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!l . RELATI\,'ÌDAD
ENArísÌcÂclÁssÌcÀ È A relatividadepropoía por calileu e Newton na Físi<a
:, RELATI\,'IDADE
GALTLEÁIa Clásticaé reinterpíetadapelospostuladosde Einstein.
Ì. XXPENENCIA DEÌ{ÌCI]ELSONMI]XÌIY Desserpoíulados dêcorem .ovas equaçõese novos
RELÀTI\''IDÂDE
concei tos de (ompri m€nro,rempo,ma1\ae êne' 9i a.
i] DXXÌNS'IEÌN
i.i. aquianalisados.Muitor desresconceitos,até então
MoDÌfIcAçÒEsNA nÌLATÌvMDr GALrlraNÀ
tidos como definitivos,passama ser maisdiscutidos,
:. coNTMqÁoDo CoMPFIMENTo
questìonadose muitasvezer parecemfugir do nosso
f, DU.ATAÇÀoDorEMPo senso(omum. A es hura do relógio mole de salvador
ç , coMpo
sÌçÂoRELATÌVÍS
ïca r EvELocÌDÂr
Es Dalí,que vemosna foto, d€pendurado,desfazendo-
11, ÀrÀssAEEÌtxRGIÀ \e. derel endo.di d i mprêsàode i er umd con(epçao
:i 1 . ENERGIA
E OUÀI]'IÌDADE
DTMOVIMËNTO artittica da relatividadedo tempo.
El t.Introdução
No Ìníciodo séculoXX, desenvolveram-se dois sÌstemasteóricosoLlemodificaramDrorunoamenreas
basesdaFísica Clássica. Um delesfoiateoriador guonto,elaboracla por Ma.'plancf(1858-1947),eo
outfo Íoi a teoria da relatividadede AlbertElnsteÌn(l 879-l955).Essas teorias,em coniunto,interpre-
tãm o Universo desdeo rnicrocosmo do átomoaté o raacrocosmo dos espaçosinteÍgalátlcos.
Neste capítulo,ãnalisamosa teoria especial da relatividade; a teoria dos quorÍo é dis.utida no
capituloseguinte.
a
tll 2.Relatividade
na Física
Clássica
Determinados aspectosda relâtividãde não são novos.A noçãode que os fenômenosÍíslcossão
relativos aos sÌstemasde referênciãfoi propostapof Calileue Newton em suasépocas,
Recordandoessasnoçõesde relatividade,podeÍnos,por exemplo,considerar doiscarros,A e 4
que se movimentamna mesmadireçãoe em sentidoscontrários(figura1a).Se a velocidãdede /1é
50 km/h em relâçãoao soloe a de I é 70 km/h tambémem relaçãoao solo,a velocidaderelativade
aproximaçâo é 120 km/h, ou seja,em relaçãoa urÍì observadorfixo em ,4,o carro B se apÍo\rÍÌìa com
120 km/h (figufa1b).
A velocidaderelãtivade aproximaçãofoi obtida adicionando-se os módulosclel, e v-,1v,+ vr.)
ou, vetorialmente,v, vÁ(ve ocidadede I em relãçãoa ,4).Entretânto,se as ve ocidadesde ,4 e I fo
rem comparáveis à úelocìdadeda luz no vácuo(c - 300.000km/s)*,o nìesmométodoconduziráa
resultadoserÍados,Ìais velocidades,impossíveisparaaviôese carros,sãopossíveisparaelétronse outÍâs
paftículaselementares.
i 4ro Os FUNDAMTNÌos
DÀFis.a
ë
I galileana
l. R"l"tiuidade
A posiçãodo ponto P em relaçãoa um sistemâde referênciainetcìalR pode serdefinida pelascoor-
denadascaÍtesianast y e z (Íiguft 2a).
