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ENSINO

RELIGIOSO
9º ANO
ALINHADO A BNCC
1º SEMESTRE

Fonte: <http://lado-oculto-nova-ordem-
mundial.blogspot.com/2013/12/devemos-andar-no-caminho-antigo-o-
qual.html>

Prof.ª RAFAELA GOMES

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Plano de Ensino 9º ano – 1o Semestre

UNIDADES OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO

(EF09ER01) Analisar princípios e


Crenças religiosas e Imanência e orientações para o cuidado da vida
filosofias de vida transcendência nas diversas tradições religiosas e
filosofias de vida.

Crenças religiosas e EF09ER02) Discutir as diferentes


Imanência e
filosofias de vida transcendência expressões de valorização e de
desrespeito à vida, por meio da análise
de matérias nas diferentes mídias

(EF09ER03) Identificar sentidos do viver


Crenças religiosas e e do morrer em diferentes tradições
filosofias de vida Vida e morte religiosas, através do estudo de mitos
fundantes.

(EF09ER04) Identificar concepções de


Crenças religiosas e vida e morte em diferentes tradições
filosofias de vida Vida e morte religiosas e filosofias de vida, por meio
da análise de diferentes ritos fúnebres.

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CRENÇAS
RELIGIOSAS E
FILOSOFIAS DE
VIDA
IMANÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA

Fonte: <https://www.oholyao-em-queimados-rj.com.br/textos-para-
medita%C3%A7%C3%A3o/voce-tem-valor/>

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CRENÇAS RELIGIOSAS E FILOSOFIAS DE VIDA – IMANÊNCIA
TRANSCÊNDENCIA

(EF09ER01) Analisar princípios e orientações para o cuidado da vida nas


diversas tradições religiosas e filosofias de vida.

Cristianismo

Para o cristão, o corpo foi criado por Deus e reservado para ressurreição
no último dia, por isso é tão importante cuidar da nossa matéria.

Os homens são os únicos seres que possuem corpo e espirito, os animais


só possuem corpo e os anjos somente espirito. Como consta na bíblia “o Senhor
Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito
de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2:7).

Fonte: <https://pt.aleteia.org/2014/02/18/cuidar-da-saude-e-um-dever-cristao/>

Por este motivo, segundo os ensinamentos cristãos, devemos evitar tudo


em excesso e tudo que faça mal à saúde, como drogas, abuso de comida, álcool,
cigarro, uso de remédios sem indicação médica e, até mesmo, o excesso de
velocidade, pois é considerado um risco para si e para os outros. Um dos papéis
da Igreja é nos lembrar que a vida e a saúde são bens preciosos.
A saúde mental também não deve ser deixada de lado, sendo importante
cuidar da mente e procurar ajuda profissional e espiritual quando necessitar. A

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Igreja lembra que o trabalho nos faz muito bem, mas é preciso ter descanso e
se dedicar à família pois, mesmo o dinheiro tendo sua importância, nunca
substituirá o lugar dos familiares e amigos em nossas vidas.

Povos indígenas

Fonte: <http://tyba.com.br/br/registro/cd246_213.jpg/-India-preparando-a-
tapioca,-tambem-conhecida-como-beiju,-extraida-da-fecula-da-mandioca,-
em-tacho-de-barro-e-fogo-de-lenha-durante-o-Kuarup---cerimonia-deste-
ano-em-homenagem-ao-antropologo-Darcy-Ribeiro---Imagem-licenciada-
Released-94---ACRESCIMO-DE-100-SOBRE-O-VALOR-DE-TABELA----
Gaucha-do-Norte---Mato-Grosso---Brasil>

Quando falamos em cuidados com a vida, podemos incluir a alimentação,


que é um dos cuidados fundamentais para ter uma boa saúde.
Os povos indígenas, mesmo sendo distintos em suas diversas etnias,
prezam por uma alimentação basicamente natural e, por consequência, muito
mais saudável para o corpo. Devemos nos lembrar que a modernidade e a
tecnologia ultrapassou os centros urbanos e chegou até às aldeias, modificando
seus costumes e introduzindo novos hábitos em seus cotidianos.
Segundo Aurélio Abreu (1987), em sua essência, a alimentação indígena
é natural, pois os alimentos cultivados são retirados diretamente da natureza,
estando livres de agrotóxicos, conservantes e corantes, que geralmente são
usados nas indústrias alimentícias.

