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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS – UNILESTE

Curso de Engenharia Mecânica

Cássio Gonçalves Costa


Itamar José Caetano

VIBRAÇÕES EM MOTORES ELÉTRICOS:


METODOLOGIA, TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E CONTROLE

Ronaldo Rodrigues Vieira

Coronel Fabriciano, 2015


CÁSSIO GONÇALVES COSTA
ITAMAR JOSÉ CAETANO

VIBRAÇÕES EM MOTORES ELÉTRICOS:


METODOLOGIA, TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE CONTROLE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Área de Exatas, Curso de
Engenharia Mecânica, como requisito
parcial para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Mecânica do
Centro Universitário do Leste de Minas
Gerais.

Orientador: Ronaldo Rodrigues Vieira

Coronel Fabriciano, 2015


Ficha catalográfica

X000x CAETANO, Itamar José; COSTA, Cássio Gonçalves.


Vibrações em Motores Elétricos: Metodologia, Técnicas de
Medição de Controle. / Cássio Gonçalves Costa e Itamar José
Caetano. Timóteo, Minas Gerais, 2015.
xx f. : il.

Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Centro


Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG, 2015.
“Orientação: Ronaldo Rodrigues Vieira”

1. Vibrações em Motores Elétricos. 2. Metodologia,


Técnicas de Medição de Controle Vibrações.
CÁSSIO GONÇALVES COSTA
ITAMAR JOSÉ CAETANO CDU – 000.0
CÁSSIO GONÇALVES COSTA
ITAMAR JOSÉ CAETANO

VIBRAÇÕES EM MOTORES ELÉTRICOS:


METODOLOGIA, TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E CONTROLE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Área de Exatas, Curso de
Engenharia Mecânica, como requisito
parcial para obtenção do título de
bacharel em Engenharia Mecânica do
Centro Universitário do Leste de Minas
Gerais. Aprovada em ___, de
_________________ de 2015.

______________________________________________
Professor Orientador: Ronaldo Rodrigues Vieira
Titulação: Mestre em....
Instituição: Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste

______________________________________________
Professora de Metodologia: Elizabete Marinho Serra Negra
Titulação:Doutora em Administração
Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste

______________________________________________
Professor Convidado:
Titulação:
Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste
Aos nossos pais, exemplos de amor e de vida, que sempre nos apoiaram confiando,
acreditando, aconselhando e contribuindo para que mais um sonho se torne
realidade.

A Deus pelo seu infinito amor e por estar sempre presente em nossas vidas nos
possibilitando e nos capacitando. E a todos os nossos colegas de sala pela ajuda
dada durante o curso, a amizade e o companheirismo.
AGRADECIMENTOS

Nossos sinceros agradecimentos a todos aqueles que de alguma forma doaram um


pouco de si para que a conclusão deste trabalho se tornasse possível.

Em especial, desejamos demonstrar o nosso imenso agradecimento à equipe da


empresa TUDO ELETRO com quem aprendemos e quem nos possibilitou colocar
em prática todos os nossos conhecimentos adquiridos em sala de aula e onde
pudemos retirar dados importantes das quais usamos neste.
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”

Charles Chaplin(apud FRASES,2015,online)


RESUMO

As vibrações dentro do cenário industrial é algo que existe e com certeza não é de
hoje, sendo que uma vibração não controlada pode causar danos desde paradas
não programadas até problemas de grandes proporções. Estudos estão sendo
aprimorados em função de conter as mesmas também dentro da manutenção
preventiva, possibilitando aos equipamentos maior estabilidade de trabalho que será
nosso principal enfoque.

Essa preocupação em conter as vibrações é uma busca contínua, visando à


melhoria de equipamentos e o aumento de sua vida útil, sendo que nos dias atuais
as empresas estão preocupadas em gastar menos com equipamentos aumentando
seus lucros. Pontos importantes como balanceamento e aumento de temperaturas
nos rolamentos leva a pesquisa para este contexto, verificando as reações de
equipamentos e a partir disto fazendo algumas mudanças na forma de manutenção,
mas sem alterar a dinâmica.

Baseando-se na manutenção preventiva e motores elétricos verificamos alterações


nas vibrações desses equipamentos, sendo assim buscamos resolver tais
problemas estudando cada ponto individualmente para que nada seja esquecido,
sendo que no final cada verificação e ação tomada se tornou muito importante.

No que se relaciona a velocidade de vibração após erros nos balanceamentos nos


rotores dos motores, desenvolveu-se uma metodologia de fazer esse tipo de
trabalho usando pesquisas focadas na diminuição desse tipo de vibração a partir de
cálculos e uma tabela de análise, onde cada rotor tem sua particularidade para que
se desenvolva um bom balanceamento.

Outra preocupação é o aumento da temperatura nos rolamentos causando


aceleração de vibração, e para resolução desse tipo de problema alterações
mecânico foram feitas com idéias propostas por setores diferentes, mas com os
mesmos objetivos.

Após todo esse processo o resultado não poderia ser diferente, diminuição nas
vibrações existentes, dando ao equipamento após a manutenção capacidade para
desempenhar seu papel nas empresas.

Portanto para uma manutenção ser bem feita, usamos como base profissionais de
qualidade, equipamentos, mas, sobretudo, vontade de fazer melhorias nos
equipamentos tornando-nos mais capacitados em prol de uma boa manutenção em
função de nossos clientes.

Palavras-chave: Vibração. Equipamentos. Cliente


ABSTRACT

The vibrations within the industrial scenario is something that exists and it is certainly
not new, and an uncontrolled vibration can cause damage from unscheduled
stoppages to problems of major proportions. Studies are being improved due to
contain the same also in the preventive maintenance, equipment enabling greater
labor stability that will be our main focus.

This concern to contain the vibrations is an ongoing search, aimed at improving


equipment and increasing their service life, and these days companies are
concerned to spend less on equipment increasing their profits. Important points such
as balancing and rising temperatures in the bearings leads to search for this context,
checking the equipment and reactions from it by making some changes in the way of
maintenance, but without changing the dynamic.

Relying on preventive maintenance and electric motors we see changes in the


vibrations of such equipment, so we seek to solve such problems by studying each
point individually so that nothing is forgotten, and at the end of each check and action
taken has become very important.

As it relates to speed vibration after errors in balancing the rotors of engines, a


methodology to do this kind of work was developed using research focused on
reducing such vibration from calculations and analysis table, where each rotor It has
its particularity in order to develop a good balance.

Another concern is the temperature rise in the bearings causing acceleration


vibration, and resolution of this problem mechanical changes were made with ideas
proposed by different sectors, but with the same goals.

After all this process the result could not be different, decrease in existing vibrations,
giving the equipment after maintenance capacity to perform its role in business.

So for a maintenance is well done, we as professional quality base equipment, but


above all will make improvements in the equipment becoming more capable in favor
of a good maintenance due to our customers.