FiguÌa 2(, i
O quadroseguinteresumeasconclusões
a rcspeìtodascoordenadas (x, y, z), (x,,y', Z) e
espacjais
dascooÍdenadas
temporais t e f'.
galileana
Relatividade
x'=x u- t
.412 Os FúNòÀMENÌosDÁ
FÈra
galileana
Outroconceitocontìdona rclatividade afhmaque:
ü-tlÍi
tI
PaÍacomprovaressaafirmação,vamos ini- -F
cialmenterecordara composiçãode velocidades,
consìdereo ponto P,movendo-secom velocidade
v na direçàoe sentidodo eixo x, em Íelaçàoao ó
referencialR-Suavelocidadev', em Íelaçãoao re-
ferencialR',que se move com velocidadeu (figura
4), é obtida como segue:
velocidade velocìdade velocidaded€
iesultante relativa arÉstamento
x
FiguÌâ 4. v': vêlocidadedePem felaçãoa R';.
v:v'+u u: vêlocidâdêde 8'em relaçãoa R;v:velocidadê
no,tunto,
ITIIIÌ
Da definiçãode aceleraçãomédia,temos:
o' ^v'
-o-
em que vi e vl sãoasvelocidades ^t t, e tr, extremos
nosinstantes ^r do inte.valo t, fr em relaçãoao
sistemade referênciaR',em movimentoretilíneoe uniÍormeem relaçãoa Â,^t: supostoinercial.
Sendoy': y u:
no instantefr, temos:ví : vr - u
no instantef2,temos:vi = v2- u
no ìntervaloÀf, temos:
. = ^v Lr'
vi- v't: (v,- u) (v, u) .- vi vi = vz v1 3 ^v
^v
^t ^f
Seasacelerações médiassãoiguais,decorreque asacelerações
instantâneas
tambémsão.Comoas
interações pela
entreos corpossãoregidas equaçãofundamental da mecânicaF = m . o, em que m é a
massa da partícula
consideradaconstante,
conclui-sequeasforças
observadasnossistemas de referência
Âe Â'sãoidênticatiá queasaceleraçõessãoiguais.Desse
modo,as lei5da Mecânicanão5emodificam
quandoverificadasem relaçãoã sistemarde referên<iaineÍciais.
@ +.experiência
de Michelson-Morley
que asondaseletromagnéticas,
No Íinaldo séculoXlX,acreditava-se a exemplodasondasmecâni-
cas,necessitavam de um meiomaterialparasepropagarem. Essemeioelástico,onipresente e invìsível,
pÍeenchendo todo o Universo,
Íoi denominado éter. Asondaseletromagnéticas e a luz,em particular,
propagavam-se com velocìdadec = 300.000km/sem relaçãoa essemeio.
Como o éterera um meio hipotético,cujaexìstência iamaisÍora provada,em 1887os cientistas
Michehon*e Morley**realizaram, em Cleveland (EstadosUnidos),umaexperiência paraverificarsua
existência.
Elesconsìderaramque,seo espaçosideralestivêsse preenchido por um "marde éte/' imóvel
e a luzfosserealmentepropagada atravésdele,a velocidadedestadeveriaserafetadapela"correnteza
de éter"resuìtantedo movimentodetranslação daTerÍa.Emoutraspalavras, um raiode luz lançadono
sentidodo movimentoda Teíradeveriasofrerum retardamento,por causada corrcnteza do éter,da
mesmaÍormaque um nadadoré retardadopelacorrenteza da águaao nadarcontE ela.
Alb€ftÁbÉham(13s2-1931),
ÀrlCHEISON, físicononeúmeÌicano,
MORLEY, Wlliams(ì33&1923),
Edward qulmiconone-amer@no.
CaPrÌu@
18 ' REsÌrvrDÁoE
B*cÀr
413.
Michelson e Morleyconstruíram um aparelho, denominado interÍerômetro (figura5a),capaz
de registrar
variações de atéfraçõesde quilômetros por segundoda velocidade da luz.No arranjo
experimental esquematizado nafigurâ5b, o raiode luz enviadosedìvìd€em I e ll, ao atìngira su-
perfícìe
da lâminade vidroparcialmente À, e posteriormente
espelhada voltaa unir-seno anteparo.
