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INSTRUMENTO TÉCNICO
Heloisa Bueno Rodrigues1
Resumo: O que são projetos culturais? O que eles revelam, movem ou põem em jogo?
Que atitudes podemos ter para com estes? Sabemos que o tema é amplo, com muitas
entradas e vias, algumas excessivamente técnicas, voltadas para uma maior eficácia
produtiva, outras mais contextuais, relacionais, de ordem mais sociológica ou
antropológica, e de fato, o projeto cultural, caminha entre esses termos. Reconhecemos
também, que diante deste tema tão central e vasto, não poderíamos querer esgotar suas
possibilidades. A tarefa a que nos propomos é outra. Não trazemos aqui, “receitas de
bolo”, mas procuramos defrontar os agentes e produtores com a pergunta que a prática
nos leva a deixar de fazer: afinal, o que pode um projeto cultural? Pergunta sempre
aberta que nos retira da obviedade do projeto e que por isso mesmo, não aceita resposta
conclusiva.
1
Bacharel em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense. Desenvolve
consultorias na área de projeto cultural, envolvendo as fases de pesquisa, adequação a realidade
social, gestão e administração de projetos. E-mail: prod_helobueno@yahoo.com.br
Força e sentido da palavra projeto
2
Projeto tem sua origem em projectus e este em projicaere, um verbo latino que quer dizer lançar para a
frente.(Cf. GANDOUR, Fabio L. Artigo: Por que chamamos qualquer coisa de projeto. Disponível em:
<http://info.abril.com.br/corporate/aplicacoes-de-gestao/por-que-chamamos-qualquer-coisa-de-
projeto.shtml>. Acesso em: junho de 2010)
3
Filósofo alemão autor de O Princípio Esperança, traduzido para o português por Nelio Schneider e
publicado em 2005 por Contraponto Editora.
4
Como se verifica no trabalho de Maria de Fátima Tardin Costa, “A Utopia na Perspectiva de Ernst
Bloch”. Diz a pesquisadora: “Bloch destaca uma diferença fundamental entre sonhos diurnos e sonhos
noturnos: ‘o sonho noturno é a realização secreta de desejos antigos e circula no campo do reprimido e
esquecido, já os sonhos diurnos são antecipadores do realmente possível, proativos na satisfação de
desejos e alterações de necessidades futuras e circulam naquilo que “nunca havia sido experimentado
como presente’(in BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança; tradução Nelio Schneider. Rio de Janeiro.
Contraponto Editora. 2005. v1, p.116).”
uma idéia que se torne concreta. Se o mundo já nos fosse inteiramente dado, a idéia de
projeto seria impensável, pois é justamente este fato que anima sua transformação.
Disso decorrem as múltiplas acepções dessa palavra que nos leva a diferentes
situações, como as que já nos referimos anteriormente (experiência individual,
experiência político e social) como também à condição de uma instrumentalização da
vida.
Nesse ponto tocamos um aspecto que nos leva a outras conformações do termo
projeto, já não apenas visto num sentido amplo de projeção ou virtualidade, mas de
forma mais restrita como instrumento de regulação e racionalização de processos ou
finalidades, como recurso e protótipos do planejamento e controle da vida.
É nesse campo de apropriações da noção de projeto que o vemos aparecer,
voltando-se para outros fins, sob a forma de projeto administrativo, projeto
arquitetônico, projeto científico, projeto tecnológico, dentre outros, e finalmente, como
não poderia deixar de ser, deparamo-nos com a noção de projeto cultural.
Não nos cabe aqui pormenorizar nenhuma dessas acepções, mas apenas indicar o
fato de que estas reafirmam o caráter instrumental e científico que muitas vezes envolve
o conceito do projeto. Nesse sentido será oportuno considerar uma outra acepção que
abrange boa parte dessas modalidades, instrumentais e científicas, e que diz respeito a
noção de projeto acadêmico. Esta modalidade nos interessa mais de perto para que
possamos reconhecer distintivamente, as especificidades do projeto cultural.
Traçando algumas linhas comparativas podemos reconhecer que a estrutura geral
do projeto acadêmico – a sua concepção – nos fornece os principais elementos que
embasam a formulação descritiva do projeto cultural, a saber: a definição de um objeto,
a caracterização dos objetivos, a justificativa para aquilo que é proposto e a aferição e a
avaliação dos resultados. Por outro lado devemos reconhecer nessa filiação (herança)
apenas um traço indicativo a relacionar essas duas modalidades, pois, não há dúvidas de
que a natureza das duas proposições é muito diversa5. E mesmo quanto a esses
componentes de formulação (apresentação, objetivos, justificativas) abarca sentidos e
abrangências distintas.
