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Disponibilização: Stella Marques

Tradução:Niskki

Revisão Inicial:Daia K.

Revisão Final: DK

Leitura Final:Alessandra G.

Formatação: DK
Sinopse
“Os seios dela se erguiam com alarmante velocidade enquanto
a pesada mão dele descia para seu macio, ainda rijo1
espinheiro...”.

Você pode dizer ‘espinheiro’ em um romance? E quanto à


espada de carne? Isso é o que era... uma espada de carne.
Bem, tanto quanto é possível ser uma espada de carne,
‘matando através das profundezas dos desejos mais obscuros
de uma mulher’.

E sobre os seios? Eles podiam realmente levantar?

Deus, eu não tenho nem idéia do que acontecia quando se


tocavam as partes íntimas.

Eu sou uma virgem tentando escrever um romance erótico,


mas não consigo escrever uma cena de sexo, graças à minha
falta de experiência.

Meus dois melhores amigos me incentivaram a abandonar a


caneta por um tempo, e ganhar alguma prática real através das
múltiplas facetas do namoro, como encontros às cegas, perfis
online e conexões aleatórias.

Mas perder minha virgindade está se provando ser mais difícil


do que o esperado...

1
Significado de Rijo adj. Rígido, duro, forte. Severo, áspero: rijas provações. Robusto, vigoroso, musculoso: era velho,
mas rijo.
Capítulo Um
Espinheiro

“Os seios dela se erguiam com alarmante velocidade


enquanto a pesada mão dele descia para seu macio, ainda rijo
espinheiro...”

“Espinheiro? O que infernos você está escrevendo?”

“Jesus!” eu gritei, batendo a tela de meu laptop para


fechar. “Henry, você não pode andar atrás de mim e começar a
ler minhas estórias”.

“Estórias?” ele perguntou, enquanto levantava sua


sobrancelha. “Seios, espinheiro? Você está escrevendo uma
cena de sexo?”

“Oh, bem... sim. Na verdade, estou”, eu disse, levantando


meu queixo.

Ele cruzou seus braços sobre o peito e disse: “À que


diabos você se refere como espinheiro?”

Sentindo o calor que sua pergunta começava a mostrar


em meu rosto, virei de costas pra ele em minha cadeira e
empilhei minhas anotações, para que ficassem perfeitamente
juntas. 'Espinheiro’ era um termo respeitoso usado para se
referir à área privada de uma moça; ao menos foi isso que
minha mãe me ensinou.

“Rosie, à que você está se referindo?”

Limpando minha garganta e estufando meu peito, olhei


nos olhos dele e disse, “não que seja da sua conta, mas eu
estava me referindo ao pacifico e agradável jardim feminino”.

Eu observei enquanto Henry cuidadosamente me estudava


com aqueles olhos azuis esverdeados que tinham passado os
ultimos seis anos estudando a mim e minhas excentricidades.
Ele foi meu primeiro amigo verdadeiro, ele me aceitou por
quem eu era desde o primeiro dia que nos conhecemos: uma
garota super protegida pelos pais, ensinada em casa, ingênua,
e sendo atirada em seu primeiro dia de faculdade.

Finalmente, ele jogou sua cabeça pra trás e gargalhou,


me deixando imediatamente tensa; mesmo que nós fossemos
melhores amigos, eu continuava sendo auto-consciente de
minha falta de “vocabulário moderno”.

“O que é tão engraçado?” perguntei, enquanto segurava


meu laptop contra meu peito.

“Rosie, por favor, me diga que você não chama a vagina


de uma mulher de seu agradável jardim”.

“Henry”, silenciei-o.

Aquilo culminou em outra risada enquanto ele envolvia


seu braço ao redor de meus ombros, me guiando pra fora do
meu quarto no apartamento que dividíamos com nossa outra
amiga, Delaney.

“Rosie, se você não consegue dizer vagina em voz alta,


então não tem jeito de você ser capaz de escrever sobre pênis
latejantes e mamilos excitados.”

Calor decantou sobre mim com a menção de um pênis


latejante, uma coisa que eu nunca tinha experimentado, pra
começar. Os únicos pênis que eu tinha visto foram cortesia do
Tumblr e algumas cuidadosas pesquisas no google. Eu deveria,
ao invés, estudar um pessoalmente, por que pelo que pude ver
da internet e li em outros livros de romance, eles pensavam por
eles mesmos... contraindo e levantando quando excitados. Eu
estava fascinada em ver uma verdadeira ereção tomar forma. O
que aconteceria se eu tocasse aquilo? Essa era a questão que
estava constantemente em minha mente.

Enquanto crescia, eu fui muito protegida pelos meus pais.


Fui ensinada em casa e passava muitos dias na praia ou em
meu quarto lendo. Qualquer coisa escrita por Jane Asuten era
meu livro ideal, até eu encontrar um dos romances sujos de
minha mãe em seu criado-mudo. Nós não falávamos sobre
sexo, nunca, então me fascinou ler um livro sobre respirações
pesadas e grossas protuberâncias. Eu não consegui evitar; fui
fisgada.

Desde então, eu estive lendo novelas românticas. Quando


eu era jovem, eu só lia na biblioteca, então nunca foi pega pela
minha mãe, e fui longe com isso. Durante a faculdade, eu
foquei nos meus trabalhos de aula, então, só depois que me
graduei que comecei a ler de novo, alimentando a paixão por
romances dentro de mim.

“Hey, você tá ouvindo o que eu tô falando?” Delaney,


minha melhor amiga e colega de apartamento perguntou
enquanto olhava pra mim com seu roupão e seu cabelo enfiado
em uma toalha.

“Ummm, não”, eu disse com um inocente sorriso. Quando


Delaney tinha aparecido? “O que você estava dizendo?”

Virando seus olhos, Delaney repetiu: “Você começou a


escrever seu romance de novo?”

O jeito que Delaney disse romance com sua voz insolente


foi um pouco frustrante. Eu conhecia Henry e Delaney desde
meu primeiro ano na faculdade, quando nos conhecemos em
uma orientação para calouros e descobrimos que íamos todos
fazer inglês. Por aqueles quatro anos, nós tivemos as mesmas
aulas, mesmas agendas e mesmo alojamento. Nos mudamos
do campus depois do nosso primeiro ano e fomos para um
pequeno apartamento de três quartos no Brooklyn, onde
continuamos morando atualmente.

Infelizmente para mim, as paredes são finas, o espaço é


apertado, e eu desafortunadamente tenho que conhecer cada
pessoa que meus amigos trazem pra casa em um nível intimo.
Henry é um homem das mulheres, sem surpresa nisso, dado
sua pele bronzeada, olhos azuis esverdeados e cabelo castanho
super estiloso. Delaney, por outro lado, teve alguns
relacionamentos no período da faculdade, mas estava agora
seria com seu ultimo namorado, Derk. Sim, Derk.

Nome horrível, especialmente quando gritado à plenos


pulmões por Delaney enquanto sua cabeceira da cama bate
contra minha parede.

Agora que estávamos graduados, nós continuamos


morando juntos, mas tomando caminhos separados por força
do trabalho.

Henry conseguiu um trabalho com uma das maiores


empresas de marketing, Bentley Marketing, editando
comerciais, e Delaney esta trabalhando como escritora
freelance para Cosmopolitan. Ela começou escrevendo artigos
sobre alguma coisa de ‘cortes de cabelo para o verão’ e foi para
‘como maximizar sua contagem de orgasmo em uma noite’. Eu
tinha aquele artigo salvo em meu notebook, como pesquisa.

Eu? Bem, eu não era tão sortuda no que dizia respeito a


trabalho: infortunadamente, me foi oferecido um trabalho em
Friendly Felines, onde escrevo sobre as novas e futuras
formulas de granulado para liteira de gatos. Nossos escritórios
eram localizados em Manhattan, mas nos menores prédios,
onde meu chefe insistia em manter um bando de gatos não
castrados e mal educados, que pareciam estar no cio todo dia.
Você já ouviu os lamentos de um gato precisando de atenção
durante o cio? Sim, soa como se estivessem morrendo. Tente
escrever em um ambiente como esse.

Eu sou uma bola de pelos ambulante quando saio do


trabalho.

Para me proteger de terminar como uma louca dos gatos


que não se importa em comer trinta por cento de pelo de gato
em cada refeição, eu decidi escrever um romance. Eu sou a
garota que vive em fantasias, onde o amor sempre prevalece, e
um herói esta esperando na outra esquina para investir em seu
cavalo branco para salvar você.

Dado meu amor por amor e minha habilidade de me


perder na escrita, eu não achei que seria tão dificil escrever
meu primeiro romance, considerando o fato de que esse é meu
genero favorito. Mas eu esqueci um pequeno detalhe no plano:
eu ainda era virgem.

Respondendo a pergunta de Delaney, eu disse: “Sim, eu


comecei a escrever de novo. Eu senti que estava na hora de
revisitar Fabio e Mayberry”.

“Por favor, me diga que você não nomeou seu


personagem de Fabio de verdade”, Henry disse com uma
bufada, enquanto ia pra geladeira e tirava três cervejas.

“O que tem de errado com Fabio?” perguntei, levemente


ofendida. “Pra você saber, Fabio é um nome nascido nos anos
oitenta e noventa para o gênero romance. Ele é o rei de todo
romance. Você não tem como errar com um nome como esse”.
“Rosie, você sabe que eu amo você, mas acho que você
tem que tirar sua cabeça de seus livros por umas poucas horas
e entender que não esta mais vivendo nos anos oitenta ou
noventa. Nós estamos vivendo na era de Christian Grey e Jett
Colby, homens dominantes com lados perversos. Pare de ler
aquela merda de peito arfando e coloque sua cabeça aqui e
agora” Delaney castigou-me.

“Não há nada de errado com um peito arfando”, defendi,


pensando sobre o que estava escrevendo.

O que mais seios fariam no calor da paixão? Balançar?


Balançar me lembrava de minha tia Emily e sua gelatina de
salada, não de dois humanos apaixonados esfregando seus
corpos juntos.

“Certamente há”, Henry disse, enquanto entregava a


Delaney e eu uma cerveja. “Quando eu tenho uma garota se
contorcendo embaixo de mim, eu não estou pensando ‘nossa,
olhe seu peito arfando’. Eu estou pensando ‘merda, suas tetas
estão balançando tão rápido com minhas estocadas que eu vou
gozar em um segundo’”.

É claro que ele iria dizer balançando.

“Eca, Henry. Você é tão grosso”, respondi.

“Hey, estou dizendo a você como um cara pensa. Deveria


ajudar”.

“Não, o que vai ajudá-la, na verdade, é perder a


virgindade”, Delaney disse, enquanto dava um gole em sua
cerveja.

O embaraçamento rapidamente correu pelo meu corpo


enquanto eu esperava a resposta de Henry; ele não tinha ideia
de minha experiência sexual. Eu guardava aquilo pra mim
mesma... e minha amiga boca aberta, Delaney.

“O quê?!” Henry disse enquanto me olhava com olhos


arregalados e quase um pouco magoados. “Você é virgem?
Como que eu não sabia disso? Como assim você não me
contou?”

“Delaney” - rosnei para ela, me sentindo completamente


mortificada. Ser virgem não era algo que eu tornava publico,
dado o fato que eu estava com vinte e três anos e só tinha dois
beijos abaixo de meu cinto de proatividade sexual.

“Desculpa”, Delaney disse com um sorriso inocente.


“Escorregou”.

Eu não acreditava nela nem um pouco.

“Você é virgem, sério mesmo?” Henry perguntou de novo,


ainda embasbacado com as notícias.

“Bem, se você quer saber, sim. Eu sou. Eu só não


encontrei o cara certo, ainda”, eu disse, enquanto olhava para
baixo, encarando minha garrafa de cerveja e começando a me
sentir levemente com pena de mim mesma.

“Eu não consigo acreditar nisso. Eu estou, eu...” Henry se


calou, tentando encontrar as palavras para expressar seu
choque. Eu não o culpava: nós diziamos tudo um ao outro. Eu
estava supresa que ele não surtou comigo por ter segurado
aquela informação vital.

“Não é que eu nunca tenha tentado”, defendi. “Eu só, eu


não sei...”

“Você não tentou”, Delaney disse com um olhar acusador.


“Não mente. Marcus e Dwayne não contam. Você mal tirou sua
cabeça fora de seus livros tempo o bastante para beijá-los na
bochecha. Você está vivendo através de seus personagens,
quando o que precisa é viver na vida real”.

“Eu não estou vivendo em meus livros; eles são só meus


amigos” respondi suavemente. Algum leitor sério saberia do
que estou falando.

“Não diga isso”, Delaney disse, apontando pra mim. “Nós


falamos sobre isso, Rosie. Mr. Darcy e Elizabeth não são seus
amigos”.

“Orgulho e Preconceito é um bom exemplo de literatura e


romance”, atirei de volta.

“Você precisa ser fodida”, Delaney gritou. “Você precisa


largar os livros, abrir suas pernas, e ser realmente fodida,
Rosie. Se você quer ter alguma chance de escrever um
daqueles seus livros, precisa experimentar a sensação em
primeira mão”.
Eeep!

“Ha, primeira mão” Henry deu risada para ele mesmo.

“O que isso significa?” perguntei - confusa.

“Masturbação” Delaney contornou.

“Oh, nojento. Eu nunca faria isso”.

“Espera, segura ai” Henry disse, enquanto se levantava e


apontava sua garrafa de cerveja pra mim. “Então, não só você
é virgem, mas também está me dizendo que nunca nem
mesmo se masturbou?”

Engolindo, eu disse, “Você quer dizer, tocar eu mesma?”

“Maldição, Rosie”, Henry disse em descrença. “Como pode


eu conhecê-la por seis anos e nunca ter sabido sobre sua vida
sexual, ou a falta dela?”

“Talvez porque você esteve muito ocupado transando com


todo o curso de inglês”, eu disse de forma maliciosa,
começando a me irritar com Delaney e Henry se juntando
contra mim.

“Hey, tirei boas notas, não tirei?” ele sorriu


maldosamente.

“Você é irritante”, eu disse, enquanto voltava


penosamente para meu quarto.

“Espera aí, mocinha” Delaney disse, enquanto se


levantava e puxava meus braços. “Você sabe que te amo,
certo?” sua voz suavizou.

“Eu pensei que amasse”.

“Não fique tão brava com a gente; nós só estamos


tentando te entender. Você quer escrever uma novela
romântica porque quer ter outro futuro alem de escrever sobre
as ultimas e mais importantes pás de pegar merda de gato,
certo?

“Sim”, respondi- exasperada. “Eu também amo a ideia de


criar minha própria estória de amor, fazendo duas pessoas que
estavam vivendo em diferentes circunstancias se apaixonarem.
É tudo sobre descobrir quando se torna amor, o momento exato
quando você encontra a única pessoa em sua vida da qual você
não consegue viver sem. Isso é o que me intriga”.

“Concordo, mas você sabe que sexo vende, correto?”

“Sim, eu sei disso em primeira mão. Eu gosto de livros


que tem uma pequena brincadeira neles.” Apesar dos livros que
eu li estarem levemente ultrapassados, coisas continuavam
acontecendo neles, coisas que faziam meu corpo inteiro
esquentar.

“Isto é chamado sexo, Rosie” Delaney corrigiu. “Foder,


fornicação, molhar o biscoito, fazer leite, trepar”.

“Meter” Henry cortou. “Estapear o trigo, bater botas,


chacoalhar o pinto”.

“Cavalgar o pônei, pegar a catinga de baixo...”


Henry deu um olhar para Delaney e disse, “Pegar a
catinga de baixo? Você é melhor que isso, Delaney”.

Ela encolheu os ombros e estava para começar de novo


quando eu disse, “Eu já entendi. Sexo. Viu, eu posso dizer
isso”.

Mesmo que parecesse como se eu tivesse algodão em


minha boca.

“Tente dizer isso sem desenvolver um leve brilho em seu


lábio superior”.

Instantaneamente, eu comecei a umedecer meus labios


superiores, me sentindo mortificada.

“Não havia brilho” eu defendi.

“Oh sim, havia”.

Eu gesticulei minha mão no ar, tentando apagar a


conversa e disse, “Só volte ao ponto antes de eu me irritar”.

“Bom”, Delaney continuou. “Sexo vende, então se você


quer escrever um livro que vai deixar ligadonas todas as
senhoras enrugadas ao redor do maldito país, vai ter que se
colocar lá e experimentar como é ter um orgasmo, ter um
homem apertando o seu pequeno e duro mamilo, saber como é
ter um pau em suas mãos, em sua boca, em sua boceta...”

“Okay” eu segurei minha mão pra cima. “Eu peguei isso.


Eu preciso fazer sexo. Como você sugere que eu consiga isso,
sem pagar a alguém na esquina?”
“Tinder” Henry sugeriu.

Delaney pareceu considerar a opinião dele por um


segundo, mas depois balançou a cabeça. “Tinder é muito
agressivo. Eu acho que ela iria murchar sob a pressão. Ela
precisa ser levada para um encontro primeiro, não se encontrar
no motel mais próximo. Nós precisamos de alguém que vai
pegar leve com ela”.

“Você tá certa” Henry concordou.

“O que é Tinder?” perguntei- me sentindo um pouco


curiosa.

Sorrindo brilhantemente, Henry puxou seu celular do


bolso e acenou com sua cabeça para eu chegar mais perto. Eu
sentei no braço do sofá com ele e olhei em seu celular
enquanto ele se detinha em um app.

“Tinder é um app de pegação. Ele mostra a você todas as


garotas ou homens, no seu caso, que estão na área e estão
usando Tinder. Você pode procurar através dos diferentes perfis
e ver se você está interessada neles ou não com um toque de
seu dedo”.

“Sério?” eu perguntei, enquanto olhava fascinada para o


seu celular.

Uma vez que o app estava aberto, uma foto de uma


mulher subiu na tela. Ela estava usando um biquini e tinha
alguns dos maiores peitos que eu tinha visto.
“Oh meu deus”, eu disse. “Ela é alguma das suas
garotas?”

“Não” ele gargalhou. “Mas se eu apertar dizendo que eu


gostei dela, e ela disser o mesmo sobre mim, então é um
match, e nós vamos poder nos comunicar um com o outro
através do app... enviar mensagens de texto, possivelmente
sair”.

“Sim, eu não acho que estou pronta pra isso”.

“Você definitivamente não está”, ele sorriu, enquanto


digitava em seu celular.

“Você está escrevendo pra ela? O que aconteceu com


Tasha, sua amada da faculdade?”

Amada era muito longe da realidade. Henry nunca teve


realmente um relacionamento. A coisa mais próxima que ele
alguma vez teve e que chegou perto de um relacionamento foi
Tasha, e eles estavam indo e voltando entre todas suas
pegações aleatórias.

“Tasha já era. Ela ficou muito apegada, e, isso foi um


match com essa garota, e eu estou fora de algumas prisões”.

“Ugh, você é um porco”. Eu virei pra Delaney enquanto


Henry ria, e disse: “Qual a próxima opção?”

Com um gigante sorriso em seu rosto, Delaney disse:


“Encontros online”.

“Sim!” Henry deu um soco no ar enquanto finalizava sua


digitação. Ele puxou seu tablet da mesinha - o homem tinha
dinheiro - e começou a digitar de novo. “Minglingsingles.com
aqui vamos nós”.

“Oh, boa pegada” Delaney aprovou. “Ela não vai atrair


muitos loucos nesse website”.

“Isto é exatamente o que eu estava pensando”, Henry


disse, enquanto começava a digitar de novo. Parecia que o
desgosto de Henry comigo por não ter confidenciado com ele
tinha passado, porque ele estava no completo modo de ajuda-
Henry.

Tipico Henry, essa era uma das muitas razões do porque


eu o amava.

Em minutos, ele tinha um perfil feito e pronto pra


preencher com uma foto minha em nossa graduação. Eu estava
usando um vestido de bolinhas vermelho, meus oculos
vermelhos e saltos pretos, jogando um beijo para a câmera.

“Não use essa foto”, eu disse, tentando agarrar o tablet


dele, mas ele foi muito rápido e virou pra longe.

“Os caras vão ter a ideia errada dessa foto”, eu


especifiquei.

“E que ideia seria essa?” ele perguntou com um sorriso


irritante.

“Que eu sou uma perdida...” no minuto em que as


palavras saíram de minha boca, eu percebi o que estava
dizendo. “Ugh, deixa pra lá. Faça o que você precisa fazer para
me dar, um... alguma ação”.

Se eu iria fazer isso, se eu ia tentar completar meu sonho


de escrever uma novela romântica, então eu teria de começar a
estar mais confortável em falar sobre sexo... e isso começaria
hoje.

“Essa é minha garota!” Delaney disse, cutucando meu


ombro. “Antes de você perceber, você estará fazendo aquilo
como Derk e eu”.

“Sim, a propósito, você pode manter os gritos no volume


minimo?” Henry disse, enquanto digitava em seu tablet, não
olhando para cima. “Eu não preciso de uma ereção enquanto
ouço você transando”.

“Awww”, Delaney prolongou, claramente satisfeita; eu


torci meu nariz com desgosto.

“Nojo, você tem ereções de ouvir Delaney fazendo sexo?”

Ele deu de ombros como se isso fosse nada. “Isso


acontece. Não quer dizer que eu quero Delaney. Sem ofensa”
ele disse apologeticamente. “Eu sou um cara, eu tenho ereções
por coisas bobas... qualquer coisa pode me deixar ligado, na
verdade”.

“Interessante” eu pensei comigo mesma. Eu realmente


precisava ler mais novelas eróticas modernas, porque as
fofinhas estórias que minha mãe me apresentou não estavam
me ensinando metade das coisas que eu precisava saber. Eu
precisava de um Kindle.

“Esta certo, você está toda estabelecida. Seu username


esta em seu e-mail e sua senha é 'leveminhaflor', tudo em uma
palavra”.

“Esperto” eu disse sarcasticamente, enquanto tirava o


tablet dele e dava uma olhada em meu perfil. “E agora?”

“O sistema vai combinar você com alguém e você pode


conversar online. Se você encontrar interesses suficientes, você
pode começar a ir a encontros. Muito simples”, Henry explicou.

“Eu procuro os garotos?”

“Eles vão vir até você” Henry riu. “Só relaxe por agora e
deixe as coisas acontecerem”.

“Isso vai ser bom”, Delaney colocou as palmas de suas


mãos juntas. “Tenha certeza de manter um diário de tudo que
você passar, todos seus sentimentos, porque você pode querer
referir de volta suas experiências. Oooh, isso é como um
experimento”, Delaney disse com pequeno e muito exagerado
excitamento em sua voz.

“Que bom que eu posso entreter vocês, mas se vocês dois


não se importam, acho que vou voltar para minha escrita”.

Henry se encolheu e disse: “Segure o espinheiro por


enquanto”.

“Você precisa de uma depilação?” Delaney perguntou com


uma sobrancelha erguida.

“Não, eu tenho mantido aparado sempre desde o ano de


caloura, quando você me chamou pra fora do ginásio”. Outro
desserviço que minha mãe me fez.

“Bem, não podar um arbusto...”

“Delaney, por favor!” eu aleguei, enquanto Henry


gargalhava.

“Ah Rosie, eu amo você”, ele disse, me puxando pro seu


peito e me beijando na cabeça. “Esses seus pais tradicionais
realmente te deixaram idiota. Eles continuam dormindo em
camas separadas?”

Eu assenti enquanto pensava sobre meus pais, que


estavam presos nos anos 50. Eles ainda dormiam em camas
separadas, acreditavam que o homem é o provedor da família e
que a mulher devia cuidar do lar, assim como em nunca falar
sobre relação sexual; daí minha desconexão com o conceito
todo. Apesar disso, minha mãe era muito apaixonada em
formar casais.

A única razão pra eu ter fascinação com o gênero de livros


que eu lia era por causa de minha mãe e suas novelas secretas,
que ela mantinha embaixo de sua cama. Eles usavam palavras
como “sexo” para descrever os genitais femininos e “gladio”
para o pênis de um homem. Aquelas novelas foi minha única
janela para o louco mundo do sexo.
Me sentindo energizada e apreensiva ao mesmo tempo,
disse boa noite para meus amigos e saí para meu quarto,
esperando que alguém no website me considerasse atraente o
suficiente para me levar para jantar. Mesmo que eu fosse
inexperiente com o sexo oposto, continuava ansiosa por sentir
um relacionamento, o toque de um homem, um beijo. Esse era
um aspecto de minha vida que eu estava dolorosamente
perdendo, e Delaney e Henry estavam certos, talvez uma vez
que eu experimentasse a coisa real, eu seria capaz de colocar
todas as minhas emoções em minha escrita e de verdade fazer
um nome para mim mesma, outro que não fosse Cocô de Gato
Extraordinário.
Capítulo Dois
O projétil virgem

“Eu juro por Deus, se você não parar de se lamber, eu vou


pegar essa sua língua de lixa d'agua e recortar com um par de
tesouras, e você sabe o que? Eu vou curtir fazer isso, também!”
eu gritei para Sir Licks-a-Lot, o gato laranja que insistia em
passar um tempo no meu escritório todo dia na hora de seu
banho diário.

“O que eu disse a você sobre conversar com os gatos?”


Jenny, minha colega de trabalho disse enquanto parava na
porta de entrada. “Isso não é saudavel, Rosie”.

“Nada nesse escritório é saudavel”, eu disse, enquanto


dava uma olhada pra baixo em Sir Licks-a-Lot. “Pare de me
encarar com sua língua metade pra fora; isso é bizarro!”

Como se ele fosse dono do meu escritório e tudo dentro


dele, ele se sentou ereto enquanto mantinha contato ocular
comigo, estufou seu peito, e então vomitou uma bola de pelo,
bem na minha mesa.

“Eca, que nojo!” gritei, enquanto dava as costas pra bola


laranja vomitada.

Com um olhar esnobe em sua face, ele levantou sua pata,


esfregou sua boca e depois pulou fora de minha mesa.

“Você viu aquilo?” eu perguntei a Jenny, que estava no


chão rindo de mim. “Eu acho que ele me deu o dedo do meio
quando esfregou sua boca”.

“Gatos não têm dedos”, Jenny me corrigiu entre risadas.

“Garras do meio então, ele me deu alguma coisa, isso é


certeza”.

“Você vai limpar aquilo?” Jenny perguntou, saindo do chão


para uma das cadeiras arranhada por gatos em frente a minha
mesa.

“Não, vou guardar para o jantar”, anunciei


sarcasticamente.

“Você é nojenta”.

Peguei um guardanapo da minha mesa - eu mantinha


uma pilha deles lá por essa razão, limpar as bolas de pelo - e
joguei isso na lixeira, odiando cada aspecto de minha vida
durante o processo.

Murcha, me apoiei de volta em minha cadeira e disse,


“Você não tá cansada de estar nesse escritório? Os gatos estão
começando a me deixar insana. Isso não pode ser saudável”.

“Hey, só fique feliz que você não é uma estagiária cujos


deveres são alimentar os gatos, escovar os gatos e se certificar
de que suas liteiras estejam sempre limpas no quarto do cocô”.
O quarto do cocô.

Eu só tinha estado lá uma vez, e foi porque era meu


primeiro dia e eu estava dando uma volta na empresa. O
ofensivo cheiro de xixi de gato era tão ruim que eu não cheguei
nem perto do quarto desde então. O quarto do cocô era onde
todas as liteiras estavam, e não eram pequenas liteiras, eu
estou falando de liteiras do tamanho de um navio de BattleStar
Galactica. Eles estavam posicionados em diferentes prateleiras
e diferentes níveis do quarto. Aquilo era o pesadelo de um
estagiário.

“Como nós conseguimos segurar os estagiários por tanto


tempo?”

“Estudantes de faculdade desesperados”, Jenny


respondeu, olhando pra baixo em suas unhas. “Eles vão fazer
qualquer coisa para entrar em uma revista impressa nestes
dias, mesmo se isso significar ser um poste de arranhar
ambulante”.

“Isso me lembrou, chegou uma remesa de Cat Emery


Boards para mim? Está previsto que eu faça algum tipo de
exposição deles, mas tenho que receber a caixa ainda”.

“Não que eu saiba, mas você pode perguntar a Susan; ela


que trata de todas as remessas do serviço de entregas, o que,
a propósito, você viu sua roupa outro dia? Ela estava no
completo modo vovó-piranha”.
Susan era nossa recepcionista, louca dos gatos certificada
de acordo com ela mesma, que tinha uma queda maior pelo
moço do serviço de entregas. Sempre que ela sabia que ele
estava vindo, ela passava seu batom vermelho que sempre
manchava seus dentes, sua sombra de olhos azul, que era
dezesseis anos jovens demais para ela, e uma miniblusa que
sempre parecia causar problemas com seus sutiãs de velha
senhora.

“Não vi; eu estava entrevistando um abrigo do centro. O


que ela estava usando?”

Jenny se inclinou pra frente e olhou por sobre seu ombro


para Susan, que estava cutucando seus dentes com um palito
de dente. Com uma voz calma ela disse, “Ela tava com uma
camiseta Hannah Montana com um profundo decote que ela
mesma deve ter feito, e um par de calças de vinil roxa”.

“Eu não acho que consigo acreditar em você nesse


instante”, eu disse, tentando prender minha risada.

Com uma risada zombeteira em seu rosto, Jenny puxou


seu celular e me mostrou uma foto que ela tirou de Susan
falando com o homem do serviço de entregas, com sua barriga
saindo pra fora de sua camisa Hannah Montana e calças roxas.

“Oh meu deus”, eu disse, enquanto cobria minha boca.


“Isso é a melhor coisa que eu já vi”.

Eu estava para puxar o celular para uma olhada mais de


perto quando Sir Licks-A-Lot pulou na minha mesa e começou a
usar meu teclado como arranhador.

“Eh, cai fora daqui. Pssst!” eu tentei enxotá-lo pra longe.

Ele pulou pra fora de minha mesa, mas não antes de


estourar o “d” de meu teclado e levar com ele

“Aquele pequeno bastardo!” eu gritei, enquanto ele


escapava porta afora, mas não antes de sorrir de volta pra mim
com o “d” em sua boca. “Ele agora tem o meu d e meu a.
Como infernos eu deveria escrever artigos revolucionários em
um ambiente como este?”

Agitando suas mãos e rindo, Jenny disse, “Ele odeia você,


você sabe disso, certo?”

“Eu pisei no rabo dele uma vez, por acidente. Ele vai
segurar aquilo contra mim a vida inteira?”

“Com toda a certeza que ele vai. Hey, o que será que ele
está tentando dizer?”

“O que você quer dizer?” perguntei.

“Bem, ele tem seu d e a, ele deve estar tentando falar


alguma coisa”.

“Provavelmente 'morra, vadia, morra”, eu brinquei,


principalmente brinquei.

“Ele iria precisar de muitos as para isso”.

“Bem, me deixe saber se você ver outros teclados sendo


arranhados até a morte, nós podemos tentar quebrar seu
codigo antes dele agir”.

“Vamos fazer”, Jenny disse com um sorriso. “Então, eu


vim aqui perguntar a você uma coisa”.

“Oh, não. Eu não gosto desse olhar em seu rosto”.

Jenny segurou sua mão e disse, “Antes que você diga não,
por favor, só me ouça. Eu sei que você não tá nessa coisa de
encontro as cegas, mas eu conheci esse cara que iria ser
perfeito pra você”.

“Jenny...” falei lentamente.

Eu ia a encontros, mas eu nunca ia a encontros as cegas.


Eu não estava realmente de acordo com a estranha
possibilidade de uma cena em que você vai ao encontro e vê
que, não só ele é um palmo mais baixo do que te disseram,
mas também tem uma verruga no queixo que pisca para você
cada vez que ele sorri.

“Espere aí antes de você dizer não. Eu tenho de te dizer


que ele não é como Marcus”.

Marcus foi o ultimo cara que ela me apresentou, o da


verruga piscadora.

“Ele é amigo de Drew e é novo na cidade. Nós dissemos


que iríamos levá-lo para se divertir, e pensei que você gostaria
de ir conosco. Nós vamos dançar música dos anos 60...”

Maldita, maldita do inferno!! Ela sabia que eu amava uma


boa dança e era muito raro eu ir porque nunca encontrava
parceiro, um que fosse semi-decente, a propósito.

“Ele sabe dançar?”

“Alguns chamam ele de Fred Astaire”, disse Jenny,


enquanto remexia suas sobrancelhas.

“Você achava que Marcus parecia com Andy Garcia,


quando na vida real ele parecia com PeeWee Herman, então me
desculpe se eu não consigo totalmente confiar na sua opinião”.

“Eu disse a você, eu estava bêbada quando encontrei


Marcus pela primeira vez, okay? Eu tinha tequila agindo. Eu me
desculpei por aquilo, você consegue superar agora?”

“Certo. Quando você quer sair?” eu perguntei, me


sentindo apreensiva, mas um pouco excitada a respeito de um
possível encontro.

“Esta sexta”, ela grunhiu enquanto batia suas mãos.

Pensando sobre minhas opções, eu concordei com a


cabeça e apontei meu dedo pra ela, antes que ela ficasse muito
excitada.

“Não leve isso muito a sério. Eu só estou indo porque não


tenho ido dançar faz um tempo”.

“Eeeee!” ela grunhiu de novo, enquanto batia palmas e


pulava pra cima e pra baixo. “Você está indo a um encontro!”

“Você me deixa exausta”, eu disse, enquanto apontava


para ela sair. “Eu tenho de terminar este artigo se quiser sair
daqui em uma hora decente, e antes de Sir Licks-a-lot voltar
para tramar minha morte”.

Assentindo, ela se levantou e fechou suas mãos em seu


peito. “Você vai amar Atticus!”

“Atticus?” perguntei, mas ela saiu antes que pudesse


responder minha pergunta.

Só pelo nome dele eu já estava começando a me sentir


nervosa sobre sexta, e sobre quem Atticus seria.

Jenny, abençoado seja seu coração, tinha boas intenções,


mas seus encontros às cegas eram selecionados na esquina de
Creepy Court e Loser Lane. Isso porque eles eram
normalmente amigos de seu namorado, quem por ele mesmo
não era muito um vencedor, não que eu pudesse julgar muito.
Eu podia contar em uma mão os encontros que tive na minha
vida inteira. Eu sou a amiga, nunca a namorada, e eu estava
okay com isso até perceber que tinha vinte e três anos,
econtinuava virgem e tão sexualmente inexperiente quanto
uma adolescente com posters de Justin Bieber cobrindo suas
paredes.

Eu terminei meu trabalho, evitei os olhares de Sir Licks-a-


lot e sua dominação, que parecia estar amontoado no canto,
escrevendo um plano de jogo na parede com suas unhas,
enquanto rolava uma bola de catnip. Eu instantaneamente me
senti nervosa por meu teclado e por sua passagem pela noite.
Enquanto eu pegava o metrô pra casa, pensei sobre
minha situação de vida. Eu estava atualmente sendo intimidada
por um gato de 10 kilos com o demônio em seus olhos; meu
emprego, que pagava as contas, mas era arrepiante de tê-lo
em meu curriculum como um emprego de verdade, e minha
vida sexual, que era não-existente. Eu precisava pra caralho de
uma mudança.

Eu estava em meus vinte, e deveria estar lá fora


examinando os montes de encontros com homens ansiosos e
parceiros sexuais que NYC tinha a oferecer, ao invés de sair
com meus namorados literários, mesmo que eles fossem o
único tipo de homem que poderia verdadeiramente me
satisfazer. Eles eram perfeitos.

As pessoas ecléticas do metrô fluiam dentro e fora do


trem, ouvindo musica em seus fones, mandando mensagens, e
alguns até mesmo se pegando. Sendo a pervertida que eu era,
eu assisti o casal se pegando com satisfação: como suas mãos
corriam pra cima e pra baixo no corpo um do outro, como eles
mal paravam pra respirar...

Eu quero aquilo! Eu quero saber o que é enfiar minha


língua na garganta de um garoto. Eu quero saber como é uma
ereção em ação ao vivo, ao invés de só ler sobre isso. Se eu
iria fugir da vida de louca dos gatos que eu estava vivendo e
finalmente escrever a novela romântica em que estive
trabalhando por anos, então eu preciso de experiência de vida;
eu preciso fazer sexo!

Com renovado vigor, caminhei para fora do metrô, subi


para meu apartamento e entrei na minha sala. Eu iria fazer um
plano de jogo de como perder minha virgindade. Delaney
estava certa, eu precisava começar a experimentar, me levando
pra fora e tomando notas, porque quando eu estivesse
finalmente pronta para ter um homem abelha polinizando
minha flor, eu queria me lembrar de tudo sobre isso.

Deixando minha bolsa na mesa de lado, eu catei água na


geladeira e fui para meu quarto, onde havia um pequeno
embrulho de presente sobre minha cama com um recado. Eu
fechei minha porta e pulei na minha cama, me perguntando o
que um de meus amigos tinham me deixado. Eu abri o cartão e
li em voz alta.

“Hora de encontrar seu grande 'O'. Amo você, Henry”.

Confusa, cavoquei pela bolsa e puxei pra fora uma pepita


pesada rosa do tamanho de um projétil, e um kindle que tinha
um recado dizendo que estava completamente cheio. Meu
coração vibrou no presente dos livros, mas então eu observei a
pepita, me perguntando o que era.

“Que diabos?”

Eu chacoalhei aquilo na minha mão e imediatamente


começou a vibrar, enviando a ardente cor vermelha para meu
rosto.
Henry me deu um vibrador. Um vibrador! Que infernos eu
faria com um vibrador?

“Henry?” eu chamei pelo apartamento com o projétil na


mão, procurando por meus colegas de apartamento, mas
ninguém estava em casa. Eu fui ao quarto de Henry, onde
havia um recado pendurado na porta.

Rosie – não vou estar em casa até tarde desta noite


Apague as luzes, fique pelada e se divirta. Amo você – Henry.
PS. Eu espero ter baixado alguns livros bons; coloquei os com
homens meio pelados na frente. Pensei que estes seriam
inspiradores.

“Oh, meu deus, eu odeio ele”, eu disse, enquanto


tempestuava para meu quarto e batia minha porta com força.

Eu joguei o projétil de volta na bolsa, mas deixei o Kindle


no criado-mudo - continuava inebriada por aquele presente,
mas irritada pelo outro. Fui pra minha mesa, onde eu puxei um
caderno de anotações novo e escrevi - “Meu diario do sexo” na
frente. Me sentindo realizada com meu progresso, abri o
caderno e comecei a escrever.

02 de junho de 2014

Eu vi um casal se pegando no metrô hoje...


Por ao menos cinco minutos, sentei e encarei a primeira
entrada de meu diário, não sabendo mais o que escrever. Eu
estava tão deprimida. Se isso não era uma indicação de quanto
eu precisava me aventurar para fora de minha zona de
conforto, então eu não sabia o que era. Minha irritação com
Henry começou a passar enquanto percebia que eu poderia
precisar da não autorizada ajuda que ele estava oferecendo. Eu
podia sentir o embrulho de presente sobre minha cama me
implorando para ser aberto de novo, para ser usado. Maldição!

Olhei a sacola, pensando que aquilo poderia não ser uma


coisa ruim de tentar; aquilo era uma nova experiência, e
poderia ajudar a me dar pistas do que esperar do que estava
por vir.

Dando uma profunda respiração, abaixei minha caneta, fui


para minha porta e chamei pelos meus colegas de apartamento
de novo; ninguém respondeu, indicando que eu estava sozinha
em casa. Fechei a porta e me virei para a cama, olhando a
sacola mais uma vez.

‘Eu posso fazer isso’, disse a mim mesma, enquanto ia


para a sacola e puxava o pequeno vibrador para fora, me
perguntando por que Henry escolheu um tão pequeno. A única
conclusão que eu poderia chegar era porque eu sou uma
virgem e não tinha experiência com itens mais compridos de
homens.
A lã da minha saia estava pinicando, então eu decidi que,
para testar minha sexualidade, eu teria de estar confortável.
Com aquela solida ideia, abri minha saia, desabotoei minha
camisa e coloquei uma comprida e enorme camiseta que tinha
um gato gigante na frente. Sim, eu gostava de camisetas grátis
do trabalho; eu estava okay com isso.

Deslizando minha roupa de baixo, eu as lancei dentro do


cesto com a habilidade destra de meu dedão do pé e soquei o
ar enquanto rumava para a cama.

A cama rangiu enquanto eu sentava e entrava em posição,


o que basicamente era eu pulando pela cama como uma baleia
até estar confortável. Eu empurrei a sacola para o chão e
agarrei o vibrador com minha mão direita, pensando que o
usaria mais habilidosamente com minha mão dominante.

Cuidadosamente, examinei o pequeno mecanismo e liguei.


Ele vibrou na minha mão, me fazendo rir de quão poderosa a
coisa na verdade era, mesmo sendo tão pequena.

“Eu acho que tamanho realmente não importa”, disse pra


mim mesma, enquanto fechava os olhos e baixava o projétil
para minha vagina.

Eu pairei por sobre minhas áreas privadas por uns bons


minutos, me perguntando se o projétil iria desligar da não-
ação.

“Eu posso fazer isso”, disse, enquanto dava uma profunda


respiração e extendia minhas pernas tão escancaradas na cama
que elas estavam quase caindo para os lados. Quanto mais
aberto melhor, eu supunha.

“Eu não consigo acreditar que estou fazendo isso”, falei


para ninguém, enquanto minha outra mão descansava sobre
minha cabeça. “Só faça isso”, repreendi.

Trincando meus dentes, segurei o projétil com meu dedo


indicador e dedão e inseri o projétil dentro de minha vagina.
Obrigada deus pelos tampões, porque eu fui facilmente capaz
de localizar o buraco. Vibrações instantaneamente correram por
minha metade de baixo, me fazendo grunhir.

“Oh deus, isso é estranho”, falei para ninguém, enquanto


fazia um pouco de dentro e fora com o projétil. “Isto deveria
realmente ser maior, eu mal consigo senti-lo lá”.

Eu continuei a fazer pequenas inserções. Conseguia


somente pensar sobre o que minha vagina deveria estar
pensando agora, como se eu estivesse jogando o jogo de bater
na verruga com isso. Eu comecei a rir enquanto pensava sobre
vencer o jogo contra minha vagina.

Eu achei mais fácil inserir quando as vibrações começaram


a crescer em mim. Eu me perguntava se isso era porque eu
estava começando a ficar ligada. Eu estaria escorrendo? Isso
estava bastante liso... estaria eu mei deixando ligada? O mero
pensamento me deu calafrios. Eu nunca tinha me masturbado
antes, então eu não tinha ideia do que esperar sentir em minha
própria vagina. Estaria eu fazendo isso certo?

Eu não achei que estivesse, porque o projétil mal ia


dentro.

Eu me perguntei...

Respirando profundamente, pressionei o projétil por todo


o caminho de minha vagina, até sentir que ele estava
completamente inserido. Imediatamente um suor começou a
quebrar ao longo de minha pele pelas vibrações dentro do meu
canal vaginal.

“Oh doce Jesus”, eu disse, enquanto minhas mãos


começaram a agarrar os lençóis da cama.

O projétil não só vibrava continuamente, mas também


pulsava em diferentes padrões, que minha vagina estava
começando a memorizar e contrair com cada choque, ao ponto
que comecei a me sentir desconfortavel.

Querendo voltar para os mini-impulsos, eu fui tirar o


projétil de minha vagina, mas estava travado! Eu não
conseguia nem mesmo sentí-lo, porque estava fundo demais.

“Oh meu deus!” me sentei com medo quando minha


vagina começou a contrair com as sensações.

Pânico lavou sobre mim enquanto eu tentava agarrá-lo de


novo, dessa vez tentando empurrá-lo pra fora usando meus
músculos vaginais. Mas tudo que aconteceu foi uma ameaça de
empurrar alguma coisa mais pra fora, então eu parei
imediatamente e procurei pelo meu quarto por alguma coisa
para me ajudar.

Sobre minha mesa, próxima a minha cama, estava uma


régua, que eu agarrei e observei pontualmente as beiras. Não,
eu não estava pronta para forçar a maldita coisa pra fora, então
baixei a régua e olhei pelo meu quarto um pouco mais, todo o
tempo permanecendo em pânico sobre o vibrador enfiado em
meu buraco do prazer.

Talvez houvesse forcéps na sacola de presente ou


instruções, eu pensei, enquanto alcancei embaixo bem quando
um pulso correu por minha espinha, vindo do projétil.

“Madrepérola!” eu guinchei quando senti o chão,


escalando ao redor da sacola. Eu inclinei a sacola de cabeça pra
baixo, mas nada caiu. “Maldito seja”, praguejei enquanto outro
pulso tremeu meu útero inteiro.

Suor continuava a se formar sobre minha pele, enquanto


eu pensava sobre as consequências de ter um vibrador preso
em minha vagina; isso não podia estar acontecendo. Eu
definitivamente não iria ao medico para ele puxar um vibrador
para fora de mim, então me levantei, ergui minha camiseta pra
cima para poder olhar o que eu estava fazendo e abri minhas
pernas como um lutador de sumô.

“Qual é, sua putinha” eu xinguei - enquanto pulava pra


cima e pra baixo em minha posição agachada, tentando afastar
minhas pernas tanto quando possível, desejando que minha
vagina parasse de contrair ao redor da maldita coisa.

“Por favor, saia!” eu disse, pulando mais forte enquanto


olhava pra baixo em minha região sul, desejando que a maldita
coisa desentalasse.

Mais suor gotejava abaixo de minhas costas enquanto a


sensação dos pulsos continuava correndo através de mim,
quando o puro medo de, ter um vibrador preso em minha
vagina cruzou minha mente.

Bem quando eu estava dando um ultimo pulo gigante,


minha porta escancarou e Delaney entrou.

“O que diabos você está fazendo aqui?” ela perguntou,


enquanto parava na porta de entrada e olhava para mim
chocada.

Eu parei no meio do meu quarto, minha saia enrolada


levantada ao redor de minha cintura e meu tronco nú a mostra
para todos verem.

Eu estava quase gritando para ela sair do meu quarto


quando o projétil que estava uma vez atolado em minha vagina
golpeou o chão e rolou para Delaney, graças ao velho piso
desnivelado que só um apartamento de New York City poderia
oferecer.

Nós ficamos em silêncio quando Delaney parou o projétil


com seu pé e depois olhou de volta pra mim.

Seus lábios contraíram enquanto ela estudava a cena


desenrolando em frente a ela. “Isso estava preso em sua
vagina?”

Eu rapidamente puxei minha camiseta pra baixo e


estiquei, para que eu estivesse apropriadamente coberta antes
que começasse a falar.

“É rude entrar no quarto de alguém sem bater”.

“Me desculpe por me perguntar que tipo de debandada de


elefante você tem aqui. Se eu ao menos tivesse sabido que
você estava tentando remover um vibrador de sua vagina, eu
teria dado a você mais privacidade”.

Calor de vergonha veio direto para meu rosto, tornando-o


completamente vermelho.

“Isso é culpa de Henry”, eu culpei. “Ele não me deu um


comprido o bastante”.

“Do que você está falando?” Delaney perguntou, enquanto


pegava um lenço de minha cômoda e levantava o vibrador. “Ele
te deu um projétil”.

“Porque eu sou virgem, eu sei”, eu disse, virando meus


olhos.

“O quê? Não. Você sabe o que um vibrador projétil é,


Rosie?”

Eu estava quase respondendo, quando fechei minha boca


e pensei sobre isso por um segundo. Eu na verdade não sabia o
que isso era. Eu só supus.
“Um vibrador para alguém que não rompeu seu hímen
ainda?”

Um olhar contorcido de desgosto cruzou o rosto de


Delaney enquanto ela me estudava.

“Você pode dizer hímen, mas boceta é nojento para


você?”

“Isso é um termo medico, a palavra com ‘b’ é gíria”.

Balançando sua cabeça para mim, Delaney disse, “Eu amo


você Rosie, mas você consegue ser tão ingênua às vezes. Um
projétil é um estimulador de clitóris. Isso não vai dento de sua
vagina, é só pra brincar entre seus vales”.

“Você quer dizer... brincar em minhas doces dobras


femininas?”

“Jesus, sim!” Delaney respondeu, jogando o projétil sobre


minha cama. Ela começou a rir e disse: “Eu não consigo
acreditar que você enfiou em sua vagina”. Como se ela enfim
compreendesse o que tinha rolado, ela começou a rir
histéricamente enquanto segurava a porta de meu quarto.
“Você tinha isso entalado em sua vagina e estava pulando pra
cima e pra baixo pra tirar isso pra fora”. Ela deslizou no chão e
secou as lágrimas de seus olhos, enquanto eu dobrei meus
braços sobre meu peito e esperei que ela acabasse.

“Como eu deveria saber?” eu me defendi. “Não havia


instruções. Henry só me disse para encontrar meu O. Quem
saberia que era só um estimulador de clitóris?”

“Você saberia se fosse para a sex shop comigo”.

“Você sabia que aqueles lugares são cobertos de sêmen?


Você conhece estas cabines de vídeos de sexo? Sim, eles não
tem higienizadores de mão. Não há nenhum jeito de eu poder ir
em um desses lugares. Você pode praticamente ficar grávida só
de fungar o ar”.

“Sim, eu li isso nas manchetes outro dia. Mulher


sexualmente ativa fica grávida de respirar em uma sex shop”.

Eu estudei Delaney por um segundo e disse, “Você e eu,


ambas sabemos que esse título está muito comprido para uma
manchete”.

Delaney desceu pro chão enquanto ria e balançava sua


cabeça. “Sério Rosie, eu tô orgulhosa de você por tentar, mas
talvez pergunte na próxima vez, antes de começar a enfiar
coisas em sua vagina. Você consegue imaginar se nós
tivéssemos que ir ao hospital para remover essa coisa, sentar
no hospital enquanto você está constantemente sendo
estimulada? Deus, você pode enfiar de volta pra nós podermos
ver o que acontece na sala de espera. Isso faria minha noite”.

“Você pode sair agora”, eu apontei.

“Tá certo”, ela ergueu sua mãos, mas disse antes de sair,
“A propósito, eu vou ligar para minha especialista em depilação
amanhã; nós vamos dar a você uma brasileira, garota, porque
esse arbusto não é nem um pouco lisonjeiro”.

“Hey, eu aparei!”, eu disse, enquanto fechava minhas


pernas.

“Nós queremos liso, Rosie, não podado. Acredite em mim,


quando você finalmente tiver um cara ali embaixo, você quer
ter certeza de que as coisas estão tão limpas quando possível”.

Outra onda de vergonha relampejou através de mim com


o pensamento de um cara sendo tão intimo comigo.

“E pare de corar cada vez que eu falo sobre sexo. Você


tem de dominar isso, garota, ser um ser sexual. Começar a
assistir pornô... isso ajudaria”.

“Okay, adeus, Delaney”.

“Tchau Rosie. Me deixe orgulhosa e se masturbe do jeito


certo: uma mão os seios e uma no clitóris”.

Eu fechei minha porta na cara dela enquanto ela ria todo o


caminho para seu quarto. Eu olhei para o lenço enrolado no
projétil sobre minha cama e ri daquilo. A maldita coisa sabia
exatamente o que eu estava fazendo e tirou vantagem de mim.
Eu não chegaria nem perto daquela coisa por um período muito
longo de tempo. Estupido Henry.

Pegando meu notebook, sentei de volta em minha mesa e


continuei a escrever em meu diário.
02 de junho, 2014

Eu vi um casal se pegando no metrô hoje...

Nota para mim mesma: googlar brinquedos sexuais antes


de usá-los. Ações precipitadas podem causar danos corporais e
vergonhosas viagens ao hospital, sem a apropriada pesquisa
ser conduzido primeiro.

Por outro lado, vibradores não são de tamanhos diferentes


devido a sua experiência sexual. Vibradores projetil são para
estimulação clitórial, não para virgens que precisam ser
defloradas. Também, Virgínia (minha vagina) curtiu a opção de
vibração do projétil, mas não gostou de ser viciosamente
atacado pelo dito projétil entalado, (a mini-máquina).
Capítulo Três
Pornô é ciência

“Rosie, vem aqui, por favor, vem aqui”, Henry disse, me


chamando para o sofá. “Eu não sabia que você iria enfiar o
vibrador na sua vagina”, ele riu na ultima palavra.

“Por que você levou as instruções?” eu perguntei,


enquanto relutantemente sentei no sofá próximo a ele e o
deixei me puxar em seu abraço. Eu deitei minha cabeça nele,
enquanto seu braço envolveu ao redor de meus ombros.

“Oh meu deus, isso foi usado antes?” eu perguntei,


olhando para ele.

Rindo, ele balançou sua cabeça em sinal negativo, e disse,


“Ele veio em embalagem plástica, você sabe, o tipo que você
nunca consegue abrir, e eu sabia que se você visse isso, você
nunca tentaria abrir, então eu o fiz pra você. Não me liguei, na
verdade em incluir as instruções. Eu só achei que você já
soubesse”.

“Eu não sei nada”, eu disse, com vergonha em minha voz.

“Queixo pra cima, Rosie. Você vai chegar lá”, ele me


apertou mais forte.

“Obrigada pelo Kindle, apesar. Eu mal posso esperar para


começar a ler”.

“É claro. Eu gostaria que você tivesse me dito sobre tudo


isto mais cedo. Eu teria acompanhado você por toda parte na
faculdade e nas festas; nós teríamos conseguido algo pra você
antes”.

“Eu não acho, eu poderia ter conseguido uma noite e


recuado depois. Eu não sou uma pessoa sexualmente
carregada como você e Delaney. Eu não estou confortável em
minha pele como vocês dois. Eu quero dizer, você dois
caminham por aí, e as pessoas só começam a se curvar em
suas pernas”.

“Isto não é muito preciso, mas eu aprecio o elogio”, ele


disse com um sorriso em sua voz.

“Você acha que eu preciso mudar meu cabelo e roupas?”

Tomando distância, ele desceu os olhos em mim e


balançou sua cabeça enquanto me estudava com aqueles lindos
olhos dele.

“Você é perfeita, Rosie. Não mude coisa alguma. Você só


precisa ter mais confiança em si mesma, ao invés de recuar por
trás de seus livros. Talvez desabotoar a parte de cima de sua
blusa e impulsionar seu peito pra fora, jogar seu cabelo para o
lado e fazer uma pequena provocação. Você é linda e você sabe
disso, então use, Rosie”.

“Obrigada Henry, mas isso é difícil para mim”.


“Oh, eu vejo, jogue duro para conseguir”. Ele me cutucou,
me fazendo rir.

“Sim, é isso aí. Eu vou jogar duro para pegar cada homem
no planeta, para compenar pelos vinte e três anos passados”.

“Ambiciosa”, ele riu.

“Pense grande ou vá pra casa”, encolhi os ombros. Nos


sentamos em silêencio por um segundo antes de eu dizer, “eu
tenho um encontro na sexta”.

Apertando meu lado, ele disse “Sério, isso é ótimo. Com


quem? É do site de encontros?”

“Não, eu nem tenho olhado naquilo ainda. Você se lembra


da Jenny do meu escritório?”

“A que esta namorando com aquele babaca, Drew?”

“Sim, é ela”.

“Ela poderia fazer muito melhor”.

Eu me afastei e estudei ele. “Você está dizendo que


gostaria de ter relações com Jenny?”

Rindo, Henry balançou sua cabeça. “Ter relações? Você é


adorável, mas não, ela me irrita. Ela é bonita, apesar disso,
mas você sabe que eu gosto de morenas pequenas. Eu estou
me guardando pra você”.

“Você está tentando me ensinar como flertar?”

“Isso está funcionando?” ele piscou.


“Não”, eu ri, enquanto enrolava meu braço de volta ao
redor de seu peito e me aconchegava mais perto. “A propósito,
Drew tem um amigo chamado Atticus”.

“Atticus? Como o de To Kill a Mockingbird?”

Eu pausei enquanto pensava sobre isso. “Quer saber, eu


nunca conectei seu nome com um livro. Isso o torna muito
melhor”.

“Jesus”, ele balançou sua cabeça. “Eu deveria ter mantido


minha boca fechada”.

“De qualquer forma”, arrastei. “Nós todos estamos indo


dançar na sexta. Eu estou excitada, já que não fui dançar em
uma festa tipo anos 60 desde a faculdade, mas também um
pouco nervosa sobre, na verdade, estar indo a um encontro às
cegas”.

“Você sabe que eu iria sair pra dançar com você. Eu sou o
melhor parceiro que você alguma já teve. Se lembra da vez que
eu arremessei você sobre minha cabeça, e você perdeu seu
equilíbrio, e caiu de bunda no chão?”

“Como poderia esquecer? Minha bunda ficou manchada de


vermelho por dias”.

“Eu sinto falta de dançar no clube de dança”, ele disse


com uma voz de coitado.

“Engraçado você dizer isso, porque em nosso ultimo ano


você me abandonou por seu encontro de sexta à noite, e
aquele foi o fim da dança para mim”.

“Bem, eu fui um otário então”, ele admitiu. “Se você


alguma vez quiser ir, só me peça”.

“Qual é, Henry. Você está muito ocupado nas sextas a


noite para me levar para dançar”.

Ele genuinamente me fez olhar em seus olhos e disse,


“Rosie, você sabe que eu nunca estou ocupado demais pra
você”.

Ele era meu melhor amigo, mas ainda conseguia fazer


meu coração vibrar; isso era comum quando eu estava perto
dele.

Dando a ele um sorriso de lado, eu disse, “Obrigada,


Henry, mas eu acho que esse encontro às cegas poderia ser
bom pra mim. Uma vez lá... quem sabe onde isso poderia
levar?.”

“Você está procurando por sexo na primeira noite?” ele


perguntou- um pouco espantado.

“Oh meu deus, não. Eu acho que isso seria um enorme


erro, especialmente dado a minha façanha com o vibrador em
minha vagina hoje”. Isso aí, eu disse vagina. “Eu preciso
estudar um pouco antes de pular direto dentro disso com um
estranho. O único sexo que eu conheço é dos livros, e eles
fazem parecer tão fácil e maravilhoso. É realmente desse
jeito?”
“Depende”, Henry respondeu honestamente. “Você tem
que estar com a pessoa certa, que sabe o que esta fazendo
primeiro. Alguns caras gostam de usar você para fazer o que
eles querem, mas um homem de verdade vai se certificar que
você está satisfeita antes de ele estar”.

“Isso veio direto da Biblia Playboy de Henry?”

“Maldição, direto” ele disse, enquanto se inclinava para


frente e agarrava a soda que nós estávamos dividindo da mesa
de café. “Você tem que entender que sua primeira vez vai ser
esquisita; você não saberá onde colocar suas mãos ou o que
fazer quando a meia que ele está tentando tirar não quiser sair,
então você espera ele tirar enquanto você fica lá deitada
pelada”. Ele me passou a soda e eu terminei-a, passando de
volta para ele colocar na mesa de café. “Isso vai doer, Rosie. Eu
não vou mentir sobre isso, e você vai sangrar”.

“Wow, soa como uma experiência tão agradável; eu mal


consigo acreditar que esperei esse tempo todo para
experimentar”.

Eu sabia que sexo não iria ser ótimo logo de cara, mas
agora, graças a Henry, eu estava realmente temendo isso.

O que diabos eu deveria dizer a pessoa que finalmente


tiraria minha virgindade? Desculpe pela bagunça sangrenta,
mas eu me esqueci de dizer a você que eu era virgem? O
processo inteiro parecia devastador.
“Talvez eu devesse esperar até eu estar em um
relacionamento sério”, eu pensei em voz alta. “Parece que se
eu estiver com alguém, de verdade namorando, ele iria ser
mais sensível com minha condição”.

“Não é como se você estivesse doente ou coisa do tipo”,


Henri gargalhou. “Você é virgem, não uma leprosa. Qualquer
cara com mente correta iria respeitar o fato que você se
guardou e iria te tratar com respeito”.

“Você realmente acha isso?”

“Sim, você só tem de encontrar o cara certo primeiro”.

“Então, você acha que um relacionamento de uma noite


está fora de questão agora?”

Ele se encolheu enquanto pensava sobre minha pergunta.


“Eu quero que você seja virgem para sempre, agora que eu sei
que você é? Bem, sim, porque isso significa que você ainda é
inocente, você é intocada, minha doce Rosie, mas se você tem
que ir para o lado sujo”, ele me lançou um sorriso, “Então eu
iria preferir que você estivesse em um relacionamento”.

“E quando você se tornou meu pai?” eu provoquei.

“Não seu pai, só um superprotetor e preocupado melhor


amigo”. Ele correu sua mão sobre seu cabelo e disse, “Eu não
sei, Rosie. Desde que Delaney me disse que você é virgem, eu
não consigo parar de pensar sobre quão inocente você
realmente é, e isso arrancou meus profundos sentimentos. Eu
amo você do jeito que você é; eu não quero que você mude. Eu
não quero que algum cabeça de pica venha aqui e te corrompa.
Eu gosto de você por quem você é agora, só perfeita”. Era fofo
quão consternado ele estava. Ele apertou meu queixo e falou
seriamente enquanto minha pulsação subia com sua
proximidade. Porque ele tinha que cheirar tão bem?

“Você é perfeita”, ele repetiu.

Dando uma respiração firme, eu disse “Obrigada, Henry,


mas uma parte de mim não gosta de quem eu sou. Você e
Delaney tem esses ótimos empregos, e eu estou presa me
esquivando de bolas de pelo e gatos a cada dia no trabalho, me
perguntando se vou ser arranhada e gritando com Sir Licks-a-
Lot. Desde que eu consigo me lembrar, tenho estado
escrevendo estórias, e agora que estou fora da faculdade e
tenho uma chance de fazer alguma coisa por mim mesma, eu
não estou fazendo isso. Eu quero escrever esse livro, terminá-
lo, e ficar orgulhosa de mim mesma, mas eu fico tipo, presa,
quando chega na parte toda do sexo.”

“Então, porque você tem de ter sexo no livro? Isso não é


uma exigência”.

“Não, não é, mas quando eu leio um livro sem sexo, eu


sinto como se estivesse perdendo aquela conexão entre os
personagens... me chame de pervertida, mas eu acho que sexo
em um livro não é só sobre ficar tudo quente e molhado. É
sobre ver os personagens formarem este vínculo que é
inegável, você percebe?”

“Sim, e acredite em mim, a última coisa de que eu te


chamaria é pervertida. Porque você não tenta ler alguns dos
novos livros contemporâneos que eu adicionei em seu Kindle,
ao invés dos caducos que sua mãe colocou em seu caminho?”

“Vou começar um esta noite, mas continuo sentindo como


se eu precisasse saber como um orgasmo é. Saber como um
pênis parece na vida real, para realmente fazer justiça em meu
livro, você entende? Escrever pela experiência é sempre muito
mais fácil”.

“Você nem mesmo viu um pau na vida real?” ele


perguntou, perplexo.

Corando, eu balancei minha cabeça. “Não. Eu só vi...”


limpei minha garganta e disse, “Uns na internet”.

Como se eu tivesse contado a Henry que meus mamilos


estouraram pra fora de noite e performaram seu próprio show
burlesco, sua boca ficou aberta em choque.

“Você tem assistido pornô?” a voz de Henry quebrou no


fim de sua sentença.

“Não, só vi algumas coisas”.

“Espere. Então você nunca assistiu pornô, você nunca viu


um pau na vida real, e você nem mesmo tocou um do lado de
fora de um par de jeans?”

“Não” eu confirmei, enquanto balançava minha cabeça.


“Bem, merda. Você quer ver o meu?” ele disse, enquanto
segurava o cós de suas calças de moletom.

“Henry! Não!” eu grunhi, enquanto cobria meus olhos.


Calor corria acima em minhas costas com a proximidade da
exposição de meu melhor amigo.

Rindo, ele disse, “Se você nem mesmo viu um pênis,


como espera descrever um em um livro?”

“Eu estou trabalhando nisso”, respondi rapidamente, ainda


sentindo o calor em meu corpo do fingimento de Henry com
seu cós.

Silêncio caiu sobre nós enquanto eu vi os trabalhos


internos da mente de Henry se formando. Nunca era bom
quando ele começava a pensar sobre as coisas.

“Eu não ligo de mostrar meu pau pra você, Rosie. Isso
poderia ser por propósitos experimentais. Ciência. Apesar de
que isso não seria muito justo para todos os outros homens
que você vai provavelmente ver, já que eu sou tão grande e
grosso”.

Uma bufada escapou de meu nariz. “Cheio de si, hein?”

“Não é ser cheio de mim mesmo se isso é a verdade”.

“Eu não vou olhar seu pau por ciência”, eu ri e balancei


minha cabeça.

“Bem, ao menos me deixe te mostrar alguns pornôs. Eu


posso guiar você através disso, como um jogador de futebol e
seu treinador. Nós podemos pausar e conversar sobre posições,
ereções, e todas as zonas erógenas que você deveria estar
ciente. Nós podemos assistir em meu tablet”.

“Porque eu estou até mesmo considerando isso agora?” eu


disse, sentia a curiosidade vindo a mim.

“Sim!” Henry se inclinou, beijou o topo de minha cabeça e


disse, “Já volto, amor”.

Eu observei sua bem definida traseira sair para seu


quarto, enquanto me convencia que era okay checar meus
amigos. Eu tinha pego ele fazendo a mesma coisa comigo em
múltiplas ocasiões. Ele estava de volta na sala, segundos
depois, segurando seu tablet em sua mão e usando um enorme
sorriso em seu rosto.

“Eu me inscrevi em um site pornô com mais classe, então


não será muito ruim de assistir por uma novata como você”.

“Você tem uma subscrição?” eu perguntei, um pouco


aturdida. “Por que? Você tem uma garota com você quase toda
noite”.

Distraido, ele encolheu seus ombros e disse, “Algumas


garotas gostam de assistir pornô enquanto nós transamos,
então eu pensei que seria legal ter uma subscrição ao invés de
ter que procurar na internet por alguma coisa no calor do
momento”.

“Mulheres realemnte gostam de fazer sexo enquanto


assistem pornô?” engoli, pensando que nunca acreditei que eu
seria uma dessas mulheres.

“Você ficaria chocada, Rosie. Você pode até mesmo gostar


disso”.

“Duvido” eu disse como uma esnobe, odiando a mim


mesma.

Henry sentou encostado contra o braço do sofá e colocou


uma perna atrás de mim, então eu tive de encostar contra seu
peito.

“Vem aqui; eu vou segurar o tablet na nossa frente


enquanto assistimos”.

Sempre amando um bom aconchego com Henry, eu


encostei contra seu peito e escorei meus joelhos pra cima, para
que ele pudesse descansar o tablet neles enquanto segurava-o
firme. Ele inclinou em minha orelha e disse com suavidade.

“Pornô ‘professora e estudante’ ou ‘secretária de homem


de negócios’?”

“Secretária”, eu disse rapidamente. “Não sei sobre a coisa


estudante e professor”.

“Não critique isso, é quente. Você vai se abrir mais, confie


em mim. Uma vez que você tirar seus dedos molhados... oh,
espere, você já fez isso hoje”, ele riu.

“Henry!” eu o acotovelei no estômago, fazendo ele se


contorcer ligeiramente. “Podemos, por favor, deixar disso?”
“Sua vagina com certeza fez”.

“Eu odeio você”.

Seu peito levantou e abaixou enquanto eu o sentia rindo


contra minhas costas.

“Eu sinto muito. Eu só queria estar lá quando você estava


pulando pra cima e pra baixo tentando tirar a maldita coisa fora
de você”.

“Você alguma vez considerou o fato que eu estava


severamente apavorada de que teria isso entalado em mim pra
sempre?”

“Você estava?” ele perguntou, sua voz amaciando um


pouco.

“Mais embarassada que qualquer coisa”.

“Você vive e aprende, amor. Agora vamos aos negócios”.


Ele abriu um app que estava em seu tablet e começou a
procurar por um video para nós assistirmos.

“Há um app para sua pornografia?”

“Sim, torna muito mais fácil assistir”.

É claro que isso era mais fácil, eu pensei para mim


mesma, enquanto observei Henry procurar pelo vídeo que ele
queria. Qualquer site pornográfico iria querer facilitar para as
pessoas assistirem. Isso era, na verdade, genial, ter um app
para pornôs, e os ardilosos designers nem mesmo fizeram o
ícone do app parecer como se fosse pornô. Era só um rolo de
filme, inteligente.

“Oh, a garota é gostosa neste aqui”.

“E sobre o cara?” eu perguntei, finalmente me sentindo


um pouco confortável, graças ao caloroso abraço de Henry. Eu
não iria querer assistir pornô com ninguém mais. Henry tornava
isso fácil.

“Ele tem um pau de bom tamanho, para você saber como


é”.

“Oh, adorável”.

“Agora, apoie as costas e relaxe. Nós vamos ter uma


pequena lição na arte de foder”.

A tela ficou preta e musica começou a tocar. A câmera


abriu em uma linha do horizonte em Nova York, fazendo quase
parecer que o filme era na verdade de classe. E foi assim até o
CEO, personagem principal, estourar na tela com uma moça
pelada sobre sua mesa.

“Oh, eles vão direto ao ponto, né?”

Rindo, Henry disse perto de meu ouvido, “Você estava


esperando um pequeno romance antes?”

“Bem, isso teria sido legal”.

“Eu posso romancear para você depois, amor”, ele falava


sempre tão suavemente enquanto seus lábios acariciavam
minha orelha, sua voz completamente genuína. Isso me
desconcentrava.

O jeito que ele disse ‘amor’ fez meus dedões formigarem.


Sempre, desde o ano de caloura na faculdade, eu sempre tive
uma queda por Henry. Eu quero dizer, como eu poderia não
ter? Ele é o homem mais bonito que eu já conheci, e minha
obcessão logo se tornou uma paixonite, que se transformou em
uma verdadeira amizade. Seu apelido para mim era amor,
porque ele sabia que era no que eu acreditava. Cada coisa
sobre mim orbitava ao redor de amor.

Eu era romântica no coração e amava amar, simples


assim.

Mas o ambiente de semi-intimidade que nós tinhamos


agora mesmo tinha me profetizado o jeito que ele disse meu
nome, o que era louco, porque de todas as mulheres que Henry
namorou, eu iria ser a ultima em sua lista.

Com isso não quero dizer que eu pensava que fosse feia,
porque eu sabia que geneticamente eu não era, mas eu era o
tipo de mulher baixinha e com leves curvas e um estilo retro
que era mais ‘I love Lucy’ que ‘Clube das gatas sexy gostosas’,
as típicas garotas que Henry saía.

“Você está prestando atenção?” Henry perguntou,


interrompendo meus pensamentos.

“Sim, parece que ele está quase... fazendo... com ela.


Wow, olhe seus mamilos”.

Eles eram como torpedos subindo para fora de seu peito.


Eu nunca tinha visto nada como eles. Eu tinha seios de bom
tamanho, mas meus mamilos não cutucavam as pessoas nos
olhos quando eu estava com frio.

“O que há de errado com eles?” ele perguntou, confuso.

“Eles são grandes. Eu acho que estou habituada com


meus mamilos, que são significantemente menores que
aqueles, aqueles, auto-falantes”.

“Auto falantes?” ele pausou o video e deu uma profunda


risada.

“Eles são do tamanho de meu chap stick. Sério, olha pra


eles”.

“E o que seus mamilos se parecem?”

“Você sabe”, eu disse, enquanto segurava minha mão pra


cima e fazia um pequeno circulo com meu dedo indicador e
meu polegar.

Henry inspecionou meus dedos por uma boa quantidade


de tempo e então disse, “Rosie, isso é quente. Você tem
pequenos mamilos. Me deixe vê-los”.

“Não!” eu o golpeei por trás enquanto ele continuava a rir.

“Taco por taco?”

“Podemos só assistir o filme?”


“Pornô é mais como isso”, ele disse, enquanto me puxava
mais pra perto, me aconchegando. “Agora, preste atenção. Isso
é uma experiência de aprendizado”.

O pornô começou de novo, e o CEO começou a andar ao


redor da mesa, avaliando a mulher que estava extendida nua
sobre sua mesa com seus mamilos de torpedo espetando o ar.
Música brega tocava ao fundo, cumprindo todas as expectativas
e generalizações que eu tinha sobre pornô.

No minuto em que o homem andou todo o caminho ao


redor da mesa, sua parte mais baixa veio à tona, e foi quando
eu vi sua ereção massiva.

“Oh meu deus, aquilo é uma ereção?”

Contendo sua risada, ele pausou o filme e circulou o pênis


do homem com seu dedo. “Você vê isso, amor? Isto é chamado
‘ereção’, e isso bem aqui”, ele circulou a vagina da moça. “Isso
é onde ele vai enfiar sua ereção”.

“Henry, eu não sou idiota” repreendi.

“Esta certo, só queria ter certeza. Em minha defesa, você


teve um vibrador entalado em sua vagina hoje”.

“Para com isso”, eu ralhei, mas depois ri um pouco.

O pornô continuou, e eu assisti com fascinação como o


homem devagar tirou suas roupas enquanto esfregava a seda
de sua gravata contra o corpo da mulher. Isso era, na verdade,
bem quente de assistir, ver a forma que a mulher reagia aos
pequenos toques do homem e o jeito que o homem estava
completamente satisfeito com o jeito que ele estava fazendo
sua mulher sentir. Eu comecei a ficar quente só de assistir tudo
acontecer. Eu estava tão extasiada com o homem tirando suas
cuecas que lamentei quando Henry pressionou pause de novo.

“O que você está fazendo?” eu perguntei, enquanto olhava


sobre meu ombro.

“Só pensei que você precisava de uma pausa pra água.


Estou bem certo de que sua língua estava para fora”.

“Não estava”, eu disse, enquanto secava meu rosto só pra


ter certeza.

“Está certo, amor. Você está pronta para o próximo passo?


As coisas vão ficar sérias”.

“Continua isso; eu posso segurar o que acontece depois”.

“Okay, mas se você ficar assustada, você pode sempre


envolver seus pequenos braços ao meu redor. Eu não me
importaria nem um pouco”.

“Anotado, agora continue”.

Ele apertou play e nós dois assistimos quando o homem


se virou ao redor e tirou suas cuecas, dando a câmera uma
grande mostra de sua bunda, que era na verdade muito boa de
olhar. Eu sempre considerei estrelas pornôs realmente ruins de
se observar, mas este cara era um tipo gostoso.

