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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS VÁRZEA GRANDE - ENGENHARIA DE MINAS

Depósitos Orogênicos (Au)


Depósitos Metamórficos (Au)
Depósitos VMS (Pb-Zn)
Depósitos Cu-Pórfiro
Depósitos de Au tipo Placers

Discente: Marcelo Costa Bispo


RGA: 202112903001

Docente: Prof. DR° ELZIO DA SILVA BARBOZA

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Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá
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RESUMO

Os depósitos orogênicos são os mais comuns e são formados em zonas de deformação,


onde fluidos hidrotermais ricos em ouro são transportados para as rochas encaixantes. Esses
fluidos são gerados pela desidratação de rochas metamórficas e pelo metamorfismo de fluidos
hidrotermais ricos em ouro.

Os depósitos metamórficos são formados em rochas metamórficas, onde o ouro é


concentrado em zonas de cisalhamento ou em contato com rochas ígneas. O ouro é
concentrado nessas zonas por meio de processos como adsorção, substituição e coalescência.

Os depósitos VMS são formados em ambientes vulcânicos, onde fluidos hidrotermais


ricos em ouro e outros metais são expelidos do manto. Esses fluidos são gerados pela
decomposição de sulfetos e outros minerais do manto.

Os depósitos Cu-pórfiro são formados em zonas de subducção, onde fluidos


hidrotermais ricos em ouro e cobre são transportados para as rochas encaixantes. Esses
fluidos são gerados pela desidratação de rochas metamórficas e pelo metamorfismo de fluidos
hidrotermais ricos em ouro e cobre.

Os depósitos de Au tipo placer são formados pela concentração de ouro em depósitos


sedimentares, como aluvionares, coluviais ou eólicos. O ouro é concentrado nessas áreas por
meio de processos como ação da água corrente, ação das geleiras e ação do vento.

Palavras - Chaves: Depósitos, ouro, rocha e hidrotermais.

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................................5
2.1 DEPÓSITOS OROGÊNICOS (AU).......................................................................................................5
2.1.1 Ambientes Tectônico..........................................................................................................................5
2.1.2 Controles Estruturas e\ou Químicos...................................................................................................5
2.1.3 Rochas Encaixantes............................................................................................................................5
2.1.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios) e Alteração Hidrotermal; e Texturas............................5
2.1.5 Tipos De Fluidos.................................................................................................................................6
2.2 DEPÓSITOS METAMÓRFICOS (AU)..................................................................................................7
2.2.1 Ambientes Tectônico..........................................................................................................................7
2.2.2 Controles Estruturas e/ou Químicos...................................................................................................7
2.2.3 Rochas Encaixantes............................................................................................................................8
2.4.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal; e Texturas.............................8
2.2.5 Tipos De Fluidos.................................................................................................................................9
2.3 DEPÓSITOS VMS (PB-ZN)................................................................................................................10
2.3.1 Ambientes Tectônico........................................................................................................................10
2.3.2 Controles Estruturas e/ou Químicos.................................................................................................11
2.3.3 Rochas Encaixantes..........................................................................................................................13
2.3.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal; e Texturas............................14
2.3.5 Tipos De Fluidos...............................................................................................................................15
2.4 DEPÓSITOS CU-PÓRFIRO................................................................................................................15
2.4.1 Ambientes Tectônico........................................................................................................................15
2.4.2 Controles Estruturas e/ou Químicos.................................................................................................16
2.4.3 Rochas Encaixantes..........................................................................................................................17
2.4.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal e Texturas.............................18
2.4.5 Tipos De Fluidos...............................................................................................................................20
2.5 DEPÓSITOS DE AU TIPO PLACERS................................................................................................20
2.5.1 Ambientes Tectônico........................................................................................................................20
2.5.2 Controles Estruturas e/ou Químicos.................................................................................................22
2.5.3 Rochas Encaixantes..........................................................................................................................22
2.5.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal; e Texturas............................23
2.5.5 Tipos De Fluidos...............................................................................................................................24
3 CONCLUSÃO........................................................................................................................................25
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................26

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1 INTRODUÇÃO
Os depósitos orogênicos são os tipos mais comuns de depósitos de ouro. Eles são
formados durante a colisão de placas tectônicas, quando o ouro é dissolvido em fluidos
hidrotermais e transportado para as zonas de cisalhamento e fraturas, onde é precipitado.
Os depósitos orogênicos são tipicamente encontrados em rochas metamórficas, como
xistos e gnaisses. Eles são geralmente de tamanho pequeno a médio, com concentrações de
ouro de até 10 gramas por tonelada.
Os depósitos metamórficos são formados quando o ouro é incorporado em rochas
metamórficas, como xistos e gnaisses. O ouro pode ser incorporado nas rochas metamórficas
de várias maneiras, incluindo:
 Incorporação primária: O ouro é incorporado nas rochas metamórficas durante sua
formação.
 Incorporação secundária: O ouro é incorporado nas rochas metamórficas após sua
formação.
Os depósitos metamórficos são geralmente de tamanho pequeno a médio, com
concentrações de ouro de até 10 gramas por tonelada.
Os depósitos VMS (vulcanogênicos-exalativos) são formados quando o ouro é
depositado a partir de fluidos hidrotermais que se originam de vulcões submarinos. Os
depósitos VMS são geralmente associados a rochas ígneas máficas ou ultramáficas, como
diabásio e piroxenito.
Os depósitos VMS são geralmente de tamanho pequeno a médio, com concentrações
de ouro de até 10 gramas por tonelada.
Os depósitos Cu-pórfiro são formados quando o ouro é depositado a partir de fluidos
hidrotermais que se originam de intrusões de rochas ígneas máficas ou ultramáficas. Os
depósitos Cu-pórfiro são geralmente associados a rochas ígneas ácidas, como granodiorito.
Os depósitos Cu-pórfiro são geralmente de tamanho grande a muito grande, com
concentrações de ouro de até 1 grama por tonelada.
Os depósitos de Au tipo placer são formados quando o ouro é transportado por água e
depositado em áreas baixas, como vales e planícies. O ouro pode ser transportado por água
em forma de partículas ou em solução.
Os depósitos de Au tipo placer são geralmente de tamanho pequeno a médio, com
concentrações de ouro de até 100 gramas por tonelada.

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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 DEPÓSITOS OROGÊNICOS (AU)
2.1.1 Ambientes Tectônico
Os depósitos de ouro orogênicos são formados em uma variedade de ambientes
tectônicos, mas são mais comuns em margens de placas convergentes, onde ocorre a
subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental. Esses depósitos são formados
por fluidos hidrotermais que são expelidos de fontes magmáticas associadas à subducção.

Tipos de Ambientes Tectônicos

Os depósitos orogênicos de ouro podem ser divididos em três tipos principais, de acordo com o
ambiente tectônico em que se formam:

 Depósitos de ouro de arco magmático: Esses depósitos são formados em arcos


magmáticos, que são cadeias de montanhas que se formam quando um oceano se
fecha e a crosta oceânica é subduzida sob a crosta continental. Os depósitos de ouro de
arco magmático são geralmente associados a granitos hidrotermais, que são rochas
ígneas que foram alteradas por fluidos hidrotermais.
 Depósitos de ouro de zonas de cisalhamento: Esses depósitos são formados em zonas
de cisalhamento, que são áreas onde as rochas são deformadas por forças
compressivas. Os depósitos de ouro de zonas de cisalhamento são geralmente
associados a falhas e zonas de cisalhamento, que são estruturas geológicas que
permitem a circulação de fluidos hidrotermais.
 Depósitos de ouro de terrenos acrescionários: Esses depósitos são formados em
terrenos acrescionários, que são áreas onde a crosta continental está se formando pela
adição de crosta oceânica. Os depósitos de ouro de terrenos acrescionários são
geralmente associados a granitos deformados e a rochas metamórficas.

Características dos Depósitos Orogênicos de Ouro

Os depósitos orogênicos de ouro apresentam as seguintes características gerais:

 São depósitos hidrotermais, ou seja, são formados pela circulação de fluidos


hidrotermais.
 São depósitos epigenéticos, ou seja, são formados após a formação das rochas
encaixantes.
 São depósitos de baixa temperatura, ou seja, são formados em temperaturas inferiores
a 300 °C.
 São depósitos de alta pressão, ou seja, são formados em pressões superiores a 500
bar.
 São depósitos de ouro de baixo teor, ou seja, apresentam teores de ouro inferiores a 1
grama por tonelada.