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A atividade física também é comum nestas comunidades que, aliado a
uma alimentação natural, promove uma vida muito mais saudável. É incomum
encontrar casos de obesidade, estresse e depressão nas aldeias,
diferentemente das grandes cidades, onde esses males são encontrados com
facilidade. Na grande maioria das aldeias indígenas os homens caçam e
pescam, enquanto as refeições são preparadas pelas mulheres. Os alimentos
mais consumidos por estes povos são frutas, castanhas, verduras, cereais,
legumes, peixe, raízes e carne de animais como capivara e porco do mato. Já
alguns pratos são típicos da culinária indígena, como a pipoca, a tapioca (massa
feita de mandioca), o pirão (caldo feito de farinha de mandioca e caldo de peixe)
e o beiju (espécie de bolo, feito com massa de farinha de mandioca fina).

Valorização da vida na tradição Umbandista

Fonte: <http://www.girasdeumbanda.com.br/materia/210/a-umbanda.html>

Uma iniciativa importante de cuidado da vida na tradição Umbandista são


os atendimentos psicológicos profissionais oferecidos em alguns terreiros. Estes
plantões oferecem oportunidade de escuta qualificada, acolhimento da queixa e
a possibilidade de reflexões em torno das possibilidades de resolução do conflito
ou de apoio emocional em situações de emergência.

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Os atendimentos recebem o nome de “plantão etnopsicologico”, pois se
destacam pela necessidade de o conselheiro (ou terapeuta) incorporar
elementos da cultura de referência do cliente para poder ouvi-lo com mais
propriedade, trazendo à baila os elementos culturais que constituem o cliente e
sua comunidade. Assim, toda orientação deve partir desse universo de crenças,
saberes e práticas, no qual o cliente está imerso, não podendo o
aconselhamento partir de elementos externos a essa comunidade cultural,
evitando o olhar etnocêntrico por vezes atribuído a quem se coloca "de fora" da
comunidade de referência.
As crenças, os costumes, as divindades e o modo de ser dessa
comunidade são representados nos gestos e nas palavras dos participantes,
sendo tarefa do etnopsicólogo conhecê-los para poder intervir tendo esse
modelo como referência (Macedo, Bairrão, Mestriner, & Mestriner Junior, 2011).
A Umbanda é uma religião que destaca a importância da solidariedade, sendo
esses atendimentos um apoio psicológico significativo para seus participantes.

ATIVIDADE

1) Você valoriza sua vida? Quais os cuidados que você toma com sua saúde?
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2) Analise e explique o significado deste trecho do texto:

“Para os Cristãos, os anjos só têm espírito e os animais apenas têm corpos.


Já o ser humano é uma síntese perfeita e maravilhosa de ambos. A pessoa
humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e
espiritual.”
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3) Qual é o objetivo da iniciativa de atendimento psicológico na umbanda?


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4) Observe a tirinha abaixo e escreva o que você entendeu:


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Fonte: <https://wordsofleisure.com/2013/10/13/tirinha-do-dia-a-
vida-e-feita-de-escolhas/>

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CRENÇAS RELIGIOSAS E FILOSOFIAS DE VIDA – IMANÊNCIA E
TRANSCENDÊNCIA
(EF09ER02) Discutir as diferentes expressões de valorização e de
desrespeito à vida, por meio da análise de matérias nas diferentes mídias.

O Brasil é um país de vários povos e diferentes crenças. A diversidade de


culturas é muito rica no nosso país, o que deveria ser natural e de pacifica
convivência, mas nem sempre é o que acontece, algumas tradições religiosas
ainda sofrem com o desrespeito de algumas pessoas.
Embora alguns indivíduos desrespeitem a religião de outros usando sua
própria religião como justificativa, isto é um grande equívoco. Nenhuma crença
religiosa tem como princípio o desrespeito e preconceito, pelo contrário, todas
as crenças religiosas possuem princípios universais que tem a ética e os
pensamentos do bem coletivo como principal objetivo. Mas o que é preconceito?
E qual a origem deste mal?

