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De acordo com o autor Marom (2020) Para enriquecer a discussão cientifica a neurofisiologia e
psicologia devem ser vistas e pensadas como disciplinas relacionais uma vez que ambas são
ciências do corpo e da mente. Enxergo que esta relação vem sendo amplamente discutida há
séculos entre os filósofos, de acordo com Carvalho (2020) desde o período pré socrático até a
contemporaneidade o tema permanece em voga com pensadores buscando elaborar uma
explicação sobre o funcionamento desta relação. Aristóteles discorre sobre a ideia de corpo e
alma utilizando a visão cartesiana e compreende que em linha gerais que corpo e alma
dependem mutuamente para que o funcionamento ocorra perfeitamente e percebemos uma
linha de raciocínio semelhante no artigo de Marom (2020) que levanta a questão sobre
interação psicologia e neurofisiologia.
Por quase 100 anos as declarações de teorias psicológicas com foco no inconsciente evitaram
questões que envolvem a maquinaria fisiológica assim como a fisiologia evitou qualquer elusão
a mente. Recentemente este cenário vem se alterando e aprimorando junto com o discurso
muito em voga sobre modelo interdisciplinar. PINHEIRO e HERZOG (2017) trazem em seu artigo
a visão do fisiologista Kandel a respeito desta integração, segundo relato a psicanálise
contempla de modo satisfatório a dinâmica mental, e a neurociência só tem a agregar ao
fornecer bases teóricas concretas; desta forma entra na análise também imagens da atividade
cerebral.
Existe uma ideia equivoca de que a fisiologia cerebral deve explicar tudo que é psicológico,
porém, nosso sujeito de análise é complexo e compreende além de questões neurais
interferências do meio em que vive. Em uma visão macro a psicologia contempla o significado
de pensamentos e experiencias as explicações neurofisiológicas não contemplam a visão do
todo. “O conceito de plasticidade neuronal mostra que, mais que o desdobramento de um
mapa genético, o cérebro é a combinação de fatores genéticos e marcas deixadas por
vivências.” (PINHEIRO e HERZOG, 2017, p.43)
A ciência está em constante evolução, acredito que essa correlação entre áreas seja de grande
contribuição a ciência e a tendência é que os conhecimentos sejam constantemente revistos,
repensados, revisitados e aprimorados.
REFERENCIAS