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2.1.2 Controles Estruturas e/ou Químicos
Os depósitos orogênicos de ouro (OGDs) são formados em ambientes de colisão ou
acreção continental, geralmente associados a grandes sistemas de falhas que cortam a crosta.
Os controles estruturais e químicos são essenciais para a formação desses depósitos.

Controles estruturais são frequentemente encontrados em zonas de cisalhamento, que


são áreas onde a crosta é deformada por forças compressivas ou transpressivas. Essas zonas
de cisalhamento fornecem as rotas de fluidos hidrotermais que transportam o ouro para as
áreas de mineralização.

Outros controles estruturais incluem falhas de deslocamento, que podem atuar como
barreiras ou canais para os fluidos hidrotermais. As falhas também podem criar superfícies de
fratura onde o ouro pode se depositar.

Controles químicos são formados a partir de fluidos hidrotermais que são ricos em ouro
e outros elementos voláteis, como o enxofre. Esses fluidos são gerados a partir da
desidratação de rochas em profundidade.

A concentração de ouro nos fluidos hidrotermais é controlada por uma série de fatores,
incluindo a temperatura, a pressão e a composição da rocha hospedeira. Os depósitos
orogênicos de ouro são geralmente encontrados em rochas hospedeiras ricas em sulfetos,
como xistos e rochas metamórficas.

Controles estruturais importantes incluem:

 Diques e intrusões, que podem fornecer fontes de fluidos hidrotermais e metais;


 Contactos tectônicos, que podem concentrar fluidos hidrotermais;
 Falhas de crescimento, que podem ajudar a transportar fluidos hidrotermais para zonas
de baixa pressão.

Controles químicos

Os depósitos de ouro orogênicos são formados em ambientes geológicos que são ricos
em ouro. Esses ambientes incluem:

 Rochas sedimentares, que podem conter ouro em minerais de sulfetos ou arsenietos;


 Rochas vulcânicas, que podem conter ouro em minerais de sulfetos ou ouro nativo;
 Rochas metamórficas, que podem conter ouro em minerais de sulfetos ou ouro nativo.

2.1.3 Rochas Encaixantes


As rochas encaixantes são as rochas preexistentes que são cortadas ou deformadas por
umas intrusões ígneas. Elas desempenham um papel importante na formação de depósitos
orogênicos, pois podem fornecer os minerais e fluidos necessários para a mineralização.

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As rochas encaixantes mais comuns em depósitos orogênicos são as rochas
sedimentares, como arenitos, siltitos e argilitos. Essas rochas são ricas em minerais como
quartzo, feldspato e mica, que podem ser alterados para minerais de ouro.

As rochas metamórficas também podem ser importantes para a formação de depósitos


orogênicos. Essas rochas são formadas pela transformação de rochas pré-existentes sob
condições de alta temperatura e pressão. As rochas metamórficas podem conter minerais de
ouro, como pirita e arsenopirita, que podem ser alterados para ouro livre.

As rochas ígneas também podem ser importantes para a formação de depósitos


orogênicos. Essas rochas são formadas pela solidificação do magma. As rochas ígneas podem
conter minerais de ouro, como ouro nativo, pirita e arsenopirita.

Tipos de Rochas Encaixantes

As rochas encaixantes podem ser classificadas de acordo com sua composição, idade e
estrutura.

 Composição: As rochas encaixantes podem ser classificadas como rochas


sedimentares, rochas metamórficas ou rochas ígneas.
 Idade: As rochas encaixantes podem ser classificadas como mais antigas, mais jovens
ou da mesma idade que a intrusões ígneas.
 Estrutura: As rochas encaixantes podem ser classificadas como dobradas, fraturadas ou
não deformadas.

Importância das Rochas Encaixantes

As rochas encaixantes desempenham um papel importante na formação de depósitos


orogênicos, pois podem fornecer os minerais e fluidos necessários para a mineralização.

Os minerais e fluidos das rochas encaixantes podem ser transportados para a intrusões
ígneas, onde podem ser concentrados para formar depósitos orogênicos.

As rochas encaixantes também podem fornecer estrutura para a mineralização. As


fraturas e dobras nas rochas encaixantes podem servir como caminhos para o fluxo de fluidos
e o crescimento de minerais.

2.1.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios) e Alteração Hidrotermal; e


Texturas

Mineralogia (incluindo minerais de minérios) e alteração hidrotermal


Os depósitos de ouro orogênicos são caracterizados por uma variedade de minerais de
minério, incluindo ouro nativo, pirita, calcopirita, galena, esfalerita, sulfetos de cobre e zinco, e
sulfetos de ouro. O ouro nativo é o mineral de minério mais comum, e geralmente ocorre como
grãos finos a grossos, frequentemente associados à pirita. A pirita é um mineral importante,
pois pode fornecer ouro por meio de oxidação e lixiviação. Os sulfetos de cobre e zinco são

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minerais acessórios comuns, e podem contribuir para a recuperação do ouro por meio de
processos de flotação.

A alteração hidrotermal é um processo importante na formação de depósitos de ouro


orogênicos. Os fluidos hidrotermais alteram as rochas hospedeiras, criando condições
favoráveis para a precipitação de minerais de minério. Os tipos de alteração hidrotermal
associados aos depósitos de ouro orogênicos incluem:

 Alteração argílica: A alteração argílica é o tipo de alteração mais comum em depósitos


de ouro orogênicos. Ela é caracterizada pela formação de minerais de argila, como
caulinita, illita e smectite. A alteração argílica pode fornecer ouro por meio de oxidação e
lixiviação.

 Alteração carbonato-silicática: A alteração carbonato-silicática é caracterizada pela


formação de minerais de carbonato, como calcita, dolomita e silicatos, como quartzo e
sericita. A alteração carbonato-silicática pode fornecer ouro por meio de oxidação e
lixiviação.

 Alteração potássica: A alteração potássica é caracterizada pela formação de minerais de


potássio, como biotita e muscovita. A alteração potássica é menos comum que a
alteração argílica e carbonato-silicática, mas pode ser importante em alguns depósitos
de ouro orogênicos.

Texturas

As texturas dos depósitos de ouro orogênicos são variadas. Os depósitos podem ser
estratiformes, discordantes, ou em brechas.

 Depósitos estratiformes: Os depósitos estratiformes são os mais comuns. Eles ocorrem


em camadas de rochas sedimentares, e são frequentemente associados a zonas de
cisalhamento.

 Depósitos discordantes: Os depósitos discordantes ocorrem em rochas ígneas ou


metamórficas. Eles são frequentemente associados a zonas de falhas.

 Depósitos em brechas: Os depósitos em brechas ocorrem em rochas fraturadas. Eles


são frequentemente associados a zonas de cisalhamento ou falhas.

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2.1.5 Tipos De Fluidos
Os fluidos que formam os depósitos de ouro orogênicos são de origem metamórfica.
Eles são gerados a partir da desidratação de minerais metamórficos, como micas, cloritas e
anfibólios, em ambientes de colisão ou acreção continental.

Esses fluidos são tipicamente aquosos, com temperaturas que variam de 150 a 300 °C.
Eles são ricos em elementos voláteis, como H2O, CO2, CH4 e H2S, e também em elementos
dissolvidos, como ouro, prata, cobre, zinco e chumbo.

Os fluidos metamórficos podem ser divididos em dois tipos principais:

 Fluidos hidrotermal-metamórficos: Esses fluidos são gerados a partir da desidratação de


minerais metamórficos em condições de alta pressão e temperatura. Eles são
tipicamente aquosos e ricos em elementos voláteis e dissolvidos.
 Fluidos hidrotermal-depósito: Esses fluidos são gerados a partir da desidratação de
minerais metamórficos em condições de baixa pressão e temperatura. Eles são
tipicamente aquosos e ricos em ouro e prata.

Os fluidos hidrotermal-metamórficos são responsáveis pela formação dos depósitos de


ouro orogênicos mais profundos, localizados em zonas de cisalhamento e fraturas. Os fluidos
hidrotermal-depósito são responsáveis pela formação dos depósitos de ouro orogênicos mais
superficiais, localizados em zonas de alteração hidrotermal.