Preconceito

Fonte: <https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/preconceito-faz-
mal-a-saude/>

De acordo com Luiz Antonio Guerra (2014), preconceito é um conceito ou


uma opinião previamente concebida. Em outras palavras, trata-se de um juízo

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feito sobre um indivíduo ou grupo social antes de qualquer experiência. O
preconceito age a partir de uma simplificação, estabelecendo categorizações
sociais através da criação de estereótipos. O preconceito funciona com base no
princípio da generalização de todo o grupo alvo de preconceito: cada um dos
seus membros, indistintamente, carrega as marcas estereotipadas que o
estabelecem numa singularidade. Existem vários tipos de preconceito, como o
racismo, que é a intolerância ou discriminação contra a cor da pele ou raça de
algumas pessoas.
Nossa identidade é formada por diversos fatores, tais como nossas
características, o contexto em que estamos inseridos, nossa crença religiosa,
orientação sexual, etnia. É a partir deste conjunto de elementos que definimos a
forma que nós nos vemos e somos vistos. A alteridade, por sua vez, é o convívio
e interação social com o outro e é neste contato que surgem os conflitos como o
preconceito e intolerância.
O preconceito também pode estar ligado à uma crença de superioridade
de uma cultura sobre as outras, além do racismo e preconceito, a intolerância
pode ser disseminado de várias outras formas. O machismo e a homofobia, por
exemplo, podem iniciar de forma muito sutil e, posteriormente, tomar grandes
proporções como violência verbal, perseguição, violência física e até homicídios.
Apesar do Brasil possuir leis que buscam garantir os direitos fundamentais e
criminalizar os atos preconceituosos, os casos continuam a acontecer diária e
mundialmente.
Algumas pessoas têm medo do que é desconhecido e por isso adquirem
uma postura desfavorável contra aquilo que não conhecem. Assim também
acontece com algumas religiões. Porém, uma forma de quebrar o preconceito é
conhecer antes de tirar conclusões, pois o conhecimento proporciona uma
postura respeitosa.
Uma das várias associações que promovem o diálogo inter-religioso,
exaltando o conhecimento sobre diversas crenças e prevenindo o preconceito, é
a ASSINTEC - Associação Inter-Religiosa de Educação, uma entidade civil de
caráter educativo e cultural que promove o Ensino Religioso, o diálogo inter-
religioso e o respeito às diferenças culturais e religiosas. Sua gênese remonta
ao movimento ecumênico de Curitiba e seu surgimento oficial data de 02 de

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janeiro de 1973, quando efetivou-se um convênio com a Secretaria Estadual de
Educação e, mais tarde, com a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba.
Campanha Setembro Amarelo

Fonte: <https://www.sintrajufe.org.br/ultimas-noticias-detalhe/15912/setembro-amarelo-
campanha-aborda-prevencao-ao-suicidio>

A Campanha Internacional Setembro Amarelo tem por objetivo a


prevenção do suicídio, uma epidemia silenciosa que causa 780 mil mortes por
ano, sendo 12mil somente no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Por todo nosso país são organizadas caminhadas e projetos que contam com a
colaboração de profissionais de saúde. Distúrbios psiquiátricos - como a
depressão - e questões como solidão e ausência de espiritualidade são um sinal
de alerta. Algumas situações do dia a dia, como os estímulos negativos das
mídias sociais, também podem influenciar jovens a cometerem atos contra sua
própria integridade.
Um caso famoso conhecido por “onda suicida” ocorreu em 1774, após a
publicação de Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe, posteriormente
outro caso que chama atenção é o do pintor Van Gogh, que suicidou-se em 1890.
Depois de analises descobriu-se que o pintor não tinha vínculos interpessoais e
fazia uso de remédios descontroladamente para os distúrbios de epilepsia e
bipolaridade, o que pode ter contribuído para a piora de sua saúde. Infelizmente
naquela época não haviam iniciativas de valorização da vida e tão pouco
notaram os traços de seu estado nas suas pinturas, como seu famoso quadro
com a orelha direita automutilada.

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ATIVIDADE

1) Responda as questões abaixo:

a) Cite uma atitude que pode ser considerada de valorização da vida.


