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Roteiro de leitura
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SABERES
LETRAS
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A CAIXA
Título: A Caixa
Autor e ilustrador: Jótah
Formato: 20,5 x 27,5
Páginas: 32
Gênero: narrativa por imagens
Temas: imaginação, criatividade, brinquedos, meio
ambiente, emoções, sentimentos, espaços físicos,
números, proporções, corpo, cores, formas, fundo
do mar, o espaço
Categoria de inscrição: Creche II (1 anos e 7 meses
a 3 anos e 11 meses)

SOBRE O AUTOR E ILUSTRADOR


Jótah é cartunista, roteirista, autor e ilustrador de obras des-
tinadas às crianças. Tem parcerias em diversas obras de
renomados autores brasileiros, como Ana Maria Machado,
Tatiana Belinky, Silvia Orthof, além de ilustrar vários clás-
sicos mundiais, como A Ilha do Tesouro, de Robert Louis
Stevenson, e Os Miseráveis, de Victor Hugo. Participou de
importantes trabalhos no cinema e na TV, como “Castelo
Rá-tim-bum”, exibido pela TV Cultura.

UM POUCO SOBRE A OBRA E SEU CONTEXTO


Este livro traz uma história repleta de brincadeiras e fantasia. Através de uma
narrativa visual, Jótah convida o leitor a se conectar com o que há de mais en-
cantador na infância: a capacidade de criação e imaginação.
Esta é a história de uma menina e uma caixa de brinquedos. Boneca, bola,
urso de pelúcia, lápis coloridos e muitas outras coisas – tudo que a sua imagi-
nação permitir podem estar nessa caixa. Juntamente com a personagem, o leitor
vai participar de muitas aventuras: fará uma viagem ao espaço, mergulhará no
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fundo do mar e visitará uma ilha; encontrará um sapo, um extraterrestre e até um


peixe gigante!
A narrativa visual da obra poderá proporcionar uma rica experiência com
as crianças durante o processo de leitura, repleta de brincadeiras, movimentos,
descobertas, sons e boas risadas. Essa forma de transmitir uma história é muito
significativa para o processo de formação de leitores em fase de preparação
e formação para a alfabetização, seja na escola, seja na família, acolhendo as
sugestões e orientações da literacia familiar – o processo de ler e viver a leitura
em família.

POR QUE LER ESTE LIVRO?


