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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO

Fernanda Morales da Silva - 22100529


Maria Fernanda Meira - 22100296
Mariah Eduarda Camati Breion Ferreira - 22101388

MARKETING INTERNACIONAL:
PROJETO FINAL

São Paulo

2023
SUMÁRIO

Introdução…………………………………………………………………………
1. Ambiente Sociocultural…………………………………………………………..
2. Mercado de Alimentos Processados………………………………………………
3. Marketing Mix……………………………………………………………………
Conclusão…………………………………………………………………………
Introdução

Neste trabalho iremos mostrar se é válido ou não exportar o produto alimentício Bolinho
Ana Maria para a Coreia do Sul. Iremos comparar a qualidade de vida e o mercado
brasileiro com o sul coreano. Para esse tópico, será mostrado o regime de governo, PIB,
renda per capita, gasto familiar com alimentação, inflação, área geográfica, número de
habitantes, distribuição por classe de renda, tanto do Brasil, quanto da Coreia do Sul. No
Brasil, o regime de governo é o presidencialismo, onde a população elege o presidente a
cada quatro anos por meio do voto. O território brasileiro é de 8.510.000 km², com 207,8
milhões de habitantes, segundo o Censo 2022. Em 2022, o PIB brasileiro se encerrou com
um crescimento de 2,9%, totalizando USD 1,92 trilhões. O rendimento domiciliar per
capita no Brasil teve um aumento de 19%, saindo de R$1.367,00 para R$1.625,00 em
dólar fica USD 324,00, e os gastos médios mensais com alimentação foram em torno de
USD 123,22. A renda mensal domiciliar dividida por classes no Brasil é:

Classe Econômica Limite Inferior Limite Superior


Classe D/E US$ 0 US$ 399,56
Classe C US$ 578,21 US$ 1415,61
Classe B US$ 1415,61 US$ 4.386,40
Classe A US$ 4.386,40

Na Coreia do Sul, o regime de governo é o presidencialismo, onde as eleições para


presidente acontecem a cada 5 anos. O país tem um território de 100.210 km², e possui
uma população de 51,74 milhões de habitantes em 2021. Em 2022, o PIB sul coreano foi
de 2,6% totalizando 1.811 trilhões de dólares americanos e manteve os juros básicos em
3,50% ao ano. Os trabalhadores da Coreia recebem por hora e não por mês como aqui no
Brasil. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego do país, o salário-mínimo de lá é de
W9.160 por hora (aproximadamente USD 6,95) Ou seja, ao trabalhar 8 horas por dia e 5
dias na semana sem hora extra dá em torno de W476.320 convertendo pro dólar dá em
torno de USD 361,48. Por não acharmos nenhuma fonte sobre esse o gasto familiar com
alimentação, fizemos o cálculo de quanto uma família gastaria para montar uma cesta
básica deu em torno de USD 124,50. Neste preço inclui 1 quilo para frutas e 1 quilo para
legumes, 6 quilos carnes e 2 litros de suco, além de outros alimentos como arroz, feijão
branco, óleo, açúcar, sal, dentre outros alimentos que a população coreana usa no dia a
dia. A renda mensal domiciliar dívidas por classe na Coreia é:
Classe Econômica Limite Inferior Limite Superior
Classe D/E US$ 0 US$ 497,42
Classe C US$ 497,42 US$ 1.529,25
Classe B US$ 1.529,25 US$ 2.848,67
Classe A US$ 2.848,67 -

1. Ambiente Sociocultural

Neste tópico, vamos identificar as principais similaridades e diferenças entre os dois