De qualquer forma não poderíamos perder de vista esse campo de relações,
principalmente levando-se em conta a importância e a ênfase quanto ao caráter de
5
Caberia também mencionar que um projeto acadêmico se faz sempre a partir de uma pergunta ou na
consideração de uma hipótese a examinar. Diferentemente, um projeto cultural, na forma que o
concebemos não deve se pautar sobre nenhuma dúvida, ou hesitação, mas na certeza do que pretende
alcançar expressando-se pelo seu poder de convencimento em relação aos que podem viabilizá-lo.
pesquisa, como prática estruturante que deve também nortear as formulações do projeto
cultural. Retomaremos alguns desses pontos mais adiante. Por hora, continuaremos
nosso percurso.
7
BARBOSA, Jorge Luiz. Considerações sobre a relação entre cultura, território e identidade. In.
Interculturalidades/ Leonardo Guelman e Vanessa Rocha (organizadores) – Niterói: EDUFF, 2004.p. 100.
clareza a quem pretende beneficiar com sua política: aqueles capazes de realizarem
estratégias de comunicação competentes para atraírem a atenção das empresas e
garantirem o retorno de marketing esperado. Nada parecido com o que se espera de uma
política voltada para o fortalecimento do Estado democrático de direito. O projeto é um
instrumento autoritário e reducionista, impensável como único mecanismo institucional
de diálogo do poder público com sua população, na medida em que restringe o acesso
dos mais pobres e fragilizados à esfera pública e que não realiza o movimento adequado
à ação pública, que é mapear, diagnosticar e incentivar, ampliando com isso o campo
das oportunidades aos tradicionalmente excluídos.”8
8
Caderno temático de Programa de Governo Lula 2002, documento “A Imaginação a Serviço do Brasil”.
9
PELBART, Peter Pál. Vida Capital - Ensaios de biopolítica. São Paulo, Ed.Iluminuras. 2003, p.99.
10
Idem p. 100. Citação de Pelbart a obra de BOLTANSKI, Luc e CHIAPELLO, Éve. Le nouvel esprit du
capitalisme. Paris, Gallimard. 1999, p. 167.
contemporâneo, o que nos leva a querer pensá-lo como um procedimento a ser re-
orientado para uma prática contextual, ou seja, a possibilidade de realização do projeto,
para além dos traços da efemeridade e da transitoriedade.
Uma visão programática de projeto, efetivamente mais contextual é o sentido
que orienta o percurso de nossa abordagem.
Contextualização
Temos então que as práticas de novos processos na área cultural são como
instrumentos potenciais para a criação desses “processos de singularização”, que
11
GUATTARI, Felix e ROLNIK, Suely. Micropolítica – Cartografias do desejo. Petrópolis – RJ. Editora
Vozes. 3ª Edição. 1993.
buscam desviar e escapar às correntes de massificação, procedimentos que podem
fortalecer o convívio criativo, as formas de expressão artísticas e sociais, e a diversidade
cultural, mesmo na sociedade atravessada pelos influxos da globalização.
Os autores apresentam ainda, o conceito de “revolução molecular” como uma
conseqüência desses processos de singularização, como expõe Rolnik ao se reportar a
Guattari: “para designar os processos disruptores no campo da produção do desejo:
trata-se dos movimentos de protesto do inconsciente contra a subjetividade capitalística,
através da afirmação de outras maneiras de ser, outras sensibilidades, outra percepção,
etc.”
Vemos, portanto, que o desejo (e a produção deste) tem um papel estratégico na
produção cultural, o que se constata a cada momento em que percebemos que um
determinado projeto tem o objetivo de atender não apenas a um desejo, mas a sua
contínua produção como forma de assegurar seu espaço de mercado. A visão de
Guattari serve-nos então a finalidade de contínua atenção aos efeitos da subjetivação
capitalística, trazendo-nos, em contrapartida, a possibilidade de o produtor entender-se
como um estimulador de processos de singularização que aflorem a multiplicidade de
desejos existentes no âmbito da territorialidade.
Nesse momento, faz-se necessário desdobrar a noção do que chamamos
territórios, entendimento fundamental para a formulação da atividade de produção
cultural.
Para muitos, o território, é um pedaço de terra onde um determinado grupo vive,
para outros, o território é o território de atuação, ou seja, a descrição das atividades que
um indivíduo ou grupo desenvolvem. Neste sentido, poderíamos citar, como exemplos
desta visão, os territórios da cultura como a dança, o teatro, o cinema,…, mas
preferimos aqui aplicar o conceito de território na visão de Godelier:
“Este mundo de realização da vida, portanto da cultura, nomeamos de território.