Em segundos, sua bunda foi alternada com um completo


frontal dele se masturbando.

“Doces melaços de monge”, eu balbuciei, enquanto me


inclinava à frente para uma olhada melhor. “Pênis são
realmente grandes assim?”

“Não para um homem mediano, mas para nós


abençoados, sim”.

Eu dei a ele um olhar acusador, e depois virei de costas.


Homens, aquela era a única coisa que eu realmente sabia sobre
eles... eles estavam sempre se gabanbo de seus paus. Aquilo
era algo que eu realmente queria saber mais a respeito, porque
homens eram tão orgulhosos de seus membros. Não era como
se moças fossem intencionalmente mostrar a elas mesmas
quão grandes suas dobras de moça eram. Eca, o mero
pensamento disse me revirava.

Eu voltei minha atenção ao tablet, onde o homem


continuava a se masturbar.

“Aquilo é normal? Um cara acariciar ele mesmo em frente


de uma mulher?”

“Claro, porque não? Isso é habitualmente excitante para


uma garota, ver um cara se masturbar só de olhar seu corpo
nu”.

“Hmmm, eu acho que isso poderia ser reassegurador,


saber que o cara te acha atraente. Sim, isso é quente”.

“Essa é minha garota, amor, pegando o espírito das


coisas. Da próxima vez, você vai estar acariciando sua vagina
com um desses vídeos”.

“Não conte com isso”.

Bocejando, eu cobri minha boca enquanto apoiava minha


cabeça contra o ombro de Henry.

“Tá cansada?” ele perguntou, lábios mal tocando minha


orelha.

“Sim, só um pouco”.

Pausando o filme e colocando seu tablet para o lado, ele


envolveu seus braços ao meu redor e disse, “Isto é aprendizado
e experiência sexual o suficiente pra você hoje. Que tal nós
continuarmos outra noite? Nós começamos com preliminares,
que tal outra noite nós enfrentarmos penetração?”

“Que coisa estranha de dizer, mas soa como um plano”.

Relutantemente, eu me afastei do abraço caloroso de


Henry e levantei do sofá. Eu puxei pra cima minha calça pink
de moletom e puxei pra baixo minha gigantesca camiseta com
um gato nela. Ajustei meus óculos e olhei pra baixo em Henry,
que literalmente parecia perfeito com seu cabelo estiloso e
bronzeado que nenhum homem deveria ter na cidade.

“Deus, eu pareço como um saco de lixo comparado a


você”.

“Você está adorável”. Ele levantou do sofá e me puxou em


um abraço. “Não deixe ninguém dizer a você algo diferente
disso”. Ele pausou e então disse, sinceramente, “Sinto muito
que seu vibrador ficou preso dentro de sua vagina hoje”.

“Sinto muito que você tenha perdido eu pulando pra cima


e pra baixo agachada como um lutador de sumô para tirar
aquilo”.

“Você está perdoada”, ele riu e beijou o topo de minha


cabeça. “Vejo você de manhã, amor”.

“Não se esqueça de fazer o café. Eu vou precisar disso”.

Enquanto me aprontava pra cama, pensei sobre a nova


aventura que eu estava embarcando. Eu já estava começando a
me sentir um pouco fogosa, e talvez em breve eu iria ser capaz
de dizer a palavra com P em voz alta sem corar, e olhar o pênis
de um homem sem rir como uma garotinha de escola. Eu podia
começar a sentir a maturidade se estabelecendo.

Esperançosamente, meu encontro de sexta a noite iria ser


o começo de um novo relacionamento. Isso tinha potencial. O
cara gostava de dançar; ele tinha que ser legal se ele não se
importava em dançar a noite toda com uma estranha. Ao
menos isso é o que eu esperava.

Quando eu fui pra cama, vi que meu celular tinha uma


mensagem de texto. Era de Delaney.

Delaney: Depilação marcada, amanhã depois do trabalho.


Hora de aparar o arbusto, babe.
Oh, inferno.

Havia uma coisa que eu tinha de ser grata. Mesmo que


isso fosse mortificante, eu estava contente que meus amigos
estavam tentando me ajudar em meus esforços de
desvirginizar eu mesma. Sem eles, quem sabe quem eu estaria
vendo e o que estaria enfiado em minha vagina. Sem eles, eu
poderia muito bem continuar a esfregar em meu braço com o
pensamento de meu ultimo namorado de livro, enquanto
casualmente pressionava meus quadris em meu colchão, só
esperando que um pênis brotasse para eu transar.

Que diabos era esse tipo de pensamento?

Balançando minha cabeça, eu deitei e disse a mim mesma


para dormir. Acho que a pornografia estava começando a me
pegar.
Capítulo Quatro
A estrada de ladrilhos vermelhos

Fabio estava deitado na cama aguardando que sua dama


medieval liberasse seu cinto de castidade e finalmente o
deixasse colher as flores silvestres do jardim que ela tinha
lindamente preparado para ele. Ele observou enquanto ela
caminhava para ele derrubando suas roupas, começando com
seu soutien de algodão branco.

Ele percebeu que seus seios eram significantemente de


tamanhos diferentes, mas ele afastou a ideia de sua cabeça e
focou no cinto que ela estava afrouxando ao redor de sua
cintura.

Ela derrubou sua roupa de baixo para revelar um sedoso


emaranhado de anéis vermelhos que combinavam com os em
sua cabeça e em seu mágico jardim...

“Não, você não pode escrever sobre cortinas combinando


com cortinas. Você está insana?” Delaney perguntou por cima
de meu ombro, assustando cada parte de mim.

“Vocês, pessoas, não podem continuar fazendo isso”, eu


gritei, enquanto cobria a tela de meu computador com minha
mão.

“Dama medieval? Você é melhor que isso, Rosie”.

“Eu sei que eu sou”, eu disse, murchando. “Pra ser


honesta, eu nem mesmo sei se ainda quero fazer um livro
medieval. O sexo parece tão rude com toda aquela armadura e
mobília. Quero dizer, onde ele coloca sua espada? Só atira isso
para o lado?”

“Não, ele espeta na vagina dela, duh”.

Virando meus olhos, fechei meu computador e agarrei


minha bolsa. “Eu não estou falando sobre a espada porca dele”.

“Wow”, Delaney gargalhou. “Henry me disse que vocês


assistiram pornô noite passada, mas eu não acho que ele se
esfregou muito em você”.

“Eu posso ser ousada se eu quiser”, respondi, minha


cabeça erguida.

Nós saimos do apartamento e descemos as escadas, onde


corremos até Henry que estava carregando uma caixa de pizza
e um engradado de seis cervejas. O homem poderia comer e
beber qualquer coisa que ele quisesse e não ganhar uma
grama; como isso poderia ser justo?

“Jantar, moças?” ele ofereceu.

“Desculpe, nós temos um compromisso”, eu disse


rapidamente enquanto tentava ultrapassá-lo, mas parei no
meio caminho por aquele sorriso em seu rosto.
“Que tipo de compromisso?”

“Hora de arrancar o arbusto fora do 'jardim de moça'”


Delaney disse, usando aspas no ar. “Despedaçar as ervas”.

Henry ergueu uma sobrancelha para mim, e então


abaixou o olhar para minha virilha.

“Você é toda natural ali embaixo, amor?”

Cobrindo minha virilha com as mãos, como se eu não


estivesse usando calças, eu disse, “Não encare, e não. Eu sou
aparada”.

“Então, qual o problema?”

“Ela vai fazer uma depilação com cera”, Delaney


proclamou.

Encolhendo, ele olhou para mim com dó. “Droga, se


divirta com isso. Me mostra depois?” ele remexeu suas
sobrancelhas, sempre um fanfarrão.

“Cai fora daqui”, eu empurrei ele para o lado e saí de


nosso prédio.

Enquanto Delaney e eu caminhamos para o metrô, ela


falou sobre seu dia na Cosmo e sobre ter de testar diferentes
tipos de tampões... ao menos não eram pás de pegar
escrementos de gatos. Eu iria preferir acariciar um tampão todo
dia que ter que testar peneiras de merda.

“Então, Henry parece estar interessado em seu novo


empreendimento” Delaney disse enquanto estávamos no
metrô, nos dirigindo ao salão.

“Não parece diferente pra mim”, dei de ombros e chequei


meu feed do instagram.

“Oh, qual é, ele está claramente interessando em tirar sua


virgindade”.

“O quê?!” eu disse engasgando com minha própria saliva.

Não havia nenhuma possibilidade de Henry estar


interessado em fazer sexo comigo. Nós eramos amigos desde o
ano de calouros, praticamente irmão e irmã.

O pensamento que ele estivesse mesmo que semi-


interessado em mim era, na verdade, ridículo. O homem me viu
por todos os meus dias completos no meu ano de caloura na
faculdade, definitivamente não interessado.

“Ele tá sempre te rodeando. Eu vi o jeito que ele estava


olhando pra você no corredor, e a sessão de pornô noite
passada, sem mencionar o vibrador e o kindle. Ele quer entrar
em suas calças”.

“Isso não é verdade, e pare de falar sobre isso. Eu não


quero me sentir desconfortável ao redor dele. Nós somos
apenas amigos. Isso seria como você dizendo que quer entrar
em minhas calças”.

Delaney me olhou de cima a baixo e riu. “Eu faria isso”.

“Lisonjeiro, mas não”.


Nós saimos do metrô e nos dirigimos às escadas cobertas
de xixi do tunel do metrô para nosso destino. O fedor dos
metrôs de nova York era uma coisa que eu nunca esquecia. Se
algo, xixi nas faixas do metrô, não nas escadas. Meu maior
medo era tropeçar enquanto subia e me encontrar em uma
poça de xixi; eu não seria capaz de viver minha vida depois de
tal traumático evento.

“Você sabe que ele é um perseguidor de virgens, certo?”

“Quem?” eu perguntei, ainda pensando sobre as escadas


do metrô.

“Henry. Ele ama iniciar virgens no mundo do sexo”.

“Isso não é verdade”, eu disse, na verdade sem saber se


estava certa ou não. Aquilo não parecia com Henry. Sim, ele
gostava de trazer mulheres para o apartamento, mas ele era
um cara genuíno, doce, gentil... Não havia um único osso
malvado ou manipulativo em seu corpo... Era por isso que eu o
amava tanto.

Ele era um homem das mulheres, apesar. A maioria das


mulheres que Henry levava pra casa parecia mais como putas
de 2 centavos que freiras usando cintos de castidade, então
dizer que ele era um caçador de cerejas era novidade para
mim.

“Pense o que você quiser, mas ele ama uma virgem”.

Não querendo falar sobre Henry por suas costas, eu mudei


de assunto no momento que entramos no salão. Era um
ambiente acolhedor, o que era supreendente, dado que
estávamos indo para as salas de trás.

As paredes eram de uma cor queimada de um tom azul


neutro e bambu circundando a sala, dando uma atmosfera
quase serena. Talvez a depilação não fosse ser tão terrível.
Nada terrível poderia acontecer em um lugar como este... onde
fontes de água piscavam para você, e o doce cheiro de
delicadezas te saudavam na porta.

“Senhorita Blossom”, a recepcionista me cumprimentou


com um sorriso. “Por aqui”.

Antes de me afastar, eu virei e dei a Delaney um olhar


nervoso, e em retorno ela apertou minha mão com uma
piscadela e disse, “não grite muito alto”.

Aquilo não foi muito encorajador.

A recepcionista falava comigo enquanto me guiava pelo


escuro, mas ainda relaxante, corredor, que era preenchido com
iluminação suave e musica calmante. Quando a gente passava
pelas portas em ambos os lados do corredor, eu
ocasionalmente ouvia um uivo ou o som do que parecia velcro
sendo puxado de um tecido magnético.

Medo começou a fazer cócegas na parte inferior de


minhas costas, enquanto eu tentava pensar sobre no que
Delaney tinha me colocado.
“Você vai ficar com Marta; ela é uma de nossas melhores
técnicas. Eu informei Marta que esta é sua primeira vez, então
ela está consciente de ser gentil com você”.

Em oposição à aspereza, eu pensei, enquanto ela me


acompanhava para dentro da sala. Porque você não seria gentil
quando estava arrancando cada pêlo de sua mais sensível parte
feminina?

“Marta vai estar com você em um momento”, a


recepcionista continuou. “Agora, tire suas calças e calcinha.
Você pode colocá-las na cômoda ali, e então deite na mesa com
aquele lençol em seu colo por privacidade. Você gostaria de um
chá?”

“Eu estou bem”, engoli, enquanto olhava ao redor da sala.


Isto parecia como um lugar relaxante, mas eu sabia que coisas
sadisticas ocorriam aqui; as paredes estavam falando comigo,
me dizendo para correr, correr como o inferno. Antes que eu
pudesse dizer que não estava pronta, a recepcionista fechou a
porta e me deixou para me despir.

Tendo uma conversa comigo mesma, eu espiei dentro de


minhas calças e disse a minha vagina que, apesar do que
estava para acontecer a ela ser coisa do diabo, eu ainda a
amava e, esperançosamente, aquelas ações trariam grandes
recompensas no futuro.

Com toda aquela bravata, eu tirei minhas calças, dobrei-


as gentilmente na cômoda, o que foi uma coisa estranha para
mim, mas eu não iria focar nisso, e depois tirei meus
shortinhos. Eu tinha calcinhas fio-dental, mas só usava-as
quando absolutamente necessário. Eu vivi em shortinhos minha
vida inteira e não planejava mudar, mesmo enquanto procurava
por alguma ação.

Depois que tudo estava coberto, eu coloquei o lençol


sobre meu colo e esperei em cima da mesa, o que parecia
completamente inútil, dado o fato que Marta iria em breve
estar derramando cera quente sobre minha vagina.

Esperar Marta aparecer era pura tortura. A música na sala


estava alta o bastante para afogar os choros agudos das salas
próximas a mim, mas eu ainda conseguia ouvir vagamente, a
dor vindo de cada mulher no salão. Eu conseguia sentir as
vaginas chorando, pedindo a todas as outras vaginas na
vizinhança para se fecharem, virarem para dentro e correrem
por suas vidas, e nunca mostrar as pregas em um salão como
esse de novo.

Imagens de árvores e campos esquadrinhavam as


paredes, tentando me distrair do que estava para acontecer.
Mas eu via direto através de suas táticas, porque minha mente
estava focada sobre a cera que estava aquecendo ao lado, e as
tiras esperando para serem grudadas em minha leitosa pele
branca.

Isso ai... branco leitoso!

“O que eu estou fazendo?” perguntei a mim mesma,


enquanto pressionava meus dedos em minhas sobrancelhas.

Eu estava a segundos de levantar e colocar minhas calças


de volta quando a porta de minha sala abriu e entrou uma
gigante, monocelha aparada, aparência perversa masculina,
usando um vestidinho justo, meias ¾ brancas, e seu cabelo em
dois coquinhos laterais. Sua monocelha rosnava para mim
enquanto ela se arrastava para perto, e eu podia ouvir minha
vagina choramingar de uma longa distancia. Eu tentei fazer
alguns movimentos com a vagina, enviando a ela um código
Morse que eu estava gravemente sentida pelo que estava para
acontecer, mas a maldita vadia me deu o velho dedo do meio e
me disse pra me foder, se convertendo instantaneamente em
um mundo de coceira.

Desconfortável de muitas formas, me virei na mesa,


tentando parecer nervosa, mas ao invés, intuindo coçar aquela
coceira incoçavel que só um dedo conseguiria aplacar.

“Você parece doente; você está bem?” Marta disse com


um pesado sotaque que eu consegui presumir ser húngaro.

“Só nervosa” - eu admiti, enquanto continuava a virar.

“Não precisa ficar nervosa. Marta sabe o que fazer”.

Era melhor saber, eu pensei, enquanto ela puxava uma


mesa rolante cheia de cera e tiras para perto de mim. Um leve
brilho de suor desceu em minha pele enquanto Marta tirava
meu lençol e colocava suas mãos sobre meus joelhos e
extendia minhas pernas tão abertas quanto poderiam ficar.

Maria Madalena!

Sua cabeça abaixou e estudou a mais particular de minhas


áreas. Nem mesmo minha ginecologista era tão minuciosa
quando me examinava, e ela com certeza não chegava tão
perto. Eu juro. Eu senti Marta bufar em meu vale de
maravilhas.

“O que está olhando ai embaixo?” perguntei, desejando


que seu nariz não estivesse tão perto de minha vagina.

“Quero ver com que tipo de espessura eu vou trabalhar.


Parece que eu vou precisar usar mais cera do que esperava”.

“O quê? Por quê?”

“Seus pelos são grossos. É como uma floresta tropical.


Muitas videiras pesadas, especialmente nas áreas escuras”,
Marta disse, sem açúcar cobrindo isso.

“Áreas escuras?”

“Sim, dentro da vagina e ao redor do ânus, mas nós


vamos pegar isso”.

“Desculpa, mas você disse ânus?”

Marta estava misturando a cera quando falou, “Sim, seu


ânus, isso é o buraco entre as duas bandas da bunda”.

“Eu sei o que ânus é, Marta”, eu disse, exasperada. “Eu só


estou me perguntando por que você está falando sobre isso”.
“Você marcou uma brasileira, não?”

“E daí?” perguntei, suando mais a cada segundo.

“Buraco a buraco”, Marta disse, enquanto levantava um


grosso palito de picolé e pegava uma grossa camada de cera
com isso.

“Buraco a... sagrados pelos pudescentes!” eu gritei


quando Marta cobriu minha vagina com um pouco de cera.

“Aguenta aí”, Marta disse, enquanto colocava uma tira


sobre minha pele. Havia barras nos lados da mesa para as
quais minhas mãos foram instintivamente, me perguntando que
infernos aconteceria depois. “Três, dois, um...”

Puxão!

Pesados pontos negros apareceram em minha visão,


enquanto a dor ricocheteava sobre minha pele.

“Meu clit... você arrancou meu clitóris”, eu guinchei,


enquanto minhas mãos iam em direção a minha genitália. Mas
elas foram rapidamente afastadas por Marta, que baixou outra
tira de cera e daí a rasgou fora em uma questão de segundos.

Minha cabeça voou pra trás e eu implorei para ela parar,


mas a diaba não ouviu, enquanto continuava a arrancar pêlos e
mais pêlos de mim. Ela lançou as tiras de cera cobertas de
pêlos para o lado, e eu procurei nelas por sinais de minha
vagina. Eu juro pelos céus acima de mim que ela estava
grudada neles, porque eu estava quase cem por cento certa,
que ela não estava mais presa a meu corpo.

“Eu estou sangrando, eu sei que estou. Só me diga. Eu


estou sangrando? Às vezes eu levo tempo para coagular, é isso
que parece?”

“Você está bem”, Marta disse, na maior naturalidade,


enquanto colocava outra tira de cera sobre minha vagina.
“Três...”

“Não, Marta, por favor, deixe Virginia em paz”.

“Dois...”

“Marta, eu pensei que nós éramos amigas. Deixe Virginia


em paz”.

“Um...”

“Eu vou fazer o que você quiser”, desespero fixo em


minha voz. “Só não...”

Puxão!

“Capitã estripadora de xoxotas”, eu gritei, enquanto


lágrimas caíam de meus olhos. “Você é uma estripadora de
xoxotas”, eu disse - me surpreendendo com o tom ameaçador
em minha voz. Eu subi o olhar em Marta para me desculpar,
mas a demônia só riu. Ela riu de mim!

Ela era uma bárbara.

Ela me fez falar palavrões, e eu a odiava por isso. Nunca,


nem uma vez, eu tinha dito a palavra com X em voz alta, mas
agora palavras inapropriadas fluíam para fora de mim.

“Fique de quatro”, ela disse, enquanto fechava minhas


pernas.

“O quê?” eu perguntei - muitos delírios de dor para


processar qualquer coisa.

“Fique de quatro e afaste suas pernas abertas”. Eu pausei,


não querendo fazer o que ela disse, até sua monocelha ficar
nervosa e ela praticamente começar a rosnar para mim.
“Agora”.

Eeeep!

Rapidamente, me virei e fiquei de quatro, colocando


minha bunda pro ar.

Sem aviso, ela espalhou cera sobre meu ânus e colocou


uma tira. Havia alças no topo da mesa que eu aproveitei, e em
um gesto suave, Marta puxou o buraco de minha bunda pra
fora de mim, para juntá-lo com aos pedaços de minha mocinha
no cemitério de quebradas e rasgadas partes íntimas.

“Demônio, você é um demônio”, eu murmurei, enquanto


Marta colocava suas duas mãos nas bandas de minha bunda e
as abria. Eu conseguia sentir seu rosto perto e, naquele
momento, eu rezei para os deuses da flatulência, para que eles
me premiassem com uma buzina que iria enrolar sua
sobrancelha em um penteado afro. Mas eu alguma vez tive
sorte? Não.
Ao invés disso, Marta disse, “Nós vamos descolorir
também”.

“Descolorir o que? Você removeu todo o pêlo”.

“Descolorir o ânus”, ela disse, enquanto colocava outra


tira de papel em mim.

“O quê? Ahhhh, chupadora sádica”, praguejei, enquanto


minha testa encontrava a almofada na mesa.

“Mais uma, e depois nós vamos fazer a descoloração”.

“Espere, porque nós vamos descolorir... balançando


baleias belugas, eu odeio você”, eu chorei - depois que ela
puxou uma ultima tira.

“Tudo feito”, ela deu um tapa na minha bunda enquanto


eu tentava recuperar meu fôlego do ataque da besta
monocelha da depilação.

“Nós vamos fazer clareamento; fique como está”.

Eu me sentia abusada demais para mesmo tentar impedi-


la, então eu só me virei pra cima com minha bunda pro ar,
tentando encontrar um lugar feliz onde unicórnios brincavam
em campos brilhantes de donuts e árvores de cerejas.

Não foi até eu estar em casa e sentar em minha cama que


eu finalmente saí da nevoa em que estava, onde Marta tinha
me colocado.

O conforto de meu quarto me envolveu enquanto eu


encarava o chão, me perguntando se iria alguma vez sentir
minhas partes baixas de novo. Eu estava assustada demais até
para olhar o que Marta fez comigo, e dizer que eu estava
queimando lá embaixo era um eufemismo.

Dando uma profunda respiração, eu caminhei para minha


cômoda e agarrei um par de shorts e uma camisetona, para me
arrumar para dormir cedo. Eu não estava com humor para
conversar com meus amigos.

Henry tentou conversar conosco quando voltamos, mas eu


fui direto para meu quarto e fechei minha porta. Nem mesmo
conversei com Delaney. Eu nunca me senti tão dilacerada em
minha vida, tão abertamente massacrada da cintura pra baixo.

Tinha de haver pele faltando; não havia dúvida em minha


mente de que eu iria precisar de vitaminas extras para reparar
qualquer dano causado lá embaixo. Se Delaney queria
prolongar minha vingindade, ela acertou em cheio, porque
nesse instante, nada se aproximaria de minha vagina, nem há
dez metros de distância.

Respirando profundamente, abaixei minhas calças e


depois meus shortinhos. Meus olhos ergueram para o espelho
que estava em minha frente, e eu estive próxima de gritar com
a visão que vi no reflexo.

Eu estava completamente careca, mas no lugar dos pêlos


havia um milhão de bolinhas vermelhas, sobre toda minha
pele. Eu agachei no chão, abri minhas pernas e olhei no
espelho. De meu umbigo até minha bunda havia uma linha de
bolinhas vermelhas acariciando minha pele, guiando para uma
anteriormente branca bunda.

“Puta que pariu”, eu disse, não me importando com meu


linguajar nem um pouco.

“Rosie? Você tá ai?” Delaney chamou, batendo dessa vez.

“Não entre aqui”, eu gritei de volta.

“Rosie, eu tenho um creme para você colocar em sua


vagina, isso ajudará com a dor”.

Eu coloquei meus shorts rapidamente, e depois fui pra


porta. Eu abri com força e dei a Delaney meu melhor olhar
matador.

“Você tem creme para ajudar com a dor? Por acaso você
teria um creme para ajudar com a gigante estrada de ladrilhos
vermelhos que eu tenho, e que vai te levar para o mago da
bunda branca descolorida?”

A boca de Delaney pairou aberta enquanto ela relanceava


para minha virilha.

“Você descoloriu sua bunda?”

“Sim, e isso parece como a porra de Saturno no meio de


uma chuva de meteoros vermelhos. Que inferno, Delaney!”

Um pequeno sorriso tentou espreitar por seus lábios, mas


ela foi esperta o bastante para escondê-lo antes que eu o
estapeasse pra fora de sua cara.

“Eu nunca disse a você para descolorir sua bunda”.

“Você descoloriu seu cú?” Henry perguntou enquanto


passava, parando a meio passo quando ouviu ‘descolorir’ e
‘bunda’ na mesma sentença.

“Eu não queria. Marta que fez”.

“Quem é Marta?”

“A demônia que fez isto comigo”, declarei enquanto


baixava meus shorts, só o suficiente para mostrar algumas das
bolinhas vermelhas.

“Oh meu deus”, Delaney disse, enquanto Henry se


encolhia ao fundo e se retirava para seu quarto, claramente
percebendo quando não era necessário. “Você deve ter tido
uma reação alérgica a cera”.

“Você acha?” eu perguntei, enquanto tudo em minhas


regiões inferiores continuava a queimar. “O que eu faço?”

“Sentar no gelo?” Delaney encolheu os ombros.

Eu apontei pra ela antes de fechar minha porta e disse,


“Eu não gosto de você agora”.

“Justo”, ela disse, enquanto a porta fechava em sua cara.


“Você vai me agradecer em alguns dias...”

“Isso se eu não matar você durante seu sono”, ameacei.

Eu caminhei para minha cama e plugei meu celular.


Agradecer a ela, ela tava falando sério? Eu quase perdi cada
órgão sexual de meu corpo e eu deveria agradecer a ela? Com
certeza Marta quase arrancou meu útero em um ponto; não
havia jeito de eu ser agradecida a Delaney.

Eu peguei meu diário e comecei a escrever.

3 de junho de 2014

Não confie em ninguém chamado Marta, especialmente se


ela usar meias ¾ e abrir suas pernas como se fosse normal. Se
apenas ela acidentalmente colocasse um pouco de cera naquela
monocelha qua parecia ter mente própria. A maldita coisa
segurou sua pequena barriga de monocelha e gargalhou de
mim, com cada puxão e lágrima de meus olhos.

Depilação brasileira, mais conhecida como ‘depilação te


fodendo na bunda’, porque é isso que parece, não que eu
soubesse, mas eu presumo que é assim que parece. Não há
jeito de ser legal o que aconteceu comigo, e há uma razão para
eles manterem aquelas salas escuras e cheias de música:
porque eles não querem que você realmente dê uma boa
olhada nas técnicas ou ouça o que elas estão dizendo. Isso é
tudo conspiração. Há, provavelmente, algum laboratório por
trás, onde eles transformam pelos púbicos em algum tipo de
droga do mercado negro. Essa é a única explicação que eu
consigo ter do porque aquelas senhoras tem orgulho de puxar
pêlos sensíveis de uma mulher.
Eu entendo que você pretende apresentar um lindo muffin
para seu homem, mas uma brasileira é realmente necessária?
Por que uma poda não é suficiente o bastante?

Nota para mim mesma: ver o que é preciso para se tornar


uma técnica de depilação. Vingança é uma vadia, Marta, e eu
vou atrás de você.

Coloquei meu notebook de lado e entrei debaixo de meus


cobertores, quando recebi uma mensagem em meu celular. Eu
o peguei e vi que era de Henry.

Henry: sinto sobre sua estrada vermelha, amor. Ao menos


você tem o bom e poderoso cú sentado entre suas duas
bandas; isso é algo para se orgulhar. Não há lugar como entre
suas pernas, não há lugar como entre suas pernas. (Diga
enquanto estala seus lábios vaginais juntos)

Balançando minha cabeça e rindo, enviei uma mensagem


de volta para meu muito intrometido melhor amigo.

Rosie: eu já te disse o quanto eu te odeio?

Henry: não minta, amor. Você me ama, e você sabe


disso. Melhore logo. Você tem que melhorar para dançar na
sexta. Noite do grande encontro!

Rosie: sim, vamos só ver se consigo fazer isso durante


toda a noite sem arrancar minha vagina fora de tanto coçar.

Henry: sua vagina, na verdade, me enviou uma


mensagem. Dizia que eu deveria ir e espalhar alguma loção
calmante nela.

Rosie: e seria com seu pau?

Henry: whoa! Rosie fogosa, eu gosto disso! A oferta


continua de pé se você precisar. Amo você, Rosie.

Rosie: amo você, Henry. Agora me deixe em paz.


Capítulo Cinco
O testículo secreto

“Eu tô quase lá. Eu vou, com certeza, te fazer saber quão


gigante um Maine Coon2 realmente é”, assegurei a Jenny, que
queria nada mais que estar trabalhando na missão comigo.

“Você sabe que isso não é o que eu quero saber. Eu quero


saber como é trabalhar com Lance. Deus, ele é bonito. Você é
tão sortuda”.

“Agora você quer um pedaço do Maine Coon, não é minha


culpa que você rejeitou”, eu disse, enquanto abria a porta para
o estúdio onde a sessão de fotos aconteceria. Eu tinha que
conduzir uma entrevista com a família dona do agora popular,
Baboo, que é uma sensação no youtube, e já que ninguém
mais queria entrevistar a família, eu estava cheia com os
deveres.

Mas uma vez que Jenny descobriu que Lance, o fotografo,


iria tirar as fotos para a revista, ela fez tudo o que era possível
para ''dividir o fardo'' que o artigo estava me dando. Eu não
acreditei nela nem um segundo. Mesmo que ela estivesse com
Drew, ela ainda tinha um olho errante em Lance - não que ela
fosse fazer alguma coisa. Ela era toda sobre olhar e nunca
2
Raça de gato gigante.
tocar.

“Eu não sabia que Lance estaria lá”, queixou-se.

“Não é problema meu, e não se esqueça de Drew; ele é


um cara legal”.

“Confie em mim, eu não vou esquecer-me de Drew. Tire


uma foto ao menos para mim”.

“Eu não vou tirar uma foto de Lan...”

“Oi Rosie”, uma profunda voz masculina disse por trás de


mim.

“Oh meu deus, é ele, não é?” Jenny grunhiu como uma
adolescente encontrando um membro do One Direction.

“Tenho que ir”, eu disse, enquanto desligava. Dando uma


profunda respiração, eu me virei e dei de cara com Lance
McCarthy.

A grossa armação de seus óculos emoldurava seus


profundos olhos azuis, e seus cabelos castanhos claros eram
arrumados com um pouco de gel, então você conseguia ver
aqueles pequenos cachinhos dele, tornando-o lindo de morrer,
sem mencionar o corpo do moço. Ele estava usando uma
camisa azul claro com um cardigan cinza, um maldito cardigan.
Não era muito frequente você ver um cara vestindo um
cardigan, especialmente não com músculos como os dele.

“Um, oi, Lance. Como está?”


“Bem”, ele assentiu, olhando ao redor e encontrando
meus olhos de novo. “Você tá bonita hoje; óculos novos?”

Eu pensei em meus óculos lilás e concordei. “Sim, eu


comprei eles duas semanas atrás”.

“Eles fazem seus olhos azuis realmente se destacarem”.

“Obrigada”, eu disse timidamente.

Eu só tinha trabalhado com Lance uma outra vez, e eu


realmente nunca pensei que ele tinha me notado, já que nós
não conversamos muito. Nós fizemos nossos trabalhos e depois
saímos; então eu fiquei supresa quando ele notou uma coisa
pequena como meus óculos.

“Você tá pronta pra isso?” ele perguntou com um


sorrisinho, acenando para a sessão de fotos.

“Tirar fotos de um gato e fazer-lhe perguntas? Com toda


certeza, eu nunca vou estar pronta pra isto”, brinquei.

Rindo, ele olhou ao redor e depois se inclinou pra frente.


“Eu tô contente que você está no set comigo hoje. Às vezes
Friendly Felines me envia estas doidas perseguidoras que não
vão me deixar tirar minhas fotos e sair”.

“Eu sei do que você tá falando. Você quer estar dentro e


fora,” pisquei. De onde isso veio?

Sorrindo vivamente, ele acentiu. “Você me pegou, Rosie.


Esse é o motivo que estou contente que você está aqui, e
também porque eu quero conversar com você um pouco mais.
Eu senti que na última vez que trabalhamos juntos, nós mal
tivemos uma chance de conversar”.

Senhor profissional calças justas queria conversar comigo?


Isso era um novo rumo em minha vida.

“Que sessão de fotos foi aquela mesmo?” perguntei,


tentando não mostrar quão fora de meu elemento eu estava.
Era raro eu conversar com homens. Ficar sozinha e
casualmente flertando? Mais raro ainda. E era realmente isso
que eu estava fazendo? Eu realmente não poderia dizer, dado a
minha falta de experiência. Mas suor estava começando a
inundar em minhas axilas.

“A exposição sobre melhores técnicas de liteiras”, ele disse


com um sorrisinho.

Eu balancei minha cabeça e prendi minha testa com


minha mão. “Deus, eu preciso de um novo emprego”.

Rindo um pouco mais, ele respondeu, “Mas daí você não


iria mais encontrar comigo”.

“Verdade. Você gosta de fazer esses artigos?”

Ele encolheu seus ombros. “Essas pequenas sessões de


fotos são okay, mas na verdade eu continuo com meu trabalho
porque na maioria das vezes eu vou para alguns lugares bem
legais. E se eu tiver que tirar fotos de gatos em liteiras
ocasionalmente, isso compensa”.

“Onde você vai?”


“Lance, podemos fazer algumas fotos de teste?” um dos
produtores assistentes perguntou.

“Já estou indo”, Lance falou sobre seu ombro antes de


retornar seu olhar para mim. “Eu quero conversar mais um
pouco. Sai comigo no sábado?”

Ele estava falando sério agora mesmo? Sair com ele? Os


peitos de Jenny iriam sacudir de dentro pra fora se eu disser a
ela que eu tenho um encontro com Lance. Ele parecia muita
areia para mim, mas ele era gostoso, doce e talentoso; eu seria
estúpida em dizer não, especialmente com meu novo objetivo
na vida.

“Isso parece divertido”, eu respondi.

Um grande sorriso cruzou seu rosto com minha resposta,


como se ele estivesse aliviado em saber que eu iria sair com
ele.

“Não deixe este set sem me dar seu número de telefone,


você tá ouvindo?”

“Não se preocupe”, eu sorri, enquanto ele beliscava meu


queixo com seu dedo indicador e seu polegar, e depois sair para
o set com sua câmera na mão.

Suspirando, eu observei seu bumbum balançar pra longe.


Ele realmente era bom de admirar por trás. Precisando dizer a
alguém, eu puxei meu celular e mandei uma mensagem para
Delaney. Eu iria contar a Jenny minhas novidades
pessoalmente, só então eu poderia saborear o olhar em seu
rosto.

Rosie: Delaney!! Eu tenho um encontro no sábado com


este fotógrafo realmente gostoso.

Sua mensagem de volta foi quase instantânea.

Delaney: Rosie, eu amo você, mas que tipo de fotógrafo


gostoso você poderia encontrar em uma sessão de fotos para
um gato que gosta de lamber sua própria virilha enquanto
balança em uma bola?

Aquele era o truque número um de Baboo. Ele era Baboo,


o lambedor de bolas balançador. Entretenimento para as
massas tinham realmente descido morro abaixo.

Precisando provar que não só pessoas desleixadas,


excluindo eu e Jenny é claro, trabalhava em revistas de gatos,
eu peguei meu app de câmera no meu celular e agi como se
estivesse mandando mensagem, mas secretamente tirei uma
foto de Lance como prova de que eu não estava louca.

Como uma idiota, eu esqueci de desligar o flash da


câmera. Então, quando o flash brilhou em Lance e no
assistente, eu me atrapalhei com meu celular e o derrubei no
chão.

“Você tá okay ai?” ele perguntou com um sorriso que dizia


que ele sabia exatamente o que eu estava fazendo.

“Sim”, eu respondi, enquanto catava meu celular e virava


de costas para eles para que não pudessem ver o rubor
correndo sobre minhas bochechas.

Quando eu olhei de volta em meu celular, eu vi que a foto


que eu tinha secretamente tentado tirar era de meu dedão,
porque no minuto que o flash ligou, eu entrei em pânico e
tentei interromper, resultando em meu dedão estando na foto,
e não Lance.

“Se você queria uma foto, você poderia só ter pedido”,


Lance disse próximo a minha orelha, me fazendo pular.

“Cristo! Eu, ummm, eu não estava tirando uma foto sua”.

“Mentirosa”, ele disse muito perto, enquanto pegava meu


celular e ligava a câmera de trás. Seu longo braço se alongou
na minha frente e sua cabeça alinhou com a minha. “Sorria”,
ele sussurrou, enquanto tirava uma foto de nós. “Agora, envie
para seus amigos e me deixe saber se eles aprovaram”.

“Vou enviar”, eu disse como uma imbecil enquanto Lance


se retirava.

Evitando todo contato ocular com o homem, eu mantive


minha cabeça afastada dele enquanto enviava a foto para
Delaney. Eu estava mortificada, mas também feliz que tinha
uma foto dele.

Rosie: ele é gostoso e nós temos um encontro no sábado.

Delaney: puta merda! Rosie, você certamente sabe como


pegá-los. Ele é lindo. Seus oculos são de verdade?

Rosie: eu acho que sim. Porque não seriam?

Delaney: hipsters, seus óculos são sempre um acessório,


não uma necessidade.

Rosie: com certeza são de verdade.

Delaney: pergunte a ele.

Rosie: eu não vou perguntar a ele, isso seria uma


pergunta estúpida, e eu estou tentando manter meu encontro
pra sábado. Eu meio que gosto desse cara.

Delaney: e sobre Atticus? Rosie Bloom, você está


semeando o campo?

Estava? Eu acho que estava. Eu não tinha nenhum


comprometimento real com ninguém, e se eu queria escrever
um livro sólido, eu iria ter que ter um monte de experiência
com homens, todos os diferentes tipos. Então porque não ter
alguma diversão enquanto eu podia?

Rosie: eu acho que estou. P.S. Este é um titulo de livro,


Semeando o Campo. Incrivel série sobre alguns jogadores de
basquete gostosos.

Delaney: você é irritante.

Tirando meu caderno de anotações e perguntas, eu dei


uma profunda respiração e caminhei em direção ao casal. Eles
estavam vestindo camisetas azuis de Baboo combinando, calças
beiges, e cheiravam a atum e queijo. Baboo parecia como se
estivesse para me socar na garganta com sua pata; ele não
estava satisfeito com isso. Esta iria ser um inferno de
entrevista.

“Muito obrigada por seu tempo”, eu disse para as pessoas


de Baboo.

“Baboo é um felino amigável3”, eu disse, usando a marca


da revista. Eu calei ao dizer isso, pois isso era um
requerimento. Meu chefe pensava que esse era um bom jeito
de conectar com os donos de nossas ''estrelas''; eu pensava
que isso era um carregamento de merda.

“Nós não podemos dizer a você quão feliz isso nos faz. É
como se nós tivéssemos sido assinantes a vida inteira, e não
3
Friendly Feline = felino amigável
posso acreditar que nosso pequeno Baboo está finalmente
sendo apresentado na Friendly Feline. Eu posso literalmente
morrer feliz”.

E eu acreditei na mulher que estava me encarando com


loucura em seus olhos e espuma nos vincos de sua boca. Só
uma pessoa-gato poderia realmente impressionar você com
suas loucuras, te convencendo que eles eram pessoas gentis,
quando na vida real eles só queriam te levar para suas casas e
te usar como um arranhador. Eu não iria cair nessa.

“Eu vou com certeza te mandar as fotos e o artigo por e-


mail para você guardar. Nós apreciamos seu tempo”. Eu olhei
para Baboo, cujas orelhas estavam achatadas, e seus lábios
tremendo, como se disesse, “Se vocês não me tirarem daqui
logo, eu vou soltar o gato feral em vocês”.

“Façam uma volta segura pra casa”, dei um tapinha em


Baboo, que estava a segundos de rasgar sua própria garganta
com suas garras.

O casal saiu, praticamente fluindo em uma nuvem de


amor. Sempre me fascinava como muitas pessoas eram
obcecadas com seus animais. Eu sempre gostei de um bom
amigo de quatro patas, mas não ao ponto onde eu pensasse
que eles eram meus filhos e se eu pudesse, iria amamentá-los
no peito três vezes ao dia... essa era a impressão que eu tinha
pego dos pais de Baboo, ao menos.

Enquanto eu guardava meu caderno de anotações e


gravador, senti os olhos de Lance em mim algumas vezes
enquanto ele guardava as coisas dele também. Ele deveria ter
saído um tempo atrás, mas levou um longo tempo arrumando
todas as suas coisas. Ele, na verdade, ficou e olhou as fotos
com o casal, uma coisa que ele não fez em nossa última
sessão, mas então, de novo, não é como se ele fosse dividir
suas fotos com os diferentes tamanhos de liteiras apresentados
no último artigo.

“Você está saindo agora?” ele perguntou, enquanto eu


dobrava meu pulso sobre meu ombro. “Sem ao menos me dar
seu número?”

“Você não me deu uma chance”, eu disse, quando virei e


sorri para ele.

Ele estava sentado sobre uma de suas caixas com um


sorriso torto em seu rosto, seus braços cruzados sobre seu
expansivo peito. Ele parecia divino, e eu não estava certa se
isso era minha recém-descoberta ambição ou o fato que minha
vagina poderia agora ver além da nuvem de cachos, mas eu
estava começando a ter tinidos por dentro apenas de uma
interação com o homem. Isso significava que meu ser sexual
tinha acordado? Aquilo era mesmo possível?

Eu andei em direção a ele e estendi minha mão. Ele olhou


para isso confuso, se perguntando se era para ele colocar sua
mão na minha.

“Me dê”.
“Dar o quê?” ele perguntou- ainda confuso.

“Seu celular, daí eu posso colocar meu número nele e você


pode fazer o mesmo”, eu disse, enquanto entregava meu
celular.

“Então, você não é uma provocadora?”

“Por que você pensaria isso?” eu perguntei, na verdade


surpresa que ele me considerasse uma provocadora.

Ele encolheu os ombros enquanto digitava em meu


celular. “Você tem essa vibe toda pin-up girl. Eu pensei que
você pudesse estar brincando comigo”.

Pin-up girl? Dei tudo de mim para não bufar em


gargalhadas. Sim, eu tinha um estilo retrô, mas eu não era
uma garota pin-up. Ao menos eu não achava que era.

“Você me entendeu errado”, eu disse, enquanto entregava


seu celular de volta. “Eu sou a coisa mais longe de uma pin-
up”.

“Você certamente não parece. Você é sexy, Rosie. Você


tem algumas curvas incríveis, e seus olhos... eu não consigo
parar de olhar pra eles”.

Okay, então eu poderia ver um molusco de uma milha de


distância. Eu não era tão densa no que diz respeito a homens,
mas bem agora, olhando dentro dos olhos de Lance, ele falou
sinceramente, e isso na verdade me surpreendeu. Eu não era
uma feia, besta raivosa de forma alguma, mas eu não era uma
supermodelo perfeita, que eu sabia ser o tipo de mulheres que
Lance saía.

Mas eu não ia pensar muito nisso; se ele achava que eu


era bonita, eu iria aceitar o elogio porque, inferno, eu era
bonita, e só porque eu não tinha muita atenção masculina, já
que eu era sempre a amiga, nunca a amante, eu iria absorver
esse momento. Já era tempo para eu começar a apreciar meu
corpo curvilíneo, meu discreto cabelo castanho escuro, e meu
pouco ortodoxo estilo. Se eu queria que Virginia, minha vagina,
recebesse algum amor, então eu precisava me amar primeiro.

“Obrigada”, eu aceitei seu elogio, me sentindo bem sobre


mim mesma. “Eu acho que eu vou te ver no sábado?”

Ele assentiu, enquanto me dava um diabólico olhar. “Você


gosta de boliche, Rosie?”

“Sim. Não sou muito boa nisso, apesar”.

“Você não precisa ser. Um grupo de amigos vai ao boliche


cósmico nas noites de sábado. Eu sei o que você está
pensando, passeio total adolescente, mas eu prometo, você vai
ter um bom tempo”.

“Tô dentro. Eu deveria usar branco?”

“Ah, meu tipo de garota. Sim, use branco. Eu vou te


enviar uma mensagem com os detalhes”.

“Parece bom. Eu te vejo então, Lance”.

“Tchau, Rosie”, ele sorriu enquanto eu me afastava.


Mesmo que eu pensasse que eu iria, possivelmente, quebrar o
quadril por não realmente saber o que eu estava fazendo, eu
coloquei um balanço extra em meu quadril enquanto recuava
para longe dele, esperando não tropeçar e cair sobre todos
aqueles cabos na sala.

Eu corri de volta ao escritório, tendo certeza de ignorar


todas as mensagens de Jenny, que estava implorando por
detalhes. Eu não queria nada mais que conversar com ela cara
a cara, porque ela nunca acreditaria no que eu tinha para dizer.

Quando cheguei em meu escritório, fui instantaneamente


recebida por Sir Licks-a-Lot, que estava sentado em minha
cadeira, limpando sua pata, e parecendo menos que
entusiasmado que eu tinha aparecido.

“Cai fora daqui”, eu disse, enquanto ondulava minha bolsa


em frente dele. Ao invés de fugir da tão assustadora bolsa, ele
suspirou e lambeu sua outra pata.

“Pssst!” assobiei, tentando fazê-lo se mover, mas tudo que


fiz foi fazê-lo se espreguiçar e depois arranhar minha cadeira
de couro branco.

“Pare”, eu chorei, enquanto atacava ele. Como um ninja,


ele pulou, escalando minha cabeça, e voando para o topo de
minha cabine de arquivos, onde ele se posicionou e riu de mim,
como se eu fosse um mero camponês perturbando o tempo
particular de vossa excelência.
“Você não tem coisa melhor pra fazer que se esconder em
meu escritório? Talvez ir atormentar mais alguém?”, eu disse,
enquanto derrubava minhas coisas e sentava em minha
cadeira. Mexi meu mouse e acordei meu computador, mas
quando fui digitar minha senha, notei que o V em meu teclado
estava faltando.

Puta merda, ele realmente queria dizer “Morra vadia,


morra”.

Raiva crescendo, eu me virei para ele, e bem ali, sentado


em meu arquivo, estava Sir Licks-a-Lot, com o V em sua boca e
um olhar de satisfação em seus olhos.

“Você, seu filho da puta”, eu disse, enquanto levantava.


Mas fui muito lenta enquanto ele pulava fora da cabine de
arquivo, ricocheteava em meu peito, e corria pela porta. A força
de seu peso contra mim me fez voar para trás em minha
cadeira e na estante de livros atrás de mim. Alguns livros
caíram sobre mim, assim como uma ressecada massa de pêlos,
que caiu em meu colo.

“Que inferno?” eu perguntei, enquanto erguia aquilo.

No minuto em que eu vi um arredondado olho apontando


pra fora do pêlo, eu gritei e lancei isso pro outro lado de minha
sala, onde Sir Licks-a-Lot rompeu de lugar nenhum, pegou a
maldita coisa em sua boca, e correu pra fora sem perder o
ritmo.
“Aquele gato está louco”, Jenny disse na porta de minha
sala, enquanto observava Sir Licks-a-Lot pulando em outros
humanos, como se fossemos sua zona de trampolim pessoal.

“Eu odeio aquele gato. Ele escondeu um rato em minha


estante, um rato morto, Jenny!”

“Hey, ele deve gostar de você. Ele escondeu uma asa de


pombo no escritório do chefe um mês atrás, e nós sabemos
quanto eles se dão bem. Olha aquilo, ele se sente seguro em
seu escritório”.

“Não, ele só tá bagunçando comigo, eu sei disso. E ele


levou meu V”.

Jenny espiou sobre minha mesa e olhou meu teclado.


“Sim, talvez ele realmente esteja planejando sua morte. Difícil
dizer. Mas é o suficiente sobre o gato demoníaco; me diga tudo
sobre Lance”.

“Bem, ele me chamou para um encontro”.

Jenny bateu suas mãos na mesa e me olhou, morta nos


olhos.

“Não, ele não fez isso”.

Assentindo, eu respondi, “Ele fez. Nós temos um encontro


planejado para sábado”.

“Puta merda! Oh meu deus, eu tô tão ciumenta. Você


sabe quão gostoso ele é, certo?”
“Jenny, eu tenho olhos. Eu consigo ver”.

“Só me certificando. Oh, meu deus, eu não posso


acreditar nisso. Você tem que transar com ele”.

“O quê?” eu disse, corando até meus dedões. As únicas


pessoas que sabiam que eu era virgem eram Delaney e Henry,
então Jenny dizer tal coisa tinha me tornado vermelho
brilhante. “Eu não vou fazer sexo com ele, Jenny”.

“Por que infernos não?”

Eu estava para abrir minha boca, quando percebi que não


tinha uma resposta. Por que infernos não? Talvez porque ele
não parecesse como o tipo de cara que queria ter uma garota
atrapalhada tentando desapertar o botão de seus jeans e
depois encarar seu pênis, se perguntando o que deveria fazer
depois.

“Um, eu não gosto de pular nas coisas, tão rápido”.

“Oh, quem se importa com isso? Você vai sair com Lance
McCarthy; você precisa superar isso”.

“Talvez”, eu disse, não realmente querendo dizer isso.

“Hey, e sobre Atticus?” Jenny perguntou.

“O que tem ele? Eu continuo planejando sair com ele na


sexta”.

“Oooh, eu gosto desse seu novo lado, Rosie. Semeando o


campo, eu gosto disso”.
“Semeando o campo, este é o nome de um de meus livros
favoritos, é sobre esses incrivelmente gostosos jogadores de
baseball que vivem em Atlanta. O personagem principal é
Brady, oh meu deus, Jenny você tem que...”

O olhar em seu rosto me disse que ela não poderia se


importar menos sobre o livro que eu estava falando, assim
como Delaney. Ninguém dividia a mesma paixão por livros que
eu?

“Está é a Rosie que eu conheço”, ela sorriu. “Estou


contente que você está colocando seu Kindle de lado por um
instante e indo a dois encontros. Estou orgulhosa de você. Você
precisa que eu te leve as compras?”

“Não, estou bem”, eu respondi, percebendo que talvez eu


realmente passasse muito tempo lendo, se mesmo Jenny
percebeu. Quanto mais eu pensava nisso, mais eu pensava que
a ideia era louca. Eu não passava muito tempo lendo; não
havia tal coisa. Eu só precisava manter mais tempo para a vida
social, isso era tudo.

“Eu acho que vou te ver amanhã. Noite de encontro!”

“Whoo hoo,” brindei com ela, me sentindo uma pouco


ansiosa, mas excitada no geral.
Quando fui pra casa naquela noite, eu estava caminhando
escadas acima para meu apartamento quando me deparei com
um impecavelmente vestido e divinamente cheiroso Henry. Ele
realmente definia o padrão para homens. Apenas à vista dele,
todos os pensamentos de Delaney conversando sobre Henry
querer fazer sexo comigo vieram para a vanguarda de minha
mente, fazendo meu corpo inteiro esquentar. Maldita.

“Hey, amor” ele me saudou com aquele seu sorrisinho


charmoso.

“Hey, Henry. Encontro?” perguntei, tentando esquecer os


pensamentos sexuais correndo sobre minha mente, e os
sinceros olhares que Henry estava me dando, como se eu fosse
a única garota com quem ele queria conversar.

“Sim, uma loira que eu conheci no metrô”. Ele agia como


se isso não fosse grande coisa.

“Coletar garotas no transporte público é baixo para você,


Henry”.

Sorrindo, ele se inclinou e disse, “Não quando seus peitos


estão saindo para o mundo todo ver”.

“Ugh, Henry”.

“O quê? Você sabe que eu gosto de uma boa armação, e


não consigo me segurar quando vejo uma”.

“Você poderia tentar. E se ela for uma assassina


psicopata?”
“Ela não é, eu já googlei depois que ela me disse seu
nome inteiro. Ela trabalha em uma companhia de moda no
Soho. Ela tem aquele estilo todo boho e não se importa em
mostrar seus bens”, ele meneou suas sobrancelhas enquanto
fazia cócegas em meu lado.

“Pare”, eu ria enquanto o empurrava. “Por favor, me


desculpe, eu preciso ir comprar algumas roupas para os dois
encontros que estão chegando”.

“Dois encontros?” suas sobrancelhas fecharam.

“Sim, eu tenho a dança amanhã e boliche no sábado com


um cara que eu encontrei hoje”.

“Boliche? Uh, isso é brega”.

“Não, isso é fofo”, eu disse, enquanto erguia meu queixo.

“Okay, mas você vai me dar suas informações antes de


sair. Eu não confio em um homem que leva uma garota ao
boliche em um encontro”.

“Você é tão estranho”, ri. Eu estava quase saindo quando


me detive e pressionei minha mão contra o peito de Henry para
pará-lo. Pensamentos sobre o que Jenny me disse mais cedo,
sobre superar com Lance, corriam por minha mente. “Henry, o
que um cara gosta em um boquete?”

“O quê?” ele balançou sua cabeça como se não tivesse me


ouvido corretamente.

“Um boquete, o que você gosta?”


Limpando sua garganta e se mexendo no lugar, ele disse,
“Rosie, isto não é uma conversa para ter em uma escadaria. Eu
iria preferir mostrar a você na privacidade de nossa própria
casa, onde eu posso realmente te ensinar”.

“Se você está falando sobre eu praticando em você, você


pode pensar de novo”.

“Essa é a melhor forma de aprender”, ele riu, enlaçando


minha mão com a sua. Sempre flertando.

“Eu tô falando sério, Henry”.

Correndo sua mão sobre seu cabelo, ele olhou em seu


relógio e depois me levou escadas acima.

“Eu tenho dez minutos; sente e fique quieta”, ele disse,


enquanto me forçava a sentar no sofá e ia para a cozinha.
Quando ele retornou, tinha uma banana em sua mão e um
olhar concentrado em seu rosto.

Ele sentou próximo a mim e estendeu a banana, mas eu


não prestei atenção nisso; eu, ao invés, estudei a curva em sua
sobrancelha.

“O que está acontecendo?” eu perguntei, esfregando a


curva com meu dedo.

“Eu não gosto disso”.

“Gosta do quê?” eu perguntei.

“Você, boquetes. Eu não quero que você esteja


oferecendo boquetes. Eu sei que eu tenho estado irritando você
um monte ultimamente, mas isto parece tão real. Eu não gosto
disso”.

“Então, você está dizendo que eu não deveria estar


fazendo boquetes nos caras?”

“Caras? Rosie, por favor, me diga que você não está


pensando em distribuir boquetes como um presente de
participação depois de cada um de seus encontros”.

Me encostei no assento do sofá e estudei Henry mais de


perto. “Eu não te entendi. Um minuto você está me
encorajando, ajudando a aprender sobre sexo, e no seguinte
você está restringindo o que eu estou permitida a fazer. Eu não
acho que você tem o direito de me dizer o que eu posso e o
que não posso fazer”.

“Você está certa”, ele balançou a cabeça. “É só que está


ficando real agora. Eu gosto de você toda inocente”.

“Você está segurando uma banana em sua mão e esta


prestes a me ensinar a arte de um boquete. Eu dificilmente iria
chamar isso de real”.

“Verdade”, ele riu e depois deu uma respiração profunda.


“Está certo, segura isso e finja que é um pênis”.

“Eles são realmente tão grandes?” eu perguntei, olhando


a banana e me sentindo intimidada.

“Sim, Rosie, quando ereto, o pênis pode ser grande assim,


e às vezes mesmo maior”.

“Deus querido, onde os garotos os guardam?”

“Nós só colocamos eles pra baixo em nossas pernas”.

“Sério?” eu perguntei, enquanto meu olhar se mexia para


o dele.

“Não! Jesus, vamos continuar. Há três coisas básicas que


um cara quer em um boquete. Número um...”

“Espere, deixe-me pegar um caderno, daí eu posso anotar


isso”.

“Não, você não vai anotar, só preste atenção. Foque no


momento, Rosie”.

“Certo”, eu concordei.

Eu olhei para o pênis... bem, banana, e a estudei


enquanto Henry falava.

“Número um, dê batidinhas com sua língua na parte de


baixo do pau dele. É sensível pra caralho lá embaixo, você vai
tê-lo pronto em segundos”.

“Peguei, embaixo do pau”.

“Dois, brinque com suas bolas, a cabeça de seu pau, e


períneo”.

“Períneo?”

“Sim, o lugar bem atrás de seus testículos. Eu tô dizendo


a você, um cara vai gritar como uma garota se você fizer isso
direito”.

“Okay, parte de trás dos testículos, peguei isso”.

Ele riu enquanto balançava sua cabeça. “Finalmente, de a


ele um hummer”.

“O que é um hummer?” eu perguntei, enquanto olhava


para a banana.

“Um hummer é quando você tem o pau dele na sua boca


e vocaliza levemente. As vibrações vão sacudir todo o caminho
de baixo até suas bolas, e isso causa uma incrível sensação
dentro dele”.

“Interessante. Eu deveria vocalizar músicais?” perguntei.

“Não recomendado. Qualquer coisa que você faça, aplique


pressão, use suas mãos e boca ao mesmo tempo, e vá fundo.
Mas pelo amor de deus, não use seus dentes. Mesmo que as
revistas digam que caras gostam de uma pequena raspada de
dente, elas estão mentindo. Toda vez que uma garota prende
sua mordida, eu instantaneamente começo a entrar em pânico,
achando que ela vai me morder lá embaixo. Eu só não consigo
lidar com o desconhecido desse jeito, então mantenha os
dentes cobertos como uma vovó”.

“Vovó, anotado”, eu disse, enquanto cobria meus dentes


embaixo de meus lábios.

“Perfeito”, ele sorriu suavemente e depois olhou para seu


relógio. “Merda, eu tenho de ir. Pratique na banana,
especialmente a coisa do sem dente. Se divirta”.

“Obrigada, Henry”.

“Qualquer coisa por você, amor. Mas só me prometa que


você vai ser cuidadosa”.

“Prometo”.

Ele colocou ambas suas mãos sobre meu rosto e estudou


meus olhos por um breve momento antes de beijar minha
testa, sempre tão suavemente. Quando se afastou, ele sorriu
levemente, como se quisesse dizer alguma coisa, mas depois
balançou sua cabeça para ele mesmo e se retirou.

Estranho.

Uma vez que ele tinha ido, eu voltei para meu quarto e
encarei a banana enquanto tentanva ganhar coragem para dar
um boquete à uma fruta em formato fálico. Ao invés de
envolver minha boca ao redor disso, eu envolvi minha mão, e
comecei a mover pra cima e pra baixo em um ritmo constante.

“Oh yeah, você gosta disso banana? Você vai se


transformar em um pudim de banana em breve? Você vai
perder sua casca?”

“Há alguma coisa seriamente errada com você”, Delaney


disse quando eu estava no meio do curso.

“Fecha a minha porta!” eu chamei, enquanto jogava a


molestada banana para o lado. Malditos colegas de
apartamento.
Puxei meu caderno de anotações e comecei a marcar
notas do dia.

04 Junho de 2014

Batidinhas, dentes de vó, atrás das bolas, e vocalizar: as


chaves para o perfeito boquete. Homens gostam de ser
vocalizados quando estão recebendo boquetes, interessante. Eu
me pergunto se isso é algum tipo de canção de ninar para seus
pênis. Eu iria querer ver a pesquisa científica sobre isso.

E quem decidiu que brincar com um pern-en-whoozy-


whatty4 era alguma coisa que o faria explodir mais rápido? Eu
preciso googlar o que isso é e onde está, porque eu estou um
pouco confusa sobre a localização daquele pequeno botão de
orgasmo escondido.

Eu posso entender a coisa dos dentes de vó. Duvido que


uma mulher faminta mostrando suas presas comedoras-de-
paus seja muito confortável para um homem. Eu poderia
imaginar o fator libido baixando uns poucos níveis depois de
ver dentes frescos esperando para pegar no mais sensível
membro de um homem.

Bater com a língua. Como você bate com uma língua?


Enquanto eu sento aqui e escrevo, estou praticando os
movimentos de batida, e estou me perguntando quão efetivo

4
Períneo
isso realmente é sobre um homem. Depois vou agarrar minha
banana e bater minha língua sobre ela, até ver a pele. Deus, eu
sou tão divertida.

Depois de meu curso intensivo de boquete, eu sinto como


se pudesse enfrentar o mundo, um pênis de cada vez...
Esperançosamente.
Capítulo Seis
A vagina esfumaçante

“Você está pronta?” Delaney perguntou, posicionada sobre


minha cama com suas mãos debaixo do queixo e seu pé no ar.

Não, eu pensei comigo mesma enquanto me olhava no


espelho. Eu estava usando um vestido de poás que ia até meus
joelhos e um par de saltos vermelhos. Meu batom combinava
com meus sapatos, e meu cabelo estava em um rabo de cavalo
alto com um grande cacho na frente, que era mantido alto com
uma quantidade decente de spray de cabelo. Para finalizar o
look, eu coloquei uma flor vermelha em meu cabelo com alguns
grampos, para ter certeza de que continuariam firmes. Eu
estava pronta, ao menos aparentemente; meu coração, por
outro lado, estava batendo drasticamente contra meu peito.

“Tão pronta quanto eu posso estar”, respondi.

“Bem, você parece fantástica. Sério Rosie, estou chocada”.

“Obrigada, Delaney. Você tem certeza que meus peitos


não estão aparecendo demais?”

“Não, eles parecem ótimos, e sua cintura parece


impossivelmente pequena nesse vestido”.

Surpreendente, pois eu não era tão pequena quanto


Delaney de forma alguma.

“Obrigada. Onde está Henry? Eu pensei que ele estaria


aqui”.

“Nem idéia. Eu enviei a ele uma mensagem, mas ele não


respondeu”.

“Está certo, bem, eu não quero me atrasar. Obrigada por


toda ajuda, Delaney. Eu realmente apreciei isso”.

“Qualquer coisa para minha garota. Vá se divertir e não


pense sobre a parte toda do sexo. Só relaxe, aproveita a
companhia, e se ele te beijar, te beijou”.

Eu assenti, e depois olhei ao redor de meu quarto. “Você


viu meu mini pote de talco infantil?”

“Pra que você precisa disso?” ela perguntou, enquanto


olhava ao redor comigo. “Aqui está”.

“Obrigada. Desde aquela depilação, eu tenho estado


realmente com coceiras, e eu descobri que o talco de bebê
ajuda. Eu não acho que serei depilada de novo”.

“Você só teve uma má reação, não é grande coisa”.

“É grande coisa quando tudo que eu quero fazer é abrir


minhas pernas e agir como um maldito macaco coçando suas
bolas em um dia quente”.

“Macacos fazem isso?” ela perguntou com uma


sobrancelha zombeteira.
“Em minha cabeça eles fazem. Okay, tenho que ir”. Eu me
inclinei e deu um beijo na bochecha de Delaney. “Te mando
uma mensagem mais tarde”.

“Se divirta”, ela acenou para mim e depois juntou as


palmas de suas mãos.

A viagem do metrô para o clube foi torturante,


especialmente porque eu parecia tão fora de lugar. Então de
novo, isso era New York, e ninguém parecia normal. A cidade
era um eclético caldeirão de esquisitões, mas eu estava
orgulhosa de ser um deles. Não era muito frequente você poder
viver em um lugar onde cada um era tão amplamente diferente
da pessoa perto. Eu amava cada pedaço disso.

Jenny disse que Atticus queria me pegar em meu


apartamento, mas eu achei que era bobo, uma vez que
teríamos de pegar o metrô para o clube de qualquer forma.
Além disso, eu não estava realmente pronta para estar sozinha
com ele, especialmente porque nunca tinha encontrado o cara.
Então esse era o porquê e eu estar indo sozinha. Achei que isso
era terrivelmente considerável; Jenny e Delaney tinham outro
pensamento.

Uma vez que eu saí do metrô e caminhei os dois


quarteirões para o clube, todo o meu nervosismo desapareceu
quando vi um bando de pessoas arrumadas como eu e
parecendo mais que excitadas pela noite que chegava. Jenny,
Drew, e Atticus estavam todos parados na calçada conversando
quando eu caminhei em direção a eles.

“Oi gente”.

“Rosie, você fez isso”, Jenny me deu um grande abraço,


enquanto eu arriscava um vislumbre em Atticus.

Ele se encaixou no tema, usando calças justas de lã cinza,


sapatos que combinavam com suas calças, e uma camisa
branca com suspensórios vermelhos e uma gravata borboleta
vermelha. Seus cabelos estavam alisados para o lado e seus
olhos castanhos pareciam afetuosos e convidativos.

“Rosie, conheça Atticus”, Jenny disse, enquanto me


puxava com seu vestido marrom e luvas brancas. Ela estava
adorável.

“Atticus, é ótimo finalmente te conhecer”, eu disse,


oferecendo minha mão.

“Igualmente. Jenny falou muito sobre você”.

“Bem, espero que eu esteja à altura do que ela disse”, eu


disse timidamente.

“Você está”, ele sorriu gentilmente para mim.

Eu conseguia ouvir a silenciosa excitação na mente de


Jenny quando ela enrolou sua mão nos braços de Drew e eles
caminharam para o clube, enquanto Atticus e eu seguimos de
perto atrás. Ele ofereceu seu braço a mim como um cavalheiro,
e eu aceitei, deixando ele me guiar para dentro.
O clube instantaneamente me levou de volta para a era do
swing, nos anos 50 - era coberto de veludo vermelho e cores
douradas com detalhes intricados. Havia decoração da antiga
New York flanqueando cada canto da sala, adicionando um
pouco de nostalgia ao ambiente. Um gigante candelabro
honrava a pista de dança, onde casais já estavam swuingando
e tendo um bom tempo. Eu não podia estar mais excitada.

“Você está linda, a propósito”, Atticus disse em meu


ouvido enquanto seguíamos Jenny e Drew até uma mesa.

“Me desculpe, eu não deveria dizer isso logo de cara. Eu


estou meio enferrujado no que diz respeito a essa coisa de
encontros”.

“Está okay. Eu estou também, e você está muito bonito”.

“Obrigado”, ele sorriu para mim e me puxou um pouco


mais perto. Eu já estava começando a gostar de Atticus. Ele
tinha fala mansa e doce... bem minha cara.

“Essa está boa?” Jenny perguntou sobre a cabine onde


eles começaram a se sentar.

“Parece boa para mim”, eu disse, enquanto sentava


próximo a ela, e Atticus sentava bem próximo a mim.

Seus braços enrolaram atrás de mim sobre o assento


estofado do banco enquanto ele olhava para a pista de dança,
averiguando os dançarinos e a banda.

“Uau, há alguns incríveis dançarinos esta noite”.


“Você vem frequentemente aqui?” perguntei,
silenciosamente concordando com ele.

“Eu tento. Tem sido difícil ultimamente. Meu pai esteve no


hospital com câncer, então eu não tive muito tempo para sair”.

“Oh não, eu sinto muito”.

“Está okay, ele está em remissão agora, então as coisas


estão melhorando. Quando Jenny e Drew disseram que
estavam vindo está noite e tinham uma amiga legal que eu
podia dançar, não pude negar aceitar vir. Eu precisava relaxar,
sabe?”

“Sei. Estou contente que você se encontrou com a gente”,


disse, enquanto tocava sua coxa instintivamente. O movimento
o assustou por um segundo, mas depois ele amaciou e puxou
sobre meu ombro.

Eu sentei congelada enquanto me perguntava que diabo


me possuiu para tocar sua coxa. Esse era um movimento muito
ousado, que eu nunca fiz antes, daí agora eu estava sentada lá
comtemplando o que fazer depois. Devia retirar minha mão e
colocá-la em meu colo? Bater em sua coxa? Não, não bater em
sua coxa, preveni minha mão, que parecia ter mente própria.
Bater em sua coxa seria muito ousado, além de assustador
depois de só conhecer o moço por dois minutos. Ao invés disso,
eu levantei minha mão, não fazendo nenhum gesto de batida e
rapidamente agarrei minha bolsa que estava na mesa. Eu
estava começando a sentir coceira e precisava alcançar o
banheiro. O nervosismo estava começando a me pegar.

“Me desculpe, você se importa se eu for a sala de moças


bem rápido?”

“Não”, ele disse, enquanto se levantava. “Quando você


voltar, você quer ir para a pista de dança?” a vulnerabilidade
em seus olhos cortou meu coração quando eu assenti.

“Eu iria amar isso”.

Eu saí da cabine e me dirigi para o banheiro, onde havia


uma curta fila.

“Um vaso”, a moça em minha frente me falou com uma


voz seriamente sombria de fumante.

“Desculpe?” perguntei, não realmente entendendo o que


ela queria dizer.

“Há só uma privada aqui, um vaso. Vai levar um tempo,


babe”.

“Oh”, eu disse enquanto me mexia no lugar, casualmente


pressionando minha bolsa contra minha coceira na virilha para
coçá-la. Isso era melhor que minha mão de macaco pegando
tudo lá embaixo loucamente sobre meu caminho de ladrilhos
vermelhos.

“Divertido encontrar você aqui”, uma voz familiar disse em


minha orelha. Eu virei para ver meu lindo melhor amigo parado
perto de mim.
“Henry, o que você está fazendo aqui?” perguntei, a
medida que dava um abraço nele.

“Pensei em dar uma dançada. Se importa em dançar


comigo?”

“Eu não posso. Estou num encontro, Henry, e eu tenho


que umm... jogar algum pó sobre minha estrada de ladrilhos
vermelhos”.

Ele olhou para baixo em minha virilha confuso, daí eu


puxei meu talco de bebê de minha bolsa e ele assentiu em
concordância. Ele olhou ao redor e depois me puxou pela mão
para fora da fila e direto para o banheiro dos homens.

Ele fechou a porta atrás de nós e disse, “Vá em frente,


faça seu negócio”.

Eu cobri minha boca e nariz e disse, “Oh, cheira xixi aqui”.

“Bom trabalho, amor. Você reconhece que estamos em um


pequeno espaço com um mictório, agora vamos fazer seu
negócio e dar o fora daqui”.

“Eu não consigo com você olhando para mim”.

“Certo”, ele virou e colocou suas mãos nos bolsos, dando-


me uma limitada privacidade.

Por um momento, reparei em sua aparência. Ele estava


usando calças ajustadas bege cinzento que estavam dobradas
na barra, um par de sapatos oxford, e uma camisa
quadriculada com uma gravata borboleta preta. Ele estava mais
do que lindo, como sempre.

“Trajes legais”, eu disse, enquanto levantava minha saia e


começava a esguinchar talco em minhas roupas de baixo.
Quanto mais, melhor!

“Obrigado. Eu devo dizer, Rosie, você está espetacular.


Seus peitos estão incríveis nesse vestido”.

Virando meus olhos eu disse, “Obrigada, eu acho”.

Rindo, ele disse. “Com toda seriedade, você está linda,


amor”. Eu engasguei com seu elogio. A maciez de sua voz
disparou direto por mim, me fazendo perguntar se ele estava
começando a olhar pra mim sob uma luz diferente.

Silêncio caiu sobre nós, e uma tensão perturbadora se


formou entre a gente. Eu estaria louca em pensar que Henry de
verdade poderia me achar atraente? Ele estava só sendo um
amigo, certo?

Eu estava tão infernalmente confusa.

Limpando sua garganta, Henry perguntou, “Terminou?”

“Sim”, respondi, enquanto rosqueava a tampa do talco e o


guardava de volta em minha bolsa.

Ele se virou e me deu sua mão. Eu segurei com a minha e


deixei ele me puxar para perto. Ele levantou meu queixo e
disse, “Sério, você tirou minha respiração quando te vi, Rosie.
Estou certo de que Atticus esta de ponta cabeça, apaixonado
por você já”.
“Obrigada”, respondi, não sabendo o que mais dizer.
Querendo mudar o assunto pra que eu pudesse parar de suar
nos braços de meu melhor amigo, perguntei, “Você viu ele?”

Um pequeno franzir de testa perturbou o rosto de Henry


por um segundo antes de ele responder, “Não ainda, mas eu
vou certamente dar a você minha nota mais tarde esta noite, e
se ele começar a ficar cheio de mãos, você pode apostar essa
sua linda bundinha que eu vou tomar providências”.

“Não se atreva!”

“Não posso evitar, sou protetor”.

“É por isso que você veio aqui?” perguntei quando nós


saímos do banheiro, evitando as zombarias de todas as
mulheres na longa fila, esperando pelo único vaso. “Para me
espiar, se certificar que Atticus não ficará cheio de mãos?”

“Se eu disser sim, você ficaria louca comigo?”

“Você é impossivel”, balancei minha cabeça e dei um


passo pra longe. “Eu vou ficar bem, Henry, mas obrigada por
sua preocupação...”

“Henry”, uma estridente voz veio do lado da sala quando


uma Jessica Rabbit loira caminhou para perto de Henry. Seus
peitos pareciam como se fossem escapar para fora de seu
vestido a qualquer momento, e sua voz rivalizava com a de
Fran Dresher. “Aí estar você. Eu estive procurando você por
todo canto”, ela disse, mastigando o que parecia um maço de
chiclete.

Encolhi com o pesado sotaque vindo da elegante moça


‘peito empinado’.

“Só ajudando minha melhor amiga aqui”, ele disse,


descaradamente encarando os peitos dela. Algumas pessoas
nunca mudam. Ela percebeu sua atenção e estufou o peito
ainda mais.

“Prazer te conhecer”, eu disse, mentindo, visto que na


verdade não a conhecia. Virei para Henry, que não era capaz de
tirar seus olhos dos peitos de sua ficante mais que dois
segundos. “Tenha uma boa noite, Henry. Eu falo com você
depois”.

Ele me puxou para um abraço e sussurou em meu ouvido.


“Eu tô aqui pra você se precisar de alguma coisa”.

“Eu vou ficar bem”, disse de volta. “Aproveite sua amiga e


suas gigantes mamas bovinas”.

Rindo suavemente, ele me abraçou mais forte e saiu, me


dando aquela sua piscadinha.