Keywords: Vibration. Equipment. Customer


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Pitágoras Observando o som do Martelo 13


Figura 2 Espectro de Vibrações 14
Figura 3 Amplitude e Comprimento de Onda 15
Figura 4 Sistema Massa-Mola de um grau de liberdade 17
Figura 5 Sistema Massa-Mola de dois graus de liberdade 17
Figura 6 Sistema Massa-Mola de três graus de liberdade 18
Figura 7 Mecanismo Oscilatório 18
Figura 8 Representação Gráfica de Desbalanceamento 20
Figura 9 Representação Gráfica de Desalinhamento 20
Figura 10 Representação Gráfica de Folgas Mecânicas 21
Figura 11 Representação Gráfica de Vibrações Eletricamente Induzida 23
Figura 15 Representação Gráfica de Vibrações em um Equipamento 24
Figura 16 Aparelho de Medição por Laser 25
Figura 14 Medidor de Vibração Digital Portátil 24
Figura 17 Motor de Indução 28
Figura 18 Carcaça W22 29
Figura 19 Tampas Dianteira e Traseira 29
Figura 20 Tampa Defletora 30
Figura 21 Ventilador 30
Figura 22 Eixo e Rolamento 31
Figura 23 Pontos de Medição de Vibração 31
Figura 25 Painel da Balanceadora 34
Figura 26 Balanceadora 34
Figura 27 Motor Weg 44
Figura 28 Motor Weg 46
Figura 29 Motor Weg 48
Figura 30 Motor Weg 50
Figura 31 Motor Weg 53
Figura 32 Contra -Tampa com Retentor 55
Figura 33 Contra -Tampa sem Retentor 55
Figura 34 Contra - Tampa de Motor no Torno 55
Figura 35 Contra - Tampa de Motor com Feltro 56
Figura 36 Contra - Tampa de Motor com Feltro 56
Figura 37 Motor Weg 56
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Critério de Severidade de Vibração 42


Tabela 2 Critério de Severidade de Vibração 45
Tabela 3 Critério de Severidade de Vibração 47
Tabela 4 Critério de Severidade de Vibração 49
Tabela 5 Critério de Severidade de Vibração 51
Tabela 6 Parametros de Aceleração 54
Tabela 7 Parametros de Aceleração 57
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11
2 REVISÃO LITERARIA 13
2.3 Análise de Vibrações 19
2.4 Técnicas de Medição de Vibração 22
2.5 Avaliação de Vibração em um Equipamento 23
2.6 Motores Elétricos 29
3 METODOLOGIA DE TRABALHO 30
4 ESTUDO DE CASO 31
5 CONCLUSÃO 50
REFERÊNCIA 51
ANEXO 54
1 INTRODUÇÃO

Os motores elétricos são de grande importância e já estão presentes no meio


industrial já há algum tempo sendo eles o que movimenta uma empresa. Por isso a
necessidade de manutenção nesses equipamentos é uma realidade, e dentro das
manutenções, a preventiva também é utilizada, pois um equipamento como tudo
existente não é eterno, assim quebras inesperadas acontecem com frequência. Mas
a manutenção hoje em dia não é mais considerada como gasto e sim um
investimento e para que esse investimento seja positivo um dos pontos principais
dentro da manutenção preventiva que deve se levar em consideração é o controle
da vibração desses equipamentos a níveis de excelência para maior e melhor vida
útil da máquina.

Quando se fala em vibração em motores o que nos vem à memória é análise de


vibração usada em manutenção preditiva que é de grande importância, mas aqui
será mostrado que a vibração também é aplicada na manutenção preventiva. Por
isso quando um motor é levado à manutenção preventiva tudo que está ligado à
vibração desse equipamento deve ser acompanhado e verificado dentro das
necessidades do mesmo.

O balanceamento do seu rotor é uma forma de diminuir ao máximo as vibrações e


deve ser feito por profissional capacitado para tal, sendo que no final o seu
desbalanceamento esteja dentre dos limites recomendados para cada tipo de motor
individualmente levando em conta sua rotação.

Outros pontos de eventuais vibrações também são considerados como paralelismo


dos pés do motor, ventiladores frouxos ou inadequados, sem esquecer as vibrações
causadas por excesso ou falta de pressões por erros de dimensionamentos nos
alojamentos ou sedes dos rolamentos.

Todas essas preocupações sendo sanadas levará o equipamento a ter uma


manutenção a um nível de eficácia, onde se terá um resultado satisfatório dando ao
cliente a certeza que a manutenção é um investimento e não um gasto.
Dentro da manutenção as correções de problemas nos equipamentos se fazem
necessários, mas sem alterar o potencial do mesmo, propostas de mudanças de
manutenção são feitas a partir de estudos e com resultados positivos das tais, não
mais correto que fazê-las em prol do cliente e do equipamento.

Como diminuir as vibrações em motores elétricos a partir mudanças na metodologia


de manutenção?

O objetivo principal desse trabalho é trazer de forma clara e objetiva o emprego de


soluções alternativas sem alterar o rendimento do equipamento, demonstra que os
métodos de planejamento e controle expostos contribuem para o melhor
desempenho da máquina, além de estudar através de revisão bibliográfica, técnicas
e métodos de monitoração de vibração em motores elétricos.
2 REVISÃO DE LITERATURA

A vibração é algo presente em nossas vidas e vem sendo observada já há algum


tempo desde que o som era usado como comunicação, passando por observações
feitas por Pitágoras por sons de martelos e Heródoto, e em uma fina camada de
bronze verificou a existência de um movimento vibratório e desde então pesquisas
foram sendo aprofundadas até os dias de hoje. (SOEIRO, 2011,p.on line).

A figura 1 traz a imagem de homens trabalhando e os sons produzidos pelos


martelos sendo observados.

Figura 1 Pitágoras observando os sons dos martelos

Fonte:Hall (1995)

Grandes avanços ao longo dos anos foram aparecendo em função do


desenvolvimento da teoria da vibração, em áreas por exemplo como a de
matemática,visto que o princípio disso tudo partiu de instrumentos musicais de onde
já se podia verificar movimentos vibratórios e dentro das vibrações as freqüências
sonoras puderam ser medidas. (NEVES ,2011, p.on line).

Segundo Hall (2008), ao longo dos anos várias investigações, teorias e soluções
sobre vibrações foram sendo realizadas, até que um grande passo foi dado a partir
do momento que modelos com apenas um grau de liberdade, até então, estão sendo
estudados. Com o passar do tempo, grandes mudanças surgiram, mas com o
surgimento dos computadores,esta sendo possível analisar um sistema com vários
graus de liberdade.

Já nos dias mais atuais, na década de 70, as vibrações passaram a ser uma das
preocupações dentro da terceira geração da manutenção, atuando dentro dos
parâmetros com observação aos equipamentos, verificando mudanças ao longo do
tempo,suas condições, pois cada equipamento sofre alterações de acordo com sua
função dentro do sistema, sendo assim com o crescimento industria,l isso se tornou
necessário.(CARREIRA;SILVA;CARNEIRA ,2010, p.on line).

Um exemplo simples de vibração, só imaginarmos um indivíduo na ponta de um


trampolim movimentando na vertical criando um movimento de oscilação, entrando
em uma situação dinâmica , assim criando duas energias em uma troca mútua,
sendo elas potencial e dinâmica, produzindo uma vibração. ( RIPPER NETO, 2007)

A figura 2 demonstra de forma simples a forma de onda causada pela vibração.

Figura 2 – Espectro de Vibrações

Fonte:Vitorino (2011).

2.1 Importâncias do Estudo das Vibrações

A vibração esta em grande parte de nossas atividades e dentro da engenharia, está


presente em todo o momento, por isso, estudar vibrações é algo muito importante. O
desbalanceamento em motores elétricos, por exemplo, influi na vibração, causando
desgaste e afrouxamento em peças, podendo assim ocorrer grandes falhas
mecânicas.(MARTINS, 2014, p.on line).

Toda a estrutura real possui um número infinito de frequências naturais,


mas muitos problemas de vibrações em máquinas envolvem apenas uma
dessas frequências. É por esse motivo que o simples modelo de um degrau
de liberdade SDOF, (apenas uma frequência natural), pode ser útil para
analisar vibrações em máquinas. De fato um modelo SDOF, consiste de
uma massa rígida, uma mola, e um amortecedor podem ser construídos
para representar as características de vibração de qualquer máquina real
dentro de uma frequência natural de interesse. Este é denominado de
modelo modal. Para que se tenha sentido físico a partir dos dados de
vibração de máquinas complexas, ou a partir de simulações computacionais
realistas de vibração de máquinas, os detalhes de um modelo matemático
SDOF, e suas variações devem estar gravadas indelevelmente na mente de
um engenheiro de vibração. (MURPHY, VANCE, ZEIDAN, 2010, p.3).

