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Luanda, 2021
INDÍCE
DEDICATÓRIA..........................................................................................................
AGRADECIMENTOS................................................................................................
RESUMO.....................................................................................................................
ABSTRAT...................................................................................................................
SIGLAS E ACRÓNIMOS...........................................................................................
INTRODUÇÃO...........................................................................................................
Capitulo I- A reportagem.............................................................................................
1.1 Conceito de reportagem.........................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................
Pauta............................................................................................................................
Guião de entrevistas.....................................................................................................
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha falecida mãe, por tudo que fez para mim, aos meu filhos para que
sigam o exemplo e em especial o meu marido pelo encorajamento.
AGRADECIMENTOS
À minha falecida mãe, senhora Cecilia Tomás José, por tudo o que fez por mim.
Ao meu marido Acides da Costa Jorge, pelo encorajamento e companheirismo.
Aos professores faculdade de ciências social.
Aos colegas do curso de comunicação social.
Aos meus familiares e a todos que directa ou indirectamente colaboraram para tornar possível
este trabalho.
RESUMO
ABSTRAT
Estrutura a ter em conta na elaboração de uma reportagem de rádio
A reportagem radiofónica, à semelhança de outros tipos de reportagem (seja
impressa, seja televisiva, seja online) deve ter um título identificativo do tema que
a reportagem apresenta. Da mesma forma poderá ter um subtítulo ou apresentação
inicial, uma espécie de resumo, em que poderá ser apresentada a abordagem que se
deu ao tema. O desenvolvimento da reportagem radiofónica é semelhante ao de
uma reportagem televisiva ou impressa, apenas é comunicado de forma diferente:
de forma falada. Como tal o jornalista deve ter em conta que o ouvinte não tem um
suporte de imagem como acontece por exemplo na televisão e como tal deve haver
preocupação de narrar os factos de forma percetível e de forma a que o ouvinte se
consiga integrar no ambiente apenas pela descrição mas também com sons e áudios
extra, recolhidos previamente pela equipa de jornalistas/repórteres e que vão
depois enriquecer a reportagem e formar o produto final que irá ser ouvido pelo
público. Por exemplo sons relacionados com a natureza, se o tema se passar no
campo, sons relacionados com o mar ou com as gaivotas, se o tema for relacionado
com praia, sons de aviões se a temática for algo relacionado com a indústria da
aviação e etc. A edição da reportagem deve incluir os relatos das fontes de
informação ouvidas durante as entrevistas e pode ser complementada – quando
disponível numa plataforma online – com imagens ou mais áudios extra
reportagem.
INTRODUÇÃO
Na cidade de Luanda é notável a presença de várias crianças, a deambularem pelas ruas por
vários motivos. Muitas delas são órfãos, abandonadas e acusadas de feitiçaria, pelos próprios
familiares. Os centros de acolhimento aparecem assim como instituições caridosas que acolhem
e abrigam estas crianças, procurando oferecer a elas amor, carinho, aconchego e a proteção que
lhes foi negado.
O trabalho dessas instituições, é também tornar possível o regresso dessas crianças ao convívio
familiar e social. Em Angola existem vários centros de acolhimento. Que se dedicam a ajudar
estas crianças. São no total 103 instituições de acolhimento público e privado de acordo o jornal
da Angop publicado no dia 09.09.2014.
Luanda encabeça a lista com dezassete centros, seguida da Huila com dezasseis e Benguela com
catorze. Em Luanda podemos encontrar os seguintes centros: Lar Cuzola, Lar Pequena Semente,
Centro de Acolhimento Santa Madalena, Centro de Acolhimento Criança Feliz, Centro de
Acolhimento Meninas do Horizonte Azul, Centro de Acolhimento e Jovens Desamparadas.
Todos estes centros procuram proporcionar a´medida das suas possíveis condições tais como
um lar, saúde, educação e alimentação tal como o amor e aconchego que lhes foi negado no seio
familiar.
Os centros de acolhimento passam acolher crianças órfãos e crianças abandonadas. No começo o
CACAJ acolhia apenas crianças órfãos do conflito armado. Com o passar do tempo, com o
passar do tempo, os problemas sociais e econômicos do país obrigaram o Centro de acolhimento
Arnald Jassen a colher não só crianças órfãs, como também abandonadas pelos familiares.
