Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Finalizando... ......................................................................................................... 40
2
Modelo NASHVILLE. .......................................................................................... 52
Finalizando... ......................................................................................................... 58
Finalizando... ......................................................................................................... 92
3
Níveis de resistência da pessoa abordada......................................................... 98
Direcionamento dos disparos realizados por agentes de segurança pública ... 113
4
Módulo 1 - Uso da força pelos agentes de
segurança pública
Apresentação do Módulo
Você, como agente de segurança pública, tem uma opinião clara sobre o uso
legítimo da força?
Como você vê os limites do uso da força?
Objetivos do Módulo
Ao final deste módulo, você será capaz de:
• Compreender os principais conceitos relacionados ao estudo do Uso da Força;
5
de fogo;
Estrutura do Módulo
O conteúdo deste módulo está dividido em 3 aulas:
6
Aula 1 – Uso da força: conceitos e definições
7
especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas,
8
• Uma ideia de investigação ou de informações na investigação criminal;
• A noção de que a aplicação da lei se faz pela força, se necessário.
Importante!
É importante ressaltar que o Uso da Força e de armas de
fogo deve ser limitado por leis e regulamentos, colocando
sempre em evidência a questão do serviço e do interesse
público.
O exercício do poder para usar a força e armas de fogo não
é uma questão individual, mas sim uma questão de função.
Qualquer uso que não esteja dentro do marco legal estará sujeita
a uma crítica por excesso, desvio, abuso de autoridade ou poder.
É aqui, precisamente, que os valores éticos são fundamentais.
9
No estudo da doutrina do Uso da Força muitos autores já se pronunciaram sobre
o tema, veja o que já foi dito e compares com a nossa doutrina brasileira:
“Os países outorgam suas organizações de aplicação da lei à autoridade legal para
usarem a força, se necessário, para servirem aos propósitos legais de aplicação da
lei.” (ROVER 2000, p. 275)
“O Estado intervém, com violência legítima, quando um cidadão usa a violência para
ferir, humilhar, torturar, matar outros cidadãos, de forma a garantir a tranquilidade. É
a lógica da violência legítima contendo a violência ilegítima.” (SILVA 1994, p. 48)
1 Violência Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da
letalidade policial e carcerária. BRASIL, Decreto nº 7.037 de 21 de dezembro de 2009. Programa Nacional de
10
procedimentos não concebíveis ao Agente da área de Segurança Pública, integrante
de uma Organização promotora de paz social e como tal deve seguir os parâmetros
legais e éticos.
11
Aula 2 – Uso da força
Você deve ter notado que o simples conhecimento de um texto não é suficiente
para que um profissional tenha uma conduta adequada. É necessário o entendimento
de que sua profissão deriva dos ideais legais e democráticos do nosso país. Assim
sendo, você já deve ter percebido a importância de estudar sobre Segurança Pública
e sobre o Uso da Força e de armas de fogo no desempenho da sua atividade.
12
Agente de segurança pública!
13
A Força Pública de Segurança, por intermédio dos seus Agentes, atua para
assegurar que os direitos fundamentais dos cidadãos, individual e coletivamente,
sejam protegidos. O direito à vida e à segurança pessoal devem ter a mais alta
prioridade.
14
Aula 3 – Legislação sobre o uso da força
ARTIGO 1.º
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem cumprir, a todo o
momento, o dever que a lei lhes impõe, servindo à comunidade e protegendo todas
as pessoas contra atos ilegais, em conformidade com o elevado grau de
responsabilidade que a sua profissão requer.
15
procedimentos da atuação dos agentes de segurança pública aos
princípios internacionais sobre o uso da força”, o termo “funcionários
responsáveis pela aplicação da lei” é aplicável a este curso, quando se trata
dos a gentes de segurança pública.
Comentário
a) A expressão “funcionários responsáveis pela aplicação da lei” inclui todos os
agentes da lei, quer nomeados, quer eleitos, que exerçam poderes de polícia,
especialmente poderes de prisão ou detenção.
b) Nos países onde os poderes policiais são exercidos por autoridades militares,
quer em uniforme, quer não, ou por forças de segurança do Estado, a definição
dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei incluirá os funcionários de
tais serviços.
c) O serviço à comunidade deve incluir, em particular, a prestação de serviços de
assistência aos membros da comunidade que, por razões de ordem pessoal,
econômica, social e outras emergências, necessitam de ajuda imediata.
d) A presente disposição abrange não só todos os atos violentos, destruidores e
prejudiciais, mas também a totalidade dos atos proibidos pela legislação penal.
É igualmente aplicável à conduta de pessoas não suscetíveis de incorrerem em
responsabilidade criminal.
ARTIGO 2.º
No cumprimento do seu dever, os funcionários responsáveis pela aplicação da
lei devem respeitar e proteger a dignidade humana, manter e apoiar os direitos
fundamentais de todas as pessoas.
Comentário
a) Os direitos do homem em questão são identificados e protegidos pelo direito
nacional e internacional. Entre os instrumentos internacionais relevantes contam-se
a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Pacto Internacional sobre os
16
Direitos Civis e Políticos, a Declaração sobre a Proteção de Todas as Pessoas
contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou
Degradantes, a Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Racial, a Convenção Internacional sobre a Supressão e
Punição do Crime de Apartheid, a Convenção sobre a Prevenção e Punição do
Crime de Genocídio, as Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos e a
Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
b) Os comentários nacionais a essa cláusula devem indicar as provisões regionais
ou nacionais que definem e protegem esses direitos.
ARTIGO 3.º
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a força
quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida para o
cumprimento do seu dever.
Portaria Interministerial nº 4226/2010. (Ver em materiais complementares).
Comentários
a) Essa disposição salienta que o emprego da força por parte dos funcionários
responsáveis pela aplicação da lei deve ser excepcional. No entanto, admite que
esses funcionários possam estar autorizados a utilizar a força na medida em que tal
seja razoavelmente considerado como necessário, tendo em conta as circunstâncias,
para a prevenção de um crime ou para ajudar na detenção legal de delinquentes ou
de suspeitos – ou evitá-la. Qualquer uso da força fora desse contexto não é permitido.
b) A lei nacional restringe normalmente o emprego da força pelos funcionários
responsáveis pela aplicação da lei, de acordo com o princípio da proporcionalidade.
Deve-se entender que tais princípios nacionais de proporcionalidade devem ser
respeitados na interpretação dessa disposição. A presente disposição não deve ser,
em nenhum caso, interpretada no sentido da autorização do emprego da força em
desproporção com o legítimo objetivo a atingir.
c) O emprego de armas de fogo é considerado uma medida extrema. Devem fazer-se
todos os esforços no sentido de excluir a utilização de armas de fogo, especialmente
contra as crianças. Em geral, não deverão utilizar-se armas de fogo, exceto quando
um suspeito ofereça resistência armada, ou quando, de qualquer forma, coloque em
17
perigo vidas alheias e não haja medidas menos extremas para dominá-lo ou detê-lo.
Cada vez que uma arma de fogo for disparada, deverá informar-se prontamente as
autoridades competentes.