Assìm,o raiode luz lfaz a traietóriaABA,na dircçãoda hipotéticacorr€nteza de éter,num in-
tervalode tempo enquanto o raioll descrevê,
normalmente à velocìdadedo étef,a trajetória
ÁC,4,tal que Á8 - ^tr
ÁC- l, num intervalo de tempo
^í.
t.
Figurâ5à.Intêrferômetro
de Michelson-MoÌley
utilizadoem FigüÍà sb.A propagàçâodâ luz nãsdirêçôes õ
sêusexpêrimêntosdê 1887.Osinstrum€ntosóDticosforam normâle paralèlaà da /corrêntêzâde éter
qu€ílutuâvâêmmêrcúrio, g
montados sobÌêumsuport€ â não alterasuâveloddadê,fato aue invalidaa
fim dêsereduziÌem quêâfêtaram
asvibrãçõês €xpêriêndãs hipótesêda êxistênciãdo éter.
anteriores.
Fazêndogiraroapârâtono plânohorlzontâ|, 3
podiam-sefazerobseÌvaçóêsêmtodasâsdhêçõ€s.
a
c
€
Michelsone Morleyesperavam encontmrvaloresdiferentes paraos intervalosde tempoÀq e
segundocálculos teóricospreviamentefeitos.A diferença
de tempo - ^t,
deveriaserdetectada è
pelaanálise da interferência
dosfeixesde luzno anteparo. ^t ^t
Contudo,rcalizada a^fr
experiência,a conclusão
foi perturbadora:nãohaviadiferençaentrc os doisintervalosde tempo.Repetiram a experiènciâ
várias c3
vezes,em épocase condições técnicasdiferentes, chegandosempreà mesmaconclusão.
Elesprovaramque nenhumefeitodeveseratribuídoao étere, portanto,que não há Ézão de se
suporsuaexistência,
Dessamaneira,se a FísicaCìássicae as leisda Mecânica,de NeMon, rcferiam-se a um stsrema oe
rcferência universaleestacionário
relatìvamente aoéter(meiohipotéticoquedeveriapreenchero espaço
sideral),a experiência de Michelson-Morley, rcvelandonão haveféter,propunhaque se abandonasse
qualoueridéiade sistemade refeíência universal.
:,:. @ 5.Retatividade
de Einstein
A teoriada relatividadeespe<ialou restrita,publicadaem 1905 por AlbertEinstein,discuteíe-
nômenosque envolvemsistemas de referência propondoa não existência
inerciaìs, de um Sistema de
referência
unive|sal.A relatividadegeral,queelepublicoudezanosmaistarde, analisa
os problemasdos
referenciais
acelerador. Porconveniência didática,estudaÍemos
aquiapenasa relatividadeêspecial.
5,1,Postulados
dateoÍiada Íêlâtividade
especial
I Primeiro postulado da teoria da relatividade êsDecial
.4t4 Os FUNDAMENTo5
oÁ FIscA
I
Essepostuladoé maisgeralqueo de Calileu,ques€referiaapenasàsleìsda Mecânica, aoconsiderar
que osfenômen05 físicos(mecânicos,
eletromagnétìcosetc.)são,na5mesmas condições, idênticosem
todosos sìstemasde rcÍerênciainerciais,
Seas ìeisda Física
tivessem ÍoÍmasdiÍerentesparadiÍeÍentes
observadoresem movimentorelativo,teríamosde caracteÍizar essas
diferençasparaquemestivesse es-
tacionáriono espaçoe, aìnda,paraquemestivesse em movimento.Entretanto, taìdìstinçãonãoexìste,
umovezquenõohó sistema universdlEmconcordância
dercíerèncìo com essepostulado,nãosabemos ã
da existência
de experiênciacapazde determinar seum sistemaestáem repousoou sedeslocando
inerclal
em @
movimentoretilíneoe unìformeem relaçãoa um sistemâ de referência
arbitrário.