Me dirigi de volta à minha mesa cheia de energia. Eu tinha


um encontro para participar.

Enquanto me aproximava da mesa, Jenny me deu um


olhar de profunda confusão conforme ela encarava pra baixo de
mim.

Atticus surgiu na minha frente e me perguntou se eu


estava pronta pra dançar. Eu estava, mas o olhar que Jenny me
deu foi preocupante, então eu disse a Atticus ''um segundo'' e
acenei para Jenny vir a mim. Ela já estava em seu caminho
para falar comigo.

“O que está acontecendo?” perguntei em um tom calmo.

“Você está esfumaçante”.

“Oh, bem, obrigada”, eu aceitei seu elogio. “Mas por que


você está me dando um olhar estranho?”

“Não, eu quero dizer que você está esfumaçando”.

“Do que você está falando?”

“Toda vez que você se move, há está nuvem de fumaça


saindo de debaixo de seu vestido”.

“Nuvem de fumaça? Você tá drogada?”

“Sua vagina está drogada? Porque está esfumando


alguma coisa debaixo de seu vestido”.

“Jenny, você está perdendo...” quando eu disse as


palavras, sua acusação clicou em minha cabeça, bem quando
Atticus agarrou minha mão.

“Eu amo esta música, vem”.

Ele me puxou para a pista de dança com um rastro de


talco de bebê seguindo nossa vigília. Ele me lançou ao redor da
pista de dança, remexendo, pulando pra cima e pra baixo e me
puxando para ele.
Com cada movimento, eu conseguia ver o sopro de talco
vindo de debaixo da minha saia.

Mortificação correu por minhas veias, e eu rigidamente


me movi pela pista de dança com Atticus.

Desesperada por ajuda, eu procurei por Jenny, que tinha


sua mão sobre a boca, olhando pra mim em descrença. Eu
sabia que ela estava convencida que minha vagina estava
pegando fogo. Ela não seria de grande ajuda.

Graças a Deus Atticus estava completamente distraído


enquanto gingava ao redor, mas eu não podia dizer o mesmo
sobre todos os outros ao nosso redor, quando as luzes
brilhavam baixas sobre Atticus e eu, levantando o filme de pó
excretando de minhas calcinhas. As luzes faziam aquilo muito
mais óbvio.

Humilhação assentava profundamente, e mais


profundamente com cada momento passado, com cada sopro
de minhas calcinhas, e com cada coceira que o pó diminuíndo
deixava na pequena estrada de ladrilhos vermelhos.

“Você é uma boa dançarina”, Atticus disse acima da


musica enquanto rodopiava seu dedo no ar com a batida da
musica. Ele era realmente fofo, eu tinha que admitir isso.

“Você também”, elogiei.

“Está nevoento aqui”, Atticus disse enquanto varria a


nuvem de talco fora de nosso espaço.
“Sim, estranho”, eu ri nervosamente, tentando evitar
contato ocular com qualquer um que pensava que eu estava
defumando um prato de lombo de porco em minha vagina.

“Você quer tentar uma cambalhota?” ele perguntou,


embaralhando suas pernas e girando meus quadris em direção
a meus braços.

Eu queria uma cambalhota? E arriscar todo o talco


concentrado em minhas calcinhas cair diretamente na cabeça
de Atticus? Yeah, sem lugar no inferno.

“Talvez não agora”. Não até eu limpar minhas roupas de


baixo.

Arrisquei um olhar para o banheiro e notei que a fila


estava não-existente, então eu seria capaz de cuidar de meu
sopro feminino de moça que continuava flutuando pra fora de
mim. Minha única preocupação era que, se eu dissesse a
Atticus que eu tinha de ir ao banheiro de novo, ele iria pensar
que eu estava tendo algum tipo de problema intestinal, ou que
eu era uma viciada em coca precisando dar um teco. Ambas
opções não eram lisonjeiras, então eu tentei a opção número
três: telepatia feminina.

Enquanto dançava, tentei chamar a atenção de Jenny para


ver se ela conseguia sentir minha aflição, mas pela primeira vez
desde que eu tinha saído para a pista de dança, Jenny tinha
desaparecido, provavelmente para fazer com Drew.
Eles eram conhecidos por pegações pesadas em público;
eu estava agradecida que eles tivessem saído ao invés de fazer
isso bem na frente de qualquer um.

“Onde você aprendeu a dançar?” Atticus perguntou,


enquanto me girava e esticava... depois puxava para ele de
novo. No minuto em que meu corpo conectou com o dele, um
sopro de talco soprou entre nós, como a maldita maré de um
oceano, mas ao invés de água, era minha – eu odeio dizer isso,
mas – era o pó de minha vagina.

“Faculdade”, respondi, tentando ficar calma, mesmo que


pudesse sentir suor começar a gotejar pra baixo de minhas
costas, de vergonha.

“Eu me pergunto se as pessoas estão fumando aqui”


Atticus disse, inspecionando a sala. “Uau, nós devemos ser
bons parceiros, todos parecem estar nos observando”.

“Bem, você é bom em guiar”, eu elogiei, mesmo que eu


quisesse dizer a ele “Não, Atticus, é a poluição da calcinha de
sua parceira que esta afetando o ar”.

Eu continuava a preencher o ar com cada movimento que


fazia, e chegou ao ponto onde fiquei tão rígida para mexer que
Atticus percebeu.

“Tem algo errado?”

Precisando cuidar da situação, eu disse “Não pense que eu


sou uma viciada em drogas ou algo do tipo, mas eu tenho de ir
ao banheiro de novo; a fila estava longa na ultima vez e eu
realmente não consegui ir. Eu juro, eu não estou tomando
drogas nem nada, apesar de parecer isso, dado o fato que eu
tenho de ir ao banheiro de novo”.

Eu estava divagando, e pelo olhar no rosto de Atticus, eu


não estava fazendo um bom trabalho, porque eu conseguia ver
em seus olhos, o olhar “whoa, esta garota esta mostrando sua
loucura”.

“Certo, te encontro de volta na mesa”.

Derrotada, mas determinada, eu saí para o banheiro e


rapidamente me tranquei no boxe. Abaixei minhas roupas de
baixo, tirei-as completamente e esvaziei todo o talco de bebê
que eu tinha estupidamente acumulado lá no vaso sanitario. Pó
voou pra todo lugar, me fazendo espirrar descontroladamente.

Depois que me controlei, limpei meu nariz com minha


mão e peguei alguns pedaços de papel higiênico para livrar
minhas partes privadas de moça de qualquer excesso; eu iria
apenas ter uma besta coçante. Melhor coceira que garota da
vagina esfumaçante.

Coloquei minhas calcinhas de volta e ruborizei. Lavei


minhas mãos o mais rápido possível e praticamente corri para a
mesa onde Jenny, Drew e Atticus estavam esperando por mim.

“Desculpa sobre aquilo”, funguei, pois ainda sentia algum


pó que persistia de meu ataque de espirros.
“O que tem embaixo de seu nariz?” Jenny perguntou, me
olhando divertida.

“O que quer dizer?” perguntei, limpando meu nariz e me


sentindo insegura em frente de meu companheiro.

“Está branco”.

Os olhos de Atticus esbugalharam quando eu limpei a


evidência.

“Não tenho certeza, saiu?”

“Sim...” Jenny ponderou, enquanto todos me encaravam.

Me mexi em minha posição, tentando conter a coceira que


começava a se desenvolver lá embaixo. Eu sabia que parecia
louca com minhas pernas com espasmos, enquanto tentava
casualmente esfregá-las juntas para aliviar as pontadas lá
embaixo.

“Umm, esta ficando tarde”, Atticus disse, olhando em seu


relógio. “Eu deveria ir”.

Ele se levantou e gesticulou um tchau para Jenny e Drew.


Ele deu um olhar para mim e balançou sua cabeça quando
começou a se afastar.

Eu estava tão confusa sobre o porquê ele estava saindo


tão abruptamente; e então isso me acertou. A substância
branca debaixo do meu nariz, os movimentos erráticos das
pernas, as viagens ao banheiro... puta merda, ele pensava que
eu estava drogada.
“Atticus, espere”- chamei, enquanto agarrava seu ombro e
o virava ao redor. “Eu posso explicar”.

“Rosie, eu gostei de você, mas não sou alguém que pode


ser forte o bastante para lidar com uma viciada”.

“Isso é o que eu posso explicar”, pressionei minhas mãos


em meus olhos e fiz uma careta. “É talco de bebê. Eu estava...
hmm, eu estava coçando antes de vir, então decidi usar talco
de bebê para ajudar. Eu aparentemente usei muito, e isso era
aquela nevoa ao nosso redor: talco de bebê escapando. Eu
voltei ao banheiro para aliviar um pouco disso de suas
funções”.

Mortificação era a única palavra para descrever como eu


estava me sentindo. Mas eu gostei dele, e não queria que ele
saísse sem explicação, especialmente desde que ele pensou
que eu era algum tipo de viciada. Então, eu vesti minhas
grandes calças de garota e expliquei tudo; eu só esperava que
ele não me julgasse.

“Talco de bebê?” ele perguntou, me olhando com suspeita.

“Sim”, eu puxei o potinho de minha bolsa e mostrei a ele.


“Vê?”

Ele assentiu com a cabeça enquanto olhava aquilo.

“Você pode cheirar, se você não acreditar em mim”.

“Eu acredito em você”, ele disse, sua voz amaciando um


pouco.
Nós ficamos lá em silêncio por um segundo antes de eu
dizer, “Eu tenho que dizer a você que isto é, provavelmente, a
coisa mais embaraçante que alguma vez aconteceu comigo”.
Além de ter um vibrador enfincado em minha vagina, mas eu
não ia falar aquilo pra ele.

Ele riu e disse, “Bem, isso é uma história interessante,


com certeza. Que tal nós começarmos de novo, voltar para a
pista de dança?”

“Eu amaria isso”, disse, enquanto esfregava minhas


pernas juntas, tentando facilitar a coceira.

Maldita seja, Marta, maldita!

Como um cavaleiro, Atticus me guiou para a pista de


dança e começou a me girar por tudo, mas dessa vez, eu não
estava vaporizando por meu traseiro. Ele sorriu brilhantemente
para mim quando estalou seus dedos para o lado e seus pés
flutuaram continuamente pela pista de dança.

Ele era adorável, com cada chute de seus pés e giro de


seus braços, puxando-me em seu peito e depois me afastando.
Me posicionei ao lado dele e combinamos nossos movimentos
passo a passo.

Quando Jenny me chamou para ir dançar swing, eu não


tinha ideia de que iria, na verdade, fazer par com um parceiro
tão bom; eu tinha até mesmo que admitir que ele era melhor
que Henry, que estava parado ao lado, rodeando sua garota
com as tetas gigantes enquanto me observava com olhos
cuidadosos. Sua ficante puxava sua camisa, mas seu olhar
nunca verdadeiramente se erguia de mim. Então eu sorri e
gesticulei para ele saber que eu estava tendo um bom tempo.
Ele acenou, mas isso foi tudo.

“Quem é aquele?” Atticus perguntou quando me puxou


para perto e começou a me girar com seu corpo em curtos,
mas rápidos, movimentos.

“Meu amigo, Henry. Ele era, na verdade, meu parceiro


preferido de swing na faculdade”.

“Sério? Ele está com ciúmes?” Atticus perguntou com um


sorriso.

“Eu não acho. Ele só está protetor, isso é tudo”.

“Deveríamos mostrar a ele que não há nada para se


preocupar?” Atticus perguntou, mexendo suas sobrancelhas.

“Eu acho que deveríamos”, disse, bem quando Atticus me


empurrou pra fora e depois me puxou para dentro, só para me
empurrar para fora de volta do outro lado. Eu senti meu pé
voar ao redor do chão quando a música me pegou e nós
alternamos do swing da costa leste para o clássico Lindy Hop,
meu favorito.

Em cada movimento, eu tentava esfregar minhas pernas


juntas pra aliviar a coceira que continuava se erguendo, mas
nada estava tranquilizando as cócegas entre minhas pernas;
isso era quase torturante, porque eu estava tendo um
fantástico tempo com Atticus, mas sentia como se não pudesse
verdadeiramente curtir aquilo.

Eu estava girando com meu braço esticado para o lado


quando alguém agarrou minha mão e me puxou em seu peito,
me guiando pra cima e pra baixo pela pista de dança.

“Henry” eu disse ofegante, quando ele me ergueu pra


cima e me atirou sobre suas costas em um gesto suave, sem
perder o ritmo. “O que você está fazendo?”

“Tendo um pouco de diversão com minha garota”.

“Eu estou em um encontro”, eu disse, quando o


ultrapassei e depois voei direto para o aperto de Atticus.

Ele me rodou algumas vezes e depois começou a


ricochetear seus pés e girar ao redor comigo em círculos, a
medida que desviávamos nossos pés pra trás e pra frente. Ele
me empurrou pra fora e Henry agarrou minha mão de novo.

Dei um olhar para Atticus, que estava, na verdade,


sorrindo, curtindo o vai e volta.

“Segura, amor” Henry disse, quando me ergueu e me


lançou no ar num rodopio. Eu sortudamente aterrisei sobre
meus pés e chutei minha perna pra cima no ritmo. No minuto
em que minha perna moveu para cima, a coceira que estava
me comendo foi ligeiramente aliviada da fricção de minha
perna contra minhas calcinhas.
Doce Jesus, foi um pequeno alívio.

“Vem aqui”, Atticus disse, me puxando e me erguendo pra


cima, me conduzindo para o chão para que eu escorregasse por
baixo de suas pernas, me virando rapidamente e me erguendo
de volta.

Nesse ponto, a multidão tinha formado um círculo e


estava vaiando e gritando com cada movimento que os garotos
faziam.

Eu era apenas o peão de seus joguinhos, e dizer que eu


estava tonta era um eufemismo. Eu atirei meus braços e
pernas do jeito que dava enquanto me mantinha com as
músicas de ritmo rápido, tentando concentrar no que iria
acontecer a seguir.

“Hora de um grand finale, amor”, Henry disse, quando ele


me puxou em seu aperto e me balançou ao redor.

Ele me agarrou pela cintura, puxou-me para ele, de forma


que minhas pernas prenderam ao redor de seus quadris, e daí
ele me ergueu sobre sua cabeça e eu cambalhotei em suas
costas, aterrisando por trás dele, só para que ele pudesse me
puxar entre suas pernas e me atirar de volta em sua frente. A
multidão ao nosso redor ovacionou e Henry me girou em
círculos, soltando minha mão. Eu chutei minhas pernas pra
frente, não realmente prestando atenção para onde eu estava
indo, saboreando o alívio da coceira que o movimento me
provia, até minha perna conectar com alguma coisa macia.
Eu olhei para encontrar Atticus deitado no chão,
segurando sua virilha e fazendo caretas de dor. Eu percebi o
que fiz, não pelo pobre homem em minha frente, agachado em
posição fetal, mas por causa do ''oof'' coletivo da multidão
quando eles me assistiram chutar meu encontro nos amendois.

Naquele momento, eu tinha certeza que teria levado o


mesmo olhar do contratempo da cocaína do homem caído em
minha frente.

“Deveria ter rodopiado ao invés de chutado”, Henry disse


próximo a mim, quando parou com suas mãos em seus quadris
enquanto nós dois olhávamos para baixo em Atticus.

“Você acha?” eu disse sarcasticamente, odiando a mim


mesma.

05 de junho de 2014

Nota para mim mesma: quantidades excessivas de talco


de bebê pode resultar em vaginação fumacenta se não aplicada
apropriadamente. Também, um chute rápido nas bolas pode
encerrar um encontro em dois segundos. Da próxima vez,
mantenha todas as extremidades para si e evite as jóias da
família todas as vezes. Também, possivelmente invista em
múltiplos tamanhos de copos para distribuir nos encontros, só
para o caso das pernas fugirem de você de novo. Melhor segura
que sentida, e garoto, eu sinto muito.
Capítulo Sete
O grandioso porta lápis

A vergonha da ultima noite não me permitiu acordar cedo


e funcionar como eu normalmente fazia.

Ao invés, eu deitei em minha cama e encarei meu teto


enquanto o canto de Delaney na cozinha flutuava pra dentro de
minha porta. Era sábado de waffle, e eu conseguia sentir o
cheiro de suas guloseimas caseiras filtrando para dentro de
meu quarto, tentando-me, mas não o suficiente para arrastar
minha carcaça pra fora da cama.

Noite passada foi tão perfeita no fato que Atticus foi um


brilhante parceiro de dança e uma verdadeira alegria de estar
junto.

Ele era fofo, doce, e tinha alguns bons movimentos. Ele


não se importava em dançar, o que era sempre um ponto alto,
e o garoto conseguia sorrir a um ponto em que eu me sentia
derreter cada vez que ele abria um sorriso em minha direção.

Eu realmente pensei que nós tínhamos alguma coisa


rolando, até minha perna atacar e conectar diretamente com
seu inocente testículo. Eu assisti com angústia quando Drew
ajudou Atticus a sair do chão e escoltou ele para fora do clube,
enquanto o pobre garoto agachou em posição fetal e se
contorceu; eu descobri mais tarde naquela noite, por Jenny,
que Atticus vomitou fora do clube de tanta dor, e estava com
muita vergonha e dolorido demais para retornar, e aquilo foi o
final do meu encontro. Uma batida suave tocou em minha
porta, quando a suave voz de Henry flutuou através.

“Rosie, venha tomar o café da manhã, amor”.

“Eu não vou me mover desta cama”, exclamei, enquanto


colocava meu travesseiro sob minha cabeça.

Henry adentrou em meu quarto e sentou próximo a mim.


Ele puxou meu travesseiro e me olhou com um olhar suave. Ele
estava sem camisa, como costumeiro em sábados de manhã, e
estava usando um justo par de calças de moletom cinza que
ficavam baixas em seus quadris. Seus cabelos estavam
bagunçados e jogados para o lado, e uma sombra de barba
cobria sua mandíbula.

Era injusto ter um roommate5 gostoso.

“Você não pode ficar aqui o dia todo. Venha tomar café da
manhã com a gente, amor”.

“Eu não posso. Estou mortificada demais para fazer


qualquer coisa”.

“Não foi tão ruím, Rosie”.

“Não foi tão ruim?” respondi, enquanto sentava e olhava

5
Colega de quarto/apartamento
Henry nos olhos. “Henry, eu chutei meu encontro no saco, ao
ponto que ele teve que sair para se recuperar de quão forte eu
o chutei. Eu reverti suas bolas de fora pra dentro”.

Rindo, e não se importando em esconder, Henry disse,


“Não se dê tanto crédito; você não chutou tão forte”. Tentando
suavemente me consolar, ele esfregou minhas costas enquanto
eu me martirizava pela noite passada.

“Ele ficou verde!” admiti.

“Esta é uma informação inválida. Não havia como,


naquela luz, você ver seu rosto ficar verde; é praticamente
impossível fazer essa avaliação. Nós teremos que riscar essa
declaração do histórico”, ele brincou, tentando trazer luz para a
situação.

“Odeio que você está curtindo isso”.

“Eu não estou curtindo isso”, Henry suavizou ainda mais e


pegou minha mão. “Eu só estou tentando mostrar a você que
isso não é o fim do mundo”.

“Isso é! Eu gostei dele de verdade, Henry. Eu senti como


se talvez nós pudessemos ter tido algo”.

“Você continua podendo”, ele tentou me encorajar.

“Henry, com toda certeza eu queimei aquela ponte, no


minuto em que meu pé se conectou com seu saco”.

“Você não sabe, ele também gostou...”


“Há alguma coisa errada com você”, eu disse, enquanto
atirava meus cobertores pra fora e calçava meus chinelos, me
dirigindo para a cozinha, onde Delaney estava girando. Derk
estava sentado no bar e observava Delaney com olhos
sonhadores. Eles pretendiam se casar em algum ponto; isso
era óbvio pelo jeito que ele a admirava. Se eu só tivesse
alguém como Derk - menos o nome.

“Aí está nossa pequena quebradora de nozes”, Delaney


exclamou, apontando para mim com sua espátula.

“Ha-ha muito engraçada”. Me joguei no banco próximo a


Derk, que colocou seu braço ao meu redor para me consolar.

“Não ligue pra isso, Bloom; tenho certeza de que o rapaz


já esqueceu”.

“Você teria se esquecido de uma garota com talco saindo


de suas áreas privadas e que chuta bolas inocentes?”

Ele pensou sobre isso por um segundo e depois balançou


sua cabeça em negativa. “Eu iria postar isso em meu facebook
assim que tivesse a chance”.

“Derk”, Delaney ralhou com ele, mas riu ao mesmo


tempo. Que amiga.

“Isso vai passar”, Henry interrompeu, colocando suco de


laranja em um copo para mim. “Você precisa deixar isso ir, por
que você tem um encontro esta noite, não tem? Com aquele
fotógrafo de gatos”.
“Oooh, um fotógrafo de gatos, isso parece excitante”.
Derk arrulhou próximo a mim.

“Ele não é só um fotógrafo de gatos”, corrigi a todos. “Ele


ocasionalmente fotografa peças para nós. Ele gosta de passar
seu tempo viajando e fazendo sessões de fotos para revistas de
viagem, e até mesmo teve algumas de suas fotos na National
Geographic. Ele nos ajuda em algumas ocasiões, só pelo
dinheiro fácil”.

“Viajante do mundo, parece interessante. Ele é bonitão?”


Derk perguntou, empilhando waffles dentro de um prato vazio.
Ele era um homem gigante, um tipo de gigante de 1,80, e ele
comia como um. Ele poderia inalar um waffle em duas
mordidas, e pelo olhar de seu prato, aqueles eram seus
primeiros waffles.

“Ele é bonitão”, eu disse, enquanto pensava sobre Lance.


“Ele tem toda essa vibe Justin Timberlake, você sabe, cabelo
miojo”.

“Não mexa nos miojos; você sabe que isso era quente
antes”, Delaney avisou.

Levantei minhas mãos em defesa, “Só queria ser clara,


isso é tudo”.

“Eles vão jogar boliche”, Henry disse com os lábios sobre


sua caneca de café. “Vocês não acham que jogar boliche soa
divertido está noite?” ele perguntou a Delaney e Derk, cujas
orelhas se animaram.

“Soa. Eu acho que é tempo de nós tirarmos a poeira de


nossos sapatos de boliche, não acha, docinho?” Delaney
perguntou, colocando mais alguns waffles no prato para mim.

“Vocês três nem mesmo se atrevam”.

“Por que não?” Henry perguntou, parecendo um pouco


magoado.

“Eu não preciso de vocês, rapazes, bisbilhotando sobre a


plataforma de bolas, me encarando, observando cada
movimento meu. Eu já tenho de lidar com conhecer os amigos
dele; eu não preciso pensar sobre vocês três, me observando
também”.

“Nós estaremos lá para ajudar”, Henry ofereceu.

“Sim, um monte de ajuda você foi noite passada”.

Depois de encharcar meu waffles com syrup de morango,


meu favorito, eu os cortei em pedacinhos como uma criança e
comecei a comê-los, ignorando o olhar que Henry estava me
dando. Eu sabia que ele estava só tentando ajudar noite
passada, mas tudo que ele fez foi tornar tudo pior uma vez que
ele começou a competir com Atticus.

Oh, pobre Atticus, e suas bolas. Eu realmente esperava


que ele estivesse okay e sem nenhum dano permanente.

“Você está brava comigo?” Henry perguntou, puxando um


banco perto de mim. Sua mão quente foi direto para minha
coxa.

“Não”, suspirei. “Não é sua culpa. Foi só má sorte e uma


necessidade de coçar a bendita estrada de ladrilhos vermelhos.”

“Isso continua te incomodando?” Delaney perguntou,


agora sentando conosco pra beliscar alguns wafles.

“Não tão ruim como noite passada”.

“Bem, isso é um bom sinal; você vai melhorar em breve.


Aconteceu comigo quando depilei pela primeira vez também.
Lembra disso, Derk?”

“Sim, parecia como se uma fazenda de formigas tivesse


crescido em sua virilha. Não pude tocá-la por dias”.

“Obrigada”, ela admoestou. Quando ela mastigou alguns


waffles, perguntou, “Algum interessado do site online?”

“Oh, eu não sei. Eu esqueci disso”, admiti.

Com toda a ação entre Atticus e Lance, esqueci


completamente sobre a tentativa de Henry de me introduzir no
mundo dos encontros. Eu odiava admitir isso, mas estava só
um pouquinho curiosa se homens pensavam que eu era
interessante ou não.

“Bem, vamos ver”, Delaney disse, enquanto agarrava o


tablet de Henry do balcão. “Qual era sua senha?”

“Leve minha flor”, Henry disse com uma boca cheia de


waffle encharcado de syrup.
“Oh, isso é demais”, Derk riu. Eu presumi que ele sabia
sobre meu pequeno cinto de castidade, porque qualquer coisa
que Delaney soubesse, Derk sabia. Era algum tipo de código de
casal; eles sabiam tudo. Era um pacote quando distribuía
informação: você diz a um, o outro vai saber. Eu estava okay
com isso, porque Derk era um cara legal.

“Oh, meu deus, sessenta e sete respostas”.

“Sério?” perguntei, quase engasgando em minha última


mordida de waffle.

“Sim”.

Ela virou o tablet em minha direção, e com bastante


certeza, haviam sessenta e sete pedidos esperando que eu
lesse.

“Como poderei filtrar entre estes?”

“Não se preocupe, já estou fazendo isso”, ela disse,


rolando através dos pedidos e deletando aqueles que ela
aparentemente não gostava para mim. “Careca, feio, gordo,
verruga facial, pêlos faciais esporádicos, careca, ama
Nickelback – vá enterrar suas cabeças em um buraco.” Ela
subiu o olhar do tablet e declarou, “Nenhum amigo meu sairá
com alguém que ouve Nickelback. Nem no inferno”.

“Concordo”, Henry disse, erguendo seu garfo para o céu.

“O que há de errado com Nickelback?” Derk perguntou.

Todos os três de nós viraram nossas cabeças e encaramos


Derk. Delaney deu uma profunda respiração e disse, “Docinho,
eu acho que pelo bem de nosso relacionamento, você deveria
reformular essa pergunta.”

Os olhos de Derk foram de um lado a outro olhando em


nós três. Finalmente, ele disse, “Uh... foda-se Nickelback?”

“Isso!” nós comemoramos, confundindo Derk, mas ao


invés de testar sua sorte, ele só encolheu seus ombros e pegou
a fruta que estava no meio do balcão.

“Então, alguma boa perspectiva?” Henry perguntou,


espiando o tablet nas mãos de Delaney.

“Tem esse cara. Seu nome é Alejandro e parece ser


realmente legal. Olha, uma foto com sua irmãzinha, que fofo”.

“Alejandro, isso sai pra fora da língua agradavelmente”,


Derk aprovou.

“Me deixe ver esse cara”.

Parecendo irritado, Henry puxou o tablet de Delaney e


começou a olhar o profile de Alejandro. Sua sobrancelha erguia
enquanto ele lia tudo sobre meu potencial encontro.

“Diz aqui que seu trabalho é ser artista... isso é um


hobby, não um emprego, não pode confiar nestes caras. Oh, e
olhe, ele tem uma iguana de estimação... que estúpido”.

“Não há nada errado em ter uma iguana”, Delaney


replicou. “Ele seria perfeito para Rosie. Claramente, o cara é
bonito, com aqueles espessos cabelos negros e olhos escuros.
Você sabe que ele seria romântico com nossa garota, e isso é o
que ela precisa. Seu amor latino iria apimentar a vida dela”.

“Eu não gosto dele,” Henry desaprovou.

“Bem, felizmente, isso não é para você, é para Rosie”.

Sem avisar, Delaney retirou o tablet de Henry e entregou


a mim.

“Veja você mesma, ele é bonito, ele parece divertido, e


você sabe que ele seria capaz de derreter suas calcinhas. Você
não teria problemas relaxando com ele”.

A foto do profile na tela mostrava um homem que parecia


estar no final de seus vinte, usando uma camiseta regata
mostrando seus músculos, e um par de óculos escuros no topo
de sua cabeça. O fundo parecia ser algum litoral estrangeiro,
onde a água parecia tão azul quanto sua camiseta. Seu sorriso
era de bochecha a bochecha, e eu percebi que ele poderia
possivelmente ser o homem mais lindo que eu tinha alguma
vez visto. Ele não era duro; ele era mais suave.

“Ele é atraente”, balbuciei, vasculhando seu profile. Eu


estava meio chocada que um homem bonito estava interessado
em mim, mas também estava lisonjeada, para dizer o mínimo.
Havia uma mensagem em meu inbox dele, então eu decidi dar
uma olhada nela.

Oi Rosie, eu não consegui evitar escrever para você


depois de ver sua foto de profile. Seus óculos vermelhos
prenderam meus olhos, assim como esses seus lindos olhos
azuis. Depois de estalkear, eu vi que você ama tacos, tornando
você à garota de meu coração. Eu não consigo ter tacos o
suficiente; eles são meu único vício. Se você não estiver muito
ocupada, talvez eu possa levar você para sair, para alguns
incríveis tacos não muito longe de meu apartamento. Eu
prometo a você, eles são os melhores tacos de New York. O
que me diz?

Aguardando sua resposta – Alejandro.

“Bem, ele parece doce”, corei.

“Ele quer te levar para tacos”, Henry admoestou. “Como


isso é doce?”

“Ele quer comer seu taco”, Derk riu para ele mesmo.

“Olha isso”, Henry avisou de uma forma não característica.


“Eu não gosto de Alejandro; eu não confio nele”.

“Você nem ao menos o conhece” Delaney replicou,


enquanto pegava os pratos vazios de todos.

“Escreva a ele de volta, Rosie. Marque um encontro”.

Estudei o profile de Alejandro mais um pouco, enquanto


Derk limpava para Delaney, como o obediente namorado que
ele era.
Ele parecia bom, como um rapaz genuíno, mas o que
poderia você realmente dizer pela internet? Ele poderia ser um
psicopata na vida real, enquanto seu profile poderia dizer que
ele tricotava para freiras na época do natal.

Deveria realmente dar a ele uma chance? E porque Henry


estava tão contra Alejandro? Ele estaria vendo alguma coisa
que eu não estava?

“Por que você não gostou de Alejandro?” perguntei,


cortando o silencio que tinha caído na cozinha.

“Ele parece... muito experiente. Eu não o quero tirando


vantagem de você”, Henry respondeu.

“Você não acha que eu posso cuidar de mim mesma com


uma pessoa experiente?”

Henry me deu um olhar aguçado e disse, “Amor, você


chutou um cara na virilha noite passada - não estou certo de
quão bem você se sairia sob uma situação de muito estresse”.

Insultada, sentei de volta em meu banco e olhei para


Henry. Dor cortou em mim enquanto eu pensava sobre suas
palavras.

Sim, eu não era experiente, mas eu estava bem certa de


que poderia cuidar de mim mesma quando empurrada em uma
situação que eu queria para mim mesma.

“Você é um cuzão”, finalmente disse, levantando e


levando o tablet de volta para meu quarto comigo.
Alejandro iria receber uma mensagem.

No minuto em que atravessei minha porta, eu fechei-a


atrás de mim para ganhar alguma privacidade... mas fui parada
pelas mãos de Henry.

“Saia”, eu disse, não me incomodando em me virar ao


redor.

“Rosie, eu sinto muito. Eu não queria te insultar. Eu só


estou preocupado”.

“Bem, pare de se preocupar, Henry. Eu posso cuidar de


mim mesma. Eu não sou uma criança”.

Ele deu uma profunda respiração e correu suas mãos por


seus cabelos, claramente perturbado. “Eu sei que você não é
uma criança, eu só... Deus, Rosie, eu me importo com você”.

Finalmente virando, eu coloquei o tablet sobre minha


cama e caminhei para ele. Apoiei minhas mãos em seus
ombros e disse, “Eu aprecio sua preocupação, mas eu quero
um amigo, não um irmão mais velho. Eu quero que você me
ensine o que eu preciso saber, não que seja meu cavaleiro em
armadura brilhante”.

“Mas eu gosto de ser seu cavaleiro”, ele sorriu


timidamente.

“Eu sei, mas é hora de você dar um passo pra trás, Henry.
Eu não posso ter você lá para mim pra sempre; você vai se
acomodar em algum ponto, talvez com aquela garota peituda
da noite passada”.

“Charlene? Não, ela é só comível. Não tem substância”.

“Vê, isso é o que eu quero. Talvez Alejandro seja só


comível, talvez ele seja divertido o suficiente para eu perder e
ganhar alguma experiência. Eu preciso de experiência, Henry,
porque agora mesmo, meu livro está quase tão seco quanto
minha vagina”.

Os labios de Henry se torceram num sorriso. “Eu disse a


você que eu poderia fazer algo sobre isso”.

“Cai na real”, o empurrei pra longe, mas ele agarrou meus


braços e me puxou em um abraço, fazendo meu estômago se
revirar todo de novo por estar tão perto dele.

“Você me perdoa?” ele sussurrou suavemente contra meu


cabelo. Como eu poderia não perdoar?

“Sempre”. Apertei ele firmemente, pressionando minha


bochecha em seu peito nu.

“Você vai realmente escrever de volta para ele?”

“Vou”.

“Vai me dizer onde você vai, pelo menos?”

“Você promete não observar através da janela?”

“Eu não posso fazer tal promessa, mas eu posso tentar”.

Rindo, eu disse, “Eu acho que isso é o melhor que eu


posso pedir”.
Uma vez que Henry me liberou, eu catei seu tablet e nos
sentamos em minha cama juntos, e eu escrevi para Alejandro.

Alejandro,

Você me ganhou nos tacos. Deixe-me saber quando e


onde.

Pronta para roer – Rosie

“Você tem certeza de que não está muito tosco?”


perguntei antes de enviar. Não era uma mensagem muito
poética, mas passava a mensagem.

“Não, está perfeito”.

“Você não acha que roer soa um pouco sexual?”

“Sim, e esse é o ponto”, Henry se encolheu. “Não que eu


realmente queira que você dê insinuações, mas como um
amigo dando um conselho, isto está perfeito”.

“Okay, bom”.

Com confiança, eu apertei enviar, e só esperei que não


soasse tão brega.

“Estou orgulhoso de você”, Henry disse.

“Por que?” perguntei, caminhando para minha mesa e


abrindo meu laptop para o site de encontro, para averiguar as
outras mensagens.
Henry se ajustou sobre minha cama desarrumada e
brincou com meus cobertores.

“Por sair de sua zona de conforto. Isso é muito corajoso”.

“Isso é tudo para pesquisa”, disse, dando um sorrisinho.

“Como o livro está indo?”

“Risquei a coisa toda. Eu não sei se um romance medieval


é algo que eu possa escrever”.

“Por que?”

“Bem, desde que eu comecei essa nova jornada, eu tenho


estado lendo alguns romances mais contemporâneos, e eu
tenho de ser honesta com você, eu amei. Romance
contemporâneo é muito diferente de romances históricos. É um
pouco mais afiado, as gírias são mais adequadas pra encontros
e sexo, merda, Henry, você deveria ler algumas dessas cenas
de sexo”.

“Sério?” ele perguntou, parecendo realmente intrigado.


“Como pornô suave?”

“Mais como pornô pesado”. Me inclinei para frente e falei


animadamente. “As garotas gostam disso pesado, elas gostam
que suas calcinhas sejam rasgadas, e elas dizem para o cara
com quem estão quando vão...” olhei ao redor e sussurrei,
“chegar, como atirar direto nos telhados”.

Uma risada berrante escapou de Henry enquanto ele


segurava sua barriga.
“O que é tão engraçado? Isso é verdade. E você deveria
ler algumas das coisas que essas garotas fazem. Henry, eu li
um livro onde a garota deixa o rapaz enfiar um lápis no buraco
de sua bunda”.

A risada de Henry foi interrompida, e uma de suas


sobrancelhas se ergueu em questionamento.

“Rosie, que diabos você está lendo? Eu não me lembro de


baixar nenhum livro desse tipo pra você”.

“É um romance de professor/estudante. Eu sei, eu tenho


sentimentos mistos sobre ess tipo de estória, mas eu só fui na
onda. Parecia interessante, mas depois as coisas ficaram um
pouco fora de controle... mas continua fascinante. Ela gostou
do lápis em seu buraco; ela estava segurando o lápis para ele
enquanto ele a avaliava em física. Ela tirou um A+, é claro,
mas ainda assim, é fascinante”.

“Rosie, você sabe que ela poderia ter só segurado o lápis


com suas mãos, ele não tinha que enfiar isso em sua bunda...
isso parece bizarro”.

“Espera aí”, o parei com minha mão e disse, “Essa não é


uma coisa regular?”

“Enfiar lápis no cú das pessoas? Não, Rosie, isso não é


normal”.

Me sentei de volta em meu assento e pensei sobre isso


por um segundo. Aquilo parecia tão normal no livro... não havia
hesitação. Era como, oh você está enfiando aquele lápis em
minha bunda, perfeito! Como se a mulher soubesse que sua
bunda fosse o perfeito porta-lápis e deveria ser modelado como
o porta-lapís dos dias modernos.

“Bem, parece um pouco perturbador então. Por que o


autor escreveria aquilo?”

“Como infernos eu iria saber?” Henry riu. “Você precisa


começar a selecionar o que você lê, e honestamente Rosie,
você é assim tão inocente? Você sabe que eu te amo, mas um
lápis na bunda?”

“Não sei”, encolhi os ombros e ri. “Eu só aprendi como


chupar um pau em uma banana outro dia. Como eu deveria
saber que as pessoas não deveriam enfiar coisas nos buracos
de suas bundas?”

“Oh, coisas podem ir nos buracos das bundas, só não


lápis”.

“Oh! Como plugs anais!” eu disse com orgulho. “Ela tinha


um plug anal em sua bunda antes de ter o lápis. E, você sabe,
eu estava pensando outro dia, quando ele puxou o plug anal
para substituir pelo lápis, você acha que fez um som de
estouro? Como quando você puxa uma rolha de uma garrafa de
vinho? Eu estou tentando visualizar este tão mencionado plug e
tudo que eu consigo pensar a respeito é uma rolha de vinho”.

Visões de rolhas em bundas correram por minha mente


quando me virei e vi Henry passando suas mãos pra cima e pra
baixo em seu rosto, como se estivesse com dor.

“Rosie, você sabe como googlar, porque você não googla o


que um plug anal é?”

“Então, não é como uma rolha de vinho?”

“Pelo amor de deus, não, Rosie”, ele riu. “Um plug anal é
fino em um lado e mais grosso no outro, e eles vem em todas
as cores e tamanhos”.

“Brilham no escuro?”

“Provavelmente. Eu nunca usei um”.

“Oh, então eles não são, só para garotas?”

“Não, qualquer um pode enfiar um plug anal em sua


bunda”.

“Interessante”, eu ponderei por um momento, pensando


se eu poderia incorporar um plug anal em meu livro... eles
pareciam interessantes.

“Nem mesmo pense sobre isso”, Henry me interrompeu.


“Você não vai escrever sobre plugs anais”.

“E por que não?”, perguntei desafiante.

“Porque você nem mesmo sabe como um pênis é


pessoalmente. Você não pode ir de virgem para plugs anais.
Trabalhe de seu jeito, Rosie. Escreva sobre coisas que você
conhece”.
“Eu não conheço nada”, eu disse- um pouco frustrada. “Eu
só sei que quando você chuta um homem na virilha, ele não vai
querer te ver de novo”.

“Isso não é verdade. Atticus pode querer ligar pra você”.

“Eu o fiz vomitar, Henry”.

Ele assentiu e eu vi um sorrisinho cruzar por seu rosto. Eu


o desprezei nesse momento.

“Sim, nós provavelmente devemos cortar nossos prejuízos


com Atticus e superar. Seu encontro dessa noite, foque nisso, e
no homem do taco”.

“Seu nome é Alejandro”, corrigi, bem quando um ruído


saiu de meu computador, me fazendo virar e ver o que era.

Uma foto de Alejandro pulou sobre minha tela com uma


mensagem dele.

Oi Rosie,

Estou tão contente que você me escreveu de volta. Como


segunda-feira soa? Nós podemos nos encontrar no restaurante.
Alejandro

“Alejandro me escreveu de volta”, gritei. “Ele quer sair na


segunda à noite. O que eu deveria responder?”

Uma longa expiração saiu de Henry enquanto ele saia de


minha cama e parava atrás de mim. Suas mãos apoiaram em
meus ombros e ele leu a mensagem de meu computador.

“Para informação, eu não gosto desse cara. Ele parece


muito excitado”.

“E isso é uma coisa ruim?” olhei para cima nele sobre meu
ombro.

“Não, mas eu só não gosto dele”.

“Isso é muito maduro em você”, provoquei. “Então, o que


eu deveria dizer?”

“Você quer encontrar com ele na segunda?”

“Eu deveria? Eu não quero soar desesperada”.

Henry me deu um olhar prolongado, daí eu belisquei sua


barriga, fazendo-o ir pra trás. “Eu não estou desesperada, só...
intrigada. Segunda, então?”

“Certo, mas você vai me dizer onde este lugar de tacos é,


porque pelo inferno que eu vou deixar você sair com este
Alejandro e não saber sobre isso”.

“Você é muito protetor”, eu disse, enquanto escrevia para


Alejandro e o deixava saber que segunda-feira funcionava
perfeitamente.

“Só não quero ver você se machucar”. Ele pausou uma


segunda vez e me girou em minha cadeira. Ele ajoelhou na
minha frente e segurou minhas mãos. Deu uma profunda
respiração e disse suavemente, “Você sabe, Rosie, se você
quiser, eu poderia mostrar a você tudo por mim mesmo”.

Meu coração parou de bater em meu peito enquanto


tentava compreender a oferta de Henry. Ele estava falando
sério?

“O que você quer dizer?” perguntei- minha voz quebrada.

Sua sobrancelha franziu enquanto ele pensava sobre suas


palavras. Ele limpou sua garganta e levantou, colocando
distancia entre nós.

“Deixa pra lá”, ele balançou sua cabeça, como se o que ele
estivesse prestes a dizer fosse maluco. Inseguro do que fazer,
ele tropeçou um pouco e saiu, “Tenho de ir, mas se certifique
de dizer tchau pra mim antes de seu encontro. Eu quero te
desejar boa sorte”.

Com isso, Henry deixou o meu quarto, me deixando


completamente e internamente confusa. Ele se ofereceu para
me mostrar tudo, assim como, fazer sexo comigo?

As palavras de Delaney sobre Henry ser um perseguidor


de cerejas continuavam correndo por minha cabeça; não havia
jeito de ele ser um caçador de virgens, e mesmo que ele fosse,
ele não iria querer estar comigo só porque eu era virgem. Ele
não iria querer arruinar nossa amizade desse jeito; isso era
impossível.

Eu chacoalhei o pensamento de minha cabeça e voltei pra


minha cama, onde tirei meu kindle de minha mesinha-de-
cabeceira e comecei a ler sobre a magnífica porta-lápis e seu
pervertido homem.
Capítulo Oito
Estrela do Norte

“Eu tô dizendo, eu sou terrível no boliche” eu ri, enquanto


Lance e eu olhávamos na TV que mostrava nossos placar. Eu
era um minúsculo vinte e dois, e Lance estava jogando um
cento e oitenta, o que era bastante impressionante para mim.

“Pelo menos você fica adorável fazendo isso”, Lance


beliscou meu queixo, me fazendo derreter no lugar.

Eu estava nervosa ao vir para esse encontro, porque


honestamente não sabia o que esperar. Eu só tinha encontrado
Lance uma vez antes, e nós mal tivemos uma conversa, então
ver esse lado divertido dele era diferente para mim; isso estava
me intrigando.

Nos encontramos na pista de boliche, e eu fiquei


instantaneamente intimidada por ver que ele estava com
quatro de seus amigos, que estavam todos vestidos e
arrumados para boliche cósmico. Felizmente, já que eu usava
minha camiseta branca, jeans e sutiã verde neon, eu encaixava
no grupo, perfeitamente na verdade. Mas do lado de fora no
beco do boliche, eu parecia como uma adolescente que passa
seu tempo livre rodando nos postes de luz dos postos de
gasolina.

Lance amou minha roupa, apesar disso, e eu tenho de


admitir, ele estava além de bonito em seus jeans escuro e
camiseta gola V branca. Simples, ainda assim clássico.

“Quer dar um tempo?” Lance perguntou, com suas mãos


na parte baixa de minhas costas.

“Isso seria uma boa ideia. Meu dedão está começando a


doer”.

“Aw, você tem dedões de bolicheira”. Lance agarrou meu


dedão e o levou a seus lábios, onde ele levemente o beijou.

Naquele momento, eu me senti como um desses


personagens de desenho que começam a flutuar no ar
enquanto suas pernas balançam e corações brotam de suas
cabeças. Um beijinho no dedão de Lance tinha me feito querer
dançar ao redor e dar uma batida na mão de todo mundo.

Eu odiava que fosse tão apegada nas pequenas coisas...


que um pequeno gesto de um homem tinha me chacoalhado e
me feito estremecer em meus sapatos, mas eu nunca estive
em um romance, eu nunca realmente fui em encontros e nunca
realmente me coloquei lá, então era bom ver que eu poderia
atrair alguma atenção de um homem. Curti ainda mais.

Lance agarrou minha mão, enlaçou nossos dedos, e me


guiou para o bar do boliche, onde me ajudou a subir no banco
do bar. Eu não era alguém que frequentava boliches com
frequência, mas um boliche na cidade grande era muito
diferente de um em uma cidade pequena. Era extravagante e
até meio chique, com assentos em couro branco e tijolo
aparente.

Felizmente, Lance me deu um alerta de que normalmente


o boliche tinha um estrito dress code, mas uma vez por mês
eles tinham a noite do boliche cósmico e encorajavam os
jogadores a usar cores divertidas e camisetas brancas para
completar a atmosfera. Caso contrário, havia uma politica de
não vestir roupas atléticas e camisetas brancas. Quando foi que
boliches se tornaram esnobes julgadores de camiseta branca?
Hello, eles já viram a clássica camisa de boliche? Uh, cafona!

“O que devo pegar pra você?” ele perguntou, enquanto


chamava o bartender para nós.

“Umm, o que acha de uma margarita? Eles podem me


fazer uma?”

“Estou certo de que podem”. Quando o bartender chegou,


Lance pegou minha mão e disse, “Margarita com gelo para esta
pequena lady, e uma Stella com espuma para mim, obrigado”.

“Grande bebedor de cerveja?” perguntei, tentando iniciar


uma conversa.

“Amo cerveja. Cervejas artesanais diferentes são as


minhas favoritas. Eu amo viajar e conhecer cervejarias locais,
pequenos buracos na parede onde eles fazem sua própria
cerveja. Eu tenho tido algumas cervejas estelares de
cervejarias locais”, ele enrugou seu nariz e continuou, “E eu
tenho tido alguns reais mijos de burro também”.

Uma genuína risada escapou de mim pelo olhar em seu


rosto. “Oh não, ruim assim?”

Ele assentiu enquanto o bartender arrumou nossas


bebidas em nossa frente. Lance pegou sua cerveja e deu um
gole, virando em seu assento para me encarar melhor.

“Eu estive em Milwaukee para uma sessão de fotos em um


barco a velas durante o verão...”

“Há barcos a vela em Milwaukee?” perguntei, um pouco


aturdida em saber daquilo. Eu sempre pintei Milwaukee como
uma metrópole frígida, onde homens de neve e ursos polares
jogavam amigáveis partidas de hockey no gelo. Aparentemente
não.

“Oh, sim. Verão em Milwaukee é grande. A cidade assenta


bem no Lago Michigan, então vela e lanchas são grandes
durante a temporada de verão, assim como festivais de musica.
É realmente uma cidade animada no verão; se você tiver uma
chance, eu sugiro a você ir. E se você for, eu sugiro a você não
ir à cervejaria que eu fui. Eu não consigo me lembrar do nome,
mas eu sei exatamente onde estava, porque quando estava
caminhando pelo centro, vi um mendigo mijando na esquina da
Michigan Avenue. Ao invés de ultrapassá-lo e arriscar a
possibilidade de ter mijo em todo o meu redor, eu entrei na
cervejaria da esquina para tomar uma bebida. Em pouco tempo
eu descobri que a pessoa sem teto estava mais provavelmente
ajudando a fazer a cerveja”.

“Eca, nojento. Eles ao menos servem pretzels?”

“Não”, Lance disse com ultraje. “Você iria pensar que lá


iria ter alguns tipos de pretzels, mas não havia nenhum. Você
consegue acreditar nisso?”

“Não consigo”, eu ri “Então, você viajou muito?”

Ele concordou dando um gole em sua cerveja. “Eu estive


em todo os Estados Unidos, e depois, é claro, fora dos estados”.

“Sério? Onde?”

“Vamos ver, eu estive na Europa, enfiei minha cabeça no


centro da Torre Eiffel; eu estive no litoral da Italia e Grecia,
também saudei a rainha da Inglaterra. Eu também tive a sorte
de viajar para a África, Africa do Sul principalmente, e
Australia, ambos os voos muito longos”.

“Eu posso imaginar. Qual foi seu lugar favorito?”

Ele deu uma pausa e pensou sobre a pergunta, algo que


eu admirei nele. Ele realmente tirava seu tempo e pensava em
suas respostas.

“Eu teria de dizer Grécia, há alguma coisa no contraste do


azul da costa contra o branco das construções. É um verdadeiro
sonho pra um fotógrafo estar lá. E mais, a cultura é excitante.
As famílias são intensas, e eu gosto disso. Eu tenho uma
família muito próxima, então estar lá me fez pensar em lar”.

“Isso parece incrível. Queria que eu pudesse estar lá


algum dia. Eu tenho um passaporte, mas sem carimbos ainda”.

“Não? Talvez os outros países não estejam prontos pra


você ainda”, Lance disse com um sorriso.

“Isso ou eu só não tenho dinheiro guardado para isso,


mas eu terei. Eu vou ter um carimbo”.

“Onde você gostaria de ir, uma vez que você pudesse?”

Eu dei um gole em minha margarita, que eu estava


realmente começando a apreciar, e disse, “Promete que não vai
rir de mim?”

“Prometo”, ele disse, e agarrou minha perna para dar uma


leve apertada. Minha mocinha estremeceu com seu toque.

“Eu quero de verdade ir para a costa da Islândia. Eu


sempre fui fascinada com a aurora boreal, e viagens para a
Islândia são bem acessíveis. Eu acho que seria uma linda e
divertida viagem”.

“Agora, por que eu iria tirar sarro de você por escolher a


Islândia? Meu amigo esteve lá por uma semana e quando
voltou, me mostrou todas as fotos que tirou. Eu não podia estar
mais invejoso. É lindo lá”.

“Realmente é, ao menos do que eu tenho visto de minhas


buscas no google”.
“Agora, me diz por que você pensou que eu iria rir de
você?”, sua mão foi para o meu cabelo e começou a torcê-lo
distraidamente. Bom Deus, ele estava derrubando todas as
fronteiras esta noite, me tocando de cada forma possível, e
maldito seja se eu não estava caída por isso, com cada um de
seus toques.

“Eu penso que quando você pergunta a alguém onde eles


querem ir, qualquer lugar do mundo, eles respondem algum
lugar exótico. Não há muitas pessoas que querem ir pra
Islândia”.

“Verdade”, ele deu risada. “Mas isso é o que te faz única;


você não é como ninguém mais, Rosie”.

O jeito que ele deu essa declaração fez parecer como se


ele me conhecesse há um tempo, quando na verdade, nós
realmente não conhecíamos um ao outro tão bem.

“Posso te fazer uma pergunta?”

“Você pode me perguntar qualquer coisa”. Ele segurou


minha mão e a levou para seus lábios, beijando levemente
minhas articulações. Seus gestos eram doces e me sugavam
com cada uma deles.

“Porque você me chamou para sair? Eu acho que nós não


nos conhecemos tanto, e esse encontro saiu do nada. Não que
isso seja uma coisa ruím. Estou apenas curiosa”.

“Eu posso entender”, ele respondeu com um sorriso


diabólico. “Para ser honesto, eu sou meio tímido, e quando te
conheci, eu te ignorei por que estava tão nervoso para chegar
em você. Se você não percebeu, Rosie, você é linda de morrer,
e logo na primeira vez que eu te vi, eu fui fisgado. Desde
então, eu tenho tentado pegar alguma sessão de fotos com
você. Isso tem sido um desafio, mas uma vez que eu descobri
que você escreveria a entrevista do maine coon, eu me
certifiquei de estar lá”.

“Sério?”, perguntei, me sentindo um pouco embabascada.

“Sério. Eu gosto de você Rosie, muito, e desde que eu saí


de lá, eu tenho de te dizer, tenho lido todos os seus artigos
felinos”. Um olhar adorável cruzou seu rosto, me fazendo rir.

“Que fina literatura você escolheu para ler”.

“Eu sei mais sobre gatos do que gostaria, mas acho que
você é ótima na escrita, mesmo que alguns artigos sejam sobre
os mais efetivos jeitos de limpar bolas de pêlo”.

“Sim, as fotos para aquele artigo foram um pouco


intensas demais para o meu gosto”.

“Elas foram um pouco pesadas”, ele concordou e sorriu.

Sinceramente, eu disse, “Obrigada por ler meus artigos,


mesmo que eles não sejam a mais fascinante literatura”.

“Hey, eu aprendi alguma coisa”, ele encolheu os ombros.


“Você pretende trabalhar em algo mais?”

O nervoso começou a crescer, já que eu não tinha


realmente falado sobre minhas aspirações de vida com
ninguém além de Delaney e Henry. Comtemplei dizer a ele o
que eu realmente queria fazer. Ele parecia como se fosse estar
legal comigo sendo uma escritora de novelas românticas.

Às vezes, eu ficava preocupada com o que as pessoas


pensariam se eu disesse a elas, contasse a elas que eu estava
interessada em escrever sexo, escrever romance, escrever
sobre aquele todo-consumidor poder chamado amor. Eu sinto
como se houvesse um estereotipo no mundo para pessoas que
leem novelas românticas. As pessoas em geral as descrevem
como senhoras tristes sentadas em um balcão de suas casas,
usando um sweater rasgado enquanto comem chocolate e
acariciam seus gatos, mas esse não era o caso em tudo. Há
uma enorme comunidade por aí de pessoas que amam amor,
que amam romance, e eu sou uma delas. É um mundo que eu
amo viver, onde há felizes para sempre, onde a garota estranha
pega o garoto bonitão, e onde o cavalherismo não está perdido.
Eu sei que tudo aquilo não tem como ser verdade, que a vida
não pode ser tão grandiosa como alguns romances fazem
parecer, mas eu continuo amando cada uma dessas estórias.
Porque isso é um escape da realidade, um momento no tempo
onde você pode sonhar acordado com o impossível, onde há
uma chance de presenciar o verdadeiro amor se revelar bem
em frente de você. Suspiro.

“Rosie?”
“Oh, desculpe”, balancei minha cabeça. “Eu estou, na
verdade, escrevendo uma novela romântica. Bem, tentando”.

“Uau, sério? Isso é muito legal. Seu herói vai usar óculos
e tirar fotos de gatos?”

“Algo desse tipo”, eu ri, enquanto terminava minha


margarita. “Quer voltar a jogar boliche?”

Eu disse a ele que eu estava escrevendo um livro, mas eu


não estava confortável o bastante, para entrar nos finos
detalhes de minha fascinante novela romântica. Mas eu
conseguia ver o olhar em seus olhos, e ele estava curioso. Eu
estava receosa que ele fosse começar a falar sobre sexo, e eu
não estava preparada para uma coisa daquelas. Eu conseguia
apenas falar sobre sexo com Henry, não com um cara em quem
eu estivesse interessada.

“Claro. Você precisa de algumas dicas para manter sua


bola não saindo da calha?” ele zuou.

“Provavelmente. Eu nunca fui realmente atlética. Estou


surpresa por conseguir erguer a bola”.

“São 3 kilos”, ele riu.

“É por isso que meu braço está cansado”.

Sacudindo sua cabeça em mim, ele enlaçou seu braço ao


redor de meu ombro e me guiou para nossa pista, onde seus
amigos não estavam mais. Eles pareciam ter se dispersado, o
que era bom, por que eu estava curtindo meu tempo só com
Lance. Quando estavam todos os seus amigos, eu me sentia
meio intimidada.

Como uma esquisita, eu estava fascinada com os assentos


de couro branco, que eram imaculados, e eu realmente me
perguntava como eles os mantinham tão limpos. Eles deviam
impermeabilizar a merda toda dos bancos, porque havia muitos
drinks morrendo para serem derrubados todos sobre eles. Eu
tomei nota de, se possível, perguntar ao gerente; eu queria
seus segredos.

“Ladies primeiro, Rosie”, Lance acenou.

“Legal, tô pronta”.

Me dirigi para o suporte das bolas e agarrei minha bola


pink brilhante de três kilos, enfiei meu dedão e caminhei para a
linha. Eu estava quase começando a me dirigir para frente da
pista quando senti Lance parado atrás de mim, falando
suavemente em minha orelha. Sua voz fazia calafrios correrem
pra cima e pra baixo em minha pele.

“Posso te dar um palpite?”

“Por favor”, eu disse um pouco ofegante.

Suas mãos estavam abertas sobre meus ombros e sua


boca estava praticamente beijando minha orelha. Gah, Virginia
estava acordando.

“Você vê estas pequenas setas na pista?” “Você deve


alinhar seu pulso com estas setas e ter certeza de que sua mão
se mexe direto através delas. Você acha que consegue fazer
isso?”

“Parece simples”, respondi com alguma confiança.

“Bom. Você pegou isso, Rosie”. Ele se inclinou mais e deu


um gentil beijo antes de se afastar. Que flerte!

Minhas áreas femininas inteiras estavam vivas e


acordadas, me deixando saber que elas ainda existiam e, de
fato, que tinham uma bem trabalhada libido, que estava agora
perfurante, graças ao ato um pouco íntimo de Lance. Inferno,
eu estaria mentindo se disesse que eu não gostava disso. Eu
queria lançar minha bola pela pista e correr para dentro de
seus braços.

Eu queria mais beijos... e não só em minha bochecha.

Concentrada no que Lance disse para mim, ao invés de


esfregar minha perna, eu levei meus braços pra costas e me
dirigi para a borda da pista. Com um forte impulso, atirei meu
braço para frente e lancei a bola. Eu observei com meus braços
enlaçados juntos quando a bola foi direto para a calha.

“Maldição”.

Virei para olhar Lance, que tinha um gigante sorriso em


seu rosto, mas estava balançando sua cabeça também. Ele veio
até mim e levantou meu queixo enquanto me puxava para seu
peito. Minhas mãos foram instintivamente para seus quadris,
onde eu conseguia me sentir começando a tremer com o
contato próximo. Eu desejava que pudesse ser como uma
dessas garotas que não são afetadas por intimidade próxima,
mas eu não era. Eu estava nervosa, cem por centro, uma suada
bagunça quente de nervos.

“Aquilo foi uma boa tentativa”.

“Foi patético”.

“Foi”, ele riu. “Você pegou essa próxima, apesar. Se


lembre, braço reto e desça mais baixo no chão... isso pode
ajudar”.

“Peguei isso, braço reto e baixo no chão”.

Ele esfregou meu braço com seu dedão e se afastou. Eu


queria chorar e dizer a ele para voltar, mas me segurei para
meu auto-respeito. Me virei e peguei minha bola, que tinha sido
cuspida pelo negócio louco de retornar bolas. Aquela
engenhoca era assustadora - visões de minha cabeça ficando
presa naquilo me apavoravam cada vez que eu ia perto daquilo.

Com confiança, eu tomei minha posição, olhei para as


setas e então comecei a me dirigir para a pista com meu braço
começando a balançar para trás. Eu me acocorei em baixo e
lancei a bola à frente bem quando ouvi um sonoro rasgo e um
jato de ar direto em cima de Virgina.

Eu congelei no lugar enquanto tentava voltar no tempo,


por que eu estava bem certa de que tinha rasgado minha calça
de Virginia até o Grande e Poderoso Bundão.
Alguns espectadores devem ter pensado que eu estava
congelada na pose de estátua de boliche que eu imediatamente
adotei, mas eles mal sabiam, eu estava tentando mentalmente
chamar Scotty para me transportar inferno afora da pista de
boliche.

Muito mal que Scotty estivesse aposentado agora, o


bastardo.

Que infernos eu deveria fazer? Levantar-me? Se eu


levantasse, eu iria ter de explicar o que diabos tinha
acontecido, e eu não estava certa de que estava pronta pra
isso, mas então, de novo, eu estava usando uma tanga... e
bem agora, eu estava agachada, o que significava... puta
merda.

Eu levantei reta como uma haste e me virei rapidamente,


escondendo minha bunda de Lance, então só os pinos poderiam
ver a bagunça que estava à minha traseira.

De todos os dias para escolher usar uma tanga. Isso era


minha punição, tinha de ser.

Havia momentos na vida de uma pessoa onde você


realmente pensa que quer morrer, Já que a situação em sua
frente não podia ser pior. Era assim que eu estava sentindo, por
que tudo que eu poderia pensar era na bunda descolorida que
eu tinha, e nisso se iluminando como a maldita Estrela do Norte
embaixo de luzes negras. Não tinha certeza se isso era
possível, mas se fosse, iria acontecer comigo. Com minha
sorte, três reis iriam atravessar a porta a qualquer minuto
agora, com presentes para Virginia, e um camelo iria estar
atrelado do lado de fora mastigando um fardo de feno.

“Você pegou dois pinos!” Lance brindou quando veio até


mim, me fazendo andar para trás. Ele não podia vir perto de
mim. Como diabos eu iria sair disso?

“O que há de errado?” Lance perguntou, preocupado.


“Cuidado!” ele gritou enquanto eu continuava a andar para
trás.

Com um passo errado, eu senti o solado de meu sapato


prender e escorregar na graxa da pista.

Minhas pernas torceram debaixo de mim, e bem quando


eu pensei que as coisas não podiam ficar piores, minhas pernas
levantaram voo debaixo de mim e eu caí pra trás, pernas
erguidas no ar, expondo minha genitália rasgada e combinando
com a tanga verde neon.

Para segurar aquela ultima onça de auto-respeito que


tinha restado, eu prendi as bandas de minha bunda firmemente
juntas, só no caso da Grande e Poderosa espreitar por aí.

“Oh, merda”, Lance disse, enquanto agarrava meus braços


e me puxava para seu peito. Ele me levou para os bancos e se
agachou em minha frente.

Eu fechei minhas pernas apertadas e enterrei minha


cabeça em minhas mãos.
“Rasguei minhas calças”, murmurei mortificada.

“Esta okay”, ele esfregou o topo de minhas coxas. “Confie


em mim, eu já fiz isso também, bem no meio de uma sessão
de fotos, onde todo mundo viu meu pacote cair pra fora de
meus jeans”.

“Suas bolas?”, perguntei, espiando por entre minhas


mãos.

Rindo, ele concordou. “Sim, minhas bolas. Eu não tendo a


usar roupas de baixo, então quando eu rasguei minhas calças,
todo mundo teve uma grande vista de meus gêmeos
balançando”.

Um pequeno sorriso se propagou através de meu rosto,


mas eu continuava mortificada. Isso era algo que eu não iria
conseguir superar facilmente. Eu rasguei minhas calças em
frente de meu encontro.

“Aqui, pegue meu cardigan, enrole isso ao redor de sua


cintura, e nós vamos te levar pra casa, daí você pode mudar.
Como isso soa?”

Eu concordei com minha cabeça enquanto pegava seu


cardigan e enrolava-o ao redor de minha cintura, desejando
morrer e só sentar em um buraco escuro comigo mesma.

O encontro estava acabado. Eu não conversei muito


enquanto nós pegávamos um taxi de volta para meu
apartamento. Eu só encarava pra fora da janela,
completamente tentando me remover do presente. Não havia
nada que eu pudesse dizer na verdade; eu estava mortificada
por muitas razões.

Quando nós paramos na frente da porta, Lance


gentilmente disse ao taxista para esperar enquanto me
acompanhava até minha porta.

Nós alcançamos a porta da frente e eu comecei a tirar seu


cardigan, mas ele me interrompeu.

“Me devolva em nosso próximo encontro”.

“Você quer outro encontro?”

“É claro. Você acha que um rasgo nas calças vai me deter?


Qual é, Rosie. Eu sou melhor do que isso. Eu gosto de você,
muito. Eu meio que achei fofo o que aconteceu”.

“Como isto pode ser fofo? Você viu minha Virgina”.

Jogando sua cabeça pra trás e rindo, ele disse, “Sua


Virginia? Oh, isso é incrivel. E, não, eu não vi sua Virginia. Eu vi
um pedaço de calcinha muito quente, apesar”.

Ele me puxou para perto e pressionou suas mãos na parte


baixa de minhas costas, me prendendo em seu peito. Uma de
suas mãos correu acima para minha bochecha, onde ele passou
seu dedão gentilmente.

“Me vê outra vez?”

“Sem boliche?” eu perguntei com um sorriso fraco, me


aquecendo com seu toque.

“Sem boliche”, ele concordou.

Eu observei enquanto ele me puxava pra perto e minha


respiração prendeu em meu peito com sua cabeça abaixada na
minha. Eu rapidamente umideci meus lábios e pressionei
minhas mãos contra seu peito, quando seus lábios se
conectaram com os meus. A mão que estava sobre minhas
costas subiu por meu pescoço e dentro de meus cabelos,
fazendo cada terminação nervosa em meu corpo levantar.

Seus lábios macios brincaram com os meus, me


preenchendo com confiança, então eu corri minhas mãos acima
em seu peito e entrelacei minhas mãos juntas atrás de seu
pescoço para segurar melhor. Eu o senti me empurrando pra
trás, e deixei quando ele me pressionou contra a lateral do
prédio e se aprofundou em nosso beijo.

Então, eu já tinha beijado antes, mas nada como isso,


nada que fizesse meus dedos do pé contraírem, que fizesse
Virginia chorar de alegria, que me fizesse desejar arrancar as
roupas do homem. Era isto que era sentir fogo? Sentir-se
completamente fora de controle? Querer de um homem tão
arduamente que você estivesse a ponto de arrancar suas
roupas fora? Era.

Bem vinda ao mundo real, Rosie. Era sobre isso que todos
aqueles livros que eu li estavam falando, paixão consumidora.
Bem quando eu já estava me acostumando com a ideia de
uma longa noite de lábios imprensada na rampa do prédio,
Lance se afastou, parecendo um pouco chocado... um olhar que
era mais provavelmente interessado também.

Ele tocou minha bochecha de novo e disse, “Eu vou te


ligar, Rosie”.

Eu apenas concordei e o observei se afastar, enquanto


Virginia gritava com satisfação. Eu estava tão contente que ela
aprovou. Uma vez que o táxi saiu, eu corri escadas acima, pra
dentro de meu quarto e fechei minha porta. Eu precisava
escrever em meu diário, e conversar com meus amigos era
algo que eu queria evitar nesse momento.

Eu estava entorpecida, eu realmente não queria refazer


tudo, eu só queria regozijar com o beijo que eu dividi na rampa
de meu prédio enquanto eu me inclinava debaixo das escadas
com um inacreditavelmente sexy homem com... minhas calças
rasgadas.

06 de junho de 2014

Com certeza eu quase tive um orgasmo hoje só com o


beijo de Lance. Ele é tão sexy e compreensivo e doce. Tem de
haver alguma coisa errada com ele, por que não tem jeito de
um cara tão incrível poder ser tão perfeito, mas por enquanto,
eu não vou me preocupar com o que poderia estar errado por
que, PUTA MERDA, eu fui beijada desprendidamente. Aquele
beijo me fez subir para uma quase aparição brilhante da Estrela
do Norte.

Nota pra mim mesma: checar a longevidade das calças


antes de usá-las em encontros, por que elas são obrigadas a
rasgar se estiverem velhas. E mais, nunca descolorir a bunda
de novo: má decisão em todo.
Capítulo Nove
Castradora da leitaria masculina

Eu fui capaz de evitar meus amigos por toda a noite


passada, mas agora que era domingo de manhã e eles estavam
começando a vazar fora de seus sonos e de seus quartos,
evitar era impossível.

Henry estava usando um par de calças de pijamas


xadrez... e era isso. Seus cabelos estavam empurrados para o
lado que ficou em seu travesseiro, criando um tipo hilário
de efeito capilar noturno. Delaney saiu de seu quarto usando
uma camiseta comprida e seus chinelos cor de rosa.

Juntos, eles caminharam como zumbis direto para a


cafeteira, onde havia café fresco esperando por eles. Eu era
legal assim.

Sentei em um dos bancos da cozinha, assistindo-os


enquanto tomava um gole de minha caneca. Eu esperei a
cafeina tocar seus lábios para vê-los iluminarem e perceberem
que eu estava na cozinha, esperando por suas perguntas.

Como sempre, Henry foi o primeiro a se animar, uma vez


que isso sempre deixava Delaney ansiosa. Ele esfregou o lado
de sua cabeça e me deu um sorriso preguiçoso.
“Bom dia, amor. Como foi o encontro? Eu tentei te
perguntar noite passada, mas você já estava dormindo. Eu
espero que tudo tenha ido bem”.

Encolhi meus ombros e sorri por sob a caneca de café.

Henry parou repentinamente, caneca a meio caminho de


sua boca quando disse, “Você perdeu sua virgindade?”

“Não! Sério, Henry? No primeiro encontro?” gargalhei do


olhar em seu rosto.

Alivio correu através de seus olhos enquanto ele sentava


próximo a mim.

“Pelo olhar em seus olhos, você não pode me culpar por


perguntar. Então, o que aconteceu?”

“Ele me beijou”, eu disse com um sorriso brilhante.


Continuava me lembrando como foi ter sido segurada por
Lance, ter seus lábios nos meus, querendo mais.

“Ele beijou sua buceta?” Delaney perguntou de onde ela


estava empoleirada no balcão. Sua voz soava como um
fumante de setenta anos. Ela tinha a mais incrível voz matinal.
Às vezes, quando todos nós estavamos bêbados, Henry e eu
tentavamos imitá-la, mas Derk era o único que chegava perto
de sua personificação.

“Não, por que você pergunta isso?”

“Só me perguntando. Não sabia se havia mais detalhes


suculentos que só um beijo”.
“Não foi só um beijo”, respondi. “Ele foi doce e sensível...”

“Não diga sensível” Delaney ergueu sua mão. “Deus, eu


odeio essa palavra. E úmido. Quando você estiver escrevendo,
por favor, se certifique de nunca dizer que suas mãos sensíveis
correram acima para minhas úmidas partes femininas. Deus, eu
me mordo só pensando sobre isso”.

“Okay”- arrastei. “Úmido e sensível são palavras retiradas


de meu vocabulário. Henry, você gostaria que eu removesse
alguma palavra também?”

“Pica, essa palavra é grosseira”.

“Por que eu iria usar essa palavra?”

“Quem sabe? Você é uma bola de canhão perdida”.

Aquilo era verdade, especialmente por que eu era tão


facilmente influenciada pelos livros que eu lia. Pelo amor de
Deus, antes de minha conversa com Henry, eu estava pensando
sobre que outras coisas poderiam ser enfiadas no buraco da
bunda de uma mulher.

“Então, alguma coisa mais aconteceu?” Delaney


perguntou, mudando o assunto de volta para o encontro.

Fiz uma careta enquanto colocava minha caneca abaixo.

“A noite estava sendo fantástica...”

“Estava? Uh oh, o que aconteceu?” Henry interrompeu.

“Deixa ela contar a historia” Delaney disse, enquanto


segurava seus ombros e sentava no balcão próxima a mim, se
aconchegando para a hora da história.

“A noite estava sendo fantástica”, repeti. “Eu joguei


terrivelmente, e ele foi ótimo, é claro”. Henry virou seus olhos.
“Nós tivemos uma ótima conversa no bar por um instante,
conversando sobre viajar e onde nós gostaríamos de ir”.

“Islândia”, Henry disse apontando para mim.

“Henry, deixa ela falar” Delaney repreendeu.

“Sim, eu disse a ele sobre Islândia e ele não me julgou.


Ele na verdade tem um amigo que esteve na Islândia e disse
que era lindo lá. Tanto faz, nós decidimos jogar de novo. Desde
que eu era tão ruim, ele achou que seria de grande ajuda me
dar algumas dicas...”

“Clássicos movimentos para ficar perto de você”, Henry


interrompeu de novo.

“Eu vou cortar suas bolas fora se você ficar no caminho


dessa história mais uma vez”, Delaney preveniu, fazendo Henry
recuar.

Não mexa com Delaney quando ela era tirada da cama.

“Café”, Derk balbuciou, quando se arrastou pra fora do


quarto de Delaney pra dentro da cozinha.

“Shh!” Delaney disse, apontando para o pote que já


estava feito. Derk não estava parecendo muito melhor que
Delaney; eles devem ter saído pra balada, uma de suas coisas
favoritas de fazer. Bem agora, eles poderiam ganhar de melhor
retrato pendurado na parede de uma estação de polícia.

“Ele estava te dando dicas...” Delaney ajudava, me


guiando.

“Sim, daí eu decidi segui-las, e no primeiro eu lancei


direto na canaleta. Eu não fui muito bem sucedida. Eu acho que
é por que meu dedão estava doendo... a bola era meio pequena
para mim, isto é, os buracos. Então ele me encorajou mais um
pouco, parou atrás de mim e esperou que eu arremessasse a
bola de novo.”

“Puta merda, você lançou a bola pra trás e jogou isso


direto no saco dele, não foi?” Henry disse com um gigante
sorriso.

“Não!” eu me defendi.

“Henry!” Delaney disse, enquanto voava através do balcão


segurando uma caneta pra cima como uma arma.

Rindo, Henry se encostou e me pediu para continuar, “Eu


não joguei a bola de boliche em sua virilha”.

“Desculpe, mas isso faria sentido depois de seu encontro


na sexta. Você é uma esmagadora de bolas”.

“Batedeira de sêmen”, Derk zuou, parecendo animado.

“Ordenhadora de porra”.

“Castradora da leitaria masculina”.


“Boa”, Henry disse, dando uma batida.

“Vocês querem ouvir a história ou não?” perguntei, agora


ficando frustrada.