ARTIGO 4.º
As informações de natureza confidencial em poder dos funcionários
responsáveis pela aplicação da lei devem ser mantidas em segredo, a não ser que
o cumprimento do dever ou as necessidades da justiça estritamente exijam outro
comportamento.
Comentário
Devido à natureza dos seus deveres, os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei obtêm informações que podem relacionar-se com a vida particular
de outras pessoas ou ser potencialmente prejudiciais aos seus interesses e
especialmente à sua reputação. Deve-se ter a máxima cautela na salvaguarda e
utilização dessas informações, as quais só devem ser divulgadas no desempenho
do dever ou no interesse. Qualquer divulgação dessas informações para outros fins
é totalmente abusiva.
ARTIGO 5.º
Comentário
a) Esta proibição decorre da Declaração sobre a Proteção de Todas as Pessoas
contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou
18
Degradantes, adotada pela Assembleia Geral, de acordo com a qual: tal ato é uma
ofensa contra a dignidade humana e será condenado como uma negação aos
propósitos da Carta das Nações Unidas e como uma violação aos direitos e
liberdades fundamentais afirmados na Declaração Universal dos Direitos do Homem
(e noutros instrumentos internacionais sobre os direitos do homem).
b) A Declaração define tortura da seguinte forma: Tortura significa qualquer ato pelo
qual uma dor violenta ou sofrimento físico ou mental é imposto intencionalmente a
uma pessoa por um funcionário público, ou por sua instigação, com objetivos tais
como obter dela ou de uma terceira pessoa informação ou confissão, puni-la por um
ato que tenha cometido ou se supõe tenha cometido, ou intimidá-la a ela ou a outras
pessoas. Não se considera tortura a dor ou sofrimento apenas resultante, inerente
ou consequência de sanções legítimas, na medida em que sejam compatíveis com
as Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos*.
c) A expressão “penas ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes” não foi
definida pela Assembleia Geral, mas deve ser interpretada de forma a abranger uma
proteção tão ampla quanto possível contra abusos, quer físicos quer mentais.
Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 – Define os crimes de tortura e dá outras
providências.
ARTIGO 6.º
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem assegurar a
proteção da saúde das pessoas à sua guarda e, em especial, devem tomar
medidas imediatas para assegurar a prestação de cuidados médicos sempre que tal
seja necessário.
Veja o que a Portaria Interministerial nº 4226/2010, diz, em seus itens 10 e 11, que:
19
d. preencher o relatório individual correspondente sobre o uso da força, disciplinado
na Diretriz n.º 22.
Comentário
a) "Cuidados Médicos”, significando serviços prestados por qualquer pessoal
médico, incluindo médicos diplomados e paramédicos, devem ser assegurados
quando necessários ou solicitados.
b) Embora o pessoal médico esteja geralmente adstrito aos serviços de aplicação
da lei, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem tomar em
consideração a opinião de tal pessoal, quando este recomendar que deve
proporcionar-se à pessoa detida tratamento adequado, através ou em colaboração
com pessoal médico não adstrito aos serviços de aplicação da lei.
20
c) Subentende-se que os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem
assegurar também cuidados médicos às vítimas de violação da lei ou de acidentes
que dela decorram.
ARTIGO 7.º
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei não devem cometer
qualquer ato de corrupção. Devem, igualmente, opor-se rigorosamente e combater
todos os atos dessa índole.
Comentário
a) Qualquer ato de corrupção, tal como qualquer outro abuso de autoridade, é
incompatível com a profissão de funcionário responsável pela aplicação da lei. A lei
deve ser aplicada na íntegra em relação a qualquer funcionário que cometa um ato
de corrupção, dado que os Governos não podem esperar aplicar a lei aos cidadãos
se não a puderem ou quiserem aplicar aos seus próprios agentes e dentro dos seus
próprios organismos.
b) Embora a definição de corrupção deva estar sujeita à legislação nacional, deve-se
entendê-la como tanto a execução ou a omissão de um ato, praticadas pelo
responsável, no desempenho das suas funções ou com estas relacionado, em virtude
de ofertas, promessas ou vantagens, pedidas ou aceites como a aceitação ilícita
desses atos, uma vez a ação cometida ou omitida.
c) A expressão “ato de corrupção”, anteriormente referida, deve ser entendida no
sentido de abranger tentativas de corrupção
ARTIGO 8.º
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar a lei e o
presente Código. Devem, também, na medida das suas possibilidades, evitar e opor-
se vigorosamente a quaisquer violações da lei ou do Código.
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei que tiverem motivos para
acreditar que se produziu ou irá produzir uma violação desse Código, devem
comunicar o fato aos seus superiores e, se necessário, a outras autoridades com
poderes de controle ou de reparação competentes.
21
Comentário
a) Este Código será observado sempre que tenha sido incorporado na legislação ou
na prática nacionais. Se a legislação ou a prática contiverem disposições mais
limitativas do que as do atual Código, devem observar-se essas disposições mais
limitativas.
b) O presente artigo procura preservar o equilíbrio entre a necessidade de disciplina
interna do organismo do qual, em larga escala, depende a segurança pública, por um
lado, e a necessidade de, por outro lado, tomar medidas em caso de violações dos
direitos humanos básicos. Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem
informar das violações os seus superiores hierárquicos e tomar medidas legítimas
sem respeitar a via hierárquica somente quando não houver outros meios disponíveis
ou eficazes. Subentende-se que os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
não devem sofrer sanções administrativas ou de outra natureza pelo fato de terem
comunicado que se produziu ou que está prestes a produzir-se uma violação deste
Código.
c) A expressão “autoridade com poderes de controle e de reparação competentes”
refere-se a qualquer autoridade ou organismo existente ao abrigo da legislação
nacional, quer esteja integrado nos organismos de aplicação da lei quer seja
independente destes, com poderes estatutários, consuetudinários ou outros para
examinarem reclamações e queixas resultantes de violações deste Código.
d) Em alguns países, pode considerar-se que os meios de comunicação social (mass
media) desempenham funções de controle, análogas às descritas na alínea anterior.
Consequentemente, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei poderão,
como último recurso e com respeito pelas leis e costumes do seu país e, ainda, pelo
disposto no artigo 4.º do presente Código, levar as violações à atenção da opinião
pública através dos meios de comunicação social.
e) Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei que cumpram as disposições
deste Código merecem o respeito, o total apoio e a colaboração da comunidade em
que exercem as suas funções, do organismo de aplicação da lei no qual servem e dos
demais funcionários responsáveis pela aplicação da lei.
22
da lei só podem empregar a força quando estritamente necessário e
na medida exigida para o cumprimento do seu dever.
Objetivo do CCEAL
23
Importante!
24
Os PBUFAF estabelecem parâmetros a serem considerados e respeitados
pelos governos no contexto da legislação e da prática nacional, e levados ao
conhecimento dos agentes de segurança pública, assim como de magistrados,
promotores, advogados, membros do executivo, legislativo e do público em geral.