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b) Cite uma atitude que pode ser considerada de desvalorização da vida.


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c) O que é preconceito?
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d) Você concorda com a tirinha abaixo? Explique.


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Fonte: <https://sortimento.wordpress.com/2014/07/22/tirinhas-armandinho-e-o-preconceito/>

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e) De acordo com o texto, o pintor Van Gogh teria se suicidado em 1890.
Infelizmente naquela época não existiam ferramentas que pudessem ser
usadas na prevenção do suicídio, nem campanhas de valorização da vida
como o Setembro Amarelo.
Vamos imaginar que Van Gogh pudesse viver nos dias de hoje e,
encantado com o mundo atual, teria muita alegria e vontade de viver.
Como seria seu autorretrato?
Inspirados na sua pintura, vamos recriar o quadro de Van Gogh, mas
desta vez refletindo o estado de espirito que imaginamos para ele:
alegria.

Fonte:
<https://casavogue.globo.com/LazerCultura/Arte/noticia
/2020/01/famoso-autorretrato-de-van-gogh-e-original-
confirmam-especialistas.html>

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CRENÇAS
RELIGIOSAS E
FILOSOFIAS DE
VIDA
VIDA E MORTE

Fonte: <http://www.nabiroskinha.com/2011/09/blogagem-coletiva-fases-
da-vida-morte.html>

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CRENÇAS RELIGIOSAS E FILOSOFIAS DE VIDA – VIDA E MORTE
(EF09ER03) Identificar sentidos do viver e do morrer em diferentes
tradições religiosas, através do estudo de mitos fundantes.

Mitos de origem

Fonte: <http://www.pinheirinho.net/2017/09/23-de-setembro-mundo-deve-acabar-na.html>

Os mitos de origem são histórias simbólicas que narram acontecimentos


de um passado distante, eles dão sentido à vida no presente, pois explicam como
o mundo e todos os seres passaram a existir. Os mitos se relacionam com a vida
social, a religiosidade, o modo de pensar de cada povo. Eles expressam
maneiras diferentes de compreender o surgimento do Universo, da Vida, da
Humanidade e do Planeta onde vivemos. Os mitos fazem parte da cultura e da
religião de todos os povos. Desde os tempos mais remotos, os mitos são
certamente, o primeiro recurso de linguagem simbólica utilizado pelos seres
humanos com o propósito de explicar a realidade. Trata-se de uma linguagem
poética e intuitiva que transcende a lógica racional. Os mitos de origem são uma
tentativa de explicar por meio de metáforas o surgimento de todas as coisas.
(Equipe pedagógica da ASSINTEC).

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Igreja Presbiteriana do Brasil

Fonte: <http://sermais.blogspot.com/2013/04/os-dias-da-criacao.html>

A Igreja Presbiteriana do Brasil ensina para as crianças que o mundo foi


um ato de criação de Deus conforme a narrativa que encontramos no livro de
Gênesis na Bíblia. Deus, no princípio, criou os céus e a terra e, em uma
sequência de atos criativos, Deus separou a luz das trevas, separou a água da
terra, formou os peixes, os animais terrestres, as plantas e no final o homem.
Para o seu ato criativo, Deus utilizou apenas a sua palavra. Essa narrativa
simples da criação do mundo não é escrita de modo a querer explicar a criação
do mundo, mas apenas anunciar que Deus é criador. A narrativa é escrita em
forma de poesia e para cada ato de criação é seguido de uma exclamação em
que se declara que a criação é bela. Juntamente com a narrativa da origem do
mundo ensinamos a importância de se cuidar da criação divina, pois também na
narrativa das origens encontramos o da criação do primeiro casal humano: Adão
e Eva, que são designados para cuidar do belo jardim criado por Deus.
Assim os presbiterianos são ensinados a admirar o mundo como símbolo
da presença criadora de Deus e ensinam a ter responsabilidade com a natureza
e também com todo ser vivente, de acordo com Agemir de Carvalho Dias, pastor
da Igreja Presbiteriana Parque Iguaçu em Curitiba.