Existe uma tendência do texto verbal a induzir construções de sentidos,
que, por vezes, pode conduzir o leitor no momento da leitura. Já em obras que
possuem somente a narrativa visual, como esta, a criança poderá acessar todos
os “espaços” oferecidos pelo autor, provocados pela sequência e ritmo das
imagens e cores. As crianças pequenas, não alfabetizadas, com o perfil a que
se refere este projeto, possuem uma capacidade de olhar para a obra de forma
muito mais genuína, enquanto as que já conseguem ir além das imagens, em
alguns casos, recorrem ao texto para construir sentidos a respeito da história.
As “incertezas” oferecidas pelo livro-imagem abrem espaços para o leitor
apoiar-se em atitudes indagadoras, no melhor sentido. Em crianças da primei-
ríssima infância (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses), ele proporciona uma
leitura caracterizada pela ausência de “preconceitos” com a imagem. As crianças
são curiosas e não sentem receio de fazer perguntas sobre o que estão vendo. E
é nesse lugar de interlocução com a obra, com o mediador e com seu repertório
que a criança busca conexões para a compreensão da história.
Sabe-se que crianças dessa faixa etária são completamente sensoriais e cor-
porais. Logo, fazer a leitura de um livro tão rico em liberdade de “imaginar” provo-
cará reações de leituras que vão muito além do olhar. As crianças
vão se reconhecer nos movimentos e brincadeiras da per-
sonagem. A leitura deste livro possibilita vivências lú-
dicas, sensoriais e emocionais muito positivas, em
especial, na primeira infância. É interessante como
se lê não só com as palavras e imagens, mas
também com a respiração e com todo o corpo.
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O brincar livre com objetos, em especial com caixas de papelão, como su-
gerido no livro, certamente irá proporcionar experiências envolvendo criatividade
e movimento. A obra favorece a conexão da criança com a liberdade, o ritmo, os
objetos comuns de seu cotidiano. Ao identificar-se com a personagem, irá per-
ceber o quanto pode se divertir com os brinquedos produzidos por ela mesma.
Além dessa riqueza estética, a narrativa aborda, de forma lúdica, temas
importantes, como imaginação, fantasia, brinquedos, brincadeiras, infância, bem
como conteúdos que estão sempre circulando em eixos da Educação Infantil,
como animais, cores, proporções e tamanhos, natureza, meio ambiente e tan-
tos outros.
Os momentos de leitura em família são riquíssimos em todos os sentidos,
tanto na construção e formação leitora da criança quanto nos aspectos emocio-
nais e afetivos. Logo, a obra será importantíssima para a literacia familiar, possibi-
litando às famílias momentos de trocas, de acolhimento e brincadeiras inspiradas
na narrativa visual de Jótah.
O corpo, as expressões, as reações dos colegas, a representação das emoções
através de um objeto ou ação também são importantes, já que nessa fase a escuta
do mediador é um dos pontos fundamentais da relação entre crianças e adultos.
Acreditamos, assim, que, em comunhão com a literacia familiar e a numera-
cia, os aprendizados e desenvolvimentos esperados para essa faixa etária serão
certamente alcançados, conforme indicado na Base Nacional Comum Curricular.
Compartilhamos aqui algumas sugestões para que
possam ser potencializados ainda mais esses momentos
de leituras.
Vale destacar que a decisão sobre como ler e
prosseguir com as crianças estará muito relacio-
nada ao conhecimento que se tem de cada
criança e/ou de cada grupo.
Essa narrativa abrange variados
campos de experiências da BNCC para
educação infantil (1 ano e sete meses
a 3 anos e 11 meses). As atividades
sugeridas terão por base o brincar e
as conversas com o mediador/edu-
cador e com a família.
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PREPARANDO A LEITURA
Escuta, fala, pensamento e imaginação
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, ex-
pressando seus desejos, necessidades, sentimentos
e opiniões.
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a lei-
tura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acom-
panhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para
baixo, da esquerda para a direita).
A obra oferece possibilidades de entrar em contato com as linguagens oral,
escrita e visual através das leituras, em especial para crianças desta faixa etária
(1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses), além de potencializar as condições
para a alfabetização e outros aprendizados futuros.
A sensibilização com as crianças, antes do início da leitura, é algo muito
positivo. Sugere-se organizar as crianças de forma que tenham boa visão da
turma e do professor, para que conversem a respeito de elementos que serão
abordados na narrativa.
Antes mesmo de ler o título, o professor poderá, a partir das imagens da
capa e contracapa, provocar diálogos com as crianças sobre o que irá tratar esta
história. Como poderia chamar-se esta história? Conhecem alguns dos objetos
ilustrados na capa? Em que lugar costumam se deparar com eles? Quem está
dentro da caixa?
Propor hipóteses com as crianças, antes de adentrar a história, e até mesmo
durante, é uma ação interessantíssima, levando-se em conta os comportamentos
leitores, como fazer inferências de algo explícito ou implícito.
O professor poderá criar situações em que as crianças possam vivenciar
uma brincadeira com caixas de papelão e vários objetos. Esse poderá ser um
momento interessante para o professor observar as variadas formas de criação
de cada criança. Essas informações poderão ser resgatadas após a leitura, em
outras atividades e conversas.
Seguindo para o momento de apresentar o livro, a sugestão é que as crian-
ças sejam organizadas de forma que possam ver o professor e os colegas e se
sintam acomodadas e acolhidas.
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Antes de dialogar sobre possibilidades de conversas e atividades com as