países. Como a relação com os hábitos alimentares, ingredientes, horários, rituais e
barreiras culturais.
Tanto na Coreia, quanto no Brasil, a culinária é bem diversificada, caracterizada por
vários tipos de legumes, vegetais, arroz, macarrão, feijão, diversos tipos de carne,
principalmente bovina. Um prato típico da Coreia do Sul que pode ser comparado com
um dos pratos mais conhecidos do Brasil é o Bulgogi, similar a carne de panela. Já que
ambos os pratos são compostos por tiras de carne bem temperadas, servidas com legumes
e arroz branco. No geral, ambos os países têm a base da alimentação saudável, já que
muitos desses alimentos ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, cardíacas, dentre
outros tipos.
Em compensação, a carga horária de trabalho semanal na Coreia é diferente da carga
horária semanal brasileira. Enquanto no Brasil, o trabalhador tem sua jornada de trabalho
de 44 horas semanais, os trabalhadores coreanos chegaram a ter sua carga horária de 52
horas semanais, sem descanso aos sábados.
Os rituais e tradições coreanas são bem diferentes dos rituais e tradições brasileiros. Na
Coreia o dia 1° de março é muito importante para os coreanos, já que nessa data ocorreram
as primeiras resistências públicas contra as autoridades japonesas que ocupavam o
território. O evento ficou conhecido como o Dia da Independência, se referindo ao evento
ocorrido em 1919 quando 33 estudantes nacionalistas coreanos declararam a
independência da Coreia do Sul na capital, Seul. Além do Dia da Independência, eles
comemoram o Memorial Day, no dia 6 de junho, a fim de homenagear os homens e
mulheres que prestaram seu serviço e morreram durante o movimento da independência
ou a serviço do país. Ainda sobre as comemorações com o fim da ocupação japonesa no
território, no dia 15 de agosto é comemorado o dia da Libertação, conhecido como
Gwangbook, que significa “restauração da luz”. No mesmo dia, três anos depois foi
estabelecido o governo da República da Coreia.
O ano novo coreano é diferente do ano novo do ocidente. Lá é comemorado o Seolnal,
que dá início ao ano novo lunar sendo ele um feriado que tem sua data móvel, entre o fim
de janeiro e início de fevereiro, nesta comemoração é respeitado três dias; a véspera, o
dia em si e o dia seguinte. Esse feriado tem diversas tradições em relação à culinária e
homenagem aos mais velhos da família. Outro feriado que é realizado na Coreia é o
nascimento de Buda, possui uma data móvel, mas que geralmente acontece em maio. O
feriado é comemorado no oitavo dia do quarto mês lunar, onde em várias regiões do país
são realizados celebrações e desfiles com lanternas festejando o nascimento de Sidarta
Gautama.
Enquanto no Brasil, a população não tem de fato o costume de fazer grandes
comemorações em datas históricas do país, como no Dia da Independência, onde grande
parte dos brasileiros viaja para algum destino ou faz um churrasco entre família e amigos
como qualquer outro final de semana. Entretanto, os feriados mais bem festejados pela
população são; o Carnaval, onde acontece diversos desfiles e festas de rua, conhecidos
como blocos de carnaval, realizados 47 dias antes da Páscoa, possui uma data móvel entre
fevereiro e março, tendo uma duração de 5 dias. A Páscoa, em que se comemora a
ressureição de Jesus Cristo, junto com um almoço especial em família, possui uma data
móvel e acontece no primeiro domingo após a Lua Cheia, depois do equinócio da
primavera no Hemisfério Norte. A festa junina, sendo essa uma das maiores
comemorações brasileiras, que dura o mês de junho inteiro, tem origem pagã (período
pré-gregoriano na Europa na qual se comemorava a fertilidade da terra e as boas colheitas)
e passou a ser conhecida como Joaninas, em homenagem a João Batista, que foi descrito
na Bíblia como aquele que batizava as pessoas vindas de Jesus.

2. Mercado de Alimentos Processados


A Coreia do Sul possui o quarto maior mercado de alimentos processados na região da
Ásia-Pacífico. Entre as principais empresas estão a Nongshim Co., Ltd e a CJ CheilJedang
Corporation. O mercado de alimentos coreano teve um impacto devastador graças a
pandemia do COVID-19, já que à medida que o número de pessoas que comiam fora foi
diminuindo, o número de venda foi decaindo. Entretanto, as vendas online de produtos
alimentícios aumentaram quase que 100%, segundo um comunicado do Ministério do
Comércio, Indústria e Energia (MOTIE) do país. Assim, resultando na aceleração da
tecnologia de alimentos no mercado estudado, havendo uma adição de robótica nas
operações de foodservice. Estima-se que o mercado de alimentos processados atingiu o
rendimento de US$77,6 em 2021. Entre as tendências dos alimentos processados, estão
os dumplings, as pizzas congeladas e os ready-to-eat meals. As lojas de conveniência são
altamente populares na Coreia do Sul, entre as mais conhecidas estão: GS25, Homeplus
e a 7-Eleven. Um produto coreano parecido com o bolinho Ana Maria é o Yuja
Cheesecake.