Segundo Girdhar, Schefffer(2004) a vibração tem suas particularidades que são de


grande importância, sendo uma delas a amplitude que é a altura da onda em relação
a um ponto de equilíbrio, outra particularidade é a frequência sendo a repetição
dessa vibração, e o comprimento de onda que seria o espaço ocupado por um ciclo.

A figura 3 está mostrando características de uma vibração.

Figura 3 Amplitude e Comprimento de Onda.

Fonte: Martins (2012).

Outro ponto importante nas vibrações são as formas nas quais elas se apresentam
em função de forças que atuam sobre elas, onde podemos destacar a seguir tipos
de vibrações existentes em nosso meio:
- Vibração Livre: um exemplo clássico de vibração livre é iniciar o movimento de um
objeto qualquer retirando - o de sua estática com uma força externa e logo após, o
mesmo continuar seu movimento por conta própria diminuindo de acordo com o
tempo. (SETO,1971).

- Vibração Forçada: vibração forçada nada mais é, que algo movimentando na qual
no mesmo, existe uma força externa que resulta em seu movimento.
(ALMEIDA,1990).

- Vibração livre Amortecida e vibração livre Não-Amortecida: na vibração não


amortecida não existe em sua oscilação, variação de energia no sentido de perda da
mesma, perda que poderia ser causada, por exemplo, por algum tipo de atrito. Já a
vibração amortecida se perde energia pelo mesmo motivo de atrito ou outro tipo de
resistência qualquer. (BRASIL;SILVA,2013).

- Vibração Linear e Não Linear

Se todos componentes básicos de um sistema vibratório a mola, a massa e


o amortecedor comportarem-se linearmente, a vibração resultante é
conhecida como vibração linear. Contudo, se qualquer dos elementos se
comportarem não linearmente, a vibração é denominada vibração não
linear. As equações diferenciais que comandam o comportamento dos
sistemas vibratórios lineares e não lineares são lineares e não lineares,
respectivamente. Se a vibração for linear, o principio de superposição é
valido e as técnicas matemáticas de analise são bem desenvolvidas. Para
vibração não linear, o principio de superposição não e valido e as técnicas
de analise são menos bem conhecidas. Uma vez que todos os sistemas
vibratórios tendem a comportar-se não linearmente com o aumento da
amplitude de oscilação, é bom conhecer vibrações não lineares ao lidar com
sistemas vibratórios na pratica. (HALL, 2008 ,p. 9)

2.2 Graus de Liberdade

Algo muito importante quando se fala em vibrações é o número de movimentos


que um objeto, por exemplo, pode estar se apresentando dentro de um sistema.
Se pudermos descrever sua vibração verificando apenas uma variável, ou se um
determinada situação desse objeto apresentar apenas um movimento estamos
falando então de um sistema massa-mola de um grau de liberdade. (SOLETO
JR;FERREIRA ;FRANÇA, 2006).

A figura 4 está mostrando um sistema onde se tem só um tipo de movimento.


Figura 4 Sistema massa-mola um grau de liberdade.

Fonte: Hall (2008).

Mas se tal objeto em outra situação se move como um cilindro, onde o mesmo se
Poe a descer um plano inclinado de forma que ele deslize e role ao mesmo tempo
teremos então dois graus de liberdade, pois dessa forma não existirá nesse objeto
apenas um tipo de movimento, passará a ter dois tipos de movimentos, este estará
rodando e transladando. (HARTOG; PIETER, 1901).

A figura 5 está mostrando um tipo de sistema onde na peça existem dois tipos de
movimento.

Figura 5 Sistema massa-mola de dois graus de liberdade.

Fonte: Hall (2008).

Como se pode ver o grau de liberdade está diretamente ligado ao número de


coordenadas que ele se apresenta, sendo assim não podemos deixar de falar do
sistema com três graus de liberdade, que é aquele que se descreve com
coordenadas diferentes. (ALMEIDA, 2002).

A figura 6 mostra um sistema com três graus de liberdade

Figura 6 Sistema massa-mola de tres graus de liberdade.

Fonte: Hall (2008).

Outro tipo de movimento determinante em uma vibração é do tipo oscilatório que


se repete regularmente, como no caso de um pendulo simples, sendo que esse
movimento se repete em intervalos de tempo, se tornando então um movimento
harmônico. (NUNES; SILVA, 2014).

A figura 7 mostra de maneira simples um movimento oscilatório.

Figura 7 Mecanismo Oscilatório.

Fonte: Scotch Yoke (1978).


2.3 Análises de Vibrações com Efeitos e sua Causas
Dentre as fontes de causas da vibração podemos destacar o desbalanceamento,
falhas em rolamentos, folgas causando ao longo do tempo desgaste.
Parâmetros como deslocamento de vibração, velocidade de vibração e aceleração
de vibração são usados para descobrir tais fontes de causas de vibração.
( FABIANO, 2010, p.on line).

Segundo Engefaz (2012, p.on line) o parâmetro de deslocamento de vibração pode


ser causado por vários motivos, sendo que na prática pode ser por
desbalanceamento e desalinhamento, já no caso de velocidade de vibração é
desbalanceamento, desalinhamento, falta de rigidez, folgas, excentricidades entre
outros e considerando aceleração de vibração está o desbalanceamento,
desalinhamento, folgas problemas elétricos, mas principalmente rolamentos.

Com o aparecimento da vibração a vida útil do equipamento diminui, sendo assim


ações rápidas devem ser tomadas como sua manutenção e posteriormente melhor
acompanhamento.( RAMALHO; PEREIRA.; REBOUÇAS FILHO ,2014, p.on line).

 Ressonância

Um efeito que pode se tornar perigoso em um sistema mecânico é a chamada


ressonância, mas sem entender primeiro o que é frequência natural fica difícil
estudar ressonância. Cada corpo tem sua massa,uma diferença vista por exemplo
entre o vidro e o metal,dessa forma torna diferente a freguência de cada objeto,em
função da massa podendo ser verificada após a massa vibrar e partir de uma
força. Sendo assim quando uma vibração forçada atingir a sua identidade pessoal
acontecerá à ressonância. (SILVA, 2009, p.on line).

Em uma máquina rotativa como um motor, um gerador, uma turbina e assim


em diante, há sempre um desbalanceamento, pois o centro de rotação
nunca coincide com o centro de massa do rotor. Embora essa
excentricidade seja pequena, resulta em uma força centrífuga girante no
rotor com uma amplitude significativa, pois esta força é proporcional ao
quadrado da velocidade angular. Além disso, uma força centrífuga
rotacional resulta em uma excitação senoidal na estrutura, e, portanto pode
levar a uma vibração estrutural de grande amplitude devido ao fenômeno da
ressonância. (SINHA, 2010, p.109).
Gráficos em Função das Causas de Vibrações
Uma das causas mais fortes ligados á vibração é o desbalanceamento. Com isso a
amplitude na frequência de rotação de um motor aumenta, já que está diretamente
ligada ao desbalanceamento.( SOUZA; CICOGNA;CHIQUINHO ,2006, p.on line).

A figuras 8 e 9 mostram como é um espectro de vibração causado por


desbalanceamento e desalinhamento.

Figura 8 Representação Gráfica de Desbalanceamento.

Fonte:Mtaev (2015)

Outra forma de vibração é o desalinhamento algo que acontece mais do que o


desbalanceamento, considerando o total de problemas ocorridos por vibrações.
(MON;PIETA, 2011, p.on line).

Figura 9 Representação Gráfica de Desalinhamento.

Fonte: Vittorino ( 2011).


Temos também as folgas mecânicas como causa de vibrações, que ocorrem desde
um mau aperto de parafusos, trincas até um mau dimensionamento de mancais.
(NEPOMUCENO, 1989).

A figura 10 mostra espectro de vibração em função de folgas mecânicas

Figura 10 Representação Gráfica de Folgas Mecânicas.