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Tradições Religiosas Afro-brasileiras

Fonte:
<https://www.horoscopovirtual.com.br/
artigos/a-criacao-do-mundo-segundo-
a-umbanda>

No contexto das tradições religiosas de matriz africana, o mito é revivido


e atualizado mediante o rito. Existem diferentes narrativas míticas para explicar
a origem do mundo e da vida. Entre essas narrativas encontra-se a esta sobre
Olorum:

Olorum era uma massa infinita de ar. Um dia, como por encanto,
lentamente, começou a respirar, e uma parte desta massa de ar
transformou-se em ar, dando origem a Orixalá. O ar e a água
continuavam a se mover, como uma dança; e eles mesmos
foram se misturando, se misturando e uma parte deles, juntos e
misturados, deu origem à lama. Dessa lama surgiu uma bolha
avermelhada. Olorum maravilhou-se com essa bolha e soprou
sobre ela o seu hálito Emi e deu-lhe vida. Essa forma, em
permanente expansão e movimento, foi a primeira dotada de
existência individual. Era um rochedo avermelhado de laterita:
EXU. Nossa existência é inaugurada pelo sopro do hálito Emi ou
do ar divino Ofurufu, produzindo a vida de tudo o que existe
neste mundo visível Àiyé e neste espaço único, massa infinita,
sem local determinado, sem começo nem fim, mundo invisível,
real e vivo Òrun (SIMÕES – ASSINTEC).

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ATIVIDADE

1) Para você, como o mundo foi criado?


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2) A igreja Presbiteriana do Brasil utiliza o mito de origem que está descrito na


Bíblia. Observe este trecho do texto: “Juntamente com a narrativa da origem
do mundo ensinamos a importância de se cuidar da criação divina”.
Entende-se que Deus criou o mundo e todas as coisas, e seres vivos e
deixou o homem para cuidar de toda sua criação. Será que o homem tem
cuidado bem do mundo e de toda criação de Deus? Explique.
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3) Abaixo temos algumas atitudes erradas que o homem tem perante o planeta
Terra. Para cada uma, escreva sua opinião e como deveria ser.

a. O homem não cuida dos animais, mata as espécies por diversão,


causando a extinção da fauna.
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b. O homem compra compulsivamente e assim produz muito lixo,


reciclando muito pouco.
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c. O homem desperdiça água com banhos demorados e atividades que


poderiam ser feitas com água reaproveitada.
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4) Nas tradições religiosas de matriz africana, nossa existência é inaugurada
pelo sopro do hálito, Emi, ou do ar divino, Ofurufu. Inspirando-se no sopro da
vida das tradições religiosas africanas, vamos fazer uma brincadeira com
sopro.

Separe uma tira de papel e dobre como uma sanfona como na foto.

Fonte:
<https://www.tempojunto.com/2018/0
8/27/um-brinquedo-de-papel-que-e-
rapido-de-fazer-e-tem-varias-
utilidades/>

Faça uma carinha

Fonte:
<https://www.tempojunto.com/2018/0
8/27/um-brinquedo-de-papel-que-e-
rapido-de-fazer-e-tem-varias-
utilidades/>

Agora com um canudinho é só assoprar e começar a corrida!

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Fonte:
<https://www.tempojunto.com/201
8/08/27/um-brinquedo-de-papel-
que-e-rapido-de-fazer-e-tem-
varias-utilidades/>

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CRENÇAS RELIGIOSAS E FILOSOFIAS DE VIDA – VIDA E MORTE
(EF09ER04) Identificar concepções de vida e morte em diferentes
tradições religiosas e filosofias de vida, por meio da análise de diferentes
ritos fúnebres.

Nossa vida e morte podem ser interpretadas de maneiras distintas. Esta


interpretação depende de cada pessoa, do jeito com que cada um compreende
o viver e o morrer e tem ligação com a sociedade em que está inserido e com
sua crença religiosa. Assim também são os rituais fúnebres (velórios e outros)
que acompanham este momento, de acordo com as concepções de cada
religião.
Acompanhe abaixo um trecho das entrevistas sobre O significado da
Morte e o Processo de Luto, da psicóloga especialista em perdas e lutos, Nazaré
Jacobucci, com os representantes de diferentes religiões.