“Desculpa, por favor, prossiga, amor”, Henry disse com


sorriso cativante. Homen frustrante!

“Então, eu estava arremessando a bola pra frente, e


quando e me curvei pra baixo pra soltar, minhas calças
rasgaram da virilha para a bunda, bem na costura”.

Meus amigos sentaram em silêncio e me encararam, não


fazendo um movimento para dizer nada, então eu mostrei a
eles minhas calças que estavam dobradas sobre o balcão. Eu
balancei elas e enfiei minha mão através do buraco aberto na
virilha para provar meu ponto.

Delaney foi a primeira a romper o silêncio quando ela


explodiu em gargalhadas, seguida por Derk e Henry, que
agarraram os jeans de mim e o inspecionaram.

“Só você” Henry balançou sua cabeça enquanto


examinando a virilha. “O que você fez?” ele perguntou-
claramente preocupado, mas com uma pequena diversão
contida em sua voz.

“Bem, claramente, eu fiquei mortificada e parei ali por um


segundo, curvada, esperando que nada estivesse aparecendo. E
foi quando eu me lembrei que eu estava em uma situação de
luz negra com um recentemente clareado cú...”
“Espera, o quê?” Derk perguntou, enquanto procurava por
Delaney. “Você a fez descolorir o cú? Por que você fez isso?”

Delaney baixou o olhar para suas unhas e disse, “Há


muito cú sendo dito nesse apartamento. Honestamente, nós
podemos ser adultos e falar sobre alguma outra coisa?”

“Não”, Derk disse, enfático. “Porque ela teve seu cú


descolorido?”

“Eu não disse a ela para fazer isso; Marta disse”.

Derk balançou sua cabeça e deu um gole de seu café. “Eu


não posso lidar com isso agora. Bloom, nos diga, por que te
preocupou sua bunda descolorida”.

“Duh, eu não quero isso brilhando para o mundo ver


debaixo de luzes negras”.

Isso fazia sentido perfeitamente para mim, mas


aparentemente Henry, Delaney e Derk pensaram que eu estava
brincando, porque ao mesmo tempo, eles todos lançaram suas
cabeças pra trás e urraram gargalhadas enquanto seguravam
suas barrigas.

“Por favor, não me diga que você pensa que as luzes


negras teriam feito aquela coisa brilhar”, Delaney propôs.

“Eu não sei. Elas poderiam”.

“Rosie, sua bunda foi descolorida, não mergulhada em


materiais radioativos. Essa é a coisa mais ridícula que eu já
ouvi. Por favor, não me diga que você acreditou nisso de
verdade”.

Eu apenas encolhi meus ombros, por que francamente, eu


estava mortalmente aterrorizada com coisas brilhando debaixo
das luzes negras. Eu não tinha ideia do que Marta fez comigo.
Por tudo que eu sabia, ela poderia ter feito um piercing na
maldita coisa; eu não teria sentido, não depois dos puxões na
bunda que ela me deu antes.

“Vamos ao ponto”, Henry cortou. “Eu quero saber o que


você fez”.

Dando uma profunda respiração, eu continuei. “Lance


percebeu que alguma coisa estava errada imediatamente,
então ele começou a se aproximar de mim, o que eu não
queria, dada a minha situação, então eu andei para trás na
pista e escorreguei na graxa que eles usam para ajudar as
bolas a rolar, caindo de bunda e expondo meus jeans rasgados
para Lance. Dei a ele um assento na primeira fileira, na
verdade”.

“Oh Jesus”, Henry balançou sua cabeça, enquanto Delaney


e Derk tentavam conter seus risos.

“Sim, ele foi muito doce sobre isso, apesar. Ele me disse
sobre uma vez que ele rasgou suas calças e depois me deu seu
cardigan para que eu pudesse sair da pista de boliche com uma
tira de dignidade. Ele me trouxe de volta pra cá, e foi quando
ele me beijou do lado de fora de nosso prédio. Isso foi
fantástico”.
“Apesar do jeans rasgado e de expor Virginia para Lance
no primeiro encontro, eu diria que você teve um bom
encontro”, Henry disse.

“Nós tivemos. Ele me chamou para sair de novo”.

“Você quer vê-lo de novo?” Delaney perguntou, enquanto


Derk se esgueirou próximo a ela para colocar uma mão em sua
coxa nua.

“Eu quero”, admiti, querendo o que Delaney tinha com


Derk. “Eu estou nervosa por duas razões. Primeiro de tudo, eu
tenho aquele encontro com Alejandro amanhã. Cancelar ou
continuar com isso?”

“Você não tem um compromisso com Lance, você não é


exclusiva, então eu diria para continuar com o encontro”,
Delaney disse.

“Certo, Henry?”

Henry estava olhando pra baixo em sua caneca de café


como se ele estivesse em um pensamento sério.

“O quê?”

Virando seus olhos, Delaney repetiu ela mesma. “Rosie


pode ainda ir ao encontro com Alejandro amanhã”.

“Ehhh, não. Eu não acho que isso é uma boa...”

“Cala a boca”, Delaney o cortou. “Você só está dizendo


isso por que você não gosta de Alejandro, o que é tão estranho,
visto que foi você quem fez a conta dela no site de encontros
online. Você realmente só tem a si mesmo para culpar”. Ela se
virou para mim e disse, “Você vai sair com Alejandro amanhã.
Qual a segunda questão?”

Me sentindo um pouco esquisita, especialmente por que


Derk estava na sala e Henry estava sendo estranho, eu me
desloquei em meu assento e terminei meu café antes de
continuar.

“As coisas foram bastante quentes entre nós noite


passada. Ele foi bem bulinador. Eu gostei disso, não me leve a
mal, mas eu sinto que se eu for a outro encontro com ele, ele
vai querer subir um degrau”.

“Você não quer isso?” Henry perguntou.

“Sim, mas eu não sei se estou pronta. Eu quero dizer, e se


ele puxar suas calças pra baixo?”

“O que você quer dizer?” Henry perguntou. “Você acha


que os caras entram em um quarto e puxam suas calças pra
baixo?”

“Talvez”, encolhi os ombros. “Eu comecei este novo livro e


o cara entra no quarto todo o tempo sem suas calças. E se isso
acontecer comigo? E se ele puxar suas calças pra baixo e
começar a dar empurrões pélvicos em minha direção. O quê eu
faria? Abrir minha boca? Ou abrir minhas pernas?”

“Jesus”, Henry disse, enquanto corria suas mãos por seus


cabelos. Descaradamente, eu observei quando seu tronco
flexionou com seus movimentos. Ele era meu amigo, mas eu
ainda estava permitida a admirá-lo.

“Amor, ouça-me com atenção. Se Lance caminhar na sala


e só puxar suas calças pra baixo, você precisa sair. Por que um
rapaz só tiraria suas calças? Isso é estranho pra caralho. E,
você abrir sua boca? Sério?”

Rindo, eu disse, “Eu só queria ter certeza de fazer a coisa


certa”.

“Não abra a boca se um pau vir voando em seu rosto”.

“Mas você me disse que os caras gostam de boquetes”.

“Eles gostam”, ele responde, “Mas você só dá a ele um


boquete se você quiser, não por que ele está estapeando você
na bochecha com o pau dele. Jesus, você é tão inocente”.

“Okay, então vamos dizer que ele puxa suas calças pra
baixo e eu quero dar a ele um boquete. Como eu saberei se
estou fazendo isso certo?”

“Nós fomos nesse assunto outro dia”, Henry disse,


enquanto agarrava uma banana e arremessava em mim.

“Nos mostre o que você aprendeu”.

“Eu não vou chupar essa banana na frente de todos vocês


para me julgar”, eu mantive minha posição; eu tinha meus
limites.
“Eu vou ajudar”, Delaney disse, enquanto saia do balcão e
pegava uma banana combinando. “Isto vai ser fácil, dado o
tamanho disto. Nem mesmo chega perto do meu homem, certo
babe?”

Derk piscou para ela e disse, “Isso aí, linda”.

“Derk, vem aqui; vamos segurar as bananas para as


garotas, dai elas poderão usar totalmente suas mãos. Segure a
base assim”, Henry disse. “Amor, finja que meu punho são as
bolas, okay?”

“Isto é tão ridiculo”.

“Apenas imagine”, Henry continuou. “Uma vez que você


dominar o boquete, você vai ser capaz de descrever um
boquete no seu livro sem nem mesmo pensar; isso vai vir, sem
trocadilhos intencionais, tão naturalmente. Você não quer isso,
amor?”, sua voz estava brincalhona, mas eu sabia que ele
estava tentando ajudar, e isso é o que eu amava nele: ele
estava sempre tentando ajudar, não importa que tarefa fosse.

“Certo, mas eu juro por Deus, se alguma coisa acontecer


com um desses caras, você mantém sua boca fechada. Eu não
quero que eles saibam que eu pratiquei em uma banana”.

“Prometo, isso fica entre nós, certo pessoal?”

“Sim”, ambos Delaney e Derk responderam juntos.

“Okay, onde devo começar?” perguntei, olhando pra


banana que Henry estava segurando.
“Tirar sua camiseta seria o número um”, Derk disse,
encarando Delaney.

“Cara”, Henry castigou. “Não, camisetas ficam”. Henry


virou para mim e disse, “Se lembra do que nós conversamos
sobre? Comece lá”.

Me inclinando para frente, eu olhei para a banana e


balancei minha cabeça em descrença. Eu iria realmente chupar
uma banana? Eu queria aprender, e se eu fosse colocada em
uma situação onde eu estivesse com Lance ou Alejandro, eu
não iria querer me atrapalhar. Eu queria ter ao menos um
pequeno pedaço de confiança, então esse foi o motivo para
meus lábios embrulharem ao redor de uma banana enquanto
fingia que o punho de Henry era as bolas.

“Está perfeito”, Henry disse. Eu olhei para Delaney e notei


que ela e Derk estavam perdidos em seu próprio mundinho
enquanto ela satisfazia a banana e olhava para Derk, seduzindo
Derk.

“Nós terminamos aqui”, Derk disse, jogando a banana


para o lado e agarrando Delaney. Ele a guiou fora da cozinha e
de volta para o quarto, com Delaney rindo o tempo inteiro.

Eu me afastei e olhei para Henry. “Isto é tão ridículo.


Pessoas não praticam em bananas”.

“Você pode praticar em mim”, Henry brincou com suas


sobrancelhas.
“Você continua oferecendo, Henry, quando você vai
perceber que isso nunca vai acontecer?”

“Você vai dizer sim um dia, amor”.

“Okay”- virei meus olhos. “Voltando à banana. E sobre


uma camisinha? Eu li que os rapazes gostam quando as garotas
colocam a camisinha para eles. É verdade?”

“Estamos terminados de chupar a banana?”

“Eu não sei, só parece estranho”.

“Apenas faça isso realmente rápido, e então nós vamos


falar sobre camisinhas”.

“Tá bom”, segurei o pulso de Henry e comecei a


massagear levemente, enquanto corria minha língua ao longo
da crista da banana e depois pra baixo, debaixo da banana, até
bater no punho de Henry. Eu lambi seu dedo enquanto ria, e
depois voltei para cima como Henry disse. Uma vez que eu
retornei para o topo da banana, contornei a circunferência
dentro de minha boca e comecei a sugar. Eu olhei para cima em
Henry, que tinha olhos nebulosos, e foi quando eu vislumbrei
abaixo em sua virilha, e vi que ele estava excitado. Henry, meu
Henry, estava excitado. Ele pegou meus olhos e se afastou,
mas não envergonhado.

Encolhendo seus ombros, ele disse, “Isso estava quente”.

Um pequeno sorriso cruzou meu rosto enquanto eu


tentava evitar contato ocular com sua excitação. “Eu não
cheguei na parte da vocalização”.

Deus, eu me senti tão esquisista, e eu odiei,


absolutamente odiei o fato que Henry estava tão confortável
com sua sexualidade que ele conseguia só sentar ali, excitado,
e estar okay com isso.

“Estou certo que quando você vocalizar, você vai se sair


bem. Não há nada a se preocupar com isso”. Ele piscou e
depois saiu para seu quarto, enquanto deslocava suas calças
um pouco. Quando ele retornou brevemente depois, eu não
consegui evitar dar uma espiada em sua virilha, e para meu
desapontamento, ele já estava abaixado na hora que voltou. Eu
aparentemente o deixei excitado, mas não tão excitado; não
que eu tivesse tentado. Só teria sido legal vê-lo duro por mais
tempo.

Que diabos eu estava pensando? Não, eu não queria vê-lo


duro de jeito nenhum. Bom Deus. Eu precisava começar a me
segurar. Todas as novas novelas românticas em minha vida e
conversas de sexo tinham perturbado minha mente.

“Aqui”, Henry disse enquanto me entregava um pequeno


pacote escrito magnum nele. Eu não era completamente besta,
eu sabia o que uma camisinha magnum era... eu assistia TV. O
fato que Henry me entregou uma me fez pensar que ele devia
estar...

“Pare de encarar meu pau”, Henry disse, me pegando de


guarda baixa.
“Desculpa”, eu disse, envergonhada pra inferno. “É só,
isto é uma camisinha magnum”, eu praticamente sussurrei,
fazendo Henry rir e sussurrar de volta.

“Eu sei. Eu uso elas todo o tempo”.

Eu só o encarei, por que agora, as coisas ficaram


pessoais. Sim, eu suguei uma banana enquanto ele segurava,
algo que eu iria bloquear em minha memória, mas agora
mesmo, eu estava segurando sua camisinha, e aquilo era mais
pessoal que qualquer coisa que nós tínhamos feito juntos. Isso
quase parecia como se eu estivesse segurando seu pênis em
minha mãos, o que eu sabia não ser verdade, mas ainda assim,
eu não conseguia evitar pensar desse jeito.

“Rosie, isso é uma camisinha, não uma bomba que você


tem de desarmar. Desembrulhe isso e coloque sobre a banana”.

“Por que os rapazes não podem fazer isso eles mesmos?”


murmurei, quando o pacote provou ser uma pouco mais difícil
de abrir do que eu esperava. “Eles deveriam fazer este mais
fácil de abrir”, eu pelejei. Bem quando eu rasguei o pacote, a
camisinha voou no ar e parou bem no café de Henry, que
estava no balcão.

Eu sorri para Henry e disse, “Ainda bem que você não vai
usar isso de verdade, ou você estaria tendo um café-piroca”.

Eu ri muito de minha piada deprimente. Henry me


estudou com aquele olhar questionador dele, como se estivesse
tentando me ler. Eu não gostava daquele olhar; isso sempre me
deixou nervosa.

Ele colheu a camisinha pra fora do café e secou em suas


calças. Ele me entregou e depois olhou pra baixo na banana.
Cuidadosamente, ele me mostrou como enrolar e me disse tudo
sobre o processo de como fazer isso divertido para o cara,
também provocando ele devagar. Ele também me disse que se
eu me tornar realmente experiente, eu poderia desenrolar isso
com minha boca no comprimento do cara, mas aquilo parecia
intenso demais.

Tudo que eu conseguia visualizar era ficar com a


camisinha presa nas costas de minha garganta e morrendo
engasgada com a dita cuja. Eu conseguia ver minha lápide
agora. Rosie Bloom, morta de asfixia com uma camisinha. Suas
ultimas palavras foram, “Me observe colocar isso”.

Sim, não era o jeito que eu queria partir, então pensei que
eu não iria me orientar no velho truque da boca.

“Isso parece bastante fácil”.

“E é. Só desenrole para baixo”, Henry confirmou. “Agora,


um cara deveria estar bem aparado lá embaixo, mas se ele não
estiver, tenha certeza de evitar colocar a borracha em cima dos
pelos. Essa merda doeria”.

“Espere, então eu vou e fico depilada pra inferno, mas um


cara pode aparecer com bagos peludos e isso está okay?”
“Isso não está okay. Essa merda é péssima, mas sim,
alguns caras pensam que é viril ter cabelos sobressaindo de
cada ruga de seus sacos”.

“Eck, nojento. Não fica suado lá embaixo?”

“Sim, massivamente suado às vezes, então se um cara


tem um arbusto, eu iria considerar passar; você não quer lidar
com aquilo”.

Anotado, eu pensei. E se Lance tiver um arbusto? Talvez


aquela seja sua falha. Se aquela fosse ‘a somente e única’ falha
que ele tinha, eu estava bem certa de que poderia lidar com
isso, por que tudo que ele iria precisar era um pequeno
encorajamento feminino.

“Você tem pêlos lá embaixo?” perguntei a Henry. “Você


tem este pequeno caminho feliz”, apontei. “Então, isso significa
que você não apara?”

Henry me deu um olhar acusador e disse, “Amor, eu


pareço ser um cara carregando por aí uma massiva pilha de
espaguete queimado com minhas bolas?”

“Não, mas às vezes pessoas surpreendem você”.

Com um sorriso, ele pegou seu cós e puxou para baixo,


então eu vi o topo de sua região púbica, e era completamente
limpa. O único pelo que ele tinha era um bem aparado caminho
feliz, que eu achava incrivelmente sexy.

“Sem pêlos, amor, e não me provoque, por que eu vou


mostrar a você os artigos se você continuar me espreitando
assim”.

A sala começou a aumentar a espessura uma vez mais


com esta anunciada tensão sexual entre Henry e eu quando ele
abaixou seu cós para a zona de perigo. A velocidade de meu
coração aumentoi, e eu achei difícil respirar quando assimilei
tudo que ele tinha para oferecer. Seu peito erguia e descia
enquanto ele me observava o encarando. Eu senti a
necessidade de me atirar nele, correr minhas mãos peito
abaixo e ultrapasar seu cós. Eu nunca senti uma urgência tão
forte em ter Henry em minhas mãos antes, mas eu seria
amaldiçoada se eu não o queria, aqui e agora.

“Não necessariamente”, limpei minha garganta e me virei,


tentando chacoalhar meus pensamentos maldosos para longe.
“Eu deveria provavelmente tomar banho e ter alguns escritos
feitos hoje. Tenho algumas coisas que quero testar. Me deseja
sorte?”

Parecendo murchar, Henry me deu um suave sorriso e


disso, “Boa sorte, amor. Se você precisar de ajuda, me deixe
saber. Você pode usar meu pau como seu modelo”. Sempre
tentando iluminar o humor.

“Está okay, mas obrigada, Henry. Sua imortal boa vontade


em ajudar não passou despercebida”.

“Qualquer coisa para você, amor”. Henry me puxou em


seu peito e eu instintivamente envolvi meus braços ao redor
dele, enquanto descansava meu peito em seu peito nu. Seus
músculos das costas flexionaram por baixo de minhas mãos, e
eu amei o jeito que seus músculos tensos do peito pareciam
contra mim. Eu estava realmente me perdendo.

Ele beijou o topo de minha cabeça e disse, “Você sabe,


você realmente não ter que sair com Alejandro...”

“Pare”, eu ri. “Eu vou, supere isso”.

“Você vai me dizer onde estes tacos são”. Ele se afastou e


apontou para mim.

“Mantenha essa atitude e você não vai saber nada!”

“Observe, jovem mocinha. Eu não sou contrário à laçar


você e manter você aqui, para que não possa ir”.

“Você vai me espancar se eu ficar atrevida?” No momento


que as palavras deixaram meus lábios, eu cobri minha boca em
choque.

Henry riu e balançou sua cabeça. “Aqueles livros estão


começando a ter influência sobre você. Eu gosto disso. Com
toda seriedade, estou feliz que você teve um bom momento
noite passada e foi capaz de se recuperar das calças rasgando”.

“Eu também. Obrigada, Henry”.

“Qualquer coisa para minha estrada de ladrilhos


vermelhos, castradora de leite masculino, garota das calças
rasgadas”.
Capítulo Dez
A gata dominada

“Você já sabe onde estão indo?” Henry me perguntou no


telefone.

“Não, Henry, eu não sei, e estou ocupada agora. Se eu


quiser ter esse encontro esta noite, eu tenho de terminar este
artigo”.

“É sobre o que?” ele perguntou casualmente, como se eu


não tivesse dito a ele que estou com o prazo corrido.

Dando uma respiração frustrada, respondi a ele, “É sobre


segredos que seus gatos querem que você saiba”.

Uma curta bufada veio de Henry. Eu não podia culpá-lo,


ler dentro da psique felina e tentar escrever um artigo bem
respeitado sobre isso era próximo do impossível.

“Me diz um segredo”.

“Bem, gatos não nos veem como uma espécie diferente;


eles nos veem como gatos maiores e inúteis”.

“Como se gatos não fossem inúteis eles mesmos”, Henry


zombou.

“Eles, é claro, pensam que são superiores e consideram


nós, humanos, inadequados no que diz respeito a habilidades
de gatos. É por isso que eles nos lambem com suas línguas de
lixa”.

“Deus, eu amo seu emprego”, Henry disse com diversão.

Alguém falou com ele no fundo, alguma coisa ininteligível,


mas eu sabia o que viria a seguir.

“Eu tenho de ir, amor. Me prometa que vai me dizer onde


vocês vão”.

“Sim, agora vá fazer seu trabalho profissional. Eu tenho


alguns pêlos de gatos para catar e trançar um tapete aqui”.

Dissemos nossos tchaus e desligamos. Conversar com


Henry no telefone durante o horário de trabalho sempre me
ajudava a reenergizar, especialmente quando eu sentia um
bloqueio de escritor chegando.

Para o artigo que eu estava escrevendo, eu tinha de


anotar quinze segredos, e até o momento, eu só tinha dez. Eu
tinha duas horas para escrever mais cinco antes de sair para o
meu encontro. Eu iria trabalhar até tarde, mas contanto que
tudo estivesse feito antes do meu encontro, isso não
importava.

Estava curiosa do porque eu não ter ouvido de Alejandro


ainda, o que me fez me perguntar se ele tinha outro encontro.
Eu ainda não tinha falado com Lance, o que me apavorava, por
que ele disse que iria me ligar, mas Henry me disse que ele
estava fazendo a tipica coisa que os caras fazem e esperando
alguns dias para me contatar. De acordo com Henry, ele estava
deixando rolar, visto que eu tinha rasgado minhas calças na
frente dele.

Devido a eu estar tão nervosa sobre o encontro ser


cancelado, decidi checar meu profile no site de encontros para
ver se ele me deixou uma mensagem. Noite passada, eu passei
uma porção de tempo selecionando entre todos os loucos que
haviam me mandado mensagem, Henry me olhando sobre os
ombros a cada vez que passava pelo caminho, naturalmente.

Seu raciocínio era que, como foi ele quem havia me


envolvido no website, então ele queria ter certeza de que eu
estava escolhendo caras respeitáveis para me levar a
encontros.

Havia um cara lá que prendeu meu olhar: seu nome era


Greg, e ele foi muito doce quando me mandou mensagem. Ele
falou sobre seu cachorro e como ele amava levá-lo para
caminhar no parque do outro lado da rua. Henry achou o cara
um otário, como ele o chamou, mas eu achei que ele era um
doce, então secretamente respondi de volta para ele noite
passada.

Se eu me sentia um pouco leviana mandando mensagens


para multíplos homens? Só um pouco, mas eu disse a mim
mesma que estava mantendo minhas opções abertas. Era
melhor ter opções, e para ser honesta, eu não tinha
compromisso com nenhum deles, e não era como se eu
estivesse dormindo com todos eles. Eu só tinha beijado um e
chutado o outro na virilha; difícilmente chamaria isso de estar
usando-os. Era mais como diminuir a população masculina, um
chute na virilha de cada vez.

Abri meu profile no site de encontros e vi quatro


mensagens no meu inbox. Como uma colegial boba, eu abri a
parte de mensagens do site e vi mensagens de Alejandro, Greg
e dois novos caras. Um estava em um idioma completamente
estranho, então eu deletei, e a outra mensagem era de um cara
chamado Kyle. O assunto estava entitulado, “Olá, Baby Boo”.

Eu bufei e abri a mensagem. O computador levou um


segundo para abrir a mensagem, mas quando abriu, o pênis
massiço de Kyle pulou na tela com um laço embrulhado ao
redor da base. Havia uma mensagem anexada.

Rosie,

Embrulhei um presente pra você. O que você acha? Este


pau poderia ser seu com um pequeno sim.

Kyle

“Eeeca!” gritei, bem quando Jenny entrou na minha sala.

“O que tá vendo ai?”

“Nada”, eu praticamente voei de minha cadeira, tentando


cobrir tudo que estava na tela. Eu não era muito bisbilhoteira
no que se referia a genitália masculina, mas recentemente eu
estava levando um segundo para estudar o membro fálico da
ocasião. Para pesquisa, é claro.

“Oh, você está olhando muito em alguma coisa”, Jenny


disse, vindo ao redor de minha mesa e mexendo minhas mãos.

“Puta merda, que diabos de pornografia você está


olhando? Aquele pau é grande!”

“Não é um site pornô, e você pode, por favor, abaixar sua


voz? Eu não quero Gladys vindo aqui com sua bengala me
bater na cabeça por ter um pênis em seu escritório”.

Gladys era nossa estimada líder na revista, mulher-gato


glorificada, e possivelmente lésbica, já que nenhum homem
trabalhava no escritório, e se nós até mesmo falássemos nas
espécies masculinas, ela ficava toda irritada ao nosso redor. Os
únicos homens permitidos no escritório eram os gatos, e Sir
Licks-a-lot era o chefe do bando.

“Bem, divida, qual é a do pênis?”

“Algum cara me enviou uma foto dele mesmo no site de


encontros. Claramente, eu não vou responder”.

“Por que não? Ele parece delicioso”.

“Jenny, tudo que você conseguiu ver é o pênis dele”.

“Exatamente, o que mais você precisa ver?”


“Você é impossível. Isso é um não para esse cara”, eu
disse, enquanto dava um ultimo olhar na pulsante espada de
carne. Eu deletei sua mensagem e me perguntei: todos os
pênis pareceriam tão veiosos de perto? Parecia como se seu
pau estivesse sento esticado até seu limite. Era assim
realmente que uma ereção era?

“Você está sentindo falta do pênis, não está?” ela


perguntou, confundindo meu pensamento com saudade.

“Não, aquela coisa foi demais”. Querendo mudar o


assunto, perguntei, “Há algo que você precise?”

“Não”, ela balançou sua cabeça. “Só queria ver como você
estava desde a situação do chute na virilha”.

“Estou bem. Eu na verdade fui a um encontro sábado a


noite e tenho um encontro está noite. Eu me sinto mal por
Atticus, mas eu posso entender por que ele não vai me ligar de
novo. Eu não vou jogar isso contra ele”.

“Ele teve um bom momento. Ele disse que iria ligar pra
você”, Jenny disse com um estremecimento.

“Ta tudo bem, Jenny, você não precisa mentir pra mim. Eu
sei que o garoto está se escondendo. Ele não quer nada
comigo”.

“Isto não é inteiramente verdade. Ele está fora da cidade


agora. Mas eu acho que ele planeja te ligar quando voltar”.

“Claro” - virei meus olhos e olhei de volta para meu


computador. Eu abri o e-mail de Greg e sorri para mim mesma
quando uma foto dele e seu cachorro pulou. Greg tinha cabelos
louros e olhos castanhos, e tinha um ‘quê’ de Bradley Cooper
nele. Ele era bastante atraente, e seu cachorro era algum tipo
de pastor alemão.

“Eu posso ver que você está ocupada, só queria ter


certeza de que você estava okay depois do que aconteceu
sexta à noite”.

“Obrigada, Jenny. Estou okay. Eu tenho um encontro está


noite que eu estava aguardando, então isso compensa pelo
meu pé desenfreado”.

“Você acabou aquele artigo?” Gladys coachou do corredor


enquanto passava com seu coxeado e seu cabelo
estranhamente cinza.

“Quase” falei de volta.

“Bom, tenha isso em minha mesa não depois das seis”.

Com uma tosse que quase soou como o limpar de uma


bola de pêlos na garganta, ela bateu de volta a sua sala,
segurando um gato ao seu lado, Mr. Wiggebottom.

“Essas são terriveis condições de trabalho”, Jenny


sussurrou para mim antes de me deixar, me fazendo rir.

Isso era verdade. Havia muitos gatos, Gladyz era uma


bola de canhão perdida, só carregando gatos ao redor do
escritório por seus pescoços. E então havia o bullying, o fato
que nós eramos todos torturados e abusados por Sir Licks-a-Lot
e sua dominação. A urgência em escrever meu livro se tornou
mais prevalente com cada dia passado. Eu me sentia
confortável com meu enredo. Seria uma estória new adult
sobre dois amigos de faculdade que se apaixonaram um pelo
outro depois da graduação, tipo o meu relacionamento com
Henry, menos a parte de se apaixonar.

Antes que eu fosse terminar meu artigo, dei um rápido


olhar na mensagem de Greg, e depois Alejandro.

Hey Rosie,

Aqui está Bear e eu na praia em Delaware. É lindo lá. Bear


ama correr pra cima a pra baixa da praia com seu frisbee
favorito na boca. Não é frequente ele correr livre, já que
moramos na cidade, mas quando nós temos espaço, eu deixo
ele correr livremente. Ele é sempre bom em vir de volta, então
não há necessidade para se preocupar.

Eu vi que você trabalha em uma revista de gatos. Isso


significa que você é uma pessoa-gato? Eu realmente espero
que não. Eu não odeio gatos, mas qual é, como você poderia
não amar mais um cachorro? Eles fariam qualquer coisa por
você.

Eu sei que é cedo, mas eu amaria te conhecer


pessoalmente. Você está livre sexta à noite? Se eu estou
abrupto demais, me avise. Nós podemos conversar mais sobre
as pequenas coisas até você estar confortável.

Espero que você esteja tendo um ótimo dia, Rosie.

Greg.

Deus, ele era tão fofo. Eu escrevi uma rápida mensagem


de volta, o deixando saber que eu estava livre na sexta. Podia
muito bem alinhavar um novo encontro, já que eu não tinha
falado com Lance, e Atticus estava fora de cena.

Depois de rapidamente enviar a mensagem para Greg, eu


cliquei sobre a mensagem de Alejandro, onde ele me deu as
direções de onde encontrá-lo. Nós tínhamos um encontro pras
seis, e se eu fosse fazer isso, eu tinha que terminar esse artigo.
Graças a deus eu trouxe uma troca de roupas, para o caso de
não ter tempo de voltar para o meu apartamento, que era o
que parecia que ia acontecer.

Eu passei a seguinte hora e meia escrevendo e


reescrevendo os últimos cinco segredos que um gato guarda de
você. O tempo inteiro eu me abstive de xingar e falar para
minhas paredes sobre que artigo estúpido aquele era, mas eu
me segurei e fui capaz de imprimir uma cópia e colocar na
mesa de Gladys, que estava adormecida no momento, com um
gato dormindo sobre seus largos peitos.

Eu saí nas pontas dos pés de sua sala e voltei para a


minha, onde catei minha sacola de roupas para mudar e entrei
no banheiro abaixo do hall de minha sala.

Delaney tinha ajudado a escolher uma roupa para mim.


Ela disse que Alejandro iria provavelmente querer me ver em
algo sexy e vermelho, então nós fomos com um par de
apertadas skinny jeans pretas, saltos altos pretos, e uma
regata vermelha que era decotada no peito.

Me trocando em tempo recorde, recolhi meus itens e me


chequei no espelho. Meu cabelo já estava ondulado, daí eu só
adicionei uma tiara preta e retoquei a maquiagem. Eu também
adicionei uma pitada de batom vermelho para combinar com a
camiseta. O look geral estava perfeito. Eu estava bem certa de
que Alejandro iria ficar impressionado. Agora eu só tinha que
cair fora do escritório sem pegar pêlos de gato sobre minhas
calças.

Eu agarrei meus itens e abri a porta do banheiro para sair,


mas parei em meu caminho quando notei Sir Licks-a-Lot com
sua gatinha dominada sentada atrás dele, me encarando.

Instantaneamente, eu fui transportada para West Side


Story, onde os Jets caminhavam pelas ruas e estralavam seus
dedos quando eles queriam assustar as pessoas pra longe.

Eu juro que vi Sir Licks-a-Lot erguer sua pata e começar a


estralhar enquanto me encarava, olhando o preto de minhas
calças.
“Nem mesmo pense sobre isso”, eu alertei. “Eu tenho um
encontro, e eu não posso ter pêlos de gatos sobre minhas
calças; eu não trouxe um rolo de tirar fiapos”.

Sir Licks-a-Lot ergueu sua pata para mim enquanto


soltava um medonho miado. Certeza de que ele me mostrou o
dedo do meio, antes de começar a caminhar em minha direção
com a gatinha dominada seguindo de perto atrás.

“Não”, o pânico aumentou quando as paredes do corredor


começaram a se aproximar. Eu estava realmente tão
aterrorizada por um gato? Considerando o olhar nos olhos de
Sir Licks-a-Lot, eu estava; eu estava mortalmente apavorada
do que o enlouquecido gato faria.

“Pssst”, comecei a dizer, chacoalhando minha sacola pra


frente e pra trás e caminhando pra frente. Eu repetidamente
disse a mim mesma para não mostrar fraqueza. Ele poderia
farejar fraqueza. “Pssst! Xô, cai fora daqui, seu demônio”.

“Miau, rarara”, Sir Licks-a-Lot respondeu, se agachando


pra baixo em uma postura de caça.

“Não!”, eu berrei como uma lunática e decolei correndo


para eles, tentando usar o elemento surpresa.

A gatinha dominada galopou pra longe, mas Sir Licks-a-


Lot manteve sua posição e saltou no ar, bem na minha virilha,
com suas garras pra fora. Com os melhores reflexos que eu
tinha, eu movi minha bolsa para minha frente, bem a tempo de
bloquear Sir Licks-a-Lot.

“Ha, boa tentativa, bastardo”, eu disse, enquanto


caminhava em direção a minha sala.

Não foi até que ele cravou suas garras em minha mão que
eu percebi que ele tinha se agarrado a minha sacola como um
pedaço de velcro e se segurado como se sua maldita vida
dependesse disso.

“Ack, sai”, eu gritei pra ele, enquanto balançava minha


bolsa, mas ele se segurava forte. Eu não tinha tempo para lutar
com a besta, então joguei a bolsa no chão com ele agarrado,
peguei minha bolsa em minha mesa, e corri para o lobby, onde
freneticamente pressionei o botão do elevador. Eu me virei para
minha sala e vi Sir Licks-a-Lot espreitar sua cabeça fora da
porta de entrada e me reconhecer. Como um predador, ele
começou a caminhar para mim com somente pensamentos de
disseminar montes e montes de pêlos de gato em minhas
calças.

“Qual é, qual é”, eu falei para o elevador enquanto ele se


arrastava para mais perto.

O mágico bing da porta do elevador soou e as portas


abriram. Rapidamente, eu entrei e comecei a pressionar o
botão do lobby tão rápido quanto possível. As portas
começaram a fechar e foi quando eu comecei a gritar para Sir
Licks-a-Lot.
“Ha, ha, seu merdinha, boa tentativa! Você e sua gatinha
dominada podem ir para o inferno”.

Bem quando as últimas palavras voaram de minha boca,


as portas do elevador fecharam e eu descansei contra a parede.

“Interessante ambiente de trabalho”, uma profunda voz


soou do outro lado do elevador, assustando cada pedacinho de
mim.

Meu corpo voou contra o lado, minha mão segurando meu


peito, onde meu coração estava batendo em um ritmo rápido.

“Oh, meu deus, eu não te vi ai”, eu disse para um homem


de cabelos escuros usando um terno e me olhando de um jeito
suspeito.

“Desculpa, eu imagino. Eu deveria te avisar na próxima


vez que você entrar em um elevador?”

“Não, desculpa, eu estava só distraída”.

“Pelo terrível gato? Eu posso ver a razão. Eu imagino que


você trabalha na Felinos Amigáveis”.

“Sim, infelizmente”, eu admiti e encolhi meus ombros.


“Isso paga as contas, mas às vezes, como está noite, eu me
pergunto se eu não estaria melhor sendo uma garçonete. Eu
não iria ter de lidar com gatos possuídos pelo demônio”.

“Sim, mas você não seria capaz de encontrar homens


estranhos no elevador como eu”, ele sorriu um brilhante sorriso
branco.
“Isso é uma cantada?” perguntei- levemente confusa.

“Foi tão ruim?” ele franziu o cenho.

“Não, eu acho que eu posso ser obtusa”, eu ri.

Ele ofereceu sua mão e disse - “Phillip”.

“Rosie”, eu respondi, balançando sua mão forte e muito


grande.

“Que nome bonito, Rosie. Como pode eu nunca ter


encontrado você no elevador antes?”

“Eu normalmente não trabalho até tão tarde, mas eu tinha


um prazo corrido e procrastinei muito hoje. Então, aqui estou
deixando o escritório tarde”.

“Faz sentido. Porque você estava fugindo daquele gato?


Você parecia levemente louca, gritando para ele através da
abertura das portas do elevador”.

Rindo, eu respondi, “Eu não quero ter pêlos de gato por


toda minha calça preta. Eu esqueci meu rolo adesivo”.

Normalmente, eu cairia morta de conversar com um cara


em um elevador, só por que eu tenho sido extremamente
tímida minha vida inteira quando se trata do sexo oposto, mas
com meu novo objetivo de vida, eu estava me sentindo mais
confiante. Portanto, eu fui capaz de continuar uma conversa
sem suar uma piscina para os gatos de o escritório nadar
dentro.
Concordando, ele olhou minhas calças, e depois minha
roupa inteira. Sua leitura enviou uma onda de calor através de
meu corpo. Ele não era muito sutil.

“Não desejaria arruinar estas calças”.

O que eu deveria dizer daquilo? Ao invés de chegar com


alguma coisa inteligente para dizer, eu ri como uma idiota e
esperei as portas abrirem.

Uma vez que as portas abriram, eu olhei para Phillip, sorri


cordialmente, e depois sai para o metrô.

Eu ouvi seus passos seguindo atrás de mim, me fazendo


suar instantaneamente. Eu não gosto que pessoas que mal
conheço me sigam. Visões dele me puxando para um beco
escuro e me estuprando cruzaram por minha mente. Eu fui
alcançar meu telefone quando percebi que o havia deixado na
minha sala.

“Hey” Phillip me chamou atrás de mim.

“Por favor, não me roube”, eu disse, me encolhendo e


colocando minhas mãos pra cima.

“O quê?” ele parou em seu caminho.

Eu espiei através de minhas mãos e notei que ele estava


segurando um pedaço de papel que oferecia em minha direção.

“Você, uh, derrubou isso”.

Me sentindo como uma completa idiota, eu peguei o papel


e me desculpei. “Eu sinto muito. Eu só... eu tenho uma
imaginação hiperativa”.

“Então, você pensou que eu estava indo te roubar?


Pessoas roubam adultos crescidos?”

“Talvez?” perguntei.

Um pequeno sorriso se extendeu por seu rosto antes de


ele dizer, “Bem, eu vou manter um olho aberto para uma coisa
dessas. Tenha um bom tempo no Manny's. Eles têm os
melhores tacos”.

“Obrigada”, eu disse, quando olhei de relance para o


papel. “Alguma sugestão de taco?”

“Eu sou um homem de verdade e vou com os tacos de


carne, mas eu ouvi que os tacos de peixe deles são bons
também. Tome cuidado com as margaritas, apesar. Elas são
boas, mas podem te bater em sua bunda”.

“Peguei isso, obrigada, Phillip, e desculpas por eu ser tipo


uma louca”.

“Você não é uma louca, Rosie. Você é o oposto. Espero te


ver por ai”.

Ele gesticulou um pequeno tchau e saiu para o meio fio e


chamou um taxi. Ele se movia com muita confiança, era difícil
não observá-lo. Por alguma razão, eu quase desejei que fosse
com Phillip que eu estivesse indo comer tacos, por que ele
parecia ser uma boa companhia, e mais, ele era muito
atraente. Eu poderia me ver gostando dele.

Afastando meus pensamentos, eu segui as direções para o


Manny's. Não era muito longe, foi uma corrida rápida e alguns
quarteirões de caminhada. Eu cheguei bem na hora.

O restaurante era bem peculiar. Tinha algumas luzes


cintilantes do lado de fora e o interior era vibrante com laranja,
amarelo, e vermelho decorando as paredes. Havia um bar, onde
as infames margaritas eram feitas, que era alinhado contra um
lado da parede, e havia tiras de luzes penduradas no teto,
lineando de parede a parede, provendo um ambiente adorável.

Na mensagem de Alejandro, ele disse que iria estar


usando um sweater preto, então eu procurei ao redor pelo
homem que eu me lembrava da foto do profile vestindo um
sweater preto.

“Olá, Rosie”, uma profunda voz com forte sotaque veio de


trás de mim. Eu me virei para ver Alejandro parado atrás de
mim, segurando uma única rosa e usando um sweater preto. A
gola V de seu sweater mostrava alguns pêlos no peito, mas
nada que fosse muito distrativo, e seus cabelos estavam
ajeitados para trás, me dando uma ótima visão de seus olhos
castanhos. Ele era um sonho espanhol.

“Alejandro?” perguntei, engasgando. Este homem quase


parecia exótico demais para mim, com seu intoxicante pós-
barba, profunda voz sensual, e suave apelo.
“Sim, querida. Não me reconhece?”

“Eu lembro. Eu só não estava esperando que sua voz


fosse ser tão sexy”.

Oh meu deus, eu disse aquilo?

Um sorriso devastador cruzou seu rosto com meu elogio.

“Vem”, ele solicitou quando segurou meu braço e me


guiou para a mesa de trás, onde havia abundante privacidade.
Seu toque quente me arrepiou quando ele me guiou. Sua mão
forte segurou firmemente, não aplicando pressão demais, só o
bastante para me deixar saber que ele estava tomando o
controle.

“Aqui, querida, me deixe puxar essa cadeira para você”.

Como um cavalheiro, Alejandro puxou a cadeira para mim


e me ajudou a sentar. Uma vez que ele estava satisfeito comigo
sentada, tomou seu próprio assento do outro lado. Minhas
costas davam para frente do restaurante, então eu só podia
focar nele. Eu me perguntava se ele fez isso de propósito.

“Estou tão honrado que você decidiu vir jantar comigo”.

“Obrigada por me chamar. Este lugar é chamoso”,


adicionei, enquanto olhava ao redor.

“Manny's é meu restaurante favorito”.

Uma garçonete muito bonita veio até nós para pegar


nosso pedido. Seu cabelo era preto e arrumado em uma longa
trança francesa com uma flor atrás de sua orelha. Ela era linda,
e quando eu virei para ver como Alejandro estava reagindo a
ela, fiquei surpresa em ver que seus olhos estavam presos nos
meus.

“Posso trazer a vocês dois algo para beber?”

“Duas margaritas com gelo e sal, por favor”, Alejandro


pediu sem tirar seus olhos de mim.

Uma vez que a garçonete saiu, ele me perguntou, “Eu


espero que você goste de margaritas”.

“Eu gosto”, admiti, um pouco desconfiada sobre o pedido,


já que Phillip me disse que elas batiam tão forte. Eu jurei para
mim mesma que só tomaria uma. Eu queria experiência em
minha vida, mas não a experiência de estar bebada com um
estranho.

“Se importa se eu pedir os tacos para nós também?”

“De jeito nenhum, você é o expert”.

A garçonete retornou em um ritmo rápido com nossas


margaritas, e eu ouvi quando Alejandro pediu os tacos em
espanhol. O jeito que as palavras rolaram fora de sua língua,
me fizeram apoiar sobre minha mão e só encarar o moreno e
exótico homem.

Quando a garçonete saiu, Alejandro se virou para mim e


disse, “Me diga, Rosie, por que uma senorita tão linda como
você esta em um site de encontros? Eu aposto que milhões de
homens estão em fila para sair com você”.

Adulação, eu reconhecia isso quando ouvia, e maldição se


eu não ficava caída com isso toda vez.

“É difícil encontrar caras em New York”, eu menti. Eu não


queria que ele soubesse que uma semana atrás eu era uma
ermitã vivendo em meu quarto e sonhando acordada com o
toque de um homem ao invés de experienciar isso.

“Si, isso é verdade, não? A cena dos encontros é uma


dificuldade. Eu, particularmente, acho difícil encontrar uma
mulher genuína, uma mulher real como você, Rosie. Agora, me
diga sobre estes gatitos”.

“Gatitos?” eu perguntei, tentando entender seu mix de


inglês e espanhol.

“Você sabe, gatito. É, qual a palavra, estou tendo um


branco. Você sabe, miau”, ele disse em uma voz fofa, me
fazendo rir.

“Oh, gatos”.

“Si, gatos. A palavra me escapou. Me diga sobre os


gatos”.

“Nada realmente a dizer sobre eles. Eles são irritantes e


ocupam minha vida inteira de trabalho. Eu evitei pêlos de gatos
me confrontando com o líder do bando bem antes de chegar
aqui. Ele estava tentando fazer uma bagunça em minhas
calças, mas eu o venci pela esperteza”.
“Parece que você não gosta desses gatos”, ele riu.

“Não, eles não são meus favoritos, mas alguns deles são
legais”.

“Então, há gatos em seu escritório?”

Não era a mais romântica conversa que eu já tive, mas eu


dei alguns goles em minha margarita e prossegui.

“Sim, há muitos. Nossa chefe, Gladys, acha que é


necessário viver em um ambiente de gatos quando escrevemos
sobre eles”.

“Isso deve... cheirar às vezes”, ele riu.

“Oh, há uma sala inteira para eles fazerem seus negócios.


Eu fico o mais longe possível. A pobre estagiária tem de lidar
com isso”.

“Estagiária?”

“Sim, umm, eles são normalmente estudantes na


faculdade que voluntariam seus tempos para ter experiência de
trabalho. Alguma coisa boa para colocar no curriculum”.

“Ah, entendo. Então catar coco é bom para o curriculum”,


ele provocou, me fazendo rir.

“Às vezes você tem que pegar o que pode”.

“Estou feliz que eu não sou um estagiário então”.

Sugando em meu canudo, eu retirei e disse, “Então o que


você faz, Alejandro?” eu sabia o que ele fazia, na verdade.
“Eu sou um artista. Meu apartamento loft esta, na
verdade, bem em torno da esquina. Se você estiver confortável
comigo mais tarde, eu posso te mostrar algumas peças”.

Estranho ou não, eu estava bastante confortável com ele,


mesmo que ele pudesse ser abrupto às vezes.

“Isso soa maravilhoso. Que estética você trabalha


principalmente?”

“Oleos, só oleos. Eu procuro misturar as cores e trabalhar


com cores mais espessas, dá mais movimento na tela”.

“Estou certa de que sua arte é um sonho”.

Sonho? Eu baixei o olhar para meu drink e notei que eu


estava quase terminando isso. Phillip estava certo, elas eram
boas, mas eu já podia sentir isso se furtando sobre mim. Hora
de maneirar.

“Eu nunca tinha ouvido que era de sonho, mas eu tenho


uma galeria no Soho”.

“Você tem? Wow, você deve ser muito bom”.

“Eu faço o melhor que posso”, ele disse, sendo modesto,


obviamente, se ele tinha uma galeria no Soho.

“Então, de onde você é? Você claramente não é um


novayorkino nativo com esse lindo sotaque?”, eu disse, e ele
sorriu para mim, pegando minha mão e entrelaçando nossos
dedos.
“Espanha é de onde eu originalmente sou. Meu pai não
estava tão orgulhoso de minhas habilidades artísticas, então
quando eu tinha dezesseis, decidi fazer uma vida por mim
mesmo onde eu não teria meu pai olhando baixo para mim. Eu
fui capaz de me mudar para America, ganhar minha cidadania,
e me prover por mim mesmo. Eu sou bastante orgulhoso
disso”.

“Como deve ser”. Eu queria aplaudi-lo, mas pensei que


isso poderia ser demais. E mais, nossas mãos estavam
linkadas, e eu estava curtindo os leves círculos que ele estava
fazendo nas costas de minha mão.

“Aqui estamos”, a garçonete disse quando baixou dois


pratos de tacos.

Apoiados sobre três pequenas tortilhas de milhos estavam


tacos de peixe com molho cremoso, salada de repolho e lima.
Para o lado estava uma pequena tortilha enrolada com feijões.
Aquilo era comida fresca mexicana, algo que eu curtia
imensamente.

“Isto parece incrível”.

“Sim, querida. Este vai ser o melhor taco que vai agraciar
essa sua bonita boca. Você quer que eu te mostre como comê-
los, sim?”

“Por favor”, eu gesticulei para ele continuar.

Tristemente, ele liberou minha mão e pegou a lima de seu


prato. Eu observei suas mãos fortes espremer o suco de lima
sobre seus tacos, e depois com uma enrolada rápida, ele
levantou o taco e deu uma mordida.

“Simples”.

“Eu acho que sim”.

Assim como Alejandro, eu segurei minha lima, espremi o


suco sobre meus tacos e dei uma mordida. O acído da lima
acertou minha língua primeiro seguida, pelo tempero e o sabor
fresco do peixe. Comida-gasmo me bateu na cabeça enquanto
eu sentia meus olhos juntos de prazer, e um leve gemido
escapou de minha boca.

“Eles são incríveis”, eu admiti, uma vez que engoli.

“Assistir você comê-los é mesmo melhor”, ele respondeu


com pálpebras pesadas.

Oh, eu estava em problemas.

O resto de nosso jantar, nós comemos nossos tacos,


falamos levemente sobre nossas vidas em New York City, e
roubamos olhares um do outro a cada chance que tivemos.
Delaney estava certa, Alejandro era um ótimo encontro. Só
pelo jeito que ele me olhava, eu podia sentir Virginia vibrando
em consentimento e meus peitos gritando: ‘Sim, por favor’.

Alejandro pagou nossa conta, não se incomodando em


aceitar minha oferta de dividir. Ele levantou de sua cadeira e
me ofereceu sua mão.
“Você gostaria de ver algumas das minhas artes,
querida?”

“Eu amaria isso”, eu disse, quando levantei e me senti


meio cambaleante. Depois de uma margarita, eu estava
sentindo isso com certeza.

Com sua mão apoiando meu cotovelo, ele me guiou para


fora do restaurante, em torno da esquina, e subindo um
conjunto de escadas. Ele não estava brincando, ele morava
próximo.

Eu aguardei enquanto ele destrancava a porta e me


guiava para o segundo andar, onde uma grande porta de correr
de metal estava trancada. Uma vez ali, ele destrancou, moveu
a porta para o lado, ligou algumas luzes, e me guiou para
dentro.

Cor invadia meus sentidos enquanto eu assimilava fotos


depois de fotos de mulheres coloridas, mas muito nuas.

Oh meu deus.
Capítulo Onze
O rabo do esquilo

“Você gosta de minha arte?” Alejandro perguntou,


enquanto me guiava para dentro de seu apartamento.

Grandes mamilos, pequenos mamilos, mamilos


quadrados, mamilos abstratos, vaginas com pêlos, vaginas
completamente carecas, vaginas escancaradas, vaginas com
dedos nelas...

“Wow”, eu disse, assimilando a vasta quantidade de


mulheres nuas agraciando cada centímetro de suas paredes.
“Eu não sabia que uma vagina podia ser verde”.

Ele riu perto de minha orelha e sussurrou em uma


profunda, voz rouca, “Isso é arte, querida. Uma vagina pode
ser de qualquer cor que você quiser que seja”.

Acenando, eu me dirigi para algumas de suas menores


pinturas para dar uma olhada melhor.

“Você só pinta mulheres nuas?”

“Não, eu faço auto-retratos também”.

“Você faz?” eu perguntei - interessada e embriagada. Eu


conseguia me sentir balançando pra trás e pra frente.
“Sim, você gostaria de ver?”

“Por favor, eu amaria ver como você se captura”.

“Por aqui, querida”, ele me guiou para trás do loft, onde


havia uma massiça cama no meio da sala com as mais macias
roupas de cama que eu já tinha visto.

“Wow, sua cama parece confortável. Posso pular nela?”

Eu ouvi a mim mesma dizer isso, mas ainda, eu não me


importava que eu soasse como uma adolescente.

“Você pode fazer qualquer coisa que você quiser em


minha cama”.

Eu ouvi a insinuação em sua voz, mas escolhi ignorar


enquanto tirava meus sapatos e saltava sobre sua cama.

Instantaneamente, eu fui sugada pra dentro do


confinamento macio de seus cobertores.

“Oh, eu não posso pular sobre isto, é tão inacreditável.


Que tipo de cobertores são estes? Plumas de ganso?”

“Não tenho certeza. Eu posso olhar e ver se você quiser”.

“Não, eu quero ver seus auto-retratos”.

Sim, a margarita estava fazendo seu efeito. Eu disse a


mim mesma para ficar de boa, mas meu cérebro estava me
dando o dedo do meio e fazendo qualquer coisa que quisesse.

Alejandro se dirigiu para uma cômoda e a abriu com um


click. Suas costas fluiam com seus movimentos, e eu fiquei
instantaneamente atenta ao fato que eu estava em um
pequeno loft com um extremamente atraente homem e deitada
sobre sua cama. Isso era o mais longe que eu estive com um
homem em todos os meus anos de virgem.

“Querida, você está olhando?” ele perguntou, me


encarando.

Eu percebi que eu tinha viajado pra fora, então balancei


minha cabeça clara e focada na pintura que Alejandro estava
segurando. O lado pintado estava virado para ele, pronto para
ser revelado.

“Sim”, eu disse, sentando sobre meus joelhos e colocando


minhas mãos sobre minhas coxas.

Com um gentil olhar em seu rosto, ele virou a pintura e


revelou seu auto-retrato.

Levou um segundo para meus olhos ajustarem, por que


eu estava esperando ver uma pintura de seu rosto, com seus
cabelos negros alisados e talvez uma camisa com alguns botões
abertos. Ao invés disso, eu estava encarando, em tamanho de
dois palmos, o que eu presumi que fosse um auto-retrato de
seu pênis.

“Oh meu deus”, eu estudei. “Um, é em tamanho real?”

Rindo, ele balançou sua cabeça, “Não, isso seria demais,


querida, mas eu apreciei sua confiança em mim”.

O retrato era interessante. O fundo era um redemoinho de


cores, mas a parte do pênis era mais definitivamente um pênis,
com uma cabeça, algumas veias, e uma dupla de bolas que
descansam próximo a um par de pernas. Aquilo era erótico,
com certeza, e depois do choque inicial, eu estava meio que
escavando as cores.

“Você tem um ótimo olho para cores”, enalteci.

“Obrigado, eu vou te mostrar mais”.

Ele voltou para a cômoda e começou a tirar mais pinturas,


todas de seu pênis ereto. Quando eu examinei cada uma e
todas elas, pensei para mim mesma: como poderia alguém
pintar tantas pinturas do próprio pênis?

As pinturas eram boas, mas ele deve pensar muito de si


mesmo para ter tantas pinturas de seu pau.

Ficando mais e mais curiosa, eu percebi que eu tinha que


ver este pênis; eu tinha de ver como era.

“Como você faz os auto-retratos?” perguntei, curiosa.

“O que você quer dizer, bonita?”

“Eu quero dizer, você ummm, senta lá com uma ereção e


pinta?”

“O que, sim. É estranho pra você?”

É estranho estar sentado em um quarto com um pênis


ereto e pintando enquanto olha pra baixo, uh sim... isso era
estranho.
“Não”, menti. “Só me perguntando sobre o processo”.

“Tô vendo. Eu normalmente sento pelado, e penso em


uma bonita señorita, como você, Rosie, e levemente me
acaricio até sentir que estou completamente ereto. É aí que eu
tiro meu pincel e começo a pintar”.

Isso podia explicar todos os ângulos das pinturas: elas


eram todas do ângulo de cima.

“Interessante”, eu disse, enquanto encarava sua virilha.

“Eu vejo o jeito que você me encara querida. Você quer


ver a musa de meus auto-retratos?”

Que coisa bizarra de dizer a uma mulher, especialmente


quando você está falando sobre um pênis, mas eu me vi
concordando com minha cabeça. Sim, aquela margarita pelo
jeito tinha muita tequila.

Atendendo ao meu pedido, Alejandro escalou a cama e se


apoiou contra os travesseiros e a cabeceira.

Com precisão, ele começou a soltar seus jeans, e eu


observei com fascinação enquanto ele os puxava para baixo
ligeiramente, permitindo só a cabeça de seu pau sobressair do
confinamento de suas calças.

Puta merda, eu estava olhando um pinto real ao vivo. Um


pau!

Eu me aproximei um pouco mais perto, curiosa para ver


se isso realmente parecia emborrachado como nas pinturas, ou
se tinha uma textura diferente na vida real.

“Seus olhos estão me deixando duro, Rosie. O jeito que


você olha para mim, eu nunca tive uma mulher olhando para
mim deste jeito antes”.

Concordei com a cabeça, querendo ver mais.

Suas mãos foram para o cós de suas cuecas e jeans, e em


um movimento suave, ele puxou suas calças pra baixo
completamente, permitindo seu pênis saltar livremente.

Eu estava quase para me mover para mais perto, até eu


pegar um vislumbre em tudo que estava assentado entre suas
pernas.

Eu relanceei de volta para o retrato e depois de volta para


a vida real. Dizer que suas pinturas não retratavam seu modelo
era um eufemismo, por que assentado bem em frente de mim
estava um comprido pênis ereto, exibido sobre um selvagem
conjunto de bolas cobertas de pelos encaracolados. Parecia
como se Chewbacca estivesse me encarando, piscando e
gemendo seus loucos sons.

Henry me alertou de tal coisa, que homens não


necessariamente pensam que têm de depilar, e rapaz, ele
estava certo. Alejandro nem mesmo sabia o que uma gilette
era, de acordo com seus pêlos pubianos, que eu poderia
começar trançando.

“Legal, né?” ele perguntou.


“Sim”, concordei, sentindo que mesmo apesar de haver
uma plantação de pêlos em suas bolas, eu ainda estava
interessada no que ele iria fazer.

“Você pode tocar”.

Há momentos em sua vida em que você deseja que


pudesse ter uma experiência extra-corporea, para ver tudo que
estivesse fazendo de cima. Este era um desses momentos. Eu
estava levemente bêbada, graças à margarita, mas eu sabia
que o que estava acontecendo era estranho, não normal, não
alguma coisa que eu li em um de meus romances.

Normalmente, quando o homem e a mulher começavam a


ter um encontro sexual, era mais romântico, mais suave, mais
quente e pesado, mas este parecia como se eu estivesse
conduzindo um experimento científico.

Indo no fluxo, eu escarranchei suas pernas e me inclinei à


frente, para que pudesse inspecionar seu pênis um pouco mais
de perto.

Eu estava bêbada. Se ele achasse que o que eu estava


fazendo era esquisito, então eu iria culpar o alcool, mas do jeito
que ele manipulou a si mesmo e continuou a crescer, eu
poderia ver que ele não se importava com o que eu estava
fazendo.

“Rosie, o jeito que você me olha, é demais... e o seu


decote, é apenas espetacular”.
Eu olhei pra baixo e vi que estava dando a ele uma ótima
vista das meninas, e francamente, eu não liguei.

Abaixei minha cabeça mais baixa e próxima e


surpreendentemente, abri minha boca e lambi a lateral de seu
pênis, mas errei e lambi o lado de sua perna. Maldita
margarita.

Seu peito levantou só com uma lambida. O que me


possuiu para fazer isso, eu nunca saberei, mas eu gostei do
jeito que ele reagiu, então o lambi de novo, mas na outra
perna, como se eu estivesse tentando lamber um cone de
sorvete.

“Oh bonita, você me provoca”.

Eu estava provocando ele? Eu não estava muito certa.


Pensei sobre levá-lo em minha boca, mas sua mão estava ainda
enrolada ao redor de seu pau, principalmente na cabeça, então
eu decidi trabalhar na base de seu pênis, mas estava parada
por sua mão que estava agora bombeando forte. Eu botei
minha língua pra fora de novo e lambi sua perna uma vez mais,
desde que era meu ponto de lambida a seguir, mas desta vez,
ele gemeu alto e ficou mais confortável na cama.

Bem, qualquer coisa, eu estava boa em lamber pernas,


algo para colocar no velho resumo sexual.

Rosie Bloom - ainda tinha um hímen intacto, mas pode


lamber a perna de um homem como se fosse seu trabalho.
Energia me preencheu e um novo senso de propósito
correu por minha mente quando eu olhei sua ''musa'' inteira.
Eu ia fazer isso, eu ia me rebaixar e sujar. A partir de como sua
vara estava ocupada, decidi que eu iria lamber suas bolas.

Enfiei minha cabeça mais a frente, olhei a torta de pêlos


me encarando nos olhos e prendi minha língua pra fora uma
vez mais. Minha língua correu através dos grossos pêlos
espessos, e tentei encontrar seu saco de nozes verdadeiro, mas
estava tendo um momento difícil com a intrincada bagunça que
minha língua estava tentando penetrar.

“Sim, sim, bonita. Lamba minhas bolas”.

“Tô tntanu”, eu disse com a boca cheia de guspe. Saliva


escorreu de minha língua em seus pêlos pubianos, tornando a
textura daquilo muito pior para eu experimentar.

Lamber bolas era tão desagradável quanto parecia; eu


aprendi isso realmente rápido. Anotado.

Puxei minha língua de volta para tentar de novo – nunca


ser uma desistente – e foi quando eu senti um pêlo em minha
língua. Saber que um dos pêlos do saco de Alejadro estava
assentado sobre minha língua me fez enjoar em segundos. Mas
Alejandro não percebeu, e colocou sua mão sobre minha
cabeça e me empurrou pra baixo de volta.

“Lambe minhas bolas, bonita. Não me provoca”.

Tossindo e tentando alcançar o pêlo que estava


lentamente viajando para trás de minha garganta, eu
pressionei minha língua pra fora de novo e tentei cavar no rabo
de esquilo que estava cobrindo suas bolas. A combinação de
pêlo no fundo de minha garganta, e a textura molhada dos
pêlos de suas bolas fizeram isso por mim, e eu estava acabada.

Eu tentei afastar, mas ele não me deixava subir. Suor


cobriu minha pele em questão de segundos enquanto eu
enjoava sobre as cerejas cobertas de pêlos do cara com quem
eu estava saindo.

“Eu vou vomitar”, murmurei, quando minha língua colidiu


de novo com seu arbusto.

“Sim, vocaliza neles”, Alejandro disse, enquanto ele


empurrava minha cabeça pra baixo de volta.

Meu estômago se revoltou, a margarita rugiu como uma


vingança, e em questão de segundos, minha barriga
convulsionou e eu me vi gorfando sobre a genitália do meu
encontro enquanto um grito de horror saia de sua boca.

Eu assisti como os tacos que uma vez pensei que eram


deliciosos agora assentavam sobre a uma vez linda roupa de
cama, misturada nos brócolis do colo de Alejandro.

“O que tem de errado com você?” Alejandro gritou


enquanto disparava pelo loft, calças ao redor de seus
tornozelos, pênis voando ao redor e bolas balançando embaixo.

Eu não tinha de responder; eu não precisava responder. O


que eu precisava era cair fora do apartamento dele... e rápido.
Sem olhar pra trás, eu agarrei minha bolsa, arrastei meus
sapatos e sai pela porta da frente.

Saindo como um furacão, eu não vi o auto-retrato de seu


pênis deitado no chão, então no meio de minha corrida, e
acrescentando mais dor a injúria eu acidentalmente bati meu
pé sobre uma de suas pequenas pinturas, arrastando-a comigo
todo o caminho escadas abaixo do loft e rua afora.

Não foi até eu pegar um taxi, dizer a ele meu endereço e


levar um segundo para me recompor que eu puxei a pintura de
meu pé e coloquei para o lado. Minha cabeça descansou contra
a janela do taxi enquanto as luzes de New York passavam por
mim.

Eu não pensei sobre o que aconteceu: como eu vomitei


nas partes privadas do meu encontro, como eu tive um pêlo
púbico preso atrás de minha garganta, ou como eu arruinei
outra chance de estar com um cara.

A corrida para o meu apartamento foi mais longa que o


normal, graças ao trânsito, mas uma vez que eu cheguei, eu
paguei o taxista, catei a pintura do pênis, e me dirigi ao meu
apartamento com um coração pesado e um estômago leve.

O apartamento estava escuro, então eu fui direto pro meu


quarto, entendendo que estava bem tarde. Nós devemos ter
passado uma boa quantidade de tempo no restaurante, por isso
estava tão tarde já.
Outrora embriagada, eu estava sóbria agora, graças a
sessão de vômito, e pronta para engatinhar na cama.

Apertei o interruptor e estive perto de gritar minha vida


pra fora quando vi Henry sentando em minha cama com um
olhar soturno em seu rosto.

“Henry, que diabos você está fazendo sentado aqui no


escuro?”

Seus olhos me perfuraram quando ele olhou para cima, e


pela primeira vez desde que eu o conhecia, vi que ele estava
bravo comigo.

“Porque você não me falou aonde ia?”

Merda, eu esqueci meu telefone no trabalho e não mandei


mensagem pra ele por que eu estava tal qual um furacão para
cair fora do escritório.

“Eu sinto muito, Henry. Eu esqueci meu telefone no


trabalho”.

“Você sabe quão preocupado eu estava? Aquele cara


poderia ter feito alguma coisa com você! Eu não tinha como te
proteger, Rosie. Sem poder ficar de olho em você”.

“Henry, eu sou uma mulher crescida; eu posso cuidar de


mim mesma”.

“Este não é o ponto”, ele falou severamente e levantou


enquanto corria suas mãos por seus cabelos. “Eu quero ter
certeza de que você está okay, que ninguém está tirando
vantagem de você”.

“Não precisa se preocupar com isso”, eu disse, enquanto


atirava minha bolsa e a pintura no chão e ia para minha
penteadeira pegar meu pijama.

“Onde você está indo?” Henry perguntou, andando atrás


de mim.

“Para o banheiro, me trocar e lavar meu rosto. Se


importa? Ou eu preciso pedir permissão primeiro?”

Ele parou sua perseguição e perguntou, “Qual é o


problema?”

“Você, só me deixe em paz, Henry”.

Eu caminhei para o banheiro e bati a porta, me


certificando de trancá-la, por que, conhecendo Henry, ele se
permitiria entrar.

Tomando meu tempo, eu lavei meu rosto, escovei meus


dentes, fui para o banheiro, e me troquei em um par de shorts
curtos e uma camisetona com uma bandeira americana na
frente, todo o tempo tendo minha sessão de vômito em replay
em minha cabeça. Quando enxuguei meu rosto, pensei quão
impossível minha sorte era. Aquilo realmente tinha acontecido
comigo esta noite?

Tinha, e honestamente, isso não era inteiramente minha


culpa. Não era eu que estava forçando minha cabeça em suas
nozes. Ele estava me forçando; eu dei a ele um alarme cordial,
mas ele não me deixou levantar. Talvez tenha sido uma boa
coisa eu vomitar nele, talvez tenha sido o jeito de meu corpo
reagir a sua pressão.

Eu apliquei loção em meu rosto e comecei a rir do olhar


de retirada que dei em Alejandro... seu pênis balançando ao
redor enquanto ele corria para o banheiro para se limpar. Isso
era, na verdade, ligeiramente cômico. Se eu não estivesse tão
envergonhada, estaria dando gargalhadas de doer a barriga
agora mesmo.

Satisfeita com o meu ritual noturno, sai do banheiro e


entrei em meu quarto, esperando ver Henry me aguardando.
Mas meu quarto estava vazio exceto por um pequeno livro que
estava em minha mesa de cabeceira. Eu fui dar uma olhada
nele e vi que era um livro sobre sexo, um pequeno guia sobre
relações sexuais. Eu abri, e vi dentro um recado de Henry.

Amor,

Pensei que isso poderia te ajudar com sua pesquisa. Se


você tiver perguntas, não tenha medo de perguntar.

Amo você,

Henry

Culpa lavou sobre mim. Henry podia ser um pouco


preocupado demais às vezes, mas ele tinha boas intenções.
Dando uma profunda respiração, soquei meu orgulho
teimoso, sai de meu quarto e entrei no de Henry, onde suas
luzes estavam desligadas e suas costas estavam me encarando
em sua cama.

“Henry?” perguntei enquanto andava para frente. “Henry,


eu sinto muito. Eu tive uma noite ruim, e descontei em você”.
Sem uma palavra, Henry virou sobre sua cama e levantou as
cobertas, me convidando a entrar. Eu segui o processo e me
aconcheguei contra seu peito nú, algo que não era estranho
para mim. Durante a faculdade, às vezes eu ia para sua cama
me aconchegar quando estava me sentindo solitária ou tendo
um dia ruim. Ele afagava meus cabelos e falava comigo
calmamente até eu cair no sono; ele não falharia com o mesmo
tratamento comigo esta noite.

“O que aconteceu?” ele perguntou, sua voz agora leve, ao


contrário de brava.

“Eu nem mesmo sei se posso dizer a você; isso é tão


humilhante”.

“Não pode ser tão ruim; eu ouvi você rindo no banheiro”.

“Você ouviu aquilo?”

“Sim”, ele disse, beijando o topo de minha cabeça. “Eu


estava indo checar você e ouvi você rindo, daí pensei que você
estava indo bem”.

“Não realmente bem, só pensando quão ridiculamente


insana minha noite foi”.

“Isto tem alguma coisa a ver com aquela pintura nua de


um pênis que você tem no seu quarto?”

“Oh deus, eu esqueci isso”, disse, cobrindo meu rosto.


“Sim, isso tem tudo a ver com aquilo”.

“Eu entendi que Alejandro não era o homem que você


estava esperando ser?”

“Ele era no começo. Nós tivemos um bom jantar, e ele não


estava mentindo quando disse que aqueles tacos eram
incríveis. As margaritas deles eram mesmo melhores ainda”.

“Você bebeu? Você ficou bêbada?”

Sua mão penteou meus cabelos, me ajudando a relaxar


em seu peito.

“Sim, eu só tomei uma, mas era realmente forte. Quero


dizer, realmente forte. Próxima coisa que eu sei, eu estava em
seu loft, olhando sua arte, que era toda de mulheres nuas em
todos os diferentes tamanhos e formas. Eu vi tantas variações
diferentes de mamilos que eu sinto como se tivesse uma
fixação por mamilos agora - eu preciso ver todos os mamilos e
estudá-los”.

“Como são comparados aos meus mamilos?” Henry


brincou, soprando seu peito.

“Bem, eles não são verdes”.


“Você disse mamilos verdes?”

“Sim, e vaginas verdes, mas isso é além do ponto. Então,


ele diz para mim, 'Você quer ver meu auto-retrato?”

Eu usei o melhor sotaque espanhol que eu tinha, fazendo


Henry rir. “Então, é claro, sendo a pessoa educada que eu sou,
eu disse sim. Mas, Henry, aqueles não eram auto-retratos”.

“O que eles eram?” Henry perguntou, curioso.

“Eram retratos... do pênis dele”.

Uma profunda risada veio de Henry, e minha mão, que


estava descansando sobre sua barriga, sentiu o fluxo da
gargalhada pra cima e pra baixo em seu corpo.

“Como assim, ele tinha retratos de seu pênis? É isso que


aquela pintura é?”

“Sim, uma pequena recordação da noite. Eu


acidentalmente pisei nisso e roubei a coisa medonha durante
minha tentativa de fugir de seu apartamento o mais rápido
possivel”.

“Porque você estava fugindo de seu apartamento?”

Essa era a parte que eu não queria discutir, mas


conhecendo Henry, ele iria arrancar de mim em algum ponto.

“Okay, você tem de me prometer que você não vai dizer a


Delaney, por que eu não acho que ela iria me deixar esquecer
isso”.
“Eu prometo”, ele beijou minha testa. “Seu segredo esta
seguro comigo, amor”.

“Okay, bem, ele decidiu me mostrar a coisa verdadeira”.

“A coisa verdadeira?”

“Sim, sua musa, o pênis. O retrato da vida real, não o


pintado”.

“Tipo, ele só puxou sua calças pra baixo?”

“Sim”.

“Bizarro pra caralho. Caras são tão estranhos, sinto muito,


amor”.

“Esta okay, eu estava na verdade fascinada, ao ponto que


eu decidi, hum, lamber aquilo. Bem, lamber a vizinhança”.

“Lamber?” Henry perguntou - supreso. “Amor, você tocou


seu primeiro pênis”, ele levemente ovacionou.

“Não realmente, mais como só lambi suas pernas, porque


sua mão estava enrolada ao redor de seu pau, não me dando a
chance de tocar de verdade a musa. Uma vez que ele tirou
completamente suas calças, foi quando eu percebi que havia
um mamute encarando de volta para mim. Henry, você estava
certo, alguns caras não se preocupam em depilar”.

“Oh, merda, sério?” ele riu.

“Sim, como um bombril”.

“Foda, isso é grosseiro”.


“Não me diga. Mas eu continuei lambendo, apesar disso.
Eu lambi suas nozes. Eu vou culpar a margarita e curiosidade
extrema”.

“Vamos culpar só a margarita”.

Eu concordei e continuei. “Então, eu lambi, e babei um


monte, por que os pêlos eram muitos para lidar, e quando eu
me afastei para respirar, eu tinha um pêlo preso no fundo de
minha garganta”.

“Oh, eu tô ficando enjoado”.

“Não me diga. Eu fiz a mesma coisa, mas Alejandro teve a


ideia errada e empurrou minha cabeça de volta pra baixo, para
continuar a lambê-lo”.

“Ele forçou você”, Henry ficou tenso, mas eu o tranquilizei,


esfregando seu peito.

“Ele forçou, mas eu acho que ele aprendeu sua lição”.

“Como, você mordeu suas bolas?”

“Não, só vomitei tudo sobre ele”.

Henry ficou parado e virou para me olhar nos olhos. “Tá


falando sério?”

“Sim, eu enjoei tanto que meu estômago disse que era o


bastante, e eu vomitei tudo sobre a genitália dele. Eu o deixei
com vômito em cima de seu pênis”.

Me estudando por um segundo, Henry estava silencioso,


mas depois atirou sua cabeça pra trás e riu uma pura e genuína
gargalhada. Eu me juntei a ele quando pensei sobre a noite que
eu tive. Isso era verdadeiramente cômico.

“Esta é minha garota”, ele me puxou para mais perto.


“Porra... isso é tão foda. O fodido mereceu isso”.

