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DOSSIÊ DO PROFESSOR págin@s 11

TESTES DE AVALIAÇÃO

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO e depois, quando lhes aponta os defeitos, por analogia,


critica os mesmos nos homens.
Concluindo, Padre António Vieira, através desta alegoria,
TESTE DE AVALIAÇÃO 1 critica os defeitos humanos, na tentativa de os corrigir.
(196 palavras)
PÁG. 4 Grupo II
Grupo I 1. (D)
2. (C)
A.
3. (B)
1. Este excerto do “Sermão de Santo António (aos Peixes)” 4. (A)
insere-se no capítulo III, na Exposição, em que o orador 5. (A)
destaca positivamente alguns peixes em particular. De facto, 6. Complemento direto.
depois de ter louvado os peixes em geral, destacando 7. “essa tarefa por fazer”.
algumas características, como o facto de ouvirem e não
Grupo III
falarem, de revelarem respeito, devoção e obediência,
Tópicos:
aponta louvores aos peixes, mas de caráter particular,
• Significado atribuível à sugestão dos dois cartazes
como é o caso do Peixe de Tobias. De seguida, louva a
empunhados pelas duas personagens (lembrando quase
rémora, o torpedo e o quatro-olhos, cujas virtudes são
dois balões de pensamento…)
antíteses aos defeitos dos homens. Nos capítulos IV e V,
• O paralelismo (articulação) entre
vai proceder à repreensão dos vícios dos peixes, primeiro
– estatura /dimensão peixes/homens (diferentes classes
em geral e depois em particular. Conclui-se que a dimensão
sociais);
crítica é evidente: Vieira critica os homens que, cheios de
– ideia de superioridade (mais forte, mais poderoso)
vícios e pecados, não querem corrigir os seus erros, nem
transmitida através do tamanho/estatura e do vestuário
abandonar os seus vícios.
(homens);
2. O Peixe de Tobias é digno de louvor, segundo o pregador, – a expressão facial de cada humano e a expressão do
visto o seu interior estar cheio de “virtudes”, as que respetivo peixe: “comer” (peixes) – explorar (homens).
verdadeiramente contam. Assim, o fel deste peixe cura a • Situação que parece ser de uma manifestação a
cegueira – e os homens bem precisam de ser curados das contestar algo/ a reivindicar algo.
cegueiras em que vivem; além disso, o seu coração tem a • O braço aparentemente protetor da personagem maior,
propriedade de expulsar os demónios, isto é, afastar as em contraste com a sua expressão facial: hipocrisia;
tentações. Estas são, portanto, as razões que levam prepotência.
Padre António Vieira a louvar este peixe, cujas qualidades • A expressão facial da personagem mais pequena:
interiores são a verdadeira grandeza. impotência, ingenuidade, resignação.
3. O pregador relaciona o Peixe de Tobias com Santo • Comentário crítico: aspetos interessantes do “cartoon”
António. Assim, do mesmo modo que as “virtudes e/ou aspetos que menos agradaram; mensagem crítica
interiores” do Peixe de Tobias são boas para dissipar a veiculada.
cegueira e combater as tentações demoníacas, também • Relação com o “Sermão de Santo António (aos Peixes)”;
Santo António possui, pela palavra, as mesmas cap. IV – crítica em geral:
capacidades de iluminar os que vivem cegos e de – os peixes grandes comem os pequenos;
expulsar o mal dos homens. Há, por conseguinte, uma – os homens “grandes”, isto é, os poderosos exploram os
relação de semelhança entre os dois no que diz respeito à mais “pequenos”;
sua vontade de querer o bem dos homens. Em suma, •…
tanto o Peixe de Tobias como Santo António têm
características excecionais.
4. a) 2; b) 4; c) 2.
No “Sermão de Santo António (aos Peixes)”, Padre
António Vieira decide deixar de pregar aos homens e vai
pregar aos peixes.
De facto, como não obtinha os efeitos desejados da sua
pregação, vai seguir o exemplo de Santo António, que
pregando aos hereges, em Arimino, fora alvo da tentativa
de apedrejamento. Deste modo, tal como Santo António
“foi sal da terra e foi sal do mar” e foi pregar aos peixes,
também Vieira, ao verificar a enorme corrupção dos seus
contemporâneos, apesar das suas inúmeras e sinceras
pregações, que não faziam efeito, toma a decisão de
mudar de auditório.
Assim, vai recorrer à alegoria dos peixes, os quais
corporizam virtudes e vícios. Destaca, por exemplo os
roncadores, que simbolizam a arrogância, e o polvo, que
representa a astúcia, a dissimulação e a traição. Percebe-
se, pois, porque é que no seu sermão estas criaturas
marinhas simbolizam os defeitos dos homens: quando
Vieira começa por apreciar as virtudes dos peixes,
pretende, por oposição, apontar os defeitos dos homens,
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