Fonte:EBAH(2015)

Todas essas vibrações acima por muitas vezes são esperadas, e diferente delas
existe outra que não é muito verificada na mecânica, é a vibração eletricamente
induzida que ocorre por erro de enrolamentos e até problemas causados pela
própria fonte de energia. (MEOLA , 2005, p.on line)

A figura 11 mostra espectro de vibração eletricamente induzida

Figura 11 Representação Gráfica de Vibração Eletricamente Induzida.

Fonte:Earthpulse(2015)

2.4 Técnicas de Medição de Vibrações


Segundo Soeiro (2008, p.on line) para se escolher um instrumento de medição de
vibração deve se levar em consideração alguns requisitos como, faixa de frequência
e amplitude, tamanho do equipamento e condição de operação.

Sendo que a melhor forma de medir vibração em um equipamento é deixar as áreas


de contatos apropriadas para medição de vibração limpas, havendo então varias
formas de fazer tais medições sendo a mais usada a medição por magnetização.
(NSK,2004, p.on line).

Segundo Barbarine etal (2007, on line) uma vibração é lida pelos equipamentos de
medição de vibração de várias maneiras sendo elas de pico-a-pico, pico, nível
médio, quadrático médio ou eficaz (RMS).
- Pico a pico é o máximo da onda;
- Pico onde existem choques rápidos;
- Valor Médio é a quantidade física da vibração e;
- RMS mostra o valor de destruição de vibração.

A figura 12 mostra a relação entre o nível pico-a-pico, nível de pico, nível médio e
nível RMS de um sinal senoidal.

Figura 12 Representação da Intensidade da Vibração.

Fonte: Fernandes ( 2000).


E os valores encontrados pelos equipamentos de medição de vibração nos
parâmetros de velocidade de vibração e aceleração de vibração estão ligados á
freqüência, quanto maior as frequências maiores os valores de vibração.
(VIEIRA ,2011, p.on line).

A figura 13 mostra as formas de ondas em função do tipo de parâmetro de


vibração.

Figura 13 Movimento harmônico:(a) deslocamento,(b)velocidade e(c) aceleração.

Fonte:Vieira (2011).

Segundo Spamer (2009, p.on line), outra forma de descobrir um parâmetro de


vibração seria a defasagem dessa vibração, se a defasagem da vibração for de
noventa graus em relação ao deslocamento existe uma vibração de velocidade, se a
defasagem for de cento e oitenta graus é uma aceleração de vibração, sendo que no
aparelho existe um sensor que transforma a vibração em sinal elétrico e um botão
que o usuário escolhe qual tipo de vibração ele quer verificar.

2.5 Avaliações de Vibração em equipamentos

A medição de nível global é uma forma de avaliar o equipamento num todo a partir
de sinais de pico a pico, eficaz e médio.( BANDEIRA; ABREU; GIANELI , 2010, p.on
line).

Isso é possível utilizando o Analisador Digital de Vibrações que utiliza sinais médios
para facilitar a leitura do valor obtido tornando mais prático o trabalho do técnico
responsável pela análise de vibração do equipamento.(COSTA; MATHIAS, 2008,
p.on line).
A figura 14 traz a imagem de um aparelho de medição de vibrações portátil.

Figura 14 Medidor de Vibração Digital Portátil.

Fonte: Tudo Eletro( 2014).

Outro processo importantíssimo na avaliação de vibrações é a análise com


espectros que avalia, por exemplo, defeitos de um rolamento de forma individual,
verificando cada componente sujeito a deformações.(CUNHA, 2015, p.on line).

A figura 15 mostra um espectro de vibração de um equipamento

Figura 15 Representação gráfica de vibração em um equipamento

Fonte: Estupinãn e Saavedra ( 2011).


Dessa forma todo motor tem suas particularidades, suas próprias vibrações, e
quando esse motor for analisador usando método espectral suas particularidades
estarão evidenciadas para servir de referência de análise para o equipamento de
análise espectral.(REVISTA MECATRONICA ATUAL,2005, p.on line).

Segundo Marçal e Susin (2005,on line) ao utilizar acelerômetros pode-se também


decompor todo um sistema e analisar as vibrações a partir de picos de frequências o
que se alterou ao longo do tempo em determinado equipamento.

Um processo de avaliação e medição de vibração que ainda não está totalmente


pronto, mas que será de grande importância é a medição feita por iluminação por
laser sendo ela sem contato direto com equipamento.(ALVES ,2009, p.on line).

A figura 16 mostra um aparelho de medição a laser.

Figura 16 Aparelho de Medição por Laser.

Fonte :Unicamp (2009).

Já o processamento de sinais é usado como propósito de encontrar falhas no


equipamento sendo que o mesmo passa por melhorias para encontrar sinais
pontuais em um sistema. (MORAIS, 1996, p.on line)

 Monitoramento

Com o monitoramento também podemos avaliar as vibrações de um equipamento,


sendo uma forma de controle de vibração que possibilita tanto verificar as condições
atuais do equipamento quanto dar previsão de eventuais problemas como uma
manutenção preventiva.(MAIA,2006, p.on line).

E hoje em dia a monitoração está presente em vários dispositivos um deles é o relé


de proteção que monitora temperaturas, distorções harmônicas,sendo que esses
sinais podem esta ligada online para que o operador certifique-se de algum
problema mesmo que de longe.(ROCHA; BERNADES, 2010, p.on line).

Um bom exemplo de monitoração feita a longa distancia é a chamada de Electrical


Signature Analysis (análise de assinatura elétrica) é ligada em um computador que
pode estar à longa distancia monitorando alteração na corrente do próprio motor,
alteração que indica problemas mecânicos.(REDAÇÃO DO SITE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA,2003, p.on line)

Segundo Nascif (2009, p.on line) outras formas também são usadas como
monitoração sendo elas monitoração subjetiva que não é confiável pois seria um
contato físico direto do operador,e a monitoração feita por equipamentos chamada
monitoração objetiva com resultados satisfatórios.

 Componentes de um Aparelho de Medição de Vibrações

Cada equipamento usado para medição de vibrações existem componentes que


transformam perturbações em sinais que serão vistos como vibrações, um deles é
o Transdutores piezelétricos que para algum tipo de deformação resultará em
sinal elétrico. (MARINHO etal 2013, p.on line).

Outro componente com a mesma importância é o transdutor eletrodinâmico que


trabalha em função de um íman podendo ser frágeis ou resistentes dependendo
de qual transdutor a ser utilizado em determinado trabalho.(WANDERLEY;
SOUZA, 2014, p.on line).
Esses transdutores lidos acima transformam sinais, mas que passam primeiro por
sensores e segundo Gama; Pereira; Machado(2013, p.on line) três importantes
sensores são utilizados para captação de vibrações, sendo eles o sensor relativo
usado para medição de vibração de eixo, sensor pick-up de velocidade e o sensor
absoluto utilizado em rolamentos.

Segundo Lima, Burgardit e Pontes(2013, p.on line), utilizando sensores tipo


acelerômetro, podemos captar por parâmetros três vibrações: Vibração de
deslocamento, Vibração de velocidade, Vibração de aceleração.

Para cada tipo de parâmetros de vibração, existe uma freqüência individual, o


sensor de deslocamento de vibração é de baixa freqüência no máximo 500 HZ, já o
sensor de velocidade de vibração que está ligada a severidade de vibração que é de
10 a 1000 HZ e a aceleração de vibração sua freqüência está entre 0,03 HZ a
10000HZ.(BRESSANI,2009, p.on line).

2.6 Motores Elétricos e seus Componentes

Motores têm por finalidade transformar energia elétrica em mecânica, sendo um


equipamento de grande importância no cenário industrial, de construção simples,
mas com a necessidade de profissional com conhecimentos técnicos para melhor
desempenho do mesmo, Antoniassi (2009, p.on line).

