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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

O PAPEL DOS CENTROS DE ACOLHIMENTO NA EDUCAÇÃO


DA CRIANÇA
(O centro de acolhimento Arnald Janssen- Palanca)
Gênero: Reportagem: radiofônica

Estudante: Marineza Bravo da Costa Jorge

Trabalho de fim de curso apresentado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade


Agostinho Neto como requisito para obtenção do grau de licenciatura em Comunicação Social
orientado pela Mestre Conceição da Silva Neto

Luanda, 2021
INDÍCE
DEDICATÓRIA..........................................................................................................
AGRADECIMENTOS................................................................................................
RESUMO.....................................................................................................................
ABSTRAT...................................................................................................................
SIGLAS E ACRÓNIMOS...........................................................................................
INTRODUÇÃO...........................................................................................................
Capitulo I- A reportagem.............................................................................................
1.1 Conceito de reportagem.........................................................................................

1.2 Tipos de reportagem..............................................................................................

1.3 Como preparar uma reportagem ...........................................................................

1.4 Fases de elaboração de uma reportagem...............................................................

Capitulo II- O centro de acolhimento Arnald Janssen.................................................

2.1Conceito de centro de acolhimento.......................................................................

2.2 Vantagens e desvantagens dos centros de acolhimento........................................

2.3 Factores que causam o aumento de crianças nos centros de acolhimento............

Capitulo III- Apresentação da reportagem..................................................................

3.1 Estrutura da reportagem.........................................................................................

3.2 Ângulo de abordagem............................................................................................


3.4 Dificuldades encontradas na realização da reportagem.........................................
CONCLUSÃO.............................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................

Pauta............................................................................................................................

Guião de entrevistas.....................................................................................................
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha falecida mãe, por tudo que fez para mim, aos meu filhos para que
sigam o exemplo e em especial o meu marido pelo encorajamento.
AGRADECIMENTOS

À minha falecida mãe, senhora Cecilia Tomás José, por tudo o que fez por mim.
Ao meu marido Acides da Costa Jorge, pelo encorajamento e companheirismo.
Aos professores faculdade de ciências social.
Aos colegas do curso de comunicação social.
Aos meus familiares e a todos que directa ou indirectamente colaboraram para tornar possível
este trabalho.
RESUMO
ABSTRAT
Estrutura a ter em conta na elaboração de uma reportagem de rádio
A reportagem radiofónica, à semelhança de outros tipos de reportagem (seja
impressa, seja televisiva, seja online) deve ter um título identificativo do tema que
a reportagem apresenta. Da mesma forma poderá ter um subtítulo ou apresentação
inicial, uma espécie de resumo, em que poderá ser apresentada a abordagem que se
deu ao tema. O desenvolvimento da reportagem radiofónica é semelhante ao de
uma reportagem televisiva ou impressa, apenas é comunicado de forma diferente:
de forma falada. Como tal o jornalista deve ter em conta que o ouvinte não tem um
suporte de imagem como acontece por exemplo na televisão e como tal deve haver
preocupação de narrar os factos de forma percetível e de forma a que o ouvinte se
consiga integrar no ambiente apenas pela descrição mas também com sons e áudios
extra, recolhidos previamente pela equipa de jornalistas/repórteres e que vão
depois enriquecer a reportagem e formar o produto final que irá ser ouvido pelo
público. Por exemplo sons relacionados com a natureza, se o tema se passar no
campo, sons relacionados com o mar ou com as gaivotas, se o tema for relacionado
com praia, sons de aviões se a temática for algo relacionado com a indústria da
aviação e etc. A edição da reportagem deve incluir os relatos das fontes de
informação ouvidas durante as entrevistas e pode ser complementada – quando
disponível numa plataforma online – com imagens ou mais áudios extra
reportagem.

Estrutura a ter em conta na elaboração de uma reportagem de rádio


A reportagem radiofónica, à semelhança de outros tipos de reportagem (seja
impressa, seja televisiva, seja online) deve ter um título identificativo do tema que
a reportagem apresenta. Da mesma forma poderá ter um subtítulo ou apresentação
inicial, uma espécie de resumo, em que poderá ser apresentada a abordagem que se
deu ao tema. O desenvolvimento da reportagem radiofónica é semelhante ao de
uma reportagem televisiva ou impressa, apenas é comunicado de forma diferente:
de forma falada. Como tal o jornalista deve ter em conta que o ouvinte não tem um
suporte de imagem como acontece por exemplo na televisão e como tal deve haver
preocupação de narrar os factos de forma percetível e de forma a que o ouvinte se
consiga integrar no ambiente apenas pela descrição mas também com sons e áudios
extra, recolhidos previamente pela equipa de jornalistas/repórteres e que vão
depois enriquecer a reportagem e formar o produto final que irá ser ouvido pelo
público. Por exemplo sons relacionados com a natureza, se o tema se passar no
campo, sons relacionados com o mar ou com as gaivotas, se o tema for relacionado
com praia, sons de aviões se a temática for algo relacionado com a indústria da
aviação e etc. A edição da reportagem deve incluir os relatos das fontes de
informação ouvidas durante as entrevistas e pode ser complementada – quando
disponível numa plataforma online – com imagens ou mais áudios extra
reportagem.