“Sim, daí, claramente, ele gritou e foi se limpar, e eu caí


fora, prendi uma de suas pinturas e a arrastei pelas ruas de
New York, onde eu peguei um taxi”.

Ainda rindo, Henry começou a acariciar meu cabelo.


“Mesmo que você teve uma noite ruim, estou contente que
você foi capaz de cuidar de si mesma vomitando no cara que
você saiu. Que jeito melhor de dizer ‘não’ a ele que vomitando
tudo sobre seu precioso trabalho de arte?”.

“Sua musa”.

“Exatamente. Eu amo isso. Bom trabalho, amor”.

“Obrigada, eu acho”, eu ri.

Nós deitamos em silêncio enquanto encarávamos o teto


juntos. Era confortante, tendo Henry perto de mim, sabendo
que mesmo que eu tivesse uma noite ruim, ele estaria sempre
lá para mim.

“Obrigada pelo livro e por esta noite. Me sinto muito


melhor depois de falar com você”.

“É claro. Talvez amanhã à noite nós possamos olhar o livro


juntos. Aprender algumas coisas novas, juntos. Estou sempre
procurando me educar na questão do sexo”.

“Isto não me surpreende”, eu disse, chegando mais perto.


Seu apoio apertou ao redor de mim enquanto ele suspirava de
contentamento, e nós dois dormimos assim, curtindo a
companhia um do outro.
Capítulo Doze
O chamado da hiena

09 de junho de 2014

Eu vi um pênis na vida real pela primeira vez na noite


passada. Isso foi interessante. Estava um pouco mais mole do
que eu esperava que fosse como o tipo de moleza que uma
baguete ensopada poderia oferecer. Eu queria que tivesse
conseguido tocar de verdade, ao invés de só lamber ao redor
dele, porque meus olhos realmente não tinham ideia sobre a
textura. Então, confirmar ou negar meus pensamentos sobre
quão borrachudo um pênis era não foi possível noite passada.
Mesmo que seu pênis estivesse assentado no topo de um
arbusto de brócolis, eu ainda fui capaz de dar uma boa olhada,
e o que mais me fascinou foi o quanto era duro, mas ainda
tinha sobra de pele. O que era aquilo? Virginia teria pele extra?

Eu tentei dar uma boa olhada nela mais cedo esta manhã
com meu espelho do pó compacto, mas fui surpreendida
quando Henry bateu na porta, me fazendo derrubar meu
compacto e quebrar meu pó. Depois disso, deixei Virginia em
paz e conclui que sua pele era normal. Ela não parecia frouxa lá
embaixo.
Comecei um livro novo hoje, e eu pulei direto pro sexo.
Descobri que ler algumas novelas eróticas era mais sobre o
sexo que sobre a estória, e quer saber? Para uma garota
interessada como eu, curti muito isso. O único inconveniente
era quando eu lia no almoço: Sir Licks-a-Lot sentava em seu
poleiro (meu armário de arquivo), e se lambia enquanto
mantinha seus olhos sobre mim o tempo inteiro... sua pequena
perna esticada enquanto ele lambia suas bolas. Isso era muito
desconfortável, como se ele estivesse tentando me dizer ‘isto é
como o sexo realmente é’. Então agora quando eu leio sobre
uma mulher se pegando com um cara, meu primeiro
pensamento é de Sir Licks-a-Lot, e há algo inteiramente errado
com essa imagem, em muitos níveis.

Mas voltando as novelas eróticas, eu descobri que os


autores descrevem as vaginas como, 1) seus sexos e 2) como
uma flor desabrochando, se abrindo para a semente de um
homem. Agora, em minha cabeça, quando eu penso sobre isto,
tudo que posso retratar é uma vagina gigante, abrindo suas
dobras femininas para o pênis de sua escolha. Isso me confude
ainda mais sobre o conceito de pele extra na área vaginal. Eu
tentei googlar ‘pele extra’ e ‘vagina’, e vamos apenas dizer que
não vou fazer isso de novo. Alguma coisa como um waffle azul
pulou na tela, e eu estou bem certa que fiquei enjoada por
meia hora depois daquilo.

Também estive escrevendo algo mais em meu livro, mas


me sinto um pouco perdida, e não sei se é por que minha vida
esta um pouco paralisada. É difícil escrever um romance
quando isso está faltando completamente em sua vida. Quero
dizer, eu gosto de pensar que conheço romance, mas quando
diz respeito a eu experimentar isso, eu chego tão perto... mas
falho no final. Estou condenada a ficar sozinha pelo resto de
minha vida? Eu vou me transformar na Gladys, que caminha
por aí com um gato preso nas costas de seu sweater sem seu
conhecimento? Eu espero por Deus que não.

“Rosie, você tá vindo? A pizza chegou”, Delaney chamou


da sala de estar.

“Tô indo”, eu disse, fechando meu diário e o guardando.

Eu estava me sentindo um pouco melancólica hoje, não só


por que Alejandro tinha me exterminado de seu radar de
encontros – não culpo o homem – mas Lance não tinha me
ligado também, e eu nunca mais ouvi de Greg. Logo, todos os
prospectos de encontros fracassaram. Parecia bom demais para
ser verdade.

Depois de um longo dia no trabalho, eu me arrastei para


uma banheira quente para ler, tentando bloquear a realidade
por uma porção de tempo. Durou pouco, entretanto, quando
Delaney chegou espancando a porta reclamando que ela
precisava ir ao banheiro, e precisava de sua privacidade. Esse
era o ponto baixo de dividir um apartamento com dois outros
seres humanos; o tempo no banheiro não era um período
calmo: era fazer seus negócios e cair fora.

Daí eu voltei para meu quarto para ler um pouco do livro


que Henry me deu, e escrever em meu diário.

“Pizza está ficando fria”, Delaney me chamou de novo,


começando a me dar nos nervos.

Eu empurrei um moletom sobre minha cabeça e deslizei


em minhas pantufas de ursinhos - sim, eu era uma garota de
oito anos de idade.

“Aí está ela”, Derk disse, aplaudindo devagar. “Ela decidiu


nos agraciar com sua presença”.

Mostrando o dedo do meio pra ele, eu sentei em um dos


bancos altos e peguei um pedaço de pizza da caixa contendo
pizza de brócolis e azeitona preta; era minha favorita.

“Cadê o Henry?” perguntei, esperando ver ele.

“Ele tinha um encontro esta noite; certeza que ele não vai
vir pra casa”.

Por alguma razão, uma pequena pontada de ciúmes


correu por meu corpo, mas eu segurei isso tão rápido quanto
apareceu. Eu não podia ter Henry para mim toda noite. Eu
contava com ele um pouco demais.

Tentando parecer interessada, perguntei, “Oh, com quem?


Eu conheço ela?”
“Não tenho certeza. Seu nome é Rindy”.

“Rindy?” perguntei, já sendo capaz de retratá-la em


minha cabeça. Se ela era algo como a típica garota de Henry,
ela seria peituda e loira. Ele dizia amar morenas, mas quase
toda garota que ele saía era loira.

“Yup, não sei como ela é, mas ele disse que ela foi uma
animadora de torcidas do New York Knicks. Eu acho que ela é
modelo agora, não consigo lembrar”.

“Parece que ela está na vaga certa de Henry então. O


garoto não sabe como sair com uma garota normal”.

“Ele tem um ótimo gosto”, Derk disse, mastigando e


olhando em sua pizza como se ela fosse um presente direto do
paraíso.

“Ele tem um gosto horrível”, Delaney replicou. “Você


lembra aquela loira com um sinal falso em seu rosto? Eu juro
por Deus, aquela maldita coisa movia cada vez que eu a via.
Certeza de que aquilo estava na ponta de seu nariz em algum
ponto”.

“Docinho”, Derk disse com leveza. “Isso é exagerado. Nós


dois sabemos que aquilo não estava no nariz dela”.

“Estava. Relembre, ela veio tropeçando pra fora do


banheiro na noite em que fomos naquele bar com pista de
patinação no meatpacking district. Seu cabelo estava uma
bagunça e seu sinal falso estava na ponta do nariz”.
“Babe, você estava altamente intoxicada naquela noite.
Você pensou que meu pau estava brotando pra fora da minha
orelha”.

“Por que você está defendendo ela? Você gosta dela? Você
tem falado com ela pelas minhas costas este tempo todo?”
Delaney acusou.

Derk atirou suas mãos no ar e disse, “Eu desisto; ela tinha


a pinta em seu nariz”.

Sorrindo com satisfação, Delaney se virou para mim e


disse, “Funciona toda vez. Se lembre disso quando você tiver
um homem sólido em sua vida: você continua forçando até ele
desistir”.

“Ótimo conselho, babe. Ensinando a ela como dar a um


cara uma sepultura precoce. Realmente bom”.

“Só tentando ajudar uma garota”, Delaney disse rindo.


“Então, o que aconteceu com o lindo Alejandro? Foi tudo que eu
pensei que seria? Aquela pintura fala por si mesma, e só estou
me perguntando por que tem um salto tamanho trinte e seis
impresso nela”.

Nós todos olhamos para o aparador da lareira em nossa


sala de estar, onde Henry colocou a tela perfurada para todos
verem. Era nossa nova obra de arte, e eu não conseguia evitar
rir, só de olhar para a estúpida coisa.

“Eu me perguntei o que era aquela nova obra de arte”,


Derk disse, estudando-a. “Aquele cara está empacotando
naquela pintura”.

“Bem, isso não é muito preciso” balbuciei.

“O quê?” Delaney disse, virando meu ombro para eu


pudesse olhar para ela. “Eu sinto muito, mas eu te ouvi bem?
Você viu o pênis dele noite passada?”

“Eu vi”, confirmei, fazendo o queixo de Delaney cair. “Eu


não quero entrar nisso, mas vamos dizer que eu vi o pênis
dele, que era extremamente peludo, daí eu sai de seu
apartamento o mais rápido possível”.

“Ahh, qual é”, Derk disse, parecendo enojado. “Caras que


não se depilam nos dão uma fama ruim. Uma pequena aparada
nas bolas dá um bom jeito, especialmente quando sua garota
está mantendo as coisas limpas”.

“Obrigada, babe”, Delaney disse, beijando Derk nos lábios.


“Ele está certo, se ele não se depilasse e aparasse lá embaixo,
eu nunca colocaria suas bolas em minha boca, e eu vou ser
honesta com você, Rosie, eu gosto das bolas de um homem em
minha boca”.

Ela tinha acabado de falar que gostava de bolas de um


homem em sua boca? Eu não acreditava que aquela era uma
frase que eu iria algum dia proferir, por que depois de minha
experiência na noite passada, não acho que seria capaz de
olhar um conjunto de bolas sem zombar.
“Desculpa, mas você acabou de dizer que gosta de bolas
em sua boca?”

“Disse”, Delaney confirmou casualmente. Ela se


manifestou apaixonadamente e disse “Há algo sobre ter seu
homem pelas bolas, ser capaz de morder embaixo de suas
posses de maior orgulho com um tique de sua mandíbula... não
que eu fosse, mas isso é tão poderoso. E mais, eu gosto de
correr minha língua ao longo do escroto de Derk; ele
praticamente ronrona quando eu faço isso. É divertido”.

“Você sabe, babe, há algumas coisas que você pode


manter entre nós, é okay fazer isso”.

“Onde está à diversão nisso?” Delaney proferiu. “Daí eu


não poderia ver suas faces ficarem vermelhas quando eu falo
sobre você ronronar”. Delaney se virou para mim e continuou.
“Ele também gosta quando eu corro meu dedo na fenda de sua
coxa, bem onde sua perna encontra a junção de seu tronco. Ele
diz que isso faz cócegas nele, mas na verdade o deixa mais
duro...”

“Babe, sério, chega”, Derk repreendeu, parecendo uma


aborrecida forma vermelha.

“Não seja tão metido, Derk. Nós estamos dividindo”.

“Estamos? Okay”, Derk baixou sua pizza, limpou suas


mãos, e olhou diretamente para mim. “Você conhece o barulho
que sai de Delaney quando estamos fazendo isso, o som de
uma hiena?”

Eu concordei com a cabeça, bem na hora Delaney cobriu a


boca dele com sua mão.

“Não se atreva a dizer uma palavra”, ela alertou.

Bem, agora eu estava interessada. Sempre que Derk e


Delaney estavam juntos no quarto, não era incomum ouvir um
selvagem ganido soando como um barulho de animal vindo de
seu quarto. Eu imaginava que Delaney estava tendo um
momento bom com Derk, mas agora isso parecia como ter um
segredo sexual escondido, e eu estava intrigada.

Lutando com os braços dela, Derk a prendeu contra o


balcão e olhou por sobre os ombros dela para mim. Com um
sorriso diabólico, ele divulgou seu segredo.

“Sua amiga tem um sério fetiche no dedo do pé, e se eu


fizer qualquer coisa em seus dedões, ela começa a sibilar e
gritar como uma hiena. Se eu quiser que a garota chegue lá, é
só agitar seu grande dedão enquanto estou profundamente
dentro dela, e ela esta liquidada”.

Ele se afastou de Delaney, satisfeito consigo mesmo.


Delaney alisou sua camiseta amassada e ergueu seu queixo
enquanto se virava para me encarar.

“Eu descobri que curto uma boa mexida nos dedões


durante o sexo. Não há nada errado com isso. Eu apenas sei do
que eu gosto. Eu facilitei as coisas pra você”, ela disse a Derk.
Eu tentei segurar, mas não consegui. Uma risada escapou
de mim, instantaneamente me fazendo cobrir minha boca.
Outro riso me saudou quando olhei de volta para Delaney.

“Só aguarde, uma vez que você fizer sexo algumas vezes,
vai descobrir o que te empurra para a beirada. Por que apesar
do que homens gostam de pensar, que te encurralar com suas
varas de pescar é o truque, é bem mais que isso. Você tem de
esfregar uma moça no lugar certo”.

“Cabeça, ombros, joelhos e dedões do pé. Certo


Delaney?” perguntei com uma risadinha.

“Yup, ria o quanto quiser. Só aguarde sua hora, Rosie.


Depois do massacre inicial de um homem usando sua vagina
para gozar, você vai começar a descobrir do que você gosta, e
vai confiar nisso. Você sabe disso?”

Delaney disse, enquanto enfiava seu dedo através de um


buraco que ela fez com sua outra mão. “Isto é chamado de
melhor amigo do homem, mas para nós moças, é só uma
simples penetração, nada para causar alvoroço. O que nós
gostamos é uma esfregadinha em nossos clits”.

“Espere”, interrompi Delaney por um segundo. “Então


quando um cara entra em você, isso não é prazeroso? Tudo que
eu tenho lido diz diferente”.

“Eu não estou dizendo que não é bom, e sim, eu chego ao


clímax na penetração, mas se você quer um orgasmo de
contorcer os dedos dos pés, terá de haver alguma ação no
clitóris envolvida. Ou se o cara puder alcançar seu ponto G, aí
sim, isto é um orgasmo. Mmm, só pensar sobre isso me deixa
quente”.

Derk animou-se, olhando Delaney de cima a baixo


enquanto colocava sua mão em suas costas.

“É mesmo, babe?”

“Sim, talvez nós poderíamos ir para o quarto?”

“Oi, eu tô bem aqui”, ofereci, mas eles dois me ignoraram.


Jogaram as bordas das pizzas na caixa, e saíram para o quarto
dela, me deixando sozinha uma vez mais.

“Figuras”, eu disse, encaixotando a pizza e enfiando no


freezer. Eu deveria ter previsto que isso aconteceria. Era raro
quando Delaney e Derk não estavam curtindo no quarto dela,
transando.

Como nos velhos tempos, quando ambos meus colegas de


apartamento estavam fora em encontros, eu peguei meu laptop
e sentei em minha cama. Loguei na minha conta no site de
encontros e vi que havia uma mensagem. Rezando que fosse
de Greg e não de algum cara aleatório, abri a mensagem.

Felizmente, era de Greg, e havia um círculo verde perto


de seu nome, que eu não tinha ideia do que significava. Mas
comecei a ler sua mensagem, quando uma caixa de mensagem
instantânea pulou no meu computador com uma mensagem de
Greg.

Greg: hey linda. Eu estava esperando pegar você aqui


esta noite.

Eu não deveria me afetar com ele me chamando de linda.


Ele provavelmente chamava sua irmã de linda, mas não
consegui evitar ficar toda boba com isso.

Rosie: oi, eu não sabia que esta coisa tinha mensagens


instantâneas.

Greg: eu também, até um velho solitário me mandar


mensagem, procurando por companhia. Eu pensei que seria
legal, até ele me enviar uma foto de seus mamilos enrugados,
me perguntando se a verruga neles parecia ser cancerosa.

Rosie: não, ele não fez isso.

Greg: ele fez. Dizer que eu vou me acabar na academia


com frequência maior depois disso é um eufemismo. Ver as
tetas de um homem velho faz isso com você.

Rosie: você frequenta academia agora?

Greg: eu quero impressionar você e dizer o tempo todo,


que eu praticamente moro lá, mas acho que se algum dia nos
encontrarmos, você saberia que isso é uma mentira. Estou em
forma, mas não posso dizer que sou saradão.

Eu podia ver que ele estava em forma nas fotos. Tinha


uma foto dele sem camiseta, e ele era definido em todos os
lugares certos, mas como ele disse, não um saradão.

Rosie: eu não sei, você parece bem forte e másculo em


suas fotos.

Greg: estou lendo isso como sarcasmo. Estou certo?

Rosie: não exatamente.

Greg: total sarcasmo, mas eu vou viver com isso. Me


diga, Rosie Bloom, o que você fez para o jantar esta noite?

Rosie: pizza com meus colegas de ape.

Greg: pizza? Minha comida favorita. De onde vocês


pegam? Espere, deixe-me adivinhar, é massa grossa, regular
ou crosta fina?

Rosie: regular.

Greg: molho, leve ou pesado? E sobre o queijo, estava no


topo da cobertura ou por baixo?

Rosie: molho leve, e a cobertura estava por baixo do


queijo.

Greg: bingo! Boriellos! Acertei, não acertei?


Eu ri para mim mesma com o entusiasmo de Greg.
Bizarramente, ele estava certo. O homem estava certo, ele
amava pizza, e depois de seu questionamento, eu poderia ver
que ele conhecia isso muito bem.

Rosie: estou impressionada. Sim, nós pedimos no


Boriellos. Agora, para realmente me impressionar, você tem de
me dizer o que eu pedi.

Greg: hum, isso é dificil, por que eu sinto que eu não


conheço você tão bem quanto deveria, mas se eu tiver de
adivinhar, eu vou dizer azeitonas pretas e... brócolis.

Rosie: pelo inferno que você adivinhou isso. Você está me


perseguindo?

Greg: LOL! Não! Mas se eu disser a você que meu amigo


faz as entrega deles e que quando eu mostrei a ele uma foto
sua outro dia, ele disse que entrega para seu apartamento
frequentemente, e que você é a única que pede aquela pizza,
você acreditaria em mim?

Rosie: seu amigo é nosso motoboy? Isso significa que ele


disse a você sobre todas as minhas vergonhosas camisetas de
gatos, que eu uso quando vou atender a porta?

Greg: ele deve ter mencionado uma camiseta de gato ou


duas...

Rosie: eu as pego de graça! Eu trabalho em uma revista


de gatos, então eu constantemente consigo camisetas enormes
de gatos. O que posso dizer? Elas são confortáveis.

Greg: hey, eu nunca deixaria passar uma camiseta de


graça, então eu completamente te entendo. Me diga, elas tem
arco-íris nelas? Talvez um unicórnio?

Rosie: uma garota poderia apenas desejar. Não, elas só


tem algum gato da vida real nelas. Normalmente o gato do
mês. Meu chefe ama colocá-los em camisetas.

Greg: seu emprego parece incrível, apesar de que seria


melhor se fosse com cachorros, por que eles são muito mais
legais.

Rosie: me diga, se você tivesse uma camiseta com o rosto


de seu cachorro nela, você a usaria em público?

Greg: tá me zoando, certo? Se eu tivesse uma foto de


Bear em uma camiseta, eu usaria todo dia. Na verdade, Bear
teria uma camiseta combinando, com minha cara feia nela.

Rosie: haha, eu amaria ver isso, e você não tem uma cara
feia. Você tem uma cara bem atraente.

Greg: que isso, Rosie. Você me lisonjeia. Como eu fiquei


tão sortudo?

Rosie: os deuses da internet?

Greg: eu acho que você está certa sobre isso. Então, nós
vamos nos ver na sexta?
Depois de minha conversa com ele, eu estava
definitvamente mais do que pronta para sair com ele. Ele
parecia divertido, intrigante, e eu sentia que nós teríamos um
bom momento, dado o fluxo fácil de nossa conversa.

Rosie: sim, me diga onde e quando, e eu vou estar lá.

Greg: droga, Rosie, você fez meu dia. O que você gosta
de fazer?

Rosie: qualquer coisa, sério. Só não me leve para ver um


filme. Eu quero poder conversar com você.

Greg: filmes são para pegação, e eu não pretendo enfiar


minha língua em sua garganta abaixo no primeiro encontro, a
menos que isso seja um requerimento seu. Se for um
requerimento, eu ficaria feliz em ser forçado.

Rosie: haha, boa tentativa, mas não, não é. Sinto muito.

Greg: um cara tem de tentar. Que tal nós irmos neste


lugar onde podemos fazer nossas próprias pizzas de forno? Nós
vamos a um lugar pagar as pessoas para podermos fazer todo
o trabalho.

Rosie: parece intrigante. Estou dentro.

Greg: perfeito. Ouça, eu poderia curtir com você a noite


toda neste negócio, mas eu atualmente estou fazendo meu
mestrado e tenho algumas leituras para fazer antes de minha
aula amanhã à noite. Você vai me perdoar por sair fora deste
negócio muito cedo?

Rosie: suponho. Tenha uma boa noite, Greg. Tô no


aguardo para sexta.

Greg: eu também, Rosie. Tenha uma boa noite.

Ambos desconectamos, e eu coloquei meu computador de


lado enquanto sorria sobre meu encontro com Greg. Eu me
sentia rejuvenescida sobre minha vida de encontros depois de
me sentir bem pra baixo.

Me sentindo com sede, voltei para a cozinha, onde ouvi


Delaney e Derk se pegando no quarto deles. Eu ri para mim
mesma quando ouvi um abafado som de hiena vindo de dentro
da porta. Claramente, ela estava tentando cobrir o fato que
Derk estava brincando com seus dedões. Que coisa estranha,
mas cada um com seu cada um.

A porta da frente de nosso apartamento se abriu


rapidamente e foi fechada, me surpreendendo. Eu virei para ver
Henry... bravo e bêbado.

Ele passou direto por mim, foi até a geladeira e agarrou


uma cerveja. Com um movimento rápido na tampa, ele
começou a descer o líquido enquanto se apoiava no balcão.

Ele estava tenso, nervoso, e francamente, não o Henry


que eu estava acostumada. Mais, ele estava em casa mais cedo
de seu encontro; ele nunca chegava cedo em casa quando saia
para um encontro.

Uma vez que ele colocou a garrafa pra baixo, me


aproximei e perguntei, “Henry, você está okay?”

Seu olhar se voltou para mim e ele disse, “Não, parece


que eu estou okay?” a raiva em sua voz me surpreendeu.

“Não, mas você não tem de gritar comigo”, me defendi. Eu


odiava ser o saco de pancadas para os problemas de alguém, e
me recusava a ser um para Henry.

“Não tenho? Isso não é sua culpa?”

“Como é?” perguntei, colocando minhas mãos sobre meus


lábios.

Henry catou outra cerveja e bebeu em um longo gole.

Secando sua boca, seus olhos perfuraram nos meus


quando ele falou. “Sua má sorte em encontros? Esta
transferindo para mim. Antes de você começar a compartilhar,
eu estava bem, eu estava perfeito na verdade. Eu era capaz de
arranjar bucetas facilmente sem mesmo tentar. Mas depois
você chegou junto e eu não consigo levantar”.

“O quê?”

“Você me ouviu”, ele disse em um tom grosseiro. “Estava


transando com Rindy, um dos mais gostosos pedaços de bunda
que eu já vi em muito tempo, e o que aconteceu comigo?
Visões de você vomitando sobre o pau de um cara correram
pela minha mente, tornando impossível para eu transar”.

“Wow”, eu disse, me sentindo insultada. “Então, porque


você tem um problema em controlar seus pensamentos, você
vai me culpar? Você é um cuzão, Henry”.

“Qual é, você não me diz todas essas coisas de


propósito?”, ele disse, andando atrás de mim. Eu estava
recuando para o meu quarto; não queria lidar com sua bunda
bêbada. Ele estava claramente intoxicado, e não só das duas
cervejas que eu o vi beber.

“De propósito? Eu sinto muito, mas pensei que estivesse


dividindo com um amigo. Você me perguntou sobre eles. Eu
deveria não te dizer nada? Você nunca deixaria isso acontecer”.

“Acredite em mim, se eu não tivesse tido que ouvir sua


triste desculpa de uma vida amorosa, eu estaria mais que feliz”.

Meu coração rasgou em dois com o veneno saindo de sua


boca. Eu não estava entendendo bem o porquê ele estava
sendo tão maldoso, por que ele estava sendo tão diabólico
comigo, mas não gostei disso, e não iria suportar aquilo.

“Então, só me deixe em paz. Eu não peço pra você estar


em cima da minha bunda, então me deixa em paz”, eu disse,
deixando a raiva tomar lugar em mim, e os xingamentos
deslizar tão facilmente.

“Certo”, ele jogou suas mãos no ar. “Fácil, guarde sua má


sorte para si mesma”.

“Saia”, gritei, empurrando o peito de Henry para ele andar


para trás. Mas ele agarrou meus pulsos e me puxou em seu
peito.

Alcool empesteava seu hálito enquanto ele respirava


pesadamente e olhava para baixo em mim. Seus olhos estavam
vidrados, e o verdadeiro Henry estava lentamente começando a
espiar através quando ele combinou meu olhar com o seu. Suas
feições suavizaram quando ele acariciou meu rosto com a ponta
de seu polegar. Eu estava ligeiramente alarmada de quão
rápido sua atitude mudou quando eu estava em seus braços.

Dor corria em sua voz quando ele disse, “Rosie, você é


linda, você sabe disso?”

“Sai daqui, Henry”, eu disse fracamente, tentando


empurrá-lo para longe. “Você está bêbado, e sendo um babaca.
Eu não quero você perto de mim”.

Suspirando, ele virou sua cabeça longe de mim e


murmurou, “Sim, você nunca me quis. História da minha vida”.

Ele me empurrou e saiu por minha porta, me confundindo


agora mais que tudo.
Capítulo Treze
O gargarejo de melaço

Era só onze da manhã, e eu queria cerrar meus olhos. Ou


ao menos deixar Sir Licks-a-Lot cerrar. Depois que eu empurrei
Henry pra fora do meu quarto noite passada, não consegui um
minuto de sono enquanto tentava entender tudo que ele disse,
e porque ele estava sendo tão rude comigo. Eu não achava que
tinha feito algo errado, mas, claramente, ele achava.

Eu fui capaz de me aprontar esta manhã mais cedo que o


normal, e deslizar pra fora do apartamento sem interagir com
ele. O que foi bom, por que eu não tinha ideia do que iria dizer
a ele.

Delaney me mandou mensagem mais cedo, perguntando


se eu estava bem, já que ela ouviu Henry e eu brigando,
mesmo por sobre seus gritos de hiena. Eu a deixei saber que
eu estava bem e Henry estava bêbado na noite passada,
dizendo coisas que ele provavelmente não queria,
especialmente ele achando que eu era linda. Aquele foi um
deslize bêbado, com certeza. Eu tenho visto as garotas que ele
sai, e elas estavam muito acima de meu nível de beleza. Eu sou
bonita, mas como eu tinha dito, eu sou mais curvilínea que as
outras, e tenho meu próprio estilo, que não chega perto de
rivalizar com as modelos que Henry sai.

Eu odiava estar triste, especialmente no trabalho, por que


na maioria do tempo, trabalhar era péssimo, com Gladys
respirando sobre o meu pescoço, me certificando de
representar gatos no melhor jeito possível e tentando ficar o
mais longe possível da gata dominada que eu pudesse o que
era bastante difícil, dado o espaço em nosso prédio.

A única coisa que me fez sorrir hoje foi a foto de um gato


voando no espaço sideral com um corpo de bolacha e um arco-
iris saindo de sua bunda que Jenny me mandou. Isso foi, por
enquanto, a coisa mais estranha que eu tinha visto, mas me fez
rir. Eu até imprimi a foto e coloquei no meu quadro de recados.
Eu estava só esperando por Gladis ver o gato de bolacha e me
dizer que má representação aquilo era de nossos amigos
felinos; até lá, o gato de bolacha continuava.

“Hey”, uma profunda voz que eu reconheci


instantaneamente veio de minha porta.

Eu levantei o olhar para ver Henry apoiado contra a


moldura da porta, com suas mãos em seus bolsos. Ele estava
usando um terno azul marinho e uma camisa branca abotoada
com os dois botões de cima aberto, e um par de sapatos
marrom. Ele sempre se vestia bem para trabalhar.

Francamente, eu estava surpresa de vê-lo parado na porta


de minha sala. Não só por causa de nossa discussão noite
passada, mas por que ele nunca vinha me visitar no trabalho,
pela simples razão de que ele odiava gatos, especialmente Sir
Licks-a-Lot, que por sua vez parecia ter uma grande paixonite
por Henry e não o deixava em paz sempre que ele estava por
perto.

“O que você está fazendo aqui?” perguntei, sem desviar o


olhar de meu computador.

“Podemos conversar?”

“Você não tem trabalho?”

“Tirei um almoço comprido. Por favor, Rosie?”

Encostei em minha cadeira, cruzei minhas mãos sobre


meu peito e disse, “Certo, feche a porta se você não quiser que
Sir Licks-a-Lot te encontre”.

Henry rapidamente fechou a porta e sentou na cadeira em


minha frente. Ele desabotoou o blazer de seu terno para que
pudesse se sentar apropriadamente, e se posicionou um pouco
a frente em seu assento quando falou para mim.

“Rosie, eu quero me desculpar pela noite passada. Eu


estava fora de linha, bêbado, e fui um completo babaca com
você. Eu realmente sinto muito”.

“Sim, você sente, Henry. Você disse algumas coisas bem


maldosas para mim”.

Ele balançou sua cabeça e baixou os olhos em suas mãos.


“Eu sei e eu sinto muito. Eu estava em um péssimo humor e
decidi culpar você por tudo, quando nada disso era culpa sua”.
“Então, você não me culpa por não ter sido capaz de ter
uma ereção?”

“Não”, ele balançou sua cabeça. “Não mesmo. Aquele era


meu problema. As coisas têm sido diferentes para mim
ultimamente”.

“O que você quer dizer? Como as coisas tem sido


diferentes?”

Limpando sua garganta, ele se deslocou em seu assento


conforme ajustava suas pernas.

“Eu tenho tido um monte de pensamentos recentemente,


Rosie, e...”

Jenny bateu na porta e entregou um vaso com uma caixa


sobre o topo. Eu acenei para ela com um olhar questionador.

“O que é isso?” perguntei, quando ela colocou sobre


minha mesa.

“É uma pequena entrega que chegou para você. Talvez


seja de Atticus”.

“O cara que ela chutou nas bolas?” Henry perguntou,


parecendo cético.

“Sim, ele disse que gostou dela”.

“Isso não é de Atticus, Jenny. Acredite em mim, ele não


vai me ligar de novo”.

“Então, de quem isso é?”, ela perguntou, praticamente


pulando pra cima e pra baixo.

Encolhi os ombros e agarrei a caixa para abrir a tampa.


Dentro estava um buque de rolos adesivos. A visão do conjunto
de cinco rolos adesivos me fez rir alto. Aninhado dentro estava
um cartão, que eu li em voz alta.

“Para o caso de você não conseguir escapar dos gatos tão


facilmente na próxima vez, Phillip”.

“Oooh, ele parece um sonho”.

“Quem diabos é Phillip?” Henry perguntou, sua atitude


completamente mudada.

“Ele é um cara que eu encontrei no elevador na outra


noite antes de meu encontro com Alejandro. Ele me assistiu
esquivar dos gatos e evitar os pêlos, o que eu fiquei
agradecida, desde que não tinha um rolo adesivo comigo”.

“Daí ele te enviou rolos adesivos, que adorável”, Jenny


arrulhou, sentando em minha mesa e começando a tocar o
''buquê''.

“Parece deprimente”, Henry disse, apoiando as costas na


cadeira com um olhar azedo em seu rosto.

“Não é deprimente; você só está com ciúmes de não ter


pensado nisso”, Jenny replicou.
A coisa com Henry e Jenny era que eles nunca realmente
superaram. Eles saíram algumas vezes, e sempre foi um
desastre. Por qualquer razão eles discordarvam, então eu
tentava mantê-los separados sempre que possível. Visto que
Henry nunca realmente vinha ao meu escritório, isso não foi
tão dificil, até agora.

“Pra quem diabos eu enviaria rolos adesivos?”

“Oh, eu não sei, talvez pra garota por quem você é caído
há anos?”

“Do que você está falando?” Henry perguntou, veneno


escorrendo de sua boca.

“Não banque o bobo comigo; todos sabem que você quer


Rosie”.

“O quê?!” perguntei, praticamente caindo de meu banco.


“Jenny, Henry e eu somos só amigos”.

Um olhar vazio cruzou o rosto de Henry com as palavras,


minhas e de Jenny. Uma vez mais, ele limpou sua garganta e
ajustou seu terno.

“Sim, só amigos, Jenny, sai dessa”.

Henry e Jenny trocaram olhares calorosos antes de Jenny


rolar seus olhos, sair da mesa e se dirigir para a porta.

“Que seja, viva em negação. Rosie, Gladys me pediu para


avisar que ela vai enviar a você as edições em seu artigo dos
segredos dos gatos. Ela quer mais paixão por gatos nele”.
Chacoalhei minha cabeça em negação. “O que isso quer
dizer? Ela quer que eu lamba as costas de minhas mãos e
esfregue meu cabelo enquanto escrevo o artigo? Isso mostraria
mais paixão?”

“Possivelmente. Tente isso”, ela sorriu de volta e saiu,


fechando a porta atrás dela.

Assim que ela se foi, Henry me encarou e disse, “Eu não


gosto dela, nem um pouco”.

“Eu percebi pelo jeito que você rosnou no minuto em que


ela entrou na minha sala”.

“Ela apenas acha que sabe tudo quando não sabe”.

“Pegando a estrada da maturidade hoje. Entendo”, eu


disse, enquanto colocava o buque na estante de livros atrás de
mim. Isso era um presente perfeito, mas um pouco obstrutivo
em minha mesa. Eu gostava de manter as coisas limpas e
ordenadas, para que Sir Licks-a-Lot pudesse destruí-las. Houve
muitas vezes onde eu entrei em minha sala de manhã para
encontrar todos os papéis que eu organizei em arquivos
espalhados ao longo do chão. Por que os gatos acharam
divertido mandar tudo para fora de minha mesa.

Eu os peguei muitas vezes fazendo isso. Eles sentavam


sobre minha mesa, parecendo todo inocentes, mas
casualmente batiam em alguma coisa com suas patas até isso
cair, só para serem idiotas. Malditos gatos.
“Tanto faz, eu vou indo”.

“Espere, você ia dizer alguma coisa antes de Jenny


chegar”.

“Esquece”, Henry disse, se levantando e alisando seu


blazer.

“Porque você está sendo tão estranho? Eu não te entendo,


Henry”.

“Não se preocupe com isso. Você está bem?” ele


perguntou, um pouco preocupado e menos aborrecido.

“Acho que sim. Por favor, não me trate daquele jeito de


novo. Você é meu melhor amigo, Henry, eu não quero você
bravo comigo ou maldoso”.

Dando uma bufada frustrada e passando seus dedos por


seus cabelos arrumados, ele caminhou para a lateral de minha
mesa e sentou sobre ela enquanto segurava uma de minhas
mãos.

“Eu sinto muito, Rosie. De verdade, eu sinto. Eu estou


passando por algumas coisas agora, então peço desculpas se
eu descontei isso em você. Não foi minha intenção te
machucar”.

“O que você está passando? Você pode me falar, você


sabe”

“Eu sei, mas não é nada que você precise se preocupar a


respeito”. Mudando de assunto, ele adicionou, “Quer assistir
Indiana Jones está noite? Talvez pedir alguma comida chinesa?
A menos que você tenha outros planos?”

Balancei minha cabeça, não. “Não que eu saiba. Eu não


tenho nada planejado”.

“Então, isto é um encontro”, Henry disse, levando minha


mão para sua boca e a beijando. “Desculpas de novo, Rosie. Eu
nunca quis magoar você, nunca”.

“Obrigada, Henry. Eu aprecio isso”.

“Te vejo está noite?”

Eu estava para dizer sim, quando ocorreu uma batida em


minha porta. Olhei para cima e vi Phillip parado na porta com
um sorriso em seu rosto. Gesticulei para ele entrar, parecendo
um pouco excitada que ele tivesse descido para me visitar.

“Eu sinto muito, estou interrompendo algo?” Phillip


perguntou, olhando para Henry e eu.

“Não, não. Phillip, este é Henry, meu amigo. Henry, este é


Phillip”.

Henry acenou e balançou a mão de Phillip. “Ah, o cara dos


rolos adesivos”.

“Sim”, ele sorriu, levantando seu queixo para cima. “Vejo


que você os recebeu. Estou contente”.

Henry e Phillip se encararam em silêncio, um medindo o


outro. Eles eram da mesma altura e construção corporal; seria
uma competição equilibrada com certeza, mas meu dinheiro
estava com Henry. Ele parecia afetado às vezes, mas ele era
um cavalheiro e poderia se segurar. Sem dúvidas sobre isso.

“Ahem”, limpei minha garganta. “Henry, você não estava


saindo?”

Com uma última encarada, Henry se virou para mim e


disse, “Vejo você está noite, amor?”

“Sim”, concordei, odiando que ele estava agindo todo


charmoso e doce agora, na frente de Phillip, como se estivesse
tentando marcar seu território.

“Me avisa se precisar de algo. Eu vou pegar comida


chinesa. Tenha um bom dia, amor”. Com isso, ele me puxou em
um rápido abraço e depois saiu, me deixando sozinha com
Phillip.

Ele se voltou para mim com um olhar confuso em seu


rosto e então disse, “Você tem certeza de que são só amigos?
Pareceu como se pudesse haver mais entre vocês dois”.

“Não, acredite em mim, nós somos só amigos. Eu não sou


o tipo dele”.

“Ainda bem, por que eu iria ter de lutar com ele por um
encontro com você, se você fosse o tipo dele”.

“Você quer sair comigo?”

Ele fez que sim com a cabeça e deu aquele lindo sorriso.
O homem em minha frente era diferente de qualquer outro
homem que eu tinha conhecido antes. Ele era muito
convencido, muito arrogante e confiante de si mesmo. Isso era
algo atraente; eu conseguia entender por que todas as
heroínas nos livros que eu estava lendo se apaixonavam pelo
tipo dominante de homem. Por que eles estavam na frente,
sabiam que eram desejados, e usavam isso.

Aquele era Phillip. Ele tinha esse ar ao seu redor, que eu


não conseguia evitar ser aspirada pra dentro. Talvez fosse seus
dentes brancos brilhantes, ou como seus ternos eram cortados
especificamente para seu corpo. Não importa o que fosse, eu
queria conhecê-lo melhor, e mais, eu queria conhecê-lo no
quarto.

Deus, eu precisa deixar o Kindle de lado por um instante,


por que minha mente estava ficando mais suja a cada segundo.

“Venha almoçar comigo”, isso foi mais uma ordem que


uma pergunta.

“Aonde iríamos?” perguntei, tentando não mostrar que eu


estava pronta para pular em suas costas e me jogar pelo
corredor com ele.

“Há um pequeno café há um quarteirão de distância; eu


prometo que não será muito demorado. Não quero que a chefe
louca dos gatos fique brava com você”.

“Não, nós não podemos fazer isso. Me deixe mandar um


e-mail rápido, e depois podemos ir.”
“Okay. Se importa se eu esperar em sua sala?”

“É claro que não. Pegue um assento se quiser”.

Mexi meu mouse para acordar meu computador e abri um


novo e-mail. Comecei a digitar uma mensagem para mim
mesma, me lembrando de tomar vitaminas quando voltar pra
casa. Por alguma razão, eu queria parecer importante para
Phillip, então em minha cabeça, enviar um e-mail antes do
almoço fez parecer como se eu estivesse no mesmo nível de
negócios que ele, apesar de eu trabalhar em uma revista onde
gatos literalmente ditavam meu trabalho.

Feliz com o meu e-mail, eu o enviei e depois levantei.

“Você está pronta?”

“É claro”.

Com sua mão em minhas costas, ele me guiou para o


elevador e pra fora de nosso prédio, o tempo todo
permanecendo em silêncio, o que era um pouco estranho para
mim, já que eu não gostava de silêncios estranhos.

Uma vez que estávamos do lado de fora, Phillip virou para


mim e gesticulou na direção que ele gostaria de ir. “Por aqui”.

Eu o segui, e todo o tempo ele manteve sua mão em


minhas costas, me guiando através das ruas de New York, onde
os carros buzinavam constantemente, pessoas na rua tentavam
te vender bolsas falsificadas, e o cheiro de algo putrefato
flutuando pra dentro e pra fora no ar. Eu amava cada segundo
disso.

Viramos o quarteirão, e o sinal para um pequeno café por


onde eu passava quase todo dia apareceu, mas que eu nunca
tinha reparado.

“Eu vejo esse lugar quase todo dia, mas nunca tinha
estado aqui”.

“Sério? Bem, se prepare para ser surpreendida. Eles tem


o melhor caldo de brócolis com cheddar que você alguma vez
tomou”.

“Melhor que Panera?” perguntei.

Ele me deu um olhar divertido e então concordou com a


cabeça. “Você realmente me perguntou isso?”

“Se eu dizer que não, você acreditaria em mim?”

Rindo, ele balançou sua cabeça e abriu a porta para mim.

O café era bem pequeno, como qualquer outro lugar em


New York, já que imóveis eram difíceis de encontrar. O chão era
quadriculado em preto e branco e as paredes eram de um
laranja queimado. Havia um balcão de doces em uma parede e
outro de frios no outro lado. Era um típico pequeno café que
você encontraria em New York.

A única coisa que parecia fora de lugar era Phillip. Ele


parecia como um homem que jantava no Loeb Boathouse no
Central Park todo dia, não alguém que procurava por um caldo
de brócolis com cheddar de um café local.
“Então, você acha que vai no caldo?”

“Desde que você disse que é o melhor, acredito que tenho


de experimentar”.

“Isto é o que eu gosto de ouvir”, ele sorriu.

Eu observei enquanto ele pedia para nós dois, adicionando


ao pedido águas e um cookie para dividir, o tempo todo
segurando a pose forte e confiante que gritava alta sociedade.
Ele era um absoluto contraste de se olhar e estar por perto;
isso era o mais fascinante, e só me deixava mais curiosa para
ver como ele era na cama.

Não que eu estivesse pronta para pular em uma com ele.


Eu estava apenas curiosa.

Ele me guiou para uma mesa no canto do café e baixou


nossa bandeja enquanto distribuía nossa comida sobre a mesa.
Era fofo vê-lo cuidar de tudo.

Uma vez que estávamos ajeitados e tomando nosso caldo,


Phillip ergueu seus olhos para os meus e perguntou, “Me diga,
Rosie, onde você estudou?”

Tomando o caldo, que era na verdade bem delicioso, eu


disse, “NYU, com meus dois melhores amigos com quem eu
moro agora”.

“Você divide apartamento?” ele perguntou, um pouco


surpreso.

“Sim, infelizmente. Como você sabe, é caro aqui, e viver


com o salário da, Felinos Amigáveis não vai me colocar em uma
cobertura em Manhattan”.

Rindo, ele respondeu, “Eu posso entender isso. Você tem


aspirações de trabalhar em alguma outra coisa?”

“Eu tenho; eu na verdade estou trabalhando em um livro


agora mesmo. Eu amaria poder escrever minhas próprias
coisas e não ter de ouvir uma pessoa me ditar sobre que artigo
sobre gatos eu tenho de escrever no dia. Ou como eu preciso
de mais miaus em minhas estórias”.

“Miaus? Sério? Sua chefe diz isso?”

“O tempo todo”, eu ri. “Nós temos reuniões toda segunda


de manhã, e você deveria ouvir algumas das coisas que ela diz.
Miau é sua favorita, mas ela também diz coisas como purr-
feito”.

“Ela não faz isso”, ele gargalhou.

“Ela faz, infelizmente. A mulher é certificada. Certeza que


ela tem um travesseiro feito de pêlos de gato”.

“Isso é apavorante”.

“Me fale sobre isso”, eu ri. “Se eu alguma vez precisar de


uma babaca louca na estória que estou escrevendo, vai ser
baseado em Gladys; ela é o material perfeito”.

Assentindo, ele perguntou, “Que tipo de livros você quer


escrever?”
Engolindo com dificuldade, tomei um gole de água e disse,
“Um, novelas românticas”.

Um pequeno sorriso cruzou por seu rosto. “Eu estava


esperando que você dissesse isso”.

“Você estava?” perguntei, levemente confusa.

“Sim. Eu penso que mulheres que podem escrever sobre


romance, sobre sexo, e descrever em detalhes vívidos são
hum, raras, criaturas estraordinárias. Eu amo uma mulher que
esta confortável com sua sexualidade”.

Seus olhos me atravessaram, me iluminando por dentro.


Droga, ele estava cantando para minhas partes femininas só
com seus olhos.

“Eu tento meu melhor”, menti, pensando sobre minha


última tentativa de escrever uma cena de sexo, onde eu falei
sobre pêlos púbicos e respirações irregulares. Aparentemente,
aquelas coisas não eram sexy, e eu aprendi isso com Delaney,
que tinha zero filtro quando dizia que alguma coisa estava
errada.

“Eu não vou mentir, Rosie... isso me faz te querer mais”.

“Me querer?”, engasguei.

Eu me senti como se estivesse em um daqueles romances


eróticos, onde num minuto você está curtindo uma fina refeição
e no minuto seguinte, você inocentemente lambe seus lábios,
por que eles estão seriamente secos, mas o macho alfa sentado
em sua frente pensa que você está lambendo seus lábios para
mostrar a ele quão ''rosa'' é sua língua. E é aí que as coisas
saem de controle.

Eu estava esperando pelo momento onde Phillip me


mandaria inclinar sobre a mesa para que pudesse me pegar por
trás enquanto dava tapas em minha bunda, me dando ordens
para chegar lá e gozar, algo que eu tinha certeza que nunca
seria capaz de fazer. Mulheres realmente chegavam ao orgasmo
com um homem falando assim com elas? Quando eu tive um
vibrador enfiado em Virginia, eu tentei dizer a mim mesma
para chegar lá, pensando que talvez as contrações do canal
vaginal iriam liberar a maldita coisa. Mas Virginia me deu o
dedo do meio e segurou apertado seu mini amigo.

“No que está pensando que me deu esse olhar distante?”,


ele perguntou com uma voz profunda, empurrando a atitude
macho alfa toda sobre mim. E maldito seja se isso não estava
funcionando.

“Ummm, nada?” perguntei em uma questão.

“Você estava pensando sobre sexo comigo?”

Yup, isto era uma novela romântica. Ninguém era tão


abrupto num simples encontro, certo? ‘Você estava pensando
sobre sexo comigo?’ Eu quero dizer, eu só encontrei o homem
em um elevador e ele estava perguntando sobre sexo?

“Sim”, a palavra caiu de minha boca antes que eu pudesse


pegá-la de volta.

Quem diabos assumiu o controle de meu corpo? Eu


pensei, com absoluta mortificação correndo por mim com
minha confissão.

Limpando sua boca com um guardanapo, ele acenou com


sua cabeça e levantou enquanto oferecia sua mão para mim.

Eu baixei o olhar para meu caldo metade comido e depois


para o calor no olhar de Phillip e decidi pegar sua mão.

Isso estava mesmo acontecendo? Eu pensei, enquanto ele


me guiava de volta para nosso prédio e subia o elevador, todo o
tempo mantendo sua mão sobre minhas costas, sem dizer uma
palavra. Nós passamos pelo meu andar e subimos para o andar
de cima, onde eu soube que as pessoas elegantes trabalhavam.

As portas do elevador abriram, e com um olá de sua


secretária, passamos por ela e entramos em um grande
escritório de canto. O homem estava em um tipo de alta
posição, mas eu não tive muito tempo para pensar sobre isso,
enquanto ele destrancava sua porta e se virava para mim.

“Vá sentar sobre minha mesa e tire suas calças”.

Ele afrouxou sua gravata e tirou seu blazer em um


movimento suave.

Umm, ele estava falando sério? Tirar minhas calças, em


plena luz do dia? Eu sabia que a estrada de ladrilhos vermelhos
estava não-existente agora, mas ainda assim, ele não podia
encobrir a luz do sol com um cortina? Eu tinha certeza que a
luz iria ser dura sobre minha pele, lançando um grosseiro brilho
sobre minhas curvas.

“Rosie, não me faça repetir”.

Puta merda! Eu queria dizer ‘Sim, senhor Grey, senhor’ e


então bater meus cílios como Anastasia, mas decidi não
interpretar, já que eu estava bem certa de que ele não gostaria
disso.

Chegando a conclusão de que eu estava vivendo uma


cena de uma novela erótica, eu afastei todas minhas
inseguranças, minhas obrigações de trabalho, e tirei minhas
calças, revelando as calcinhas brancas que eu escolhi usar, que
tinha um pequeno coração na frente. Não era o mais sexy par
de peças íntimas que eu tinha, mas não marcava, e aquilo era
tudo com o que eu me preocupava.

“Tire essa calcinha de criança”, ele ordenou, arregaçando


as mangas com precisão e me examinando.

Não era calcinha de criança; eu comprei na Victoria's


Secret! Mas mantive minha boca fechada, dei uma respiração
profunda, e abaixei minha calcinha, que ele tirou de minha mão
e atirou no lixo.

Novelistas estão certas no que diz respeito a alfas e peças


íntimas: elas eram tão descartáveis para eles quanto papel
higiênico. Eu queria reclamar que aquela calcinha custava cinco
dolares, e não era algum tecido de dois centavos que ele
poderia jogar por aí, mas de novo, eu mantive minha boca
fechada.

“Eu quero provar você”, ele disse, me imobilizando contra


sua mesa. “Desde que eu vi você no elevador, eu quero saber
que sabor essa buceta tem”.

Okay, quando eu encontrei Phillip pela primeira vez, eu


achei que ele era atraente, forte e confiante, mas nunca pensei
que ele tinha uma boca suja.

Provar minha buceta? Puta merda, caras realmente dizem


isso? Esta era uma experiência inteiramente nova. Eu desejava
puder dizer a ele para ir mais devagar. Se eu pudesse gravar o
que ele disse, talvez tomar notar para meus futuros livros e
comparar com outras novelas eróticas... porque esta pequena
cena acontecendo estava na mosca!

Com uma pequena levantada, ele me sentou sobre sua


mesa, nua da cintura pra baixo, pernas extendidas.

“Assim não”, ele disse, tomando minhas pernas e levando


as pra cima em direção ao meu peito, expondo cada
centímento de minha metade de baixo. Eu instantaneamente
fiquei vermelha com o pensamento do que minha vagina
pareceria junto da minha bunda descolorida. Eu estava rezando
para que não fosse uma situação toda ‘marfim e ébano’ ali
embaixo.
“Rosie, sua buceta me deleita. Eu não esperava que você
fosse uma total depilada, mas eu não poderia estar mais feliz”.

Minha buceta o deleitava? Bem, agradeço aos cus por sua


aprovação, pensei sarcasticamente.

Com uma rápida inclinação, sua cabeça estava entre


minhas pernas e seus dedos estavam abrindo minhas dobras de
moça. Eu não consegui evitar pensar que eu estava de verdade
sendo tocada em minhas mais privadas partes por um homem.
Se eu só não estivesse tão arreganhada, iria me sentir mais
confortável. Ele literalmente tinha minhas pernas pregadas
contra meu peito e o mais abertas que eu conseguia. Se ele
quisesse conduzir um exame, poderia fazer um exceletente
trabalho.

Quando eu pensei que ele iria só ficar ali, com sua cabeça
entre minhas pernas não fazendo nada, ele mergulhou sua
língua contra meu clitóris, fazendo o mais hediondo som sair de
minha língua.

Aquilo soava como se eu gargarejasse uma bacia de


melaço enquanto era estocada na bunda por uma cascavel.

Prazer rasgava através de mim, só de uma simples


lambidinha da língua dele.

Agora eu sabia por que os peitos das mulheres


arquejavam e suas pernas estremeciam: porque com uma
batidinha, Phillip tinha me deixado ofegante. Literalmente, eu
estava ofegando, língua pra fora, perna balançando pra cima e
pra baixo, baba escapando de minha boca enquanto ele lambia
só os lugares certos.

Um completo estranho estava me lambendo, lambendo


Virginia, que, pelo jeito, não estava protestando.

Não, ela estava batendo suas dobras de alegria, me


deixando saber que minhas inapropriadas e imprudentes
decisões eram imensamente apreciadas.

Sua língua imergia pra cima e pra baixo de Virginia, e


depois viajava pra cima em meu clitóris, onde ele provocava,
soprando e lambendo de novo.

A tormenta que ele estava me dando tinha meu corpo se


iluminando, suando profusamente, e palavras como ‘bolas de
merda’, ‘fodidas fadas mágicas’ e ‘obrigada deuses do orgasmo’
estavam na ponta de minha língua enquanto essa necessidade,
esta ardente necessidade na ponta do meu estômago começava
a crescer em ritmo alarmante. Meus dedões pareciam como se
não estivessem mais presos ao meu corpo, flutuando para o
lado, balançando sobre mim. Meus joelhos agitavam, enquanto
o centro do meu cactus começava a hidratar, preparando para a
monção. Minha cabeça caiu pra trás e eu pressionei meus
quadris em seu rosto. Eu conseguia sentir a pressão
aumentando em minha base, e com uma batida de sua língua,
meu corpo relaxou todo de uma vez e um sonoro, e muito feio,
som escapou de mim. Mas quando minha boca fechou, eu
percebi que o som não veio de minha boca, ao invés... veio da
minha bunda.

Phillip se afastou, aproveitando o momento e enrugando


seu nariz enquanto subia o olhar pelas minhas pernas.

Voltando atrás nos últimos poucos segundos, eu tive que


pensar sobre o que tinha acontecido. Eu realmente peidei
enquanto um homem estava lambendo Virginia? Não, não era
possível, mas o olhar de nojo que cruzou seu rosto me fez
acreditar que era verdade.

O pânico de estabeleceu enquanto eu tentava pensar no


que dizer. Só havia uma coisa que vinha a mente, então eu
expressei o que estava rolando em minha cabeça.

Eu olhei pra baixo em Phillip e disse, “Quem cheira isso,


lida com isso?”

De uma longa distância, eu ouvi Virginia me soprar um


'vai se foder' e depois murchar para finalizar toda a
humilhação. A pobre garota nunca mais iria brincar. Eu xinguei
para minha bunda, querendo colocar uma rolha nela e ensiná-la
uma lição.

Eu peidei; eu peidei na cara de um homem. Eu peidei em


seu queixo, em seu maldito queixo.

Sem uma palavra, Phillip se afastou e se dirigiu a uma


porta fechada, que eu presumi ser um banheiro privado, para
limpar o peido que eu transmiti a ele.
Sem ligar se eu ao menos fechei meu ziper, eu vesti
minhas calças e dei o fora de sua sala o mais rápido possível,
todo o tempo mantendo minha cabeça baixa e tentando evitar
contato ocular com qualquer humano no prédio.

Na descida do elevador para meu escritório, eu xinguei


todas as novelistas de romances eróticos da comunidade de
escritores, por que nem mesmo uma vez elas mencionaram a
possibilidade de peidar em um queixo enquanto estava sendo
chupada. Por que isso?

Oh, eu sei, por que isso não era sexy! Vai se foder, cuzão,
vai se foder.
Capítulo Quatorze
O melhor amigo

A corrida de taxi de volta ao meu apartamento depois do


trabalho foi solitária, enquanto eu me deslocava no assento
gasto de couro, sentindo falta de minha calcinha,
especialmente por que o zipper de minhas calças estava
esfregando contra a pobre Virginia. Eu normalmente tomava o
metrô pra casa do trabalho, pois era mais barato e rápido, mas
nesse estado, eu não poderia encarar o mundo subterrâneo de
New York.

Eu conseguia-me sentir começando a deslizar dentro de


uma bacia escura de negação. Eu tinha passado uma boa
porção de minha vida lendo livros sobre romance, e nem uma
vez fui exposta a tal depressiva realidade de que isso não era
tão fácil quanto parecia. Mas então, novamente, Delaney e
Henry pareciam ter um tempo bastante fácil no que dizia
respeito a obter um relacionamento. Então, o que me vinha era
que eu era amaldiçoada; não havia outra razão para isso.

Talvez eu tivesse altas expectativas, talvez eu estivesse


saltando da barra mais alta?

Meu telefone começou a tocar em minha bolsa, e sem


olhar para a identificação da chamada, atendi.

“Alô?”

“Rosie?” uma voz familiar perguntou.

“Sim?” eu não estava conseguindo reconhecer a voz, mas


sabia que já a tinha ouvido antes.

“Hey, é Lance”.

“Lance?” perguntei, um pouco surpresa em ouvi-lo do


outro lado da linha. Depois da minha situação de calças
rasgadas, pensei que nós estavamos acabados. “Wow, eu não
estava esperando que você me ligasse”.

“Por que não? Eu disse que ia ligar”, ele disse em um tom


relaxado. Mas eu estava tudo menos relaxada, por que
francamente, estava além de nervosa no que dizia respeito a
homens agora. Era quase impossível para eu relaxar.

“Sim, não é pra bancar a mulherzinha com você, mas isso


foi há alguns dias. Depois de não ouvir de você de cara, eu
meio que descartei a ideia de ver você de novo”.

“Eu sinto muito”, Lance disse, respirando de forma


exasperada. “Eu não estava esperando gostar tanto de você”.

“Gee, obrigada”, eu disse, enquanto rolava meus olhos e


olhava para fora da janela do taxi.

“Isso não saiu direito”, ele tentou dizer. “Eu só, eu fiquei
assustado”.
“Depois que você disse que queria sair comigo? Depois de
você dizer que esperava ser colocado em outra sessão de fotos
comigo? Pare de brincar comigo, Lance. Eu não sou estúpida”.

Sim, eu estava sendo uma vaca, mas eu não estava no


humor de lidar com ninguém, especialmente homens. Eu
estava emburrada, irritada, envergonhada, e tudo que eu
queria era colocar um par de moletons e afogar minhas
tristezas em um pote de sorvete.

“Eu não estou brincando com você, Rosie. Sinto muito se


eu te fiz pensar outra coisa. Eu sou um idiota, e sim, eu deveria
ter ligado mais cedo. Eu realmente espero que você me perdoe
e considere sair comigo de novo. Desta vez só você e eu, sem
boliche ou oportunidades de rasgar suas calças”, seu traço de
humor facilitou a tensão em meu corpo. “O que você diz, Rosie?
Posso te levar para um passeio de barco no Central Park no
sábado?”

“Hmm, depende. Você planeja afundar o barco? Com


minha sorte, isso poderia acontecer”.

“Promessa, não haverá afundamento do barco”.

Eu realmente queria sair com ele de novo? Eu pensei


sobre isso por um segundo, e honestamente, eu queria. De
todos os encontros que eu tinha estado, realmente curti a
companhia de Lance mais que os outros. Atticus era divertido,
mas eu esmaguei suas nozes, então sem chances ali; Alejandro
tinha um grande ‘evitar’ escrito com aquela grande besta
selvagem crescendo em suas cuecas, e Phillip, bem, certeza
que eu não ouviria mais dele.

“Eu acho que estarei livre no sábado”.

“Você está bancando a difícil?” ele riu no telefone.

“Talvez, está funcionando?”

“Está. Estou começando a ficar desesperado aqui. Eu iria


amar te ver de novo, Rosie”.

“Seria legal ver você de novo, também”, concedi. “Mas eu


não vou pedalar naquele barco”.

“Deixa comigo. Que tal um picnic também?”

“Depende, o que você leva em um picnic?”

“Um, o que você acha de sanduiches bologna? Eu faço um


com mostarda, e corto eles em pequenos triângulos”.

“Triângulos, bem, eu tenho de dizer sim para isso. Eu nem


mesmo acho que tenho uma escolha”.

“Você realmente não tem”, ele riu. “Então, você quer que
eu te pegue?”

“Eu posso encontrar você, não precisa vir me pegar. Só


me avise quando e onde”.

“Que tal no barco lá pelo meio dia? Funciona pra você?”

“Funciona perfeitamente”, eu respondi, me sentindo um


pouco melhor.

“Bom, estou no aguardo. Antes de nós desligarmos o


telefone, me diga, como está o mundo dos gatos?”

“Como você acha que está?”, perguntei, rindo. “Com


certeza, se eu tivesse baixado minha guarda hoje, os gatos
teriam me comido viva. Eles podem sentir quando eu estou
tendo um dia ruim, e minha determinação tinha fraquejado”.

“Você teve um dia ruim?” ele perguntou suavemente,


fazendo borboletas flutuarem em meu estômago. “O que
aconteceu?”

Ha! Como se eu fosse dizer a Lance o que estava


acontecendo. Não, obrigada. Eu não iria dizer a um homem
com quem eu queria sair que eu tinha soltado um barulhento
peido no rosto de outro cara. Certamente isso seria um suicídio
de encontro.

“Só algumas coisas no trabalho, eu não vou te incomodar


com isso”, respondi evasivamente. “Nada que não vá passar,
mas obrigada por perguntar”.

“Bem, se você quiser conversar, me deixe saber”.

“Obrigada, Lance”, eu disse, chegando ao meu


apartamento. “Hey, eu tenho que pagar o taxi, então tenho que
ir. Te vejo no sábado?”

“Sim, não se atrase”.

Nós desligamos e eu paguei o taxista, dando a ele uma


gorjeta decente por não me fazer esperar no trânsito por muito
tempo na hora do rush. Ele fez algumas manobras
extravagantes que, sim, tinham me feito mijar nas calças
algumas vezes, mas ele me trouxe em casa.

Quando entrei no apartamento, fiquei surpresa em ver


que Henry já estava em casa. Fiquei inda mais surpresa que
havia comida chinesa no balcão da cozinha, um par de calças
de moletom e uma camiseta larga dobrada sobre a cadeira, e
um sorridente Henry em um par de shorts e uma camiseta
justa esperando por mim.

“Bem vinda a casa, amor”, ele disse, enquanto se dirigia a


mim e pegava minha muda de roupas.

“Pensei que você iria querer se trocar antes de nosso


pequeno encontro começar. Delaney vai estar na casa de Derk
esta noite, então nós temos o lugar só pra gente”.

“Você diz como se alguma coisa fosse acontecer”, eu disse


com um sorriso triste e peguei as roupas. “Obrigada por isso.
Eu vou me trocar e já volto”.

“Espera aí”, Henry disse, segurando minha mão e me


puxando pra ele. “O que está errado? Você continua brava
comigo? Eu quero que você saiba que eu realmente sinto muito
Rosie. E eu também sinto muito se agi como um babaca com
aquele cara dos rolos adesivos mais cedo”.

“Não é isso”, eu disse, me afastando. “Só um dia ruim. Eu


já volto. Me faz um prato?”

Eu o deixei cuidando da comida enquanto me trocava. Me


despi, tirei meu soutien e fiquei sem calcinhas, até por que eu
já estava. Eu não queria nada me apertando esta noite. Uma
vez que eu joguei meu cabelo pra cima em um coque
bagunçado e coloquei minhas meias de pelúcia, me dirigi para a
sala para encontrar Henry ligando o DVD player e colocando
dois grandes pratos de comida na mesa de centro.

“Ja arrumei tudo pra nós”, ele disse, vindo ao redor do


sofá.

Eu sentei de pernas cruzadas no sofá e apoiei uma


almofada no meu colo. Henry sentou perto de mim, e estava
me entregando meu prato de comida quando viu as lágrimas
que estavam em meus olhos. Instantaneamente, ele colocou
seus braços ao meu redor, me apertando em um abraço em seu
peito.

“Rosie, o que está errado? Porque você está chorando,


amor?”

“Eu sinto muito”, disse, falando com a boca em sua


camiseta, tentando evitar babar tudo sobre ele. Eu me afastei e
enxuguei meus olhos. “Só um dia difícil”.

“É o que você diz; você quer falar sobre isso?”

“Não realmente”, eu admiti. Mesmo dizer a Henry parecia


como algo que eu não podia possivelmente fazer.

Ele franziu sua boca para o lado enquanto me estudava.


“Rosie, você vai me dizer tudo. O que aconteceu? Tem algo a
ver com aquele cara do rolo adesivo?”

“O nome dele é Phillip”.

Dando uma profunda respiração, Henry respondeu, “Bem,


isso tem algo a ver com Phillip?”

“Poderia”, mais lágrimas começaram a cair em minhas


bochechas só com o pensamento do que aconteceu.

Aumentando a raiva em um segundo, Henry me fez olhar


para ele e perguntou, “Ele te machucou?”

“Não”, disse, soluçando.

“Amor, por favor, fale pra mim. O que aconteceu? Você


está me assustando”.

Suspirando encostada nele, eu desabafei tudo. “Eu peidei


no queixo dele quando ele estava me satisfazendo oralmente”.

A fricção calmante que Henry estava fazendo em minhas


costas com sua mão parou e eu conseguia senti-lo tentando
compreender o que eu disse.

“Espere, o quê?”

Limpando o catarro de meu nariz, eu elaborei. “As coisas


esquentaram um pouco no almoço, e ele me levou para seu
escritório, onde se abaixou sobre mim, algo que eu nunca tinha
experimentado antes. Eu fiquei um pouco relaxada demais,
então quando ele estava lá embaixo, eu meio que buzinei”.

O rosto de Henry contorceu, e eu conseguia vê-lo


tentando ser educado e não rir na minha cara com o que eu
disse. Ele se segurou, me puxando de volta ao seu peito e
beijando o topo de minha cabeça.

“Não se preocupe com isso, amor. Isso acontece o tempo


todo”.

“Não é verdade. Você vai me dizer que uma garota peidou


enquanto você estava fazendo lá embaixo nela?”

“Aconteceu comigo duas vezes. Eu levo isso como um


elogio, que eu sou capaz de relaxar uma garota tanto que ela
deixa todas suas inibições saírem. Obviamente, não é a coisa
mais sexy a acontecer na cama, mas não é a pior também. O
que Phillip fez?”

Me repudiando, eu disse, “Ele retrocedeu, como se eu


tivesse acendido um fosforo próximo de minha bunda para
canalizar o fogo do dragão, e foi para o banheiro. Eu saí
correndo de seu escritório, sem minha calcinha, o mais rápido
que eu conseguia correr, e depois me escondi em minha sala
até o fim do dia”.

“Oh amor”, Henry beijou o topo de minha cabeça. “Eu


sinto que isso tenha acontecido com você”.

“Você não vai rir de mim, me zoar?”

“Não, você está claramente triste, e o cara deveria ter


sido mais cavalheiro sobre isso. Não é uma coisa incomum,
amor. É dificil manter tudo seguro quando você está tendo um
bom momento, o que eu presumo que você estava tendo”.

“Honestamente, eu não posso acreditar que deixei isso


mesmo acontecer. O que eu estava pensando? Quero dizer, eu
nem mesmo conheço o cara, e eu o deixei enfiar sua língua lá
embaixo. Eu acho que estava toda carregada na fantasia”.

“E que fantasia é essa?” Henry perguntou, beijando a


lateral de minha cabeça e se aconchegando mais perto.

“Você sabe, o macho alfa, fantasia do homem de


negócios. Onde o cara quer você ali naquele momento e você
deixa isso acontecer; você joga a precaução ao vento e deixa o
homem dominar você”.

“Não estou familiarizado com esta fantasia”, Henry


levemente provocou. “Mas parece algo que eu me interessaria”.

“Pare”, eu ri e o empurrei.

“Fiz sair esse seu lindo sorriso agora, não fiz?”

Eu estava quase respondendo quando meu celular tocou.


Alcançando, eu o peguei e vi aparecer o número do telefone
dos meus pais.

“Alo?”

“Oi, querida”, minha mãe disse do telefone. “Como está?”

“Indo bem, mamãe”.

Henry se animou ao me ouvir dizer mamãe. Ele amava


meus pais, e meus pais amavam Henry. Às vezes parecia que o
amavam mais que eu.

Ele puxou o telefone de mim e apertou minha coxa


enquanto dizia, “Olá, senhora Bloom. É ótimo falar com você,
também. Estou indo bem, e você? Oh, é mesmo? Bem, diga ao
senhor Bloom que eu comeria o seu espagueti todo dia, mesmo
se você tiver usado extrato de tomate como molho”.

Me encolhi ao ouvir aquilo. Minha mãe não era a melhor


das cozinheiras, e enquanto crescia meu pai e eu nos
certificavamos de ter comida a mais em casa, para o caso de
ela ter feito molho de espagueti só com extrato de tomate.

“Bom falar com você também. Segura aí”. Henry me


entregou o telefone e disse “É sua mãe.”

“Sério? Eu não tinha ideia”, eu disse sarcasticamente,


enquanto colocava o fone em meu ouvido. “Oi mãe”.

“Oh, eu realmente sinto falta de Henry. Por favor, me diga


que vocês dois vão vir para casa para o brunch no domingo.
Nós amaríamos ver vocês dois”.

“Brunch no domingo? Eu não sei mãe”, olhei para Henry,


que estava concordando com a cabeça e fazendo sinal de
joinha com o polegar. “Você vai cozinhar, mamãe?”

“Você está engraçadinha hoje, não está? Não, você sabe


que seu pai não vai me deixar chegar perto da cozinha no
brunch, especialmente quando ele está fazendo sua famosa
rabanada”.
“Rabanadas? Yeah, eu vou estar aí”.

“E Henry?”

Figuras, minha mãe estava mais preocupada com Henry.

Eu me virei para o homem que estava sorrindo


brilhantemente para mim, seus olhos felizes e seu lindo rosto
iluminado só para mim. Não importava o que estivesse
acontecendo em minha vida, eu poderia sempre me apoiar em
Henry; eu poderia sempre contar com ele para me fazer sentir
melhor.

“Henry, você gostaria de ir ao brunch comigo no domingo


na casa dos meus pais?”

“Você ainda pergunta?”

“Ele tá dentro, mãe”. Minha mãe comemorou do outro


lado da linha, me fazendo rolar os olhos.

“Isto é maravilhoso, querida. Eu sinto a falta de você dois


garotos. Quando vocês vão finalmente ficar juntos? Vocês
fariam um casal perfeito”.

“Está certo, eu tenho que ir, mãe”, eu disse, encerrando a


conversa. Sem falhar, minha mãe sempre fazia a pergunta do
meu estatus com Henry. Ela estava comprometida e
determinada a se certificar de que nós terminaríamos juntos.
Ela não conseguia colocar em sua cabeça que nós eramos só
amigos.

“Okay, querida. Eu amo você, e diga a Henry tchau por


mim”.

“Eu digo”.

Desliguei o telefone e o atirei na mesa de centro. Me


sentindo exausta, apoiei minha cabeça contra o braço do sofá e
olhei para Henry.

“Ela perguntou se nós estamos saindo de novo?” Henry


perguntou.

“Nunca falha em perguntar”.

Rindo, Henry me puxou pelo braço, me fazendo sentar, e


então eu estava em seu abraço de novo. Ele fazia círculos
devagar sobre minha pele com seu polegar, enviando calafrios
através de mim.

“Por que você não deixa isso acontecer? Faça sua mãe
feliz”.

Era sempre a mesma conversa gozada que nós tínhamos


sempre que eu conversava com minha mãe no telefone. Henry
averiguava se minha mãe perguntou sobre sermos um casal, e
então dizia para darmos uma chance a isso. Eu só rolava meus
olhos para mim mesma, porque eu sabia que ele estava
brincando. Ele tinha uma ideia diferente de mulheres para sair.
Mas dessa vez, não parecia que ele estava brincando: ele
parecia mais sério.

“Sim, por que isso não seria um erro”, respondi, tentando


iluminar o humor.
Eu senti Henry enrijecer debaixo de mim com minhas
palavras, e por um segundo, eu pensei que talvez o tivesse
ofendido. Mas logo o senti relaxar de novo quando ele disse:
“Sim, provavelmente”.

“Eu acho que nossa comida está ficando gelada”, eu


sugeri, tentando mudar de assunto.

“Eu deveria esquentar?”

“Não, vamos só comer”.

Me soltando, Henry se inclinou para frente e pegou a


comida. Ele me entregou meu prato e um garfo, e depois pegou
o dele.

“Você me conhece muito bem: carne com brócolis, meu


favorito”.

“Nosso favorito”, ele piscou, enquanto cavucava no prato,


não parando pra respirar enquanto sovia tudo em seu prato.
Com sua boca cheia, ele perguntou, “Então, o que isso significa
para o seu livro? Você continua escrevendo ele?”

“Sim”, assenti, cobrindo minha boca com minha mão


enquanto mastigava. “Só vai levar um tempo. Eu disse a você
que será um pequeno ode a nossa amizade?”

“Sério?” ele perguntou, um pouco surpreso.

“Sim, eu quero modernizar ele um pouco, então estou


escrevendo um livro sobre amigos de faculdade que descobrem
que têm sentimentos um pelo outro ao longo do caminho”.
“Alguma dessas estórias são verdadeiras?” ele perguntou,
erguendo as sobrancelhas.

Eu pressionei minha mão contra sua testa e disse, “Você e


minha mãe. Você está me deixando louca”.

“Isso não seria tão ruim, você sabe. Nós conhecemos um


ao outro, estamos confortáveis um com o outro, e nós somos
melhores amigos...”

“Sim, e nós arruinaríamos essa amizade quando as coisas


não funcionassem”.

“E como você sabe que as coisas não funcionariam?” ele


disse em um tom provocador, mesmo que seus olhos
parecessem sérios.

“Porque nós dois sabemos que eu não sou o seu tipo,


Henry. Além disso, eu sou inexperiente demais pra você. O
mais longe que eu cheguei foi peido na cara”.

Rindo, Henry balançou sua cabeça e disse, “Desculpe, eu


tive de soltar uma risadinha”.

“Tá tudo certo. Eu estava esperando que você finalmente


perdesse essa aparência, onde esta se escondendo por trás”.

Encolhendo os ombros, ele disse, “Eu sou apenas um


humano. Mas voltando a nós”. Balançando minha cabeça, eu o
deixei continuar, “Pense sobre isso, amor. Minha experiência
pode ajudar sua inexperiência. Eu posso ensinar a você tudo
que você precisa saber”. Suavemente, ele me olhou e disse,
“Nós seríamos perfeitos juntos”.

Meu coração tombou em meu estômago quando pensei


sobre a possibilidade. Deus, naquele momento, eu o queria, eu
queria ver como seria estar com ele, ter seus lábios nos meus,
experimentar outro lado de Henry, o único lado que eu não
conhecia.

Ao invés de lançar meus braços sobre ele, eu o ignorei.


Não estava pronta para lançar pra longe uma das melhores
amizades que eu já tive.

“Sai daqui, não vai acontecer”.

“Por que?” ele perguntou com seriedade, me fazendo suar.


Ele estava falando sério agora?

“Sério?” eu perguntei, me sentindo nervosa.

O silêncio caiu entre nós enquanto Henry olhava dentro de


meus olhos, procurando por alguma coisa em mim, e eu não
tinha ideia do que era.

“Esqueça isso. Eu não tô a fim de um filme. Eu acho que


deveria ir para o meu quarto e assistir algo na TV e dormir.
Você é bem vinda a se juntar a mim”.

Eu conseguia senti-lo se afastar, e eu não queria isso,


então eu disse “Festa do sono?”

Seu rosto iluminou de novo quando ele assentiu e levou


meu agora vazio prato para a cozinha. Eu desliguei a TV na sala
de estar e o ajudei a armazenar o resto da comida chinesa. Nós
trabalhamos em equipe, não tendo de dizer uma palavra, mas
fazendo o trabalho eficientemente. Eu rio comigo mesma
quando eu penso sobre isso. Não era de se admirar minha mãe
nos querer juntos; nós já agíamos como um velho casal
casado.

Quando a cozinha estava limpa, as luzes foram apagadas,


e nos dirigimos ao quarto de Henry, que estava sempre
imaculadamente limpo. Mais limpo que o meu quarto, e muito
mais limpo que o de Delaney, desde que ela decidiu que viver
em um ninho de ratos era mais fácil que limpar o quarto.

Nos aconchegamos na cama de Henry, ambos encarando


a TV, mas com Henry atrás de mim, envolvendo seu braço ao
meu redor. Nós começamos a nos aconchegar juntos na
faculdade, e isso era algo que fazíamos com frequência, então
ter Henry enroscado comigo não era nada novo. Mas esse
murmurinho que estava se desenvolvendo no começo do meu
estômago cada vez que eu estava perto dele era, muito novo.

“Onde está o controle?” ele perguntou, procurando ao


redor. “Estava na cama”, ele se esticou e começou a cavar ao
redor.

“Hey, olha isso”, eu disse, bem quando sua mão se


conectou com meu peito. Nós dois prendemos a respiração
enquanto ele me olhava de sua posição acima de mim.

O tempo parou quando procuramos um ao outro, tentando


entender a energia elétrica que estava passando entre nós.
Naquele instante, quando ele tocou em meu peito erguido, pela
primeira vez que eu conseguia me lembrar, eu vi calor em seus
olhos. Meus mamilos ficaram duros daquele pequeno contato
que ele fez, também do caloroso olhar que ele estava me
dando, e da proximidade de nossos corpos; isso tudo era
demais para mim.

Minha mente estava gritando para ele me beijar, me tocar


de novo. Eu nunca pensei que teria tais sentimentos por ele,
àquela ânsia exorbitante pelo homem, mas com ele me
encarando, tão próximo de meu corpo, trazendo uma onda de
calor por minhas veias, eu queria seu toque... precisava de seu
toque.

Cuidadosamente, sua mão lentamente se moveu para a


frente de minha camiseta, onde meus peitos estavam em
repouso. Eu conseguia sentir minha respiração começar a ficar
carregada com sua proximidade. Sua cabeça se abaixou só o
bastante para seu nariz arranhar o meu, mal me tocando. Meu
coração alcançou meu peito só com sua mão levemente
acariciando meu peito sobre minha camiseta. Meu coração
socou em meu peito quando ele desceu os centímetros extras
entre nossas bocas, seus lábios mal bailaram contra os meus.
Foi sutil, mas eletrificante pra caralho, como se partículas
cintilantes disparassem entre nós.

Todo o nervosismo que eu experimentei antes com os


outros caras havia passado, e tudo que ficou foi um esmagador
sentimento de euforia. Mas este era Henry, meu Henry, meu
melhor amigo, o único cara com quem eu podia contar. Eu
estava realmente deixando ele me beijar? Estava realmente
tendo esses sentimentos totalmente consumidores por ele?

Nem uma vez ele me pressionou ou me puxou com força.


Ele manteve seu beijo suave, sua mão macia, e seu corpo
relaxado, o que me fez sentir cada centímetro dele, cada grama
de doçura que ele estava derramando sobre mim, cada último
pedaço de anseio que ele possuía por mim.

Eu estava entregue.

No minuto que ele se afastou, eu me senti vazia, e por


alguma estranha razão, eu queria mais... e aquilo era o que me
assustava mais. Eu não queria que ele parasse de me beijar, ou
me tocar. Eu queria que ele me despisse e pegasse o que eu
estava oferecendo a cada outro homem em minha vida.
Naquele momento, eu queria que Henry fosse aquele a tirar
minha virgindade.

Seus olhos petrificaram enquanto ele olhava para baixo,


em mim, e ele disse, “Sinto muito, amor”.

O sorriso que cruzou seu rosto me disse que ele não


estava na verdade sentindo muito, o que só me confundiu
mais.

Ele alcançou o controle embaixo de seu travesseiro e ligou


a TV.
Ele apoiou sua cabeça contra a minha, enquanto seus
braços me puxavam para seu corpo. Ele não disse nada pra
mim, mas ele não tinha que dizer: seus lábios literalmente
fizeram a conversa por ele.

Eu tentei pela minha vida, mas não conseguia entender os


motivos de Henry, ou o que ele estava planejando fazer com a
situação que fermentou entre nós. Depois da conversa que
tivemos sobre estar juntos, e provavelmente o mais
incrivelmente fantástico beijo que eu já tinha experimentado,
eu estava mais confusa que nunca. Mas diabos, estava
satisfeita.

Enquanto a TV soava ao fundo, eu pensei sobre tudo que


aconteceu entre Henry e eu.

Isto tinha mesmo acontecido? Nós estivemos realmente


cruzando a linha da amizade?

Eu conseguia senti-lo adormecendo enquanto se apoiava


em mim, então eu planejei fugir quando fosse desligar a TV
depois de um tempo, e apenas deitei em sua cama, em seu
abraço, pensando no que o amanhã iria trazer.

Eu me sentia estranha; eu não sabia o que dizer a ele, o


que fazer. Só ignoraríamos o que aconteceu e seguiríamos em
nosso alegre caminho, ou conversaríamos sobre isso de manhã
enquanto curtíamos uma caneca de café juntos?

Calor queimava através de mim no pensamento de ter


aquela conversa. Não havia jeito de eu conseguir fazer aquilo.
Eu era covarde demais.

Ao invés de passar a noite com Henry, eu lentamente me


furtei de sua cama e o cobri com seus cobertores. Antes de
sair, eu olhei para ele e estudei seu lindo rosto. Desde quando
eu podia me lembrar, eu tinha uma queda por ele, muito
tempo, mas eu sempre soube que nós éramos melhores como
amigos e, eu estava certa. Ele era meu melhor amigo do
mundo inteiro, e eu não iria desistir daquilo por uma paixonite.
Eu nunca iria querer perdê-lo.

Assim que deixei o quarto dele, comecei a pensar sobre


suas intenções com aquele beijo. Porque ele iria fazer aquilo e
arriscar tudo que nós tínhamos juntos? Ele era realmente um
caçador de cerejas como Delaney disse? Me devastaria se ele
fosse.

Eu voltei para meu quarto e fechei a porta


silenciosamente, para não acordar Henry. Tirei meu Kindle e
comecei a ler para clarear minha mente, e me perder em
outros pensamentos que não fossem os meus. Adormeci
lentamente naquela noite, ignorando a pressão do sentimento
que estava começando a se erguer em meu peito com o
entendimento daquilo, o fato que Henry e eu cruzamos uma
linha esta noite que eu estava bem certa de que iria ter um
grande impacto sobre nossa amizade.

Na manhã seguinte eu o evitei a todo custo, me


aprontando para o trabalho. Normalmente, nos esbarrávamos
um no outro no banheiro, ou ele viria ao meu quarto enquanto
eu estava fazendo a maquiagem checar se estava tudo okay
comigo, mas aquilo não aconteceu. Nós mantivemos nossa
distância, e aquele sentimento corrosivo crescia cada vez mais
com cada minuto que nós ficamos sem falar um com o outro.

Eu me vesti com uma saia lápis preta e uma blusa poá de


seda, combinando isso com saltos altos pretos.

Meu cabelo estava ondulado está manhã, graças ao


modelador de cachos, e eu estava usando minha assinatura:
batom vermelho. Eu não tinha ideia do por que eu me arrumei
toda para trabalhar, já que meus colegas de trabalho eram um
bando de bolas de pelo. Mas tudo que eu conseguia pensar era
que me vestir bem para o trabalho me faria sentir melhor sobre
mim mesma.

Como Delaney ficou com Derk noite passada, era só Henry


e eu no apartamento, tornando isso muito mais desconfortável.

Eu caminhei para a cozinha enquanto abotoava minha


saia, decidindo se eu poderia sair com dois ou tres botões
abertos, quando notei Henry se inclinando contra o balcão da
cozinha, vestido em um de seus imaculados ternos e tomando
uma caneca de café.

“Bom dia, amor”, ele disse casualmente por cima de sua


caneca de café, como se não tivesse me dado o mais
apaixonado beijo da minha vida noite passada.
“Bom dia”, respondi, olhando para o chão e pra minha
bolsa. Eu estava pronta para dar o fora do apartamento,
mesmo se isso significasse chegar cedo no trabalho.

Eu não tive chance, apesar, quando senti Henry vir até


mim por trás e colocar suas mãos sobre meus quadris. Ele
abaixou sua cabeça em minha orelha, me dando calafrios na
espinha.

“Você está linda, amor”.

Virginia grunhiu com prazer enquanto eu tentava acalmar


meu coração furioso. O que estava acontecendo?

“Obrigada”, chiei.

“Dê uma volta”, ele ordenou, e eu fiz como ele disse, sem
nem mesmo questionar.

Com uma inclinação de meu queixo, ele me fez encarar


dentro de seus lindos olhos, desejando que eu pudesse ler sua
mente.

“Me desculpe se eu te peguei de guarda-baixa ontem a


noite, mas eu não sinto muito pelo que fiz. Eu não consegui me
segurar quando você estava tão linda com seus cabelos
espalhados em meu travesseiro e seus olhos azuis olhando pra
cima, me encarando. Eu tive de provar você, amor”.

Umm, não era algo que eu esperava ouvir de meu melhor


amigo.

“Okay”, eu disse como uma idiota.


Sorrindo, ele pressionou seus lábios contra minha testa e
disse, “Tenha um bom dia, amor. Eu falo contigo mais tarde”.

Com isso, ele abotoou o blazer de seu terno e colocou seu


celular no bolso. Eu observava enquanto ele se afastava com
desembaraço, como se a tensão entre nós não estivesse
pairando sobre a gente como um gigante elefante rosa.

Uma vez que a porta do apartamento fechou, eu soltei


uma longa respiração que estava segurando, e me inclinei
contra o balcão da cozinha. Em que diabos eu tinha me metido?
Capítulo Quinze
Os mais finos fluídos do caldeirão étnico de New York

“Onde está Delaney?” perguntei a Derk, que estava de


bobeira em nosso apartamento, parecendo bastante inquieto.

“Fazendo compras”, ele olhava ao redor da sala de estar


enquanto eu passava o rolo adesivo no sweater que estava
usando.

Eu estava me aprontando para o meu encontro com Greg,


que eu estava meio-esperando agora. Aquilo parecia mais uma
tarefa neste ponto. Apesar de que eu estava excitada sobre a
parte da pizza.

Os últimos dois dias tinham sido os mais esquisitos da


minha vida, graças ao beijo espontâneo de Henry. Durante o
dia inteiro de ontem, eu pensei sobre como ele me tratou de
manhã, e como isso parecia certo, mas também tão estranho.
Quando cheguei em casa na noite passada, fingi estar doente e
me certifiquei de ninguém vir ao meu quarto, apagando as
luzes e praticamente me escondendo debaixo de meus
cobertores para que meu Kindle não iluminasse tão
brilhantemente.

Se eu estava evitando Henry? É claro. Eu não sabia o que


dizer a ele, como reagir a ele, e a única pessoa com quem eu
queria conversar, a única pessoa com quem eu trabalhava os
meus problemas, era o problema dessa vez. Eu pensei sobre
conversar com Delaney sobre isso, mas eu não queria colocá-la
no meio de nosso pequeno drama de colegas de apartamento,
especialmente porque ela provavelmente não iria jamais nos
deixar esquecer-se disso.

Restou Jenny, então quando fui trabalhar ontem, eu sentei


em seu escritório e esperei que ela chegasse.

Infelizmente, ela e Henry não se bicam, então ela não foi


de muita ajuda no que dizia respeito a conversar. Ela ficou me
falando para esquecer sobre ele e seguir em frente, que ele
estava só brincando comigo, o que eu não acreditava que fosse
verdade; ao menos eu esperava que não fosse. Ele não teria
razão para fazer tal coisa, exceto por... perseguidor de virgens.

Não havia jeito de ele ser um colhedor de cerejas. Eu não


podia acreditar na ideia de tal coisa, e eu não podia acreditar
que ele arruinaria nosso relacionamento por isso, de jeito
nenhum.

Esta manhã, quando fiquei pronta para o trabalho, eu


escapei de casa rapidamente, o evitando mais uma vez. Eu
sabia que ele sabia, por que depois ele me enviou uma
mensagem de texto me avisando que estava descontente por
não ter me visto de manhã. Eu me sentia culpada, culpada
como o inferno, mas eu era uma ruína de nervos agora, sempre
que estava perto dele, e eu odiava aquilo. Eu não deveria ficar
nervosa perto dele, jamais.

Eu empurrei o drama de Henry pra fora de minha cabeça


quando cheguei em casa do trabalho e comecei a me arrumar
para o encontro. Eu estava esperando ao menos uma noite
agradável com Greg. Ele parecia ser um bom rapaz. Eu recebi
uma mensagem dele mais cedo dizendo que ele não conseguiu
garantir reservas para nós no lugar da pizza, mas ele achou
que seria divertido fazer as pizzas na casa dele, e eu decidi que
estava confortável o bastante com isso. Eu dei a Jenny as
informações sobre o rapaz, normalmente uma tarefa para
Henry, e disse a ela que se eu não lhe enviasse uma mensagem
mais tarde nesta noite, ele tinha me sequestrado.

Eu estudei Derk um pouco mais e notei que ele estava


sentado na beirada do sofá, suas pernas se mexendo pra cima
e pra baixo, olhando em seu relógio constantemente, inquieto.

Aproveitando o momento, sentei perto dele e perguntei,


“Esta tudo bem, Derk? Você parece um pouco, estranho,
agora”.

“Bem”, ele disse, ainda olhando em seu relógio.

“Eu não caio nessa, o que está acontecendo?”

Derk correu suas mãos por seus cabelos, olhando ao redor


de novo, e depois puxou algo de seu bolso. Ele entregou isso
pra mim e eu engasguei quando vi o que era.
“Isso é o que eu penso que é?”

“Sim”, ele assentiu.

“Você vai fazer o pedido esta noite?”

“Eu estava pensando sobre isso, mas ela esta levando


uma eternidade pra chegar em casa. Eu tô perdendo dos
nervos”.

“Por que? Você acha que ela vai dizer não?”

“Ela poderia. Nós não falamos sobre casamento ou algo


sobre isso, Rosie. Mas eu sei que eu não consigo ficar sem ela
mais. Eu não consigo aguentar essa coisa de casa dela e minha
casa. Eu quero que a gente more junto, divida uma vida
juntos”.

Meu coração derreteu bem ali no lugar. Eu gostava de


Derk, mas eu fiquei um pouco mais afeiçoada por ele depois de
seu pequeno discurso.

“Ela vai dizer sim, Derk. Sem dúvidas sobre isso. Ela é
louca por você”.

“Você acha?” ele perguntou, claramente querendo


confete. Eu iria dá-lo a ele, por que ele parecia seriamente
consternado.

“Eu sei, Derk. Ela vai ficar tão excitada. O que você
planejou?”

Ele enconlheu os ombros. “Eu não sei de verdade. Pensei


sobre fazer algo elaborado, mas esse não é o tipo de casal que
nós somos. Eu estava pensando sobre só encontrá-la no quarto
e me ajoelhar, manter isso simples”.

“Isso vai ser uma surpresa total. Eep! Eu estou tão


excitada por vocês dois”, aplaudi.

“Obrigado, Rosie”.

Eu pensei sobre o relacionamento de Derk e Delaney


através dos anos, e como eles começaram como amigos, mas
descobriram que eram mais que amigos enquanto seus
momentos juntos aumentavam. Eu não podia culpá-los; eles
eram elétricos juntos.

“Isso vai acontecer com você, Rosie”, Derk interrompeu


meus pensamentos. “Só tenha fé. Você vai acabar com algum
garanhão; eu sei disso”.

“Obrigada, Derk”, eu ri de sua escolha de palavras. “Eu


não posso acreditar que vocês dois vão finalmente se casar. Eu
sinto como se vocês tivessem estado juntos eternamente”.

“Nós temos, mas eu estou contente que nós começamos


como amigos, por que não há relacionamento a menos que
vocês sejam amigos primeiro”.

“Mas, você não ficou preocupado sobre perder aquela


amizade, se as coisas não funcionassem?” eu perguntei,
tentando parecer casual sobre a pergunta, mas pelo jeito que
Derk me olhou, ele podia ver os meus motivos para aquela
questão.

“Eu estava mais preocupado sobre não ter Delaney em


minha vida, cada segundo do dia. Você conhece aquele
sentimento, quando algo acontece com você, e só há uma
pessoa no mundo que vai te entender e pra quem você
absolutamente tem de contar?”

“Sim”, respondi, pensando em Henry. Ele era meu porto


seguro.

“Essa era Delaney para mim. Eu percebi que, em algum


ponto, eu não a queria mais só como uma amiga, eu a queria
em minha vida em todos os momentos”.

“Mas, cruzar aquela linha, de amigos para... mais que


amigos, não é estranho?”

“Não”, ele disse, enfático. “Quase parecia como se


estivesse destinado a acontecer, como se fosse louco que nós
não estivéssemos nos pegando há anos”.

“Hmmm”, eu torci meu braço em meu colo enquanto


pensava sobre a outra noite, como meus lábios tão facilmente
encobriram sobre os de Henry, como sua mão perambulando
por meu corpo não me fazia querer empurráa-lo pra longe, mas
puxá-lo mais para perto.

Eu tenho lido livros onde melhores amigos ficam juntos, e


isso sempre parece tão fácil. Isto era como parecia, começar a
ver seu melhor amigo de forma diferente? Ele me via
diferentemente? Ou eu era só uma garota?

“Você deveria ir nessa. Henry é um ótimo cara e ele te


adora”.

“Desculpa?” eu perguntei, me sentindo um pouco chocada


que Derk pudesse ler minha mente.

“Qual é, a quimica sexual entre vocês dois é tão


desconfortável de se estar por perto. Seria ótimo se vocês dois
nos fizessem um favor e finalmente agissem”.

“Eu não quero isso, só ter uma noite com ele. Isso poderia
arruinar tudo, Derk”.

“Eu não acho que ele só quer uma noite com você, Rosie.
Você pode ver nos olhos dele, o jeito que ele olha pra você, o
jeito que ele é super protetor com você”.

“Este é ele sendo um amigo”.

“Ah é? Bem, ele não faz a mesma coisa com Delaney,


faz?”

Eu abri minha boca para responder, dizer a ele que ele


fazia, mas quando pensei sobre isso, ele realmente não fazia.
Henry e Delaney eram amigos, mas não tão próximos como eu
e ele éramos.

“Ele não a trata igual por que ela tem você; ele não
precisa ser protetor com ela”, contra argumentei.

“Isso é besteira, e você sabe disso”. Derk levantou do sofá


e caminhou para o quarto de Delaney, onde eu presumi que ele
esperaria por ela. “Só admita isso, Rosie, você gosta de Henry
e ele gosta de você. Quanto mais rápido vocês descobrirem
isso, mais rápido vocês serão capazes de encontrar o que
Delaney e eu temos, e acredite em mim quando eu digo, eu
desejaria meu relacionamento a qualquer um; é a melhor coisa
em minha vida”.

Com um sorriso, ele entrou no quarto dela e fechou a


porta.

Eu me entortei no sofá e tentei entender onde meu


coração repousava. Ao invés de ser capaz de acalmar os nervos
flutuando em meu estômago, eles continuavam a dar nós, de
novo e de novo.

A imagem da personagem principal do meu livro veio a


minha mente, e eu pensei sobre o que ela faria nesta situação,
o que eu iria querer que ela fizesse. Dado que eu sou um
coração romântico, eu estaria batendo meu Kindle no meu
travesseiro, dizendo a garota para desistir de suas estúpidas
reservas e só ir em frente. Não era assim que todos os
românticos eram, tudo sobre dar ao amor uma chance? Essa
era a base de todo livro de romance por ai; dar ao amor uma
chance.

Parecia tão fácil, só se colocar lá, ceder aos sentimentos


que tem mantido escondido por tão tempo, colocar a mais
importante coisa em sua vida na pista.
Mas se eu alguma vez perder Henry por que pensei que
ele poderia na verdade querer começar um relacionamento
comigo, eu nunca iria me perdoar. Ele é importante demais
para mim.

Ugh, eu era aquela garota. Aquela garota que não


conseguia recompor sua maldita mente. Aquela garota no
romance que eu queria chacoalhar incontrolavelmente, dar uns
tapas para colocar algum senso nela. Eu podia ver as resenhas
agora: ‘Deus, Rosie é tão irritante’. ‘Rosie é tão aguada e
insípida’. ‘Rosie não reconhece uma coisa boa mesmo quando
isso bate na cara dela’.

Bem, da perspectiva de alguém de fora, amor parecia


fácil, mas quando é você que está no banco quente, tomando
as decisões, não é tão fácil colocar seu coração lá, juntando
coragem suficiente para se jogar no desconhecido. Amor não é
fácil e amor não é gentil; amor é algo onde você sacrifica tudo
na esperança que talvez, só talvez, haja uma pessoa neste
mundo que vai te aceitar pelo que você é.

A porta da frente do apartamento abriu, e eu sabia sem


nem mesmo olhar que era Henry, só pelo jeito que seus
sapatos batiam no piso de madeira.

“Rosie, estou contente que você está aqui. Eu queria ver


se você gostaria de ir naquele clube de dança comigo? Swing
de sexta à noite”, ele levantou suas sobrancelhas e se sentou
perto de mim.
Eu odiava quão casual ele estava comigo, quando nas
profundezas do meu ser, minhas tripas estavam se revirando.

“Eu não posso”, eu disse, me endireitando no sofá e


olhando pra ele, “Eu tenho um encontro com Greg está noite”.

“Aquele cara do cachorro?”

“Sim, eu tô indo na casa dele fazer algumas pizzas”.

“Vestida assim?” ele perguntou, me olhando de cima a


baixo.

“Sim, o que tem de errado com o que estou usando?”

“Parece um pouco revelador, não acha?”

Eu levantei e me dirigi a um espelho que ficava na sala de


estar. Observei a roupa preta que estava vestindo. Eram calças
pretas e um top preto, mas o top tinha renda no decote, não
realmente mostrando algo.

“Não. Está okay”.

“Eu acho que você deveria ir trocar, e enquanto você está


nisso, aproveite e troque por um vestido de dança, pra você
poder ir dançar comigo está noite”.

“Henry, eu disse a você, eu tenho um encontro”.

“Cancele”, ele disse - se aproximando de mim e agarrando


minhas mãos para me puxar mais perto de seu corpo. Sua
cabeça se abaixou na minha e nossas testas estavam se
tocando. “Venha comigo, Rosie. Me deixe te levar para um
encontro”. O jeito que ele falou comigo era tão vulnerável,
como se ele estivesse tentando me oferecer o mundo, mas
estava nervoso com isso.

Meus pulmões colapsaram, e eu sabia que ia começar a


hiperventilar. Porque ele estava fazendo isto? Ele estava
mudando a dinâmica de nosso relacionamento. Isso me deixava
incrivelmente assustada.

Tentando não magoá-lo, eu disse, “Nós temos um


encontro domingo; nós vamos ao brunch”.

Com um toque de seu dedo, ele levantou meu queixo e


me encarou dentro dos olhos.

“Eu quero um encontro de verdade, Rosie. Eu quero um


encontro com você e só você, não seus pais ou nossos amigos.
Eu quero te levar pra sair, abrir as portas pra você, te mimar, e
te levar pra casa. Eu quero isso tudo, Rosie”.

Sendo honesta, eu respondi, “Você está me confundindo,


Henry. Você está fazendo isso parecer como, como... se
gostasse de mim”.

Ele inclinou a cabeça para o lado e respondeu. “Isso seria


uma coisa ruim?”

Seria? Bem, Virginia ficaria feliz, mas agora mesmo


Virginia ficaria feliz até com uma pipeta lubrificada. Minha
garota interior, a garota que tinha uma queda por Henry há
tanto tempo queria isso, queria ele, mas meu coração não
estava pronto para perder meu melhor amigo.

“Eu não sei”, respondi honestamente. “Eu só estou


confusa, Henry. O jeito que você está me tratando, as coisas
que você está dizendo, tenho receio de te perder”.

“O que você quer dizer?” ele perguntou, genuinamente


confuso.

“Voce é meu melhor amigo. Eu não quero que algo


aconteça entre a gente e depois eu perca você. Eu ficaria
devastada”.

“Você ficaria devastada? Que inferno, Rosie, eu não


saberia o que fazer se você não estiver mais em minha vida”.

“Exatamente”, adicionei, dando tapinhas em seu peito.


“Porque bagunçar uma coisa boa, certo?”

Ele franziu a sobrancelha e deu um passo para trás,


claramente ofendido, mesmo que eu não tivesse a intenção de
ofendê-lo.

Ele coçou seu queixo enquanto me encarava. “Você sabe,


Rosie, me surpreende quão cega e ingênua você pode ser às
vezes”.

“Como é?”

“Você me ouviu. Você não vê o jeito que eu olho pra você


todo dia, o jeito que eu te toco e falo com você? Você não
consegue ver meu coração batendo pra fora do meu peito toda
vez que eu estou perto de você?”
“Sim, mas isso é porque você é meu amigo. Certo?”

Balançando sua cabeça, ele passou sua mão sobre seu


rosto, e depois se afastou.

Yup, eu ganhei o troféu de idiota do ano.

“Henry, eu sinto muito”.

“Sim, eu também, Rosie. Se divirta com seu amante de


cachorros está noite. Eu vou ficar fora no fim de semana. Mikey
me convidou para ir aos Hamptons”.

“Espere, isso significa que você não vai ao brunch?”

“Sim, significa. Eu não vou ao brunch, já que eu mais


provavelmente vou ficar chapado, começando esta noite e
terminando na manhã de domingo”.

“Você realmente não vai?” perguntei, me sentindo muito


triste e pra baixo que ele estivesse começando a me ignorar.

“Eu realmente não vou, Rosie. Eu sinto muito, mas eu não


sinto que devo ficar perto de você nesse momento”.

“Mas, Henry”, minha voz engasgou em um soluço que


queria escapar. No minuto em que ele ouviu o fraquejar em
minha voz, ele suspirou, vindo até mim e me puxando em seu
peito. “Você não pode me deixar. Este é o porquê eu não quero
que algo aconteça. Eu não posso ter você bravo comigo, Henry.
Por favor, não se afaste, eu não consigo lidar com isso”.

Dando uma respiração frustrada, Henry assentiu e depois


se afastou. “Desculpa, amor. Só me dê algum tempo agora,
está bem? Eu te vejo na segunda. Tenha um bom fim de
semana e se divirta com o amante de animais. Não se meta em
nenhum problema”.

Um sorriso fraco se abriu em seu rosto enquanto ele


acenava e se afastava.

Eu podia sentir, esse era o começo do fim para Henry e


eu. Eu sei que ele disse que isso não iria nos afetar, mas já
estava afetando. Ele já estava se afastando, e por causa disso,
um pequeno pedaço dentro de mim morreu. Eu não seria capaz
de sobreviver sem Henry. Ele era tudo pra mim, absolutamente
tudo.

Meu humor para o encontro com Greg estava arruinado,


graças a estranha conversa com Henry, mas eu tentei colocar
uma cara boa quando encontrei Greg, que era tão bonito
pessoalmente quando era nas fotos.

Junto com Greg estava seu melhor amigo, Bear, que


parecia ser um cachorro muito amável, mas protetor. A
dinâmica entre os dois era cativante, e eu conseguia apreciar a
ligação que eles tinham um com o outro, mesmo que fosse um
pouco esquisito que Greg praticamente compensasse o seu
cachorro a cada chance que tinha.
Depois de algumas quase estranhas simpatias e
instruções, nós pulamos direto para o fazer pizzas, o que era
bom pra mim, por que eu estava faminta.

Greg morava no Upper West e tinha um pequeno, mas


bom apartamento. Se seu apartamento não fosse pequeno em
New York, então você estava esbanjando dinheiro. Greg era um
jovem corretor de investimentos, mas de acordo com ele,
estava crescendo com sua companhia, e estava esperando por
uma promoção em breve. Ele falava animadamente sobre seu
trabalho, como ele realmente gostava disso, e isso me
surpreendia, ver alguém tão entusiasmado com seu emprego.

Talvez isso fosse por que eu desprezava meu trabalho.


Delaney e Henry ocasionalmente falavam sobre o que eles
estavam fazendo, mas na maior parte, mantinham seus
excitamentos ao mínimo.

“Então, me diga Rosie, o que te trouxe a New York?” Greg


perguntou, enquanto abria uma garrafa de vinho, algo que eu
iria provavelmente ter de engolir, já que vinho não era meu
favorito de todas as bebidas alcolicas.

“Meu pais moram em Long Island”.

“Ah, eu nunca teria imaginado você como uma garota de


Long Island”.

“Sim, eu quebrei todos os estereótipos”, brinquei.


“Quando eu estava na escola, eu queria descer a ilha e entrar
na verdadeira cidade, então eu malhei minha bunda na escola e
fui aceita na NYU, onde me formei em inglês”.

“Inglês? Interessante. Me diga, qual seu livro favorito?”

“Nenhuma dúvida sobre isso, Orgulho e Preconceito. Esse


foi o romance derradeiro, em minha opinião”.

Assentindo, Greg me entregou um copo de vinho e foi até


a geladeira, de onde tirou uma tigela de massa que ele devia
ter feito mais cedo, por que parecia que tinha crescido durante
o dia.

“Quem é o seu Mr. Darcy?”

“Isso é mesmo uma pergunta? Colin Firth, qual é Greg”,


sorri.

“Okay, só checando, por que se você disesse o cara que


estava na nova versão de Orgulho e preconceito, você sabe,
aquele com Kiera Knightly...”

“Matthew MacFayden”, ajudei.

“Sério? Esse é o nome dele?” Greg perguntou com um


olhar confuso. “Huh, nunca adivinharia isso. Que seja, se você
dissesse esse cara, eu teria de encerrar esse encontro”.

“Eu não sabia que você era um fã de OeP”.

“Aquela Elizabeth Bennet é uma garota enérgica por se


impor a Mr. Darcy”.

Um pequeno riso se abriu em seu rosto, afrouxando a


tensão em meu corpo. Talvez eu tenha tido uma áspera
conversa com Henry que verdadeiramente machucou meu
coração, mas sentada aqui com Greg, bebendo vinho, quase
parecia tão natural.

“Você realmente sabe como ganhar o coração de uma


garota com esse tipo de conversa”.

“Eu sou Jane-ite, o que posso dizer?” ele disse, se


referindo ao nome que os fãs de Jane Austen chamavam a si
mesmos.

“Cala a boca, você não é. A próxima coisa que você vai


me dizer é que é um Brony”.

“O que há de errado com isso? Francamente, Rainbow


Dash é meu Pequeno Poney favorito. Mas Toola-Roola
verdadeiramente tem meu coração, às vezes”.

Eu babei um pouco de vinho com sua confissão e peguei


uma toalha para secar meus lábios, enquanto ele jogava sua
cabeça pra trás e gargalhava.

“Por favor, me diga que você é não um brony de verdade?


Como você sabe os nomes deles?”

“Eu tenho uma sobrinha de seis anos que é obcecada. Eu


cuido dela ocasionalmente para meu irmão, e você consegue
adivinhar seu último vicio?”

“Meu pequeno poney”.

“Bingo” Greg disse, tocando meu nariz. “Eu fiquei de saco


cheio assistindo o maldito programa e brincando com os
bonecos. Eu tenho de ser honesto, alguns daqueles pôneis são
verdadeiras vacas”.

“Eu só posso imaginar; há brilho demais no mundo para


ignorar”.

“Isso é verdade”, ele balançou sua cabeça e sorriu. “Já


deu de conversa sobre pôneis. Deveríamos fazer nossas
pizzas?”

“Claro. Me deixe lavar as mãos rapidinho, e daí eu posso


ajudar”.

Sai do banco que estava sentada e fui para a pia, onde


lavei as mãos. Eu gostei de verdade de sua cozinha pequena,
mas moderna. Era limpa e bem decorada. O rapaz era
organizado, com certeza.

“Quantos anos você tem mesmo?” perguntei.

“Wow, estamos nos animando, não estamos?” ele riu e


respondeu. “Trinta”.

“Trinta? Wow, você é um homem velho”.

“Um velho? Sério? Bem, eu acho que vou curtir umas


pizzas sozinho”.

“Não, eu não quis dizer isso”, eu disse rapidamente,


secando minhas mãos. “Você é... culto”.

“Ha, está bem, boa recuperação. Aqui”, ele me entregou


metade da massa. “Comece a bater e esticar, pra podermos
colocar molho e queijo. Eu tenho umas coberturas na geladeira
pra você escolher também”.

“Você fez essa massa sozinho?”, perguntei, seriamente


impressionada.

“Eu posso ver, pela reverência em seus olhos, que isso te


impressionou, então eu odeio ter de dizer não. A pizzaria da
esquina vende sua massa, então eu pensei em comprar para
nós está noite”.

“Ideia inteligente. Sempre que eu faço pizza em casa eu


compro a massa preparada de caixinha da Jiffy, e vamos dizer
que sempre fica uma merda”.

Rindo, Greg concordou. “Pior mistura de massa. A única


coisa Jiffy que é boa é a mistura de bolinho de milho. Aquela
coisa parece legítima”.

“Você sabe que cada cozinheiro sulista está praguejando


seu nome depois dessa declaração”.

“Hey, eu sou um cara da cidade, eu não conheço nada


melhor. Um pouco de mel naquele bolo de milho, e está bom.
Não fica muito melhor que isso”.

“Certeza que fica”, provoquei, batalhando para amassar


minha massa. Greg não parecia ter os mesmos problemas que
eu. “Porque sua massa esta ficando toda lisinha e a minha esta
enrugada como bolas numa bacia de água fria?”
Eu tinha dito aquilo? Levei minha mão até minha boca,
chocada que eu tinha dito tal coisa em um primeiro encontro.

Quando olhei para Greg, ele olhava embasbacado para


mim, com um sorriso de um lado a outro de seu lindo rosto.

“Oh meu deus, eu não sabia que eu estava trazendo uma


boca suja junto com o pacote que eu convidei. Eu gostei disso”,
ele riu. “Para responder a sua pergunta, você precisa amassar
sua massa, fazer amor com ela”.

Fácil pra ele, eu pensei. Ele definitivamente não era


virgem, não com aquele corpo, aquele rosto, e aquelas mãos.

Não, ele era experiente.

Como você faz amor com uma massa? Visões minha de


pegação com a massa, enfiando minha língua nela e
golpeando-a até ela achatar corriam por minha mente. A ideia
toda era completamente absurda, mas então de novo, talvez
isso pudesse funcionar.

Eu inclinei minha cabeça por um segundo, e então o bom


senso me chutou na bunda e me disse para ser uma humana
normal. Ao invés de ficar de pegação com a minha massa de
pizza, eu olhei para Greg e observei o que ele estava fazendo, e
imitei seus movimentos.

“Eu acho que meus punhos são pequenos demais”, eu


disse, enquanto socava a massa.

Greg afastou sua massa e pegou minhas mãos. Ele as


levou para perto de seu rosto e as examinou cuidadosamente.

“Quer saber, eu acho que você está certa. Essas mãos são
delicadas demais. Aqui, pegue minha massa e eu pego a sua”.

“Que homem cavalheiro”, brinquei.

“Não se esqueça disso”.

Nós achatamos nossa massa de pizza um pouco mais, e


uma vez que estávamos satisfeitos, as colocamos na assadeira.

“Certo, esta é a parte divertida: hora de colocar umas


coberturas”. Ele foi até a geladeira e começou a tirar tigelas
com papel filme em cima delas.

“Eu tenho pimentão em cubos, peperoni, azeitonas pretas


e brócolis” ele riu para mim e continuou - “Algumas salsichas e
cogumelos”.

“Azeitonas pretas e brócolis? Tentando ganhar uns pontos,


não é?”

“Esta funcionando?”

“Admiravelmente”, respondi, sabendo que isso era


verdade.

“Yeah”, ele socou o ar como um nerd, me fazendo rir.

Surpreendentemente, eu estava tendo um tempo muito


agradável com Greg, e estava tentando entender o que estava
errado com ele. Sempre havia algo errado.

Depois que nós colocamos as coberturas em nossas


pizzas, as colocamos no forno e esperamos que assassem. Ele
me convidou a ir até o sofá, o que eu aceitei. Eu me sentei em
cima de uma perna para então encará-lo. Ele se virou para mim
com seus braços no encosto do sofá. Ele estava usando uma
polo azul marinho e jeans; ele estava vestido casualmente, e
ainda assim muito bem.

O que me fez rir foram suas interessantes meias


estampadas. Elas eram amarelas com rosquinhas de cobertura
de morango.

Eu apontei para elas e disse, “Meias legais”.

“Obrigado, minha mãe me dá meias o tempo todo, com


coisas estranhas nelas”.

“E você usa? Você é um filho exemplar?”

Ele encolheu seus ombros. “Ela fez disso um hobby. Ela


gosta de encontrar meias estranhas de diferentes lugares.
Aleatoriamente, eu recebo pacotes dos correios contendo só
um par de meias”.

“Sério? Isso é fofo. Qual é o seu par favorito por


enquanto?”

“Hmmm, está é uma pergunta difícil. Eu tenho muitas.


Provavelmente o par que homenageia o Duque e a Duquesa de
Cambrigde.”

“Você quer dizer principe William e Kate Middleton?”

“Os próprios”, ele sorriu. “Uma meia tem o duque e a


outra tem a duquesa. Eu nem consigo dizer a você o quão
dentro do casamento real minha mãe estava. Ela voou para a
Inglaterra para ficar do lado de fora e hastear uma bandeirinha
com seus rostos enquanto eles circulavam pelas ruas de
Londres”.

“Sua mãe estava lá?”, perguntei, completamente


boquiaberta. Quero dizer, eu não era obcecada pelo casamento
real, mas vou admitir que eu tinha assistido, e eu tinha
escolhido algumas revistas, mas era só porque Kate Middleton
estava vivendo o sonho de plebéia. Ela era uma camponesa de
manhã, e princesa de tarde. Quando algo assim poderia
acontecer?

“Ela estava. Ela começou a economizar para sua


passagem no minuto em que Kate e William começaram a
namorar”.

“Sério? Mas eles não terminaram em algum ponto?”

“Eles tomaram caminhos separados por um curto período


de tempo, mas minha mãe resistiu por eles e continuou
positiva. Eu queria ter uma gravação de quando minha mãe me
ligou para dizer que eles estavam juntos de novo, oh, e depois
quando eles ficaram noivos, deus, eu realmente pensei que ela
iria ter um ataque do coração, a mulher estava berrando em
minha orelha. Aquilo foi muito intenso”.

“Eu acho que eu amo sua mãe”, eu ri.


“Você estava por dentro do casamento real?”

“Bom, eu não tenho uma moeda comemorativa para


relembrar o dia, mas eu assisti, e eu posso ter pego uma
revista ou duas. E, eu não me importo com o que as pessoas
dizem, Pippa não roubou o show”.

“Eu concordo, ela estava linda, mas nada bate Kate


naquele vestido de renda”.

Eu pausei e o estudei por um segundo com uma risada em


meus lábios.

“Você é gay?” perguntei.

Uma gargalhada gutural veio dele, enquanto sua cabeça


era lançava para trás.

“Não, eu só ouço minha mãe falar sobre a família real o


tempo todo. Sem brincadeira, qualquer coisa que aconteça, ela
me liga para contar”.

“Como ela se sentiu quando o Príncipe George apareceu


em cena?”

“Ela fez um álbum para a ocasião. Imprimindo fotos da


internet do Príncipe William quando bebê e colando perto das
de George. Ela jura que eles eram idênticos, mas eles
realmente não eram. Para agradá-la, eu só concordo”.

“Você é um bom filho”, dei um tapinha em seu peito.

“Eu tento ser. Então, obviamente, quando ela me enviou


um pacote de Londres, imagine você, eu sabia que seria um
par de meias reais, e eu estava certo. Ela também colocou chá
e biscoitos no pacote, afirmando que isso era o melhor que ela
já teve”.

“Parece como se talvez ela devesse ter nascido em


Londres”.

“E eu não sei? Ela mudaria para lá em uma batida de


coração se não fosse por mim e meu irmão. Ela é muito
apegada a minha sobrinha, então ela nunca moraria tão longe
dela. Nós estamos nervosos apesar, por que minha mãe já
começou a falar para a minha sobrinha sobre a família real, e
se tornar uma princesa um dia. Ela acredita que ela poderia ser
a esposa do príncipe George. Ela até mesmo diz a meu irmão
que não há nada errado com sua filha ser uma loba”.

“Oh, isso é demais”, eu ri. “Sua mãe parecer ser incrível”.

“Ela é”.

O forno apitou, indicando que as pizzas estavam feitas.


Eu ajudei Greg a tirá-las, cortá-las e colocá-las nos pratos. Eu
coloquei um pouco de cobertura demais na minha, então eu
tive de usar garfo e faca para comer, por que toda vez que eu
pegava um pedaço, a massa dobrava e a cobertura caía.

Comemos nossas pizzas, que estavam bastante boas, e


conversamos sobre coisas pequenas, mantendo a conversa leve
e divertida. O encontro que eu mais cedo estava temendo
estava na verdade sendo muito divertido. Eu deveria ter
percebido que Greg era um bom rapaz só das mensagens que
ele me enviou.

Depois que terminamos as pizzas, e limpamos e secamos


o balcão, Greg pegou minha mão e me guiou de volta ao sofá.
Desta vez, ele se sentou bem mais perto, ainda com uma mão
em volta do sofá e a outra segurando a minha.

“Obrigado por ter vindo esta noite”, ele disse, me olhando


diretamente nos olhos.

Meu coração disparou em uma batida rápida com sua


proximidade. Nunca deixava de me surpreender o que um
pequeno contato humano era capaz de fazer comigo. Quando
um rapaz começava a se tornar mais íntimo, meu corpo
começava a formigar, e minha mente quase virava um mingau.

“Obrigada por ter me convidado”, respondi, bem quando


Bear se sentou perto de nós e começou a se lamber.

O barulho das lambidas de sua língua em contato com


suas partes íntimas ecoava pela sala silenciosa, e isso era tudo
em que eu conseguia pensar enquanto ele lambia suas tralhas.

Olhando pra baixo, eu dei uma olhada em Bear para vê-lo


mordiscando sua virilha, aparentemente tentando cavar mais
fundo em suas tralhas sujas. O barulho, cheiro, e a visão dele
se limpando me causavam repulsa e me davam ânsias. Eu
pensei que Sir Licks-a-Lot era ruim quando limpava suas mini
bolinhas de gato, mas isto era mil vezes pior, por que o barulho
era como uma baleia esguichando e tentando flutuar através da
merda. Isso era obsceno.

“Fazendo sua limpeza diária, amigão?” Greg perguntou,


olhando afetuosamente para seu cachorro.

Eu afastei o olhar de nojo de meu rosto enquanto


observava Greg admirar as táticas de limpeza de seu cachorro,
e me perguntei como o homem conseguia possivelmente curtir
assistir aquilo, ficar tranquilo ouvindo aquilo.

“Ele tá realmente concentrado, não está?”, perguntei,


tentando ser educada.

“Oh, sim”, Greg respondeu, quase orgulhoso do maldito


cachorro. “Bear deve ter as mais limpas bolas no Upper West,
não é mesmo, amigão?” Greg perguntou, se inclinando e
acariciando Bear na cabeça.

“Nossa, que elogio”, eu disse, tentando esconder o


sarcasmo derramando de minha boca. Eu devo ter feito um
bom trabalho, já que Greg se virou para mim e sorriu. Ele me
puxou para perto dele e começou a brincar com meu cabelo.

Yup, ele queria me beijar. Eu conseguia ver isso pelo jeito


que ele ficava encarando meus lábios, e pelo jeito que ele
ficava centímetros mais perto a cada segundo.

A emoção de alguém se inclinar para me beijar parecia


que nunca se dispersava, por que cada momento era o mesmo.
Eu ficava nervosa e excitada todas às vezes.

Fechando meus olhos, eu me inclinei à frente também,


enquanto a mão de Greg se envolvia ao redor do meu pescoço
e me puxava o último centímetro que faltava. Seus lábios
macios bateram nos meus e gentilmente começaram a me
beijar, enquanto eu respondia ao movimento com
reciprocidade.

O homem sabia beijar, percebi. Eu o deixava me explorar,


enquanto muito levemente abria minha boca, mas não o
suficiente para ele ficar saidinho.

Era um beijo inocente, um beijo doce, que eu curti


completamente.

Tudo estava perfeito, exceto pelo sentimento de alguém


nos observando. Cuidadosamente, eu abri meus olhos e
relanceei Bear enquanto continuava a beijar Greg. Para meu
horror, vi Bear olhando para mim enquanto continuava
lentamente a lamber sua virilha, como se estivesse assistindo
pornô leve e agradando a si mesmo. Seus olhos perfuraram
minha alma e eu não consegui evitar: empurrei Greg. Eu era
capaz de suportar a maioria das coisas facilmente, mas um
cachorro se auto-agradando enquanto assistia a mim e seu
dono se pegando era algo com que eu não conseguia lidar.

“O que foi?” Greg perguntou, confuso do porque eu o


tinha empurrado.
Limpando minha garganta, lancei um olhar para Bear e
disse, “Bear parece ter um problema de ficar encarando”.

“O quê?” Greg perguntou - um pouco insultado.

“Ele fica olhando para nós e se limpando, enquanto


estamos nos beijando. Isso é um pouco estranho”.

“Isso não é estranho”, Greg riu, se inclinando a frente e


dando um tapinha na cabeça de Bear. “Você só está curioso,
não é amigão?”

Em câmera lenta, eu assisti a língua comprida de Bear


com um bola na ponta – grossa – voar de sua boca e começar
a lamber o rosto de Greg, lábios e yup, até a língua, enquanto
Greg ria do ataque de amor de seu cachorro.

Meus olhos se transformaram em microscópios, focando


em cada germe que estava se distribuindo das bolas de Bear
para o rosto de Greg em uma questão de segundos.

Depois de poucos minutos, Greg se afastou e se virou


para mim. “Ele é só um cachorro, nada a se preocupar com
isso”.

Com um sorriso, Greg se inclinou a frente e franziu seus


lábios, bem quando minha mão voou pra cima e interrompeu
sua abordagem, espalmando sua cabeça como uma maldita
bola de basquete.

“Oh, o que você está fazendo?” Greg perguntou por entre


meus dedos.
Eu tentei ver Greg, tentei ver o homem que eu vi antes,
mas isso era impossível. Tudo que eu conseguia ver agora eram
pequenas bolas de cachorro balançando em seu rosto, fezes e
xixi de cachorro manchando aqueles lábios. Pensamentos de,
quantas vezes Greg se pegou com seu cachorro antes de eu
entrar em seu apartamento está noite correram por minha
cabeça.

Será que ele se pegou com Bear pouco antes de eu


chegar? Teria eu, por tabela, terminado beijando as tralhas de
Bear está noite?

“Eck”, eu disse, me levantando e chacoalhando minha


mão.

“O que foi?”

“Você tem bolas de cachorro em seu rosto”.

“O quê?” Greg perguntou, verdadeiramente confuso.

“Bolas de cachorro, você tem bolas de cachorro em seu


rosto. Jesus, eu beijei um homem com cara de bola de
cachorro”.

“De onde isso surgiu?”

“De seu cachorro”, eu disse, apontando em Bear, que


estava na posição de lamber as bolas, mas olhando para nós
dois com a pintura da inocência em sua cara. “Primeiro de tudo,
seu cachorro lambeu suas tralhas como se estivesse cavando...
e segundo, você percebeu que a última coisa que seu cachorro
lambeu foram as bolas dele, e depois ele lambeu seu rosto? Me
chame de puritana, mas eu não quero bolas de cachorro na
minha cara”.

“Você tá falando sério?”

“Sim!” eu disse, colocando minha mão à frente. “Você não


pode achar de verdade que eu iria querer te beijar depois
daquela amostra de afeição com seu cachorro”.

“Eu sinto que você está insultando Bear. Eu não tô legal


com isso, Rosie”.

Jesus.

“Bem, eu não tô legal com seu cachorro praticamente


fazendo um oral nele mesmo enquanto assiste a gente se
beijar”.

“Wow, você fala como uma quadrada. Você é uma esnobe,


Rosie”.

“Eu sou uma esnobe? Porque eu não quero miúdos de


cachorro na minha cara? Okay, eu só achei que estava sendo
higiênica”.

“Eu acho que tá na hora de você ir”.

“Você acha?” eu disse sarcasticamente, enquanto pegava


minha bolsa e corria de seu apartamento, mais nervosa que
nunca.
12 de junho de 2014

Se dar bem na cidade esta se provando ser impossível. Se


não é um pêlo pubiano no fundo da minha garganta, é o
melhor amigo do homem, e eu não estou falando sobre o pênis.

Sério? Ele realmente achou que eu iria beijá-lo depois de


ele se pegar com o cachorro? Mesmo se seu cachorro não
estivesse lambendo suas tralhas antes, eu ainda teria requerido
um lencinho umidecido antes de voltarmos a unir nossos lábios.

Isso é bom senso. Cachorros carregam montes de germes


em um milímetro de suas línguas. Se eles não estão se
lambendo, estão comendo seu côco, ou estão bebendo da
privada, ou só lambendo o poste de luz em que cada mendigo
na cidade mijou.

Nota para mim mesma: não saia com homens com


cachorros a menos que planeje se pegar com os mais finos
fluidos do caldeirão étnico de New York.
Capítulo Dezesseis
A expelidora de leite de homem

“Delaney, eu não consigo acreditar que você está noiva!”


eu disse, olhando a pedra no dedo de Delaney. Derk realmente
foi com tudo no que dizia respeito ao anel.

“Eu sei. Eu dei a Derk o melhor boquete de minha vida


noite passada como agradecimento”.

“Era ele esgoelando?”

“Sim” ela sorriu enquanto eu encolhia.

Eu ouvi alguns medonhos barulhos vindo do quarto deles,


e eu presumi que fosse Delaney, mesmo que parecesse um
pouco profundo para ela. Mas descobrir que foi Derk... eu não
acho que poderia olhar o homem do mesmo jeito.

Mesmo que eu estivesse ligeiramente perturbada, eu


ainda continuava um pouco curiosa, então perguntei, “O que
você fez que o fez fazer tais barulhos zuados?”

“Não julgue os barulhos”, Delaney balançou seu dedo para


mim. “Até que você saiba o que é perder todos os sentidos do
que te rodeia nos espamos da paixão, você não pode julgar”.

“Justo o bastante”.
Ela estava certa. Eu realmente não tinha como julgar,
principalmente por que eu não tinha nenhuma experiência.

Na única vez que eu estive perto de alcançar aquele


grande momento O com Phillip, o homem que sentiu meu peido
o acariciar no queixo – pobre Phillip – eu fiz barulhos que só
um gato feral poderia fazer durante o cio.

“Então, o que você estava fazendo?” perguntei enquanto


meu rosto esquentava de pensar sobre aquela tarde com
Phillip... que desastre aquilo foi.

Se inclinando, Delaney apoiou seu queixo sobre a mão e


disse, “Então, Derk tem essa coisa com suas bolas, ele ama
que elas sejam tocadas, sugadas, lambidas, o que você tiver.
Mas a coisa com Derk é que suas bolas são grandes”.

“Ugh, que nojo, Delaney”, eu disse, me afastando.

“O que? Elas são grande, Rosie. Você tem de saber disto,


nem todos os paus e bolas são iguais. Alguns são assimétricos,
alguns são tortos, alguns são pequenos e largos, e alguns são
finos e compridos. Cada um é de um jeito. Derk só aconteceu
de nascer com as bolas de um deus grego fodido, se é que
deuses gregos tem bolas massivas. Você já viu bolas antes?”.

“Sim”, respondi defensivamente.

“Okay, imagine essas bolas em sua cabeça”.

As únicas bolas que eu tinha visto na vida real foram de


Alejandro, e nós sabemos que elas estavam cobertas por seu
jardim masculino, então eu tentei imaginar como elas seriam
por baixo de toda a erva.

“Okay”, menti, por que tudo que eu conseguia visualizar


eram seus pêlos púbicos... em todo lugar.

“Bem, triplique o tamanho dessas bolas, não,


quadruplique”.

“Umm... okay”, eu disse, ainda não vendo isso, o que


Delaney notou, então ela fungou e olhou ao redor de nossa
cozinha.

“Oh, já sei”. Ela foi até a geladeira e começou a vasculhar


até que tirou uma toranja e depois pegou uma banana no
balcão. Ela as colocou juntas e segurou em minha frente.

“Isto, Rosie, é disso que eu estou falando. Suas bolas são


como essa toranja, enormes”.

Estudando a toranja, eu balancei minha cabeça. Não tinha


como as bolas de Derk serem tão grandes. Onde diabos ele
colocava elas?

“Eu sei o que você está pensando, ele usa cuecas


apertadas. Ele tentou boxers uma vez e eu nunca vi tanta
alergia de atrito na minha vida inteira. Cuecas são como um
sling protetor para suas bolas, mantendo elas apertadas em
seu corpo, dai ele pode andar sem incomodar. A primeira vez
que eu vi suas bolas, eu tenho certeza que apaguei por um
segundo. Quando ele tirou suas calças pela primeira vez na
minha frente, eu vi suas bolas penderam pesadamente de suas
cuecas e balançaram entre suas pernas como um kettlebell.
Isso foi a coisa sexual mais intrigante que eu já tinha visto. Há
algo a ser dito sobre com homem com um gigante par de
amendois.”

“Ah é? O que?”

“A quantidade de porra que sai deles quando eles gozam


poderia derrubar o Titanic. É sempre uma bagunça com a
gente”.

“Uma bagunça? O que? O que você quer dizer com


bagunça?”

“Rosie, quando um cara goza e não está usando uma


camisinha, onde você acha que isso vai parar?”

“Em sua vagina”, eu disse, enfaticamente.

“E uma vez que isso está em sua vagina, pra onde isso
vai?”

“Hm, eu não sei. Será que seu útero absorve? Você sabe,
como loção?”.

“Você está dizendo que esperma é uma forma de loção


vaginal?”

Me encolhi - “É?”

“Não!” Delaney disse, rindo. “Oh meu deus, Rosie.


Primeiro de tudo, vaginas não precisam de loção, segundo, o
que entra, tem que sair”.

“Então, o que você está dizendo? Isso só... escorre pra


fora de você?”

“Uh, yeh. Você não me vê correndo do meu quarto para o


banheiro usando só um roupão de banho?”

“Sim, mas eu pensei que você tinha de fazer xixi”.

“Não. Isso é chamado de expelição de leite de homem.


Você prende a sua vagina, mantém suas pernas fechadas o
mais apertado possível, nem mesmo ousa respirar enquanto se
arrasta até o banheiro, e então desaba no vaso para deixar
tudo sair pra fora”.

Minha mão voou para a minha boca enquanto eu torturava


meu cérebro em busca de tal cena descrita em algum dos livros
que eu li.

Nada.

Nada sobre a espelição do leite de homem.

Perturbada, eu perguntei, “Isso só cai pra fora?”

Concordando com a cabeça e dando uma grande mordida


na banana descascada em sua mão, ela disse, “Yup, só cai. O
pior é quando você transa no banheiro de um bar ou algo como
isso, e não dá tempo suficiente para deixar a gravidade fazer
sua mágica. Então você se acaba na pista de dança, dançando
como louca, e de repente, tem uma onda de leite de homem
em sua calcinha...”
“Nananina”, balancei minha cabeça. “Não, isto nunca foi
dito a mim. Onde estava essa informação no livro de sexo?
Onde esta isso na vida?”

“No caso de você não ter percebido, isso é um tipo de


tabu, Rosie. Ninguém quer falar sobre como porra cai fora de
vaginas”.

“Óbvio!”, apoiei minha cabeça em minhas mãos. “Quanto


mais eu descubro sobre essa coisa toda de sexo, mais eu quero
evitar isso. É sabido que dói, e mesmo que os livros descrevam
como uma 'pontada', aparentemente você vai sangrar por todo
lugar – aguardando por isso. E agora você tem de se preocupar
sobre porra saindo de você?”

“Bem, você não deveria ter de se preocupar sobre isso na


primeira, por que você deve estar usando uma camisinha. Além
disso, Derk é uma exceção, já que ele tem bolas gigantes. Com
outro cara com bolas normais você não vai ter tanto creme
para lidar”.

“Não chame de creme, Jesus”.

Rindo, Delaney terminou a banana e disse, “Ainda, isso


não vai ser ruim, Rosie. Eu prometo. Uma vez que você
ultrapassa a estranheza inicial disso tudo, você vai amar, de
verdade. Há algo no sexo que é tão primitivo, tão
absolutamente fodidamente fantástico, que você tem que
experimentar, que você precisa em sua vida”.
“Então, quando eu tiver escrevendo meu livro, eu incluo
essa coisa toda de porra caindo da vagina?”

“Não, Deus, Rosie. Pelo bem de seu livro, você precisa ter
pessoas fazendo sexo seguro, por que isso é ser responsável. E
segundo, você acha mesmo que uma cachoeira de molho de
bebê vai ser algo que leitores vão querer ler?”

“Você acabou mesmo de chamar de molho de bebê?”

“Chamei, por que é o que Derk tem. É tão espesso...”

“Pare, por favor, apenas pare. Há uma linha, Delaney, e


ouvir sobre a textura da porra de seu namorado ultrapassa
essa linha”.

“Porque estamos falando sobre minha porra?” Derk disse


com um sorriso idiota em seu rosto e seu cabelo bagunçado em
diferentes direções, mais provavelmente pelos dedos de
Delaney.

“Eu estava tentando dizer a ela sobre o que te fez gritar


como uma garota noite passada, mas isso se transformou
numa conversa sobre suas bolas enormes”.

“Babe, você sabe que eu só mantenho o conhecimento de


minhas bolas de melão entre nós”.

“Aparentemente não”, resmunguei.

“Eu não tenho a mais linda noiva?” Derk me perguntou,


envolvendo seu braços ao redor de Delaney e beijando a lateral
de sua cabeça.
“Você tem. Eu estou tão feliz por você dois. Bom trabalho
com o anel também, Derk”.

“Obrigado. Valeu a pena, dado o boquete que eu ganhei


noite passada”.

“O mais caro boquete de sua vida”, Delaney provocou,


dando um tapinha em sua barba por fazer.

“O que vocês pretendem fazer hoje?” perguntei, bem


quando meu telefone tocou. “Segura o pensamento”.

Olhei em meu telefone e vi o numero de Lance aparecer.

“Alô?”

“Hey Rosie? Como você está nesta manhã?”

“Bem. Por favor, não me diga que você está me ligando


pra cancelar nosso encontro”.

Bufando uma longa respiração, ele respondeu, “Estou”.

Meu estômago revirou. Eu poderia realmente ter usado o


encontro com Lance hoje, não só para esquecer o erro da
última noite, mas também para espairecer minha mente de
Henry. Como ele disse, ele não estaria em casa, e não atendia
seu telefone. Ele queria seu espaço.

“Mas, eu ainda quero te ver hoje. Eu só preciso mudar


nossos planos”.

Me reanimando, perguntei, “Por que isso?”

“Eu sou meio idiota e quebrei meu pulso noite passada,


então remar um barco está meio fora de questão”.

“Oh não, você está okay?”

“Estou bem, mais envergonhado que tudo”.

“Por que? Como você quebrou o pulso?”

“Eu não posso te dizer. A forma que eu vejo é que se eu te


disser antes de nosso encontro, você poderia não querer sair
comigo. Então, se você ainda vir me ver, eu te digo como eu
quebrei meu pulso”.

“Negociação difícil, mas eu vou pegar. Quais são os planos


agora?”

“Você gostaria de vir aqui e passar um tempo? Talvez


jogar um jogo? Eu tenho alguns analgésicos correndo pelo meu
sistema, e realmente não quero ficar navegando na cidade
agora”.

“Esta bem pra mim. Me manda sms com seu endereço, e


eu vou levar o almoço também”.

“Agora, que tipo de encontro seria se eu deixasse você


fazer isso? Nós podemos pedir. Só traga seu doce bumbum aqui
lá pelo meio dia, okay?”

“Parece bom”.

“Aguardando para te ver, Rosie”.

“Eu também”, eu disse timidamente, e desliguei.

“Oooh, quem era esse?” Delaney arrulhou.


“Meu encontro de hoje, Lance. Lembra dele, o cara que eu
rasguei as calças na frente?”

“O fotógrafo de gatos”, Derk disse.

“Ele não tira só fotos de gatos; ele só fez isso algumas


vezes”, respondi em um tom aborrecido.

“Continua... miau”, Derk disse, erguendo suas garras


imaginárias para mim.

“Eu odeio você”, ri. Mudando de assunto, perguntei, “O


que o casal recém noivo vai fazer hoje?”

“Provavelmente foder o dia inteiro”, Derk disse com um


olhar esperançoso.

“Não”, Delaney o cortou. “Nós vamos almoçar com nossos


pais para celebrar. Mas nós podemos transar até lá”.

“Sério? Então, o que estamos esperando?”

“Vá ficar pelado”, Delaney deu um tapa na bunda dele.


“Eu já tô indo”.

“Melhor noiva do mundo”.

Nós observamos Derk pulando no ar e batendo seus


sapatos juntos enquanto tirava sua camiseta.

Delaney balançou sua cabeça para ele, mas seus olhos


transbordavam amor. Eu estava tão feliz por eles. Eles
realmente se mereciam; eles eram perfeitos juntos.

Antes que o monstro verde do ciúmes desse sinais de


vida, eu afastei os pensamentos de minha cabeça e girei meu
celular sobre o balcão.

“O que tá acontecendo com você e Henry?” Delaney


perguntou, bem na hora que Derk fechou a porta.

“D-do que você está falando?” gaguejei.

A última coisa que eu queria era Delaney envolvida no


melodrama entre Henry e eu. Eu não queria que ela tivesse de
entrar no meio e sentisse a necessidade de consertar as coisas,
porque, conhecendo Delaney, aquilo era exatamente o que ela
iria querer fazer.

“Henry me ligou na noite passada quando Derk e eu


estavamos ocupados, daí eu nem atendi. Mas ele me deixou
uma mensagem de voz e ele estava muito bêbado,
resmungando no telefone sobre você, e algo sobre não dar a
ele uma chance”.

Merda.

Meu coração agitou em meu peito no pensamento de


Henry ficar chapado e ter um semi, coração-a-coração com
Delaney. Primeiro de tudo, eu não gostei que minhas ações o
levaram a ter aquela noite, e segundo, eu odiei que ele ligou
para Delaney. Eu sempre fui aquela a quem ele ligava quando
estava bêbado; eu era aquela com quem ele falava quando
estava pra baixo. Mas agora que eu era o problema, eu não
podia ser a solução.
“Yeah, você não precisa ficar no meio disso. Nós só
estamos tendo algumas falhar de comunicação no momento”,
respondi, tentando ser o mais politicamente correta, que eu
conseguia.

“Eu não caio nessa”, ela viu direto através de mim. “Derk
me contou algumas coisas estranhas que estavam acontecendo
entre vocês dois, e ele também disse que ouviu Henry pedir a
você para ir dançar ontem à noite”.

“Derk precisa cuidar de seus próprios negócios”,


resmunguei.

“Ele é um intrometidinho de uma figa, você sabe disso,


especialmente quando está desconfortável. Desde que ele ia
me fazer a proposta noite passada, só esperando por mim, é
claro que ele ia ouvir sua conversa. Agora me diga, o que está
acontecendo?”

“Nada”, eu disse, ficando irritada. “Deixa isso pra lá,


Delaney”.

“Ele está tentando sair com você? Eu disse a você que ele
é um colhedor de cerejas”.

“Ele não esta”, eu o defendi. “Ele não vai jogar nossa


amizade longe só por que gosta de dormir com virgens. O que
nem é verdade, de qualquer forma”.

“Você perguntou a ele?”

“Não”, respondi. “Como eu iria ter essa conversa com ele?


Não há um jeito fácil de entrar nesse assunto”.

“Você está certa sobre isso. Eu iria só perguntar”.

“Eu não vou perguntar a ele, isso é desrespeitoso. Nós só


estamos tendo um desacordo no momento”.

“Okay”, Delaney me olhou suspeitosamente. “Eu só vou te


dizer isso: eu não gosto quando meus amigos não estão se
falando”.

“Nós estamos nos falando”, menti.

“Yeah, se vocês estivessem se falando, então Henry teria


discado seu número de telefone noite passada, e não o meu.
Não deixe o que for que estiver acontecendo entre vocês dois
ficar no caminho de sua amizade, por que o que vocês dois
dividem é perfeito. Você não quer perder isso”.

Duh.

Delaney me desejou sorte no meu encontro e saiu para


seu quarto, onde eu a ouvi grunhir no minuto em que fechou a
porta. Viver com dois seres muitos sexuais era difícil,
especialmente quando eles estavam curtindo o recém noivado.

Já que ainda era cedo, decidi enfrentar algumas páginas


do meu livro e ouvir música para abafar os sons vindo do
quarto de Delaney.

“Você nunca esteve mais bonita”, Brian disse a Vanessa,


que estava usando um vestido de verão amarelo que ajudava a
iluminar seus cachos loiros.

“Obrigada, Brian”, Vanessa disse timidamente, se


perguntando se este era realmente o ponto de virada em seu
relacionamento com Brian.

Secretamente, ela tinha mantido sentimentos por Brian


desde que o encontrou pela primeira vez durante a orientação
dos calouros, mas ela estava nervosa demais para fazer
qualquer coisa sobre seus sentimentos.

Então, ao invés, ela se tornou amiga dele, todo o tempo


assistindo-o sair com garota atrás de garota, lentamente
fragmentando seu coração com cada encontro passado.

Ela se perguntava por que ela nunca era uma daquelas


garotas se pavoneando entre seus braços. Por que ela não era
aquela a segurar sua mão e caminhar pelo auditório enquanto
ele dizia gracinhas em sua orelha que só ela conseguia ouvir.

O que ela não faria para ser aquela garota... mas agora
que ela estava encarando seus sonhos se tornando realidade,
começou a desconfiar da fundação da amizade que ela
construiu com Brian.

Ela não estava desconfiando da estabilidade dela, não, ela


estava desconfiando de seus sentimentos em relação a Brian.
Ela tinha um melhor amigo que estaria a seu lado no alto e no
baixo. Ela realmente queria perder aquilo pela possibilidade de
amor?

Quando ela olhava dentro dos olhos de Brian, ela ficava


paralisada. Deveria ela prosseguir? Deveria ela dar o salto?

“Maldição”, murmurei, me afastando e olhando meu livro.

Esfreguei minhas mãos sobre meu rosto e saí de perto do


computador. Eu queria escrever um ode a minha amizade com
Henry, mas o que eu não queria era escrever uma
autobriografia, e aquilo era com certeza o que estava
acontecendo.

Ao invés de escrever, eu fechei meu laptop e me meti de


volta na cama. Uma pequena lágrima caiu em minha bochecha
quando pensei sobre Henry e o que estava acontecendo. Eu
estava perdendo ele, e eu estava com medo de que o único
jeito de impedi-lo de sair de minha vida era jogar a ele meu
coração como um salva vidas. O problema era que eu não
estava certa de que iria ser capaz de recuperá-lo, caso ele o
quebrasse.
Capítulo Dezessete
A minhoca com o pescoço quebrado

Eu bati na porta de Lance e aguardei pacientemente que


ele a abrisse. Eu sei que ele disse que nós poderíamos pedir,
mas eu decidi trazer cookies, pelo menos. Pensei que talvez o
açúcar fizesse seu punho melhorar; ao menos era aquilo que
me ajudava a suportar uma lesão quando eu era mais nova.
Montes e montes de açúcar.

Depois de algumas trancas se movimentando, Lance abriu


a porta e sorriu para mim.

Ele estava usando um par de jeans desgastados e uma


camiseta verde escuro. Ele parecia muito casual, mas delicioso,
com seu cabelo estiloso e oculos de armação grossa.

“Hey, Rosie”.

“Oi Lance, como esta o braço?” perguntei, acenando com


a cabeça para seu gesso, que era de um fantástico laranja
neon.

“Esta ficando melhor agora que você está aqui”.

“Hmm, brega, mas bom”, provoquei. “Incrível escolha de


cor, a propósito. Eu não sabia que eles permitiam a adultos
escolher cores como essa”.
“Eu tive de chupar meu dedo e choramingar como um
garoto de dois anos para conseguir isso, mas hey, eu pareço
estiloso agora”.

“Aw, auto-respeito não esta perdido”.

“Nunca”, ele riu. “Entra”.

Seu apartamento era legal, pequeno como qualquer outro


apartamento em New York, mas ainda assim legal. Um lado
inteiro de seu apartamento era de tijolos expostos, com
estantes rasas que sustentavam câmeras antigas. O resto de
seu apartamento era chic, moderno e aconchegante. Ele
definitivamente sabia como decorar, dado a paleta de cores em
sua casa, assim como os enfeites e as fotos bem emolduradas
em branco e preto.

“Wow, eu amo seu apartamento”, admiti, olhando em uma


foto em preto e branco da Brooklyn Bridge. “Essa é
extraordinária, você que tirou?”

“Eu que tirei”, ele disse, vindo atrás de mim. Seus braços
envolveram minha cintura e me viraram para ele. Quando eu
encontrei seus olhos, tudo que eu conseguia ver era desejo,
enquanto sua cabeça se inclinava na minha e suas mãos
seguravam meu rosto. Levemente, ele mordiscou meus lábios,
até eu corresponder, aprofundando suas mordidas em um beijo
que deixou ambos respirando pesadamente até que ele se
afastou.
“Deus, porque eu esperei tanto pra isso?” ele perguntou,
lambendo seus lábios como se estivesse sentindo meu gosto de
novo. Virginia era uma campista feliz.

“Eu pedi alguns sanduiches de frios, se estiver okay?” ele


disse, me levando para a sala de estar com sua mão
pressionada em minhas costas.

“Parece bom pra mim. Eu comprei uns cookies pra você”.


Ele me agradeceu e os colocou no balcão da cozinha, os
olhando cuidadosamente, como se quisesse um já.

Deixando ele encarando os cookies, me sentei em seu


sofá. Ele fez o mesmo, e eu me virei para ele.

“Então, me diga como você machucou seu pulso. Estou


aqui, quero os detalhes”.

Ele enlaçou minha mão com a dele e disse, “Você não vai
poder sair, apesar, assim que eu te contar”.

“Eu não posso fazer nenhuma promessa”.

“Então eu não vou dizer a você”.

“Então, receio que eu tenha de ir”, comecei a me levantar,


mas ele me puxou pra baixo, dessa vez muito mais perto. Ele
pegou minhas pernas e as moveu sobre as suas. Eu estava
praticamente sentada em seu colo.

“Você não vai a lugar algum agora que eu tenho você


aqui”.
Aquele diabólico sorriso estava fazendo Virginia juntar
suas dobras em uma prece. Este encontro já era tão melhor
que o primeiro, porque eu tinha Lance para mim mesma. Eu
curti estar só com ele, ao invés de com um grupo de amigos
dele.

“Está bem, só me diga o que aconteceu, e então eu posso


te julgar depois, tudo bem?”

“Eu acho que eu tenho que levar o que posso pegar”.

“Desembucha”, eu disse, ficando confortável.

Brincando com seu cabelo, ele olhou para o nada e


começou a me contar sua história.

“Eu estava em uma sessão de fotos de alguns estúpidos


produtos de maquiagem outro dia. Essas são o pior tipo de
sessão de fotos, por que você tem de colocar tudo
corretamente e tirar fotos de cada produto. As sessões pagam
bem, mas elas são chatas pra inferno, então eu tento animá-las
um pouco, colocando música para mim e para a outra pessoa
que a revista manda junto. Eu estava com esse estagiário de
vinte e um anos...”