crianças, vale relembrar a importância de ler a obra, preferencialmente mais de
uma vez, para perceber pontos de identificação – como você, leitor, e a obra
se relacionam.
Buscar informações sobre o autor/ilustrador e explorar os textos no livro
certamente o apoiarão no processo de apresentação da obra para as crianças.
Escolha como apresentar o livro. Poderá ser explorando inicialmente a capa
e a contracapa, ou o título, as ilustrações, as cores. Considere o que é realmente
relevante no livro para que a apresentação não se torne mecanizada. Provocar
algumas hipóteses, partindo dos elementos da capa e contracapa, proporcionará
“matéria-prima” a ser resgatada nas conversas futuras sobre a obra.

O MOMENTO DA LEITURA
A forma “livre” desta história propicia
situações que possibilitam a participação
ativa dos leitores no seu desenrolar. É bem
possível que, no momento da leitura, apa-
reçam, no grupo de crianças, falas sobre
os desenhos, em especial quando reco-
nhecerem algum objeto/brinquedo, ou até
mesmo sobre assuntos aleatórios. É muito importante acolher esses diálogos. Um
dos pontos mais ricos de uma mediação de leitura coletiva é a escuta, valorizan-
do o protagonismo da criança e proporcionando situações em que ela perceba
o quanto suas falas e ações são relevantes e contribuem para a construção do
sentido da obra.
Prepare sempre com antecedência o momento da leitura. Se for possível,
leve as crianças para um ambiente diferente do habitual, assim poderá potencia-
lizar ainda mais esse encontro.
É muito comum as crianças fazerem comentários no momento da leitura do
livro, pois frequentemente elas não conseguem aguardar o término para falar. Es-
sas falas são importantes para o processo de construção dos sentidos a respeito
da narrativa. O professor poderá organizar as pausas da forma que acreditar ser
mais potente para o momento, mas será de suma importância recuperar as falas
das crianças quando a leitura for encerrada.
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Retome a observação da capa e contra-


capa para iniciar a leitura. Siga oferecendo es-
paço e tempo para que as crianças possam
perceber os detalhes das imagens. Em especial,
nesta obra, elas têm um papel fundamental na
narrativa da história.
O professor pode ter dúvidas durante a leitura de um
livro sem texto. Como ler? As crianças podem, cada uma, fazer a sua
leitura enquanto o professor folheia as páginas em silêncio, ou ele mesmo pode
narrar aquilo que está lendo.
Se quiser que cada leitor faça as suas construções de sentido, pelo menos,
a princípio, a sugestão é que o professor/mediador apresente a obra para as
crianças somente folheando as páginas, dando tempo e espaço para que pos-
sam fazer as próprias leituras, sejam corporais, sensoriais, sejam da forma que
desejarem e se sentirem convidadas. Muitas, certamente, verbalizarão pontos
comuns e outras, não.

A PARTIR DA LEITURA
Escuta, fala, pensamento e imaginação
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e
outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orien-
tação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para
a direita).
(EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou
temas sugeridos.
Dentro dos campos de experiências, a Base Nacional Comum Curricular traz
a necessidade de se trabalhar a escuta, a fala, o pensamento, a imaginação e os
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento apontados acima.
Para que sejam alcançados tais objetivos, preparar o momento de pós-lei-
tura é muito importante. Considerar alguns aspectos, como a organização do
grupo, com todos sentados próximos ao professor, de forma a verem o livro e
perceberem detalhes das imagens, ajudará na compreensão das histórias e, as-
sim, deixará mais fluente o diálogo coletivo sobre suas impressões.
A contemplação das imagens, da obra como um todo e até mesmo das ex-
pressões dos colegas é fundamental para o desenvolvimento do olhar da criança
e da formação do leitor.
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Vale destacar a potência de conversas como essas para provocar olhares