Na introdução do seu projeto você deve demonstrar o tema que será


desenvolvido, justificar a importância do estudo, delimitar o problema/hipótese,
apresentar a metodologia e mostrar os objetivos do trabalho, relacionando os
tópicos principais. Na introdução, evita-se textos longos e antecipação de
resultados. A introdução é uma das primeiras impressões que o leitor terá sobre seu
projeto, por isso tem que caprichar no texto para gerar interesse em continuar a
leitura do seu trabalho.
Dicas para escrever uma boa introdução: apesar de ser um dos primeiros
elementos apresentados no projeto, este deve ser umas das últimas coisas feitas no
seu trabalho, afinal você precisa do seu trabalho completo para poder introduzi-lo
adequadamente. Deve ter em torno de 10 parágrafos que apresentem o tema, o
problema de pesquisa, objetivos e metodologia. Deixe claro o que será investigado
e porque esse tema é relevante sem se aprofundar no assunto.
+

INTRODUÇÃO
Na cidade de Luanda é notável a presença de várias crianças, a deambularem pelas ruas por
vários motivos. Muitas delas são órfãos, abandonadas e acusadas de feitiçaria, pelos próprios
familiares. Os centros de acolhimento aparecem assim como instituições caridosas que acolhem
e abrigam estas crianças, procurando oferecer a elas amor, carinho, aconchego e a proteção que
lhes foi negado.
O trabalho dessas instituições, é também tornar possível o regresso dessas crianças ao convívio
familiar e social. Em Angola existem vários centros de acolhimento. Que se dedicam a ajudar
estas crianças. São no total 103 instituições de acolhimento público e privado de acordo o jornal
da Angop publicado no dia 09.09.2014.
Luanda encabeça a lista com dezassete centros, seguida da Huila com dezasseis e Benguela com
catorze. Em Luanda podemos encontrar os seguintes centros: Lar Cuzola, Lar Pequena Semente,
Centro de Acolhimento Santa Madalena, Centro de Acolhimento Criança Feliz, Centro de
Acolhimento Meninas do Horizonte Azul, Centro de Acolhimento e Jovens Desamparadas.
Todos estes centros procuram proporcionar a´medida das suas possíveis condições tais como
um lar, saúde, educação e alimentação tal como o amor e aconchego que lhes foi negado no seio
familiar.
Os centros de acolhimento passam acolher crianças órfãos e crianças abandonadas. No começo o
CACAJ acolhia apenas crianças órfãos do conflito armado. Com o passar do tempo, com o
passar do tempo, os problemas sociais e econômicos do país obrigaram o Centro de acolhimento
Arnald Jassen a colher não só crianças órfãs, como também abandonadas pelos familiares.
Localizado em Luanda no distrito urbano do Kilamba Kiaxi, hoje recebe crianças de diversas
áreas de Luanda. Pergunta de partida
Quais os factores que concorrem para o aumento de crianças no centro de acolhimento Arnald
Janssen?
Para responder a presente questão de partida sugerimos as seguintes hipóteses:
a)
b)
c)
Este trabalho pretende trazer, através da reportagem radiofônica, esta realidade muitas vezes
silenciada pelos órgãos de comunicação, já que, poucas vezes, o assunto vem a público. Assim
para sua elaboração, dividimo-la da seguinte forma :a primeira parte é a teórica. A aqui
abordamos o conceito de reportagem como um dos gêneros jornalístico e a segunda parte prática,
traz a reportagem radiofônica.
O trabalho do centro de Acolhimento de Crianças Arnald Janssen é importante já que muitas
crianças aprendem variadas profissões, o que projecta benefícios para o futuro. Quando elas
forem adultas, e deixarem o centro, poderão reinserir-se com mais facilidade na sociedade. O que
demonstra o importante papel dessas instituições de acolhimento, na educação das crianças.
O objetivo geral desta reportagem é de verificar a realidade e o contributo do centro de
acolhimento Arnald Janssen para a educação e reinserção das crianças. E para os objetivos
específicos traçamos o seguinte:
2-Conhecer os procedimentos de acolhimento das crianças no centro Arnald Janssen
3-Identificar os critérios para reinserção das crianças nas famílias e na sociedade.
4-Caracterizar as atividades diária das crianças no centro Arnald Janssen.
Reputamos de relevante o nosso trabalho já que aborda um problema real que a sociedade
angolana vive. Em Luanda um numero elevado de crianças deambulam pelas ruas, e muitas delas
vão para o CACAJ (Centro de Acolhimento de Crianças Arnald Janssen). Este trabalho é
também, um alerta para reflexão das famílias angolanas. No sentido de mudar este quadro.
Desta forma o primeiro capitulo do nosso trabalho dedicamos a compreender a reportagem de
forma teórica, olhamos para o seu conceito na perspectiva de diferentes autores, vimos os tipos
de reportagens bem como os passos todos para sua elaboração.
No segundo capitulo, olhamos para o conceito de centro de acolhimento como uma instituição
social e o seu papel na educação das crianças angolanas. O terceiro e o ultimo capitulo
apresentamos a reportagem radiofônica.
O trabalho circunscreve-se numa reportagem radiofônica, sobre o papel do Centro de
Acolhimento Arnald Janssen na educação das crianças. Localizado em Luanda no distrito urbano
de Kilamba Kiaxi, no período que vai de janeiro a abril de 2020.

