos…
- É esta a franquia das suas franquias, a ança das suas anças
- Ter assim franqueada a cabeça de terra franca atulhada
- Só os carneiros e bezerros se confortam com garantias dessas

- coveiro me z eu no dia em que o nosso falecido Hamlet derrotou fortinbras - foi


no mesmo dia em que nasceu o jovem Hamlet - o que está maluco e foi para
Inglaterra

- entra o caixão etc


- Hamlet amava Ofélia
- Começam a lutar em cima da cova
- Enterra-te vivo com ela que também eu o faço
- Eu sempre vos amei, qual a razão para me tratares assim

Cena 5.2. - Hamlet admite ser a causa da morte de rosencrantz e guildenstern,


duelo de Laertes e Hamlet, tragédia nal morte de Gertrud, Claudius, Laertes e
por m Hamlet
- escrevi uma empenhada solicitação da parte do rei para o monarca inglês
- A carta que o rei enviara, mandava matar Hamlet por isso ele trocou-a, escreveu
uma carta nova a mandar matar rosencrantz e guildenstern
- Trazia comigo na bolsa o sinete de meu pai que foi molde desse selo
dinamarquês
- Não achas que este rei incube agora em mim
- Que matou o rei e prostituiu a minha mãe
- Não ignorais como Laertes é excelente
- A sua arma é um orete e um punhal
- O rei apostou com ele seis cavalos da barbaria, avançou seis oretes e seis
punhais
- Três armações - suportes

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- Pudéssemos nós arrastar um canhão connosco - até lá lhe chamais suportes
- O rei apostou - e, doze assaltos, não vos excede ele três toques, que doze fará
contra nove

- dai-me o vosso perdão como cavaleiro que sois


- Aqui declaro loucura ter sido
- Hamlet nega que o seja e que o faz, quem o fez foi a sua loucura
- A loucura é inimiga do pobre Hamlet
- Que a minha echa desferi sobre o telhado da casa para então ferir o meu Irma

- por mim estou satisfeito, mas no que toca à honra, sou reticente e nenhuma
reconciliação pretendo
- Recebo com a or o amor que me ofereceis e não o deslustrarei

Entram os criados com jarros de vinho


- se hamlet der: primeira ou segunda estocada, car quite na réplica do terceiro
assalto - beberá o rei
- E na sua taça uma pérola única será deposta - veneno?
- hamlet dá um toque palpável - Parai, hamlet esta é pérola tua e o rei bebe
- Gertrud brinda á fortuna e o rei insiste para que não beba pois é a taça com
veneno
- Laertes fere Hamlet e trocam de espadas na confusão
- A rainha cai - o vinho! Envenenaram-me!
- O rei é o culpado diz Laertes
- Hamlet fere o rei com a espada do veneno - incestuoso, homicida, vil
dinamarquês - bebe este elixir - rei morre
- Laertes - teve o que merecia, é o veneno que ele mesmo amanhou - troca
indulgencias comigo nobre hamlet que nem a minha nem a morte do meu pai em
ti recaiam - morre porque a sua espada que tivera sido trocada com Hamlet tinha
veneno

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- Hamlet
- estou morto Horacio, adeus pobre rainha
- Pede a Horácio que tenha coragem e lhe dê a taça para que possa beber o
resto do vinho - morre
- Noticias de Inglaterra que rosencrantz e guildenstern estão mortos

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