GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UESPI - CAMPUS DEP. JESUALDO CAVALCANTI

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROPOSTA DE ATIVIDADE

FÍSICA DA FOTOSSÍNTESE: COMO A ENERGIA DA LUZ É ABSORVIDA

E TRANSFORMADA EM ENERGIA QUÍMICA

FLÁVIA MARQUES DE SOUSA

JONIEL MENDES DA SILVA
RAUL SILVA BARROS ROCHA

PROFESSORA: DRA. HELENA CAROLINA ONODY

CORRENTE PI, JUNHO DE 2023

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Av. Joaquina Nogueira de Oliveira, s/n – Aeroporto – CEP 64.980-000 – Corrente – Piauí – Brasil Telefone: (89)
3573-1234 - CNPJ/MF n.º 07.471.758/0001-57.
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DISCIPLINA: Ciências Biológicas CARGA HORÁRIA: 60 minutos

SÉRIE: 7° ano do Ensino Fundamental PERÍODO LETIVO: 2026.1

OBJETOS DE CONHECIMENTO: Fenômenos UNIDADE TEMÁTICA: Vida e

naturais e impactos ambientais evolução

1. Introdução

Em essência, o termo fotossíntese significa “síntese utilizando a luz”. A fotossíntese é o único

mecanismo de entrada de luz solar na biosfera, sendo que a vida na terra depende em última análise
dessa luz que é advinda do sol. Este processo físico-químico provém a energia pertencente a maior
parte dos organismos do planeta, na qual os vegetais se responsabilizam na sua absorção e
transformação em matéria orgânica, para que ela possa fluir entre os demais organismos do
ecossistema (TAIZ e ZEIGER, 2004)
O ponto de extrema atividade fotossintéticas é o mesófilo foliar, outros órgãos vegetais
também podem executar tais processos, entretanto, a maior atividade ocorre nas folhas do vegetal.
O mesófilo foliar possuir maior concentração de organelas celulares denominada de Cloroplasto,
que possuem pigmentos denominado de clorofila. A fotossíntese possui duas fases distintas, a fase
fotoquímica (antes chamada de fase clara) e a fase bioquímica (antes chamada de fase escura). É na
fase fotoquímica que ocorre na membrana dos tilacoide (Em específico, na clorofila), que a
utilizaremos a física para compreender a conversão de energia solar em energia fotoquímica.
Para compreendermos o processo mais importante do mundo animado, precisamos entender
um dos seus principais combustíveis: a luz solar. Um triunfo da física do século xx, foi a
descoberta de que a luz se comporta tanto quanto uma onda, representada pela letra grega lambda
(λ), quanto uma partícula, representada pela a letra grega nu (ν). Quando a luz se comporta como
partícula, denominamos ela de fótons. Cada fóton possui uma quantidade de energia chamada de
quantum. O conteúdo de energia (E) de um fóton depende da frequência, conforme a lei de Planck:
E = hv onde h é a constante de Planck. É importante ressaltar que o fóton, de acordo a Lei de
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Einstein – Stark, pode excitar somente um elétron, e o nível que o elétron no estado vai atingir,
depende da energia do fóton (ou comprimento de onda).
A fase inicial da Fotossíntese denomina-se Fase Fotoquímica, na qual, por meio de
processos físicos irá se responsabilizar em produzir elementos essenciais serem usados na produção
matéria orgânica no Ciclo de Calvin, presente na fase bioquímica (ATP, NADH+H, O2). Aqui, a irá
ocorrer primeiramente a absorção de luz por meio das clorofilas, na qual por meio dessa absorção,
as clorofilas saem do seu estado fundamental (estado de menor energia) por meio da absorção dos
fótons de luz, (partícula) passando para um estado excitado, ou seja, de maior energia. esses
pigmentos, atuam como um complexo de absorção de luz. A absorção de luz irá ocorrer aqui em
estruturas chamadas fotossistemas que estão presente na membrana dos tilacoides. Esse
fotossistemas são denominados em PSI 700, pois absorvem o comprimento de onda em 700nm, e
PSII680, pois absorvem a onda de luz em 680nm.
Essa energia pode ser perdida por alguns processos, o principal processo ocorrente, é o de
Reação fotoquímica, na qual a energia é usada para impulsionar uma transferência de elétrons,
iniciando uma espécie de transferência de energia, por meio desse complexo antena, na membrana
do Tilacoide (local da clorofila onde ocorre o processo fotoquímico). Desse modo, a clorofila
antena excitada, transfere a energia para molécula vizinha (nessa transferência a clorofila volta ao
seu estado normal), excitando-a, e dessa maneira, a energia é passada de pigmento para pigmento
até que o centro de reação seja alcançado. Quando o centro é encontrado, esse recebe a energia,
passando de um orbital menor para um orbital maior, até que o receptor seja alcançado. Esse
processo ocorre simultaneamente em ambos fotossistemas, entretanto, é preciso entender que o
PSI700 é encontrado na membrana, afrente do PSII680, desse modo, os elétrons são perdidos do
PSI700, para a ATP sintetase, que vai realizar a produção de ATP (PEIXOTO, 2020).
Esses elétrons perdidos serão repostos pelo PSI680, nas quais proteínas irão se
responsabilizar por esse transporte de elétrons (PLASTOQUINONAS, COMPLEXO
CITOCROMO, FERRODOXINA OXIREDUTASE) estabilizando assim o PSII7000. Entretanto,
quem doa elétrons para estabilizar o PSII680? É nessa parte que envolve a grande e importante
participação da água na fotossíntese, onde irá ocorrer a oxirredução da água, na qual quatro fótons
de luz serão necessários para oxidar uma molécula de água, liberando elétrons é o O2. Os elétrons

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perdidos serão doados para o PSII680, estabilizando assim o fotossistema, e o Oxigênio irá compor
os gases da atmosfera (PEIXOTO, 2020)

2.0 Objetivo Geral:

 Construir uma proposta de aula para os alunos do 7° ano do ensino médio que permita os

mesmos relacionar a energia luminosa ao processo da produção de fotossíntese.