Capitulo I- A reportagem
1.1Conceito de reportagem
Olhando para a realidade do jornalismo e para a diversidade de gêneros existentes,
encontraremos um que normalmente se destaca dos demais. Pela sua complexidade, abrangência
e alcance é tido no meio dos profissionais de área como governo dos gêneros.
A reportagem enquanto gênero jornalístico alberga uma serie de característica que outros gêneros
não possuem. Por isso, defini-la não é uma missão fácil, pois a reportagem, para além de ser um
autônomo, tem ainda a capacidade de agregar em si todos os outros gêneros jornalísticos.
Olhando para a etimologia da palavra reportagem o SEPAC (2007) acredita que o termo
reportagem tem origem na palavra inglesa report, que em português pode significar informar,
relatar, contar, notificar ou ainda reportar.
Ainda sobre a etimologia da palavra reportagem Rangel (2007:9) é mais profundo na sua
abordagem ``O termo reportagem vem de repórter -aquele que vai a um local onde se passa algo.
Em inglês, reporting significa ``dar conta de ``, ´´narrar. `` Reportar é dar a conhecer sobre um
assunto ao público informações precisas sobre um dado assunto de interesse público.
O termo repórter não tem apenas o sinônimo de relatar, contar, noticiar ou reportar.
Rangel mostra que este termo derivado do profissional, ou seja, do repórter, o individuo que tem
a responsabilidade de fazer a reportagem. Aqui a reportagem ganha um significado mais
consistente. Nesta altura, falar de reportagem já era falar de informação de interesse público.
O que vai ser então a reportagem? Para responder a esta indagação procuramos Vegar (1990
apud SOUSA 2001:252) que afirma:
Reportagem é a construção de uma história em que o jornalista, a partir de determinada o conhecimento, tenta conhecer todos os
factos sobre determinada realidade, todas as pessoas nela envolvidas. É antes de mais tentar perceber o que aconteceu. Mas isso
por si só não chega. É preciso escrever essa realidade, esses factos e essas pessoas num texto onde tenha espessura, textura e onde
quem lê sinta que está ``lá,`` perceba o que aconteceu, quem são as pessoas envolvidas, porque fizeram o que fizeram .

De uma forma elucida Vegar coloca-nos diante uma situação de reportagem como tal. Pois a
reportagem é senão a narração de uma historia real, em que o repórter procura juntar um grande
número de informações relevantes, sobre o assunto que está a tratar com vista a informar a
informar o seu publico com clareza e objectividade.
Enquanto a noticia é extremamente imediata a reportagem precisa de um pouco mais de tempo,
para que o repórter possa recolher o maior número de informações de modo a colocar os
telespectadores, apar do assunto a ser tratado. Sousa (2001:259) ‘’ A reportagem é um espaço
apropriado para expor causas e consequências de um acontecimento, para a contextualizar,
interpretar e aprofundar, mas sempre num estilo vivo’’.
Na reportagem, busca-se razoes que tiveram na base dos acontecimentos, para isso é preciso
muitas vezes fazer o cruzamento de informações e consultar diversas fontes de informações. A
reportagem busca ainda compreender as possíveis consequências, aprofundando o assunto ate
esgota-lo. O objetivo principal é colocar o telespectador a par dos acontecimentos.
Pessa (2011) acredita que a reportagem é concedida com vista a ampliar os factos, pois isso dará
a possibilidade do telespectador ter uma visão mais ampla sobre o assunto a ser abordado. A
reportagem vai além da notícia, pois ela dá liberdade do repórter aprofundar, a informação.
A notícia não tem mesmo grau de abrangência que a reportagem, por isso, a reportagem é tida
muitas vezes como, como sendo uma notícia ampliada. A reportagem não fica apenas nos
pormenores básicos, ela vai além, é profunda e busca pormenores que a colocam numa posição
de destaques enquanto gênero jornalístico.
Godinho (2004) A essência da reportagem, enquanto gênero jornalístico, tem aqui a sua linha
traçada, no levar algo a presença de alguém, no de levar uma noticia a presença do leitor ao
telespectador, numa circulação de história e acontecimentos.
Neste gênero jornalístico, são contadas histórias ao pormenor, onde a realidade baseada no
testemunho real de pessoas que vivenciam os acontecimentos torna-se fundamental para a
compreensão dos factos. A reportagem narra, informa, conta factos reais e de interesse público.

1.2Tipos de reportagem
A reportagem pode ser apresentada de vários estilos, agora olharemos para os tipos de
reportagens na perspectiva dos diferentes autores.
A primeira tipologia de reportagem que propomos é da autoria de Coimbra (1993) e apresenta
três tipos diferentes.
Reportagem narrativa: É o tipo de reportagem que se dedica a descrever os acontecimentos de
forma realista, olha também para as causas e consequências
Reportagem descritiva: O seu foco de abordagem recai para os sujeitos envolvidos no
acontecimento, aqui é evidenciado os acontecimentos mais importantes.
Reportagem dissertiva: Tem como objetivo interpretar os acontecimentos ocorridos.
Coimbra na sua obra apresenta três tipos de reportagens. Outras classificações são normalmente
mas extensa, apesar dessas três serem bastantes abrangentes. A reportagem descritiva que alguns
autores chamam de personalidade tem como foco o sujeito, ou seja, pretende dar a conhecer ao
público uma personalidade interessante, conhecida ou não do grande público. O objetivo é
revelar aspectos do entrevistado que despertam curiosidade, interesse e relevância. A reportagem
narrativa olha para os acontecimentos na sua totalidade, acontecimentos estes que podem ser
fenômenos naturais ou acontecimentos ligados alguns temas como desporto religião, politica etc.
Por fim, Coimbra apresenta a reportagem dissertiva que visa ajudar os telespectadores a atribuir
significados nos acontecimentos.
Apesar de terem denominações diferentes, existem varias semelhanças entre a tipologia de
reportagem de Jeam Jesper e de Coimbra. A reportagem narrativa de Coimbra equivale a
reportagem de acontecimento. Enquanto a reportagem descritiva tem o mesmo teor que a
reportagem de personalidade. Notaremos alguma diferença nos nomes atribuídos pelos autores
nas tipologias de reportagens, mas a forma de abordagem em muitos casos é a mesma.
Apresentado também três tipos de reportagens, Sodré e Ferrari (1986) propõem:
Reportagem de factos: Conta de forma objectiva diferentes tipos de acontecimentos na forma da
pirâmide invertida. Os factos são narrados em sucessão, por ordem de importância.
Reportagem de acção: Descreve-se os acontecimentos de forma detalhada seguindo uma
sequencia logica. Os acontecimentos são descritos de forma cronológica.
Reportagem documental: este tipo de reportagem é baseado em documentos, afim de esclarecer o
assunto a ser tratado.
A grande novidade aqui é a reportagem documental, que não foi mencionada pelos outros
autores apesar de ter uma proximidade com reportagem de investigação. A reportagem
documental tem nos documentos a sua principal fonte de informação e são muito uteis em casos
de investigação.

