O sermão de Santo António aos Peixes critica o comportamento dos colonos portugueses que exploravam e escravizavam os índios de forma desumana através de uma sátira. Ao longo do sermão, Vieira critica indiretamente os vícios dos colonos, como a exploração dos mais fracos e a ambição. Ele personifica esses vícios em peixes para mostrar a superioridade moral dos peixes em relação à natureza humana.
O sermão de Santo António aos Peixes critica o comportamento dos colonos portugueses que exploravam e escravizavam os índios de forma desumana através de uma sátira. Ao longo do sermão, Vieira critica indiretamente os vícios dos colonos, como a exploração dos mais fracos e a ambição. Ele personifica esses vícios em peixes para mostrar a superioridade moral dos peixes em relação à natureza humana.
O sermão de Santo António aos Peixes critica o comportamento dos colonos portugueses que exploravam e escravizavam os índios de forma desumana através de uma sátira. Ao longo do sermão, Vieira critica indiretamente os vícios dos colonos, como a exploração dos mais fracos e a ambição. Ele personifica esses vícios em peixes para mostrar a superioridade moral dos peixes em relação à natureza humana.
O sermão de Santo António aos Peixes é uma autêntica sátira, um texto argumentativo, através do qual o Padre António Vieira critica o comportamento dos colonos que exploravam desumanamente os índios. Ao longo do sermão, Vieira critica indiretamente os vícios dos colonos, que se apoderavam dos índios e sujeitavam-nos impiedosamente a um regime de escravidão. Assim, é nas repreensões que esta crítica se estrutura com mais clareza e no capítulo IV, ao fazer as repreensões em geral, o padre Vieira representa a vida colonial no seu conjunto onde “os grandes / exploravam os pequenos. No capítulo V o pregador destaca quatro peixes e atribui-lhes defeitos, como é o caso da arrogância personificada pelos roncadores (“É possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?!”), do parasitismo relativamente aos pegadores (“ […] sendo pequenos, não só se chegam aos outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram.”), da ambição demonstrada pelos voadores (“Não contente com ser peixe, quiseste ser ave […]”) e da traição caracterizada pelo polvo: “[…] monstro tão dissimulado, tão fingido, tão astuto, tão enganoso e tão conhecidamente traidor!”. É evidente a crítica dirigida aos homens através dos peixes, cujas virtudes são, por contraste, metáfora dos defeitos humanos. Isto mostra, então, a superioridade dos peixes relativamente à natureza humana: “Oh grande louvor verdadeiramente para os peixes, e grande afronta e confusão para os homens!”. Por outro lado, os seus vícios são diretamente metáfora dos vícios dos homens, evidenciando o orador, de forma alegórica, os maiores defeitos humanos: “Mas para que conheçais a que chega a vossa crueldade, considerai, peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós.”