Localizado em Luanda no distrito urbano do Kilamba Kiaxi, hoje recebe crianças de diversas
áreas de Luanda. Pergunta de partida
Quais os factores que concorrem para o aumento de crianças no centro de acolhimento Arnald
Janssen?
Para responder a presente questão de partida sugerimos as seguintes hipóteses:
a)
b)
c)
Este trabalho pretende trazer, através da reportagem radiofônica, esta realidade muitas vezes
silenciada pelos órgãos de comunicação, já que, poucas vezes, o assunto vem a público. Assim
para sua elaboração, dividimo-la da seguinte forma :a primeira parte é a teórica. A aqui
abordamos o conceito de reportagem como um dos gêneros jornalístico e a segunda parte prática,
traz a reportagem radiofônica.
O trabalho do centro de Acolhimento de Crianças Arnald Janssen é importante já que muitas
crianças aprendem variadas profissões, o que projecta benefícios para o futuro. Quando elas
forem adultas, e deixarem o centro, poderão reinserir-se com mais facilidade na sociedade. O que
demonstra o importante papel dessas instituições de acolhimento, na educação das crianças.
O objetivo geral desta reportagem é de verificar a realidade e o contributo do centro de
acolhimento Arnald Janssen para a educação e reinserção das crianças. E para os objetivos
específicos traçamos o seguinte:
2-Conhecer os procedimentos de acolhimento das crianças no centro Arnald Janssen
3-Identificar os critérios para reinserção das crianças nas famílias e na sociedade.
4-Caracterizar as atividades diária das crianças no centro Arnald Janssen.
Reputamos de relevante o nosso trabalho já que aborda um problema real que a sociedade
angolana vive. Em Luanda um numero elevado de crianças deambulam pelas ruas, e muitas delas
vão para o CACAJ (Centro de Acolhimento de Crianças Arnald Janssen). Este trabalho é
também, um alerta para reflexão das famílias angolanas. No sentido de mudar este quadro.
Desta forma o primeiro capitulo do nosso trabalho dedicamos a compreender a reportagem de
forma teórica, olhamos para o seu conceito na perspectiva de diferentes autores, vimos os tipos
de reportagens bem como os passos todos para sua elaboração.
No segundo capitulo, olhamos para o conceito de centro de acolhimento como uma instituição
social e o seu papel na educação das crianças angolanas. O terceiro e o ultimo capitulo
apresentamos a reportagem radiofônica.
O trabalho circunscreve-se numa reportagem radiofônica, sobre o papel do Centro de
Acolhimento Arnald Janssen na educação das crianças. Localizado em Luanda no distrito urbano
de Kilamba Kiaxi, no período que vai de janeiro a abril de 2020.
Capitulo I- A reportagem
1.1Conceito de reportagem
Olhando para a realidade do jornalismo e para a diversidade de gêneros existentes,
encontraremos um que normalmente se destaca dos demais. Pela sua complexidade, abrangência
e alcance é tido no meio dos profissionais de área como governo dos gêneros.
A reportagem enquanto gênero jornalístico alberga uma serie de característica que outros gêneros
não possuem. Por isso, defini-la não é uma missão fácil, pois a reportagem, para além de ser um
autônomo, tem ainda a capacidade de agregar em si todos os outros gêneros jornalísticos.
Olhando para a etimologia da palavra reportagem o SEPAC (2007) acredita que o termo
reportagem tem origem na palavra inglesa report, que em português pode significar informar,
relatar, contar, notificar ou ainda reportar.
Ainda sobre a etimologia da palavra reportagem Rangel (2007:9) é mais profundo na sua
abordagem ``O termo reportagem vem de repórter -aquele que vai a um local onde se passa algo.
Em inglês, reporting significa ``dar conta de ``, ´´narrar. `` Reportar é dar a conhecer sobre um
assunto ao público informações precisas sobre um dado assunto de interesse público.
O termo repórter não tem apenas o sinônimo de relatar, contar, noticiar ou reportar.