• Disposições gerais: PB 1 a 8;
• Disposições específicas: PB 9 a 11.
• Policiamento de reuniões ilegais: PB 12 a 14.
• Policiamento de indivíduos sob custódia ou detenção: PB 15 a 17.
• Habilitação, formação e orientação: PB 18 a 21
• Procedimentos de comunicação e revisão: PB 22 a 26.
ATENÇÃO!!!
Veremos a explicação dos pontos mais importantes dos PBUFAFs, mas
convém que você leia todo o seu conteúdo.
25
O PB 4 ressalta a importância de se recorrer ao Uso da Força e de armas de
fogo.
Os PB 5 e 6 indicam o dever dos funcionários responsáveis pela aplicação da
lei sempre que o Uso da Força e de armas de fogo for inevitável. Perceba que o
princípio consagrado é sempre agir com moderação, diminuir a quantidade de danos
ou lesões e dar assistência e preservar a vida humana e comunicar oficialmente os
atos ocorridos. Lembre-se dos Princípios da Legalidade, Necessidade e
Proporcionalidade e os demais Princípios também consagrados na Portaria
Interministerial 4226/2010 no Brasil.
ATENÇÃO!
26
pública, ele não é muito diferente do infrator que está combatendo. As violações por
parte dos Órgãos de Segurança Pública só reduzem a sua autoridade e a sua
confiabilidade.
27
ordens ilegais para o uso da força e de armas de fogo.
Legislação brasileira
São vários os instrumentos que regulam o Uso da Força e arma de fogo pelos
Agentes de Segurança Pública. Confira!
IMPORTANTE!
A Constituição da República Federativa de 1988, no art. 144,
estabelece que a “Segurança Pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”,
por intermédio de vários órgãos dos Órgãos de Segurança. (grifo
nosso)
Código Penal
Exclusão de ilicitude
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I. em estado de necessidade;
28
II. em legítima defesa;
III. em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício
regular de direito.
O Código de Processo Penal contém em seu teor dois artigos que permitem o
emprego de força pelos agentes de segurança pública no exercício profissional, são
eles:
Exclusão de crime
29
II. em legítima defesa;
III. em estrito cumprimento do dever legal;
IV. em exercício regular de direito.
30
Emprego de algemas
O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga
ou de agressão da parte do preso, e de modo algum permitido, nos presos a que se
refere o art. 242.
Uso de armas
31
Portaria 4.226, de 31 de dezembro de 2010
Diretriz 7
O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os procedimentos de
abordagem não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada.
Diretriz 17
Nenhum agente de segurança pública deverá portar armas de fogo ou
instrumento de menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente
habilitado e, sempre que um novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial
ofensivo for introduzido na instituição, deverá ser estabelecido um módulo de
treinamento específico com vistas à habilitação do agente.
Diretriz 23
Os órgãos de segurança pública deverão criar comissões internas de controle
e acompanhamento da letalidade, com o objetivo de monitorar o uso efetivo da força
pelos seus agentes.
Diretriz 24
32
potencial ofensivo, ou as razões pelas quais elas não puderam ser contempladas;
k. ações realizadas para facilitar a assistência e/ou auxílio médico, quando for o
caso; e
l. . se houve preservação do local e, em caso negativo, apresentar justificativa.
Importante!
33
Saiba mais...
34
Balestreri:
35
As dificuldades que os chefes e dirigentes das organizações de segurança
pública enfrentam referem-se ao desenvolvimento de atitudes pessoais dos agentes
de segurança pública que demonstrem a incorporação de valores éticos, morais e
legais, fazendo diminuir o comportamento impulsivo, substituído por reações
tecnicamente sustentadas que não colocarão em risco a população atendida, a
imagem pública da organização e do próprio agente de segurança pública.
É importante que você faça uma avaliação individualmente quando houver uma
situação em que surja a opção de uso da força. O agente de segurança pública
somente recorrerá ao uso da força quando todos os outros meios para atingir um
objetivo legítimo tenham falhado, justificando o seu uso.
Importante!
O não atendimento a qualquer desses princípios caracteriza
uso indevido da força pelo órgão de segurança pública. Não
esqueça isso, agente de segurança pública!
36
desempenhadas pelo órgão de segurança pública, mas, o
agente de segurança pública deve estar cônscio da
importância da sua atividade para as políticas de segurança
pública. É necessário que o órgão de segurança pública
tenha mecanismos de controle da atuação de seus
integrantes para evitar dissabores quanto ao abuso de
poder.
37
O terceiro e último questionamento verifica se a força a ser empregada será por
motivos sádicos ou maléficos.
38
essencial de sua existência abstrata, além de cumprir importante papel
exemplificador, fator de transformação e solidificação.
39
Finalizando...
40
Módulo 2 – Modelos de uso diferenciado da
força
Apresentação do Módulo
Nesta aula, você estudará e analisará vários modelos gráficos de Uso da Força.
São modelos amplamente utilizados em diversos Órgãos de Segurança Pública do
mundo, com o objetivo de ajudar nos conceitos, planejamento, treinamento e
comunicação dos critérios da política institucional sobre o emprego da força nas
Corporações de Segurança Pública. Os modelos permitirão que você constate as
diferentes possibilidades de Uso da Força na atividade de segurança Pública, com
suas características, vantagens e desvantagens.
Objetivos do Módulo
Estrutura do Módulo
41
Aula 3 – Análise comparativa dos modelos apresentados
Aula 4 – Proposta de um modelo básico do uso diferenciado da força
42
Aula 1 – Propostas de modelos de uso diferenciado da força
43
“nenhuma ocorrência é igual a outra”. Cada decisão de emprego da força depende
das circunstâncias e dos fatos que se apresentam ao Agente.
Táticas
É a incorporação dos instrumentos a estratégia de ação.
Tempo
É a presteza da ação do Agente de Segurança Pública em faze à reação do
indivíduo.
Cada modelo criado possui um nome que geralmente está associado ao nome
do autor que o apresentou ou à sua origem, como se vê a seguir:
44
Guide, 1998.
Modelo REMSBERG: Apresentado no livro: The Tactical Edge – Surviving High – Risk
Patrol – 1999.
Modelo CANADENSE: Utilizado pela polícia canadense.
45
Aula 2 – Descrição dos modelos
Modelo FLETC
Comentário
O autor não considera a “presença do agente” como um nível de força,
vinculando o primeiro nível com comandos verbais. Trata-se de um modelo de fácil
adaptação a todas as organizações policiais e pode ser utilizado perfeitamente pelo
órgão de segurança pública.
46
Modelo GILlESPIE
É um modelo gráfico em forma de tabela, com cinco colunas graduadas por cor
e seis linhas básicas, divididas em comportamento do agente e ação-resposta do
policial, mas aplicável a qualquer agente de segurança pública. A atitude do suspeito
é dividida em quatro colunas que estão subdivididas respectivamente em situações
diferentes sobre a percepção do policial em relação a ele.