Características dos fluidos de depósitos de ouro orogênicos:

 Temperatura: 150 a 300 °C


 Composição: aquosos, ricos em elementos voláteis e dissolvidos
 Origem: desidratação de minerais metamórficos
 Ambiente de formação: colisão ou acreção continental
 Localização: zonas de cisalhamento e fraturas, zonas de alteração hidrotermal

Importância dos fluidos:

Os fluidos são essenciais para a formação dos depósitos de ouro orogênicos. Eles são
responsáveis pelo transporte do ouro e de outros elementos para as zonas de mineralização.
Os fluidos também são responsáveis pela alteração hidrotermal das rochas hospedeiras, que
pode facilitar a concentração do ouro.

2.2 DEPÓSITOS METAMÓRFICOS (AU)


2.2.1 Ambientes Tectônico
Depósitos metamórficos de ouro (Au) são formados em uma variedade de ambientes
tectônicos na crosta terrestre. Esses ambientes tectônicos estão relacionados a processos
geológicos que envolvem pressões e temperaturas elevadas que transformam as rochas e
concentram o ouro. A seguir, são descritos alguns dos ambientes tectônicos comuns em que
são encontrados depósitos metamórficos de ouro:

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1. Cinturões orogênicos (zonas montanhosas): Depósitos de ouro metamórficos são
frequentemente encontrados em cinturões montanhosos formados pela colisão de
placas tectônicas. Durante a orogênese, as rochas são submetidas a pressões e
temperaturas extremas, o que pode provocar a liberação e concentração do ouro.
Exemplos desses depósitos são os da Bacia de Witwatersrand na África do Sul e o
cinturão orogênico da Sierra Nevada na Califórnia.
2. Zonas de subducção: Nas zonas de subducção, uma placa tectônica se afunda sob
outra, o que gera condições de alta pressão e temperatura. Isso pode levar à formação
de depósitos de ouro em rochas metamórficas. Exemplos de depósitos de ouro em
zonas de subducção são encontrados em regiões como Alasca e Nova Zelândia.
3. Falhas e zonas de cisalhamento: Falhas e zonas de cisalhamento são locais onde as
rochas se deslocam umas em relação às outras, gerando tensões e deformações. Esses
ambientes podem favorecer a liberação e concentração de ouro nas rochas
metamórficas. Exemplos incluem os depósitos auríferos associados a falhas na África do
Sul e na região da Califórnia.
4. Metamorfismo de contato: Nas zonas de contato entre rochas ígneas intrusivas e rochas
encaixantes, o calor e os fluidos gerados pela intrusão podem causar metamorfismo de
contato, que por sua vez pode concentrar minerais de ouro nas rochas circundantes. Um
exemplo disso é o depósito de ouro de Red Lake no Canadá.

A formação de depósitos de ouro metamórfico está relacionada a uma combinação de


fatores geológicos, incluindo a composição das rochas circundantes, a história geológica da
região e a presença de fluidos ricos em ouro. A exploração e a exploração desses depósitos
costumam ser desafiadoras devido à complexidade geológica dos ambientes tectônicos em
que se encontram.

2.2.2 Controles Estruturas e/ou Químicos


Os depósitos metamórficos de ouro (Au) são formados pela redistribuição do ouro
durante eventos metamórficos. Esses depósitos estão relacionados a processos geológicos
que ocorrem em regiões sujeitas a metamorfismo, como cinturões de rochas metamórficas. Os
principais controles desses depósitos são estruturais e químicos. Vou explicar cada um deles:

1. Controles Estruturais:
- Fraturas e zonas de cisalhamento: Muitos depósitos metamórficos de ouro estão
associados a fraturas e zonas de cisalhamento em rochas metamórficas. O ouro pode ser
liberado das rochas hospedeiras durante eventos tectônicos e migrar ao longo de fraturas,
formando veios de quartzo e outros minerais que contêm ouro.

- Dobramentos: Dobramentos em rochas metamórficas podem criar condições


favoráveis para a concentração de ouro. O ouro pode ser segregado nas dobras e ser
encontrado nas zonas de dobra, conhecidas como "dobras auríferas".

- Zonas de contato: Depósitos de ouro metamórfico também podem ocorrer em zonas


de contato entre diferentes tipos de rochas, onde a interação entre os fluidos metamórficos e as
rochas hospedeiras favorece a precipitação de ouro.

2. Controles Químicos:
- Fluidos hidrotermais: Durante o metamorfismo, fluidos hidrotermais ricos em água e
compostos químicos circulam através das rochas. Esses fluidos transportam íons de ouro
dissolvidos e outros elementos, como enxofre, e podem precipitar o ouro quando as condições
químicas são favoráveis.

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- Mineralogia das rochas hospedeiras: A composição mineralógica das rochas
hospedeiras desempenha um papel importante na formação de depósitos de ouro
metamórficos. Minerais como pirita e arsenopirita, que contêm enxofre, podem interagir com o
ouro e precipitá-lo sob certas condições.

- Grau de metamorfismo: A intensidade do metamorfismo pode afetar a liberação do


ouro das rochas hospedeiras e sua mobilidade. Em geral, o ouro é mais facilmente liberado em
condições de metamorfismo mais avançado.

Os depósitos de ouro metamórfico são o resultado da interação complexa entre fatores


estruturais e químicos durante eventos metamórficos. A presença de fraturas, zonas de
cisalhamento e dobramentos em rochas metamórficas, juntamente com a presença de fluidos
hidrotermais e minerais reativos, desempenham um papel fundamental na formação desses
depósitos de ouro.

2.2.3 Rochas Encaixantes


Os depósitos de ouro metamórfico se formam em associação com processos geológicos
metamórficos, nos quais rochas encaixantes sofrem transformações sob pressão e
temperatura. Essas rochas encaixantes desempenham um papel importante na formação de
depósitos de ouro. Alguns tipos de rochas encaixantes comuns associadas a depósitos
metamórficos de ouro incluem:

1. Xistos: Os xistos são rochas metamórficas de foliação fina que se formam a partir da
transformação de rochas sedimentares, como argilitos e folhelhos. Eles são frequentemente
associados a depósitos de ouro.

2. Quartizitos: Os quartizitos são rochas metamórficas derivadas do arenito e compõem-


se principalmente de quartzo. Eles podem hospedar depósitos de ouro, especialmente quando
ocorrem em associação com outras rochas metamórficas.

3. Filitos: Filitos são rochas metamórficas que se originam a partir de ardósia e, às


vezes, contêm minerais de ouro.

4. Anfibolitos: Os anfibolitos são rochas metamórficas que contêm minerais como


anfibólio e plagioclásio. Eles também podem hospedar depósitos de ouro.

5. Gnaisses: Os gnaisses são rochas metamórficas que podem se originar a partir de


uma variedade de protólitos, incluindo granitos e outras rochas ígneas. Depósitos de ouro
podem estar associados a gnaisses metamorfizados.

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A formação de depósitos de ouro em rochas metamórficas geralmente envolve
processos complexos que podem incluir a circulação de fluidos hidrotermais ricos em ouro e a
precipitação do ouro em fraturas e zonas de cisalhamento dentro das rochas encaixantes.

2.4.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal; e


Texturas
Depósitos metamórficos de ouro são depósitos de ouro que se formam como resultado
de processos metamórficos na crosta terrestre. Esses depósitos podem ser encontrados em
uma variedade de ambientes geológicos e são caracterizados por sua associação com rochas
metamórficas. Abaixo, vou descrever os principais aspectos relacionados à mineralogia,
alteração hidrotermal e texturas em depósitos metamórficos de ouro:

1. Mineralogia:
- Minerais de Ouro: O ouro é encontrado nos depósitos metamórficos na forma de
minerais como a calaverita (AuTe2), a petzite (Ag3AuTe2), a sylvanite (AgAuTe4), e outros
minerais de telúrio e tellurides, que frequentemente estão associados a minerais de sulfeto.

- Minerais de Sulfeto: Muitas vezes, os depósitos de ouro metamórfico estão


associados a minerais de sulfeto, como a pirita (FeS2), calcopirita (CuFeS2) e arsenopirita
(FeAsS), que são minerais de enxofre que podem conter ouro em quantidades significativas.

2. Alteração Hidrotermal:
- A maioria dos depósitos metamórficos de ouro é formada por processos hidrotermais,
nos quais águas subterrâneas ricas em minerais quentes e soluções aquosas transportam ouro
e outros metais a partir de fontes profundas para níveis mais rasos da crosta terrestre.