A figura 17 mostra um motor dividido em varias parte.

Figura 17 Motor de Indução explodido.

Fonte: Silva ( 2008).


- Carcaça

Normalmente carcaças de motores são construídas de ferro fundido para suportar as


agressões do dia a dia, mas existem também carcaças de outros materiais. Já a
forma construtiva de um motor se faz com objetivo de aumentar a troca térmica e
facilitar sua montagem.(OLIVEIRA, 2009, p.on line).

A figura 18 mostra a carcaça de um motor:

Figura 18 Carcaça W22.

Fonte:Fundimig(2015)

- Tampas

São projetadas para dissipar temperaturas de trabalho ,podendo criar falhas ,como
folgas ao longo do tempo.(SOUZA; FOLCONE,2004, p.on line).

A figura 19 mostra as tampas de um motor.

Figura 19 Tampas Dianteira e Traseira

Fonte: Ajel Automação(2015).


- Tampa Defletora

O material mais usado em sua construção é o ferro fundido, pois diminuem ruídos,
sua forma, contribui para o fluxo constante de ar dando caminho a retirada de ar
quente do equipamento com ajuda da ventilação. Weg (2014, p.on line)

A figura 20 mostra a tampa defletora de um motor.

Figura 20 Tampa Defletora

Fonte:Jjeletric(2015)

- Ventilador

Um ventilador que tem como objetivo principal ventilar o motor para que não haja
aquecimento no equipamento que causam danos, ou seja, trabalha em uma troca
térmica com o ambiente. (VOGES MOTORES,2010, p.on line).

A figura 21 mostra um ventilador montada ao motor.

Figura 21 Ventilador.

Fonte: Mgpeletrica(2015).
- Eixo e Rolamento

Eixos são fabricados em aço onde serão montados ventiladores, acoplamentos,


rolamentos entre outros. Já os rolamentos podem ser de esferas ou rolos isso vai
depender do tipo de carga que equipamento trabalha. (GOULART,2011, p.on line).

A figura 22 mostra em corte um rolamento e o eixo de um motor.

Figura 22 – Eixo e Rolamento

Fonte: Romaco(2015).

- Pontos para Medição de Vibração

As escolhas certa dos pontos de medição de vibração é muito importante podendo


estar na carcaça no sentido vertical, perpendicular ao eixo, na horizontal no sentido
do eixo, na lateral perpendicular ao eixo. (PETROBRAS,2000, p.on line).

A figura 23 nos dá uma idéia dos pontos de medição de vibração

Figura 23 Pontos de Medição de Vibração.

Fonte: WEG (2013).


3 METODOLOGIA DE TRABALHO

A metodologia adotada baseou-se na relação direta entre vibrações mecânicas e


manutenção preventiva em motores elétricos, a partir de posições teóricas e
análises praticadas e adotadas em atividades cotidianas.

A pesquisa foi classificada quanto ao objetivo como exploratória, desenvolvendo


atuações com o objetivo de explorar conceitos, estabelecendo-os e modificando-os,
trazendo problemas reais e desenvolvendo formas para amenizar ou dar fim aos
mesmos.

Traz resultados, valores que se alteram antes e depois de modificações feitas em


motores elétricos, mudanças que estão dentro de uma construção mecânica ou na
forma de lidar com situações na dinâmica do equipamento. Documentos expostos
por setor de testes comprovam estes resultados, sendo feitas observações a
respeito desses comportamentos verificando a real posição de melhoria na
manutenção.

Cada alteração na forma de fazer manutenção se fez após pesquisas e


entendimento entre proprietário e a empresa na qual o equipamento submeteu a tais
mudanças.

 Critérios para avaliação dos impactos causados pela vibração

Foram adotados dois critérios para avaliar os problemas causados pelas vibrações
em motores elétricos, tendo como objetivo satisfação do cliente sendo padronizados
de acordo com conceitos e situações a seguir.
- Níveis de intensidade de velocidade de vibração
Dentro da velocidade de vibração tais níveis de vibração tem como principal motivo
o mau balanceamento dos rotores dos motores, sendo que não podem ultrapassar
tetos de valores em função da dinâmica deste equipamento, por isso a necessidade
de pesquisas em melhorias no balanceamento nos rotores se fez necessário.

- Níveis de intensidade de aceleração de vibração


A aceleração de vibração se tornou real a partir do aumento de temperatura nos
mancais, sendo então sanada por modificações na estrutura mecânica dos motores.
 Local e equipamentos usados dentro da pesquisa em vibração

- Setor de testes, local onde foram feitos os testes antes e após modificações.
- Motores Elétricos, que tem por função transformar energia elétrica em mecânica,
onde as vibrações podem estar atuando por vários motivos.
- Balanceadora, equipamento na qual se faz o balanceamento dos rotores
diminuindo as amplitudes de velocidade de vibração causadas pelo
desbalanceamento do rotor.
- Torno Mecânico, este foi usado para modificação das contra-tampas para
diminuição de aceleração de vibração.

 Aspectos considerados

- Diminuição das vibrações


- Melhoria na forma de manutenção
- Satisfação do cliente

4 ESTUDO DE CASO

Desde o fim do século 19 a manutenção se tornou importante por causa do


desenvolvimento da indústria, o aumento de quantidade de indústrias levou ao
aumento de equipamentos, conseqüentemente houve a necessidade de mão de
obra para a manutenção desses equipamentos. Com a crescente produção o
desgaste dos equipamentos se fez maior, aumentando assim a importância da
manutenção nos equipamentos para que a produção que estava em crescente
escala se mantivesse, criando então a manutenção chamada manutenção corretiva
que entrava em ação quando equipamentos paravam, até então a manutenção tinha
uma menor importância em relação à produção, mas percebeu-se que sem a
manutenção a produção tornava-se vulnerável, sendo que hoje em dia manutenção
e produção veêm se tornando uma só gerência.

A manutenção corretiva é o tipo de manutenção mais caro, pois é feita só no


momento de quebra do equipamento, ou seja, a chamada quebra conserta, sendo
essa atitude ruim. Dar manutenção de forma corretiva só no momento de quebra do
mesmo nem sempre é bom, pois até que se quebre haverá diminuição do
rendimento do equipamento por causa do desgaste em seus componentes. Outro
problema são as paradas de outros equipamentos de uma linha de produção em
função de uma eventual quebra de um único equipamento

Dentro da manutenção, a corretiva é de grande importância, pois corrige causas que


podem deixar, por exemplo, um motor sem funcionar, consegue-se controlar níveis
de vibração de maquina corrigindo pontos principais do problema, já que a
manutenção preventiva somente faz analise desse tipo de problema. Para que uma
correção seja bem feita é necessária uma boa experiência técnica de quem trabalha
nesse meio.