Comentário
Para o autor, a verbalização é uma graduação de força que se interage com
outros níveis. Inicia-se no segundo nível de força e prossegue até o penúltimo, antes
de se usar a força letal. É um modelo complexo, porém bem completo em suas opções
de ação e reação.
O agente de segurança pública que compreende a sua dinâmica está apto a
fazer o uso correto da força. Pode ser adaptado para uso nos órgãos de segurança
pública brasileiros, com o devido treinamento, dada a sua complexidade.
47
Figura 2: Modelo Giliespie
Modelo REMSBERG
48
Comentário.
É muito simples e de fácil assimilação pelos agentes de segurança pública. No
entanto, não é um modelo completo. Faz apenas a diferença do uso da força.
49
Modelo CANADENSE
50
Lembre-se: o Agente de Segurança Pública constantemente avalia a situação e age
de maneira apropriada para preservar a segurança dele mesmo e da comunidade.
Comentário.
É um modelo muito prático, de fácil entendimento e memorização por parte do agente
de segurança pública.
51
Modelo NASHVILLE.
Comentário
É um modelo simples. Possui duas variáveis para o uso da força, não estando
presente a avaliação do risco proporcionado pela presença do agente de segurança
pública.
52
Modelo PHOENIX
Comentário
É de fácil assimilação e pode ser adaptado por qualquer órgão de segurança pública.
53
Aula 3 – Análise comparativa dos modelos apresentados
Em essência, os modelos estudados são semelhantes entre si. Eles relacionam o uso
diferenciado da força pelo órgão de segurança pública à atitude demonstrada pela
pessoa em atitudes suspeitas.
54
Alguns, como os modelos “FLETC” e “GILIESPIE”, colocam uma avaliação de
risco como parte integrante do gráfico, e outros não. Dos modelos estudados, três são
interessantes para serem utilizados pelos órgãos de segurança pública, por terem um
conteúdo mais completo e reproduzirem bem a realidade operacional da Força de
Segurança Pública: modelos “FLETC”, “GILIESPIE” e “CANADENSE”. Considera-se,
porém, o modelo “CANADENSE”, o mais indicado, por apresentar facilidade de
aprendizagem e riqueza de conteúdo de forma gráfica.
Importante!
A divulgação ampla do modelo escolhido é o segredo para o
sucesso de seu emprego. Na prática, o uso de um modelo é
realizado por meio da distribuição de cartões plastificados para
agentes de segurança pública, de cartazes colocados em locais
de reuniões, em salas de aula, durante o treinamento de
abordagens, estudos de casos, entre outros.
55
Aula 4 – Proposta de um modelo básico do uso diferenciado
da força
56
pessoa em atitudes suspeitas dentro de um contexto de confrontação, e o agente de
segurança pública escolhe o nível mais adequado de força a ser usado ou não.
Na prática, sua resposta como agente de segurança pública será orientada pelo
procedimento do suspeito. Ele decide o que quer de você, e, com suas próprias ações
ou pelo modo como se comporta, esse suspeito justificará a utilização de certo nível
de força pelo órgão de segurança pública. Você deve empregar apenas a força
necessária para controlá-lo.
57
Finalizando...
Não se pode falar em melhor modelo e nem em único modelo. Cada um dos modelos
apresentados foi criado para representar como cada estudioso, ou órgão de
segurança pública, observa e orienta a gradação do uso da força.
No próximo módulo, seu estudo terá como foco os princípios básicos do uso da força.
58
Módulo 3 – Princípios básicos do uso da força
Apresentação do Módulo
Caro aluno,
Objetivos do Módulo
59
Estrutura do Módulo
60
Aula 1 – Princípios básicos sobre o uso da força
Aspectos gerais
61
constitucional.
62
Uso da força: questões preliminares
63
3. O nível de força a ser utilizado é proporcional ao nível de resistência
oferecido?
• Princípio da Legalidade;
• Princípio da Necessidade;
• Princípio da Proporcionalidade;
• Princípio da Moderação
• Princípio da Conveniência.
64
Veja, a seguir, cada um deles!
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Resultado
Considera a motivação ou a justificativa para a intervenção da polícia. O objeto
da ação deve ser sempre dirigido a alcançar o objetivo legal. Deste modo, a lei protege
o resultado da ação do agente de segurança pública. (Interpretação dos Princípios 5
do PBUFAF).
Processo
Considera que os meios e métodos utilizados pelo agente de segurança pública
devem ser legais, ou seja, em conformidade com as normas nacionais (leis,
regulamentos, diretrizes, entre outros) e internacionais (acordos, tratados,
convenções, pactos entre outros). (conforme artigo 1º do CEAL)
Exemplo: O agente de segurança pública não cumpre o princípio da legalidade se
durante o seu serviço, usar arma e munições não autorizadas pela Instituição, tais
como armas sem registro, com numeração raspada, calibre proibido, munições
particulares, dentre outras.
65
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE
O uso de força num nível mais elevado é considerado necessário quando, após
tentar outros níveis menos contundentes (negociação, persuasão e mediação) para
solucionar o problema, torna-se o último recurso a ser utilizado pelo agente de
segurança pública (Interpretação do princípio 4 do PBUFAF)
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Gravidade da Ameaça
Para ser avaliada, deverão ser considerados, entre outros aspectos, a
intensidade, a periculosidade e a forma de proceder do agressor, a hostilidade do
ambiente e os meios disponíveis ao agente de segurança pública (habilidade técnica
e equipamentos). De acordo com a evolução da ameaça (aumento ou redução) o
agente de segurança pública readequará o nível de força a ser utilizado, tornando-o
proporcional às ações do infrator, o que confere uma característica dinâmica a este
princípio.
Exemplo: não é considerada proporcional a ação agente de segurança pública, com
o uso de força potencialmente letal (disparando sua arma de fogo) contra um
66
cidadão que resiste passivamente, com gestos e questionamentos, a uma ordem de
colocar as mãos sobre a cabeça, durante a busca pessoal. Neste caso, a
verbalização e/ou controle de contato corresponderão ao nível de força indicada
(proporcional).
67
PRINCÍPIO DA MODERAÇÃO
PRINCÍPIO CONVENIÊNCIA
68
Exemplo: Não é adequado ao agente de segurança pública repelir os disparos de um
agressor em uma área com grande movimentação de público devido à possibilidade
de se vitimar outras pessoas, mesmo que estejam sendo observados os princípios da
legalidade, necessidade e proporcionalidade naquela ação.
A seguir você estudará com detalhes as referências técnicas sobre o uso de arma de
fogo, que se caracteriza como sendo o nível máximo do uso da força.
69
Usar ou Empregar Arma de Fogo
Importante!
O fato do Agente de Segurança Pública somente portar a arma no coldre,
como parte do seu equipamento profissional, não será considerado “uso”
ou “emprego” de arma de fogo. Do mesmo modo conduzir armas longas
em posição de bandoleira não será interpretado como “uso” ou “emprego”.
70
Possibilidades de uso ou emprego de armas de fogo:
Importante!
Mantenha o dedo fora do gatilho enquanto empunhar o
armamento. O controle da direção do cano também é
fundamental como aspecto de segurança no uso do armamento.