“Uma garota?” eu interrompi, cruzando meus braços e


tentando fazer beicinho. Não sabia quão bem isso funcionava,
até ele se inclinar e me beijar. Talvez eu devesse fazer beicinho
mais frequentemente.

“Não uma garota. Era um rapaz, e ele era obcecado pelo


Michael Jackson, então eu pensei: ‘por que não tocar algum MJ
no meu celular para fazer a sessão correr um pouco mais
agradável’?”

“Eles tem um rapaz para ajudar em uma sessão de fotos?”

“Acredite em mim, nós dois queríamos atirar em nós


mesmos. Isso é um saco. Então, lá pelo fim da sessão, nós
começamos a arriscar nossos melhores movimentos do MJ”.

“Você tem movimentos?” perguntei, o olhando de cima a


baixo, enquanto sua mão começava a acariciar minha coxa. Eu
nem mesmo tinha de perguntar, ele já tinha os movimentos,
por que Virginia estava tentando grudar em sua mão e dançar
com ela. Por que eu me incomodei com todos os outros caras?
Eu deveria ter só colado em Lance. Claramente, ele era a
melhor escolha entre todos eles, mesmo Greg, o cara das bolas
de cachorro.

“Eu tenho movimentos, baby. Só aguarde, eu vou mostrá-


los a você”, ele agitou suas sobrancelhas.

Piegas, mas eu peguei isso.

“E daí, o que aconteceu?”

“Bem, o estagiário, deus, eu não consigo lembrar o nome


dele, que péssimo né? Oh bem, o estagiário veio e levantou seu
joelho e fez aquela coisa balaçando com a perna como MJ fazia,
e ele agarrou sua virilha”.

“Clássico”, adicionei.
“Muito. Então, é claro, o que eu tinha de fazer?”

“Você lançou o moon walk, não foi?”

“Eu tinha escolha?”

“Depois da segurada na virilha? Receio que não,” eu disse,


enquanto uma risada se alastrou em meu rosto.

“Isto é o que eu estava pensando. Então, para adicionar


alguma malemolencia, eu virei em um círculo completo, agarrei
minha virilha – eu senti que seria cabível – e depois comecei o
moon walking, bem na direção do display de maquiagem, onde
eu bati em tudo e cai sobre meu pulso”.

“Oh, aaai, como esta a maquiagem?”

Me fazendo cócegas, ele respondeu. “É com isso que você


realmente se importa?”

Rindo eu respondi, “Se for cara, então sim”.

“Era”, ele riu, parando de fazer cócegas. “Eu tenho


algumas sobre minha camiseta ainda, se você quiser tentar
raspar”.

“Estou bem. Então, foi assim que você se machucou?


Tentando esnobar um garoto de vinte anos com seus
movimentos do MJ?”

“Eu quero dizer, eu realmente tinha uma opção?”

“Eu não acho que você teve. Ao menos você conseguiu


um bom gesso com isso”.
Ele ergueu o gesso para nós examinarmos. “Isso é
verdade. Você pode imaginar todas as garotas que tem vindo
até mim, me perguntando sobre o gesso?”

“Ah é?” perguntei, indo pra trás.

“Não”, ele riu e me puxou pra baixo no sofá, me


sustentando, utilizando seu braço pra isso.

“Só há uma garota com quem me importo”.

“Bem, você não é galanteador?”

“Eu gosto de pensar que sim”, ele disse bem de perto,


pouco antes de seus lábios encontrarem os meus.

Eu permiti o afeto, por que francamente, eu queria ele.


Ele era doce, divertido, e ele gostava de mim.

Seu corpo pressionava contra o meu enquanto ele se


abaixava. Minhas mãos correram por seus ombros e em seu
cabelo, onde eu brinquei com os ligeiros cachinhos que
emolduravam seu rosto. Por um segundo, ele se afastou, tirou
seus óculos, e depois encontrou meus lábios uma vez mais,
mais vigoroso dessa vez. Meu estômago se afundou quando
sua língua deslizou dentro de minha boca e começou a dar
pequenas batidas.

Sagrada mãe dos jarros de marmelada, ele sabia beijar, e


meu corpo reconhecia isso, por que instantaneamente cada
centímetro de minha pele estava pegando fogo.

Sua mão boa foi até a bainha de minha camiseta e a


levantou só o bastante para expor um pedaço de minha pele.
Seu dedão encontrou minha pele exposta e começou a acariciá-
la tão ligeiramente, acendendo alguma coisa dentro de mim,
algo primitivo.

Um gemido escapou de minha boca quando sua mão


deslizou um pouco mais além. Querendo fazer par com suas
carícias, movi minha mão pra baixo em seus jeans, onde eu
senti sua protuberância muito excitada. Arquejei quando minha
mão se conectou com sua ereção que estava cutucando por
baixo de seus jeans. O pensamento de eu sendo capaz de
provocar tal coisa em um homem atraente ainda era um
conceito novo para mim.

“Desculpe”, ele murmurou enquanto tentava se afastar e


começava a beijar minha mandíbula. “Eu só não consigo me
segurar quando estou perto de você, Rosie. Eu tenho esperado
há tanto para colocar minhas mãos em você”.

Ergui meu queixo para dar a ele um acesso melhor, e foi


então que sua campainha tocou.

Bufando pesadamente, ele descansou sua testa na minha


e me olhou nos olhos.

“Que péssimo timing”, ele disse, respirando pesadamente.

“Você quer que eu pegue?”, me indireitei, dando um olhar


em sua virilha. Eu nunca tinha visto uma ereção dentro de um
jeans antes, e essa era uma das grandes.
“Seria melhor”, ele respondeu, se indireitando e se
ajustando. “O dinheiro está no balcão, se você não se
importar”.

“Nem um pouco”, eu disse, me levantando e ajustando


minha camiseta.

“Volte direto pra cá; a comida pode esperar”.

Yup, comida poderia definitivamente esperar.

Eu abri a porta e encontrei um garoto muito baixo com


uma sacola cheia de comida com a estampa de delicatessem
estampada nela.

“É vinte e quatro e dezesseis”, ele disse com uma voz


aguda. Eu queria perguntar a ele quantos anos tinha, por que
ele estava claramente perto da puberdade pelo que eu
conseguia ver mais ou menos através da sacola que ele estava
segurando, mas havia coisas mais importantes para mim do
que destruir uma delicatessem por violar as leis de trabalho
infantil.

“Fique com o troco”, eu disse, oferecendo a ele os trinta


dolares que foram deixados no balcão.

“Wow, obrigado!” ele disse, excitado por causa de uma


gorjeta um pouco maior que cinco dolares. Fez-me perguntar
quanto normalmente ele ganhava de gorjeta.

Pegando a comida e fechando a porta atrás de mim, eu


voltei para o apartamento de Lance, para vê-lo alongado no
sofá, esperando por mim com um sorriso sexy.

E fiquei instantaneamente nervosa enquanto ele


assimilava meu corpo inteiro. Será que ele iria beijar e passar a
mão em tudo? Será que eu estava pronta para ir tão longe? Até
agora eu só tinha feito algumas explorações, ou ao menos
tentado, mas isso quase parecia sério, como se fosse o
momento, o dia em que eu iria perder minha virgindade. Eu
queria perdê-la com Lance?

Assim que eu coloquei a comida no balcão, olhei para ele


de cima a baixo e me toquei de que ele era um cara legal; ele
não iria me machucar, e parecia que ele se importava comigo.
Ele provavelmente iria ser muito gentil e dócil se eu disesse a
ele.

Ao invés de virar e dizer, “Hey, Lance, antes de cairmos na


sujeira, pensei em te avisar, ninguém nunca esteve dentro de
Virgina, então se nós pudermos ir devagar, seria ótimo”, eu
decidi dançar conforme a música e deixar rolar. Se o momento
acendesse, se parecesse como se estivéssemos seguindo o
caminho para a terra prometida onde unicórnios pulam de
nuvens de glitter, eu daria a ele um toque.

“No que você estava pensando ali?” ele perguntou com


seus braços esticados no encosto do sofá e com sua perna
direita cruzada sobre seu joelho esquerdo. Ele parecia tão
calmo e contido, enquanto eu estava lutando uma batalha
interna, tentando decidir se eu deveria tirar o gato da sacola e
revelar o segredo. Ugh, malditos gatos...

“Só olhando pra você”, eu disse casualmente, tentando


acalmar minha voz.

Agora que eu tinha tido tempo pra pensar nisso, eu estava


surtando e conseguia sentir eu mesma começando a me
afastar.

Querendo ser uma garota crescida, eu me atei à meus


culhões e decidi puxar o band-aid de uma vez. Vai nessa.

A primeira vez iria ser ruim, eu entendia isso, mas


também poderia lidar com isso, ver do que se tratava. Dar a
Virginia alguma experiência no campo da Pirocalândia, e deixá-
la ver a maravilha que é se sentir preenchida.

“Vem aqui”, ele disse, acenando para mim com seu dedo.

Casualmente, eu andei até ele, tentando não tropeçar em


meus malditos pés. Eu conseguia até ver, eu tropeçando em
minha própria perna, caindo com meus braços pra fora,
socando-o no rosto e caindo em sua mesinha de centro que
quebra com a minha queda. Isso poderia acontecer muito
facilmente, dada a minha sorte.

“Você está planejando bancar a difícil, não está?” ele


perguntou, enquanto eu me aproximava. Era mais como tentar
não tropeçar como uma pateta e arruinar o momento.

Com sucesso, eu consegui chegar ao sofá, onde Lance


instantaneamente me puxou, agarrando minha mão e me
fazendo ficar em seu colo. Na mesma hora, Virginia tinha um
visitante batendo em sua porta, e pro inferno se a putinha não
estava excitada em vê-lo.

“Mmmm... você cabe perfeitamente em mim, Rosie. Eu


me odeio por levar tanto tempo para te chamar pra sair, e
depois levar tanto tempo pra te ligar”.

Como eu deveria responder aquilo? Yeah, troxão, bom


trabalho? Nah, aquilo parecia um pouco extremo, então eu
soltei uma pequena risada que eu mantinha guardada para
ocasiões onde eu não tinha ideia do que dizer.

“Você é adorável”, ele elogiou.

A risadinha funcionou, então eu fiz uma nota mental para


mantê-la em minha caixa de ferramentas sexuais.

No momento, a única coisa naquela caixa de ferramentas


era uma risadinha e a habilidade de colocar apropriadamente
uma camisinha. Yup, eu era uma verdadeira mecânica no que
dizia respeito ao velho tango horizontal.

Sem avisar, Lance envolveu sua mão ao redor de meu


pescoço e me puxou para mais perto, onde seus lábios
encontraram os meus. Eu vou admitir isso, se eu tiver de fazer
a mim mesma um elogio, eu sei beijar. Eu me sentia uma boa
beijadora; isso era algo que eu não encontrava muita
dificuldade. Manter sua boca limpa, manter seus olhos
fechados, e não bater narizes... coisas bastante básicas.
Enquanto nossos lábios dançavam juntos, eu deixei
minhas mãos perambularem. Por que não? Se eu tinha um bom
espécime em minha frente, eu podia também deixar minhas
mãos explorarem, especialmente quando as mãos dele estavam
sobre meus quadris e começavam a levantar minha camiseta.

Colocando minhas mãos em seu peito, senti seus peitorais


definidos e tentei calcular quantas vezes ele ia a academia por
semana. Deveria ser ao menos três, por que ele tinha alguns
bons músculos.

Meus dedos tocaram seus mamilos por acidente, mas pelo


gemido em sua voz e o jeito que seus mamilos apontaram, eu
poderia dizer que ele gostou do movimento, então eu deixei
meus dedos voltar aos, agora eretos, bicos.

Bicos eretos? Era esse termo que eu queria usar em meus


livros? Parecia um pouco estranho.

Você chamaria um mamilo de bico? Isso poderia ser


classificado como um bico... Foco, eu me repreendi, e disse as
minhas mãos para continuar sua exploração até elas baterem
no cós de seus jeans. No minuto que minhas mãos
prosseguiram, Lance pressionou seus quadris pra cima, me
deixando saber que ele queria que eu avançasse.

Eu supus que era hora de ficar sério, então eu me remexi


em seu corpo e cai entre suas pernas. Olhei para ele
brevemente para ver luxúria derramando de seu rosto, só
esperando que eu iniciasse a ação. Jesus, eu precisava de uma
bebida.

Com toda a confiança que eu consegui reunir, olhei em


seu jeans armado, literalmente armado, e o desfiz.
Lentamente, eu abri seus jeans e dei de cara com um par de
cuecas boxer pretas. O peito de Lance pesou de quão lento eu
estava indo, e ele mais provavelmente pensou que eu estava
tentando torturá-lo. Na realidade, eu estava tentando, um, não
prender seu pênis no zipper da calça - fale sobre mudança de
humor, e dois, eu estava realmente ficando nervosa.

Com uma respiração profunda, segurei suas cuecas boxer


ao mesmo tempo em que ele erguia a virilha para que eu
pudesse puxá-las pra baixo com seus jeans.

Assim que suas calças foram puxadas pra baixo e estavam


apoiadas em seus tornozelos, eu fechei meus olhos por um
segundo e depois os abri para ver seu pau batendo continência.
Puta merda!

Isso não estava certo; havia algo errado com seu pênis.

O pânico decantou sobre mim enquanto eu ia pra trás e


disse, “Eu tô fazendo xixi nas calças! Onde é o banheiro?”

“Sério?” ele perguntou, quase dolorido.

“Sim”, levantei e comecei a dançar enquanto segurava


minha virilha.

“Umm, okay. Segunda porta a direita, corredor abaixo,


mas rápido”.
“Eu vou”, respondi, assim quando eu o vi olhar para mim
e começar a bater uma.

Eca!

Eu corri corredor abaixo, catei meu celular em minha


bolsa, que felizmente estava próxima à porta, e me tranquei no
banheiro.

Me atrapalhando, finalmente fui capaz de prender minha


respiração e ligar para Delaney.

O telefone tocou três vezes antes que ela atendesse.

“Você não está em um encontro?”

“Delaney, ele tem um pênis torto”, sussurrei.

“O quê?”

“Meu encontro, o pênis dele é torto, e eu quero dizer


realmente torto. Como se alguém o tivesse puxado com força e
o virado para a esquerda”.

“Rosie, nós já não passamos por isso? Todos os paus tem


diferentes formas e tamanhos...”

“Delaney, isto não é como um pau que enverga para o


lado, eu tô sendo honesta, o homem tem um pênis torto. Como
se eu o deixasse me impalar, a cabeça de sua piroca iria
cutucar meus ovários, piscar para eles”.

“Sério?”

“Sim! Eu nem mesmo imagino como ele faz pra ficar


dentro de uma mulher”.

“Talvez ele tenha um truque giratório arrojado. Você


nunca sabe, poderia ser realmente bom”.

“Se eu quisesse dar na cabeça dele, eu teria de sentar do


lado para acessar seu pênis”.

“Isso não é tão mal”, Delaney suavemente riu.

“Delaney, eu não estou brincando. Parece quebrado. O


que infernos eu faço?”

“Tirar uma foto?”

“Isso não é de grande ajuda”.

“É pela ciência. Eu quero ver isso”.

“Por que eu liguei pra você?” perguntei, me sentindo


exasperada.

“Porque você e Henry estão brigados”.

“Nós não estamos”, menti.

“Que seja. Volte pra lá e brinque com aquilo, mas se


lembre de desviar do jato de porra para a direita. Você não vai
querer que acerte seu olho”.

“Eu te odeio”.

“Não, você não odeia”, ela riu.

Nós desligamos, e surpreendentemente eu não me senti


nada melhor depois de minha conversa com Delaney.
Me lembrando que eu tinha de ''mijar'', abri a torneira e
deixei a água correr, para fazer parecer que eu estava batendo
todas as marcas de uma visita ao banheiro.

Colocando meu celular em minha bolsa, voltei para a sala


de estar, onde Lance ainda estava batendo uma, mas mais
forte que nunca. Eu baixei os olhos, e não pude evitar notar
que parecia como se ele estivesse esganando seu pobre pênis,
e a cabeça estava tentando se liberar do aperto.

O que aconteceu com o pênis dele?

“Ai está você, volte aqui”.

Era como um dedo quebrado, uma placa de trânsito


indicando mão direita, uma chave Allen, um lápis bêbado, uma
minhoca com o pescoço quebrado, uma enxada de jardim.

Isso não era um pênis. Eu não tinha muita experiência


com paus, mas isto não estava certo, não era real. Tinha de ser
uma prótese... que foi derretida no sol.

Me chame de vadia, me chame de empacada, mas eu não


podia ir adiante nisso com ele. Eu queria, maldito seja se eu
não queria finalmente puxar o band-aid fora, mas eu tinha zero
experiência tocando um pênis, então segurar um que tornava o
termo ''como tá se virando” um pouco sério demais, era algo
que eu não conseguia enfrentar.

“Eu sou virgem”, soltei bruscamente, sabendo que era


uma enorme bandeira vermelha para os caras. “Eu sou muito
carente. Se você me cutucar com esse pênis, eu vou querer
casar com você amanhã. Eu na verdade já amo você. Eu não
tinha de ir ao banheiro, eu estava preparando meu discurso de
noivado com você, por que eu queria fazer o pedido, e se nós
fizermos sexo, eu garanto a você que irei ficar grávida,
camisinha ou não. Minha vagina come camisinhas, na verdade,
e meus óvulos estão mais que dispostos a puxar seu esperma
pra dentro de seus sacos como reféns. Nós podemos fazer um
bebê hoje, apenas diga a palavra. Casamento, bebês, e eu amo
você. Eu amo você. Eu amo você”.

Yup, derrubar todas as barreiras.

Lance puxou suas calças pra cima as fechou tão rápido


quanto eu podia dizer pênis deformado, e ele estava indo pra
trás, se afastando de mim.

“Rosie, eu gosto de você, mas nós acabamos de nos


conhecer”.

“Sim, mas você não quer um bebê? Trigêmeos é normal


em minha familia”.

Não era verdade, mas qualquer coisa para dar o fora


deste apartamento.

“Isso tá ficando esquisito”, ele admitiu.

Não, amigo, as merdas ficaram esquisitas no minuto que


seu pau não conseguiu me encarar nos olhos sem me fazer
inclinar sobre seu colo para piscar para ele.
“Yeah, que mal que isso não vai dar certo”, encolhi os
ombros, caminhando de volta para o corredor.

Sem olhar de novo para Lance, peguei minha bolsa e fugi.

Não foi até que eu estivesse chegando ao metrô que


percebi todas as coisas que eu disse. Jesus.

Balancei minha cabeça enquanto passava meu cartão de


metrô e me dirigia ao vagão.

Carente? Sério?

Ao menos isso me tirou do apartamento dele, e o mais


longe possível do pinto cana de açúcar.

13 de junho de 2014.

Nota para mim mesma: quando as pessoas dizem que


pênis vem em todas as formas e tamanhos, elas não estão
brincando. Paus podem ser não apenas grosso ou fino, eles
podem ser gordos, magros, longos, curtos, marrom, rosa,
branco, preto... roxo. Eles tem mente própria, e eles são
veiosos, com um olho que vai encarar você, implorando a você
para lambê-los, prová-los, satisfazê-los. Eles descansam na
escuridão, esperando para ver a luz, para ser libertados, só
para serem enfiados, empurrados e acariciados na escuridão de
novo.

Pênis são masoquistas.


Eles gostam de ser depenados, repuxados, estapeados e
engolidos.

Eles são nudistas, eles gostam de ficar pelados; eles


gostam de ser embainhados por um canal de carne, e isso é
tudo.

Pênis são sensíveis, e se empurrados bastante, podem


vomitar em segundos. E eles preferem fazer isso sobre uma
mulher, dentro de uma mulher, em qualquer lugar próximo a
uma mulher, mas mesmo uma meia pode servir, em último
caso.

O pênis é uma espécie diferente; é uma espécie toda por


si mesma, e com uma leve levantada de sua haste, está pronta
para a festa.

Virginia tem estado com medo. Qualquer vagina estaria


assustada depois de ver uma piroca torta querendo penetrar
nela. Ela não é burra, ela sabe seu tamanho e o que cabe, e Sr.
Pinto Torto não iria caber apropriadamente.

Eu não sei quando ela vai estar pronta para fazer amizade
com outro pênis depois de ser ameaçada por tal criatura. Ela
tinha altas expectativas também.

Pobre Virginia.
Capítulo Dezoito
Os Blooms

Endireitei meu vestido enquanto dava uma olhada na


minha roupa para o dia. Ontem foi uma bagunça. Eu rezei para
que nunca mais visse Lance de novo, e que ele mantivesse sua
boca fechada sobre o que eu disse. Dizer que eu levei o termo
‘louca dos gatos’ para um novo nível era um eufemismo.

Trabalha em uma revista de gatos, trabalha com gatos,


escreve sobre gatos, é virgem, confessou ser uma grudenta
carente, e confessou amor no segundo encontro – yup,
confirmado meu status de solteira pelos próximos quarenta
anos.

Bufando uma respiração pesada, puxei meus cabelos pra


fora do modelador de cachos e corri meus dedos pelos fios.
Satisfeita com meus cabelos e vestido de verão branco,
coloquei um par de sandálias marrom, agarrei minha bolsa, e
me dirigi para a porta. Estava na hora do brunch com meus
pais. Eu estava a meio corredor da porta da frente quando
alguém limpou a garganta atrás de mim. Me virei para ver
Henry se inclinando contra nosso sofá, usando um par de
shorts bege e uma camiseta polo branca que se agarrava
perfeitamente a seu peito. Seu cabelo estava arrumado como
normalmente, e ele estava usando um par de sandálias marrom
também. Deus, ele parecia além de delicioso.

“Bom dia, amor. Onde você pensa que está indo?”

Chocada que Henry estava no apartamento, falando


comigo, virei meu rosto para ele e respondi, “O que você está
fazendo aqui? Eu pensei que você só voltaria pra casa
segunda”.

Ele deu de ombros e começou a caminhar até mim.

“Eu estou faminto, pensei que alguns pratos de rabanada


fariam o truque”.

“Você vai ao brunch comigo?” perguntei, um pouco


chocada com a reviravolta de emoções de Henry.

“Eu vou”, ele sorriu, parando em minha frente. Ele


segurou minha mão e a beijou. “Eu sinto muito, Rosie”.

O homem estava se desculpando comigo, enquanto eu


estava sendo uma grande cuzona. Como eu pude pensar em
abandoná-lo na outra noite? Eu estava tão confusa.

“Não, pare, pare de se desculpar. Sou eu que deveria


pedir desculpar. Eu não deveria ter estado tão, tão...”

“Que tal nós não nos desculparmos?” ele me interrompeu.


“Vamos deixar isso pra lá e ter um dia divertido em Long
Island, comendo rabanadas e jogando Yahtzee6”.

“Não é garantido que nós iremos jogar Yahtzee”, eu ri.


6
No Brasil é chamado de General. Jogo de tabuleiro com dados.
“Amor, quando tem relação com seus pais, é sempre
garantido. Eu só espero que eu pegue os dados verde neon
dessa vez. Eles dão sorte”.

“Eu tenho certeza de que se você anunciar que vai deixar


os neons separados para depois do brunch, você vai poder
jogar com eles”.

“É melhor. Da última vez eu tive de jogar com o dado


vermelho, e nós não nos conectamos bem”.

“Vermelho não é sua cor”.

“Realmente não é”, ele sorriu aquele sorriso charmoso


dele, e depois me puxou em seu peito e beijou o topo da minha
cabela. “Eu senti sua falta, amor”.

“Eu também senti a sua, Henry. Especialmente


anteontem”.

“Oh, yeah”, ele limpou a garganta e disse com uma voz


séria, “Como tá indo, amor?”

“Ugh, eu odeio você e Delaney”, respondi, me afastando e


caminhando para a porta da frente. Henry me segurou e me
virou enquanto dava risada.

“Não, você não nos odeia. Você nos ama”.

“Infelizmente”.

“Me fala, aquilo era realmente torto?”

Assenti e respondi, “Sabe quando a cabeça da girafa


extende perperndicular de seu pescoço comprido?”

“Sim...”

“Imagine isso, mas na forma de um pênis”.

“Oh, merda”, ele gargalhou. “Merda, você tirou uma foto?”

“Não! Qual é teu problema?”

“Pela ciência!”

“Você e Delaney curtiram muito”, respondi, enquanto


finalmente saia do apartamento com Henry como um rabo
atrás de mim.

Eu comecei a me dirigir para pegar um taxi quando Henry


me parou e disse, “Eu tenho um carro, amor”.

Eu me virei para vê-lo se dirigir a um Ford Escape preto.

“Onde você conseguiu isto?”

“Aluguei. Pensei que seria melhor dirigir que pegar um


taxi e gastar tanto dinheiro. E mais, nós poderemos ouvir
Queen e cantar a plenos pulmões”.

Meu coração flutuou de quanta consideração Henry tinha.


Ele estava sempre pensando a frente.

“Henry, isso é tão fofo. Obrigada. Mas você quis dizer


Britney Spears, né?”

“Vamos ver”, ele sorriu, enquanto abria a porta para mim


e segurava minha mão.

Ele me ajudou a entrar no carro e, antes de fechar a


porta, olhou para mim com um brilho nos olhos, algo que eu
nunca tinha visto nele antes.

Eu poderia dizer que ele queria dizer alguma coisa para


mim, mas ao invés de me dizer o que estava em sua mente,
ele se inclinou, deu um beijo na minha testa e se afastou,
batendo a porta.

A batida rápida de meu coração do pequeno gesto dele


me pegou com a guarda baixa enquanto eu esperava que ele
entrasse no carro. Aquele era Henry; ele me beijava na testa o
tempo todo. Isso não era nada para ler nas entrelinhas.

Mas então, por qual motivo eu estava querendo que ele


fizesse de novo? Porque eu estava querendo que ele não só
beijasse minha testa, mas meus lábios também? Pensamentos
da primeira vez que ele me beijou nos lábios atravessaram
minha mente. Ele foi gentil, delicioso, e ainda sexy. Parecia
certo. Não, me repreendi; nós éramos amigos.

“Está pronta para ir, amor?” ele perguntou, colocando sua


mão em minha coxa, fazendo Virginia voltar a vida do coma
auto-induzido que ela se colocou depois da tarde de
anteontem. Aparentemente, ela não tinha nenhuma aversão a
Henry.

“Pronta”, engoli em seco, enquanto observada seu dedo


polegar lentamente acariciar a parte interna de minha coxa,
perto do meu joelho.
De forma alguma sua mão estava em minha virilha; não
estava nem mesmo perto. Mas o fato de que ele estava me
tocando de um jeito íntimo me fez suar, tremer, e implorar por
mais. Essa seria uma muito longa viagem de carro.

“Tô tão contente que vocês dois puderam vir”, minha mãe
gritou, enquanto rodeava sua rabanada.

A viagem da cidade para a casa dos meus pais não foi tão
ruim, exceto pelo fato que a mão de Henry nunca se movia de
minha perna, me fazendo tremer em meu assento. Sua
cantoria ajudou a vencer a tensão, entretanto.

Eu fui a DJ, então uma vez que tinha tocado algumas


musicas do Queen para apaziguar meu motorista, fui passando
pelas musicas de sua playlist, e fui agraciada em ver que ele
tinha todos os hits de Britney Spears em seu celular. No minuto
que eu comecei a tocar as músicas dela, prensenciei a mudança
de Henry, de um roqueiro dos anos 80 para um pop star dos
anos 90, e não consegui parar de rir. Ele cantava cada nota,
oscilação, e até mesmo mexia um ombro ou os dois com as
batidas.

Eu tinha certeza de que ele nunca cantou ou dançou


Britney Spears para ninguém mais, e eu estava tão honrada
que ele dividiu seu pequeno segredo escondido comigo. Eu me
senti privilegiada em ter tal conhecimento, e se eu não
estivesse tão distraída com sua mão, teria gravado sua bunda
de princesa do pop com meu celular.

“Vocês dois não parecem adoráveis, combinando roupas e


tudo? Planejaram isso de propósito?” minha mãe perguntou,
enquanto meu pai tirava seus olhos de seu prato por um
segundo para poder dar uma olhada em nós.

“Não, só uma coincidência”, Henry respondeu, antes de


enfiar um grande pedaço de rabanada em sua boca,
derrubando cauda tudo sobre sua camiseta branca.

“Oh, querido, docinho, você tem cauda em sua camiseta”.

“Oh, meleca”, Henry respondou dando um olhar para


baixo. Ele pegou seu guardanapo e começou a esfregar em
todo lugar.

“Isto não vai ajudar; eu tenho certeza que Dave tem uma
camiseta que pode te emprestar. Vocês tem o mesmo tamanho,
bem, tirando os seus musculos. Você tá malhando, Henry?”

“Hm, só um pouco”, ele disse modestamente. “Você se


importa, Senhor Bloom?”

“De jeito nenhum. Rosie, vá ajudá-lo a encontrar uma


camiseta. Só não dê a ele minha camiseta do Bubba Gump; é a
minha favorita”.

“Nem sonharia com isso, papai”. Me virei para Henry e


disse, “Vem, porcalhão”.

“Não se esqueça de molhar a camiseta dele”, minha mãe


gritou. “Eu odiaria ver a camiseta ser arruinada”.

Pegando a mão de Henry, eu o guiei escadas acima e em


direção ao quarto de meus pais. Mas Henry me parou no
corredor e disse, “Eu quero ver seu quarto”.

“Você já viu ele antes”.

“Mas faz tempo. Eu sempre amo ver suas fotos”.

“Não, você ama tirar sarro de mim por usar aparelho nos
dentes e jardineiras”.

“Você era adorável, qual é”.

Ele me empurrou para o meu quarto de infância, e era


embaraçoso demais ter um cara lá. Graças e deus que eu
estava confortável o bastante com Henry.

O quarto era de um tom lilás com jogo de cama azul


pálido, lençóis e cortinas. A mobília era cor de carvalho, e se
não fosse pelo boneco do Furby, Tamagoshi, pôsters de
Jonathan Taylor Thomas, e outras quinquilharias adolescentes,
você teria jurado que uma vovó de oitenta anos estaria
morando lá.

Sob o painel de cortiça atrás de minha mesa estava o meu


mural de conquistas, o que era uma patética variedade de
certificados inventados. Eu não tinha muito talento nos
esportes, então minha mãe decidiu criar seus próprios
certificados e concedê-los a mim. Eu tinha um certificado por
manter meus braquets limpos, por caber em meu primeiro
soutien esportivo, e por usar com sucesso meu primeiro
absorvente interno. Yup, grandes conquistas. “Eu amo isso
aqui”, Henry disse, mexendo em tudo, como se ele nunca
tivesse visto isso antes.

“Por que?”

“Isso me mostra o que te formou, por que você a pessoa


perfeita que você é hoje”.

“Eu não sou perfeita”.

“É bem perto disso”, ele piscou para mim. “Ah, o


certificado por inserir seu primeiro absorvente interno. Uma
grande realização. Eu amo como sua mãe usava absorventes
como um parâmetro”.

“Poderíamos não olhar para isso?”

“E ele é laminado; ela realmente se sobressaiu fazendo


certificados”.

“Talvez ela possa fazer um pra você, por ser tão curioso”.

“O que eu mais amo sobre você é que, ao invés de jogar


fora os certificados, você na verdade os pendurou”, ele riu para
si mesmo.

“Bem, isso teria sido rude. Minha mãe gastou tempo


fazendo eles, mesmo que sejam ligeiramente inapropriados e
altamente embaraçosos”.
“Tão adorável”. Vindo em minha direção, ele pegou
minhas mãos e disse, “Quer brincar na sua cama?”

“Não!” eu praticamente gritei, com uma onda de calor


caindo sobre mim.

“Qual é, isso seria divertido”, ele ergueu sua sobrancelha.

“Nós precisamos pegar uma camiseta pra você antes de


você nos colocar em problemas. Vem”.

Eu o arrastei pra fora de meu quarto e entrei no dos meus


pais, onde o tema lilás continuava. Meu pobre pai. Minha mãe
era o tipo de garota de lilazes e enfeitinhos, onde toalhinhas
enfeitadas e cores lavadas eram bem vindas.

“Você quer uma camiseta ou uma camisa?” perguntei,


olhando pelo closet do meu pai.

“Qualquer coisa serve”, Henry respondeu.

Quando eu olhei para ele, eu o vi tirar sua camiseta e


segurá-la em sua mão. Ele não estava usando uma camiseta
por baixo nem nada, então eu não me privei de encarar seu
peito e abdominais bem definidos. Ele deve estar malhando em
seu horário de almoço com mais frequência, por que ele estava
parecendo tão bem. Eu deveria dizer que ele estava parecendo
bem? Quando antes eu tinha pensando aquilo sobre o meu
melhor amigo? Quase nunca, mas agora que ele estava em
minha cabeça, todos estes pensamentos sobre beijar e segurar
mãos e tudo mais, agora eu sentia como se eu examinasse
cada aspecto sexual dele, e maldito seja se ele não era o cara
mais sexy que eu já tinha encontrado.

“Amor, você não pode me encarar assim e se livrar disso”.

“Eu sinto muito”, balancei minha cabeça e me virei para


procurar por uma camiseta, mas pela minha vida, eu não
conseguia fazer minhas mãos funcionarem.

A energia de Henry parou atrás de mim e colocou suas


mãos em meus quadris, deixando Virginia em um frenesi. Ela
estava praticamente comendo minhas calcinhas para ficar mais
perto de Henry. Minha respiração amarrou quando ele se
inclinou a frente e moveu suas mãos para meu estômago, me
puxando contra seu peito nu. A pele exposta em minhas costas
encontrou seu corpo quente, enviando um estremecimento de
excitação pelo meu corpo.

Eu não deveria estar me sentindo desse jeito, eu não


deveria estar pensando coisas safadas sobre meu melhor
amigo... como o quanto eu queria que ele me pressionasse
contra uma parede e finalmente pegasse o que eu estava
tentando oferecer.

“Vire-se, amor”, ele disse com a voz baixa, me tentando.

Minha mente e coração ponderaram um contra o outro,


tentando descobrir qual era o melhor movimento. Minha mente
estava dizendo ‘Não faça isso, você vai arruinar tudo’, mas meu
coração estava batendo em um ritmo alarmante em meu peito,
me deixando saber que se eu não cedesse, eu poderia perder
uma das mais incríveis oportunidades da minha vida.

Desta vez meu coração venceu, então eu virei em seus


braços e encontrei seu forte olhar.

Suas mãos correram pelo meu corpo até estarem


delineando meu rosto. Eu estava rígida, não sabendo realmente
o que fazer, como piscar, como respirar, mas no momento que
Henry abaixou sua cabeça para a minha, meu corpo relaxou em
seu abraço e seguiu sua direção. Meus lábios separaram os
dele, e muito lentamente, ele deixou sua língua deslizar dentro
de minha boca, na pressão certa que eu pensei que me
acenderia em uma pilha de chamas. Ele brincou com minha
língua e a acariciou, me deixando de joelhos bambos. Com
cada movimento que ele fazia, ele me transformava mais e
mais em uma pilha de mingau.

Minhas mãos tatearam sua cintura e lentamente


começaram a rastejar seu peito acima, apalpando cada
contorno e sulco de seu corpo. Sua respiração se tornou tão
trabalhosa quanto a minha por efeito de minha leitura, e isso só
me encorajou a mover minhas mãos além até elas correrem
por seus peitorais. Em um flash, Henry me empurrou e segurou
meu ombro enquanto me olhava, arquejando por ar, assim
como eu.

Encaramos um ao outro por um breve momento, nos


perguntando que diabos estávamos fazendo, e o que
deveríamos fazer depois. Eu só esperava, que Henry não
estivesse procurando por respostas minhas, por que eu não
tinha ideia de como lidar com tal situação.

Faíscas voavam entre nós, acesas como no maldito quatro


de julho. Havia alguma coisa diferente em Henry, algo que
parecia tão erótico, tão errado, mas oh tão infernalmente certo.

“Vocês dois se perderam aí?” minha mãe me chamou nas


escadas.

Saindo da nevoa, eu gritei de volta, “Não, só escolhendo


uma camiseta agora”.

“Okay, se apressem. Papai e eu queremos jogar uns


rounds de Yahtzee antes de vocês irem”.

Virei meus olhos e balancei minha cabeça enquanto Henry


ria para si mesmo.

Tentando evitar a estranha conversa, me virei e tirei uma


camiseta tye-dye e entreguei a Henry.

“Aqui, esta é legal. Te encontro lá embaixo”.

Eu comecei a me afastar, quando Henry puxou meu braço


e me girou como um io-io.

“Oh, não vai não. Você não vai se afastar de mim assim”.

“Assim como?”

Ele não respondeu. Ao invés disso, ele segurou meu


quiexo com seus dedos polegar e indicador e levou seus lábios
de volta aos meus. Instintivamente, eu o beijei de volta,
mesmo que provavelmente não devesse. Tão rápido quanto ele
me beijou, ele se afastou de novo e colocou a camiseta que era
de um tamanho grande demais, e duas décadas mais velha,
mas ele ainda parecia bem.

“Vamos, amor”, ele disse, agarrando minha mão e


entrelaçando nossos dedos juntos. “Hora de bater seus pais no
Yahtzee”.

Chocada com a mudança drástica de humor dele, eu


sussurrei enquanto nos dirigíamos escadas abaixo, para que
meus pais não pudessem ouvir nossa conversa. “Então, você
vai me beijar e depois agir como se nada tivesse acontecido?”

Antes de estarmos à vista de meus pais, Henry se virou e


me prendeu contra a parede do corredor. Seu corpo forte
pressionado contra o meu, enquanto suas mãos encontravam
minha cintura de novo.

“Não há jeito de eu agir como se nada tivesse acontecido.


Agora mesmo eu estou sobre um caralho de uma nuvem por
causa daquele beijo, e ao invés de discutir isso como você
provavelmente quer, eu só quero curtir isso e jogar algum
Yahtzee. Às vezes você tem de deixar as coisas rolarem, Rosie,
e não super analisar tudo. Viva um pouco”.

“Eu estou vivendo”, eu disse desafiadora.

“Você está, mas viva um pouco comigo, Rosie”.


“O que isso quer dizer?”

“Vocês dois estão vindo?” meu pai chamou desta vez.

“Yup”, Henry disse, me puxando atrás dele.

Encontramos meus pais no deck, onde eles tinham


montado o Yahtzee, e um conjunto especial de dados para cada
pessoa.

“Olhe, fofinha, nós compramos dados de gato pra você”,


minha mãe disse com excitação.

Não importa quantas vezes eu disesse a minha mãe que


eu não gostava de gatos, ela continuava me comprando
canecas, camisetas e calendários. Ela tinha em sua mente que
se eu trabalhava em uma revista de gatos eu era apaixonada
por gatos, quando na verdade era o oposto. Se eu trabalhasse
em uma revista de golf, ela iria provavelmente estar
amontoando bolas de golf em meu estoque ano após ano.

“Wow, obrigada, mãe”, eu disse, me sentando. Henry se


sentou perto de mim, puxando sua cadeira de forma que ele
estava praticamente no topo de meu espaço de jogo. Ele não
tava abrandando em nenhum momento, e pro inferno se eu
não queria que ele continuasse assim.

“Essa camiseta ficou muito boa em você”, minha mãe


disse.

“Obrigado, senhora Bloom, eu tenho certeza de que o


senhor Bloom faz mais justiça a ela do que eu faço”.
“Eu diria que é verdade”, meu pai disse, rindo.

“Oh Dave, não fique com ciúmes do garoto”. Ela juntou as


palmas de suas mãos e disse, “Prontos para a jogada? O
primeiro que tirar seis começa. E, já”.

Nós todos pegamos um dado e começamos a rolar até um


de nós tirar um seis.

“Ah há!” meu pai falou, dando socos no ar. “Parece que o
velho homem tem a mão mais alta”.

Na verdade não importava quem ia primeiro, mas minha


mãe insistia em uma jogada de dados no começo de cada jogo.
Eu não estava dentro do jogo tanto quando meus pais estavam,
mas olhando em Henry levemente batendo na mesa, eu podia
ver que ele estava desapontado que não tivesse vencido a
jogada dos dados. Ele era fofo demais.

“Na próxima vez”, sussurrei para ele, isso fez suas mãos
novamente encontrar minha coxa.

Era como se sua mão em minha coxa injetasse algum tipo


de sérum de estupidez, por que minha mente deu um branco, e
tudo ao redor ficou vago. Ele tinha aquele efeito sobre mim.

“Querida, é você”, minha mãe disse, enquanto Henrry


apertava minha coxa e se inclinava em minha orelha.

“É você, amor. Não deixa eu te distrair”.

Demônio bastardo, ele estava ganhando. Bem, dois


poderiam jogar esse jogo.
Estufando meu peito um pouco e ajustando as tiras de
meu vestido, segurei meus dados e chacoalhei-os.

Com o canto dos meus olhos, eu conseguia ver Henry


examinando meu corpo, e mesmo que isso estivesse tornando
muito mais difícil me concentrar, eu curti ouvi-lo limpar sua
garganta e se deslocar em seu banco.

O resto do jogo foi gasto flertando descaradamente com


Henry, tentando despistá-lo me curvando para o lado para
pegar um dos dados que caiu no chão, mostrando um bom
pedaço de minha coxa pra fora de meu vestido, também me
inclinando e mostrando meu decote para ele a cada chance que
eu tinha.

No fim do jogo, nós dois tinhamos resultados que eram


tristemente mencionáveis, e meus pais ficaram com a vitória,
nos soprando pra fora da água.

“Rapaz, que jogo, mas eu estou com um pouco de sede.


Dave, porque você não me ajuda na cozinha? Rosie, porque
não leva Henry na praia? É só um quarteirão de distância;
tenho certeza de que ele iria gostar”.

“Isso parece ótimo”, Henry respondeu por nós dois


enquanto se levantava.

Minha mãe piscou para mim enquanto eu me levantava,


me fazendo rolar os olhos com suas tentativas de formar
casais. Uma vez que estavamos fora de vista, Henry agarrou
minha mão e caminhou comigo até a praia. Havia uma pequena
passagem que permitia às pessoas na vizinhança acesso a
praia, o que era bom, visto que o acesso principal era bastante
difícil de encontrar.

“Você ia à praia com frequência quando era jovem?”


Henry perguntou, enquanto tirávamos nossos sapatos para
podermos caminhar na areia.

“Não muito, mas durante os verões eu trazia meus livros


pra cá e lia”.

“Deus, essa imagem é tão adorável. É claro que você


trazia seus livros pra cá. Você tinha um ponto?”

“Não, só qualquer lugar que eu sentisse vontade de sentar


na hora”.

“Você quer sentar e observar as ondas comigo?” ele


perguntou, pressionando sua mão na curva de minhas costas e
me guiando para uma pequena alcova privada.

“Eu acho que não tenho escolha”, eu ri, enquanto nos


sentávamos, mantendo privacidade de todos na praia.

Nos sentamos em silêncio enquanto assistíamos as ondas


quebrarem contra a areia da praia. Não eram as areias brancas
das Ilhas Virgens, mas ainda era bonito, mesmo que houvesse
lixo aqui e ali, graças aos moradores locais sem senso de
proteção a Mãe Natureza. O sol espreitava através das nuvens,
nos aquecendo nas pedras que estávamos sentados, e
brilhando sobre as ondas da água rolando. Era pitoresco. Eu só
desejava saber o que estava passando pela mente de Henry.

O jeito que ele me tratou o dia todo foi estranho, o jeito


que ele me tocou, falou comigo... me beijou. Yeah, nós nunca
fomos ficantes antes. O que eu faria com isso?

Não me leve a mal, eu beijaria ele de novo, por que...


como eu poderia resistir a ele, agora que ele tinha quebrado
aquele selo, aquele selo ''nós somos só amigos''? Não tinha
como voltar atrás, porque eu sabia o gosto dele agora, como
era ter suas mãos em meu corpo, ter seus lábios pressionados
aos meus. Eu não podia só voltar atrás daquilo, mas eu
também não parecia ganhar a coragem para seguir em frente.

“Eu queria ter crescido aqui”, Henry quebrou o silêncio.


“Teria sido legal ter a praia no meu quintal”.

“Mas você teve a selva de concreto como seu playground”,


zoei.

Henry cresceu na cidade, nascido e criado, então para ele,


não tinha realmente escapado de seu lar da infância. E ele
sabia onde todos os lugares bons e baratos estavam quando
estávamos na faculdade. Ele ter crescido na cidade de New
York era também uma das razões pelo qual conseguiu um bom
emprego logo depois da faculdade: ele tinha conexões desse
período; ele fez estágios no colegial... ele estava feito. Eu? Eu
não tive estas oportunidades, mas quem não gosta de trabalhar
com gatos, comer pêlos de gatos todo dia, e escrever sobre os
diferentes tipos de areias de gatos no mercado?

“Teria sido legal ter um quintal, mas acho que não posso
reclamar”, Henry disse. “Como o livro está indo, Rosie?”

Encolhi meus ombros. “Está bem, eu acho. Eu ainda tenho


de chegar em algum tipo de cena de sexo. Sinto como se
pudesse escrever uma, depois de todos os livros que tenho lido
e das pesquisa que tenho feito, mas sinto que vai faltar
energia, ou fogo, sabe? Eu sinto que, pra fazer justiça a escrita,
tenho que experimentar a coisa real. Eu quero que tenha
emoção, paixão. Mas, por enquanto, o mais perto que eu
cheguei de um orgasmo foi um peido na cara e um vibrador
preso na vagina”.

Rindo de leve, Henry assentiu com a cabeça. “Eu posso


entender”.

Me sentindo um pouco desconfortável, me desloquei na


pedra em que estava sentada e continuei a encarar a água,
esperando que Henry dissesse alguma coisa mais, já que eu
estava sem palavras.

Minhas entranhas estavam todas reviradas, minha mente


estava esgotada, e não era a mesma pessoa que normalmente
era quando estava com Henry. Henry literalmente virou meu
mundo de cabeça pra baixo no minuto que me beijou, porque
mesmo que eu estivesse sentada perto de meu melhor amigo,
alguém a quem eu podia dizer qualquer coisa, eu sentia uma
perda. Eu me sentia com a língua presa, nervosa e suada,
como se estivesse em um primeiro encontro.

“Vamos sair fora daqui”, Henry disse, depois do que


pareceu como meia hora lá, só sentados. Ele levantou e
agarrou minha mão, me guiando de volta à casa dos meus
pais, ainda em silêncio.

Será que ele se sentia da mesma forma? Será que ele se


sentia tão ansioso quanto eu? Tão confuso?

Quando voltamos para a casa de meus pais, eles estavam


sentados no deck, curtindo um copo de limonada, típicos
Blooms.

“Oh, ai estão vocês dois. Como estava a praia?”

“Areiosa”, murmurei, tentando ignorar o olhar de


combinação de casais que minha mãe estava me transmitindo.

“Oh, vocês não estavam em um cartão?” minha mãe


gesticulou pra mim e riu.

“Estava bastante adorável, senhora Bloom. Boa sugestão”,


Henry puxa-saco.

“Então que bom que você aproveitou. Vocês dois


gostariam de mais comida? Mais Yahtzee?”

Eu estava pra dizer que não, quando Henry começou a


falar por nós dois.

“Na verdade, senhora Bloom, eu acho que Rosie e eu já


estamos indo de volta pra cidade; nós temos algumas
pesquisas para fazer para um projeto que ela esta trabalhando,
e eu tô dando uma mão nisso”.

Com um aperto em minha mão, ele sorriu para minha


mãe, e deu em meus pais um abraço enquanto eu continuava
rígida como uma tabua por causa de seu comentário.

Dando uma mão? O que diabos aquilo significava?

Meus pais nos acompanharam ao carro e me deram um


abraço de despedida. Como um robô, eu entrei no carro,
coloquei o cinto de segurança e olhei pela janela, enquanto
Henry dizia seu último adeus.

Eu não sabia o que dizer ou o que esperar enquanto nós


nos afastávamos.

Automaticamente, a mão de Henry de novo encontrou


minha coxa, e quando eu olhei de seus carinhos para ele, ele só
sorriu de volta para mim e ligou a música, ignorando meus
olhos questionadores.

Assim como a viagem até a casa dos meus pais, foi uma
longa viagem de volta à cidade. E eu que pensei que a viagem
para a casa dos meus pais foi ruim... rapaz eu estava errada.
Capítulo Dezenove
O pícole de carne

O apartamento estava vazio quando chegamos. No


caminho para casa, nós ficamos presos no tráfego, então assim
que voltamos ao apartamento, demos de cara com uma sala de
estar escura.

À volta pra casa foi cheia de tensão sexual, algo que eu


nunca tinha experimentado por um grande período de tempo.
Então, ao invés de tentar inventar uma conversa, virei minha
cabeça para a janela e fingi dormir. Fingir era a palavra-chave.
Não havia sono algum com a mão de Henry acariciando minha
coxa durante a viagem inteira.

Me sentindo ansiosa e perturbada, segui Henry até o


apartamento enquanto ia acendendo as luzes. Como uma
covarde, me dirigi direto ao meu quarto, onde poderia contar
meu dia ao meu diário, e possivelmente pensar sobre que tipo
de comida chinesa eu queria devorar.

“Onde você pensa que vai?” Henry perguntou, aparecendo


bem atrás de mim.

Sem me virar, respondi, “Para o meu quarto, me trocar


e...”
“Não”, ele me cortou. “Nós vamos para o meu quarto”.

“O quê? Por quê?”

Sem responder, Henry me guiou para seu quarto, e depois


bateu a porta atrás de mim. Ele me virou para seus braços e
me olhou com a cara mais séria que eu já tinha visto.

Sua mão delineou minha bochecha enquanto seu corpo


invadia cada centímetro de espaço pessoal que eu tinha.
Minhas costas bateram na porta quando ele me prendeu, se
certificando de que não teria jeito de me desvencilhar - não que
eu quisesse. Com um toque de seu dedo polegar em minha
bochecha e eu já estava me derretendo no lugar.

Sua outra mão agarrou minha cintura enquanto sua


cabeça se abaixava para a minha. Ele era mais alto que eu,
então era uma pequena jornada ter nossos lábios se
encontrando. Mas eu não me importava de ficar na ponta dos
pés para encontrá-lo no meio do caminho, que foi exatamente
o que fiz, enquanto minha mão ia ao redor de seu pescoço.

Nossos lábios se conectaram e meu estômago afundou por


ter Henry enrolado em mim de novo. Toda a preocupação que
eu estava sentindo antes, a tensão, a inquietação, tudo se
esvaiu no momento que Henry enrolou seus braços ao meu
redor.

Ele era quente, forte, confortador, e sexy.

Droga, ele era sexy, não havia como negar isso,


especialmente no momento em que seus lábios conectaram
com os meus. Virginia celebrou.

Sendo um pouco aventureira, abri minha boca e bati


minha língua contra seus lábios, o que fez um gemido
estremecer em seu peito. Sua mão que estava uma vez em
minha cintura tomou seu caminho para baixo, para a barra de
meu vestido.

“Eu estive esperando tanto para te beijar assim, te tocar


assim. Deus, Rosie, você está fazendo meus malditos sonhos se
tornarem realidade bem agora”.

Meu coração tropeçou com suas palavras, enquanto ele


começava a levantar meu vestido até sua mão encontrar o
elástico da calcinha em minha coxa. Suspiros escapavam de
mim enquanto seus dedos dançavam ao longo da costura de
minhas calcinhas conservadoras de vovó. Se afastando, ele me
olhou, como se estivesse pedindo permissão; permissão para
tirar meu vestido.

Puta merda, Henry queria tirar meu vestido. E a coisa


estranha era que eu queria que ele fizesse isso. Engoli em seco
e assenti com a cabeça, extraindo um sorriso dele.

A mão que estava em minha bochecha agora foi até a


costura de meu vestido e, com precisão, ele o tirou, revelando
meu soutien sem alças e minhas calcinhas de algodão.

O quarto parecia frio comigo parada de lingerie em frente


a Henry, meu melhor amigo.

Eu conseguia sentir meus mamilos endurecendo, e eu não


tinha certeza se era da temperatura do quarto ou se era do
olhar vindo de Henry, enquanto ele me olhava de cima a baixo.
Eu sabia que o latejar que vinha de Virginia era por causa de
Henry. Definitivamente por causa de Henry.

“Você é tão linda”, Henry disso, com suas mãos tocando


meus lábios.

“Obrigada”, eu disse timidamente.

Me agarrando pela mão, ele me guiou para a cama e me


sentou. Isto estava ficando sério, eu pensei, enquanto Henry
puxava sua camiseta emprestada pela cabeça, revelando
aquele tronco perfeito dele. Se inclinando, ele me pressionou
contra o colchão e pairou sobre mim. Eu observava com
satisfação como seu peito se ondulava por ele se manter acima.
Sua pele era bronzeada, macia, e gostosa.

Eu pensei gostosa? Bom deus, eu estava ficando safada.


Mas inferno, eu não podia evitar ser assim quando Virginia
estava me implorando para lamber cada parte do corpo dele.

Me sentindo um pouco descarada, agarrei sua cabeça e a


trouxe de volta aos meus lábios, onde eu continuei a beijá-lo,
algo em que eu sabia que estava ficando boa pra caralho.

Ele continuava pairando sobre mim, mas eu podia sentir a


parte inferior de seu corpo relaxando, e foi quando a
protuberância bateu em minha perna. Curiosa, eu mexi minhas
pernas para sentir um pouco mais, explorar sem tornar isso
muito óbvio.

Através de seus shorts, eu senti quão excitado ele estava,


quão grande ele era, e isso fez Virginia chorar de alegria.
Mexendo minha perna pra cima e pra baixo, eu levemente
encostei nele por sobre seus shorts. Depois da quinta
esfregada, ele finalmente compreendeu meu movimento e
começou a se pressionar mais forte em minha coxa, um
movimento cheio de fricção.

Enquanto eu acertava sua ereção com minha perna e me


pegava com o mais sexy cara que eu já tinha conhecido, eu
pensei: ‘isso era esfregação’? Ou isto era considerado carícias
pesadas? Era difícil dizer, por que eu acreditava que estivesse
acariciando ele – o que era uma coisa estranha de dizer – mas
ele estava pressionando uma corcova contra minha perna,
então o que era isso? Uma carícia-corcunda?

“Hey, onde você está?” Henry perguntou, se afastando.


“Eu sinto que você meio que desapareceu sob mim”.

“Desculpe”, eu disse, com calor queimando pelo meu


corpo. Cérebro estúpido. “Eu estava só pensando”.

“Pensando sobre o que?” ele perguntou. Sua cabeça


estava a centímetros da minha, mas do canto do olho eu
conseguia ver seus músculos do braço. Ah, músculos, por que
eu me neguei esse deleite por tanto tempo?
Clareando minha mente, eu decidi ser honesta e disse,
“Eu estava me perguntando se o que nós estamos fazendo é
classificado como esfregação ou carícias pesadas?”

O canto de sua boca franziu enquanto ele pensava sobre


isso por um segundo. “Eu acredito que são carícias pesadas”.

“Mas você tá meio que estava cutucando minha perna”,


repliquei.

Ainda sorrindo, ele balançou sua cabeça. “Não, eu estava


empurrando contra sua perna. Isto é cutucar sua perna”. Com
algumas estocadas, ele me mostrou exatamente o que uma
cutucada era.

“Oh”, eu disse, me sentindo um pouco tímida com o


quanto sua ereção tinha me acendido.

“Vê a diferença?”

“Vejo”. Eu encarei seus olhos e depois suspirei. “Eu


totalmente arruinei o clima”.

“Não, você não arruinou. Mas eu posso ver que isto vai
ser uma experiência de aprendizado, já que você tem muitas
perguntas, então nós devemos fazer direito. O que você quer
saber?”

Ao invés de ficar pairando sobre mim, ele sentou na cama


e colocou sua cabeça contra a cabeceira, com seus braços dos
lados. Seu cabelo estava ligeiramente bagunçado e seus olhos
estavam cheios de desejo. Ele estava adorável, mas também
sexy; era difícil não olhar para ele.

“Qual é, Rosie. Me deixe ouvir sobre isso. O que você quer


saber?”

“Sério?” perguntei, um pouco surpresa com sua oferta. O


que nós estavamos fazendo agora não era sexy, não era
apaixonado, não era algo que eu li nos meus romances, e eu
meio que desejava ser capaz de ter todo aquele momento de
fogo apaixonado com o cara que eu não conseguia tirar os
olhos. Mas eu também tinha tantas malditas perguntas para
fazer. Sentando-me sobre meus joelhos, coloquei minhas mãos
sobre minhas coxas e disse, “Eu quero tocar isso”.

“’Tocar isso’? Rosie, se você vai ser uma escritora de


romances, vai ter que estar confortável em dizer palavras como
pinto, pau e pênis. E você vai ter de pedir por isso, então tente
de novo. O que você quer?”

Apertando meus dentes, por que eu sabia que ele estava


empurrando meus limites, eu disse, “Eu quero tocar seu pênis”.

Se ele risse, eu o socaria na garganta. As palavras saindo


de minha boca soaram tão estranjeiras, que tive de repeti-las
em minha cabeça para ter certeza que eram em português.
Sendo o cavalheiro que ele era, ele reprimiu os desejos de me
importunar e, ao invés, assentiu com a cabeça enquanto suas
mãos iam ate seus shorts e os desabotoavam.

Meus nervos enlouqueceram quando ele os tirou,


revelando suas cuecas boxers e sua ereção armada.

Ereção armada: era essa a frase a se usar? Tecnicamente,


sinceramente parecia como uma barraca em sua virilha, mas
isso era sexy? Ereção armada, ereção armada... não. Nem um
pouco sexy. Era mais como uma analogia bizarra que te faz
pensar em meninos escoteiros. Eck, eu deveria ir pra cadeia.

“Hey, Rosie. Você continua comigo? É um pouco alarmante


quando você está quase tirando seus boxers e a garota que
disse que quer tocar seu pau começa a se desligar”.

“Desculpe. Eu estava só pensando. Ereção armada é algo


a escrever...?”

“Não, de jeito nenhum, não é algo para escrever”.

“Anotado”, sorri, agradecida que ele não estava me


julgando. “Eu sinto muito sobre tudo isto. Talvez nós devamos
esquecer isso. Claramente, eu não consigo focar no que eu
deveria estar fazendo”.

Com um amável sorriso em seu rosto, Henry pegou minha


mão e me puxo pra perto, daí eu estava sentada em seu colo e
sua ereção estava cutucando as costas de minha bunda. Era
esquisito, como se seu pênis estivesse me chicoteando, mas eu
ainda achei estranhamente erótico.

“Ouça, eu entendo que você está curiosa, e que você vai


ter perguntas, e eu estou okay com isso. Eu te quero, Rosie,
mas eu também quero te ajudar, então faça qualquer coisa que
você queira, pergunte o que você quiser; você não vai me
assustar. Peide na minha cara, cutuque meu pau... só não me
chute nas bolas”, ele provocou, me fazendo rir.

Sentindo necessidade, eu pressionei meus lábios contra os


seus, segurando seu rosto em concha e agradecendo-o. Suas
mãos percorreram minhas costas, até o fecho do meu soutien,
me fazendo engasgar. Eu consegui sentir seu sorriso contra
meus lábios pela minha reação, mas ele não parou. Com um
impulso de seus dedos, ele abriu meu soutien e o deixou cair
entre nós. Instintivamente, meus braços foram pra frente e
sobre meus peitos, os cobrindo da vista, o que, de novo, fez
Henry sorrir.

“Hey, não cubra seus bens”, ele zuou.

“Estou nervosa”, admiti.

“Por que? Você está com medo de eu arrancar seus


mamilos?”

“Não”, exclamei.

“Você deveria. Eu sou meio que um cara de mamilos”.

“O quê? Sério?”

Rindo ainda mais, ele balançou sua cabeça. “Não. Eu quis


dizer, eu amo mamilos, mas eu não vou arrancá-los; eu só vou
beliscá-los. Confie em mim, isso vai ser bom”.

“Mas eu nunca mostrei meus peitos a ninguém antes”.


“Então, quem melhor para inspecioná-los que eu?”

“Você vai rir deles”.

“E por que eu riria deles?”, ele perguntou, enfraquecendo


seu espírito jovial.

“Eu não sei. Eles não são todos falsos e atrevidos; eles
são normais”.

Me esquadrinhando com os olhos, Henry respondeu, “Não


há nada normal em você, Rosie. Você já deveria saber disso”.

Simplesmente, eu fui pega em sua compreensão. Minhas


mãos foram até seu rosto de novo, com meu peito pressionado
no dele, o fazendo perder a respiração com o contato,
enquanto nossos lábios se encontravam. Suavemente,
pressionamos nossas bocas unidas, aprendendo a mover
perfeitamente sincronizados enquanto explorávamos um ao
outro. Suas mãos que estavam em meus quadris percorreram
até minhas costelas, onde ficaram por um curto período de
tempo, acariciando minha pele gentilmente.

Virginia gritava de alegria conforme os dedos dele


lentamente se aproximavam de meus peitos.

Eu podia sentir meu coração palpitando contra o peito


dele. Meus peitos doíam por seu toque, por um pequeno golpe
de seu dedo, mas ele não foi mais alto com sua exploração,
alem de alguns toquinhos provocantes de seus polegares. Eu
estava me contorcendo em seu colo.
“Por favor, me toque”, eu disse timidamente em sua boca,
o fazendo sorrir.

“Pensei que você nunca pediria”.

Ainda não olhando pra baixo, ele permitiu à suas mãos


irem pelo ultimo centímetro que nos separava e, finalmente,
agarrou meus peitos. Instantaneamente, minha cabeça caiu pra
trás com a sensação de suas mãos pressionando onde eu
desejava. Ele tinha uma mão cheia, e a apertava com o tipo
certo de pressão. Isso me fez esfregar em sua virilha, querendo
mais.

Com apenas um leve aperto, ele tinha me feito implorar


por mais. Quem saberia que ter seus peitos apertados era uma
parte integral do processo preliminar? Inferno, eles eram sacos
de leite pendendo do corpo de uma mulher, mas Jesus, Maria e
José, também eram um botão de prazer que atirava certeiro em
seu cactus feminino como um mecanismo de hidratação. Ele
continuou a apertar meus peitos, mas lentamente começou a
mover seus dedos por meus mamilos. Minha mente ficou
branca enquanto Virginia começava a pedir pelos tiros,
permitindo meus peitos pressionarem em suas mãos,
encorajando-o a prosseguir em sua jornada.

Quando meus olhos abriram para ver por que ele não
estava apertando meus mamilos mais, eu vi que o olhar
caloroso de Henry estava colado em meu peito exposto. Ao
invés de me cobrir, estufei mais meu peito, permitindo uma
visão melhor. Lambendo seus labios, a cabeça de Henry se
abaixou e sugou um de meus mamilos em sua boca.

“Filho de uma bolacha água e sal!” gritei com o prazer


rolando através de mim.

Henry subiu os olhos para mim por um segundo com uma


sobrancelha questionadora, mas voltou ao trabalho. Eu vou ser
honesta, eu nunca pensei que chupar os peitos era algo que eu
iria permitir, já que parecia estranho para um homem crescido
estar chupando meus peitos como uma criança, mas madição,
isso parecia como o paraíso.

Sua boca se afastou, me deixando tremendo em suas


mãos. Mas como o homem justo que ele era, ele trocou para o
outro mamilo e deu a ele a mesma atenção especial.

Eu queria gritar; eu queria gemer; eu queria ir a igreja e


agradecer Deus, Jesus, e a qualquer um que fosse sagrado,
pela miraculosa ideia de chupar os peitos de uma mulher.

Virginia se apertava, e uma pressão profunda começou a


crescer conforme a língua astuta de Henry continuava
brincando com meu mamilo em sua boca. Minhas mãos foram
instintivamente para sua cabeça, encorajando-o a fazer mais.
Mas quando suas mãos viajaram para minha barriga, para o
cós de minhas calcinhas, eu fiquei rígida, e não de um jeito
bom.

“Whoa”, eu disse, tirando meu mamilo de sua boca.


“O que foi?”

“Você estava chegando perto de minhas partes íntimas”.

“Esse é o ponto”, ele riu, encarando meus peitos. Meus


braços cobriram meus peitos rapidamente, só para serem
removidos por Henry. “Não se esconda de mim. Isso é um
insulto. Você deveria ter orgulho de me mostrar seu corpo”.

“Isso é meio novo pra mim”, eu disse, resistindo a


urgência de pressionar meu peito nu no colchão, me
certificando de que só as molas do colchão seriam capazes de
avisar minha metade de cima.

“Vamos, Rosie. Você é absolutamente de tirar o fôlego”.

Alegria pura fluiu por mim quando aceitei seu elogio. Eu


encarei sua virilha, que estava um pouco úmida na ponta onde
seus boxers apertavam sua ereção, e a estudei por um
segundo.

“Você... gozou?” sussurrei, olhando para seu membro.

“Não, isso é só pré-ejaculação”.

“Pré-ejaculação. Huh, não sabia que isso existia. Posso


tocar agora?”

“Já acabamos comigo te tocando?” ele perguntou,


parecendo um pouco desapontado. O sentimento fez meu
coração voar.

“Só por um instante. Mas eu prometo que vamos voltar,


por que sua boca em meus peitos foi realmente muito bom”.

Uma risada gutural escapou de Henry enquanto ele


balançava sua cabeça e colocava suas mãos sobre o cós de
suas cuecas. Em câmera lenta, eu o assisti puxar suas boxers e
liberar seu pau. O homem tinha zero vergonha, me excitando
ainda mais.

E, puta merda, isso parecia como um rolo de salame


germinado entre suas coxas.

Esta era a coisa verdadeira? Minha mão avançou, a


centímetros de distância de tocá-lo. Não parecia real. Antes de
tocar, eu me inclinei à frente um pouco mais, e examinei um
pouco mais perto. Seu pênis estava bem ereto, e a pele quase
parecia apertada, esticada de ponta a ponta. Havia veias,
nenhum pêlo – boa remoção da parte de Henry – e suas bolas,
Bem, vamos dizer que minha visão de um escroto foi frutífera.

“Eu só quero que você saiba: o jeito que você está


encarando meu pau? Tá me acendendo mais que um poste de
iluminação bem agora”, Henry admitiu.

Olhei para ele e vi suas mãos segurando os lençóis da


cama, seu peito se movendo rapidamente. Aquilo era tudo ‘só
um olhar’ e ele estava quase pegando fogo? Homens são tão
fáceis.

“Eu vou tocar agora”, anunciei, com minhas mãos se


aproximando.
“Você não tem que anunciar, pode só tocar”.

“Okay, eu só queria te dar um aviso. Eu vou tocar meu


primeiro pênis. Essa é a minha primeira carícia em um pênis”,
eu disse com nervosismo. “Aqui vamos nós, estou quase
tocando”. Minha mão se comichava mais pra perto... mas voltei
atrás por um segundo, me perguntando como seria.

“É só pele”, Henry disse, “Não alguma cobra pegajosa,


embora, depois que eu ter terminado com você, é certeza de
que vai estar gosmenta”.

“Ew, Henry!”

Ele riu, e eu observei seu corpo tremer de rir. Seu pau se


movia com seus movimentos. Isso era fascinante. Eu me
perguntava se homens pensavam as mesmas coisas sobre
peitos. Embora, peitos não se contraiam por si mesmos, e eles
certamente não tinham pré-ejaculação, graças a deus.

“Eu te desafio a tocar”, ele sorriu.

“Eu vou. Veja”, eu disse, enquanto cutucava a lateral dele.


O pênis se moveu lentamente, mas depois voltou a posição.
“Ahh”, gritei. “Eu toquei. Toquei o pênis. Oh deus, é como um
daqueles sacos de pancadas de ar, que você bate e eles caem,
mas depois voltam”.

“Certeza de que todos os pênis ao redor do mundo não


querem ser conhecidos como sacos de pancadas” ele provocou.
Eu o ignorei e movi minha mão de volta ao seu pênis ereto,
dessa vez envolvendo meus dedos ao redor dele.

“Wow, é bastante duro. Eu pensei que talvez parecesse


duro, mas fosse molenga no meio”. Eu apertei e testei a solidez
de seu pau. “Sim, não é molenga, mas a pele é um pouco
solta, só um pouco, o que me supreende, dado o fato de que
isso parece que vai pular pra fora do invólucro”.

“Não chame de invólucro”, Henry disse, um pouco sem


fôlego.

“Quero dizer, olhe isto”, eu disse enquanto acariciava


levemente, correndo meus dedos ao longo de suas veias. “É
como se tivesse sua própria mente. Como se, se eu
comandasse, ele faria o que eu dissesse, por que eu tenho a
vagina, e este é o seu objetivo derradeiro”. Aprofundei minha
cabeça e olhei por baixo de seu pênis. Corri meus dedos ao
longo da extensão dele, testando todos os lados, e aí foi
quando vi Henry arquejar de falta de ar. Olhei pra cima e vi que
ele tinha um leve brilho de suor em seus lábios superiores.
Sentei e o estudei.

“Você está okay?”

“Sim, só tentando não gozar nos seus olhos”.

“Do que você está falando?”

“Rosie, você não pode só sentar perto de um pau,


acariciá-lo, examiná-lo, e pensar que o cara não vai ser
afetado”.
“Eu estou excitando você?”, perguntei, levemente
perplexa.

“Sim! Eu tenho uma incrível vista de seus peitos, seus


lábios estão perigosamente próximos do meu pau, e você o
está acariciando com toque de pluma. Rosie, você está me
matando aqui”.

“Oh, querido. Eu não tinha ideia. Você quer que pare?”

“Não, por favor, de forma alguma, continue explorando.


Mas se você me ver ofegante, já sabe porquê”.

“Justo”, sorri.

Com renovada confiança pelo efeito que estava tendo


sobre Henry, corri minha mão de seu pênis para suas bolas.

“Cuidado”, ele rebateu a minha prensão. “As bolas são


diferentes do pau; você tem que ser gentil”.

“Oh, certo, eu esqueci. Estes carinhas são sensíveis.


Anotado”.

Com delicadeza nos dedos, eu levemente toquei suas


bolas e senti o peso delas. Elas não eram gigantes, de qualquer
maneira, e ele estava completamente raspado, então aquilo
não era um problema.

Elas eram, na verdade, meio divertidas de se brincar, tipo


como bolas de gude em um saquinho ziploc cheio de água. Me
lembrando do que Henry disse sobre o períneo, eu sorri para
mim mesma e deslizei minhas mãos para trás de suas bolas.
Mas subi rápido quando notei que ele estava sentado muito
verticalmente.

“Você pode vir um pouco mais a frente e abrir mais suas


pernas?” pedi.

“Você não vai fazer um exame médico ou algo do tipo,


vai?”

“Não. Por que eu faria isso?”

“Não tenho ideia”, ele riu e fez o que eu pedi a ele.

Nesse momento, eu olhei para ele, com suas mãos atrás


de sua cabeça e seus olhos aterrisados nos meus. Ele estava
dando seu corpo inteiro para minha leitura, para meu estudo, e
eu sabia que nenhum outro homem teria sido nem a metade
tão incrível, paciente e compreensivo quanto Henry tem sido
através desse processo todo. Ele levou o papel de melhor
amigo para um novo nível.

Bem na hora que eu estava para subir minhas mãos em


suas coxas, meu telefone tocou em minha bolsa, que estava
agora jogada no chão. Olhei para aquilo, me perguntando quem
estaria ligando para mim, mas com um puxão em meu braço,
Henry me trouxe de volta,

“Fique comigo, Rosie”.

Assentindo, me posicionei entre suas pernas e abaixei


minha cabeça para seu pau.

“Eu vou tentar colocar em minha boca. Não posso


prometer nada. Da ultima vez que eu fiz isto, vomitei”.

“Bem, se você sentir que vai vomitar, me avisa. Eu seguro


seus cabelos pra trás pra você”.

Ele piscou para mim, fazendo meu coração tremer em


meu peito.

Gah, eu instantaneamente comecei a me sentir caída pelo


homem - simplesmente com uma pequena piscada eu era dele.
Balancei minha cabeça para afastar os pensamentos danosos e
foquei na tarefa em mãos... bem, eu acho que na boca, agora.
Agarrei seu pênis com uma mão e abaixei minha boca até que
ele estivesse a um sussurro de meus lábios.

Com uma lambida para umedecer meus, agora secos,


lábios, eu abri minha boca e fui descendo para seu membro. Eu
conseguia sentir minha boca tentando esticar ao redor dele, e
pensei para mim mesma: ‘como na terra as garotas faziam
para segurar suas mandibulas abertas por tanto tempo?’ A
minha estava sobre seu pênis há um segundo, e minha
mandíbula já estava gritando comigo.

Eu podia sentir meus dentes contra sua pele, e sabia que


mordiscar o pênis não era uma boa ideia. Então, eu dei uma
respiração profunda, relaxei meu rosto e escancarei mais a
boca.

Para minha surpresa, fui capaz de movimentar seu pau


em minha boca. Não era nojento como eu pensei que seria; era
como se eu estivesse tentando chupar um picolé quente e
carnudo. ‘Picolé de carne’ provavelmente não o melhor dos
termos para usar em meu livro, mas era certeiro para usar com
as amigas. Eu arquivei a informação, para quando conversasse
com Jenny ou Delaney.

Respirando pelo nariz, levemente suguei o pênis de Henry.


Eu não diria que era a melhor nisso. Eu nem mesmo diria que
estava na média, já que nem mesmo conseguia controlar a
baba que escorria de minha boca ou o constante reflexo de
vômito que me ameaçava a cada momento que seu pênis
estacionava em minha boca, mas eu podia ver, pelo jeito que
os músculos de Henry retesaram que eu estava, na verdade,
satisfazendo-o de algum jeito.

Querendo tentar alguns dos truques que Henry tinha me


ensinado, para impressioná-lo e mostrar a ele que eu estava
ouvindo, decidi tentar a vocalização.

Agora, eu não sabia nada sobre vocalização; eu não tinha


lido isso em nenhum dos meus romances, então não estava
muito certa de como processar tal ação sexual. Pelo que Henry
descreveu para mim, eu deveria zumbir e vocalizar enquanto
minha boca estava em seu pênis. Bastante simples. Pegando
algum ar pelo nariz, comecei a vocalizar.