- Essas águas ricas em minerais podem interagir com as rochas hospedeiras e os


minerais presentes nelas, levando à alteração química das rochas circundantes.

- A formação de minerais de telúrio, tellurides, e a precipitação do ouro ocorrem


frequentemente como resultado dessas interações entre as águas hidrotermais e as rochas.

3. Texturas:
- Nas rochas metamórficas, a mineralização de ouro pode ser encontrada em várias
texturas, incluindo veios, lentes, massas irregulares e disseminações.

- Veios: Os veios são estruturas alongadas e estreitas nas quais o ouro é concentrado.
Eles se formam à medida que os minerais de ouro precipitam-se das soluções hidrotermais em
fraturas e rachaduras nas rochas hospedeiras.

- Lentes: Lentes de mineralização de ouro podem ocorrer em zonas específicas das


rochas metamórficas, muitas vezes associadas a dobras ou falhas geológicas.

- Disseminações: A disseminação de partículas finas de ouro pode ocorrer através das


rochas metamórficas, muitas vezes associadas a minerais de sulfeto disseminados.

Os depósitos metamórficos de ouro são formados pela interação de águas hidrotermais


ricas em minerais com as rochas metamórficas, resultando na precipitação de minerais de ouro
e sulfetos, frequentemente em veios, lentes e disseminações. A mineralogia desses depósitos
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inclui uma variedade de minerais de ouro e outros minerais associados, como minerais de
telúrio e tellurides.

2.2.5 Tipos De Fluidos


Os depósitos de ouro metamórficos são formados como resultado de processos
geológicos que ocorrem em ambientes metamórficos, nos quais as rochas e minerais passam
por alterações significativas devido a pressão, temperatura e influências químicas. A formação
desses depósitos de ouro está intimamente relacionada à circulação de fluidos hidrotermais,
que desempenham um papel crucial no transporte e deposição do ouro. Os tipos de fluidos
envolvidos na formação de depósitos metamórficos de ouro podem incluir:

1. Fluidos Hidrotermais: Estes são os fluidos quentes que circulam nas profundezas da
crosta terrestre, muitas vezes associados a atividades vulcânicas. Esses fluidos podem conter
íons de ouro em solução, bem como outros elementos valiosos. Quando esses fluidos sobem
em direção à superfície, ocorre a precipitação do ouro quando as condições de temperatura e
pressão mudam.

2. Fluidos Metamórficos: Durante os processos metamórficos, as rochas são submetidas


a altas pressões e temperaturas, o que pode liberar fluidos a partir das próprias rochas. Esses
fluidos metamórficos podem desempenhar um papel na migração do ouro presente nas rochas
hospedeiras para áreas onde ele pode se acumular.

3. Fluidos de Circulação Regional: Em alguns casos, os fluidos de circulação regional,


que se movem através de grandes áreas da crosta terrestre, podem transportar ouro de áreas
distantes e depositá-lo em zonas de falha ou outras áreas propícias.

4. Fluidos de Circulação Local: Os fluidos que circulam localmente em torno de zonas de


falha, fraturas ou outras estruturas geológicas podem concentrar e depositar ouro à medida
que esses fluidos interagem com as rochas hospedeiras.

5. Fluidos Migratórios Profundos: Em alguns depósitos de ouro metamórficos, os fluidos


profundos que migram de regiões mais profundas da crosta terrestre podem transportar ouro
para zonas mais rasas, onde ele se acumula.

A formação de depósitos metamórficos de ouro é um processo complexo e pode variar


consideravelmente de acordo com a geologia específica de uma região. O ouro muitas vezes
se acumula em veios de quartzo, em rochas metamórficas, ou em associação com minerais
sulfetados. O conhecimento da geologia regional e da história geológica de uma área é
essencial para entender a formação de depósitos de ouro e a interação dos fluidos envolvidos.

2.3 DEPÓSITOS VMS (PB-ZN)


2.3.1 Ambientes Tectônico
Depósitos de chumbo-zinco (Pb-Zn) são depósitos minerais que contêm concentrações
economicamente viáveis de minerais de chumbo e zinco. A formação desses depósitos está
relacionada a ambientes tectônicos específicos. Existem vários tipos de ambientes tectônicos
nos quais esses depósitos podem se formar. Alguns dos principais ambientes tectônicos
associados a depósitos de chumbo-zinco incluem:
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1. Ambientes Sedimentares Estratificados: Muitos depósitos de chumbo-zinco se
formam em ambientes sedimentares, como bacias de sedimentação marinha ou lacustre. Os
minerais de chumbo e zinco são frequentemente depositados no fundo do mar ou em lagos
devido a processos de sedimentação.

2. Margens de Bacias Sedimentares: As margens de bacias sedimentares podem ser


locais propícios para a formação de depósitos de chumbo-zinco. Os minerais podem ser
transportados e acumulados nas áreas próximas a essas bacias.

3. Ambientes Vulcânicos e Hidrotermais: Alguns depósitos de chumbo-zinco se formam


em ambientes vulcânicos e hidrotermais, onde fluidos quentes ricos em minerais dissolvidos
sobem através de falhas e fraturas na crosta terrestre, depositando minerais de chumbo e
zinco à medida que resfriam e interagem com as rochas circundantes.

4. Ambientes de Metamorfismo: Em certos casos, os minerais de chumbo e zinco podem


ser formados como resultado do metamorfismo de depósitos pré-existentes. Isso geralmente
ocorre quando minerais contendo chumbo e zinco são submetidos a pressões e temperaturas
elevadas.

5. Ambientes Karsticos: Em áreas com rochas carbonáticas, como calcário, depósitos de


chumbo e zinco podem se formar em cavernas e sistemas de dissolução de rochas, onde os
minerais se concentram devido à interação da água com as rochas calcárias.

6. Ambientes de Subducção: Em regiões de subducção, onde uma placa tectônica é


empurrada sob outra, podem ocorrer processos de formação de depósitos de chumbo-zinco
devido à subducção de rochas ricas nesses minerais.

A formação de depósitos de chumbo-zinco é influenciada por uma variedade de fatores


geológicos e tectônicos, e a pesquisa geológica detalhada é necessária para identificar locais
potenciais para a exploração desses depósitos.

2.3.2 Controles Estruturas e/ou Químicos


Depósitos de chumbo-zinco (Pb-Zn), que são frequentemente encontrados em minas de
minerais polimetálicos, requerem controles estruturais e químicos para garantir a segurança e a

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eficiência das operações de mineração. Abaixo, vou descrever alguns dos principais controles
estruturais e químicos associados a esses depósitos:

Controles Estruturais:

1. Estabilidade de Teto e Parede: A estabilidade das rochas ao redor do depósito é


fundamental para a segurança dos trabalhadores e para evitar desmoronamentos. Isso envolve
a monitorização constante das condições do teto e das paredes da mina e a implementação de
suportes adequados, como ancoragens, telas de arame ou madeira, sempre que necessário.

2. Ventilação: A ventilação adequada é essencial para remover gases tóxicos e poeira da mina,
garantindo a qualidade do ar subterrâneo. Além disso, ajuda a manter uma temperatura
operacional segura e a prevenir explosões.

3. Drenagem de Água: Controles eficazes de drenagem são necessários para evitar


inundações na mina. Isso pode ser alcançado por meio de sistemas de bombeamento e
drenagem adequados.

4. Monitoramento Sísmico: Dependendo das condições geológicas e das características do


depósito, pode ser necessário implementar sistemas de monitoramento sísmico para prever e
evitar eventos sísmicos prejudiciais.

Controles Químicos:
1. Controle da Poluição da Água: A extração de minerais de Pb-Zn pode liberar metais pesados
e outros produtos químicos na água. Portanto, é essencial implementar sistemas de tratamento
de água para evitar a poluição de corpos d'água próximos e garantir que os efluentes estejam
dentro dos limites regulatórios.

2. Gerenciamento de Resíduos: O descarte responsável de resíduos sólidos e rejeitos é


fundamental. Isso pode envolver a construção de barragens de rejeitos, revestimento de áreas
de armazenamento e a implementação de medidas para minimizar a dispersão de resíduos.

3. Controle de Emissões Atmosféricas: Minas de Pb-Zn podem liberar poeira e emissões


gasosas. É importante implementar sistemas de controle de emissões, como filtros e sistemas
de supressão de poeira, para reduzir os impactos ambientais e proteger a saúde dos
trabalhadores.

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4. Manuseio de Produtos Químicos: Os produtos químicos usados no processamento do
minério devem ser manuseados e armazenados de maneira segura para evitar vazamentos ou
acidentes.

5. Monitoramento Ambiental: A realização de monitoramento ambiental constante é


fundamental para avaliar o impacto das operações de mineração no ambiente circundante e
garantir que as medidas de controle estejam funcionando adequadamente.

Os regulamentos e requisitos específicos variam de acordo com a localização da mina e


as autoridades reguladoras locais. Portanto, é essencial que as empresas de mineração
cumpram todas as regulamentações aplicáveis e implementem práticas de gestão ambiental
responsáveis para mitigar os impactos negativos associados à mineração de depósitos de
chumbo-zinco.

2.3.3 Rochas Encaixantes


Os depósitos VMS de chumbo-zinco (Pb-Zn) são uma categoria de depósitos minerais
que contêm concentrações significativas de minerais de chumbo (Pb) e zinco (Zn) e são
formados em ambientes submarinos associados a atividade vulcânica. Esses depósitos são
geralmente encontrados em rochas encaixantes específicas. As rochas encaixantes comuns
para depósitos VMS de chumbo-zinco incluem:

1. Rochas Vulcânicas: Os depósitos VMS de chumbo-zinco frequentemente ocorrem em


associação com rochas vulcânicas, como basaltos, andesitos e riólitos. Essas rochas
vulcânicas fornecem o ambiente vulcânico necessário para a formação dos minerais sulfetados
ricos em chumbo e zinco.

2. Rochas Sedimentares: Além das rochas vulcânicas, depósitos VMS de chumbo-zinco


também podem ser encontrados em rochas sedimentares, especialmente aquelas que se
encontram próximas a bacias sedimentares marinhas antigas.

3. Rochas Metamórficas: Em alguns casos, depósitos VMS de chumbo-zinco podem ser


encontrados em rochas metamórficas que foram formadas a partir de rochas vulcânicas ou
sedimentares pré-existentes.

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4. Rochas Hospedeiras de Banda Verde: Em algumas regiões, os depósitos VMS de
chumbo-zinco podem ocorrer em associação com rochas de banda verde, que são um tipo
específico de rocha metamórfica associada a ambientes de cinturão de dobramento e empurra-
empurra.

A formação de depósitos VMS de chumbo-zinco está relacionada a processos


geológicos complexos que envolvem atividade vulcânica submarina, interações entre fluidos
hidrotermais ricos em sulfetos e a presença de rochas encaixantes adequadas.

2.3.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal; e


Texturas
Os depósitos de chumbo-zinco (Pb-Zn) são um tipo comum de depósito mineral formado
pela deposição de minerais de chumbo e zinco a partir de soluções hidrotermais quentes que
circulam nas rochas da crosta terrestre. Vou fornecer informações sobre a mineralogia, a
alteração hidrotermal e as texturas associadas a esses depósitos:

1. Mineralogia:
Minerais de minério comuns: Os minerais de minério mais comuns encontrados em
depósitos de chumbo-zinco incluem a galena (PbS) para o chumbo e a esfalerita (ZnS) para o
zinco. Esses minerais são os principais portadores dos metais de interesse.

Minerais associados: Além da galena e da esfalerita, é comum encontrar minerais


associados, como a pirita (FeS2), calcopirita (CuFeS2), quartzo (SiO2) e diversos minerais de
ganga. A presença de outros minerais pode variar dependendo da geologia específica do
depósito.

2. Alteração Hidrotermal:
Os depósitos de Pb-Zn são formados por processos hidrotermais, nos quais águas
quentes ricas em metais dissolvem minerais nas rochas hospedeiras e, em seguida, depositam
esses metais à medida que as soluções resfriam e interagem com outras substâncias.
Alteração hidrotermal é comum nos depósitos de Pb-Zn e pode incluir zonas de
silicificação, sericitação, cloritização e carbonatação. Essas zonas refletem mudanças químicas
nas rochas hospedeiras devido à interação com fluidos hidrotermais.

3. Texturas:

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Os depósitos de Pb-Zn podem exibir várias texturas que refletem a história de formação
e a interação dos minerais. Algumas texturas comuns incluem:

- Textura de disseminação: Os minerais de minério, como galena e esfalerita, podem estar


disseminados nas rochas hospedeiras em pequenos grãos.
- Textura de brecha: Brechas hidrotermais podem ocorrer, criando espaços vazios preenchidos
com minerais de minério e material de ganga.
- Textura de veio: Os minerais de minério podem preencher fraturas nas rochas hospedeiras,
formando veios ou filões.
- Textura de substituição: Os minerais de minério podem substituir os minerais preexistentes
nas rochas hospedeiras.
Essas texturas e características mineralógicas podem ser úteis na exploração e extração
de depósitos de Pb-Zn, pois ajudam a identificar a presença e a concentração dos minerais de
minério. Além disso, a compreensão da alteração hidrotermal pode fornecer informações
valiosas sobre as condições de formação do depósito.

2.3.5 Tipos De Fluidos


Os depósitos de minério de chumbo-zinco, também conhecidos como depósitos de Pb-
Zn, podem conter uma variedade de tipos de fluidos que desempenham um papel crucial na
formação desses depósitos minerais. Os fluidos desempenham um papel na mobilização e
deposição dos minerais de chumbo (Pb) e zinco (Zn) nas rochas. Aqui estão alguns dos tipos
de fluidos associados a esses depósitos:

1. Fluidos Hidrotermais: Os fluidos hidrotermais são a fonte primária de minerais de


chumbo e zinco em depósitos de Pb-Zn. Esses fluidos são geralmente aquecidos e
enriquecidos com metais devido a processos geotérmicos. Eles circulam através de fraturas e
falhas nas rochas, dissolvendo minerais de chumbo e zinco em seu caminho.

2. Fluidos Metamórficos: Em alguns casos, os fluidos metamórficos desempenham um


papel na formação de depósitos de Pb-Zn. Esses fluidos são formados durante processos
metamórficos nas profundezas da crosta terrestre e podem transportar metais, incluindo
chumbo e zinco, para regiões onde ocorrem reações minerais.

3. Fluidos Sedimentares: Em depósitos sedimentares, a deposição de minerais de


chumbo e zinco ocorre em ambientes sedimentares, muitas vezes associados a rochas
carbonáticas ou evaporíticas. Fluidos ricos em metais dissolvem-se em águas subterrâneas,
que podem ser influenciadas por condições sedimentares específicas.

4. Fluidos Marinhos: Alguns depósitos de Pb-Zn estão associados a fluidos marinhos


ricos em metais. Isso ocorre especialmente em ambientes onde a água do mar é concentrada e
evapora, deixando para trás depósitos minerais que contêm chumbo e zinco.

A formação de depósitos de Pb-Zn geralmente envolve uma combinação de diferentes


tipos de fluidos ao longo do tempo geológico. A interação complexa entre esses fluidos

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desempenha um papel fundamental na concentração e deposição dos minerais de chumbo e
zinco que compõem esses depósitos. Além disso, a geologia regional e as condições locais
desempenham um papel importante na determinação dos tipos de fluidos envolvidos em
depósitos específicos de Pb-Zn.

2.4 DEPÓSITOS CU-PÓRFIRO


2.4.1 Ambientes Tectônico
Os depósitos de cobre-pórfiro (Cu-pórfiro) são tipos de depósitos minerais associados a
ambientes tectônicos específicos. Esses depósitos se formam em ambientes tectônicos
relacionados à atividade vulcânica e intrusiva. Os principais ambientes tectônicos em que os
depósitos de cobre-pórfiro são encontrados incluem:

1. Margens de Placas Tectônicas Convergentes: A maioria dos depósitos de cobre-


pórfiro está associada a margens de placas tectônicas convergentes, onde duas placas
litosféricas colidem. Essas colisões podem resultar na subducção de uma placa sob a outra,
criando zonas de subducção. Nessas áreas, o calor e a pressão elevados levam à formação de
magmas ricos em cobre.

2. Arco de Ilha: Os depósitos de cobre-pórfiro também são frequentemente encontrados


em arcos de ilhas, que são cadeias de vulcões e ilhas que se formam ao longo de margens de
placas convergentes. A atividade vulcânica nessas regiões pode levar à formação de magmas
ricos em cobre.

3. Rifts Continentais: Em alguns casos, os depósitos de cobre-pórfiro podem ser


encontrados em rifts continentais, onde a litosfera se estende e se rompe. A formação de rifts
pode criar condições favoráveis para a intrusão de magmas e a subsequente formação de
depósitos de cobre-pórfiro.

Os depósitos de cobre-pórfiro são caracterizados por grandes corpos de rocha ígnea


intrusiva, conhecidos como pórfiros, que contêm minerais de cobre, como calcopirita, bornita e
covelita. Esses minerais se formam quando os magmas ricos em cobre resfriam e cristalizam
no subsolo. Além do cobre, esses depósitos também podem conter minerais de ouro e
molibdênio.

Os depósitos de cobre-pórfiro desempenham um papel significativo na produção


mundial de cobre e são explorados em várias regiões do mundo, incluindo o sudoeste dos
Estados Unidos, Chile, Peru e Indonésia, entre outros.

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2.4.2 Controles Estruturas e/ou Químicos
Os depósitos de cobre-pórfiro, também conhecidos como depósitos de pórfiro de cobre,
são uma importante fonte de minério de cobre em todo o mundo. Esses depósitos são
caracterizados por suas características geológicas e mineralógicas específicas. A exploração e
o desenvolvimento de depósitos de cobre-pórfiro envolvem uma compreensão detalhada das
estruturas e características químicas que controlam a formação desses depósitos. Vou explicar
os principais controles estruturais e químicos envolvidos:

Controles Estruturais:
1. Intrusão Magmática: Depósitos de cobre-pórfiro são associados a intrusões
magmáticas de granodiorito a monzodiorito. Essas intrusões magmáticas servem como as
fontes de calor e fluidos hidrotermais que transportam os minerais de cobre.

2. Estrutura da Rocha Hospedeira: A presença de fraturas, falhas e zonas de


cisalhamento na rocha hospedeira desempenha um papel importante na concentração de
minerais de cobre. Essas estruturas podem fornecer caminhos para a circulação de fluidos
hidrotermais.

3. Zona de Alteração: Os minerais de cobre-pórfiro frequentemente exibem uma zona de


alteração em torno da intrusão magmática, conhecida como zona de alteração propilítica. Essa
zona contém minerais como epidoto, clorita e sericita.

Controles Químicos:
1. Fluidos Hidrotermais: A circulação de fluidos hidrotermais quentes desempenha um
papel fundamental na formação dos depósitos de cobre-pórfiro. Esses fluidos transportam íons
de cobre e outros elementos a partir da intrusão magmática para a rocha hospedeira.

2. Temperatura e Pressão: A temperatura e a pressão das condições hidrotermais


afetam a solubilidade dos minerais de cobre. À medida que os fluidos hidrotermais esfriam e
perdem pressão, os minerais de cobre tendem a precipitar-se e formar depósitos.

3. Composição Química do Magma: A composição química do magma intrusivo tem um


impacto direto na quantidade de cobre disponível para ser transportada pelos fluidos
hidrotermais. Magmas ricos em cobre são mais propensos a gerar depósitos de cobre-pórfiro.

4. Reações de Alteração Mineral: A interação entre os fluidos hidrotermais e a rocha


hospedeira leva a reações de alteração mineral que podem liberar cobre na forma de minerais
solúveis.

Em resumo, os depósitos de cobre-pórfiro são o resultado da interação complexa de


fatores geológicos, estruturais e químicos. A compreensão desses controles é fundamental
para a prospecção e exploração bem-sucedidas desses depósitos valiosos de minério de
cobre.

2.4.3 Rochas Encaixantes


Os depósitos de cobre-pórfiro são depósitos minerais que contêm concentrações
significativas de cobre, bem como outros minerais valiosos, como ouro, molibdênio e prata.
Esses depósitos são associados a rochas ígneas intrusivas chamadas pórfiros, que se formam

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a partir de magma subterrâneo que se resfriou lentamente. As rochas encaixantes, ou seja, as
rochas que cercam o depósito e que são intrudidas pelo magma, desempenham um papel
importante na formação e na caracterização desses depósitos.

As principais rochas encaixantes associadas a depósitos de cobre-pórfiro incluem:


1. Andesito e Dacito: Essas rochas vulcânicas geralmente ocorrem como lavas que foram
intrudidas pelo magma do pórfiro. Elas são frequentemente ricas em minerais como feldspato,
quartzo e mica, e podem conter algumas concentrações de minerais de cobre.

2. Tonalito e Granodiorito: Essas são rochas ígneas plutônicas que são comuns nas áreas
circundantes a depósitos de cobre-pórfiro. Elas são ricas em minerais como plagioclásio,
quartzo e biotita, e muitas vezes contêm minerais de cobre e outros minerais associados.

3. Skarn: Em algumas situações, o magma do pórfiro pode reagir com rochas encaixantes ricas
em carbonatos (como calcários ou dolomitos), resultando na formação de skarn, uma
associação de minerais de silicato e carbonato que pode conter minerais de cobre.

4. Xisto e Outras Rochas Metamórficas: Em alguns casos, rochas metamórficas, como xisto,
podem ser as rochas encaixantes de depósitos de cobre-pórfiro. Nessas situações, a interação
entre o magma do pórfiro e as rochas metamórficas pode levar à formação de minerais de
cobre.

As características específicas das rochas encaixantes podem variar de um depósito de


cobre-pórfiro para outro. Essas rochas encaixantes desempenham um papel crucial na
liberação e transporte de minerais de cobre e outros minerais valiosos para o depósito, bem
como na criação de condições geoquímicas favoráveis para a formação desses depósitos
minerais. Portanto, o estudo das rochas encaixantes é essencial para entender a geologia e a
exploração de depósitos de cobre-pórfiro.

2.4.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal e


Texturas
Os depósitos de cobre-pórfiro são uma importante fonte de minério de cobre em todo o
mundo e são conhecidos por sua mineralogia complexa, associações de minerais de minério,
alterações hidrotermais e texturas características. Abaixo, vou descrever esses aspectos em
detalhes:

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1. Mineralogia:
- Minerais de Minério de Cobre: Os minerais de minério de cobre predominantes em
depósitos de cobre-pórfiro incluem a calcopirita (CuFeS 2), bornita (Cu5FeS4) e enargita
(Cu3AsS4). Esses minerais são frequentemente encontrados em veios, disseminados ou
associados a zonas de alteração hidrotermal.

- Minerais de Acompanhamento: Além dos minerais de minério de cobre, outros minerais


são comuns, como pirita (FeS2), molibdenita (MoS2) e minerais de prata, ouro e outros metais.
A presença desses minerais depende das condições específicas de formação do depósito.

2. Alteração Hidroterma:
- Os depósitos de cobre-pórfiro são formados por processos hidrotermais, nos quais
fluidos quentes e ricos em componentes como água, enxofre e metais interagem com as
rochas hospedeiras.

- Zonas de Alteração Principal:


- Alteração Potássica: Esta é a primeira fase de alteração e é caracterizada pela
presença de minerais potássicos, como feldspato potássico e biotita. É geralmente
associada à mineralização de cobre.
- Alteração Argílica: A segunda fase de alteração envolve a substituição de minerais de
argila e a formação de minerais como caolinita e montmorilonita. Pode conter minerais
de ouro e prata.
- Alteração Fílica: Esta fase é caracterizada pela presença de minerais como quartzo e
sericita. Também pode conter minerais de ouro e metais preciosos.
- Alteração Propilitização: Uma zona de alteração propilítica pode estar presente, onde
minerais como clorita e epidoto são formados.
- Alteração Filítica: Uma zona de alteração filítica pode ser observada, onde minerais
como filossilicatos e pirita podem ocorrer.

- Minerais de Ganga: Além das alterações, minerais de ganga, como quartzo e


feldspato, podem estar presentes nas rochas hospedeiras e podem ser encontrados nas zonas
de alteração.