71
Atirar ou Disparar Arma de Fogo
Avisar prévia e claramente sua intenção de usar armas de fogo, com tempo
suficiente para que o aviso seja levado em consideração.
OU
72
Uso da Força: ações indispensáveis
73
Saiba mais...
Assistência psicológica e jurídica
Comentários:
Comentário 1
Treinamento prático
O treinamento deve guardar semelhança com as situações vivenciadas na
atividade de proteção da sociedade e ser mais prático do que estático, devendo ainda
ser contínuo e meticuloso, colocando os policiais aptos ao desempenho de suas
funções. As técnicas e táticas vivenciadas no treinamento são os instrumentos que
você tem para utilizar e fazer a diferença, para tornar o confronto desigual a seu favor,
ajudando-o a solucionar os mais diversos tipos de intervenções do agente de
segurança pública.
Assim, você deve dominar técnicas que lhe proporcionem o máximo de controle
com o mínimo de esforço, e dentro de uma estrutura tática e legal que se ajustem
(taticamente aplicável e legalmente aceita).
Saiba mais...
Leia o documento Princípios Básicos sobre o uso da Força e
Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela
Aplicação da Lei - Princípios nº 19;
Leia as Diretrizes nº 14,15, 16 e 17 da Portaria nº 4226;
74
Comentário 2
Questões éticas
É importante salientar as questões de natureza ética, que, juntamente com os
princípios dos direitos humanos, devem ser parte importante no treinamento, sendo
que essa qualificação deve preparar os agentes de segurança pública também para o
uso de alternativas de força, incluindo a solução pacífica de conflitos, compreensão
do comportamento de multidões e métodos de persuasão, que podem reduzir
consideravelmente a possibilidade de confronto.
Saiba mais...
Leia o documento Princípios Básicos sobre o uso da Força e
Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela
Aplicação da Lei - Princípios nº 1 e 20.
Comentário 3
Responsabilidade pelo Uso da Força
A responsabilidade direta pelo uso da força poderá recair sobre o autor, os
superiores ou a equipe de Agentes de Segurança Pública. Vale lembrar que é de
nossa responsabilidade a proteção do bem maior: a vida e a integridade das pessoas.
75
Os agentes de segurança pública só podem empregar a força quando
estritamente necessária e na medida exigida para o cumprimento do seu dever,
devendo evitar e opor-se, com rigor, a quaisquer violações da lei (Conforme artigo 3º
e 8º do CCEAL).
76
• tipo de força, equipamento ou armamento utilizado;
• motivação e justificativa para a utilização do tipo de força;
• tipo de resistência oferecida pelo abordado;
• meios que o agente de segurança pública dispunha para emprego da força;
• providências adotadas pelo agente de segurança pública após a prisão do
abordado;
• dados da equipe, agente de segurança pública, presente no momento da ação;
• lesões produzidas;
• detalhes do evento;
• no caso de armas de fogo: distância de utilização e quantidade de munição
empregada e região do corpo atingida.
Objetivo do Disparo
77
diversas tais como fatores ambientais (periculosidade do local, luminosidade,
chuva, entre outros), condições psicomotoras do Agente de Segurança
Pública (cansaço, agitação, nervosismo, batimento cardíaco, tremores, entre
outros) e o próprio dinamismo do alvo (movimentação do agressor).
78
Princípios Básicos sobre o uso da Força e Armas de Fogo pelos
Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei
Importante!
O Agente de Segurança Pública disparará (atirará) a arma de
fogo contra uma pessoa, no exercício das suas atividades, como
último recurso (medida extrema de Uso da Força), em caso de
legítima defesa própria ou de terceiros, contra perigo iminente
de morte ou ferimentos graves.
Ver Diretriz nº 3, da Portaria nº 4226.
Nos casos em que o Agente de Segurança Pública dispara sua arma de fogo
contra uma pessoa é importante considerar as diversas circunstâncias que poderão
interferir na precisão do tiro, conforme descrição anterior contida no tópico “Objetivo
do Disparo” (item “parcialmente controladas pelo Agente de Segurança Pública”).
79
do disparo puderem ser piores que as ameaças sofridas pelas pessoas que estiverem
sendo defendidas. Os agressores, ao contrário dos Agentes de Segurança Pública,
não levam em consideração os efeitos negativos do seu disparo e nem se dão conta
de alguma consequência técnica como a “bala perdida” que possa vir a atingir
inocentes. Ao contrário, eles se valem de tal oportunidade, a de acertarem pessoas
do povo, por saberem que os Agentes de Segurança deixarão de persegui-los para
prestarem socorro a essas possíveis vítimas.
80
Diretrizes nº 16, 17 e 18, da Portaria nº 4226
(...) 16. Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada
tipo de arma de fogo e instrumento de menor potencial ofensivo que incluam
avaliação técnica, psicológica, física e treinamento específico, com previsão
de revisão periódica mínima.
17. Nenhum agente de segurança pública deverá portar armas de fogo ou
instrumento de menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente
habilitado e sempre que um novo tipo de arma ou instrumento de menor
potencial ofensivo for introduzido na instituição deverá ser estabelecido um
módulo de treinamento específico com vistas à habilitação do agente.
18. A renovação da habilitação para uso de armas de fogo em serviço deve ser
feita com periodicidade mínima de 1 (um) ano(...).
81
1. Distúrbio civil e outras situações de aglomeração de público:
Importante!
Todavia, seu emprego está autorizado, quando outros meios menos lesivos se
mostrem ineficazes e seja estritamente necessário o disparo, nos casos de legítima
82
defesa própria ou de outrem, quando o indivíduo, durante a fuga, provocar ameaça
iminente de morte ou ferimento grave.
Importante!
• que os disparos efetuados com esse tipo de munição têm pouca precisão;
• que devem ser evitados os disparos diretos contra as partes mais sensíveis do
corpo, principalmente locais de risco de lesões graves: cabeça, olhos, ouvidos,
83
entre outros. Os disparos devem ser dirigidos para a região dos membros
inferiores;
4. Disparos táticos:
São realizados para obter uma vantagem tática, para dar mais segurança ao
reposicionamento da equipe de Agentes de Segurança Pública no terreno. Não devem
ser dirigidos contra pessoas. São aqueles normalmente efetuados pelo Agente de
Segurança para dar cobertura a companheiros durante confrontos armados (“fogo e
movimento”), também, para diminuir a luminosidade de um ambiente, romper a
fechadura de uma porta ou de outros obstáculos. O Agente de Segurança Pública que
o realiza deve estar devidamente treinado, para não colocar em risco a sua integridade
física e a de outras pessoas.
embarcações):
84
intencionais provocados pelo veículo em fuga (o motorista utiliza o veículo como
“arma”). Esses disparos representam a única opção do Agente de Segurança para
detê-lo. Ver Diretriz nº 04, Portaria 4226.