1.3 Como preparar uma reportagem


Por ser um processo bastante complexo e abrangente, a reportagem requer um certo cuidado na
sua concepção. Por isso ela exige uma certa preparação. A recolha e tratamento de informação
pedem do profissional muita cautela. Como se trata de reproduzir um assunto em profundidade,
ela deverá ser cuidadosamente investigada, com total imparcialidade na apresentação.
Antes mesmo da sua concepção, o jornalista deve estar preparado para dedicar o seu tempo na
elaboração da matéria, uma vez que a realização de uma reportagem implicara fazer uma
investigação. Por sua vez esta investigação pode significar comparar informações, conversar e
avaliar diferentes fontes de informação, colher informações de especialistas etc.
Por sua vez Sousa (2001)
Sempre que possível, o repórter deve documentar-se sobre o assunto que vai cobrir e estuda-lo profundamente. Deve
ainda recorrer a opinião de colegas e particularmente das chefias sobre as questões a colocar as fontes, os dados a
obter, o âmbito das investigações, os métodos a empregar, o plano a desenvolver, o enquadramento da reportagem, o
tipo de enunciado etc.

Ajudará muito o repórter saber o que se espera dele e em que espaço do jornal ou da revista a peça vai ser realizada.

Depois de saber o tema a ser abordado na reportagem, o repórter vai atras do máximo de
informação possível sobre o assunto, para não correr o risco de fazer uma reportagem sem que
haja o elemento novidade, trazendo apenas tudo aquilo que já foi dito sobre o assunto. Nesta
altura, o repórter deverá consultar seus colegas ou outras pessoas que lhe ajudaram a
compreender melhor o assunto que vai abordar, bem como o formato que vai dar a própria
reportagem.
Gradim (2008:89) por sua vez orienta ‘É durante esta fase de preparação que o jornalista decide,
em conjunto com editores e chefias, o tema do trabalho, o ângulo de abordagem a utilizar, e
ainda os passos que deverão ser seguidos durante a realização do trabalho em campo.’’
Todo trabalho resulta de um prévio processo de preparação, assim a reportagem não foge da
regra. Antes mesmo de se elaborar a reportagem não foge da regra. Antes mesmo de se elaborar
a reportagem, deve-se levar em conta alguns elementos importantes. O tema por exemplo poderá
influenciar no ângulo da abordagem a ser utilizado e com base nisso será definidos os passos
seguintes, tudo parte de uma preparação antecipada.
De uma forma mais detalhada, Rangel (2007) aponta os passos a serem dados na realização de
uma reportagem. Analise das informações com profundidade; Busca dos antecedentes; Busca das
diferentes perspectivas, circunstância as consequências dos acontecimentos; Explicação e
interpretação dos acontecimentos de forma clara; Fornecimento o maior número de informação
possível; Uso da função emotiva e poética com auxílio da função informativa e narração dos
acontecimentos; Explicação e interpretação dos acontecimentos de forma criativa.
Nos passos apresentados por Rangel queremos destacar alguns pontos que são de extrema
importância no acto de elaboração de uma reportagem. A analise bem feita das informações de
forma profunda é um passo muito importante sob pena do jornalista passar para o publico
informações que não casam com a realidade e com a verdade informativa. É ainda igualmente
importante buscar diferentes perspectivas para que o jornalista não seja parcial. Por fim, o
jornalista deve ter uma escrita criativa, de modos a despertar a atenção daqueles que
acompanham o seu trabalho.

1.3Fases de elaboração da reportagem


A reportagem é um gênero jornalístico que obedece a algumas fases. Estas fases permitirão a
construção de uma matéria jornalística de caráter informativo. Pela sua dimensão e abrangência é
preciso que sejam seguidos a rigor alguns passos para sua elaboração.
Para nos ajudar a compreender estes passos Gradim (2000:89) afirma:
Pelas suas características a reportagem é um trabalho normalmente preparado com certas antecedências nas
redações. É durante está fase de preparação que o jornalista decide, em conjunto com editores e chefias, o tema do
trabalho, o ângulo de abordagem a utilizar, e ainda os passos que deverão ser seguidos durante a realização do
trabalho de campo.

