Ai Weiwei é um artista e ativista chinês conhecido por abordar assuntos sensíveis ao governo chinês em seu trabalho. Sua exposição @ Large na Penitenciária de Alcatraz em 2014-2015 levantou questões sobre liberdade de expressão e direitos humanos através de esculturas, sons e mídia mista, apesar de Weiwei estar impedido de viajar. A exposição foi disponibilizada online, mas sem a experiência completa de uma visita presencial.
Ai Weiwei é um artista e ativista chinês conhecido por abordar assuntos sensíveis ao governo chinês em seu trabalho. Sua exposição @ Large na Penitenciária de Alcatraz em 2014-2015 levantou questões sobre liberdade de expressão e direitos humanos através de esculturas, sons e mídia mista, apesar de Weiwei estar impedido de viajar. A exposição foi disponibilizada online, mas sem a experiência completa de uma visita presencial.
Ai Weiwei é um artista e ativista chinês conhecido por abordar assuntos sensíveis ao governo chinês em seu trabalho. Sua exposição @ Large na Penitenciária de Alcatraz em 2014-2015 levantou questões sobre liberdade de expressão e direitos humanos através de esculturas, sons e mídia mista, apesar de Weiwei estar impedido de viajar. A exposição foi disponibilizada online, mas sem a experiência completa de uma visita presencial.
Ai Weiwei, nascido na China em 1957, é filho de uma escritora e
de um artista e poeta famoso em sua época que foi exilado em campo de trabalho. Vivendo junto com a família, Ai não teve muito acesso à educação, tento apenas uma enciclopédia como fonte de informação. Apenas após a morte do líder chinês Mao Tsé-Tung em 1976, quando a família de escritores foi liberada de seu exilio, o jovem Weiwei pode se matricular na Beijing Film Academy onde estudou animação. Mais tarde, Ai Weiwei se mudou para Nova York e passou a viver com a renda de alguns trabalhos variados e atuando como artista de rua. Durante esse período, o artista e ativista descobriu uma paixão pela fotografia, e por 11 anos acumulou imagens da grande metrópole que vieram a se transformar em um projeto chamado “New York Photographs (1983-1993). Após ter retornado à Pequim, em decorrência ao estado de saúde de seu pai, Ai Weiwei escreveu três livros e construiu seu estúdio e sua própria casa. Em 2003 montou o estúdio de arquitetura FAKE desing. Como artista, abordou assuntos sensíveis a China e foi muito perseguido pelo governo do país, chegando a ser mantido em prisão domiciliar, proibido de usar a rede social Twitter e até mesmo preso em 2011. Ai Weiwei consegui reaver seu passaporte apenas no ano de 2015, mas isso nunca lhe impediu de expor seu trabalho e suas ideias pelo mundo. Entre 27 de setembro de 2014 e 26 de abril de 2015, foram exibidos trabalhos de Ai Weiwei na Penitenciaria Federal de Alcatraz tem em sua história a prisão de pessoas por expressar suas convicções políticas e manterem práticas religiosas diferentes das adotadas pelo poder da época. Impossibilitado de viajar para o exterior, toda a instalação foi montada pela equipe do artista e ativista sem sua presença. Contando com esculturas, sons e mídia mista, a exposição levanta questões sobre a liberdade de expressão e direitos humanos, assuntos frequentemente abordados no trabalho do chinês. Seis grandes tapetes montados por peças de Lego trazem imagens pixeladas de mais de 175 prisioneiros políticos, entre eles Mandela, Snowden, Chelsea Manning e outros menos conhecidos. Nos vasos sanitários, pias e banheiras do departamento médico, foram dispostas flores brancas de porcelana lembrando da política do Desabrochar de Cem Flores, onde o Partido comunista incentivou a expressão de escolas de pensamento, mas que para alguns críticos foi apenas uma estratégia de mapeamento daqueles contrários as ideias do partido. Há também um grande dragão propositalmente colorido em um voo em direção a saída da grande e histórica prisão, rumo ao grande céu azul acima do mar. A exposição tem grande cunho político presente na vida de Ai Weiwei, que justamente pela repreensão de suas ideias e posicionamentos estava impossibilitado de viajar ou ter acesso ao seu próprio passaporte. Atualmente, a ilha de Alcatraz não exibe mais o trabalho de Ai Weiwei, mas a exposição ficou salva digitalmente para visitas posteriores através do Street View. O recurso do Google Maps permite a visualização de parte do espaço utilizado pelo ativista de forma gratuita, porém não consegue entregar toda a experiência e sentimentos evocados por uma visita presencial. A mesmo passo em que essa ferramenta possibilitou um maior e mais democrático acesso, empobreceu o impacto e diminuiu a importância da locação escolhida. A proposta de conhecer, caminhar por uma das mais conhecidas penitenciarias e discutir sobre a liberdade se perde em suporte digital. Não há assim, uma maior sensação de “calçar os sapatos” do outro. Sinto que conhecer @ Large apenas de forma virtual me custou uma perda de significados e sensações pensadas pelo seu autor, no entanto, eu só pude contemplar a instalação graças ao meio digital. Passar conteúdos, que a priori foram feitos para serem contemplados em espaços físicos, presencialmente, traz o risco da perda de alguns significados e profundidade. Cabe então pensar qual a função do suporte, e se a mudança de tal traz maiores benefícios ou maiores perdas para a obra ou exposição.