Nessas situações, antes de efetuar o disparo, devem ser consideradas as
possíveis consequências (riscos) do tiro, e sua responsabilidade na proteção da vida
de outras pessoas. Para isso, deve-se observar o contido a seguir:
• Estes disparos têm pouca eficácia para fazer um veículo e os projetos podem
ricochetear (no motor ou pneus) ou atravessar o veículo ou, até mesmo não
atingi-lo, convertendo-se em “balas perdidas”;
• Se o condutor for atingido, existe um risco elevado de que ele perca o controle
do veículo e cause acidentes graves;
• Estes disparos têm pouca precisão, o disparo fica prejudicado pelo movimento
do veículo e o balanço provocado por ele, inclusive quando efetuados por
atiradores experientes;
• Existe a possibilidade de que vítimas (reféns) estejam no interior do veículo
perseguido inclusive dentro do porta-malas;
• Os disparos efetuados pelos Agentes de Segurança Pública podem provocar
um revide por parte dos abordados, incrementando ainda mais o risco para
outras pessoas, principalmente em áreas urbanas (balas perdidas). O mais
recomendável é distanciar- se do veículo em fuga e, sem perdê-lo de vista,
adotar medidas operacionais para efetuar o cerco e bloqueio. Recomenda-se,
ainda, solicitar reforço para que a intervenção possa ser realizada com mais
segurança.
Importante!
85
(...)5. Não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que
desrespeite bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato
represente um risco imediato de morte ou lesão grave aos
agentes de segurança pública ou terceiros. (...)
6. Disparos de advertência:
Quando o Agente de Segurança Pública atira com sua arma, não o faz para
advertir ou para assustar, o faz para interromper, de imediato, uma agressão contra a
sua vida ou a de terceiros. Considerando as possíveis consequências desse tipo de
ação, os Agentes de Segurança Pública não devem atirar para fazer valer sua
advertência:
• nos disparos feitos para cima, o projétil retorna ao solo com força suficiente
para provocar lesões ou morte. Nos disparos feitos contra o solo ou contra
paredes, ele pode ricochetear e provocar lesões ou morte;
• esses disparos podem fazer com que outros Agentes de Segurança Pública
que estejam atuando nas proximidades pensem, de maneira equivocada, que
estão sendo alvos de tiros de agressores, o que pode provocar neles reação
indevida;
• os disparos efetuados pelos Agentes de Segurança Pública podem provocar
revide por parte dos agressores, incrementando ainda mais o risco contra a
equipe e contra outras pessoas.
Saiba mais...
86
Portaria nº 4226, Princípio nº 6
Poderá ocorrer após serem tentados outros meios de contenção e quando o animal:
LEMBRE-SE:
87
Disparos de armas de fogo: Agentes de Segurança Pública x infratores
• PROTEGER
NENHUMA: O público
CIDADÃOS atingido facilita a fuga,
INFRATORES • Delinquir Junto à sociedade pois ocupará a Polícia
com o socorro.
Fonte: MINAS GERAIS. Polícia Militar. Manual de Prática Policial, volume I. Belo Horizonte, 2002.
88
Aula 2 – O Triângulo da Força
Habilidade
Capacidade física do suspeito de causar danos, em um agente de segurança
pública ou em outra pessoa inocente. Isso significa, em outras palavras, que o
suspeito possui uma arma capaz de provocar morte ou lesão grave, como uma arma
de fogo ou uma faca. Habilidade pode ainda incluir a capacidade física, através de
arte marcial ou de força física, significativamente superior à do agente de segurança
pública.
Oportunidade
Diz respeito ao potencial do suspeito em usar sua habilidade para matar ou ferir
gravemente. Um suspeito desarmado, mas muito alto e forte, pode ter a habilidade de
ferir seriamente ou matar uma outra pessoa menor e menos condicionada. A
oportunidade, entretanto, não existe se o suspeito está a 20 metros de distância, por
exemplo. De igual modo, um suspeito armado com uma faca tem habilidade para
matar ou ferir seriamente, mas pode faltar oportunidade se você aumentar a distância
entre as partes – no caso, você e ele – ou na busca de um abrigo.
Risco
Existe quando um suspeito toma vantagem de sua habilidade e oportunidade
para colocar agente de segurança pública ou outra pessoa inocente em um iminente
perigo físico. Uma situação onde um suspeito de roubo, recusa-se a soltar a arma
quando acuado após uma perseguição a pé, pode-se constituir em risco.
89
Comentário.
Raciocinar sobre o triângulo da força letal pode auxiliá-lo a decidir. Além disso,
ao lidar com um suspeito não cooperativo que está armado, você deve, em primeiro
lugar, buscar um abrigo para, então, lidar com ele. Em seguida, você deve aumentar
a distância entre você e o agressor, o que dificultará o ataque. Em terceiro lugar,
solicite cobertura. Não tente resolver a situação isoladamente.
Aumentar o número e qualidade (equipes especializadas) dos agentes de
segurança pública no local pode desencorajar o agressor. Em último caso, havendo
risco demasiado para você e para a comunidade, avalie a possibilidade de se retirar
do local ou facilitar a fuga do agressor, pois “uma prisão sempre pode aguardar uma
nova oportunidade”, mas a perda de uma vida é irreversível! Estando protegido e
sendo possível, utilize a negociação e a persuasão, determinando ao suspeito que se
renda. Quando a situação permitir, a verbalização deve ser combinada com a
demonstração de força. O suspeito deve entender a sua disposição e firme resolução
em controlá-lo utilizando-se, inclusive, de força potencialmente letal.
Avaliação de riscos
Toda intervenção envolve algum tipo de risco potencial que deverá ser
considerado pelo Agente de Segurança Pública. O risco é a probabilidade de
concretização de uma ameaça contra pessoas e bens; é incerto, mas previsível. Cada
situação exigirá que ele se mantenha no estado de prontidão compatível com a
gravidade dos riscos que identificar. Uma ponderação prévia irá orientar o Agente de
Segurança Pública sobre a necessidade e sobre o momento de iniciar a intervenção,
escolhendo a melhor maneira para fazê-lo.
90
atribuições do Órgão de Segurança Pública a que pertence. Em geral, pode-se resumir
como sendo o dever funcional de servir e de proteger a sociedade, preservar a ordem
pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, garantindo a vida, a dignidade
e a integridade de todos.
LEMBRE-SE:
Às vezes não é possível afastar completamente o risco em uma intervenção,
mas o preparo mental, o treinamento e a obediência às normas técnicas garantem
uma probabilidade maior de sucesso!
91
Finalizando...
O abuso não deve ser tolerado. A atenção deve estar voltada para a prevenção
desses atos, mediante formação e treinamento regular apropriado e procedimentos
de avaliação e supervisão adequados. Sempre que existir uma situação de abuso
legado ou suspeitado, deve haver uma investigação imediata, imparcial e total.
Sempre que houver uma suspeita ou denúncia de abuso, deve haver imediata
investigação, profissional e imparcial, por parte do respectivo Órgão de Segurança
Pública.
92
Módulo 4 – O Uso Diferenciado da Força
Apresentação do Módulo
Espera-se que o encarregado de aplicação da lei tenha a capacidade de
distinguir entre inúmeras tonalidades de cinza, em vez de apenas fazer a distinção
entre o preto e branco, certo ou errado (C. ROVER).