Rangel mostra que este termo derivado do profissional, ou seja, do repórter, o individuo que tem
a responsabilidade de fazer a reportagem. Aqui a reportagem ganha um significado mais
consistente. Nesta altura, falar de reportagem já era falar de informação de interesse público.
O que vai ser então a reportagem? Para responder a esta indagação procuramos Vegar (1990
apud SOUSA 2001:252) que afirma:
Reportagem é a construção de uma história em que o jornalista, a partir de determinada o conhecimento, tenta conhecer todos os
factos sobre determinada realidade, todas as pessoas nela envolvidas. É antes de mais tentar perceber o que aconteceu. Mas isso
por si só não chega. É preciso escrever essa realidade, esses factos e essas pessoas num texto onde tenha espessura, textura e onde
quem lê sinta que está ``lá,`` perceba o que aconteceu, quem são as pessoas envolvidas, porque fizeram o que fizeram .
De uma forma elucida Vegar coloca-nos diante uma situação de reportagem como tal. Pois a
reportagem é senão a narração de uma historia real, em que o repórter procura juntar um grande
número de informações relevantes, sobre o assunto que está a tratar com vista a informar a
informar o seu publico com clareza e objectividade.
Enquanto a noticia é extremamente imediata a reportagem precisa de um pouco mais de tempo,
para que o repórter possa recolher o maior número de informações de modo a colocar os
telespectadores, apar do assunto a ser tratado. Sousa (2001:259) ‘’ A reportagem é um espaço
apropriado para expor causas e consequências de um acontecimento, para a contextualizar,
interpretar e aprofundar, mas sempre num estilo vivo’’.
Na reportagem, busca-se razoes que tiveram na base dos acontecimentos, para isso é preciso
muitas vezes fazer o cruzamento de informações e consultar diversas fontes de informações. A
reportagem busca ainda compreender as possíveis consequências, aprofundando o assunto ate
esgota-lo. O objetivo principal é colocar o telespectador a par dos acontecimentos.
Pessa (2011) acredita que a reportagem é concedida com vista a ampliar os factos, pois isso dará
a possibilidade do telespectador ter uma visão mais ampla sobre o assunto a ser abordado. A
reportagem vai além da notícia, pois ela dá liberdade do repórter aprofundar, a informação.
A notícia não tem mesmo grau de abrangência que a reportagem, por isso, a reportagem é tida
muitas vezes como, como sendo uma notícia ampliada. A reportagem não fica apenas nos
pormenores básicos, ela vai além, é profunda e busca pormenores que a colocam numa posição
de destaques enquanto gênero jornalístico.
Godinho (2004) A essência da reportagem, enquanto gênero jornalístico, tem aqui a sua linha
traçada, no levar algo a presença de alguém, no de levar uma noticia a presença do leitor ao
telespectador, numa circulação de história e acontecimentos.
Neste gênero jornalístico, são contadas histórias ao pormenor, onde a realidade baseada no
testemunho real de pessoas que vivenciam os acontecimentos torna-se fundamental para a
compreensão dos factos. A reportagem narra, informa, conta factos reais e de interesse público.
1.2Tipos de reportagem
A reportagem pode ser apresentada de vários estilos, agora olharemos para os tipos de
reportagens na perspectiva dos diferentes autores.
A primeira tipologia de reportagem que propomos é da autoria de Coimbra (1993) e apresenta
três tipos diferentes.
Reportagem narrativa: É o tipo de reportagem que se dedica a descrever os acontecimentos de
forma realista, olha também para as causas e consequências
Reportagem descritiva: O seu foco de abordagem recai para os sujeitos envolvidos no
acontecimento, aqui é evidenciado os acontecimentos mais importantes.
Reportagem dissertiva: Tem como objetivo interpretar os acontecimentos ocorridos.
Coimbra na sua obra apresenta três tipos de reportagens. Outras classificações são normalmente
mas extensa, apesar dessas três serem bastantes abrangentes. A reportagem descritiva que alguns
autores chamam de personalidade tem como foco o sujeito, ou seja, pretende dar a conhecer ao
público uma personalidade interessante, conhecida ou não do grande público. O objetivo é
revelar aspectos do entrevistado que despertam curiosidade, interesse e relevância. A reportagem
narrativa olha para os acontecimentos na sua totalidade, acontecimentos estes que podem ser
fenômenos naturais ou acontecimentos ligados alguns temas como desporto religião, politica etc.
Por fim, Coimbra apresenta a reportagem dissertiva que visa ajudar os telespectadores a atribuir
significados nos acontecimentos.
Apesar de terem denominações diferentes, existem varias semelhanças entre a tipologia de
reportagem de Jeam Jesper e de Coimbra. A reportagem narrativa de Coimbra equivale a
reportagem de acontecimento. Enquanto a reportagem descritiva tem o mesmo teor que a
reportagem de personalidade. Notaremos alguma diferença nos nomes atribuídos pelos autores
nas tipologias de reportagens, mas a forma de abordagem em muitos casos é a mesma.
Apresentado também três tipos de reportagens, Sodré e Ferrari (1986) propõem:
Reportagem de factos: Conta de forma objectiva diferentes tipos de acontecimentos na forma da
pirâmide invertida. Os factos são narrados em sucessão, por ordem de importância.
Reportagem de acção: Descreve-se os acontecimentos de forma detalhada seguindo uma
sequencia logica. Os acontecimentos são descritos de forma cronológica.
Reportagem documental: este tipo de reportagem é baseado em documentos, afim de esclarecer o
assunto a ser tratado.
A grande novidade aqui é a reportagem documental, que não foi mencionada pelos outros
autores apesar de ter uma proximidade com reportagem de investigação. A reportagem
documental tem nos documentos a sua principal fonte de informação e são muito uteis em casos
de investigação.
Ajudará muito o repórter saber o que se espera dele e em que espaço do jornal ou da revista a peça vai ser realizada.
Depois de saber o tema a ser abordado na reportagem, o repórter vai atras do máximo de
informação possível sobre o assunto, para não correr o risco de fazer uma reportagem sem que
haja o elemento novidade, trazendo apenas tudo aquilo que já foi dito sobre o assunto. Nesta
altura, o repórter deverá consultar seus colegas ou outras pessoas que lhe ajudaram a
compreender melhor o assunto que vai abordar, bem como o formato que vai dar a própria
reportagem.
Gradim (2008:89) por sua vez orienta ‘É durante esta fase de preparação que o jornalista decide,
em conjunto com editores e chefias, o tema do trabalho, o ângulo de abordagem a utilizar, e
ainda os passos que deverão ser seguidos durante a realização do trabalho em campo.’’
Todo trabalho resulta de um prévio processo de preparação, assim a reportagem não foge da
regra. Antes mesmo de se elaborar a reportagem não foge da regra. Antes mesmo de se elaborar
a reportagem, deve-se levar em conta alguns elementos importantes. O tema por exemplo poderá
influenciar no ângulo da abordagem a ser utilizado e com base nisso será definidos os passos
seguintes, tudo parte de uma preparação antecipada.
De uma forma mais detalhada, Rangel (2007) aponta os passos a serem dados na realização de
uma reportagem. Analise das informações com profundidade; Busca dos antecedentes; Busca das
diferentes perspectivas, circunstância as consequências dos acontecimentos; Explicação e
interpretação dos acontecimentos de forma clara; Fornecimento o maior número de informação
possível; Uso da função emotiva e poética com auxílio da função informativa e narração dos
acontecimentos; Explicação e interpretação dos acontecimentos de forma criativa.
Nos passos apresentados por Rangel queremos destacar alguns pontos que são de extrema
importância no acto de elaboração de uma reportagem. A analise bem feita das informações de
forma profunda é um passo muito importante sob pena do jornalista passar para o publico
informações que não casam com a realidade e com a verdade informativa. É ainda igualmente
importante buscar diferentes perspectivas para que o jornalista não seja parcial. Por fim, o
jornalista deve ter uma escrita criativa, de modos a despertar a atenção daqueles que
acompanham o seu trabalho.
Antes mesmo de seguir as fases que permitiram construir a reportagem, Gradim chama atenção
para importância da preparação que deve ser feita com antecedência, com vista emitir erros
futuros. A preparação deve sempre ser feita em conjunto, de modos a produzir bons resultados.
Xavier; Rodrigues (2013) descrevem a reportagem como sendo um processo bastante complexo
e para sua elaboração é necessário que sejam cumpridas algumas etapas. Na sua concepção é
preciso que seja feita a preparação da pauta, apuração da informação , entrevista, texto
jornalístico e por fim a edição.
Cada uma destas fases é muito importante e deve ser trabalhada com bastante atenção. A pauta é
o documento que contem da peça bem como elementos indispensáveis para realização da
reportagem como ângulo de abordagem, fontes de informação etc. De seguida é feita a
preparação da informação para verificar a sua veracidade e o interesse público da mesma.
Entrevista servira para colher a informação das diferentes fontes. Logo após as entrevistas o
repórter tratara de redigir o texto jornalístico baseados em todos os dados recolhidos e por fim o
texto chegará a edição afim de ser finalizada a reportagem.
2-Ângulo de abordagem
Nesta reportagem queremos mostrar a realidade das crianças que vivem no centro Arnald
Janssen. A importância do mesmo, no que toca a educação e reinserção da criança na família e
na sociedade Angolana.
COIMBRA, Osvaldo. O texto da reportagem: um curso sobre estrutura. São Paulo: Ática, 1993.
MELO, José Marques de. A opinião no jornalismo Brasileiro. São Paulo: Vozes, 1985.
RANGEL. José Alberto. Como fazer uma reportagem, Luanda Manuscritus, 2007.
SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnicas de reportagem: notas sobre a narrativa
jornalística.6ªed. São Paulo: Summus, 1986.
SOUSA. Pedro. Jorge. Elementos do jornalismo imprenso. Porto. 2001.
XAVIER, Aline; RODRIGUES, Liliana. Técnicas e praticas para elaborar reportagens
jornalísticas. Intercom -Sociedade brasileira de estudo interdisciplinares da comunicação XII
Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte – Manuais. Disponível
em:https//portalintercom.org.br/canais //norte20013/resumos/R34-0170-1.pdf
APENDÎCE
Pauta
Trabalho: Reportagem
Guião de entrevistas
Anexos 1
Entrevista ao director do CACAJ, João Facatino
Data:01/03/2021
P: Senhor Facatino, conta-nos por favor quem fundou o centro e como começou?
R:O CACAJ foi fundado nos anos noventa, pelo missionário do verbo divino padre Horácio. Em
companhia de alguns jovens da paróquia de cristo rei e a irmã Maria da Luta. Em 1993 deram
início a um projecto em Luanda, isto é, iam as ruas de Luanda a procura de crianças, sem abrigo
vindas de outras províncias do país, devido a guerra que lá se fazia sentir. Com tempo, passaram
a reunir-se na fortaleza ilha de Luanda. Depois com ajuda da arquidiocese de Luanda, cederam
espaço no palanca onde montaram várias tendas. Local onde os jovens eram atendidos.
Mas tarde com ajuda da BP (Bris petróleo) e algumas entidades governamentais, como o INAC
(Instituto Nacional da Criança), MINARS (Ministério de Reinserção Social), construiu-se o
actual edifício, CACAJ (Centro de Acolhimento Arnald Janssen), também conhecido centro do
padre Horácio. Com capacidade de abrigar mais de duzentas crianças.
P: Quais sãoo as causas que fazem com que muitas crianças vão parar o centro?
R: Nós achamos que actualmente as famílias não estão bem preparadas para poderem educar os
filhos, no sentido de que quando a criança começa a demonstrar algum comportamento que não é
do agrado dos pais, uma certa indisciplina, uma certa inriquietabilidade, a tendência é deixarem
de fazerem o seu trabalho de pais e tentarem entregar a uma instituição como, a nossa ou fazem
com que a criança realmente fuja de casa e vai parar rua, e aqueles casos que tem haver com
feitiçaria, em que a resistência é ainda maior por parte da famílias em aceitar a criança. No
princípio a principal causa era a guerra. Atualmente as principais causas são a pobreza, o
problema da acusação de feitiçaria, e o tráfico de crianças.
P: Qual é o papel e o contributo do centro na educação das crianças?