3. Texturas:
- As texturas observadas em depósitos de cobre-pórfiro incluem:

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- Disseminação: Os minerais de minério de cobre estão frequentemente disseminados
nas rochas hospedeiras, o que significa que ocorrem em pequenas partículas distribuídas
uniformemente.
- Vênulas e Veios: Os minerais de minério também podem ocorrer em veios e vênulas,
onde são concentrados em fraturas e fissuras nas rochas.
- Texturas Porfíricas: Em alguns casos, são observadas texturas porfíricas, com cristais
de minerais de cobre maiores e mais visíveis (fenocristais) em uma matriz de minerais
menores.
- Texturas Hidrotermais: Texturas hidrotermais, como bandamento de alteração, podem
ser evidentes nas rochas, refletindo a história da deposição e da alteração hidrotermal.
Os depósitos de cobre-pórfiro são geologicamente complexos e variados, e a
compreensão de sua mineralogia, alterações e texturas desempenha um papel crucial na
exploração e na extração de minério de cobre desses depósitos. As características específicas
podem variar de um depósito para outro, mas esses princípios gerais se aplicam à maioria dos
depósitos de cobre-pórfiro.

2.4.5 Tipos De Fluidos


Os depósitos de cobre pórfiro são uma forma comum de jazida de cobre encontrada em
todo o mundo. Essas jazidas se formam a partir da atividade magmática na crosta terrestre e
geralmente consistem em uma associação de minerais de cobre, ouro e outros metais. Os tipos
de fluidos associados aos depósitos de cobre pórfiro pode ser variados e geralmente são
classificados da seguinte forma:

1. Fluido Magmático: Os depósitos de cobre pórfiro se formam a partir da interação entre


magma e rochas na crosta terrestre. O magma, que é uma mistura fundida de minerais e
gases, desempenha um papel importante na liberação de metais como o cobre. À medida que
o magma sobe, ele libera gases e fluidos ricos em metais que podem contribuir para a
formação da jazida.

2. Fluido Hidrotermal: Fluidos hidrotermais são águas quentes que circulam através das rochas
da crosta terrestre. Esses fluidos podem transportar e depositar minerais, incluindo o cobre, à
medida que se movem pela zona de formação do depósito pórfiro. Fluidos hidrotermais
também podem reagir com as rochas circundantes e alterá-las quimicamente.

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3. Fluido Meteórico: Fluidos meteóricos são águas subterrâneas resultantes da infiltração de
chuva e neve. Esses fluidos podem se misturar com os fluidos magmáticos e hidrotermais na
jazida, o que pode influenciar a composição química do depósito de cobre pórfiro.

4. Fluido de Vapor: Em alguns depósitos de cobre pórfiro, fluidos de vapor podem se formar à
medida que o magma sobe e entra em contato com a água subterrânea. Esses fluidos de vapor
podem transportar minerais e metais na forma gasosa antes de se condensarem e se
depositarem na zona de mineralização.

Esses tipos de fluidos no ambiente de um depósito de cobre pórfiro é o que leva à


formação de minerais de cobre e outros metais. A exploração e exploração dessas jazidas são
de grande importância na indústria de mineração devido à abundância de cobre e outros
metais valiosos encontrados nelas.

2.5 DEPÓSITOS DE AU TIPO PLACERS


2.5.1 Ambientes Tectônico
Os depósitos de ouro do tipo placers, também conhecidos como depósitos de ouro
aluvial, são geralmente formados em ambientes tectônicos específicos, onde ocorrem
processos geológicos que concentram partículas de ouro em leitos de rios, riachos e áreas
aluviais. Os principais ambientes tectônicos associados a depósitos de ouro do tipo placers
incluem:

1. Bacias de sedimentação:
- As bacias de sedimentação são depressões geológicas onde sedimentos são
depositados ao longo do tempo. À medida que os rios e riachos transportam sedimentos, as
partículas de ouro mais pesadas são frequentemente concentradas em camadas aluviais
dentro dessas bacias. O ouro pode ser encontrado em depósitos de cascalho e areia que se
acumulam nas bacias.

2. Falhas geológicas:
- As falhas geológicas são fraturas na crosta terrestre onde ocorrem movimentos
tectônicos. Essas falhas podem atuar como canais de transporte para partículas de ouro.
Quando o ouro é erodido de depósitos de rocha-mãe, ele pode ser transportado ao longo das
falhas e depositado em áreas onde a falha se alarga ou desacelera.

3. Planícies de inundação de rios:

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- As planícies de inundação dos rios são áreas onde os rios periodicamente
transbordam, depositando sedimentos em suas margens. O ouro pode se acumular nessas
áreas aluviais durante as inundações, à medida que as partículas de ouro mais pesadas são
deixadas para trás quando a água diminui a velocidade.

4. Depósitos de praias e dunas:


- Em algumas áreas costeiras, os depósitos de ouro podem ser encontrados em praias e
dunas, onde as correntes oceânicas transportam partículas de ouro ao longo da costa e as
concentram em áreas de deposição.

5. Leitos de rios e riachos:


- Os próprios leitos dos rios e riachos podem conter depósitos de ouro, especialmente em
áreas onde o ouro foi erodido de rochas-mãe e acumulado em leitos de água. Os garimpeiros
frequentemente procuram ouro nas camadas de areia e cascalho que se acumulam no leito
dos rios.
Os depósitos de ouro placers são o resultado de processos de erosão, transporte e
concentração das partículas de ouro ao longo de períodos geológicos. A mineração de ouro
nesses depósitos pode ser feita através de técnicas de garimpo, dragagem ou escavação,
dependendo da localização e da quantidade de ouro presente.
2.5.2 Controles Estruturas e/ou Químicos
2.5.3 Rochas Encaixantes
Depósitos de ouro do tipo placers, ou depósitos de ouro aluvial, são formações geológicas
onde o ouro é encontrado em sedimentos ou depósitos aluviais, frequentemente em leitos de
rios, praias, deltas, ou áreas de inundação. Esses depósitos são o resultado da erosão de
depósitos de ouro primários, onde o ouro é liberado e transportado pela água até se depositar
em áreas de menor energia. Os principais controles estruturais e químicos associados a
depósitos de ouro placers incluem:

1. Fonte Primária de Ouro: Para a formação de depósitos de ouro placers, é essencial que
exista uma fonte primária de ouro, geralmente em forma de depósitos de veios de quartzo
aurífero ou minerais de sulfeto aurífero nas rochas-mãe. A erosão dessas fontes primárias
libera o ouro que eventualmente é transportado para áreas aluviais.

2.Composição da Rocha-Mãe: A composição das rochas-mãe pode influenciar a quantidade e


a qualidade do ouro presente nos depósitos placers. Rochas ricas em minerais auríferos, como
o quartzo, aumentam a probabilidade de encontrar depósitos de ouro placers de alta qualidade.

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3. Erosão e Transporte: A erosão das rochas-mãe libera partículas de ouro que são
transportadas pela água, muitas vezes ao longo de rios, onde o ouro se deposita em áreas de
menor velocidade da corrente, como curvas, poços, ou onde a topografia desacelera a água.

4. Processos Químicos: A química da água pode afetar a concentração e a forma do ouro


depositado nos placers. Por exemplo, processos de lixiviação e reprecipitação podem ocorrer,
levando à concentração do ouro em formas granuladas ou em pepitas.

5. Topografia e Hidrologia: A topografia do terreno desempenha um papel importante na


formação de depósitos de ouro placers, pois influencia onde o ouro se deposita. Áreas de
menor energia hidráulica, como curvas de rios e áreas de deposição, tendem a acumular o
ouro.

6. Atividades Humanas: Em muitos casos, a atividade humana, como a mineração de ouro,


pode contribuir para a formação de depósitos de ouro placers através da erosão e transporte
de sedimentos auríferos.

Muito importante notar que depósitos de ouro placers são altamente variáveis em termos
de sua geologia e características, e a presença de todos esses controles pode variar
significativamente de um local para outro. A exploração de depósitos de ouro placers envolve a
compreensão desses fatores e técnicas de prospecção para identificar áreas propensas a
conter ouro aluvial.
2.5.4 Mineralogia (Incluindo Minerais De Minérios); Alteração Hidrotermal; e
Texturas
Depósitos de ouro do tipo placers, também conhecidos como depósitos aluviais ou
depósitos de lavagem de ouro, são formações geológicas onde o ouro é encontrado na forma
de partículas livres ou pequenos grãos em sedimentos, geralmente em leitos de rios, riachos,
praias ou antigas planícies aluviais. A formação desses depósitos envolve processos
geológicos específicos, mineralogia e texturas que podem ser resumidos da seguinte maneira:

Mineralogia:
1. O ouro (Au) é o mineral predominante encontrado em depósitos de ouro tipo placers.
Ele está presente na forma nativa, o que significa que ocorre na sua forma metálica, não
combinado com outros elementos.