Como já descrito acima a vibração é algo existente em um motor, mas em um nível


elevado tem que ser corrigido, sendo assim na correção tudo tem que ser verificado,
cada ponto ou causa de vibração tem que ser levado em conta, pois a vibração pode
estar desde um mau aperto de um parafuso até um desbalanceamento de um rotor.
Outro ponto importante é saber distinguir a diferença das causas de uma vibração
em relação a outra eventual vibração e o modo de sanar as mesmas em prol da
manutenção, pois cada uma das vibrações que serão estudadas e que são de maior
preocupação dentro da manutenção corretiva que são velocidade de vibração e
aceleração de vibração tem sua particularidade.
Velocidade de Vibração

Muitos podem ser os motivos de uma vibração de velocidade em um motor elétrico


dentre eles podemos destacar:
- Folgas mecânicas;
- Erro na excentricidade, por exemplo, nas tampas do equipamento;
- Ventiladores inadequados a potencia mecânica do motor;
- Não existência de paralelismo nos pés do motor;
- Empeno no rotor, nas áreas onde será montado, por exemplo, ventiladores (loa)
ou onde será montado acoplamento (La);
- Não balanceamento do acoplamento ou ventilador se o mesmo for de alumínio
ou ferro, etc.
Todos esses itens acima estão relacionados a vibração de um equipamento mas
o que mais pesa é o desbalanceamento de um rotor ,pois esse será um elemento
que trabalhará em movimento ,por muitas vezes altas rotações e com certeza seu
desbalanceamento resultará em vibração podendo ser percebida mesmo sem o
uso de aparelhos de medição de vibração ..
Apertos de parafusos podem ser verificados e melhorados se necessário sem que
perda de tempo, o mesmo pode acontecer com falta de paralelismo nos pés de
um motor, pois mesmo após estar montado pode-se fazer essa melhoria, no
mesmo acontece com um ventilador se um motor foi montado com ventilador
errado retira-se o mesmo e o troca pelo ventilador adequado ao motor, mas se um
balanceamento ficou mal feito ou ainda pior não foi feito o problema será bem
maior, nesse caso o motor terá que ser desmontado, perderá o rolamento, pois se
o mesmo foi retirado não se pode reutilizá-lo, vai existir perda de tempo com o
chamado retrabalho com uma futura montagem e assim será feita um real
balanceamento do rotor. Isso tudo acima citado causa além de perda de material
causa atraso na manutenção do equipamento acarretando até mesmo cansaço e
estresse na equipe, então nada mais do que correto trabalhar em série, ou seja,
não pular fases em uma manutenção seguir passo a passo o que deve ser feito.

Balanceamento de Rotores
Em manutenções feitas em motores, uma das principais causas de vibração de
velocidade é o desbalanceamento do seu rotor ou armadura sendo necessário o
balanceamento do mesmo de maneira correta por Profissional com capacidade
para tal, caso contrario ocorrerá valores de vibrações em altos níveis, sendo
assim o equipamento irão trabalhar de forma incorreta diminuindo seu tempo de
trabalho efetivo, podendo ainda dependendo do grau de vibração ocorrer algum
tipo de acidente, algo que não é positivo nos dias de hoje.

Para isso a balanceadora é o equipamento na qual se faz o balanceamento de um


rotor seguindo dados do rotor e colocando seus dados no painel da balanceadora,
em função de um ponto de referencia, dados nos quais são:
- locais aonde vão se retirar ou colocar massas para balanceamento, o chamado
plano;
- diâmetros desses mesmos locais de colocação de massas;
- distância entre os dois mancais do rotor.

A figura 25 e 26 mostra o painel e a mesa balanceadora.

Figura 25 – Painel Balanceadora. Figura 26 – Balanceadora.

Fonte: Tudo Eletro (2014). Fonte: Tudo Eletro (2014).

Para haver um bom balanceamento deve se dar importância ao certificado de


balanceamento, onde é colocado o valor inicial e final de desbalanceamento sendo o
último permissível (ver ANEXO A).

Existem tabelas para níveis aceitáveis de vibração de velocidade para motores


em função de sua rotação e potencia, mas esses níveis de vibração por pressão
de mercado e em função do cliente estão a cada dia sendo levados aos menores
valores possíveis para que o equipamento tenha uma melhor dinâmica e maior
tempo de vida útil.

Tabela de Velocidade de Vibração

A tabela 01 mostra critério de severidade de vibração em máquinas rotativas.Tabela

1 Critério de Severidade de Vibração em Máquinas Rotativas

.Fonte: Adaptado de ISO 2372.


Erro de Balanceamento

Ao longo dos tempos a velocidade de vibração sempre foi trabalhada com grande
preocupação, porém percebeu-se que após balanceamento de alguns rotores
alguns motores vibravam em níveis acima do tolerável, mesmo passando por um
trabalho de balanceamento.

Mudanças foram feitas como alteração e treinamento de pessoal para trabalho na


balanceadora, calibragem no equipamento por achar que o erro poderia ser do
mesmo, mas nada disso resolveu o problema.

Uma forma encontrada para resolver o problema foi deixar o nível de


desbalanceamento aceitável para um valor menor possível próximo de miligramas
e por um longo tempo o problema foi resolvido até que se percebeu que o gasto
com material de balanceamento estava passando aos limites da empresa.
Novos estudos foram feitos, voltando em como era feito o balanceamento antes
da mudança, e passou a observar cada motor em particular tem sua dinâmica e
dados de placa, até que dois motores com rotores de mesma dimensão e peso,
mas com rotações diferentes foram postos em estudo.

Um dos motores era de dois polos, ou seja, 3650rpm e o outro quatro polos de
1750rpm chegando então à conclusão que por ter rotações diferentes vibrariam
de maneira diferente, então seus balanceamentos passariam ser também
diferente, o nível de desbalanceamento aceitável para cada rotor teria que ser
diferente, onde no passado o balanceamento era feito da mesma forma com o
mesmo desbalanceamento aceitável para os dois motores, pois o que se
verificava era o peso da peça uma forma equivocada para dinâmicas diferentes.

Máximo Desbalanceamento Residual Permissível

O máximo desbalanceamento permissível passou a ser uma meta a buscar e com


algumas pesquisas encontrou-se uma maneira simples e rápida de resolver os
problemas de balanceamento. Desde então todos os rotores foram balanceados de
maneira correta não havendo mais retrabalho e nem perdas de materiais usados no
balanceamento, com isso uma manutenção corretiva 100% correta e satisfatória.
Isso tudo passou a ser possível com uma fórmula matemática simples de tolerância
usada no balanceamento (ver ANEXO B).

E junto com a fórmula de tolerância é usada uma tabela de tolerância onde na


mesma busca-se uma das incógnitas da fórmula matemática de acordo com o tipo
de balanceamento a ser feito em função do funcionamento do equipamento (ver
ANEXO C).

Motores Estudados Antes da Fórmula e Tabela de Tolerância de Desbalanceamento

Dois motores foram colocados em estudo onde um deles é um motor de 2 polos


(3650 RPM), 100CV, 75KW, com o rotor pesando 118KG e 260mm de diâmetro e
outro motor com as mesmas características a não ser sua rotação que é de 4 polos
(1750 RPM).

Motor de 2 Polos

Motor 2 polos (3650 RPM), 100cv, 75kw, rotor pesdando118kg e 260 mm de


diâmetro.

A figura 27 mostra um motor de 2 polos da WEG.

Figura 27 Motor WEG.

Fonte:Tudo Eletro( 2014).


Seu rotor foi balanceado e ao final foi deixado aproximadamente 17 gramas de
desbalanceamento no mesmo, onde o operador da balanceadora se propôs a deixar
esse valor de forma aleatória observando apenas o peso do rotor. Foram colocados
na ficha de balanceamento os valores de desbalanceamento antes e após
balanceamento (ver ANEXO D).
Após o balanceamento o rotor foi montado ao estator do motor finalizando então a
montagem de todo o motor. Em seguida o mesmo foi levado à área de teste e dele
foi retirado tais valores de velocidade de vibração (ver ANEXO E).Após o teste
verificou-se um nível um pouco elevado de velocidade de vibração a partir da tabela
aceitável para velocidade de vibração.

Tabela de Velocidade de Vibração

A tabela 02 mostra critério de severidade de vibração em máquinas rotativas.

Tabela 2 Critério de Severidade de Vibração em Máquinas Rotativas

Fonte: Adaptado de ISO 2372.


Motor de 4 Polos

Motor 4 polos (1750 RPM), 100 cv, 75 kW, rotor pesando 118 kg e 260 mm de
diâmetro.

A figura 28 mostra um motor de 4 polos da WEG.


Figura 28 Motor WEG.

Fonte:Tudo Eletro( 2014).