3. Marketing Mix
Para ser introduzido na Coreia, o produto Bolinho Ana Maria precisaria passar por
algumas mudanças como, no sabor, quantidade e embalagem. Isso porque na Coreia do
Sul há uma preferência por sabores intensos. Para atrair o público local, seria interessante
considerar o uso de ingredientes comuns na culinária sul-coreana. Pensando nisso, trazer
sabores exclusivos pode oferecer familiaridade e atratividade ao bolinho, tanto doces
como salgados, como kimchi, bulgogi ou chá verde, proporcionando uma experiência
nova aos consumidores. Ademais, as porções dos alimentos na Coreia do Sul
normalmente são menores em comparação a outros países. Por esse motivo a redução do
tamanho do bolinho Ana Maria se adequaria melhor às preferências locais. As opções de
bolinhos menores seriam mais fáceis para alinhar o produto com os hábitos de consumo
local. Além de que, a embalagem deve ser adaptada para atender ao idioma e cultura sul-
coreana. Isso envolve traduzir materiais para o coreano para atender às preferências e
valores do público. A Coreia do Sul valoriza a apresentação atraente e cuidadosa dos
alimentos. Trazer elementos culturais na embalagem para repercutir entre os
consumidores sul-coreanos também é um fator importante.
O bolinho Ana Maria pode ser distribuído por meio de varejistas, supermercados ou lojas
de conveniência. Estabelecimentos como esses são essenciais para a distribuição de
alimentos e produtos para os consumidores. Estabelecer parcerias com grandes redes
locais pode levar o produto para pontos de venda estratégicos em todo o país. Por o
bolinho Ana Maria ser um produto industrializado e seu armazenamento é previamente
adequado para sua preservação e duração, isso não seria um problema a qual se preocupar.
Para a promoção do produto desenvolver campanhas de marketing que se adaptem à
cultura e valores da Coreia do Sul e, a criação de mensagens façam sentido para o público
coreano. Utilizar canais de comunicação que sejam eficazes na Coreia do Sul, como
mídias sociais, anúncios em aplicativos de mensagens. Uma boa estratégia para promover
o produto seria ter parceria com influenciadores digitais locais, que façam conteúdos de
comida e que tenham um público relevante. Assim, eles poderiam fazer análises do
produto e recomendar o Bolinho para seus seguidores, gerando maior exposição e
interesse.
Querendo competir com os produtos locais e obter sucesso nas vendas, analisamos os
preços dos produtos coreanos parecidos com o bolinho e chegamos a conclusão de que
um preço adequado seria de 4,380 ₩ ou US$ 3,32. Um preço agradável para competir
com a concorrência local.

Conclusão
Ao analisarmos tudo que já fora discutido chegamos à conclusão que exportar o bolinho
Ana Maria para a Coreia do Sul traria muitos desafios devido a diferenças culturais e
preferências alimentares. A culinária coreana é conhecida por ter ingredientes saudáveis,
como frutas, legumes e vegetais, além de sabores intensos e salgados.
Seria necessário adaptar o produto às preferências sul-coreanas, tanto em termos de
sabores quanto em relação ao tamanho das porções. A embalagem também precisaria ser
ajustada para atrair os consumidores locais, levando em consideração a estética e a
apresentação. Mesmo com adaptações a trazer esse produto para o mercado coreano
enfrentaria a preferência por alimentos tradicionais e o mercado já estabelecido de
alimentos processados, já que inserir um produto como o bolinho Ana Maria pode ser
considerado um desvio dos tradicionais e pode gerar um estranhamento local, além de
que, os coreanos costumam ser bem tradicionais, e um produto novo que foge desse
tradicionalismo pode ser não bem-visto pela população. Por fim, considerando os fatores,
não seria favorável exportar o bolinho Ana Maria para a Coreia do Sul.

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