Este módulo oferece as condições necessárias para que você possa discutir
sobre este assunto: uso diferenciado da força.
93
uma intervenção realizada pelo agente de segurança pública.
Deve ficar claro para o agente de segurança pública que o uso de força não se
confunde com violência, haja vista que esta última é uma ação arbitrária, ilegal,
ilegítima e não profissional. O uso excessivo de força também se configura ato de
violência e abuso de poder.
94
de técnicas de persuasão, negociação e mediação, dentre outros que contribuam para
a sua profissionalização nesse tema. (Interpretação do princípio 20 dos PBUFAF e
conforme artigo 3º. do Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela
Aplicação da Lei (CCEAL)
Objetivos do Módulo
Estrutura do Módulo
95
Aula 1 – Uso Diferenciado da Força
Lembre-se:
O uso legítimo da força pressupõe, como já foi dito, além dos princípios éticos, que
seja baseado na legalidade, na necessidade, na proporcionalidade, moderação e na
conveniência.
Esse fluxo deve ser uma constante, como um medidor de suas ações: aumento
96
ou intervenção, assim como de diminuição ou não intervenção durante um confronto.
Essa sequência é chamada de uso progressivo da força.
Importante!
97
Aula 2 – Níveis de força diferenciada
98
Resistência passiva
A pessoa abordada não acata, de imediato, às determinações do Agente de
Segurança Pública, ou o abordado opõe-se as ordens, reagindo com o objetivo de
impedir a ação legal. Contudo, não agride o agente nem lhe direciona ameaças.
Resistência ativa
99
cada Agente de Segurança Pública. Assim, ele observará a seguinte classificação dos
níveis para o Uso Diferenciado de Força:
• Nível primário - Presença do agente de Segurança Pública / Verbalização.
Veja a seguir a conceituação de cada um dos itens que compõem os níveis para o
Uso da Força pelo Agente de Segurança Pública.
Verbalização
É o uso da comunicação oral (falas e comandos) com entonação apropriada e
o emprego de termos adequados e que sejam facilmente compreendidos pelo
abordado.
As variações da postura e do tom de voz do Agente de Segurança Pública
dependem da atitude da pessoa abordada. Em situações de risco é necessário o
emprego de frases curtas e firmes. A verbalização deve ser empregada em todos os
demais níveis de uso de força. O treinamento continuado e as experiências
vivenciadas proporcionam melhoria na habilidade de verbalização.
100
Verbalização
A comunicação é um processo de interação estabelecida no mínimo entre
duas pessoas, construindo entre ambas um intercâmbio de sentimentos e
ideias. Esse processo, por si só, já remete a uma série de interpretações
diferenciadas, pois, com características únicas que temos, podemos
entender distintamente as mensagens (...).
Importante!
Esse nível de força pode e deve ser utilizado em conjunto com qualquer
outro nível de força sempre que possível.
101
O treinamento e a experiência melhoram a capacidade do agente de segurança
pública para verbalizar. As palavras-chaves na aplicação da lei serão negociação,
mediação, persuasão e resolução de conflitos. A comunicação é o caminho preferível
para se alcançar os objetivos de uma aplicação da lei legítima (ROVER).
Exemplo 1
Um agente de segurança pública foi chamado a um bar para separar uma briga
entre dois homens. Ele acalmou a todos e preparava-se para sair quando alguém
gritou: “Eles começaram de novo!”. O agente de segurança pública correu até o balcão
do bar e, quando dava a volta, viu um dos balconistas caído no chão e um jovem em
cima dele. Um brilho metálico na mão do jovem parecia ser uma arma de fogo, ou
uma faca no pescoço do balconista.
O agente de segurança pública, que já tinha sacado seu revólver e estava
pronto para atirar (uma reação parecia ser urgente), teve tirocínio suficiente para fazer
uma verbalização antes de usar sua arma de fogo. Foi uma decisão da qual ele jamais
se arrependeria. O balconista sofria uma crise epiléptica e o jovem era o cozinheiro
do bar, que tentava, com uma colher, desenrolar a língua de seu colega.
102
da força física ou letal. A abordagem verbal estabelece quem você é e o que
você quer que o suspeito faça. Se o suspeito segue as suas ordens, sua
segurança, a princípio, estará garantida e o controle será mantido sem que haja
necessidade do uso de arma de fogo.
• Aborde verbalmente para que você não seja abordado.
Importante!
Caso o suspeito desobedeça, não encerre os comandos. De preferência,
com cobertura (reforço) de outros Agentes de Segurança Pública, tente
dominá-lo. Insista nos comandos! Há chance de que o suspeito não esteja
ouvindo por estar no meio do barulho da rua, ou dentro de um automóvel
com o rádio ligado, ou ainda pode ser que ele tenha deficiência auditiva ou
esteja sob efeito de álcool e outras drogas. Estando em supremacia de
força, juntamente com os colegas, em trabalho de equipe, tente dominá-lo
fisicamente. Enquanto procedem ao domínio físico, não interrompa os
comandos, para que ele pare de resistir e se entregue!
1. Atenção à linguagem
Uma atenção especial deve ser dada à linguagem. Alguns policiais agentes de
segurança pública acreditam que, utilizando uma linguagem vulgar, “chula” e
ameaçadora, desencorajam a resistência do suspeito. Diálogos dessa natureza
causam espanto e demonstram falta de profissionalismo. Além disso, uma “ameaça
verbal” pode desencadear uma reação e propiciar o agravamento da situação. O que
se busca, ao realizar a abordagem verbal, é a redução do uso da força e o controle
do suspeito.
103
houve agressão desnecessária e uso abusivo da força (despreparo do agente de
segurança pública).
Seja firme e controle a situação. Dirija comandos claros, curtos e audíveis para
cada atitude que o suspeito deva tomar. Em geral, apenas um agente deve falar:
Procure sempre manter o contato visual com o abordado. Fique abrigado, mas
sem perdê-lo de vista. Diga frases usando os verbos no modo imperativo, em tom alto
de voz; demonstre convicção e determinação no que está fazendo.
4. Nível da voz
104
5. Não entre em discussão.
Caso o suspeito não acate, repita os comandos, insista com firmeza e procure
não ficar nervoso caso não seja acatado de imediato. Continue insistindo, mantenha
seu profissionalismo e não se exponha a riscos.
• Ele não te escuta ou não compreende (por deficiência auditiva, por efeito de
álcool ou outras drogas);
105
Existe agente de segurança pública que leva esse tipo de situação para o
campo pessoal e perde o controle mediante a mínima ponderação do suspeito. Esse
tipo de conduta faz com que o agente corra sérios riscos de expor
desnecessariamente sua vida e as de seus companheiros, ou ainda, de cometer atos
de violência.
Faça o que deve ser feito. Adote todas as medidas legais que couberem ao
caso em particular, conduza sua atuação conforme preconizado no escalonamento do
uso da força. Seja firme e seja justo. Aja com ética, técnica e legalidade.