@ s.moaifi.ações galileana
na relatividade
ConsideÉndoque a velocìdadeda ìuz no vácuoé a mesmaem todos os referenciais inerciais,temos
e
de modificarastransformaçõesgalileanas.As modificaçõesencontradaspor Einsteine que são conheci-
das como traníormaçõ€s de Lorentz* sãoâs seguintes:
CÀPiÌuro!8 . RruÌrvrDÁDE
úftcÀr
4r5.
E z.Contraçào
do comprimento
Considereuma barraem repousoem relaçãoa um sistemade referênciaR,,que se movimentacom
velocidadeconstanteU, relativamentea um sistemade referênciainercialn (figLrrâ7).
O comprimenio I = x, xr da barra,medido pelo observadorO fixo no refefencìalR,é menor qLte
o compfimento l' : xi xi da mesmabarra,medido pelo obs€rvadorO, Íixo no referencialÂ,.
Pelasequaçõesda relatividadeeinsteiniana,temos:
1,:^(.(x, u.t)
xi = | .(x1
u. t) i
SubtÍaindomembroa membÍoas equações
anterior€s,
vem:
í':
!
Figura9. SeocaÍopudêssêse dêslocarcom velocidadepróximâà da luz,o obseÌvadorpaËdo na calçadaveÌiâo
maisest̀itos,
câÍo mâiscurro,o obsêívadorno(arrov€ria osquarteirÕes
If rì
De , = . 1 1 + , , s e n d o,' = 1 .0m e u = 0,8.,,
tèdúsl
Resposra:(l conìt)rnnentoZ. medidÕno rci.renciaÌ,t, em relaçãoao qúál á hâ..a êstá êú ÍÍrvimènto. é de 0,ô0ÌÌ.
O comprimentol,'. medido no relerencialR'. eÍÌ relãçâo ao qual a barra está enì repouso, é chamadu compri-
.f'
s(
b)
Figura lO.
E
J'5 6
O ìntervaÌode tempo chamadointervalode tempo próprio.
^t'é
I
NÌ$ E
u. r.g."t" p..t" oarèrÍã comvelo.i.la.lea : 0,8.,emÍelâçãoà Terra,tÌansportandoum astronâutâ.Emrela
1$-"1$.À.J
çãoaoIogüete, aüagemdura3 anos.QuantotedPodurcuaviâgem doõtrooautâeúÍelâçãoãumobservadoÌ
i
Temos os relerenciais: Â' (ioguete) e R (Terra). De = e sendo : 3 anose u = 0,8.,vem:
^1 ^t
: _
3
(0,8c)'
=^'=#- G;s-A
L
&
kffi@
;i!t'$.!,! oois observadores,umÁ. na rerra, e oubo 8, num iogueie,cujã velocidãdeé 2. 10'm/s em rclaçãoà'IeÍrâ,
áceÍtâm seus reÌógiosa I h quando o fogueteparte da Terra. Quãndoo relógio do observadorÁ indica
t h 30 min, ele vê o relógio dêB por meio de um telescópio. Que leiturâÁ Iaz?ConsideÌe a Te.râ esta-
cionáriano espaçoe â possibilidadede o Íogueteter âquelavelocidade.
Dado:velocidadedâ luz no vácuo : 3 10'n/s
caPiÌuor8 . REúÌrvrDÁoEBmcat
419.
','@ g.Composição
relativísticadevelocidades
Considereum corpo em movimentocom velocidadey', em relãçãoa um sistemade referência
inercialÂ'. Essesktema se deslocacom velocidadeu ern relâçãoa outro sìstemainercialR (figura I l ).
Vamossuporque v'e u tenhama mesmadireçãoe seiâva velocidade do corpoern relâçãoao sistema
de referênciaR.
Figur.11.
,. *
u ','l=1u'+pr';.t
[1
M aS x = v. t. Logo:
vt (' +ì = e '+u).t.-
-
Podemos v'emfunçãode ye de u:
calcular
v' +u v.v u . l- v.uì
= V+ -= v + u + v u=v t
. v'u \ . . / -l -
'- ,,
.42o Os FUNDAMTNÌoS
DÁ FÈ.a