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AUTO INSTRUCIONAL: Relações Econômicas

RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS

Belo Horizonte

Maio de 2018

O surgimento tanto do GATT, como do OMC, vieram da necessidade de reestruturar o


comercio entre nações, depois de uma grande crise que foi agravada devido a política
protecionista de cada pais, onde o comercio exterior foi fechado para tentar evitar o
crescimento da inflação desestabilizando toda economia mundial.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) é órgão internacional que rege o comercio


multilateral e plurilateral entre os países, veio no sentindo de substituir o Acordo Geral de
Tarifas e Comércio (GATT), trabalhando junto ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário
Internacional (FMI) para adoção de políticas econômicas no nível mundial.

A própria sendo regida por cinco princípios, sendo da não discriminação de todos e toda
mercadoria, da previsibilidade das normas e acesso ao mercado de acordo com compromissos
tarifários para bens e serviços, o da concorrência leal que visa coibir práticas desleais de
comercio, o da proibição de restrições quantitativas como proibições e quotas, relacionadas às
quotas tarifarias que encaixe no objetivo do país, do tratamento especial e diferenciado para
países em desenvolvimento para que possam participar.
Vendo de uma maneira geral, a OMC provem o acesso para os países de maneira justa através
de mecanismos como o processo de adesão, os princípios, as rodadas das negociações
comerciais e as soluções de controvérsias, sendo bem mais ampla que o GAAT.

Porém com toda posição da OMC, esta pode estar enfraquecida devido a novamente políticas
protecionistas as quais quebram regras da mesma, como os EUA que tomaram a decisão de
elevar as taxas de importação do aço e alumínio em 25% e 10% ,respectivamente, em função
de estimular a produção local e proteger sua população, apesar de que isto pode levar perda de
empregos dentro do próprio país, não havendo matéria-prima suficiente para produção de
outros bens, não haverá necessidade de tantos funcionários.

Em questão global gera um desequilíbrio no comércio mundial , levando a baixa também das
ações em empresas de aço e perda da própria wall street , além de incitar ideias de guerra
comercial, já que o maior produtor destes dois produtos é a China, e a troca de produtos em
todos os países é grande. Toda essa decisão gerou divergência de opinião dentre inclusive
aqueles que apoiaram o presidente durante as eleições, chefes de cidades dizem que será
afetado internamente na mesma proporção que afetará externamente, pois outros países
tomaram a mesma postura protecionista e elevar as taxas de importação, o que vai causar
perdas da indústria de todos os países. Após a decisão, houveram divergências dentro da
própria Casa Branca sendo Trump perdendo um de seus assessores econômicos, que
considerou a ação totalmente errônea e prejudicial.

Em relação ao comercio, o Brasil é diretamente afetado já que é o segundo maior exportador


de aço para os EUA, chegou a ultrapassar os oito bilhões de reais em vendas de aço em 2017,
e isso reflete em baixa demanda para as siderúrgicas, que tendem a perder capital, tendendo a
demissões em massa, fazendo também que haja muito estoque de aço , o que gera mais gastos,
tudo isso gera uma perda salarial no valor de trezentos e cinquenta milhões de reais e de
duzentos milhões de reais em impostos, além de que o consumo de bens que usam do aço e
alumínio se tornam mais caros , pois os EUA tenderão em aumentar os preços para
compensar os valores pagos na importação, Trump isentou alguns países desse aumento como
Mexico e Canada , apesar de ter dito anteriormente que esses se utilizavam de taxas
disfavoraveis e abusivas sobre o pais. Disse ainda que pode selecionar outros a se juntar a
exclusividade, o que seria valido no caso do Brasil , pois sem demanda no mercado do aço , o
Brasil não terá que importar o carvão dos EUA, o que tira grande parte da renda, fazendo que
a decisão de Trump seja “um tiro no pé” como afirmado por economistas.
Toda essa decisão faz com os outros países queiram tomar a mesma iniciativa em aumentar
taxas de produtos internos que são altamente importados, e tudo isso faz com que todo
progresso em torno da globalização e encontro entre nações perca seu poder e influência.

REFERÊNCIA

FUSCO, Nicole. Por que a sobretaxa do aço nos EUA pode gerar uma nova ordem mundial:
Protecionismo do presidente norte-americano, Donald Trump, interfere na atual arquitetura da
economia no mundo. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/tveja/veja-sem-duvidas/por-
que-a-sobretaxa-do-aco-nos-eua-pode-gerar-uma-nova-ordem-mundial/>. Acesso em: 30 abr.
2018.

GAZZONI , Marina ; ALVARENGA, Darlan; TREVIZAN, Karina. EUA impõem sobretaxa


de 25% ao aço importado e 10% ao alumínio. Disponível em:
<https://g1.globo.com/economia/noticia/eua-impoem-sobretaxa-de-25-ao-aco-importado-e-
10-ao-aluminio.ghtml>. Acesso em: 02 maio 2018

BASILE, Juliano. FMI vê possíveis consequências negativas à taxa dos EUA . Disponível em:
<http://www.valor.com.br/internacional/5372409/fmi-ve-possiveis-consequencias-negativas-
taxa-dos-eua>. Acesso em: 29 abr. 2018.

FARIA, Caroline. Organização Mundial do Comércio (OMC). Disponível em:


<https://www.infoescola.com/geografia/organizacao-mundial-do-comercio-omc/>. Acesso
em: 19 abr. 2018.

MACHADO, Ana Paula. Trump cria taxa para aço e alumínio: que impacto isso pode ter na
sua vida?. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/03/09/trump-
cria-taxa-para-aco-e-aluminio-que-impacto-isso-pode-ter-na-sua-vida.htm>. Acesso em: 21
abr. 2018.

SITE, BBC. Ataque fiscal de Trump contra China pode 'inviabilizar' mais de R$ 8 bi em
exportações brasileiras: Brasil é segundo maior exportador de aço ao mercado americano;
carvão pode ser arma de barganha na negociação.. Disponível em:
<https://g1.globo.com/mundo/noticia/ataque-fiscal-de-trump-contra-china-pode-inviabilizar-
mais-de-r-8-bi-em-exportacoes-brasileiras.ghtml>. Acesso em: 17 abr. 2018.

ROSTAS, Renato. Protecionismo dos EUA pode enfraquecer OMC, opina Goldman Sachs.
Disponível em: <http://www.valor.com.br/empresas/5357889/protecionismo-dos-eua-pode-
enfraquecer-omc-opina-goldman-sachs>. Acesso em: 20 abr. 2018.

FELIPE, Leandra. Aumento de taxas do aço nos EUA repercute negativamente nos mercados
globais. Disponível em:
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-03/decisao-sobre-aco-dos-eua-
repercute-negativamente-nos-mercados-globais>. Acesso em: 25 abr. 2018.

CARAZZAI, Estelita Hass. EUA oficializam tarifa sobre aço e não poupam Brasil: Tarifas
passarão a valer em 15 dias; apenas vizinhos México e Canadá foram excluídos da medida.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/03/eua-oficializam-tarifa-
sobre-aco-e-nao-poupam-brasil.shtml>. Acesso em: 25 abr. 2018.

SANTIAGO, Emerson. GATT. Disponível em:


<https://www.infoescola.com/economia/gatt/>. Acesso em: 25 abr. 2018.

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