Antes mesmo de seguir as fases que permitiram construir a reportagem, Gradim chama atenção
para importância da preparação que deve ser feita com antecedência, com vista emitir erros
futuros. A preparação deve sempre ser feita em conjunto, de modos a produzir bons resultados.
Xavier; Rodrigues (2013) descrevem a reportagem como sendo um processo bastante complexo
e para sua elaboração é necessário que sejam cumpridas algumas etapas. Na sua concepção é
preciso que seja feita a preparação da pauta, apuração da informação , entrevista, texto
jornalístico e por fim a edição.
Cada uma destas fases é muito importante e deve ser trabalhada com bastante atenção. A pauta é
o documento que contem da peça bem como elementos indispensáveis para realização da
reportagem como ângulo de abordagem, fontes de informação etc. De seguida é feita a
preparação da informação para verificar a sua veracidade e o interesse público da mesma.
Entrevista servira para colher a informação das diferentes fontes. Logo após as entrevistas o
repórter tratara de redigir o texto jornalístico baseados em todos os dados recolhidos e por fim o
texto chegará a edição afim de ser finalizada a reportagem.

Capitulo II- Centro de acolhimento Arnald Janssen


No segundo capitulo do trabalho, abordaremos a problemática sobre o aumento de crianças nas
fora do seio familiar

2.1 Conceito de centro de centro de acolhimento e o surgimento de cacaj


Na cidade de Luanda é notável a presença de várias crianças, a deambularem pelas ruas por
vários motivos. Muitas delas são órfãos, abandonadas, e acusadas de feiticeiras, pelos próprios
familiares. Centro de Acolhimento é uma resposta social que surge para atender às necessidades
das crianças em situação de risco, devendo caracterizar-se, fundamentalmente por garantir o
acolhimento imediato e absolutamente transitório de crianças em situações de urgência,
decorrentes de abandono, maus tratos, negligência ou outros factores que comprometam a sua
integridade física e psicológica, num ambiente o mais próximo possível do familiar.
Os centros de acolhimento aparecem assim como instituições caridosas que acolhem e abrigam
estas crianças, procurando oferecer a elas amor, carinho, aconchego, e a proteção que lhes foi
negado.
merecemO CACAJ foi fundado nos anos noventa, depois do fracasso das primeiras eleições em
1992. Em 1993 o missionário do verbo divino padre Horácio em companhia de alguns jovens, da
paróquia de cristo rei e a irmã Maria da Luta Bungo serva do espírito santo, deram início ao
trabalho de ruas visitando as crianças que viviam nas ruas, conhecidos como sem abrigo,
pronenientes de outras provincias do país devido a Guerra que lá se fazia sentir.
Reuniam na Fortaleza ilha de Luanda, ao longo tempo, com ajuda arquidiocese de Luanda,
cederam espaço no palanca onde montaram varias tendas, local onde os jovens eram atendidos,
Depois com ajuda da BP (Bris petróleo) e algumas entidades governamentais, como o INAC
(Instituto Nacional da Criança), MINARS (Ministério de Reinserção Social), construiu-se o
actual edifício, CACAJ (Centro de Acolhimento Arnald Janssen). Também conhecido como
Centro do padre Óracio, que conta com mais de vinte anos. Com capacidade de abrigar mais de
duzentas crianças. .1

Capitulo III- Apresentação da reportagem


3.1 Estrutura da reportagem
Antes de elaborarmos a pauta, primeiro escolhemos o tema e começamos a nossa pesquisa.
Fizemos varias leituras sobre o tema e os tipos de reportagem que iriamos produzir. De seguida
estabelecemos contacto com as possíveis fontes de informação, para nos orientarmos. Depois
criamos uma pauta que serviu-nos de guia, através dela conseguimos tirar do papel e materializar
a reportagem que por sua vez que por sua vez foi dividida em três etapas diferentes sendo a pré-
produção, produção, e a pós-produção.
Pré-produção: depois da escolha d tema em causa, fizemos a referida delimitação, previsão do
tempo, elaboramos a pauta, redigimos uma e endereçamos a direção do Centro de Acolhimento
Arnald Janssen solicitamos autorização para entrevistarmos com os formadores, formandos, do
centro, de seguida visitamos o local, analisamos o espaço e as pessoas seriam parte da
reportagem.
Produção: Dada autorização pela direção do centro de acolhimento, selecionamos o material
técnico disponível e dirigimo-nos ao centro, dando desta forma início as gravações, entrevistando
o psicólogo, sociólogo e alguns utentes daquela instituição de acolhimento. Foi nesta fase
também que aproveitamos para gravar o off no estúdio.
Pós- produção: terminada as gravações, fizemos a edição da peça, retirando todo conteúdo
desnecessário para a reportagem e incluindo os off. Nesta fase são feitos os cortes necessários e
dados os acabamentos bem como os efeitos necessários para dar maior qualidade ao produto
final.

2-Ângulo de abordagem
Nesta reportagem queremos mostrar a realidade das crianças que vivem no centro Arnald
Janssen. A importância do mesmo, no que toca a educação e reinserção da criança na família e
na sociedade Angolana.