Espaço-tempo demarcado pelas intenções e ações humanas, emergindo como recurso e
abrigo que exterioriza a existência individual e coletiva; o que reinvindica uma
sociedade ao se apropriar de um território é o acesso, o controle e o uso, tanto de
realidades visíveis quanto dos poderes invisíveis que as compõem, e que parecem
partilhar o domínio das condições de reprodução da vida dos homens, tanto a deles,
quanto a dos recursos dos quais dependem” 12
12
Citado por: BARBOSA, Jorge Luiz. Considerações sobre a relação entre cultura, território e
identidade. In. Interculturalidades/ Leonardo Guelman e Vanessa Rocha (organizadores) – Niterói:
EDUFF, 2004. p. 100.
ao mesmo tempo em que possibilitam o enriquecimento da produção cultural, quando
por meio de trocas e aproximações com outros territórios, fortalece e possibilita a
produção de novos processos de criação, estimulando a diversidade e a pluralidade na
cultura.
Reunindo esses componentes que envolvem e embasam a idéia de projeto
cultural, poderemos defini-lo como um instrumento que deve se voltar para esses
processos, tanto no que tange à expressão de singularidades quanto no fortalecimento de
sentidos da territorialidade, re-alimentando desejos e anseios, ao mesmo tempo em que
se utiliza deles como substrato para a construção de suas propostas, em um contínuo
exercício de circularidade.
Todo esse contexto nos leva a refletir sobre o papel do profissional, o produtor
cultural, bem como seu posicionamento e atitude perante a criação e proposição de
projetos culturais.
Em textos e artigos, vemos comumente a profissão de produtor cultural definida
como um profissional que faz a intermediação entre o artista, os meios de produção e o
público. Além disso, é comum vermos o entendimento de produtor cultural, confundido
com a idéia de artesão, como aquele que realiza a produção em um sentido vinculado
diretamente a um resultado – artefato/ produto.
No entanto, embora reconheçamos a aplicabilidade destes termos, não podemos
deixar de afirmar uma outra dimensão do produtor cultural, que é aquele profissional
que reconhece no universo da cultura, sua matéria prima, ou seja, aquele profissional
que não realiza somente a intermediação de processos, mas ele próprio elabora esses
processos, nas dimensões concretas e simbólicas da cultura.
Entendemos aqui, que esses objetos técnicos, não se encerram enquanto objetos,
mas atravessam e permeiam as dimensões econômicas, sociais e políticas da sociedade.
Desta forma, o produtor cultural, assim como o maestro, deve estar atento aos seus
recursos (músicos), coordenando-os em harmonia para que enfim, possa alcançar o seu
objetivo final.
A compreensão dessa metáfora ficaria mais clara, se apresentássemos aqui o
projeto cultural, como um “objeto técnico”, que não se encerra em si mesmo, do
produtor cultural.
Como observamos anteriormente, para realizar a formulação de um projeto
cultural, um produtor cultural deverá conhecer profundamente o território com o qual
estará trabalhando, a fim de que possa se aproximar ao máximo do âmbito das
subjetividades (e singularizações) e assim propor, uma ação que possa se desdobrar em
processos de identificação, revelador de novas percepções e fomentador da diversidade
e da pluralidade. Como nos indica Barbosa:
“Habita esse debate a qualidade da criação cultural, sua potência afirmativa de
sociabilidades generosas e sua virtualidade cognitiva da realidade em que vivemos.
Neste processo é possível romper com configurações discricionárias da manifestação
retórica e privada da produção da cultura e do uso do território, pois o diferente é
portador de significação social, uma vez que traduz tensões, acomodações e mudanças
no âmbito do vivido dos iguais.”13
No trecho citado, o autor aplica esse conceito tendo à vista uma compreensão
ampla de política cultural, o que, em nada impede sua aplicação no enunciado que
apresentamos, uma vez que todo projeto e toda ação, perpassa pelo anunciar de uma
postura política e uma visão de mundo.
Após toda a pesquisa, que decorre da aproximação com a realidade que trabalha
(ou se propõe a trabalhar) o produtor cultural terá em suas mãos um manancial de
informações, dados objetivos e traços subjetivos, que embasarão sua proposição, assim
como irá despertar “insights” de novos processos que podem ser desenvolvidos e que
pedem para serem desenvolvidos, quando buscamos identificar as necessidades e os
13
BARBOSA, Jorge Luiz. Considerações sobre a relação entre cultura, território e identidade. In.
Interculturalidades/ Leonardo Guelman e Vanessa Rocha (organizadores) – Niterói: EDUFF, 2004 p.100
14
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo II: necrose; colaboração de Irene
Nahoum, tradução de Agenor Soares Santos. Rio de Janeiro, Forense – Universitária, 1986. 206p. pg. 103
anseios de determinados grupos, bem como os usos culturais que ali se realizam ou
deveriam produzir-se.
Quanto aos anseios e necessidades dos grupos sociais, poderíamos encontrar
explicações em diversos ramos do conhecimento, desde a psicologia, até as ciências
sociais, mas vamos nos deter aqui em destacar a importância do reconhecimento desses
processos, pois são estes que podem justificar o valor de nossa proposição.