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R: Desde que o centro foi fundado, já passaram pelo centro mais sete mil crianças e actualmente
são pais de famílias, alguns têm empresas próprias pessoas que passaram pelo centro e
reconhecem o beneficio que o centro fez nas vidas, deles estão a contribuir positivamente na
sociedade.
P: Como e feito o processo de selecçaõ para abrigar as crianças ao centro Arnald Janssen?
R: Em primeiro lugar tem haver com a idade, nós só acolhemos dos sete aos catorze anos.
Abaixo dos sete nós encaminhamos ao lar Cuzola que tem melhores condições do que nós, acima
dos catorze também não já não aceitamos porque dificilmente a criança acima dessa idade vai se
adaptar ao estilo de vida que nós levamos.
R:
13
R:Há uma equipa designada EM (equipa móvel), financiada pelo fundo da união europeia que
faz o trabalho de rua. As noites, esta equipa sai pelas ruas para fazer a recolha, visitam os
diferentes focos da cidade de Luanda. É neste processo de diálogo com as crianças, se elas
reunirem os requisitos que tem haver com a idade, dos sete aos catorze anos de idade,
dos sete vai ao lar Cuzola, acima dos catorzes não recebemos devido a adaptação. Algumas são
trazidas pelo INAC (Instituto Nacional da Criança).
R:
P: Quais são as necessidades do CACAJ ?e para que servem as campanhas de apadrinhamento?
R: Temos necessidade em primeiro lugar aspecto financeiro, que tem haver com o pagar os
subsídios aos funcionários do centro, naturalmente os funcionários tem o seu problemas
financeiros. Se o centro não tem finanças para pagar o funcionário a qualidade de serviço vai
diminuir.
Para além das dificuldades matérias, o CACAJ, enfrenta necessidades financeira. No que toca o
pagamento do subsidio aos funcionários do centro, e aos custos fixos que estão ligados ao
projecto. Necessidades de caris logístico, tem haver com comida, água, luz. Uma vez que o
centro não tem patrocinador, que auxilia mensalmente. Há também necessidade em melhorar a
qualidade de serviço no centro, no que concerne aos quadros de formação.
Por outra, os jovens quando atingem a idade adulta, a dificuldades em reinseri-los no mercado
de trabalho.
R:
As campanhas de apadrinhamento servem para gestão e manutenção do centro. De vez em
quando o kero distribui com alguns produtos em vários centros tal como a o Mega e a Martal,
também fazem o mesmo.
P: Para além de centro de acolhimento, também é um centro de formação profissional. Fala-nos
dos cursos que são ministrados no centro?
R:Actualmente, o centro tem os cursos de estofo e de informática. Alguns jovens são
enquadrados em empresas como a Teixeira Duarte Automóvel (TDA), (REFREANGO), e o
centro profissional do cazenga.
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14
Anexo 2
Entrevista ao Coordenador da área da Educação do CACAJ
Data:01/03/2021
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Anexo 3
Entrevista com Senhor Manuel Calombo, educador Social
Data:01/03/2021
P:Senhor Manuel como educador social qual é a sua opinião em relação ao papel do centro de
acolhimento na educação da criança?
R: Nos tempos livres, as crianças tem realizado diversas atividades. Desde aulas de explicação,
ministrada pelos estagiários do ramo da educação, e também por alguns adolescentes e jovens do
centro. Aulas de música, jogam futebol e dama.
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16
Anexo 5
Entrevista com duas criançasdois acolhida no CACAJ, Domingos e Nzunzi
Data:01/03/2021
P: Domingos, como chegou ao Centro Arnald Janssen e como tem sido a sua convivência no
centro?
R: Cheguei no centro de criança bebe do colo , mas antes estava no centro chamado Lar Cuzola
cresci sempre lá. Saindo do Lar Cuzola me transferiram para o centro do padre Horácio, é um
centro que me recebeu muito bem e estou aprender muitas formações que tenho aqui na cabeça
tenho informática, inglês estofo, marcenaria, etcDomingos foi levado ao lar Cuzola, quando
ainda criança. Mais tarde foi transferido para o CACAJ, também conhecido como centro do
padre Horácio. Segundo ele, já aprendeu variadas formações, como estofo, maquinaria,
informática e inglês.
