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CURS O DE FÍSIC A EXPERIMENTAL II


lloteln elallende por:
PROFISSOllMAllCILOADVEDO NEVIS ®'™ CURSO DE FÍSICA EXPERIMENTAL ll
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--... ...-. . l'llORSSORMAllCKLO ADVID O NIVU
L TÍTULO: ESTU DO DA VISC OSID ADE
EM FLUIDOS USANDO A LEI DE STOK
ES
II. MQJIYAÇÃo: P•e +f
Logo, a resultante das forças do sistema será:
Já nos é bem conhecido o fcnômeno de "frena
gem" de um corpo que se move SOBR E uma
super:ffcic cm decor r!ncia da FORÇA de R=P +e+ f=O
ATRITO estabelecida pelo contato entre este
corpo e a Logo, pela Primeira Lei da Mecânica (Lei de
superflcie. Notem os que este fcnômeno Newton-Galileu),-temos que o corpo de mover
é de caráter bidimensional. Imaginemos á
uma situação com velocidade constante (M. R. U.).
tridimensional: Um corpo IMERSO em um
meio e que estando em movimento sofre a Nesta condição, chamada EQUILÍBRIO
ação de uma CINÉTICO, a força de atrito viscoso é
força oriun da de contato de TODA a sua
superficie (interface) com o meio.
numericamente igual à:
Um exem plo desse tipo de sistema é um
objeto se movendo dentro de um fluido com alta
visco sidad e. Viscosidade, neste caso, f =-(P +e).
refere-se ao "atrito interno do fluido, que
se opõe ao
movi mento relativo de suas partes e ao Como o problema é unidimensional e observ
movimento de corpos sólidos que nele esteja
-+
ando que e e / são paralelas e opostas à P,
m imersos,
sendo respo nsáve l pelos fenômenos dissip
ativos de energia do fluido em movimento" temos:
(Dicionário
de Físic a - Horác io Mace do, Nova Front
eira). f=P -e [1]
Cons iderem os o caso em que o corpo se
move em um meio (fluido viscoso) sob ação Por convcni&tcia, podemos supor um corpo com
de sua uma forma simétrica: a forma de uma esfera.
força -peso P. Desta forma, sobre ele Para o problema de uma esfera se deslocando
atuam também o EMPUXO e do fluido sobre o corpo com velocidade CONSTANTE dentro de um
fluido
viscoso, O. G. Stokes deduziu, em 1850, a força
(Prin cípio de Arquimedes), além do atrito de atrito viscoso sobre o corpo como sendo oposta
viscoso /um corpo. Vide FIGURA 1.
à velocidade vLim ( dita "Velocidade limite") e dada por:
-+ -
/=-61 t17rv 0m [2-A]
Em módulo:
\f 1= 61t 11 r I vüm 1
Ou:
/= 61t 1]fVUm [2-B]
onde 1/ a viscosidade do fluido;
r • raio da esfera;
" ,i;-;.,i'>'!B,.
"!;'-'~ ~. VLim !! velocidade (constante) da esfera
~~~~ ".;'!l .f
~.~-','.
em relação ao fluido;
~?ft d½Y ;-ta# /~ âà As expressões 2-A e 2-B consideram que: (1)
Figura 1: Corpo "caindo" dentro de um fluido. o fluido é arrastado próximo à superficie da
esfera em regime la,nlnar ; e (iJ) para pontos
distantes o fluido permanece em repouso.
podemos supor uma situação em que a força peso P esteja devidamente
"baJanceada" pela
resultante entre e e / . Neste caso:
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-
Íri'h Qj~}f!~~®.. CUR
SO DE FÍSICA EXPERIMENTAL Il
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Roteiro elabendo per:
SOR MAR.C ELOAZ EWDO NEVES
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CURSO DE FÍSICA EXPERIMENTAL


Roteiro elaberade por:
PROnB SOll MAllCELO AZIWD ONEV
IS

II
Nesta experiencia, vamos desenvolve
r um modelo e um experimento para
determinar o
"coef icien te de viscosidade... Por conve IV- PROCEDIMENTOS EXPERIMENTA
niência consideremos a fonna do corpo
como sendo
IS
esférica.
PRÉVIA: APLICAÇÃO D2 MODELO~ DETE
m. EQJJIPAMENTQ: RMINAÇÃO
DA VISCOSIDADE Jlll L umo.
- Frasc o cilíndrico de vidro/quartzo transp Consideremos um frasco cilíndrico cheio
arente; de um liquido (fluido) com densidade p
- Régu a, ou trena; lançarmos dentro do frasco esferas de const 1 . Se
ituição e diAmctro semelhante s, estas poderão cm certos
- Esferas semelhantes em composiçã intervalos da queda H, apresentar veloc
o e diâmetro (que deve ser muito menor idade constante em decorr!ncia da discus
que o do frasco); anteriormente. são efetuada
- Cronômetro;
- Balan ça; Se a densidade das esferas for
3
- Fluid o (preferencialmente com densi
dade conhecida).
p1 e seu volume for V ,=i3 n(º)
2
= ,r O 3 e sua massa for m1,
6
então a força-peso sobre cada uma delas
será:
P=m 1 g= P1 V1 g :.