3.3-Dificuldades encontradas na realização da reportagem


Durante a elaboração da reportagem ,deparamo-nos com certa dificuldades A mesma esteve
relacionada a indisponibilidade de alguns funcionários do ministério da criança (INAC) em
darem entrevista. Não foi possível entrevistar a diretora do (INAC) Instituto Nacional da
criança, Nilsa Batalha. A mesma mostrava-se indísponvel.
Conclusão
O
SIGLAS E ACRONÓMOS

CACAJ: Centro de Acolhimento Arnald Janssen


BP: Bris Petróleo
INAC: Instituto Nacional da criança
MINARS: Ministério da reinserção social
TDA: Teixeira Duarte António
REFRIANGO:
CEPC: Centro de formação profissional do cazenga
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COIMBRA, Osvaldo. O texto da reportagem: um curso sobre estrutura. São Paulo: Ática, 1993.

GRADIM, Anabela, Manual de jornalismo, livro do estilo Urbi et Orbi. Covilhã,


2000GODINHO.jacinto. tese de doutoramento (Genealogias da Reportagem: do conceito de
reportagem ao caso da grande reportagem, programa da RTP 981-1984). Lisboa: Universidade
Nova Lisboa, 2004.

MACHADO, Liliana Joaquina Mesquita.30 anos de reportagem na imprensa escrita do porto: O


caso do jornal de notícias, o primeiro de janeiro e o comercio do porto. (1974/2004). Porto, 2004

MELO, José Marques de. A opinião no jornalismo Brasileiro. São Paulo: Vozes, 1985.

PESSA, Bruno Ravanelli. Jornalismo literário ao serviço da imprensa alternativa: Contribuições.


Universidade metodista de São Paulo (Programa e Pós-graduação em Comunicação Social São
Bernardo do Campo) São Paulo, 2011. Disponível em:tede.metodista.br

RANGEL. José Alberto. Como fazer uma reportagem, Luanda Manuscritus, 2007.

SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnicas de reportagem: notas sobre a narrativa
jornalística.6ªed. São Paulo: Summus, 1986.
SOUSA. Pedro. Jorge. Elementos do jornalismo imprenso. Porto. 2001.
XAVIER, Aline; RODRIGUES, Liliana. Técnicas e praticas para elaborar reportagens
jornalísticas. Intercom -Sociedade brasileira de estudo interdisciplinares da comunicação XII
Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte – Manuais. Disponível
em:https//portalintercom.org.br/canais //norte20013/resumos/R34-0170-1.pdf

APENDÎCE
Pauta
Trabalho: Reportagem

Repórter: Marineza Bravo da Costa Jorge

Data: 01/ 03/2020

Tema: O papel dos centros de acolhimento na educação da criança (Centro de acolhimento


Arnald Janssen- Palanca)

Objetivo: verificar o papel e o contributo do centro de acolhimento Arnald Janssen para a


educação e reinserção da criança na família

Local: Centro de Acolhimento Arnald Janssen

Pessoas a entrevistar (Fontes)

João Facatino: Diretor do CACAJ

Pedro Pache: Psicólogo


Acácio Chimuco: Coordenador da área de educação do CACAJ

Manuel Calombo: Educador social

Domingos: Utente do centro

Nzunzi: Utente do centro

Guião de entrevistas
Anexos 1
Entrevista ao director do CACAJ, João Facatino
Data:01/03/2021

P: Senhor Facatino, conta-nos por favor quem fundou o centro e como começou?
R:O CACAJ foi fundado nos anos noventa, pelo missionário do verbo divino padre Horácio. Em
companhia de alguns jovens da paróquia de cristo rei e a irmã Maria da Luta. Em 1993 deram
início a um projecto em Luanda, isto é, iam as ruas de Luanda a procura de crianças, sem abrigo
vindas de outras províncias do país, devido a guerra que lá se fazia sentir. Com tempo, passaram
a reunir-se na fortaleza ilha de Luanda. Depois com ajuda da arquidiocese de Luanda, cederam
espaço no palanca onde montaram várias tendas. Local onde os jovens eram atendidos.
Mas tarde com ajuda da BP (Bris petróleo) e algumas entidades governamentais, como o INAC
(Instituto Nacional da Criança), MINARS (Ministério de Reinserção Social), construiu-se o
actual edifício, CACAJ (Centro de Acolhimento Arnald Janssen), também conhecido centro do
padre Horácio. Com capacidade de abrigar mais de duzentas crianças.
P: Quais sãoo as causas que fazem com que muitas crianças vão parar o centro?
R: Nós achamos que actualmente as famílias não estão bem preparadas para poderem educar os
filhos, no sentido de que quando a criança começa a demonstrar algum comportamento que não é
do agrado dos pais, uma certa indisciplina, uma certa inriquietabilidade, a tendência é deixarem
de fazerem o seu trabalho de pais e tentarem entregar a uma instituição como, a nossa ou fazem
com que a criança realmente fuja de casa e vai parar rua, e aqueles casos que tem haver com
feitiçaria, em que a resistência é ainda maior por parte da famílias em aceitar a criança. No
princípio a principal causa era a guerra. Atualmente as principais causas são a pobreza, o
problema da acusação de feitiçaria, e o tráfico de crianças.
P: Qual é o papel e o contributo do centro na educação das crianças?
154

R: Desde que o centro foi fundado, já passaram pelo centro mais sete mil crianças e actualmente
são pais de famílias, alguns têm empresas próprias pessoas que passaram pelo centro e
reconhecem o beneficio que o centro fez nas vidas, deles estão a contribuir positivamente na
sociedade.

P: Como e feito o processo de selecçaõ para abrigar as crianças ao centro Arnald Janssen?

R: Em primeiro lugar tem haver com a idade, nós só acolhemos dos sete aos catorze anos.
Abaixo dos sete nós encaminhamos ao lar Cuzola que tem melhores condições do que nós, acima
dos catorze também não já não aceitamos porque dificilmente a criança acima dessa idade vai se
adaptar ao estilo de vida que nós levamos.