2. Além do ouro, outros minerais pesados podem estar presentes em depósitos de


placers, como a magnetita, ilmenita, rutilo, zircão, e outros minerais densos. Esses minerais
são frequentemente encontrados junto com o ouro devido à sua alta densidade, o que os faz
afundar e se concentrar nos sedimentos juntamente com as partículas de ouro.

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Alteração Hidrotermal:
Os depósitos de ouro tipo placers são formados principalmente por processos físicos,
como erosão, transporte e deposição de sedimentos, em vez de processos hidrotermais que
geralmente estão associados a depósitos de veios de quartzo ou depósitos de minerais de
sulfeto de ouro.

Texturas:
1. Os depósitos de ouro tipo placers geralmente se formam em áreas onde o ouro é
erodido de rochas matriz auríferas, que podem ser de diferentes tipos, incluindo rochas ígneas,
metamórficas e sedimentares que contêm ouro em concentrações variáveis.

2. Os processos de erosão e transporte, como a ação de rios, riachos e glaciares,


ajudam a desagregar as rochas auríferas e a liberar o ouro na forma de partículas que são
carregadas pela água.

3. O ouro, juntamente com outros minerais pesados, é transportado pela água e se


deposita em áreas de menor energia, como curvas de rio, leitos de rios, praias e planícies
aluviais. A concentração do ouro nessas áreas ocorre devido à sua alta densidade, que faz
com que ele se separe dos materiais mais leves.

4. As partículas de ouro em depósitos de placers podem variar em tamanho, desde


pequenas pepitas até partículas microscópicas. A textura dos depósitos pode variar de
conglomerados de pepitas a camadas de areia aurífera.

Depósitos de ouro tipo placers são uma importante fonte de ouro em todo o mundo e
têm sido historicamente explorados por garimpeiros e mineradoras para a extração do metal
precioso.
2.5.5 Tipos De Fluidos
Os depósitos de ouro do tipo placers são formados por acúmulo de partículas de ouro
que foram erodidas de depósitos primários e transportadas pela ação da água até serem
depositadas em áreas de deposição. A formação desses depósitos envolve a interação de
diversos processos geológicos, incluindo a mobilização do ouro de depósitos primários, seu
transporte e sua concentração em depósitos secundários conhecidos como placers.

Os tipos de fluidos envolvidos na formação de depósitos de ouro do tipo placers são


geralmente água e sedimentos. Aqui estão os principais tipos de fluidos envolvidos:

1. Água: A água desempenha um papel fundamental na formação de depósitos placers


de ouro. A erosão causada pela água em áreas montanhosas ou em depósitos primários de
ouro libera pequenas partículas de ouro. Essas partículas são então transportadas pela ação
da água, especialmente em rios e córregos, onde a energia da água é suficiente para mover as
partículas mais pesadas, como o ouro.

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2. Sedimentos: Os sedimentos, como cascalho, areia e lodo, agem como
transportadores de partículas de ouro. À medida que a água flui, ela carrega consigo as
partículas de ouro erodidas, juntamente com outros sedimentos. À medida que a água perde
velocidade, esses sedimentos começam a se depositar no leito do rio, formando depósitos de
cascalho aurífero.

3. Deposição: A deposição ocorre quando a energia do fluxo de água diminui, permitindo


que as partículas de ouro se separem dos sedimentos e se depositem no leito do rio, na
margem ou em áreas aluviais. A ação da água pode criar depósitos de ouro em áreas como
praias, leitos de rios e planícies aluviais.

Os depósitos de ouro placers são frequentemente encontrados em associação com


depósitos primários de ouro. Os depósitos primários são aqueles onde o ouro originalmente se
formou, muitas vezes em rochas ígneas, metamórficas ou sedimentares. A erosão desses
depósitos primários é o que fornece o ouro que posteriormente é concentrado nos depósitos
placers.

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3 CONCLUSÃO
Concluindo, Tipos de Ambientes Tectônicos são depósitos orogênicos de ouro podem
ser divididos em três tipos principais, de acordo com o ambiente tectônico. Os controles
estruturais e químicos são essenciais para a formação desses depósitos. As rochas
encaixantes mais comuns em depósitos orogênicos são as rochas sedimentares, como
arenitos, siltitos e argilitos. Essas rochas são ricas em minerais como quartzo, feldspato e mica,
que podem ser alterados para minerais de ouro. A pirita é um mineral importante, pois pode
fornecer ouro por meio de oxidação e lixiviação. Os sulfetos de cobre e zinco são minerais
acessórios comuns, e podem contribuir para a recuperação do ouro por meio de processos de
flotação.
A alteração hidrotermal é um processo importante na formação de depósitos de ouro
orogênicos. Os fluidos hidrotermais alteram as rochas hospedeiras, criando condições
favoráveis para a precipitação de minerais de minério. As texturas dos depósitos de ouro
orogênicos são variadas. Os depósitos podem ser estratiformes, discordantes, ou em brechas.
Os fluidos hidrotermal-depósito são responsáveis pela formação dos depósitos de ouro
orogênicos mais superficiais, localizados em zonas de alteração hidrotermal. Depósitos
metamórficos de ouro (Au) são formados em uma variedade de ambientes tectônicos na crosta
terrestre. Esses ambientes tectônicos estão relacionados a processos geológicos que
envolvem pressões e temperaturas elevadas que transformam as rochas e concentram o ouro.
Os depósitos de ouro metamórfico são o resultado da interação complexa entre fatores
estruturais e químicos durante eventos metamórficos. rochas encaixantes desempenham um
papel importante na formação de depósitos de ouro.

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REFERÊNCIAS

Depósitos Orogênicos (Au)


 Gold Deposits in Orogenic Belts, editado por B.J. Skinner e I.L. Elliot (1982). Este livro é
uma referência abrangente sobre depósitos de ouro orogênicos, cobrindo uma ampla
gama de tópicos, incluindo geologia, mineralogia, geoquímica e prospecção.
 The Geology of Gold Deposits, editado por G.J.H. McCall (1995). Este livro fornece uma
visão geral da geologia de depósitos de ouro, incluindo depósitos orogênicos.
Depósitos Metamórficos (Au)
 Metamorphic Au Deposits, editado por R.W. Boyle (1990). Este livro é uma referência
abrangente sobre depósitos de ouro metamórficos, cobrindo uma ampla gama de
tópicos, incluindo geologia, mineralogia, geoquímica e prospecção.
 Gold Deposits of the World: Geology, Geochemistry, Exploration and Mining, editado por
R.W. Boyle (2004). Este livro é uma referência abrangente sobre depósitos de ouro em
todo o mundo, incluindo depósitos metamórficos.
Depósitos VMS (Pb-Zn)
 Volcanic-Hosted Massive Sulfide Deposits: Processes, Geology and Exploration, editado
por J.M. Ferry, C.J. Spooner e M.J. Franklin (1996). Este livro é uma referência
abrangente sobre depósitos VMS, cobrindo uma ampla gama de tópicos, incluindo
geologia, mineralogia, geoquímica e prospecção.
Depósitos Cu-Pórfiro
 Porphyry Deposits: Processes, Geology and Exploration, editado por P.E. Brown e P.J.
Sillitoe (1993). Este livro é uma referência abrangente sobre depósitos de pórfiro,
cobrindo uma ampla gama de tópicos, incluindo geologia, mineralogia, geoquímica e
prospecção.
 The Geology of Ore Deposits, editado por J.R. Cann e J.F. Richards (2004). Este livro
fornece uma visão geral da geologia de depósitos minerais, incluindo depósitos de
pórfiro.
Depósitos de Au tipo Placers
 Gold Placers, editado por M.J. Jones (1992). Este livro é uma referência abrangente
sobre depósitos de ouro tipo placers, cobrindo uma ampla gama de tópicos, incluindo
geologia, mineralogia, geoquímica e prospecção.
 The Geology of Ore Deposits, editado por J.R. Cann e J.F. Richards (2004). Este livro
fornece uma visão geral da geologia de depósitos minerais, incluindo depósitos de ouro
tipo placers.

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