O que é colocado aqui é a importância dessa aproximação e prospecção voltada
às subjetividades, para que ao invés de responder a esta apreensão com um “mais do
mesmo”, possamos realizar uma ação que busque renovar universos semióticos e rompa
com processos de mera reprodução de modelos já estabelecidos na sociedade pelas
formas de massificação.
“A subjetividade está em circulação nos conjuntos sociais de diferentes tamanhos: ela é
essencialmente social, e assumida e vivida por indivíduos em suas existências
particulares. O modo pelo qual os indivíduos vivem essa subjetividade oscila entre dois
extremos: uma relação de alienação e opressão, na qual o indivíduo se submete à
subjetividade tal, como a recebe, ou uma relação de expressão e de criação, na qual o
indivíduo se reapropria dos componentes da subjetividade produzindo um processo que
eu chamaria de singularização.” 15
Com base nesse posicionamento, o produtor cultural assume uma função social,
que até então ainda não nos tinha sido colocada, pois muitos profissionais que atuam na
área não visualizam toda a potencialidade de um projeto e se reduzem a prática da
reprodução cultural restrita a produtos.
No entanto, não queremos aqui condenar as práticas de cultura que geram
mercado, mas apenas divergir quanto às práticas culturais de mercado, calcadas
unicamente na geração de lucro que não retorna como insumo para as praticas sociais e
não realimenta, internamente, seus processos.
16
Idem.
17
Ibidem.
Nesse sentido, como busca de maior autonomização das práticas culturais
coloca-se atualmente, novas perspectivas de sustentabilidade. A produção cultural,
efetivamente, não pode mais ser concebida como alguma coisa que escapa ao seu
território e se desvincula deste, e isso também no que tange a sua expressão econômica.
Uma perspectiva que relacione os fatores cultura e economia deve propor-se e
relacionar-se no âmbito de uma circularidade, onde a cultura produz economia e esta, de
algum modo, retorna aos processos que buscam fortalecer suas práticas expressivas. Um
processo que procure assegurar à dinâmica da cultura, uma condição de afirmação da
diferença e da diversidade para além de um recalque identitário, diante de uma
hegemonia global.18
Uma outra perspectiva aberta ao campo da produção cultural, diz respeito à
autonomização mínima das práticas culturais diante de forças políticas modeladoras,
sejam estas empresariais ou estatais, o desafio no âmbito da produção cultural, passa
também pela contínua afirmação de uma capacidade - e também transgressora – que não
pode ser contida pelas forças que as “provêm”. Trata-se de procurar retomar uma
condição de autonomia frente aos imperativos heteronômicos, fundamentalmente de
ordem política e econômica.
Nesse sentido, retornamos a Morin e a afirmação de uma condição mínima
transgressora e autônoma, como força propulsora do topos da cultura:
“Claro que a cultura não pode escapar totalmente às determinações tecno-burocráticas
da época, como não pode escapar senão parcialmente às determinações econômicas.
Mas, da mesma maneira como o aspecto antieconômico da cultura é, culturalmente
falando, mais importante do que o seu aspecto econômico, da mesma forma a cultura se
define antes como antídoto do que como produto natural da civilização tecno-
burocática. É, pois, uma simbiose parasitária-antagônica a que se constitui hoje em dia
entre a cultura e seu amigo-inimigo protetor-sufocador que dá e a asfixia: O Estado-
providencial, os grandes poderes constituídos.”19
18
Stuart Hall insiste nesse aspecto, ao examinar o que denomina “a proliferação subalterna da
diferença”. Cf. HALL, Stuart. Da Diáspora Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte. Ed. UFMG.
Pg. 60
19
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo II: necrose; colaboração de Irene
Nahoum, tradução de Agenor Soares Santos. Rio de Janeiro, Forense – Universitária, 1986. 206p. pg. 103
cultura”) propomos nesse momento estabelecer um conceito programático ou contextual
do Projeto Cultural, que recupere a relação com cada um dos termos que descrevemos.
Desse modo, afirmamos o Projeto Cultural como um procedimento que
superando sua mera instrumentalidade, estabelece novos processos de subjetividade
(uma vez que conjuga novas percepções/ visões de mundo); busca apreender anseios e
desejos para com os grupos sociais para os quais se volta; possibilita e alimenta as
trocas e diálogos entre diferentes territórios expressivos, ao mesmo tempo em que se
constitui como um instrumento gerador de mercado, sem sucumbir as suas supostas
determinações.
Ao propormos aqui uma visão contextualizada de projeto, pretendemos
fortalecer uma visão de ação cultural, que não resulte da transitoriedade e efemeridade
do evento, mas que vise, sobre outra ótica, restabelecer vínculos com a territorialidade
(física, existencial e social) esta entendida como matriz de experiências de
sociabilidade.
BIBLIOGRAFIA: