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O CORPO NAS ARTES

VISUAIS
Ao longo do tempo, as pessoas sempre se interessaram por retratar figuras
humanas. Os objetivos eram variados: contar histórias, atribuir significados
mágicos e religiosos ou mesmo investigar o funcionamento do corpo. O
corpo humano é fonte de inspiração para pinturas, fotografias, filmes,
esculturas, grafites e muitas outras formas de arte. As figuras humanas criadas
pelos artistas podem ser, por exemplo, retratos de pessoas ou personagens
inspirados em textos literários. Podem ainda representar deuses ou um valor
abstrato, como o amor ou a liberdade. A figura humana também é constante em
produtos culturais, como peças publicitárias ou jogos eletrônicos. São comuns
atualmente os personagens virtuais, chamados de avatares, que podem nos
representar em um jogo ou nas redes sociais.
Alguns dos objetos mais antigos que mostram o corpo
humano são esculturas de figuras femininas, esculpidas em
pedra, ossos, chifres ou marfim. Sabe-se pouco sobre esses
objetos, mas acredita-se que foram produzidos há mais de
20 mil anos. De maneira geral, essas figuras femininas são
chamadas de “Vênus”, nome da deusa do amor e da beleza
na Roma antiga.
A mais conhecida delas é a Vênus de Willendorf,
encontrada na Áustria, em 1908. Para alguns estudiosos,
ela poderia ter relação com cultos à fartura ou à fertilidade.
Feita de pedra calcária, tem 11 centímetros de altura, e
suas formas são volumosas e arredondadas.
Esta escultura de um jovem tirando um espinho do pé
tem sido muito apreciada desde que passou a ser
exposta nos Museus Capitolinos, em Roma, em 1471.
A escultura chama a atenção por apresentar uma cena
cotidiana, o que era raro na época e na cultura em que
foi feita.
Em geral, na arte da Antiguidade clássica, as figuras
humanas apareciam em cenas heróicas ou em posições
que expressavam valores como poder e sabedoria.
O florentino Leonardo da Vinci (1452-1519)
queria conhecer e entender o corpo humano. O
interesse científico levou-o a dissecar cadáveres
para estudar a forma e a função dos músculos e
dos órgãos. Leonardo da Vinci empregou técnicas
simples, como a observação e o desenho, para
tentar desvendar o funcionamento do corpo.
Desenhos como os desse estudo da anatomia do
ombro foram pioneiros e ajudaram a construir
novos conhecimentos artísticos e científicos.
Os ex-votos são encontrados em diversas épocas e culturas.
Comuns no Brasil, estão diretamente relacionados a práticas
religiosas. Em alguns casos, são feitos para acompanhar um
pedido a uma divindade. Outras vezes, são oferecidos à
divindade como demonstração de gratidão depois que o pedido
é atendido. A maior parte desses pedidos envolve problemas de
saúde e, por isso, os objetos em geral representam o corpo de
uma pessoa doente ou parte dele. Depois de prontos, esses
objetos são deixados junto a cruzeiros, grutas e igrejas
católicas. Os ex-votos podem ser pinturas, objetos diversos e
esculturas de cera ou de madeira.
As figuras humanas predominam na obra do
artista carioca Di Cavalcanti (1897-1976).
Em suas pinturas, os personagens
frequentemente têm corpos fortes, como o
das pessoas retratadas na tela acima: um
pescador e uma vendedora. O artista foi um
dos organizadores da Semana de Arte
Moderna, que ocorreu em São Paulo, em
1922. Di Cavalcanti, assim como outros
artistas de sua época, preocupou-se em
retratar o tipo físico dos trabalhadores
brasileiros.
ATIVIDADE
Você conhece alguma obra de arte que retrate as pessoas do lugar onde você vive
(Brasil)?
1 Caso não conheça nenhuma obra que retrate pessoas do seu país, faça uma pesquisa
sobre o assunto. Em casa ou na escola, fora do horário de aula, você pode consultar livros,
revistas, jornais e sites. Outra boa fonte de informação são os familiares e amigos mais
velhos.
2 Definida a obra, aprofunde a pesquisa e procure descobrir mais informações sobre ela:
quando foi produzida, qual foi a técnica utilizada, quem foi o autor, como ele retratou as
pessoas, etc.
3 Escreva uma legenda com as principais informações sobre a obra. Na aula seguinte,
apresente a obra, acompanhada da legenda, aos colegas.

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