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Prontuário: 1644/01
Supervisora Responsável: Profª Dr.ª Eliane Maria Carrit Delgado
Estagiária Responsável: Taís Capistrano Reginato
Dia e Horário de Atendimento: Segunda e Quarta- feira às 17 horas
Número de sessões previstas: 26 sessões
I – IDENTIFICAÇÃO
Nome: Suellen Leonardo de Castro
DN: 27/01/1989 Idade atual: 30 anos
Nacionalidade: Brasileiro Sexo: Feminino
Endereço: R. Santos Dumont Nº 625, bloco 10. Apto 23
Bairro: Vila São Paulo Cidade: Marília
Telefone: (14) 99851-8050 (apenas mensagem)/ (14) 99791- 9693 (Paulo-
esposo)
II – HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
H.D.E. : Deficiência Auditiva/ Orgânico
Informações:
Modelo do Implante: Orelha Direita- Neurolec (processador Saphyr)
Cirurgia realizada em 28/03/2016
Ativado no dia 02/05/2016
Troca de programação realizada no dia 16/11/2017
A P. faz o uso de AASI na orelha esquerda desde a infância
III – ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Será utilizada a abordagem Multissensorial durante a conversa
espontânea, a qual faz o uso de multisentidos, como: leitura labial, visão, e a
audição. Enquanto que durante os atendimentos de terapia fonoaudiológica
será enfatizado a Abordagem Unissensorial para a função Auditiva, priorizando
o treino auditivo da orelha direita após o implante coclear.
IV – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4.1. Função Auditiva
4.1.1. Reconhecimento Auditivo Avançado
Durante este semestre trabalhado com a P. o Reconhecimento
Auditivo Avançado, o qual a mesma identificou o som, e repetiu, sendo que os
estímulos foram apresentados em conjunto aberto, sem opções de resposta.
Tal objetivo foi realizado por meio de palavras selecionadas em uma
determinada categoria (total de 20 palavras), sendo que não foi apresentado
para a P. opções de palavras escritas como um meio de indicar qual a palavra
que foi apresentada. Durante o treinamento auditivo, a T. sentou ao lado do
implante coclear da P. para falar as palavras, sem o auxílio de LOF. Foram
apresentados palavras de diversas categorias para a P., o qual de 20 palavras
apresentadas, a P. obtinha acerto de 18/20. Em algumas palavras a P.
apresentava dificuldade, dependendo do tamanho da palavra, porém ao repetir
pela segunda vez, a P. respondia a palavra de forma correta. Também foi
realizado a retomada de palavras de algumas sessões anteriores, como a
categoria de animais e frutas, para observar o total de acerto da P. e seu
desempenho, obtendo acerto de 19/20.
Além de palavras, a T. trabalhou com a P. frases, porém, em uma categoria
pré- avançada. Enquanto que no treinamento com palavras a P. não fez o uso
de opções de palavras escritas, neste momento do exercício com frases, a P.
apresentou como auxílio algumas opções de imagens que estavam nas frases
que a mesma repetiu, num total de 10 frases sem o auxíio de LOF. No ínicio a
P. apresentou dificuldades, com acerto de 5/10, porém com o decorrer do
semestre a P. apresentou um melhor desemprenho, com acerto de 7/10, e a
mesma informou que este exercício é dificil, porém nas frases em que a P. não
repetia por informar que não compreendeu, a T. fazia uso do LOF e durante as
outras sessões foi feito a retomada das mesmas frases que a P. não obteve
acerto, porém sem o LOF, o qual a P. respodia com maior facilidade.
4.2. Voz
4.2.2. Projeção Vocal
Durante este semestre, foi dado continuidade do trabalho relacionado a
projeção de voz com a P., enfatizando os exercícios de projeção vocal,
incoordenação pneumofonoarticulatória e TMF.
Para a projeção vocal a T. trabalhou a Técnica Mastigatória, onde a P. foi
instruída a realizar uma emissão com som nasal “M” com movimentos amplos
dos lábios associado as vogais (MUÁ, MUÉ, MUÍ, MUÓ, MUÚ) por 2 vezes.
Durante a técnica a P. apresentou dificuldades para o movimento dos lábios,
sendo trabalhado apenas a emissão do som nasal “M” com as vogais. Foi
observado que a P. apresentava emissão das vogais /A e /O/ com boa
qualidade vocal, ou seja, com amplitude articulatória adequada e boa emissão
da vogal, proporcionando pouca soprosidade e pitch adequado. Com isso, foi
treinado com a P. palavras monossilábicas (ovo, asa, olho, unha, uva) e
gravado para mostrar a P. que a mesma apresenta potencial para emitir
palavras com boa qualidade vocal. Além destas técnicas, a P. fez a produção
com uma sequência de fala automática, com os dias da semana, solicitando
para a P. realizar da mesma maneira que estava sendo a emissão das vogais
durante a produção do som nasal /M/.
Também foi trabalhado com a P. a emissão das vogais /a/ e /o/,sendo
cronometrado cada vogal, a fim de ter um aumento do tempo máximo de
fonação e trabalhar a incoordenação pneumofonoarticulatória, o qual a P. no
início o semestre apresentou um total de 9 segundos, chegando durante o
semestre no máximo de 18 segundos.
Com o decorrer do semestre, foi observado pela terapeuta e também
pela supervisora responsável pelo estágio, o impacto que o ambiente de
trabalha causa na voz da P.. Ao início de cada sessão terapêutica, a P.
conversava com a T. sobre o seu serviço, informando estar muito insatisfeita
com o ambiente de trabalho, e ao descrever o seu dia no serviço, a P.
apresenta baixa intensidade vocal, pouca amplitude articulatória, e pobre
projeção vocal, podendo ser relacionado com o seu emocional. A P. também
relatou ter dificuldades no ambiente de trabalho, pois a cada dia o ser serviço
muda, não memorizando como deve ser sempre realizado e com isso, a P.
necessita de ajuda para terminar o serviço, tendo o auxílio de apenas uma
funcionária, e informou se sentir coagida pelas demais funcionárias por ter
dificuldades em ouvir e memorizar.