críticos e construções de sentido nas crianças desde pequenas.
Em um segundo momento, o professor poderá refazer a leitura buscando
diálogos entre o grupo, de forma que cada um possa expressar o que está “len-
do” nas imagens e, assim, seguir construindo a leitura coletiva.
O mediador poderá, então, enfatizar o ponto que chamamos de “chave de
acesso”, ou seja, pistas, elementos, imagens que provocarão diversas reflexões.
No caso desta história, é possível levantar questionamentos sobre o que a
personagem estava fazendo com a caixa e o que representa a lâmpada logo
acima da cabeça dela, nas páginas 8 e 18. O que ela está tirando de dentro da
caixa? Por quê? Para quê? O que acontece quando ela entra dentro da caixa?
Como ela sai da caixa? O que acontece quando o balão estoura? Como fica
seu rosto? Ela demonstra algum tipo de emoção? Ela fica feliz em encontrar
um sapo? Como podemos perceber o que a menina estava sentindo? Parece
que ela leva um susto? O que provoca esse susto? Em qual parte da história
ela parece feliz com a aventura que está vivenciando? Para onde ela vai com o
foguete? E o barco? O que acontece quando ela tem uma nova ideia, entra na
caixa, e usa tesoura e cola? Assim, o professor/mediador poderá seguir con-
versando com as crianças a respeito desta aventura.
É importantíssimo que as crianças também façam perguntas e que o profes-
sor as acolha, para que elas se sintam seguras durante o processo. Em muitos
casos, falas de algumas crianças poderão apoiar as construções de outras, que
ainda não conseguiram alcançar sentidos com relação à obra.
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Existe a possibilidade de o professor propor atividades inspiradas em cada


página lida. Vamos sugerir algumas, mas lembramos que muitas vezes os plane-
jamentos são “vivos”, dinâmicos, porque as crianças conduzem, através de suas
falas, interesses e expressões. Ter uma escuta atenta ao que elas expressam é
muito valioso.
Após a leitura, é indicado deixar as crianças folhearem o livro, fazendo leituras
individuais, respeitando seu tempo. Tempo de contemplar, maturar os sentidos.
Se possível, como sugere a literacia familiar, peça que levem o livro para
casa, para que possam ler com a família, pois isso auxiliará ainda mais no pro-
cesso da formação do leitor, que sabemos ser feito através dos pilares: criança,
família, escola e livro.
É imprescindível, caso o livro seja levado para casa, acolher as impressões
e relatos das crianças a respeito de como foi a leitura em família. Assim, teremos
crianças protagonistas nessas relações.
Na escola, a ponte entre livro e criança é feita pelo professor e pelos colegas
do grupo. É o que se espera do mediador: mediar essa relação que poderá ser
feita de variadas formas, como, por exemplo, conversas e algumas atividades.
Valorize muito as conversas. Acreditamos que tais relações irão favorecer muito
a construção e o amadurecimento do leitor, em especial as crianças dessa faixa
etária, que estão em processo constante de preparação para a alfabetização.
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Corpo, gestos e movimentos


(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adqui-
rindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho,
peso, cor, forma etc.).