2.1 Objetivos específicos

 Reconhecer o processo de fotossíntese completa (fase clara e fase escura);
 Observar os elementos necessários para realização da fotossíntese.

3. Competências e Habilidades BNCC

Competências gerais:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Competências específicas:

1. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza,

bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo
a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do

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mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade

justa, democrática e inclusiva.
2. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo
natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se
estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da
Natureza.

Habilidades:

 (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças

nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações,
podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.

4. Materiais necessários:
 2 de uma planta aquática, como Elodea.

 3 tubos de ensaio

 Indicador de PH- azul de bromotimol

 Água da torneira

 Béquer

 Suporte para os tubos

 Canudo de plástico;

 Retroprojetor com adaptador para projeção vertical.

4.1 Desenvolvimento das etapas do experimento

O experimento que apresentamos a aqui será para demonstrar que a luz é essencial para que a
fotossíntese aconteça.

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1° Etapa / Experimento –
Você precisa de 150ml de água da torneira com dióxido de carbono suficiente para iniciar o
experimento. Para fazer isso de maneira controlada, coloque esse volume de água em um béquer
ou jarra transparente, adicione 25 gotas do indicador de pH azul de bromotimol e observe a cor da
solução, que deve ser azul. Use um canudo para soprar o líquido. O dióxido de carbono presente
no ar expirado irá interagir com a água e você terá uma solução ácida com concentração de CO2
suficiente para iniciar o experimento

2° Etapa / Experimento–

Em dois tubos de ensaio, coloque um raminho de Elodea e a solução. Cubra-os para

minimizar as trocas gasosas com o meio externo. Coloque um deles em um local claro (tubo 2) e
o outro em um local escuro (tubo 3). Pegue um outro tubo (tubo 1) e coloque a solução, mas esse
não receberá a planta aquática e deve ser colocado em local bem iluminado e utilizado como
controle do experimento.

3° Etapa / Experimento – Observação dos Resultados.

Após 24 horas, observe a coloração de cada uma das três soluções. Os resultados esperados são:
Tubo. 1: Sem alteração de cor aparente;
Tubo 2: mudança de coloração para azul, pois se torna básica;
Tubo 3: pequena alteração de cor, tornando levemente esverdeada.

4° Etapa / Experimento–
Insira o ramal no tubo 1 e coloque-o no suporte. Coloque-o na frente do ponto focal do
retroprojetor. Coloque um espelho acima da projeção normal para que todos os alunos possam
acompanhar o processo. Ligue o retroprojetor e observe a solução mudar de cor, inicialmente
amarela, com o passar do tempo torna-se verde e depois azul.

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Esta etapa leva cerca de 50 minutos e é melhor executada em um local claro para que a
fotossíntese também seja estimulada pela luz ambiente difusa. Dura cerca de 50 minutos e você
pode usar esse tempo para discutir a fotossíntese com seus alunos.

Explicação dos resultados esperados:

No tubo 2, a Elodea recebe luz e pode realizar a fotossíntese completa (fase clara e fase
escura). No tubo 3, a Elodea fica no escuro, mas utiliza a energia luminosa captada anteriormente.
Essa energia é utilizada para a síntese de compostos orgânicos, a partir de água e de dióxido de
carbono dissolvido na solução. Quando o estoque de energia acumulada termina, a reação acaba.

As mudanças de coloração que acontecem nos tubos 2 e 3 se devem a retirada do gás

carbônico da água. Lembre-se que quando você assopra com um canudo dentro da água, você induz
gás carbônico, fazendo a água ficar acida.

Quando o gás carbônico é consumido, o equilíbrio químico é deslocado no sentido inverso, o

que aumenta consumo de prótons e a concentração de íons de hidroxila, tornando o meio
neutro(verde) ou básico (azul).

Quanto maior for a incidência de luz sobre uma planta, mais intensa também será a
fotossíntese por ela realizada. Entretanto, a partir de determinada intensidade de luz, a velocidade
do fenômeno não aumenta mais, pois a planta atingiu o ponto de saturação luminosa.

REFERÊNCIAS

BALDEZ, ALEXANDRE et al. Perceba a fotossíntese. Pontociência ,2009. Disponível:

https://youtu.be/ErW0HeQ7Q18. Acesso em: 31 de maio, 2023.

PEIXOTO, Clovis Pereira. Princípios de Fisiologia Vegetal – Teoria & Prática. 1. ed. - Rio de
Janeiro: Pod, 2020. 256 p.
TAIZ, L., ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 3ª edição. Editota Artmed, 2004, 719p.

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