,r 3
P =p1 - D g [3]
6
O em.puxo é igual ao peso do líquido deslo
cado, o qual é calculado por:
p= g = p / V1 g,
Então teremos o empuxo dado por:
,r
--~·,r t=p ,-
6
o3 g (4]
r
!'·
1: Logo, substituindo estes resultados, [3]
e [4], na condição de equilíbrio [1] junto
'
7:-: DE STOKES [2], temos: com a LEI
.p : ••
... ,,_ . ,r
-
.,,__
-~
,,,.. .. ,;.,
~. ... 61t 11 r Vüm = (p1 - p / )- 0 3 g
6
Isolando a velocidade limite VUm e efetua
ndo as devidas simplificações (lembrando
' r), temos: que O = 2
Dl
V= (p1 - p/) g 1877
ou: VLim =KD2
Figura 1: Exemplo de uma possível Mon onde
tagem K = (p1 - p /) g / 18 77
Experimental
OBS: Como assumimos que a força result
ante é nula, então v =constante, e
espaç o percorrido pela esfera H
VLim=
tempo gasto ao percorrer tal espaço =-
ÂI

Figura 3: Foto de um exemplar ClC aparato
(Visc osfm etro de Stokes) disponível no Vamos agora listar os procedimentos para
Laboratório. a tomada de dados.
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.... Rotetre ..rado per: CURSO DE FÍSICA EXPERIMENTAL ll
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PROFESSOR MARCILO AZIVIDO NEVES
- ~ - ·- º - - " 'Rotltln .......... por:
PRORSSOR. MARCl:LO AZEVEDO NEVE!!
1) Meça e registre o diâmetro D de esferas semelhantes Selecione grupo de ....a
• s u1::S es.1eras com
diâmetros iguais, tantos quantos forem possíveis. ANEXO: CORREÇÕES AO MODELO DE STOKES 1.
2) Proponha e execute um método paza determinar a densidade das esfieras R · tre este va or. Se a esfera é assumida caindo em uma coluna dlindrlca ftnlta de fluido, com raio R > r e
• egis 1 altura H, a força de arraste calculada por Stokes deve ser corrigida para:
3) Alinhe o frasco de vidro na vertical empregando um fio de prumo.
4) Meça e registre o raio interno R do frasco (é o valor do raio da coluna de fluido) /=-61tr,Â.rv [A-1]
5) Meça a temperatura do liquido durante a experi&icia.
O "fator de correção" Â. , para R >> r e H >> r, pode ser expresso por:
6) Lance as esferas de um mesmo grupo (mesmo valor de D), uma de cada vez, e para cada
1
lançamento determine a região de MRU (comprimento H) e, medindo O tempo de queda (ou
Â. 1+3,{fi)
seja, At), determine o valor da velocidade média (velocidade limite) vüm de queda 3 [A-2]
2
7) Trace um gráfico VLim vs D • Note que pelo modelo empregado, deveria ser possível O traçado de 1-2,104(;)+2,09(;)
uma reta.
2 A velocidade limite será expressa, neste caso, por:
8) Determine K pelo gráfico v vs D (OBS: K é o coeficiente ANGULAR da retal).
9) Com o valor de K determine o coeficiente de viscosidade TJ. v=(p1 • P1) g -
D2
[A-3]
18r,À.
10) Caso se mostre extremamente problemático determinar velocidades de queda constante para um
CONJUNTO de esferas com diâmetros DIFERENTES (seja por impossibilidade de De forma a verificar se o regime de escoamento é lamelar, calcule o chamada ''Número de
Reynolds", 9t, dado por
detennioação da velocidade ou ainda pela sua obtenção com incerteza muito grande), proceda
da seguinte forma: Faça vários lançamentos com as esferas de mesmo diâmetro (que fornece ,,
9t 2rpvL,,,.
medidas de v com mais coofiahilidade) e determine seu valor médio e incerteza (desvio padrão). Se 9t<< 1, então o regime de escoamento é lamelar.
Aplique a relação K = v / n2 e daf obtenha o valor de K.
11) Faça uma pesquisa bibliográfica e determine o valor do coeficiente de viscosidade para o líquido
empregado (na temperatura em que foi feita a medida!)
12) Compare os resultados e caso ocorra discrepância, determine o desvio percentual médio:
d~ =/ 17,,,,.,,,.
17
- .,++/x100%
13) Outra opção para re-avaliar seus resul~s pode ser encontrada no ANEXO a este Roteiro.
Consulte-o.
14) Apresente seus resultados em Relatório com o seguinte formato:
-rtrui.o
-OBJETIVO DO TRABAIJJO
- DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO EMPREGADO
-DETALHES IMPORTANTES NA DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO
-INTRODUÇÃO TEÓRICA (Viscosidade de um Fluido, Dedução da Lei de Stokes, etc ..• )
-DESCRJÇÃO DA EXPER~CJA (PASSOS OU ETAPAS TOMADAS)
-APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
1 Adaptado de: MARTINS, M. G. R.(coord.), "Olimplada Ibero-Americana de Flsica: probkmas e soluçõet (L99l -
- CONCLUSÕES
-BmUOORAFIA 2005}". São Paulo: Sociedade Brasileira de Flsica, 2006, pp 83-86.
6 de 7
S de 7

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