Seu rotor foi balanceado e ao final foram deixados também 17 gramas de


desbalanceamento no mesmo como no primeiro rotor, onde o operador da
balanceadora se propôs a deixar esse valor de forma aleatória observando apenas o
peso do rotor. Foram colocados na ficha de balanceamento a seguir, valores de
desbalanceamento antes e após balanceamento (ver ANEXO F).

Após o balanceamento o rotor foi montado ao estator do motor finalizando então a


montagem de todo o motor. Em seguida o mesmo foi levado à área de teste e dele
foi retirado tais valores de velocidade de vibração (ver ANEXO G).
Após o teste verificou-se valores de velocidade de vibração aceitáveis a partir da
tabela de velocidade de vibração.

Tabela de Velocidade de Vibração

A tabela 3 mostra critério de severidade de vibração em máquinas rotativas.

Tabela 3 Critério de Severidade de Vibração em Máquinas Rotativas.


Fonte: Adaptado de ISO 2372.

Verificou-se então que os valores de velocidade de vibração estavam diferentes para


cada motor onde que para o motor 4 polos o nível de velocidade de vibração estava
aceitável mas para o motor de 2 polos estava ruim seus valores.

Então após estudos e pesquisas encontrou-se e passou a usar ao máximo


desbalanceamento residual permissível a partir de gráficos e uma fórmula.
NOVOS ESTUDOS

Motor de 2 Polos

Motor 2 polos (3650RPM), 100 cv, 75 kW, rotor pesando 118 kg e 260 mm de
diâmetro

A figura 29 mostra um motor de 2 polos da WEG.

Figura 29 Motor WEG.

Fonte: Tudo Eletro (2014).

Com dados do motor, o rotor foi balanceado com normas adequadas ao


desbalanceamento permissível seguindo a fórmula matemática de tolerância usada
no atual balanceamento (ver ANEXO B).

E junto com a fórmula de tolerância é usada uma tabela de tolerância onde na


mesma busca-se uma das incógnitas da fórmula matemática de acordo com o tipo
de balanceamento a ser feito em função do funcionamento do equipamento (ver
ANEXO C).

Seu rotor foi balanceado e ao final foram deixados 8 gramas de desbalanceamento


seguindo cálculos da fórmula e da tabela de tolerância de desbalanceamento.Foram
colocados na ficha de balanceamento a seguir valores de desbalanceamento antes
e após balanceamento (ver ANEXO H).

Após ser montado o motor e levado a seção de teste e foram retirados tais valores
de velocidade de vibração (ver ANEXO I).

Sendo assim verificaram-se valores de velocidades de vibração aceitável a partir da


tabela de velocidade de vibração abaixo.
Tabela de Velocidade de Vibração

A tabela 4 mostra critério de severidade de vibração em máquinas rotativas.

Tabela 4 Critério de Severidade de Vibração em Máquinas Rotativas.

Fonte: Adaptado de ISO 2372.

Motor de 4 Polos

Motor 4 polos (1750 RPM), 100 cv, 75 kW, rotor pesando 118 kg e 260 mm de
diâmetro.
A figura 30 mostra um motor de 2 polos da WEG.

Figura 30 Motor WEG.

Fonte: Tudo Eletro (2014).

Com dados do motor, o rotor foi balanceado com normas adequadas ao


desbalanceamento permissível seguindo a fórmula matemática de tolerância usada
no atual balanceamento (ver ANEXO B).

E junto com a fórmula de tolerância é usada uma tabela de tolerância onde na


mesma busca-se uma das incógnitas da fórmula matemática de acordo com o tipo
de balanceamento a ser feito em função do funcionamento do equipamento (ver
ANEXO C).

Seu rotor foi balanceado e ao final foram deixados 12 gramas de desbalanceamento


seguindo cálculos da fórmula e da tabela de tolerância de desbalanceamento. Foram
colocados na ficha de balanceamento a seguir valores de desbalanceamento antes
e após balanceamento (ver ANEXO J).

Após montado o motor e levado a seção de teste foram retirados tais valores de
velocidade de vibração (ver ANEXO L).
Após o teste verificou-se um nível de velocidade de vibração aceitável a partir da
tabela.

Tabela de Velocidade de Vibração


A tabela 5 mostra critério de severidade de vibração em máquinas rotativas.

Tabela 5 Critério de severidade de vibração em máquinas rotativas.

Fonte: Adaptado de ISO 2372.

Concluiu-se que os motores ficaram com melhores valores possível de


balanceamento.

Aceleração De Vibração

Muito se fala de vibração de aceleração de análise de vibração, mas não se fala dos
motivos desse problema sendo os mesmos de fácil entendimento, mas não tão
simples de resolver, pois somente com correções isso é possível.
Dentre os problemas que causam vibração de aceleração os primeiros a serem
observados são as medidas de alojamento de rolamento e sede de rolamento sendo
que estes têm tolerâncias de medidas a serem respeitadas.

Um exemplo dentre vários outros vamos imaginar um rolamento NSK 6309, esse
rolamento tem dimensão interna de 45 mm e externa 100 mm, sendo assim a sede
do rolamento sua dimensão não poderia ser maior que 45,02, pois estrangularia o
rolamento e se fosse, por exemplo, 44,98 o rolamento seria montado com muita
folga, nos dois casos causando aceleração de vibração.

Já no alojamento da tampa para o mesmo rolamento sua dimensão não poderia


passar de 100.03, por exemplo, ou não poderia ser menor que 100 mm nesse caso
o rolamento não entrariam de maneira correta na tampa e a consequência disso
também seria aceleração de vibração.

Todos esses dimensionamentos acima ou abaixo do permissível são exemplos


clássicos, mas esses valores não se relacionam a todos os tipos e dimensões de
rolamento esse é um caso a parte.Outro problema para aceleração de vibração seria
o excesso de graxa nos rolamentos, pois causam aumento de temperatura por
causa do atrito entre rolamento e excesso de graxa.

Mas nesse nosso trabalho não vamos nos preocupar com questões de
dimensionamento ou aumento de temperatura por excesso de graxa que causam
aceleração de vibração e sim com aumento de temperatura que causaria aceleração
de vibração vinda de retentores novos que são trocados na manutenção corretivos
usados nas contra tampas, retentores que muitas vezes são mal fabricados
causando excesso de aperto no eixo do rotor assim causando aumento de
temperatura no local, sendo que os mesmos não aceitam nenhuma alteração de
dimensionamento.

Pois, quando aquecemos algo, produzimos um aumento nas vibrações


intramoleculares que, em ultima instância, produz uma dilatação. Essa dilatação
altera o volume do composto, consequentemente diminui sua densidade e o
aumento desse volume nesse caso em estudo traz como consequência a aceleração
de vibração.

Estudo Realizado

Nas manutenções corretivas aplicadas ao motor dentre várias correções nas avarias
uma delas é a troca de retentores, só que nessas trocas por muitas vezes os
retentores novos não estão bem dimensionados para tais motores mesmo sendo
retentores de marcas de mercado, e qualquer variação de dimensionamento causa
na montagem de tais motores problemas tanto na montagem como no
funcionamento do mesmo.

Algo que foi observado com as trocas de retentores foi o aumento de temperatura e
de aceleração de vibração nos motores por causa dos maus dimensionamentos dos
retentores deixando os valores de aceleração de vibração acima do aceitável.

Motor de 2 Polos

Motor de dois polos (3650 RPM), 100 CV, 75 KW, com o rotor pesando 118 kg e 260
mm de diâmetro.
A figura 31 mostra um motor de 2 polos da WEG.

Figura 31 Motor WEG.

Fonte: Tudo Eletro (2014).

Após manutenção com troca de retentores verificou altos valores de aceleração de


vibração por causa do aumento de temperatura ocasionado pelo aperto dos
retentores contra o eixo, valores que podem ser vistos pela folha de testes (ver
ANEXO M).

Após o teste verificou-se um nível de aceleração de vibração não aceitável em


função do cliente e a partir da tabela.

A tabela 6 mostra os parâmetros de aceleração de vibração.