R:

P:Qual é o papel do CACAJdos centros de Acolhimento na educação dadas criança?


R:O CACAJ tem o papel de educar formar e reinserir as crianças na família ou na sociedade.R
P: Como e feito o processo de seleção das crianças nas ruas, e quais são os procedimentos de
reenquadramento das mesmas?

13
R:Há uma equipa designada EM (equipa móvel), financiada pelo fundo da união europeia que
faz o trabalho de rua. As noites, esta equipa sai pelas ruas para fazer a recolha, visitam os
diferentes focos da cidade de Luanda. É neste processo de diálogo com as crianças, se elas
reunirem os requisitos que tem haver com a idade, dos sete aos catorze anos de idade,
dos sete vai ao lar Cuzola, acima dos catorzes não recebemos devido a adaptação. Algumas são
trazidas pelo INAC (Instituto Nacional da Criança).
R:
P: Quais são as necessidades do CACAJ ?e para que servem as campanhas de apadrinhamento?
R: Temos necessidade em primeiro lugar aspecto financeiro, que tem haver com o pagar os
subsídios aos funcionários do centro, naturalmente os funcionários tem o seu problemas
financeiros. Se o centro não tem finanças para pagar o funcionário a qualidade de serviço vai
diminuir.

Para além das dificuldades matérias, o CACAJ, enfrenta necessidades financeira. No que toca o
pagamento do subsidio aos funcionários do centro, e aos custos fixos que estão ligados ao
projecto. Necessidades de caris logístico, tem haver com comida, água, luz. Uma vez que o
centro não tem patrocinador, que auxilia mensalmente. Há também necessidade em melhorar a
qualidade de serviço no centro, no que concerne aos quadros de formação.
Por outra, os jovens quando atingem a idade adulta, a dificuldades em reinseri-los no mercado
de trabalho.
R:
As campanhas de apadrinhamento servem para gestão e manutenção do centro. De vez em
quando o kero distribui com alguns produtos em vários centros tal como a o Mega e a Martal,
também fazem o mesmo.
P: Para além de centro de acolhimento, também é um centro de formação profissional. Fala-nos
dos cursos que são ministrados no centro?
R:Actualmente, o centro tem os cursos de estofo e de informática. Alguns jovens são
enquadrados em empresas como a Teixeira Duarte Automóvel (TDA), (REFREANGO), e o
centro profissional do cazenga.

165
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Anexo 2
Entrevista ao Coordenador da área da Educação do CACAJ
Data:01/03/2021

P: Senhor Acácio Chimuco, fala-nos da sua experiencia como trabalhador do

CACAJ, e como é feito o processo de matrícula das crianças?

R: Senhor Acácio Chimuco, trabalha no centro há catorze anos. É coordenador de educação.


Quando chega o período das aulas, o senhor Acácio faz a matrícula das crianças, em escolas
públicas. Segundo o senhor chimuco, graças a parceria que o centro tem com a administração do
bairro, tem ajudado de certa forma. No processo de matrícula dos meninos em escolas pública e
próxima do centro.
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15

Anexo 3
Entrevista com Senhor Manuel Calombo, educador Social
Data:01/03/2021

P:Senhor Manuel como educador social qual é a sua opinião em relação ao papel do centro de
acolhimento na educação da criança?

R:Tendo em conta a nossa realidade social, a fragilidade de muitas crianças, devido a


desestruturação familiar, e alguns casos de violência domestica. E algumas consequências do
conflito armado, é importante que existam centros de acolhimento. Para que as crianças tenham
uma outra oportunidade de vida, e um tratamento digno. Entretanto o papel do centro de
acolhimento justifica-se pelas razoes ja mencionadas.

P:O que é que as crianças fazem nos tempos livres?

R: Nos tempos livres, as crianças tem realizado diversas atividades. Desde aulas de explicação,
ministrada pelos estagiários do ramo da educação, e também por alguns adolescentes e jovens do
centro. Aulas de música, jogam futebol e dama.
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Anexo 5
Entrevista com duas criançasdois acolhida no CACAJ, Domingos e Nzunzi
Data:01/03/2021

P: Domingos, como chegou ao Centro Arnald Janssen e como tem sido a sua convivência no
centro?
R: Cheguei no centro de criança bebe do colo , mas antes estava no centro chamado Lar Cuzola
cresci sempre lá. Saindo do Lar Cuzola me transferiram para o centro do padre Horácio, é um
centro que me recebeu muito bem e estou aprender muitas formações que tenho aqui na cabeça
tenho informática, inglês estofo, marcenaria, etcDomingos foi levado ao lar Cuzola, quando
ainda criança. Mais tarde foi transferido para o CACAJ, também conhecido como centro do
padre Horácio. Segundo ele, já aprendeu variadas formações, como estofo, maquinaria,
informática e inglês.
P: Como chegaste até o centro?
R: Me acusaram de feiticeiro, me trouxeram aqui no meu tio. Eu acordo arrumo a minha cama,
me escovo, banho, vou a escola. Acuasado de feitiçaria pelo seu tio, foi expulso de casa. afirmou
o pequeno Nzunsi que, encontrou no centro o amparo que o tio se negou a dar.