Traços, sons, cores e formas


(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação
(argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, for-
mas e volumes, ao criar objetos tridimensionais.
Realizar movimentos físicos e desenvolver habilidades manuais com crian-
ças pequenas é de suma importância, pois, quando elas conseguem controlar
seus movimentos e manipular materiais de diferentes tipos, tamanhos e pesos,
começam a se sentir mais seguras e logo aceitam e buscam atividades que
apresentem mais desafios com relação ao seu desenvolvimento físico, motor
e emocional.
O professor poderá propor atividades em que as crianças explorem caixas
de tamanhos, formas e texturas variados, permitindo que elas possam criar di-
versas atividades e brinquedos com e a partir delas.
Também podem ser oferecidos outros objetos – alguns grandes, outros
pequenos (não necessariamente brinquedos) – para que elas possam testar se
cabem nas caixas, quanto espaço sobra e outras relações possíveis.
Atividades aparentemente “livres” como essas, dirigidas por uma boa media-
ção, proporcionam à criança experiências bastante enriquecedoras.
Outra possibilidade interessante é estimular construções a partir das caixas.
Podem construir juntos uma maquete da escola, uma casa, um bairro, apenas
usando caixas variadas. Em sintonia com alguns conteúdos pedagógicos que
compõem o currículo da Educação Infantil, o professor poderá propor atividades
sensoriais a fim de que as crianças possam viver experiências diversas.
Atividades com elementos naturais, como folhas, gravetos, tintas naturais,
areia, podem e devem ser usadas nas possíveis construções. Em momentos
como esses, o professor/mediador poderá explorar a riqueza do imaginário,
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como a personagem fez no livro, o quanto se criou a partir dos brinquedos e


objetos tirados da caixa e até mesmo construções feitas a partir dela.
As crianças dessa faixa etária aprendem a aprimorar habilidades sensoriais e
adequar seus movimentos às suas intenções à medida que exploram situações
através de suas experiências e descobertas. Nesse contexto, é importante pro-
por, coletiva e individualmente, atividades em que elas possam experimentar e
testar diferentes formas, explorando as vivências sensoriais e motoras.
Realize com as crianças atividades de circuitos, nos quais elas poderão vi-
venciar distâncias entre vários pontos ou o movimento de passar por dentro e
por fora, por exemplo. O professor poderá criar, juntamente com as crianças, os
desafios usando caixas e outros objetos.
Explore, inspirado na história, uma viagem ao espaço com uma nave con-
feccionada pelas crianças. Poderão também viajar para o fundo do mar, cons-
truindo um submarino e pesquisando os animais que ali habitam.
Meios de transporte também poderão ser abordados, sendo disparados
através da referência do barco e do navio citados na história.
Proponha às crianças uma brincadeira de esconder objetos de tamanhos
distintos em variados espaços da escola. Além de brincar de esconder, algo que
apreciam muito nesta idade, elas poderão refletir naturalmente a respeito das va-
riadas proporções de tamanhos e texturas, aprimorando o repertório de cada uma.
Fazer uso da ludicidade com as crianças pressupõe que o progresso do
repertório aconteça de forma natural. O brincar e a fantasia estão evidentes em
todo o percurso da narrativa.
É sabido que a exploração e experimentação sensorial, corporal e ima-
ginativa fazem parte do universo da infância. Acreditamos que, inspirado por
este livro, o professor poderá explorar os cinco sentidos do corpo humano de
forma lúdica e natural, com movimentos, noções de espaços, domínio do cor-
po, reações provocadas por estímulos corporais, ritmos, sons, cores, tamanhos,
quantidades, amizade, animais, meios de transporte, cores, identidade, livros
e literatura, imaginário, família e tantas outras possibilidades que as próprias
crianças poderão sugerir.
A leitura de uma narrativa visual, como esta, possibilita ao leitor, em especial
nessa faixa etária, uma leitura praticamente corporal. Observe sempre o lugar
do corpo nos modos de ler. Qual o lugar do poético, trazido pelas imagens de
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Jótah, em relação à obra e à criança? Certamente, as crianças lerão esta obra


brincando. A todo momento, o autor convida o leitor à ludicidade e à fantasia.
Sendo assim, o tempo para uma leitura estética desta obra fará com que as
crianças vivam experiências ímpares ao se depararem com as imagens.
Aproveitem!
Boa leitura!

SABERES
LETRAS
Direção-geral: Flávia Reginatto
Editora responsável: Andréia Schweitzer
Assistente de edição: Fabíola Medeiros
Texto: Ana Paula Lopes Leme
Revisão: Equipe Saberes e Letras
Gerente de produção: Felício Calegaro Neto
Produção de arte: Tiago Filu

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