Tabela 6 Tabela com Parâmetros de Aceleração de vibração


.

Após ser realmente provado que o acréscimo de temperatura e de aceleração de


vibração do motor era causado pelo mau dimensionamento do retentor e no mesmo
não existe forma de alterar seu dimensionamento, pois sendo ele fabricado por parte
em borracha não havendo forma de retirar ou aumentar seu diâmetro, concluiu-se
que a melhor forma de sanar o problema era alterar a construção mecânica da
contra - tampa sem alterar a qualidade de retenção do mesmo.

Alteração

Passou-se então retirar os retentores velhos dos motores caso necessários e em


vês de comprar retentores novos foi direcionar as contra-tampas aos técnicos
responsáveis pela tornearia, onde foi feito um embuchamento nas contra-tampas
dentro das dimensões corretas para cada motor individualmente em função das
dimensões de eixo, abertura de um rasgo na mesma para que seja feito um
preenchimento desse rasgo com feltro onde esse mesmo feltro é lubrificado para
melhor deslizamento do eixo no momento de um pequeno contato entre eixo e feltro
da contra-tampa, e assim essa alteração manteve a retenção da graxa e sem haver
aquecimento do equipamento. O retentor tem como função reter saída da graxa
sendo fabricado na maioria das vezes de borracha rígida, sendo posicionada uma
mola internamente ao retentor para fazer pressão sobre o eixo.

A figura 32 mostra a contra-tampa de motor com retentor .

Figura 32 Contra-Tampa de Motor com Retentor


Fonte: Tudo Eletro( 2014).

A figura 33 mostra a-tampa de motor sem retentor .

Figura 33 Contra-Tampa de Motor sem Retentor

Fonte: Tudo Eletro( 2014).

A contra-tampa é levada ao torno e embuchada modificando sua construção, mas


sem perder qualidade e função no motor.

A figura 34 mostra a contra-tampa de motor no torno

Figura 34 Contra-Tampa de Motor no Torno.


Fonte: Tudo Eletro (2014).

Após ser embuchada, na contra-tampa é feito a abertura de rasgo para feltro, o


mesmo é montado no canal aberto na contra-tampa.

A figura 35 e 36 mostra a contra-tampa de motor com feltro.

Figura 35 Contra-Tampa de Motor com Feltro Figura 36 Contra-Tampa de Motor com Feltro

Fonte: Tudo Eletro( 2014.) Fonte: Tudo Eletro (2014).

O feltro além de evitar o excesso de pressão sobre o eixo que o retentor mal
dimensionado causaria, faz o mesmo trabalho de reter a graxa sendo que nas
manutenções futuras só existirá a necessidade da troca do feltro e não do retentor
tendo o feltro um valor comercial quase desprezível.

Após Alteração

Motor de dois polos (3650 RPM), 100 CV, 75 KW, com o rotor pesando 118 kg e
260 mm de diâmetro.
A figura 37 mostra um motor de 2 polos da WEG.

Figura 37 Motor WEG


Fonte: Tudo Eletro (2014).

Após manutenção com troca de retentores por feltro verificou baixos valores de
aceleração de vibração, podendo ser visto pelos valores apurados na folha de teste
a seguir, e comprovada pela tabela com parâmetros de aceleração de vibração
localizada após folha de teste (ver ANEXO N).Após o teste verificou-se um nível de
aceleração de vibração aceitável em função do cliente e a partir da tabela.

A tabela 7 mostra os parâmetros de aceleração de vibração.

Tabela 7 Tabela com Parâmetros de Aceleração de Vibração.

Sendo assim após alteração na contra-tampa não houve aumento de temperatura


nem mesmo aceleração de vibração, um resultado positivo, pois dessa forma o
motor mesmo passando por alteração não perdeu sua eficácia.
5 CONCLUSÃO

Este trabalho teve como foco principal dar aos motores elétricos totais condições de
trabalho, diminuindo no máximo as vibrações que ao longo do tempo surgem nesses
equipamentos por causa das agressões reais das indústrias no seu dia-a-dia, com
uma manutenção que modifica sua maneira de trabalho estando antes errada, sendo
que todas as alterações foram realizadas após pesquisas e durante todo o tempo
supervisionadas por todos que participaram da manutenção destes equipamentos,
onde todos tiveram a iniciativa de inovar, de pesquisar, dessa forma além de
trabalhar no equipamento todos dividiram responsabilidades.

Quando se fala em velocidade de vibração um bom balanceamento se torna o mais


importante meio para a não existência deste problema, sendo que um rotor mal
balanceado aumenta de forma agressiva a vibração, dessa forma houve por um
longo período um problema para diminuir tal situação, onde operadores de
balanceadoras não tinham base técnica suficiente para trabalhar com este
equipamento, mas com estudos e treinamentos aos profissionais da área pode-se
chegar a resultados expressivos com a diminuição de valores em velocidade de
vibração, dando aos motores melhor dinâmica de trabalho e aumento de vida útil.

Já ao observar o aumento de temperaturas nos alojamentos dos rolamentos,


verificou-se elevação nos sinais de aceleração de vibração que são captados pelos
aparelhos de medição, a princípio o motivo deste problema poderia ser excesso de
graxa, pois estamos falando de mancais, mas descobriu-se que tal acontecimento
viria de retentores, sendo assim a troca dos mesmos por feltro se fez necessário,
ocorrendo também mudança na estrutura das contra-tampas. Mas todo esse
trabalho que foi realizado se tornou pequeno com os resultados obtidos após testes,
onde antes os valores de temperaturas e aceleração de vibração eram altos
baixaram a níveis muitos baixos, dando aos rolamentos melhor rendimento.

Ao término deste trabalho constatou-se que não só a manutenção e a produção têm


que se unir para satisfazer empresas e mercado, como também às formas de
manutenção que por muitas vezes trabalham de forma isolada, individualmente uma
das outras.
Dessa forma uma manutenção completa a outra sendo que, a preventiva trabalha
para manter um bom funcionamento do equipamento e a preditiva a partir de
análises, analisa e descobre problemas a serem corrigidos tendo como grande
exemplo disso à vibração de motores.
Verificou-se ainda que alterações podem ser feitas nos equipamentos, desde que
não altere sua dinâmica em seu setor de trabalho, e dentro de uma lógica
estruturada obedecendo as dimensões físicas do mesmo e a partir de testes feitos
verificar reais condições para melhor conclusão de tais mudanças.

Portanto a vibração continuará sendo uma preocupação, necessitado sempre de


ações mais rápidas e eficazes dando ao mercado um resultado positivo dentro da
manutenção, sendo que buscas contínuas em melhorias são sempre bem vindas,
pois cada profissional pode ter uma visão diferente para realizar ações, podendo
promover novas sugestões mesmo em algo que já foi feito, na verdade nada se cria
tudo se transforma e na manutenção não é diferente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAPLIN,Frases.Epigrafos. Disponivel
em:http://frases.globo.com/charles-chaplin/4596.Acesso em:15 de jan 2015.

COSTA, Cesar da; MATHIAS, Mauro Hugo. Análise de vibrações mecânica com
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sem fase quatro rodadas. 2012, p.3. Disponível em:
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11

ANEXO A - Certificado de Balanceamento Eletrônico


12

ANEXO B - Cálculo para Desbalanceamento Permissível


13

ANEXO C - Tabela de Tolerância


14

ANEXO D - Certificado de Balanceamento


15

ANEXO E - Relatório de Testes


16

ANEXO F - Certificado de Balanceamento


17

ANEXO G - Relatório de Testes


18

ANEXO H - Certificado de Balanceamento


19

ANEXO I - Relatório de Testes


20

ANEXO J - Certificado de Balanceamento


21

ANEXO L - Relatório de Testes


22

ANEXO M - Relatório de Testes


23

ANEXO N - Relatório de Testes

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