Umbanda

Fonte: <https://www.todamateria.com.br/umbanda/>

As perguntas abaixo foram respondidas pela Sacerdote de Umbanda


Dinan Dhom Pimentel Sátyro, dirigente do Centro de Umbanda.

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Como os umbandistas compreendem a morte? Qual o seu
significado?

Entendemos a morte como um retorno do espírito à pátria espiritual.


Significa que nossa missão nesta encarnação se encerrou.

O funeral umbandista é dividido em duas partes. Quais são?

A Umbanda tem o seu ritual próprio de funeral, que muda de um terreiro


para outro. De forma geral, há a purificação do corpo com incenso, água sagrada
e óleos. O corpo do desencarnado é ungido com óleos apropriados para que se
crie uma aura positiva protegendo-o, e na urna funerária são traçados símbolos
mágicos de proteção espiritual.
Antes do enterro ou cremação, o sacerdote pronuncia algumas palavras
de conforto a todos os que estão no velório, e também sobre as virtudes do
umbandista desencarnado. Após o túmulo ser coberto de terra e as flores serem
depositadas sobre ele o sacerdote ministrante deve cerca-la com pemba ralada
criando um círculo protetor a sua volta, e deve acender quatro velas brancas,
uma acima da cabeça, um abaixo dos pés, uma do lado direito e outra do lado
esquerdo formando uma cruz.

Os adeptos da Umbanda podem ser cremados?

O desencarnado umbandista pode ser cremado ou enterrado, pois seu


verdadeiro ser, o espírito, não mais habita aquele corpo de carne.

Dentre os rituais ligados à morte o que os familiares fazem com os


pertences da pessoa que morreu?

Os elementos que o umbandista usou em vida durante os rituais


religiosos, como as suas guias, podem ser depositadas junto ao seu corpo no
caixão ou depositados em outro local, conforme orientação do sacerdote
responsável pelo terreiro que ele frequentava.

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Como é vivenciado o processo de luto pelos familiares e amigos?

O luto dos familiares e amigos é o mesmo que o de qualquer outra religião,


com dor pela perda, porém sem revolta, lembrando que o espírito é imortal e que
assim como nosso Criador Olorum, nunca tivemos início e nunca teremos fim. E
nos reencontraremos na pátria espiritual, ou em alguma outra reencarnação

Espiritismo

Segundo Nazaré Jacobucci (2016), para os espiritas somos almas


imortais que buscam a cada reencarnação evolução. Aqueles que se amam
verdadeiramente voltam a se encontrar no mundo espiritual ou físico, apesar de
outro corpo a sua essência nunca muda.

Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=eEoEHHcCb9E>

As perguntas abaixo foram respondidas por: Claudia Mandato Gelernter,


psicóloga, espírita, tanatóloga e docente na Pós-Graduação de Pedagogia
Espírita com ênfase em Educação para a Morte e Terapeuta Pedagógica.

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Como os espíritas compreendem a morte? Qual o seu significado?

O Espiritismo traz uma mensagem capaz de amenizar as angústias


relacionadas à morte, uma vez que encontramos em seus preceitos básicos a
informação de que todos somos almas imortais, reencarnantes neste planeta,
com o propósito de evolução individual e coletiva. Ademais, através de sua
ciência e filosofia, traz evidências robustas de que aqueles que se amam tornam
a se encontrar, seja no mundo espiritual ou mesmo no físico, em novas
experiências no corpo. Desta forma, a morte nada mais é que a finalização de
mais um ciclo, uma passagem para outro estado, outra dimensão. A alma
continua viva, mas livre, mantendo sua identidade, dando continuidade ao seu
processo de aprendizagem, em constante relação com outros seres.
Entretanto, devemos levar em conta que mesmo os Espíritas são
herdeiros de uma cultura de negação da morte, no Ocidente, e muitos, embora
consolados por estas informações, não lidam de forma apropriada com o tema
em questão, deixando de dialogar a respeito nas mais variadas oportunidades,
ou mesmo sem ter recursos apropriados para darem conta das inúmeras
demandas que surgem durante o próprio processo de morrer ou o de pessoas
significativas.

Os adeptos do Espiritismo podem ser cremados?