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Anexo 6
Entrevista ao Sociólogo Carlos
P:Senhor Carlos da conceição, qual é sociólogo, destaca o papel do centrodos centros de
acolhimento no que toca a educaçãoo processo de integração e formação da criança?.
R:Os centros de acolhimentos relativamente as crianças, desempenham um papel importante, na
perspectiva de socialização, formação de personalidade da criança. E como instituição
socializadora, contribui significativamente no desenvolvimento psico-social da criança. Por outra
jogam um papel fundamental, porque hoje em dia tem se registado uma diminuição no fenómeno
de crianças na rua. Pese embora, em alguns centros de acolhimentos podemos encontrar várias
deficiências, como a falta de técnicos específicos, que deviam fazer acompanhamento
sistemático as crianças. Portanto estamos a falar de crianças que perderam os pais, abandonaram
suas casas por vários motivos, como desestruturação das famílias, entre outros. E os centros de
acolhimento aparecem para dar este reforço.
P:Senhor Conceição, uma criança que cresce na rua chega a ser um indivíduo com dificuldade de
se reinserir na sociedade?
R:Sim. Porque a questão dos papeis sociais, quer seja do ponto de vista masculino ou feminino,
um indivíduo que cresce nas ruas vai crescer desprovido desses papéis. Pode até ter, mas por
aquisição, observação, mas não será suficiente porque ele foi crescer sem elementos suficientes
de socialização, como por exemplo: afecto, carinho, amor, a valorização. Entretanto diante destes
elementos, qualquer indivíduo que cresce fora do seio familiar, ou outra instituição social, chega
a ter dificuldades de adaptação, correspondência das expectativas do grupo.

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Anexo 6
Entrevista ao psicólogo Pache Pedro
Data:01/03/2021

P:Senhor Pache Pedro, na sua opinião o que são centros de acolhimentos?


R: São aqueles centros, que acolhem os meninos com maior vulnerabilidade, das mais variadas
situações, como abandono, violações, maus tratos, crianças que fazem da rua o seu ganha pão.
Os centros aparecem para acudir estas crianças e não deixa-las ao relento.
P: Senhor Pache, há necessidade da criança abandonada ser acompanhada por psicólogo?
Senhor Carlos Quais são os factores que contribuem para o desenvolvimento da criança?R: Há
necessidade e até deve ser aqui imperado esta palavra é uma obrigação ter ai E devem ser
acompanhadas por psicólogos, para orientar os meninos para que eles não saiam daí pior do que
entraram.
P. Quais são os factores que contribuem para personalidade da criança?
R: Os centros que conheço Normalmente, os centros trabalham com sociólogo, psicólogo,
educadores sociais e pastores, dão um contributo importante para o crescimento da personalidade
do indivíduo. A Ou seja, o processo de reeducação, orientação da pessoal, orientação espiritual,
orientação psicológica, orientação e académica, é um contributo em função do trabalho árduo
multidisciplinar, da equipa que se encontra nos centros de acolhimento, ou que chamam lar de
acolhimento.. São factores que contribuem para o desenvolvimento da personalidade.
P:Senhor Paxe, há necessidade das crianças serem acompanhadas por um psicólogo?
R:Sim. E devem ser acompanhadas por psicólogos, não só um psicólogo. Mas por profissionais
das variadas áreas do saber. Para orientar os meninos, para que eles, não saiam daí pior do que
entraram.

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CONCLUSÃO
Esta reportagem divulga, uma realidade muitas vezes silenciada pelos órgãos de comunicação. Já
que, poucas vezes, o assunto não vem a público. No entanto os centros de acolhimento
desempenham um papel fundamental em qualquer sociedade, no que tange a educação e
reintegração da criança na sociedade. Feita a reportagem que se propos a verificar a realidade e o
contributo do centro de acolhimento Arnald Janssen para a educação e reinserção das crianças.

Entretanto, a presente reportagem divulga o trabalho dos centros de acolhimento de modo


particular o CACAJ, e desta maneira chamar atenção aos pais e encarregados de educação, e por
conseguinte obter ajuda, uma vez que o centro passa por várias carências.
20

ÍNDICE
Introdução
……………………………………………………………………….........1
Capitulo I-
Metodologia……………………………………………..........................2
Capítulo II - A Reportagem Jornalística..........................................................3
1.2-Tipos de Reportagens.
…………………………………..............................................4
1.3-Estrutura da
reportagem………………………………………………........................5
1.4-Caracteristica da
reportagem…………………………………………………............5
Capitulo III – Tema (Reportagem)........................................................................6
2.1-História do surgimento do Centro de Acolhimento Arnald
Janssen………………......9
2.2-Objetivos do centro de acolhimento Arnald
Janssen...................................................10
2.3-Localizaçã do Centro de acolhimento Arnald
Janssen................................................11
2.4-A importância do centro de acolhimento Arnald Janssen na educação da
criança.......12
2.4-Dificuldades do centro de acolhimento Arnald
Janssen..............................................13
2.5-Projectos do Centro de acolhimento Arnald
Janssen...................................................14
Anexos.........................................................................................................................
.....10
Anexo 1-Entrevista com o director do centro de acolhimento Arnld
Janssen………….11
Anexo 2-Entrevista com o coordenador de educação do
CACAJ......................................12
Anexo 3-Entrevista com o assistente social Manuel
Calombo..........................................13
Anexo 4-Entrevista com o psicólogo Pache
Pedro...........................................................14
Anexo 5-Entrevista com o sociólogo Carlos
Conceição....................................................15
Conclusões…………………………………………………………………………...
.....16
Referencias
Bibliográficas……………………………………………………………....17

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