Saiba mais...
Nem diga nada que não possa cumprir, como: “Vou lhe dizer pela última vez!”.
Se ele resolver testar seu blefe, você perderá sua credibilidade. Por outro lado, se ele
obedecer, esteja preparado, não relaxe sua segurança! Esse pode ser o momento
mais perigoso da abordagem.
106
Nível Secundário – Técnicas de menor potencial ofensivo
Controles de contato
Saiba mais...
Posturas de abordagem com as mãos livres
São técnicas em que o Agente de Segurança Pública faz a
intervenção sem recorrer a quaisquer armamentos, instrumentos ou
equipamentos. São estabelecidas para cada nível de risco, orientando a
distância e a angulação de aproximação, bem como a posição de mãos e
de braços do Agente de Segurança Pública. Estando preliminarmente com
as mãos livres e visíveis, o agente transmitirá ao abordado a mensagem de
que deseja dialogar ou resolver pacificamente o conflito. Para todas as
posturas a mãos livres, o Agente de Segurança Pública deverá adotar a
posição de “base”, utilizada nas artes marciais, variando-se apenas a
posição das mãos e dos braços. Essa posição permite ao Agente de
Segurança equilíbrio e melhores possibilidades de defesa e de contra-
ataque. Também permite maior proteção da arma de fogo do Agente de
Segurança Pública, haja vista que os braços e as pernas mais fortes e,
consequentemente, o coldre (geralmente colocado do lado da mão mais
forte) ficam ligeiramente projetados para a retaguarda. Logo, mais distantes
do raio de ação do abordado.
Controle Físico
107
evitando, sempre que possível, que resulte lesões pelo uso da força.
108
Nível Terciário – Força Potencialmente letal
109
O modelo apresentado é um quadro dividido em quatro níveis que representam
os possíveis comportamentos do abordado. O lado esquerdo é representado pela
atitude (ação) do abordado em relação ao agente de segurança pública (Policial), e, o
lado direito, encontram-se as respostas (reação) correspondentes aos níveis
diferenciados de força pelo agente de segurança. Cada nível representa uma
intensidade de força que possibilitará um controle adequado.
Esta dinâmica entre os níveis do uso de força deve ser realizada de um modo
consciente, nunca prevalecendo sentimentos como a raiva, preconceito ou retaliação.
A avaliação dessas variáveis propiciará ao agente de segurança pública o equilíbrio
de suas ações.
Lembre-se
Apesar da “VERBALIZAÇÃO” constar como um dos níveis de intensidade de força,
o agente de segurança pública deverá empregá-la durante todo o processo.
110
Aula 3 – Estudo das Reações Fisiológicas
111
envolvem defesa de faca, projeções ao solo e posições de tiro defensivo são exemplos
de coordenação motora complexa. Para atingir um resultado ótimo nessas
habilidades, os níveis de estresse devem estar baixos. Por isso, o alto estresse
encontrado em situações de sobrevivência, reduz a habilidade do agente de
segurança para executar ações que demandem coordenação motora complexa.
112
Direcionamento dos disparos realizados por agentes de segurança
pública
(...) 5. Sempre que o uso legítimo da força e de armas de fogo for inevitável, os
responsáveis pela aplicação da lei deverão:
113
Aula 4 – Roteiro de Relatórios e de Apuração Referentes ao
114
l) se houve preservação do local e, em caso negativo, apresentar justificativa.
• Determinar uma imediata investigação dos fatos e das circunstâncias, por meio
de um Agente de Segurança Pública encarregado para proceder à apuração,
preferencialmente que não seja membro da equipe envolvida no disparo da
arma (Princípio 22 e 23 dos PBUFAF);
Veja os Princípios 22 e 23 dos PBUFAF!
• Promover a assistência médica e psicológica, em atenção às possíveis
sequelas que os Agentes de Segurança Pública posam sofrer em
consequência da intervenção, para que superem possíveis efeitos traumáticos
decorrentes do fato vivenciado no incidente (Princípio 21 dos PBUFAF e
Diretriz nº 11, itens g e h, e nº 25 Portaria nº 4226);
Veja os Princípios 21 dos PBUFAF e a Diretriz 25 da Portaria nº 4226!
• Designar um Agente de Segurança Pública com habilidade para contatar com
a família das pessoas atingidas, inclusive com a dos Agentes de Segurança
Pública, se for o caso. Preferencialmente, tal atribuição dever recair em pessoa
que não seja membro da equipe envolvida no incidente (Princípio 05, letra d e
Princípio 23 dos PBUFAF, e Diretriz nº11, letra d, da Portaria nº 4226
115
Veja Princípios nº 5d e 23 dos PBUFAF e Diretriz 11, letra d, da Portaria nº
4226!
• Atenuar a tensão da comunidade do local onde se deu o fato, mantendo contato
permanente e esclarecedor com os familiares das pessoas envolvidas e com a
mídia (transparência e profissionalismo);
• Providenciar relatório logístico específico para descarga patrimonial de
munições.
Saiba mais...
Sempre que o uso de força pelo Agente de Segurança Pública causar lesões,
116
morte de pessoas e danos patrimoniais, seu superior imediato deve determinar uma
investigação objetivando verificar se os princípios que o regem foram respeitados:
d) Era possível atingir o objetivo da intervenção usando outros meios que não o
emprego de força? Foram consideradas todas as opções? Foram tentadas
outras opções antes do uso de força? Quais? O uso de força foi a última opção
117
utilizada?
118
pública?
b) Quantos e quais agressores dispararam as suas armas? Quantos disparos
foram realizados por cada um dos agressores?
c) Os agentes de segurança pública dispararam a que distância do agressor?
Para onde foram direcionados os disparos efetuados pelos agentes de
segurança pública? (Ver Diretriz nº 3 da Portaria nº 4226)
d) Os disparos foram realizados em defesa da própria vida ou de terceiros? Citar
de quem. O risco contra a vida era atual e iminente? Por quê?
e) Os agentes de segurança pública ou terceiros estavam expostos
desnecessariamente ao risco em decorrência de técnicas ou táticas agentes
de segurança pública indevidas?
f) Havia outras opções de defesa da vida que não o disparo de arma de fogo?
g) Antes de disparar, os agentes de segurança pública se preocuparam com a sua
própria proteção e das pessoas envolvidas?
h) Os agentes de segurança pública advertiram o agressor quanto ao uso de força
potencialmente letal, antes de efetuar o disparo? Caso negativo, por que não
fizeram?
i) As armas utilizadas pelos agentes de segurança pública pertenciam da carga
da corporação?
119
Finalizando...
120
• Sobre este mesmo enfoque, na continuidade do processo de formação dos
Agentes de Segurança Pública, é necessário destacar que, de acordo com os
PBUFAF, cabe aos Estados e aos Órgãos Defensores da Lei assegurar que
todos os seus profissionais recebam treinamento contínuo e profundo, devendo
estar perfeitamente preparados para agir conforme os padrões de perfil
apropriado ao uso da força.
121