Sim. Apenas pede-se que, para isso, respeite-se um tempo mínimo de 72


horas. No momento da morte nem sempre todos os laços que prendem a alma
ao corpo já estão desfeitos, sendo por vezes preciso algum tempo para este
processo ser finalizado.

Dentre os rituais ligados à morte o que os familiares fazem com os


pertences da pessoa que morreu?

Se são pessoas espiritualmente maduras, doam tais pertences, após


algum tempo do desencarne. Nem todos os que partem deste mundo estão bem
preparados para a morte do corpo. Muitos se prendem demasiadamente às

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coisas materiais. Desta maneira, sempre é interessante que se aguarde algum
tempo antes de se doar os pertences daquele que partiu.

Como é vivenciado o processo de luto pelos familiares e amigos?

Embora com maiores chances de se sentirem consolados pelos preceitos


da Doutrina que abraçam, neste difícil momento, os Espíritas tendem a elaborar
seus lutos junto aos amigos e familiares de forma parecida com a dos seguidores
de outras religiões cristãs: os lamentos e conversas giram em torno do evento,
do morto, as saudades são sentidas, os resultados discutidos, até que a vida
finalmente volta ao normal, com as atividades de cotidiano sendo retomadas.

Judaísmo

Fonte: <https://pt.slideshare.net/SuelenEdinger/judasmo-51867662>

As perguntas abaixo foram respondidas pelo Rabino Pablo Berman.

Quais são os rituais judaicos durante o sepultamento?

O primeiro é a Tahara, a purificação do corpo através da água e logo o


corpo da pessoa é vestido com roupas brancas denominadas “tachrichim”.
Todos são vestidos com as mesmas roupas brancas que representam a pureza
e igualdade.

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Por que os familiares enlutados rasgam as próprias roupas antes do
funeral?

Rasgar as roupas chama-se “kria” é um antigo e tradicional sinal de luto,


entre os judeus, que remonta a tempos bíblicos, e realizamos a kria como uma
expressão de dor que sentimos pela perda de um ente querido, por isso
rasgamos as roupas para deixar à vista a dor que sentimos no coração. O
primeiro registro desse costume encontra-se no livro de Gênesis, quando o
patriarca Yaacov rasgou suas roupas ao saber que seu filho José tinha morrido.
Simboliza o início da consciência do processo de luto.

Por que os Judeus têm o costume de colocar uma pedrinha em cima


da lápide dos túmulos?

A pedra é eterna como a alma. O costume de colocar flores não é tão


comum no judaísmo. Somos pó como a pedra e voltamos ao pó assim como diz
Deus a Adão no texto de Gênesis. A pedra também indica que nunca vamos
esquecer nosso ser querido.
A morte de um ente querido é um momento delicado, é normal ter
sentimentos misturados e turbulentos, lembranças afetivas e episódios de
tristeza, isso necessariamente não significa algo ruim, mas sim um testemunho
que o sentimento que temos não foi esquecido. Os ritos fúnebres servem para
confortar a família, e trazer sentido à vida e morte.
No Brasil o dia 02 de novembro é um feriado nacional, o Dia de Finados
(dia que se lembra dos entes falecidos). Neste dia os católicos costumam
visitar os cemitérios, limpar os túmulos, levar flores, acender velas e fazer
orações para seus familiares falecidos.

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ATIVIDADE

1) Como costuma ser o dia 02 de novembro para os católicos brasileiros?


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2) Como os umbandistas compreendem a morte? Qual o seu significado?


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3) Porque os adeptos do Espiritismo precisam respeitar um tempo mínimo de


72 horas antes de cremar um falecido?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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4) Observe as imagens e ligue ao nome da cultura religiosa a que ela pertence:

JUDAÍSMO

INCENSO: De forma geral, há a


purificação do corpo com incenso,
água sagrada e óleos.

ESPIRITÍSMO
CREMATÓRIO: A cremação é
permitida, porém, pede-se que se
respeite um tempo mínimo de 72
horas.

UMBAND
VESTE BRANCA: o corpo da
pessoa é vestido com roupas
brancas denominadas “tachrichim”.

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Referência Bibliográfica

ABREU, Aurélio M.G. Manifestações artísticas e culturais dos índios do Brasil.


São Paulo: Editora Traco, 1987.

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Testamentos. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica
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