P: Como chegaste até o centro?
R: Me acusaram de feiticeiro, me trouxeram aqui no meu tio. Eu acordo arrumo a minha cama,
me escovo, banho, vou a escola. Acuasado de feitiçaria pelo seu tio, foi expulso de casa. afirmou
o pequeno Nzunsi que, encontrou no centro o amparo que o tio se negou a dar.
198
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Anexo 6
Entrevista ao Sociólogo Carlos
P:Senhor Carlos da conceição, qual é sociólogo, destaca o papel do centrodos centros de
acolhimento no que toca a educaçãoo processo de integração e formação da criança?.
R:Os centros de acolhimentos relativamente as crianças, desempenham um papel importante, na
perspectiva de socialização, formação de personalidade da criança. E como instituição
socializadora, contribui significativamente no desenvolvimento psico-social da criança. Por outra
jogam um papel fundamental, porque hoje em dia tem se registado uma diminuição no fenómeno
de crianças na rua. Pese embora, em alguns centros de acolhimentos podemos encontrar várias
deficiências, como a falta de técnicos específicos, que deviam fazer acompanhamento
sistemático as crianças. Portanto estamos a falar de crianças que perderam os pais, abandonaram
suas casas por vários motivos, como desestruturação das famílias, entre outros. E os centros de
acolhimento aparecem para dar este reforço.
P:Senhor Conceição, uma criança que cresce na rua chega a ser um indivíduo com dificuldade de
se reinserir na sociedade?
R:Sim. Porque a questão dos papeis sociais, quer seja do ponto de vista masculino ou feminino,
um indivíduo que cresce nas ruas vai crescer desprovido desses papéis. Pode até ter, mas por
aquisição, observação, mas não será suficiente porque ele foi crescer sem elementos suficientes
de socialização, como por exemplo: afecto, carinho, amor, a valorização. Entretanto diante destes
elementos, qualquer indivíduo que cresce fora do seio familiar, ou outra instituição social, chega
a ter dificuldades de adaptação, correspondência das expectativas do grupo.
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Anexo 6
Entrevista ao psicólogo Pache Pedro
Data:01/03/2021
12019
CONCLUSÃO
Esta reportagem divulga, uma realidade muitas vezes silenciada pelos órgãos de comunicação. Já
que, poucas vezes, o assunto não vem a público. No entanto os centros de acolhimento
desempenham um papel fundamental em qualquer sociedade, no que tange a educação e
reintegração da criança na sociedade. Feita a reportagem que se propos a verificar a realidade e o
contributo do centro de acolhimento Arnald Janssen para a educação e reinserção das crianças.
ÍNDICE
Introdução
……………………………………………………………………….........1
Capitulo I-
Metodologia……………………………………………..........................2
Capítulo II - A Reportagem Jornalística..........................................................3
1.2-Tipos de Reportagens.
…………………………………..............................................4
1.3-Estrutura da
reportagem………………………………………………........................5
1.4-Caracteristica da
reportagem…………………………………………………............5
Capitulo III – Tema (Reportagem)........................................................................6
2.1-História do surgimento do Centro de Acolhimento Arnald
Janssen………………......9
2.2-Objetivos do centro de acolhimento Arnald
Janssen...................................................10
2.3-Localizaçã do Centro de acolhimento Arnald
Janssen................................................11
2.4-A importância do centro de acolhimento Arnald Janssen na educação da
criança.......12
2.4-Dificuldades do centro de acolhimento Arnald
Janssen..............................................13
2.5-Projectos do Centro de acolhimento Arnald
Janssen...................................................14
Anexos.........................................................................................................................
.....10
Anexo 1-Entrevista com o director do centro de acolhimento Arnld
Janssen………….11
Anexo 2-Entrevista com o coordenador de educação do
CACAJ......................................12
Anexo 3-Entrevista com o assistente social Manuel
Calombo..........................................13
Anexo 4-Entrevista com o psicólogo Pache
Pedro...........................................................14
Anexo 5-Entrevista com o sociólogo Carlos
Conceição....................................................15
Conclusões…………………………………………………………………………...
.....16
Referencias
Bibliográficas……………………………………………………………....17