“Hm, hm, hmm, hm, hm, hmm, hm, hm, hmm, hm,
hmmmm.”

No meio da minha vocalização, Henry sentou e olhou para


mim, com uma sobrancelha zombeteira.

“Você está vocalizando... jingle bells?”

“Yeah, uq tá eadu cu is?” perguntei. Seu pênis continuava


em minha boca.

“Hey, não fale com sua boca cheia de pau”, Henry


admoestou, enquanto afastava minha boca de seu pênis e
gargalhava.

“O que há de errado? Você não gosta da musica? Foi a


primeira coisa que me veio a mente. Eu posso tentar alguma de
Britney Spears, se funcionar melhor pra você”.

“Isto não é o jogo Craniun, Rosie. Eu não estou tentando


adivinhar que musica você está vocalizando em meu pau. Você
só deve vocalizar, nada em particular”.

“Bem, onde está à diversão nisso? Eu acho que este é um


novo jogo que nós deveríamos apresentar ao mundo: ‘adivinhe
essa musica’. A garota vocaliza uma música no pau do cara, e
ele faz duas tentativas de adivinhar; se ele adivinhar errado,
ele tem de vocalizar nos mamilos dela... droga, eu acho que
isso seria bom”.

“Eu aposto que seria melhor no seu clitóris”, Henry disse,


remexendo suas sobrancelhas.

“Umm”, balbuciei, o fazendo rir.

“Só hum, Rosie. Sem tons”.


“Peguei isso”, eu disse, enquanto nós dois voltávamos a
posição.

Sem vocalizar uma música desta vez, eu voltei aos


negócios, como Henry me guiou.

“Agora, quando você tiver sua boca sobre um pênis que


não consegue engolir por completo, você deve usar uma de
suas mãos para acariciar a base do pau; desse jeito o cara é
completamente agraciado. O topo é legal para brincar, mas
apertar a base do pau é... caralho sim, bem assim”, Henry
exaltou, enquanto eu apertava a base e acariciava, enquanto
vocalizava em seu pênis.

“Foda, sim, Rosie”, ele disse, sua cabeça mexendo contra


o travesseiro.

Me sentindo confiante de novo, minha mão sobressalente


começou sua jornada abaixo, para encontrar o períneo. Eu rolei
suas bolas em minha mão por um segundo, dando a elas um
pouco de amor, até meus dedos viajarem um pouco mais ao
sul, procurando por aquele lugar especial. Eu assisti com
satisfação quando os olhos de Henry fecharam e suas mãos,
que estavam atrás de sua cabeça em uma posição casual,
começaram a agarrar a cabeceira da cama.

Passando suas bolas, meus dedos deslizaram em uma


área quente, que parecia com o que Henry tinha falado. Até
algo prender ao redor de meus dedos, e Henry praticamente
voar da cama. Minha boca foi puxada de seu pênis com
violênca, e minha mão deslizou pra fora quando Henry foi pra
trás.

“Whoa, Rosie, o que diabos você está fazendo cavucando


em minha bunda?”

O brilho de suor que estava agraciando seu lábio superior


estava agora por todo o seu delicioso e robusto corpo.

“Aquilo era sua bunda? Ugh, que embaraçoso”.

“Onde você estava indo?”

“Seu períneo”, eu disse com vergonha, desejando que não


tivesse estragado minha surpresa.

Com um olhar terno, ele acenou, e depois deitou de


costas sobre a cama. Ele abriu suas pernas ao meu redor e
pegou minha mão. Guiando por debaixo de suas bolas, ele
pressionou meu dedo bem onde ele queria.

“Isto”, ele respirava pesadamente, “Isto é o que você está


procurando”.

“Oh”, eu disse, enquanto assistia seu pênis ficar mais


duro.

Assumindo posições, eu coloquei minha boca de volta em


seu pênis, minha mão livre na base, e no perfeito ritmo que eu
pensei que era apropriado, movi minha cabeça e minhas mãos.
Minha língua vocalizou contra a parte inferior de seu pênis, e
uma de minhas mãos brincava com a base de seu pau,
apertando tortuosamente, enquanto a outra mão brincava com
aquele lugar secreto.

“Caralho, caralho, caralho”, Henry disse, se deslocando na


cama e agora apertando os lençóis. “Droga, Rosie, quero
dizer... caralho. Deus, eu tô perto, Rosie; você tem que parar”.

“Por quê?”, eu disse contra seu pau.

“Porque eu tô quase lá”, ele disse com uma voz


estrangulada.

Me afastei, mas não rápido o bastante, com minha mão


conectando com seu perineo uma última vez. Eu poderia dizer
que ele ia explodir, e então, para impedir o fluxo de acertar por
todo lugar, coloquei meu dedo sobre o buraco de seu pênis, e
rezei para que a ejaculação que estava quase acontecendo não
acertasse por tudo.

Para meu desgosto, minha ideia de parar o jato de porra


foi vencida pela mangueira de alta pressão que Henry tinha em
suas calças. O que eu pensei que fosse uma boa ideia se
transformou em uma enorme bagunça, com meus dedos agindo
como um borrifador de spray. Porra voou para todo lugar, sobre
mim, sobre Henry, na cama, e, infelizmente, diretamente no
meu olho.

“Gah, você me acertou!” eu disse, cobrindo meu olho com


a mão e caindo de volta na cama, me perguntando se o líquido
branco e pegajoso iria me cegar.

Meu olho queimava da ofensiva do leite de homem que eu


não estava esperando me socar, enquanto eu ouvi Henry rindo
ao fundo.

“O que é tão engraçado?” perguntei, cobrindo meu olho.


“Eu acho que posso estar cega”.

“Você não está cega”, ele gargalhou. “Mas, droga, não


pensei que eu iria fazer o pirata sujo com você. Bem, um pirata
sujo, menos o golpe no joelho”.

“O que é pirata sujo?”, perguntei, começando a piscar,


esperando que minha visão reaparecesse.

“Quando um cara goza no seu olho e depois chuta você no


joelho, então você pula ao redor e segura seu olho, parecendo
um pirata. Eu deveria dizer ‘arghhh’ quando fiz isso... mas
perdi minha deixa. Não sabia que você estava indo com tudo
hoje”.

“Eu te odeio”.

“Não, você não me odeia”, ele respondeu, enquanto saia


da cama e corria pra fora, pulado. Ele retornou rapidamente
com uma toalha quente e úmida. Eu o observei se inclinar para
mim, pênis ainda pendurado – bom deus – e secar meu olho.
Lentamente, minha visão começou a voltar, e eu pude ver de
novo. Ele também limpou todo o resto da bagunça. Uma vez
que estávamos limpos, ele me puxou em seu peito e disse,
“Quando eu disse que estava quase lá, você deveria se afastar,
amor”.
“Mas garotas não engolem, normalmente?”

“Elas podem, mas eu nunca pediria a você pra fazer isso”.

“Tem gosto ruim?”

“Bem, não é como um milkshake descendo por sua


garganta. É salgado, eu acho, e quente. Não a melhor coisa no
mundo”.

“Parece como se fosse grosso”.

“É como cerveja, ou você gosta disso ou não”.

“Você já experimentou?”

“Não posso dizer que já”, ele riu. “Realmente, não nos
caras. Meio que amo peitos”, ele disse, beliscando um mamilo,
acordando Virgnia de sua pequena siesta. “Agora, eu acredito
que é sua vez, amor”.
Capítulo Vinte
A ovelha sacrificada

“O que você vai fazer?” perguntei, ligeiramente nervosa.

“Bem, eu planejo provar você, e depois, se você estiver ok


com isso, eu quero finalmente retirar esse seu V-card”.

O jeito que ele disse isso me fez encolher de leve, como


se aquilo fosse um troféu que ele estivesse esperando agarrar e
colocar sobre seu aparador do sexo. Mas eu deixei rolar, mesmo
que a voz de Delaney continuasse tocando em minha cabeça.

Caçador de cerejas.

Não, Henry não era assim, não mesmo.

“Você quer fazer isso comigo?”

“Yeah, eu quero fazer muito mais que isso, Rosie, mas


vamos devagar”. Ele me rolou para o meu lado enquanto
pairava sobre mim. “Primeiras coisas primeiro: hora de ficar
completamente pelado”.

Suas mãos encontraram minha calcinha, segurando as


laterais e a puxando de meu corpo, me deixando
completamente nua. Eu queria me esconder, me enrolar e
cobrir minhas partes, mas depois de ver a leitura que Henry
estava dando, com luxúria em seus olhos, um novo senso de
confiança cresceu dentro de mim. Ele queria ver meu corpo nú,
ele gostava de vê-lo, e isso, na verdade, o deixava excitado.
Esse era um conceito novo para mim, e eu gostava de cada
segundo. Sua mão correu por sua boca enquanto ele me
assimilava.

“Eu sou um babaca”, ele confessou.

“Por que?”

“Por esperar tanto tempo. Eu deveria ter feito isso no


primeiro dia que te vi”.

Com isso, Henry abaixou sua cabeça e colocou seus lábios


suavemente sobre os meus.

Por um lado, quando eu o agraciei, foi mais como um


experimento para mim, uma pequena experiência de
aprendizado. Mas dessa vez, quando Henry estava com as
baterias carregadas, era mais sobre paixão, algo que eu
ansiava.

Enquanto ele me beijava, suas mãos percorreram meu


corpo até baterem em meus seios. Com carícias gentis, seus
dedos brincavam com a parte inferior de meus seios, algo que
Virginia absolutamente adorava.

Suas mãos tocavam meu corpo como um instrumento,


enviando ondas de prazer rolando através de meu corpo. Ele
sabia o que tocar, e o tipo de pressão necessária pra isso.
Quando seus dedões bateram em meus seios, seus beijos se
tornaram mais fortes, e então seus dedos se afastaram, e
depois seus lábios. Isso era pura tortura, fantástica e incrível
tortura.

A impaciência crescia com a pressão que estava se


construindo em meu centro. Eu estava quase encorajando ele a
sugar meus mamilos de novo, mas nem tive chance, porque ele
estava tão conectado com meu corpo que começou a rumar aos
meus seios antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Sua
boca encontrou um de meus mamilos, me fazendo curvar na
cama com a mordidinha que ele aplicou.

“Deus, deus, isso é tão bom”, eu disse, dando voz ao meu


prazer, algo que eu nunca pensei que faria. Mas, considerando
os sentimentos correndo através de mim, eu não consegui
controlar o que fluia pra fora de minha boca. Delaney estava
certa, quando nos espasmos da paixão, você não consegue
controlar o que sai de você.

Dando atenção ao outro mamilo, eu me contorcia debaixo


de seu toque, sua chupada, até eu me sentir completamente
exaurida e em desesperada necessidade para que ele parasse a
dor entre minhas coxas.

Lentamente, ele levantou sua cabeça, sorriu


diabolicamente para mim e beijou meu osso esterno, depois
meu estômago, e depois meu osso púbis. Eu arfei quando ele
desceu completamente pra baixo de mim e posicionou minhas
pernas em cima de seus ombros. Ele me tinha em posição, e eu
deveria estar nervosa. Eu deveria estar gritando embaixo dele,
possivelmente suando da mera possibilidade de deixar escapar
outro peido, mas eu não estava; eu estava com Henry, e eu
estava segura.

Relaxando na cama, fechei meus olhos e permiti a Henry


me experimentar, como ele disse. Seus dedos me tocaram, me
abriram, e com uma pequena batida, sua língua correu direto
em meu clitóris.

“Urrrghhhhhhhhh”.

Deus, eu queria poder soar eloquente quando um cara


estivesse lá embaixo, mas ao invés de ser sexy, eu soava como
uma foca afogada.

Sorrindo, ele continuou sua missão de enterrar sua cabeça


entre minhas coxas e sua língua dentro de Virginia. Batendo
suas dobras, ela celebrava as boas vindas da língua de Henry
em seus alojamentos apertados.

Há momentos na vida de uma garota onde ela sabe que


irá se lembrar daquilo por muito tempo, e bem agora, com a
cabeça de Henry entre minhas coxas, sua língua dando voltas
em mim como um maldito cachorro lambendo pasta de
amendoin, eu soube que nunca iria esquecer disto. Quando a
pressão se ergueu em meu peito, eu soube que Henry seria o
primeiro cara a me dar um orgasmo na vida.

Quando achei que não poderia mais aguentar sua língua,


seu dedo foi pra dentro de Virginia, e sua língua bateu meu
clitóris com uma pressão forte.

Naquele momento, minha visão ficou completamente


negra. Era como se cada nervo que havia em meu corpo se
agrupasse dentro de Virginia e explodisse todos de uma vez,
me deixando muda. Meu corpo endureceu como uma tabua,
meus dedos dos pés viraram, e este esmagador senso de
completo e total prazer ultrapassou meu corpo. E a língua de
Henry continuava a mover contra meu clitóris, fazendo meu
corpo embaraçosamente convulsionar em todos os diferentes
tipos de direções, até que percebi que estava começando a
cortar a circulação de seu pescoço com minhas pernas, que
estavam dando nele um mortal aperto.

“Glah, glah, quebre-me, me... fode” gritei, com meu corpo


finalmente relaxando e só algumas contorsões ainda
persistindo.

Observei enquanto Henry lentamente se afastou e subiu


pelo comprimento de meu corpo. Sua cabeça baixou para a
minha e, com um sorriso, ele me beijou, me deixando provar
meu gosto em seus lábios.

Agora, eu tinha lido isso em livros antes, e deixe-me te


dizer, eu não estava ligadona como todas as outras garotas
estavam. Eu estava, na verdade, perplexa do por que Henry
sentia a necessidade de provar meu gosto, ou ter meu gosto
nele.
Quando eu o beijei antes, eu tinha gosto de pênis? Ele
gostou do sabor de seu pau em minha boca?

Agora que estávamos nos beijando, e seu pênis esteve em


minha boca, e minha vagina esteve na dele, aquilo significaria
que nós estivemos inadvertidamente fazendo sexo sem
penetração?

“Eu perdi você, não perdi?” Henry perguntou.

“Não, bem, mais ou menos. Eu estava só pensando sobre


como você me beijou depois de ter ficado lá embaixo em mim”.

“Você sabe o que é mais importante que isso?”

“O quê?”

“Esse foi teu primeiro orgasmo?” ele perguntou, quase


desesperado para ouvir a resposta.

“Foi”, eu admiti.

“E você curtiu?”

Dando a ele um olhar indicador, eu disse, “Você sabe


infernalmente bem que sim, pelos gorgolejos obscenos que eu
estava fazendo. Jesus, eu poderia soar menos atraente?”

“Eu gostei”, ele sorriu. “Como você se sente lá embaixo?”

“Molhada”.

“Bom, você acha que está preparada pra mais?” ele


perguntou, espiando seu pau lá embaixo. Eu baixei os olhos
para a ereção que ele estava apresentando e engasguei. Bom
deus, ele estava pronto.

Estaria eu pronta para isto? Quero dizer, na verdade eu


queria mais que qualquer coisa, mas diabos, eu estava
nervosa. Os livros dizem que é uma beliscada de leve, e que as
garotas amavam depois que a barreira inicial era quebrada.
Então, isso não poderia ser tão ruim, certo?

Desejando finalmente descobrir, assenti com a cabeça e


trouxe a cabeça de Henry junto da minha, querendo beijar seus
lindos lábios e me afundar em seu abraço.

Seu corpo se estendeu contra o meu, me permitindo uma


vez mais sentir seu pênis contra minha coxa, algo que eu
estava começando a gostar... e rápido. Que coisa estranha para
gostar, pênis contra vagina. Rosie Bloom: gosta de escrever,
odeia gatos, curte comida chinesa, e pênis contra sua coxa.

Suas mãos perambularam meu corpo acima, brincando


com meus seios e me provocando incansavelmente, enquanto
minhas mãos perambulavam quase o mesmo tanto, mas nunca
realmente tocando o pênis dele. Dois poderiam jogar aquele
jogo.

“Não me provoque”, ele me disse com a boca em meu


pescoço enquanto me beijava de cima a baixo.

“Por que não? Você está fazendo o mesmo”, eu disse


ofegante, com ele beliscando meu mamilo. “Deus, meu mamilo
ama você”.
“Bom saber”, ele riu, com sua boca envolvida ao redor de
meus seios e chupando com força. Minhas costas arquearam,
meus dedos dos pés curvaram e minha mente ficou negra
enquanto eu pressionava sua cabeça mais funda em meus
seios. Isso era patético, eu sabia, mas no minuto em que eu
descobri que meus mamilos controlavam o começo e o fim do
prazer, eu queria que mexessem neles todas às vezes.

Como um profissional, Henry chupou, mordiscou, lambeu


e beliscou-os, nunca enfraquecendo, nunca prestando mais
atenção a um único mamilo. Em cinco minutos, ele tinha
Virginia pulando pra fora de seu calabouço, implorando para
brincarem com ela.

“Eu não sei quanto mais eu consigo segurar, vendo você


se retorcer debaixo de mim desse jeito”, Henry disse em meu
peito.

“Não segure”, resfoleguei.

Ele se afastou, me deu um olhar questionador, como se


para dizer: ‘Você realmente quer que eu faça isso?’ Com um
brusco aceno, eu dei a ele o ‘Vá em frente’.

Com o sinal verde, ele se inclinou para o criado-mudo e


pegou uma camisinha. Se eu não estivesse tão saciada, eu
teria me oferecido para colocar, praticar minhas habilidades de
camisinha, mas o deixei cuidar disso.

Assim que terminou, ele se posicinou sobre mim de novo,


e segurou minhas pernas para que elas ficassem suspensas
sobre seus ombros.

“Oh-q-que você está fazendo?” perguntei, me sentindo


incrívelmente nervosa.

“Facilitando pra você o máximo possível. Você confia em


mim, Rosie?”

“Mais que qualquer um que conheço”, admiti


honestamente.

“Okay, então eu vou ser honesto. Isso não vai parecer


muito bom, pode doer muito, já que eu sou muito grande e
você é muito apertada”.

“Pensando bastante alto de si mesmo, heim?” perguntei,


tentando iluminar o humor.

“Você sabe que é a verdade”, ele sorriu perversamente.


Ele estava certo porém: parecia um tronco de árvore. “Pronta?
Eu vou devagar”.

Eu assenti e me abracei. Suas mãos correram até meus


peitos e ele disse, “Relaxe, amor. Quanto mais relaxada você
estiver, mais facil vai ser. Fique no momento comigo”.

Relaxando, eu tentei dar profundas respirações, enquanto


uma das mãos dele ia até o meu mamilo direito. Sua outra mão
estava segurando seu pênis, que agora esfregava em minha
entrada. Surpreendentemente, eu estava inacreditavelmente
molhada, então quando ele friccionou seu pênis contra mim,
verdadeiramente agraciou a Virginia um grande arranjo.

“Oh, faz mais”, eu disse, abraçando sua cabeça com


minhas mãos.

Rindo, ele fez como pedido, e eu regojizei com a sensação


da macia ponta de seu pau correndo a extensão do meu centro.
Isso parece incrível. Incrível o bastante para eu esquecer o fato
que Henry tinha inserido a ponta de seu pênis dentro de minha
vagina.

“Oh”, eu disse, me ajustando. Mas com cada movimento,


ele lentamente ia mais fundo.

“Não se mexa, amor”, Henry disse, parecendo um pouco


aflito.

“Você está okay?” eu perguntei, tentando manter minha


respiração firme.

“Você é tão, caralho, apertada, amor”.

“Eu sinto muito. Deveríamos parar?”

“Não! Não sinta muito; você é além de incrível. Se estiver


tudo certo com você, eu vou um pouco mais fundo. Você está
bem como isso?”

“Eu acho que sim”, disse cautelosamente, segurando


minha respiração.

“Você acha?” ele questionou com uma risada.

“Bem, eu acho que se você já passou da soleira, então


deveria ir pelo caminho todo, certo? Eu acho que com você eu
posso dizer ‘pense grande ou volte pra casa’”.

Rindo, ele balançou sua cabeça enquanto olhava para


mim. “Me lembre de conversar com você sobre papo de cama
depois; nós temos esquecido toda a decência de cama”.

“Como o quê?” perguntei, curiosa com o que eu


possivelmente disse.

“Não agora, Rosie”, ele disse, um pouco aflito. “Meio que


tô tendo certa dificuldade pefurando você”.

“Perfurando. Huh, isso é um termo real?”

“Agora não, Rosie”.

Eu estava quase pedindo desculpas, quando seus lábios


encontraram os meus de novo. Mas dessa vez, ao invés de ser
gentil, ele estava mais exigente. Ele mordiscou meu lábio com
seus dentes, mergulhando sua língua em minha boca, de novo
acariciando meus seios.

Esse ataque de atenção com meu corpo tinha me feito


esquecer que ele estava lá embaixo, e antes que eu soubesse,
uma dor cortante fluiu por Virginia, fazendo meu corpo arquear
no colchão e um gemido escapar de meus lábios.

“Você está okay?” Henry perguntou, ficando imóvel em


cima de mim. Sua respiração estava trabalhosa, e eu sabia que
isso era difícil pra ele.

Meus olhos estavam apertados da dor que cortava dentro


de mim, mas uma vez que o choque inicial do que aconteceu
passou, eu relaxei meu corpo e abri meus olhos.

A preocupação de Henry aliviou, após ele procurar por


alguma indicação de que devesse parar. Estranhamente, não
estava doendo como eu pensei que iria, apesar da inicial
“beliscada” de que falei. Eu só me sentia cheia, de um jeito
bom. Eu me sentia alongada, ainda satisfeita, como se Henry
estivesse destinado a enfiar seu pênis dentro de mim. Deus, eu
não deveria pensar coisas como estas.

Voltando ao presente, assenti com a cabeça e disse, “Eu


me sinto cheia, mas de um jeito bom”.

“Bom”.

Gentilmente agora, Henry começou a mover seus quadris


dentro e fora de mim, formando um tipo de fricção em Virginia
que eu nunca senti antes, mesmo quando tive o vibrador
enfiado lá. Seus lábios começaram a acariciar minha mandibula
levemente, transformando um momento esquisito em um
momento íntimo.

Suas mãos viajaram levemente pra cima e pra baixo de


meu corpo, enviando arrepios em minha pele. Seus dedos
traçaram a linha de minhas costelas em um ritmo de lesma,
encontrando seus caminhos até meus seios, onde eu senti meu
peito pressionar em sua mão assim que ele os segurou. Eu
estava descarada agora.
Os movimentos de seus lábios e dedos, combinados com
as gentis estocadas dentro e fora de mim, fizeram meu corpo
querer mais, necessitar mais, ansiar por mais. Eu sentia que
seja lá o que ele estivesse fazendo, não era o bastante para
satisfazer a pressão que estava começando a se erguer em
Virginia. Isso até uma de suas mãos descer por meu estômago
e rodear meu osso púbico.

Desesperadamente, eu aguardei pelo próximo movimento,


desejando ver o que ele tinha guardado, por que por enquanto,
eu estava praguejando por não ter participado de relações
sexuais até agora. Com um deslize de seu dedo, ele pressionou
contra meu clitóris, aplicando a quantidade certa de pressão
para fazer o mundo ao meu redor deslizar em uma escuridão
cegante e deixar só eu e Henry à vista.

“Tô chegando lá, amor” Henry gritou.

Eu queria responder, eu queria dizer a ele que estava


okay, mas o épico sentimento orgásmico correndo em minhas
veias tomou conta, e eu fui deixada sem palavras. Mais duas
estocadas, um beliscão no mamilo e pressão em meu clitóris
me tinham gritando seu nome, puxando seus cabelos,
dobrando minhas pernas contra sua cintura, e enfiando meus
quadris nele como um cachorro com tesão.

“Henry!” gritei, quando sentindo-o endurecer encima de


mim, soltando um baixo gemido.

“Deus”, ele murmurou, com seus quadris fluindo dentro de


mim, comendo cada última ponta de prazer que nós
experimentamos.

Uma vez que não podíamos extrair mais nenhum prazer


de nossa cópula, ficamos parados e apenas encarando um ao
outro. Henry pairava sobre mim perfeitamente, concedendo-me
aquele sorriso sexy dele, e nesse momento, eu me sentia feliz.
Verdadeiramente feliz.

“Pelos pêlos no mamilo de um gnu, está foi, por enquanto,


a melhor coisa que eu já experimentei”, confessei, acariciando
os cabelos de Henry suavemente.

Com meu toque, Henry se virou para se inclinar em seus


cotovelos, então ele estava apenas uns poucos centímentos
acima de mim. Suas mãos foram para o meu rosto e
acariciaram minhas bochechas.

Eu saboreei o sentimento de tê-lo em cima de mim, dele


me acariciando, sendo íntimo de um jeito completamente
diferente. Era isso que pós-sexo era? Provavelmente não com
todos. Algumas pessoas provavelmente só faziam suas
façanhas e seguiam com suas vidas, mas eu curti isto muito
mais. Eu curti a visão dos olhos de Henry me encarando, me
amando; esse era um momento que eu nunca esqueceria.

Meu telefone fez um beep, me avisando que eu tinha uma


mensagem, e foi quando eu lembrei que tinha recebido uma
chamada no meio de meu momento apaixonado.
Eu pensei em responder a mensagem, para evitar um
momento esquisito, mas me segurei enquanto Henry
perguntava - “Esta tudo bem?”

“Está perfeito, Henry. Dói um pouco no começo, mas você


me ajudou a esquecer. Você é realmente bom de beijo”.

“Eu devo dizer o mesmo sobre você. Você faz essa coisa
com sua língua que me fez perder todo o auto-controle”.

“Sério?” perguntei, meio que orgulhosa de mim mesma.

“Sério”, Henry sorriu. Acariciando minha bochecha, ele


continuou, “Você é tão linda, você sabe disso?”

“Obrigada”, respondi timidamente. “E você é um pouco


sexy”.

“Um pouco?” ele provocou.

“Só um pouco”, eu ri.

Meu celular fez um beep de novo, o que me fez


questionar. Ninguém iria me deixar mensagem, a menos que
fosse importante, o que só levou minha imaginação hiperativa a
enlouquecer com o pensamento de minha mãe e pai mortos
numa cova em algum lugar.

“Você se importa se eu checar meu celular?” perguntei,


sabendo que arruinei o momento.

“Esta bem”, ele disse, escapando de mim.

Eu sentei e olhei pra baixo, para descobrir que os frescos


e limpos lençóis onde uma vez estivemos estavam agora
cobertos de sangue.

“Puta merda, parece como se alguém tivesse sacrificado


uma ovelha” eu disse, me perguntando se Virginia estava okay.
Pela falta de comunicação, presumi que ela estava segura
agora. Ela era realmente boa em se comunicar através do
código morse vaginal, felizmente.

“Espera aí, deixe me pegar uma toalha quente para limpar


as coisas”.

Eu observei Henry sair da cama, tirar sua camisinha e


vestir um par de shorts atléticos que estavam em seu closet,
todo o tempo espiando seu traseiro. Nunca pensei que iria estar
encarando meu melhor amigo, mas maldição, eu não conseguia
evitar isso agora.

Em segundos, Henry reapareceu com uma toalha limpa.


Tomando controle, ele abriu minhas pernas, me fazendo corar,
e começou a me limpar. Dizer que me senti mortificada era um
eufemismo. Eu li sobre homens limpando garotas nos livros, e
como isso era um gesto gentil, o que era mesmo. Mas para
uma garota que só começou a abrir suas pernas para o cara
que a estava limpando, eu sentia vontade de fechar minhas
pernas bem apertado, não me importando se sua mão estaria
lá ou não.

“Aí, você está limpinha”.


Querendo cobrir meu corpo, me inclinei e agarrei sua
camiseta como um escudo de seus olhos, que estavam
encarando meus seios.

“Não se cubra por minha causa”, ele riu, enquanto eu


pegava meu celular em minha bolsa e acessava as mensagens
de voz.

A chamada perdida era de um número que eu não


conhecia, então fiquei ainda mais preocupada. A mensagem de
voz começou, e eu ouvi cuidadosamente, sentada próxima a
Henry em sua cama.

“Oi Rosie, é Atticus, você sabe, o cara que você chutou na


virilha. Uh, eu sinto muito que levei tanto tempo para ligar pra
você. Eu estive fora do país e também tentando ganhar
coragem para te ligar de novo. Mesmo que as coisas
terminaram com uma nota esmagadora” ele riu, “Eu ainda
gostaria de ver você. Eu me diverti, menos o pé na virilha,
então se você estiver achando que poderia querer sair de novo,
me liga. Okay, até mais”.

Eu sentei lá, paralisada, ouvindo a voz de Atticus do outro


lado da linha.

Ele ainda queria sair comigo? Depois de eu machucar as


jóias da família? Atticus era, provavelmente, a última pessoa de
quem eu esperava ouvir, especialmente depois de como tudo
que aconteceu.

Agora eu estava confusa. Olhei para Henry, cujas


sobrancelhas estavam franzidas. Ele estava encarando suas
mãos, que estavam apoiadas em seu colo.

“Ummm, era Atticus, você sabe, o cara que eu chutei”.

“Sim, nas bolas, certo?”

“Yeah, ele uh, quer sair de novo”.

Silêncio penetrou no quarto enquanto Henry sentava na


cama, digerindo o que eu estava dizendo. Eu estava confusa;
não sabia o que dizer.

Óbvio, se fosse do meu jeito, eu estaria descansando ao


lado de Henry, saboreando a sensação de seu abraço, mas não
estava certa de onde paramos. De todas suas deixas e o jeito
que ele me tocava e falava comigo, entendi que ele iria querer
começar um relacionamento mais sério comigo, ao invés de ser
só amigos. Mas pelo jeito que ele estava agora, se distanciando
de mim, talvez eu estivesse errada.

Aplaudindo, Henry levantou e virou suas costas para mim.

“Parece que você deveria ligar pra ele de volta. Eu tenho


de tomar um banho e depois sair. Eu, uh, vejo você por aí”.

O tempo parou enquanto eu observava Henry pegar suas


toalhas e seu suporte de banho, como se não pudesse tirar o
meu cheiro de seu corpo rápido o bastante. Eu sentei em
silêncio, tentando entender o que tinha acontecido.

“O-o que você está fazendo?” gaguejei.

“Tomando um banho”, ele repetiu, me encarando dessa


vez, seu rosto completamente sem expressão, como se o que
nós tivéssemos feito não fosse este mágico ato de prazer
divino.

“Você vai sair?”

“Yeah, quero dizer, você tem coisas a fazer, coisas a


escrever, agora que você teve o que queria”.

“Do que você está falando?” perguntei, um pouco confusa


com seu tom.

“Sua virgindade, isso não é mais um mistério. Vá escrever


sobre isso”.

Eu parei e coloquei minhas mãos em meus quadris,


tentando não ficar agitada. Mas não gostei do jeito que ele
estava falando comigo.

“Por que você está sendo um babaca? Você está tentando


me ignorar?”

“Não, só siga com sua vida, é isso”.

“Seguir?” as palavras de Delaney tocaram em minha


cabeça, me relembrando da obcessão dele. “Oh meu deus,
Delaney estava certa. Você é um perseguidor de virgens”.

“Como é?” Henry perguntou, parecendo mais bravo ainda,


como eu jamais o tinha visto. Mas eu não o deixei me intimidar.

“Você é um perseguidor de cerejas. Você é aficcionado por


virgens e as segura em sua toca até pegar o que quer. Não me
espanta que você seja tão bom nisso; você sabia exatamente o
que estava fazendo”.

As palavras machucaram ao sair de minha boca. Mas, do


jeito que ele estava me tratando, eu tinha de salvar meu
coração de algum jeito. O que nós dividimos juntos iria ficar na
história como um dos melhores momentos de minha vida, e eu
não queria macular isso; era péssimo não poder impedir aquilo
de acontecer.

“Wow”, ele pausou enquanto passava as mãos por seus


cabelos. “Fico feliz que você pensa tão bem de mim”.

“Me diga que isso não é verdade”, repliquei, desejando


que ele dissesse que eu sou uma idiota, que eu estava errada,
que eu sou a mais cuzona sem consideração que ele tinha
encontrado.

“Acredite no que quiser, Rosie”, foi tudo que ele


respondeu, me fazendo acreditar que o que eu estava dizendo
era verdade.

“Você é um babaca”, descarreguei. “Eu não posso


acreditar que você sacrificaria nosso relacionamento, nossa
amizade, por uma rodada em sua cama por causa de uma
obcessão bizarra que você tem. Por que você faria isso?”
Minha respiração estava ficando presa em minha garganta
enquanto eu falava, e lágrimas ameaçavam cair sobre meu
rosto. Eu me recusei a chorar, apesar de tudo. Não queria ser
uma ex-virgem louca, e se eu chorasse sobre ele fazer as
velhas coisas e sair, então eu iria parecer uma verdadeira
maluca.

Dando uma profunda respiração, Henry caminhou até sua


porta e se virou para mim, para responder minha pergunta.

“Porque, de acordo com você, eu aparentemente não me


importo com nossa amizade e iria só fodê-la, e jogar fora tudo
o que nós temos”. Ele balançou sua cabeça, e enquanto se
afastava, disse, “Te vejo por aí, Rosie. Boa sorte com Atticus;
espero que ele trate você melhor do que eu”.

Com suas últimas palavras, minhas lágrimas, que estavam


se construindo, finalmente caíram. Escapei para meu quarto e
bati minha porta, desejando voltar o dia ao começo de tudo. Eu
nunca deveria ter beijado ele, nunca deveria ter deixado ele me
tocar, e eu nunca deveria ter caído em seu jogo sedutor. Tudo
estava arruinado agora.

Puxei meu diário e o encarei por um instante, até começar


a escrever a única coisa que iria me lembrar para o resto de
minha vida.

14 de junho de 2014
Nota para mim mesma: nunca dormir com seus amigos.
Isso nunca termina bem, não importa quantas comédias
românticas você assista.
Capítulo Vinte e Um
As sexualizações

O som da língua de lixa d'agua de Sir Licks-a-Lot ecoava


pelas paredes de meu escritório enquanto eu observava ele
esticar sua perna pra cima como um ginasta e ir com tudo em
suas mini bolas felinas. Seu lugar favorito para se limpar era no
topo do meu arquivo, de onde ele podia observar tudo ao redor
do escritório, e hoje, de novo, ele estava tirando vanatagem de
sua vista da sala.

Ocasionalmente, ele afastava sua cabeça de sua virilha e


a balançava, como se suas bolas de gato ficassem presas em
sua língua. Mas depois ele voltava a se lamber. De novo. Era
como se ele estivesse dando a si mesmo um oral, assim como
Bear; era desconfortável e esquisito ficar perto daquilo.

Eu tentei espantá-lo de lá, daí eu não teria que ouvir sua


aspera língua causando uma óbvia fricção em suas áreas
privadas, mas tudo que ele fez foi mexer seus dedos.
Coincidência que seu dedo do meio mexeu primeiro? Eu acho
que não. O pequeno bastardo sabia o que estava fazendo.

Fazia dois dias desde que eu tinha falado com Henry. Ele
não tinha estado no apartamento. E nem eu, para ser honesta.
Eu tinha acrescentado algum tempo extra ao trabalho, apenas
para evitá-lo. Agora que era quarta-feira, eu estava começando
a me sentir louca por ter que ficar evitando o apartamento.

Ontem, quando cheguei em casa, Delaney tentou falar


comigo, mas eu fingi uma dor de cabeça e fui para a cama,
evitando o jantar e qualquer motivo para ir até as áreas
comuns. Eu até escovei meu dentes no meu quarto com uma
garrafa de água e cuspi pela janela - não a opção com mais
classe, certamente. Mas no momento que ouvi a voz de Henry
vinda dos espaços comuns, jurei não colocar o pé para fora de
meu quarto de novo.

Dizer que ter ido para a cama com Henry foi um erro era
um eufemismo. Esse foi, provavelmente, o mais colossal erro
que já cometi em minha vida. Por que, para meu horror, depois
de uns poucos dias, vi que Henry estava procurando por um
novo apartamento, depois de ver uma lista enfiada debaixo de
seu computador que estava no balcão da cozinha.

Eu não apenas coloquei distância entre nós, como


também praticamente o empurrei para fora de seu próprio
apartamento. Bem, nós dois erramos, eu acho. Eu não podia
levar a culpa sozinha por nada do que aconteceu. Foi ele quem
me persuadiu, sendo todo pegajoso e... perfeito.

Maldição.

Eu sentia falta dele. Porque as coisas tinham que ir para


Crapville7?

Eu repassei o momento em que chequei a mensagem em


meu celular de novo e de novo, tentando entender o que estava
errado. Ele ficou louco com a ligação de Atticus? Porque, depois
que eu desliguei meu telefone, seu humor inteiro mudou. O
querido Henry que estava anteriormente me apoiando e
amando se tornou um homem nervoso, cheio de comentários
grosseiros e raiva.

A falsidade de meu melhor amigo me deixou em lágrimas


depois que eu voltei ao meu quarto. Eu ainda não conseguia
acreditar no jeito que ele falou comigo, o jeito que ele me
olhou.

Uma batida na porta de minha sala me tirou fora de meus


pensamentos. Jenny estava do outro lado, e se permitiu entrar.

“Hey, Rosie. Eu sinto como se não tivesse conversado com


você há anos”.

“Como foi sua primeira mini-férias?” perguntei, sabendo


que ela e Drew foram a um pequeno fim de semana extendido
para New England.

“Foi tão lindo lá, mas eu tava enjoada. Você não vai
acreditar no número de lojas de doce cremoso na região. Cada
lugar tem sua própria lojinha, e você sabe quem queria
experimentar cada um deles?”

7
Algo como cidade da merda. Ela quer dizer que as coisas realmente ficaram ruins.
“Drew?” perguntei, claramente sabendo a resposta.

“Sim, e isso ficou detestável depois da sétima parada. O


homem precisava experimentar cada sabor que aparecia”.

“Qual era o seu favorito? Deve ter sido um de prender os


olhos”.

“Napolitano. Parece simples, mas confie em mim, depois


de experimentar sabores como Oreo, Maple Walnut, e S'mores,
napolitano foi o vencedor. O de morango te derruba também,
sabe? Muito macio”.

Eu ri.

“Eu já posso ver você se tornar uma conhecedora de doce


cremoso em seu tempo vago. Estou impressionada”.

“Não se anime. Eu agora tenho de gastar cada tempo


sobressalente malhando cada caloria que comi no fim de
semana passado. Drew pode comer qualquer coisa que quiser e
continuar tendo um corpo perfeito, mas eu, se eu como um
amendoin, eu tenho de malhar na academia por horas”.

Jenny tinha um corpo perfeito, mas para ser justa, ela


malhava pra caramba. Ela era paranóica sobre não caber nas
mesmas calças que usava desde o colegial. Ela nunca as usava
em público, dada a moda que era popular há dez anos, mas ela
as guardava como um teste, para ter certeza de que continuava
na linha.

“Como os jeans estão cabendo?” perguntei, verificando se


ela os tinha experimentado.

“Bem, mas eu juro que eles pareceram um pouco


apertados ontem”.

“Você é doente”.

“Eu sei”.

Ouvi um espirro alto escapar de Sir Locks-a-Lot, e então


sua cabeça se afastou de sua virilha e ele espirrou de novo,
quase soprando a si próprio pra fora do arquivo.

“Pegou algum pêlo de gato em seu nariz?” Jenny


perguntou, me fazendo rir.

Sir Licks-a-Lot se alongou no armário de arquivos, depois


pulou de lá, em cima da minha mesa, derrubando minha água
bem no colo de Jenny e fazendo ela saltar na cadeira. Pulando
pra fora da mesa, Sir Licks-a-Lot se dirigiu a porta, mas não
antes de virar sua cabeça para olhar para nós duas e sacudir
suas pernas atrás dele, como se para nos cobrir com seu
granulado imaginário.

“Aquele fodidinho”, Jenny resmungou, tentando limpar


suas calças.

“Ainda bem que é água e não café”.

“Você viu o riso em seus olhos? Ele sabia exatamente o


que estava fazendo. Maldido demônio felino”.

“Parece até que você estava esperando alguma coisa


diferente dele. Você não pode insultá-lo e escapar impune. Qual
é, Jenny, você sabe disso muito bem”.

“Você está certa”, ela concordou. Batendo suas mãos


juntas, ela se inclinou a frente e disse, “Agora, me diz por que
você tem trabalhado até tarde. Marian da edição tem mantido
um olho em você para mim enquanto eu estive fora”.

“O que? Qual é? Eu não preciso de uma babá”.

“Precisa, porque tem ido a encontros com homens


gostosos. Agora me diga, porque tem ficado até tarde? Você
esta esperando por um encontro da meia-noite?”

“Quem dera”, murmurei, tentando focar minha atenção no


meu computador e deixar as palavras em minha frente
sangrarem juntas.

“Okay, isto não soou bom. O que aconteceu?”

A excitação que estava presa na voz de Jenny antes,


agora se transformou em preocupação profunda.

‘Eu não vou chorar, eu não vou chorar’ repeti em minha


cabeça quando as lágrimas começaram a rolar em meus olhos.

“Rosie, por que você tá chorando?”

Merda. Era só o que faltava. Lágrimas começaram a


escorrer pelo meu rosto, fora de meu controle. Eu estava em
um naufrágio emocional, e manter minhas emoções engarrafas
não duraria muito tempo.
“Nós fizemos aquilo”, exclamei entre lágrimas.

“Quem?” Jenny perguntou, confusa, tirando alguns lenços


de minhas mesa e entregando a mim.

“Henry e ey. Nós fizemos sexo”.

Jenny sentou de volta enquanto pensava sobre minha


confição. Ela sabia de nossa amizade e do quanto ele
significava para mim, então deve ter sido um choque para ela
ouvir tal coisa.

“Uau, eu não estava esperando você dizer isso. Quando?”

“Domingo, depois do brunch na casa dos meus pais. Ele


foi realmente carinhoso e doce, e eu não sei, só aconteceu”.

“Estou presumindo que a parte do pós-sexo não saiu


muito bem?”

“Não”, eu funguei. “Eu pensei que tudo estava bem, ele


estava tocando meu rosto gentilmente, cuidando de mim como
se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. Mas depois, como
se fosse Dr. Jerkyll e Mr. Hyde8, ele apenas mudou. Ele se
tornou rude e desapegado”

“Isso parece estranho. Quero dizer, eu não gosto muito do


cara, mas esse não parece com ele. Alguma coisa aconteceu
entre...”

Antes que Jenny pudesse terminar sua sentença, minha


porta abriu num rompante e Delaney parou na soleira,
8
Do livro O Médico e o Monstro.
parecendo muito brava.

Batendo a porta e convidando a si mesma a entrar, ela


pegou a outra cadeira que ficava em frente a minha mesa e
derrubou sua bolsa no chão.

“O que diabos esta acontecendo?” Delaney perguntou. Ela


brevemente olhou para Jenny, acenou, e depois voltou sua
atenção de volta pra mim. “Então, o que está havendo com
você e Henry?”

“Nós estávamos conversando sobre isso”, Jenny


respondeu por mim. “Aparentemente, eles tiveram as
sexualizações no domingo”.

“O quê?!” Delaney quase cuspiu. “E você não me disse


isto por quê...?”

Me sentindo culpada, me encolhi na minha cadeira e


disse, “Eu não queria te colocar no meio de tudo”.

“O que você quer dizer? As coisas não foram bem?”

“O sexo foi bom...”

“Mas o pós-sexo foi mal”, Jenny terminou por mim. “Ele se


transformou em um babaca logo em seguida”

“Sério?” Delaney perguntou, um pouco confusa. “Isso não


parece com Henry”.

“Foi isso que eu disse!” Jenny respondeu, dando um leve


tapinha no ombro de Delaney. “E eu nem mesmo conheço o
cara tão bem, mas sei que não é o tipo de homem que ele é”.

“O que aconteceu depois que vocês dois fizeram isso?”


Delaney perguntou, tentando encontrar a fonte do problema.

“Era isso que estávamos discutindo”, Jenny acrescentou,


enquanto as duas se inclinavam a frente e esperavam pela
minha resposta.

Me sentindo um pouco oprimida, me indireitei na cadeira e


revivi o momento para elas.

“Bem, depois que nós fizemos as coisas, ele me amparou


por um tempo, conversou comigo, me disse que eu era linda,
acariciou meu cabelo, coisas doces como estas”.

“Agora, este é Henry”, Delaney apontou.

“Mas meu telefone continuava bipando por causa de uma


mensagem. Então, para parar o som irritante e ter certeza de
que nada estava errado com meus pais, a partir da minha
mente vagante, eu ouvi a mensagem no telefone enquanto
Henry sentava perto de mim. Ele estava totalmente relaxado
com isso, mas assim que eu desliguei, foi como se ele se
tornasse uma pessoa completamente diferente”.

“Qual era a mensagem?” Jenny perguntou.

“Lembra daquele rapaz, Atticus?”

“Aquele que você chutou na virilha?” Delaney perguntou.

“Sim, ele. Ele me ligou e me chamou pra sair de novo. Eu


achei isso esquisito, porque achava com certeza que ele estava
cheio depois que eu usei sua virilha como saco de chutes. Eu
fiquei chocada e não sabia como responder, e foi quando Henry
ficou todo estranho”.

Dando uma pesada expiração e se encostando a sua


cadeira, Delaney balançou sua cabeça para mim. “Deus, Rosie,
você é tão tapada às vezes. Você obviamente consternou Henry
com a mensagem de voz. O cara é completamente a fim de
você, e bem depois de vocês dois fazerem sexo, você fala sobre
possivelmente sair com outro cara. Ele foi um cuzão por que
ele estava protegendo o próprio coração”.

“O-o que? Não...”

O rosto de Henry iluminou em minha mente quando eu


comecei a falar sobre Atticus, e foi aí que isso me bateu.

Delaney estava certa, Henry ficou triste sobre a ligação...


aquela era a única explicação, porque depois daquilo sua
atitude inteira tinha mudado.

“Oh Deus, eu sou tão tapada”, disse, enfiando minha


cabeça em minhas mãos. “Vocês realmente acham que ele
gosta de mim desse jeito?”

“Deus, eu mesma via que ele gostava de você”, Jenny


disse. “Isto é tão óbvio, Rosie”.

“Ela está certa. É óbvio, querida. Sempre, desde o


primeiro ano da faculdade ele amava você, mas você sempre
só queria ser amiga; então isso foi o que ele concedeu:
amizade. Eu consigo apenas imaginar o quanto ele queria você
conforme o tempo passava, e depois, vendo você sair com
todos aqueles caras em um curto período de tempo, ele
surtou”.

“Eu não sei o que dizer. Quer dizer, o que diabos eu faço
agora?”

“Converse com ele”, Delaney sugeriu. “Você vai sair com


Atticus?”

“Não, eu nem liguei pra ele de volta”.

“Então o deixe saber disso. Você gosta de Henry? Você


tem sentimentos por ele?”

Aquela era uma pergunta fácil de responder. É claro que


eu tinha sentimentos por Henry. Eu tenho tido sentimentos por
ele desde a primeira vez que o vi, mas sempre pensei que era
muita areia para mim. Foi por isso que eu o mantive como um
amigo: eu só o queria em minha vida de algum jeito, qualquer
coisa que eu pudesse ter dele. Mas agora, agora eu queria
mais.

Eu queria ser aquela que ele dava beijos de boa noite,


aquela que dormia em seus braços, aquela a quem ele enviava
flores em ocasiões especiais. Eu queria cada último centímetro
de Henry todo para mim. Mas eu estava aterrorizada para lidar
com isso.
“Sim”, admiti, fazendo Delaney grunhir. “Eu só não sei se
ele me quer ainda”.

“Nunca vai saber até se colocar lá fora e perguntar. Hora


de pegar sua vida pelas bolas femininas, Rosie”. Delaney disse,
com Jenny assentindo em concordância. “Ele vai estar em casa
esta noite. Não espere mais; faça isso acontecer”.

“Eu sinto como se fosse vomitar”.

“Bem vinda ao mundo do amor, Rosie. Isso enche, é


nauseante às vezes, e irritante, mas a recompensa vale a pena.
Ter alguém ao seu lado te apoiando, te amando, e sendo seu
suporte de vida, não há nada como isso”.

Suporte da vida, yup, aquilo era o que Henry era para


mim. Porque no momento, sem ele, eu podia me sentir
lentamente deteriorando, perdendo a habilidade de ser feliz, de
comer, de dormir. Ele era o meu suporte de vida, mãos
rendidas; ele era a razão pela qual eu respirava.

Mais tarde naquela noite, quando cheguei em casa do


trabalho, eu parei em frente a porta de meu apartamento,
comtemplando o que iria dizer a Henry, como eu iria abordar o
assunto sem parecer incrivelmente esquisita.

Normalmente, nesse ponto dos livros que eu lia, era o


cara quem tinha feito a confusão na maior parte, e ele ganhava
a garota de volta com facilidade, explicando que foi um idiota e
fazendo um grande gesto como pedi-la em casamento.

Bem, isto estava fora de questão; não haveria jeito de eu


pedir Henry em casamento falando sobre um épico erro. Mas
eu amaria pular em seus ossos e me reconciliar desse jeito. Eu
li um livro onde isso era completamente aceitável, mas minhas
entranhas estavam me dizendo que essa não era a melhor das
ideias.

Conversar era, obviamente, a escolha mais segura, mas


como entrar na conversa era a questão.

Eu deveria só dizer alguma coisa como, “Então, sobre as


nossas relações pós-coito...”

Não, ninguém diz coito: a menos que seja um médico


cinquentão que gosta de rodear por aí dizendo palavras como
‘sexo’ e ‘foda’. Eu nem mesmo dizia ‘fodendo’ de verdade,
mesmo que houvesse vezes onde as pessoas eram fodidas. Não
que eu tenha experimentado isso - eu só tive inserção de pênis
uma vez - mas em alguns livros que eu li, os personagens
fodiam, puta merda, eles fodiam. Contra as paredes, em
banheiras quentes, mesas, balcões de cozinhas, cadeiras, e o
meu favorito... em cima de um cavalo. Aquilo era foder! O que
Henry e eu dividimos era... deus, aquilo era fazer amor.

Eu sou uma idiota. Eu sou aquela garota!

Eu sou aquela garota que você lê em um romance, que


você quer chacoalhar incontrolavelmente e dizer, “Sua idiota!
Ele é o homem perfeito pra você!”

Houve muitas vezes onde eu li um livro e pensei: ‘Deus, o


que o autor estava pensando?”

Bem, duh, é a vida real aqui. Pessoas são idiotas na vida


real, e não veem o que está parado na frente deles até
perderem isso. A vida realmente não é um punhado de por-do-
sol e arco-iris.

Não, pessoas cometem erros. Elas não podem tirar seus


narizes fora de seus negócios para descobrir que aquele
homem que tem estado constantemente em suas vidas era, na
realidade, perfeito para elas.

Sam Smith estava certo quando disse, “Muito de uma


coisa boa, não vai mais ser bom”, especialmente se você não
dá a isso a atenção que merece.

Meu estômago dava cambalhotas quando eu pensava


sobre perder Henry para sempre, se eu realmente não
conseguisse recuperar tudo que baguncei. Eu não achava que
pudesse lidar com não ter Henry em minha vida.

Sem querer desperdiçar mais meu tempo, abri a porta do


apartamento e dei de cara com pilhas de caixas espalhadas ao
redor de nossa sala de estar.

Que diabos?

Caminhei ao redor das caixas para a porta de Henry, que


estava fechada. Mas eu conseguia ouvir vozes do outro lado.
Batendo levemente, aguardei Henry responder.

Eram caixas dele? Não tinha como ele encontrar um lugar


tão rápido. Talvez elas fossem de Delaney; talvez ela tenha
esquecido de me dizer que estava indo morar com Derk. Ou
talvez Derk tenha se mudado para morar com a gente.

A porta de Henry abriu, e do outro lado estava Tasha, sua


namorada da faculdade.

Ela estava usando uma das camisetas de Henry, e seu


cabelo estava amassado. Atrás dela estava Henry, deitado na
cama com as cobertas cobrindo a metade de baixo de seu
corpo, mas mostrando seu tronco nu.

Meu coração cuspiu em meu peito com o que estava na


minha frente.

Henry e Tasha?

“Rosie! Oh meu deus, faz tanto tempo”, Tasha disse, me


agarrando em um abraço.

Involuntariamente, eu senti meus braços enrolarem ao


redor dela e tomar parte no espontâneo abraço.

“Estou tão feliz que você está aqui. Estava com saudades.
Você acredita que eu e Henry vamos morar juntos? Quando ele
me ligou no domingo, dizendo que queria reatar, eu fiquei
chocada, mas não podia estar mais feliz. Deus, isso não é
excitante?”
Engolindo o nó em minha garganta, eu assenti com a
cabeça, quando finalmente olhei Henry atrás de Tasha, que
falhou em fazer contato ocular comigo. Covarde.

“Isso é ótimo. Estou feliz por vocês dois”.

“Você quer ajudar a empacotar? Nós estamos


pretendendo nos mudar no sábado, mas vamos ver. Ele está
vindo morar comigo por um tempo, e depois nós vamos tentar
encontrar um lugar no Upper West Side. Dedos cruzados”.

Ela cruzou seus dedos em cima e em baixo e deu pulinhos


na minha frente. A garota era perfeita, com seu cabelo
caramelo, pele oliva e brilhantes olhos azuis. Ela era a garota
que você escolhia odiar só baseado na aparância, mas era tão
fofa quanto poderia ser. Eu desprezava a mulher.

“Dedos cruzados”, eu disse, sentindo vontade de vomitar.


“Um, parece que eu interrompi vocês. Eu vou, uh, deixar vocês
voltarem aos seus negócios”.

“Você é fofa. Foi muito bom ver você, Rosie”.

“Você também, Tasha”.

Ela bateu a porta na minha cara, deixando meu coração


quebrado e espalhado no chão. Ele ligou para ela no domingo?

“Domingo?”

Ele não deve ter sentido o que eu senti, para ter ligado
para Tasha tão abruptamente após nossa transa.
Cada nervo em meu corpo doía enquanto eu me forçava a
andar até a cozinha para pegar uma garrafa de água. Bem
quando pensei que podia consertar as coisas, isso explodia na
minha cara. E eu só tinha eu mesma para culpar.

Enquanto estava pegando água na geladeira, ouvi a porta


de Henry abrir e fechar. Eu me recusei a virar para ver se era
Henry, mas assim que senti seu peito contra minhas costas, eu
soube que era ele; não havia engano nisso.

“Oi, Rosie”, ele disse com aquela voz profunda.

“Hey”, respondi sombriamente, fechando a geladeira e


começando a me afastar.

“Podemos conversar?” ele perguntou, soando um pouco


desesperado.

Ganhando coragem suficiente para olhar para ele, ergui o


olhar e vi que ele estava usando só um par de shorts atléticos,
os mesmos que ele usou na outra noite, depois de nós...
Merda, meu coração estava rasgando pra fora de meu peito.

“O quê, Henry?”

Seus olhos escanearam meu rosto, rasgando cada parte


de meu coração com aqueles lindos olhos dele.

“Por que você foi até meu quarto?”

‘Para dizer que eu te amo, dizer a você que estou


apaixonada por você, que eu te quero mais que tudo. Que eu
sonho em ser segurada em seus braços desde que eu te
conheci’.

Apesar de essas palavras estarem na ponta da minha


língua, eu não podia dizê-las. Eu não podia arriscar a rejeição.

Claramente, ele seguiu em frente; ele estava com outra


pessoa, e levando o relacionamento deles a um novo nível.

“Um, eu vi as caixas e pensei que deveria te avisar que a


camiseta que eu peguei emprestada vai ser lavada amanhã pra
você empacotar”.

Maldição, merda... porra!

O olhar pesado em seu rosto me avisou de que não era o


que ele queria ouvir, mas honestamente, o que eu deveria dizer
a ele neste ponto? Não havia opções restantes para mim. Eu
não sou dessas de destruir um relacionamento, e pela
aparência da expressão de Tasha, eles estavam felizes.

“Isto é tudo?” ele perguntou em descrença.

“Yeah”.

Ele assentiu com a cabeça, olhou para os lados e passou


sua mão pelo cabelo. Eu podia ver a frustração derramando pra
fora dele, mas não sabia o que ele queria de mim, o que ele
queria que eu dissesse.

“Você vai sair com ele?” Henry perguntou, soando mais


bravo no mesmo minuto.

“Quem?”
“Atticus. Não banque a burra comigo, Rosie”.

Dei um passo pra trás com seu ataque de palavras. Eu


não gostava desse lado de Henry. Isso me assustava.

“Isto não é da sua conta”.

“Eu pensei que nós fossemos amigos”, ele disse com um


tom malicioso.

“Yeah, eu também. Até você começar a agir como um


cuzão”, atirei de volta.

“Eu sou o cuzão? Você é que estava conversando com


outro cara no minuto que eu retirei meu pau de você”.

A fúria me açoitava quando falei: “Eu não conversei com


ele, eu só chequei minha caixa de mensagens de voz, e eu não
disse que iria sair com ele. Eu nem mesmo liguei para ele de
volta, porque na minha cabeça, pensei que talvez pudesse
haver algo entre nós. Mas, claramente, eu estava errada. Você
só queria minha virgindade”.

“Quer saber? Vai se foder, Rosie. Foda-se”.

Lágrimas desciam em meu rosto com suas palavras rudes.


Em todos esses anos que eu conhecia Henry, nem uma vez ele
disse aquilo para mim. Suas palavras me bateram com força,
me acertando diretamente no peito, que estava vazio agora.

Através de soluços de choro, vagamente ouvi Tasha dizer


algo para Henry. Ele apenas disse a ela para voltar para o
quarto.
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas. Com
toda a bravata em meu corpo, ergui meu queixo e olhei Henry
nos olhos.

Minha voz era fraca, mas eu ainda tentava falar com


paixão.

“Eu sinto muito que as coisas tenham que terminar assim,


Henry. Honestamente, eu queria que isso nunca tivesse
acontecido, que nós nunca tivéssemos nos tornado íntimos, por
que o que realmente sofreu com tudo isso foi a nossa amizade,
a coisa que eu mais valorizava neste mundo. Me deixa doente
pensar em nós não mais como amigos... que eu não vou poder
mais contar com você quando mais precisar. Mas acho que era
tudo parte da aposta de tentar fazer alguma intimidade
funcionar entre nós. Eu sabia das consequências, e ainda assim
tentei, de todo jeito. Meu erro. Lição aprendida”.

Virei e comecei a caminhar para meu quarto quando


Henry chamou meu nome, me fazendo parar.

“Rosie, por favor, vamos conversar sobre isto”.

“Não há o que falar, Henry. Boa sorte com sua mudança, e


eu espero que você e Tasha sejam felizes juntos. Eu me lembro
quão boa ela era para você na faculdade”.

Com um coração quebrado, um buraco no peito e uma


falta de propósito, me dirigi de volta ao meu quarto e repousei
meu corpo quebrado em minha cama.
Era assim que dor no coração parecia.

Era isso o que todos aqueles livros estavam tentando


descrever, mas nunca verdadeiramente fizeram justiça, por que
eu queria nada mais que rastejar para dentro de um buraco
escuro e nunca mais ver a luz do sol. O sentimento de total
vazio me encobriu quando a escuridão tomou conta e eu fechei
meus olhos, permitindo ao mundo ao meu redor avançar
enquanto eu deitava, frágil e quebrada.
Capítulo Vinte e Dois
O cheiro

De minha janela, assisti Henry orientar o pessoal da


mudança que estava enchendo o caminhão com as caixas dele.
A semana tinha passado em uma névoa. Eu tirei a semana de
folga, fingindo estar doente e só ficando deitada na cama, me
perguntando quando a dor em meu coração iria parar. Mas
infelizmente para mim, nunca passava; só ficava pior,
especialmente por que era sábado e Henry estava se mudando.

Eu não tinha visto Tasha desde o outro dia, mas então, eu


ainda tinha de tomar banho e sair do quarto pela primeira vez
desde que vi Tasha e Henry juntos.

O cheiro saindo do meu corpo estava por demais


esmagador esta manhã, então eu sucumbi e tomei um banho.
Eu chorei pelo fato de não ver mais aquela lâmina de barbear
no box. Contemplei a possibilidade de roubá-la para meus
próprios propósitos doentios, mas me contive de fazer loucuras
por ele. Ao invés, só esvaziei o shampoo que estava no meu
vidro e enchi com o de Henry, então pelo menos eu poderia
sentir o cheiro dele pelos próximos poucos banhos.

Patético? Yup. Aquela era eu, patética com P maiúsculo.


Quando eu não estava deitada por ai, estava escrevendo,
consertando o problema em minha vida através das palavras
em meu livro.

Eu me certificaria de que meus dois personagens


principais ficassem juntos; não importa o que eles encarassem,
eles acabariam juntos. Não haveria términos, sem vértices na
estória onde tudo desaba. Eu estava muito ferida para deixar
isso acontecer em meu livro.

Atualmente, eu era aquela garota sem sal que vai pra


frente e pra trás entre amar e odiar Henry. Eu o odiava porque
ele se mudou minutos depois de nós gritarmos um com o outro
no domingo. Mas daí de novo, fui eu quem começou isso tudo,
então eu realmente tinha o direiro de culpá-lo? Não, eu não
tinha.

Delaney tentou vir ao meu quarto e me convencer a


conversar com Henry, mas depois da segunda vez que ela
entrou, eu comecei a bloquear minha porta com uma cadeira.
Eu não queria visitas; eu só queria feder, ficar sozinha, e
repousar na escuridão.

Derk encontrou Henry e deu tapinhas nas costas dele


enquanto lhe dava um aperto de mãos.

Eu odiava que Derk e Delaney estivessem ajudando ele.


Quero dizer, eu entendia a razão, eles eram amigos, mas a
pessoa amarga vivendo em minha casca queria que eles o
odiassem Henry, o que era absurdo. Henry não tinha feito nada
para eles. Não, ele só me envolveu ao redor de seu dedo, me
fazendo amá-lo, e depois apenas me atirou para longe.

Aquilo era uma mentira, ele não me atirou para longe...


essa era a minha parte amarga falando. A eu amarga inventava
mentiras em minha cabeça sobre o que aconteceu, tentando
convencer meu cérebro que tudo isto era culpa de Henry; ele
tinha arruínado tudo, não eu. Mas meu lado sensível sabia que
Betty Amarga estava só tentando ter sua vingança.

O pessoal da mudança fechou a traseira do caminhão e


começou a se afastar do meio fio. Delaney deu a Henry um
abraço e depois encolheu seus ombros quando se afastou.
Todos os três deles olharam para a minha janela ao mesmo
tempo, me fazendo me esconder atrás de minhas cortinas.
Meus movimentos dissimulados estavam me dizendo que não
fui detectada, mas o jeito que os três balançaram suas cabeças
depois que eu dei uma espiada me disse que eu fui mais lenta
do que pensei.

Eu não ligava... se eles me viram, eles me viram. Que


utilidade isso teria agora?

Eu observei quando Henry puxou seu telefone e começou


a digitar, provavelmente ligando para Tasha para ver se ela
queria alguma coisa para comer no almoço. Aquele era o tipo
de cara que Henry era, sempre pensando a frente e tendo
certeza de que você estivesse bem cuidada.

Maldito.
Meu telefone bipou com uma mensagem, me arrancando
de meus pensamentos. Eu chequei e vi que era Henry.

Henry: Rosie, desça aqui e diga adeus. Não fique só nos


encarando daí de cima.

Mortificação correu através de mim com a mensagem


dele.

Ir dizer adeus a ele? Yeah, não, obrigada. Aquela era a


última coisa que eu precisava agora. Mesmo que estivesse
cheirando como Henry, graças ao shampoo, não havia jeito de
ser forte o bastante para dizer adeus a ele e não chorar, não
me agarrar em sua perna e implorar a ele para não ir. Eu tenho
vivido com Henry por tanto tempo que não ter ele no quarto ao
lao ia ser estranho. Eu não podia encarar a realidade ainda.

Ao invés de ser uma adulta e descer as escadas, enviei


uma mensagem de volta.

Rosie: desculpe, não posso. Provavelmente não é a


melhor ideia, de toda forma. Feliz casa nova para você e Tasha.

Lágrimas começaram a cair de meus olhos uma vez mais,


quando fechei e desliguei meu telefone e fui para a cama, onde
me enterrei de novo em meu edredon, me separando do
mundo. Esse era o único jeito que eu sabia como viver
atualmente.

A camiseta que eu peguei emprestada de Henry estava


embaixo de meu travesseiro. Eu nunca devolvi, porque isso era
a única coisa a que eu me agarrava, o último pedaço dele que
eu poderia segurar, e eu seria condenada se tivesse deixado
isso ir.

“Rosie, eu não tô brincando. Se você não me deixar entrar


neste quarto eu vou derrubar a porta, e você pode explicar ao
senhorio por que sua porta está quebrada”.

Lamentando, eu saí da cama e abri minha porta para dar


de cara com Delaney e Derk parados do lado de fora,
casualmente com seus braços dobrados sobre seus peitos.

“O que você quer?” eu disse, com minha voz nasalada e


meus olhos tentando se ajustar a luz. Que horas e que dia
eram?

“Você tá fedendo!” Delaney disse, apertando seu nariz.

“Obrigada, é o que você quer dizer?”

“Não. É segunda, e Jenny disse que se você não aparecer


para trabalhar amanhã, Gladyz vai ter um infarto”.

“Eu tô com pneumonia”, fingi tossir.

“Não, você não está. Agora venha. Nós vamos te dar um


banho porque, que droga, garota! E depois nós vamos sair para
jantar. Eu não acho que você tem comido há dias”.

“Comi algumas bolachas que encontrei embaixo da minha


cama”, confessei.

Derk enrugou o nariz para mim enquanto estudava meu


visual. Eu estava usando calças de moletom, uma camisetona
roxa, uma meia, e meu cabelo estava emplastado em minha
cabeça, já que eu não tomava banho há dois dias. Não era
minha hora mais fina.

“Já chega de se esfregar por aí. Vamos”.

Sem permissão, Delaney agarrou minha mão e me guiou


ao banheiro, onde ligou o chuveiro e me encarou. Ergui minhas
mãos em protesto enquanto me encostava na parede.

“O que diabos você acha que está fazendo?”

“Tirando suas roupas. Eu não me importo de te ver nua;


você precisa ser limpa”.

“Bem, eu me importo”, esgoelei.

“Então, seja uma garota adulta e tome um banho por si


mesma, ou eu vou ter de fazer isso por você. Eu vou ter roupas
escolhidas para você quando você sair. Se apresse, porque
Derk e eu estamos ficando com fome”.

“Tá bem”, sucumbi e esperei Delaney sair. Mas ao invés de


sair do banheiro, ela sentou no vaso e cobriu seus olhos.

“Vá em frente, eu não vou olhar”.

“Por que você não está saindo?”

“Oh, então você poderia me trancar para fora do banheiro


e se afogar? Yeah, eu acho que não”.

“Eu não vou me afogar”, desdenhei enquanto rapidamente


tirava minhas roupas e entrava no chuveiro. “Ahhh! Está
congelante!”

“Sim, eu sei. Eu pensei que isso iria te acordar”.

Desesperadamente mudei a água para quente, sabendo


muito bem que não poderia pular para fora do chuveiro, por
que daí Delaney me veria nua, aquela demônia, garota
demônia. Assim que a àgua esquentou, iniciei minha rotina de
banho, tentando esquecer o fato de que a lâmina de Henry não
estava mais apoiada ali. Não, eu não iria pensar sobre isso.

Tomei banho like a boss, levando só dois minutos para


limpar meu corpo inteiro, por que quanto mais eu ficava lá
dentro, mais me sentia enfraquecer e querer rastejar em
posição fetal no meio da banheira.

Fechei o chuveiro e agarrei minha toalha pendurada perto


do box.
“Você ao menos lavou seu cactus? Este foi um banho
muito, muito rápido”, Delaney disse.

“Sim, eu lavei meu cactus. Deus, eu não sou uma


neanderthal”.

“Com certeza nearderthais lavavam seus cactus”.

“Você está fazendo disso uma alegre experiência”, eu


disse sarcasticamente, enquanto enrolava a toalha ao redor de
meu corpo e puxava a cortina do chuveiro.

“Eu pensei que você teria roupas prontas para mim”.

“Oh, yeah. Bem, venha, vamos para seu quarto. Você


pode pentear seu cabela lá e colocar ao menos alguma máscara
nos cílios”.

Virando meus olhos, segui Delaney fora do banheiro e pra


dentro de meu quarto, enquanto Derk sentava no sofá,
assistindo os destaques esportivos. Minha mente foi para as
muitas noites que vi Henry e Derk assistindo os destaques
juntos, falando sobre seus times e suas vitórias e derrotas. Meu
coração doeu.

“Você está muito depressiva pra ficar perto”, Delaney


disse, depois de momentos de silêncio comigo penteando os
cabelos e ela escolhendo uma roupa.

“Obrigada, você é realmente fofa.”

“Bem, quero dizer, qual é, Rosie. Você poderia ao menos


me dar um sorrisinho”.
“Eu não sinto vontade”, eu disse com tristeza. “Você sabe,
Delaney, eu nunca imaginei quanto uma pessoa poderia
precisar de outra até Henry partir. Pessoas sempre falam sobre
ter outra metade, mas eu nunca realmente entendi isso até
agora”. Dei uma respiração profunda e olhei para ela. “A dor vai
diminuir alguma hora?”

Delaney me deu um sorriso triste, mas assentiu com a


cabeça. “Vai, Rosie. Eu prometo. Isso está recente agora. Vai
melhorar”.

“Assim espero. Eu posso só jogar meu cabelo pra cima em


um coque? Eu não sinto vontade de fazer nada especial com ele
agora”.

“Está bem, mas ao menos use uma tiara”.

“Bem, é claro”, sorri de leve.

Delaney escolheu meus jeans favoritos e um simples top


preto que ficava ajustado em meu corpo. Eu combinei o top
com uma tiara preta que tinha uma pequena flor vermelha,
passei delineador – sim, louco eu sei – e apliquei máscara de
cílios. Aquilo estava tão bom quanto poderia ficar.

“Passe um desodorante”, Delaney adicionou, quando me


viu me dirigindo para a porta.

“Ugh, estúpidas axilas”.

Eu passei o desodorante e um pouco de perfume – as


coisas estavam ficando selvagens – e peguei minha bolsa.
“Okay, vamos”.

Derk nos encontrou na sala de estar com suas mãos em


seus bolsos.

“Pronta?”, ele perguntou, enquanto puxava Delaney a seu


lado.

“Pronta”, eu relutantemente respondi, já sabendo que era


a vela esquisita desse passeio.

“Aonde nós vamos?”

“Que tal Shake Shack? Simples, mas bom, e a perfeita


cura para esse seu coraçãozinho partido”, Delaney disse.

“Eu poderia ir. Você vai pagar?” bati meus cílios, fazendo a
cena da piedade.

“Eu vou”, Derk piscou para mim. “Mas isso significa que
nós vamos parar na casa de meu amigo muito rápido para
pegar meu conjunto de Ultimate Frisbee. Sua casa é bem perto
do Shake Shack”.

“Ugh, quebre meus braços”.

Sendo os ricos que éramos – não – nós entramos em um


taxi e nos esgueiramos um do lado do outro atrás, enquando
Derk dava ao motorista nosso destino. Eu não estava pagando,
então não iria reclamar sobre tomar um taxi. Derk tinha um
monte de dinheiro; eu não estava preocupada em gastar o
dinheiro dele.
As ruas cheias de New York passaram por mim enquanto
íamos pra dentro e pra fora do trânsito, chegando perto demais
dos outros carros às vezes. Tomar um taxi em New Yok era
definitivamente uma versão dirigível de roleta russa. Você iria
passar ou levar bala, ou ainda bater no carro na sua frente, ao
seu lado, ou mesmo atrás de você. Essa era uma chance que
você tirava cada vez que entrava em um taxi.

“Pensando sobre qual tipo de shake você vai pegar?


Morango?” Delaney perguntou, cutucando meu ombro.

“Yeah, algo assim”, respondi.

A corrida até a casa do amigo de Derk foi


surpreendentemente sem complicações. Paramos em frente a
um prédio onde um porteiro estava parado do lado de fora,
aguardando para atender novos visitantes. Chique.

Eu estava com inveja da localização; era bem perto do


distrito teatral, onde eu sempre quis viver.

A história de New York e os velhos tempos sempre


chamaram por mim, especialmente tudo que tivesse a ver com
a Broadway. Eu não era nem mesmo um pouco boa em cantar,
mas coloque um musical na minha frente e eu iria assisti-lo por
dias. Eu tinha uma alma antiga.

“Uau, estou com inveja de seu amigo”, admiti, enquanto


Derk acenava ao porteiro, que abriu a porta para nós.

O lobby do prédio era lindo, cheio de mármore branco e


pilastras.

Aquilo quase parecia chique demais, como se Donald


Trump pudesse pular de trás de uma porta a qualquer minuto.

Derk nos guiou aos elevadores, onde apertou o botão para


o décimo andar, o meio do prédio.

O amigo dele era chique, mas não tão chique, já que não
estava na cobertura. Mas quem era eu para julgar? Eu tenho
estado usando minha meia como máscara para cobrir meus
olhos nos últimos dias.

“Lugar legal”, eu disse, enquanto subíamos.

“Yeah, o aluguel era um roubo. Mas o cara tem contatos”.

Nós caminhamos até o fim do corredor, para uma porta


amarela-dourada com um oito nela.

Derk batou algumas vezes e nós aguardamos


pacientemente a porta abrir. Mas tudo que ouvimos foi um
“entre” de um ponto distante.

Derk abriu a porta, e eu segui atrás dele e Delaney,


sentindo uma leve estranheza por estar entrando no
apartamento de um estranho.

O chão do apartamento era de um carvalho escuro, e as


paredes eram de um tom taupe natural. Não meu favorito, mas
pareciam bons com o chão. A sala de estar era no canto do
prédio, oferecendo uma linda vista envidraçada do que estava
acontecendo nas ruas abaixo. Yup, eu estava oficialmente com
inveja. Eu escaniei a sala de estar e apreciei o sofá vermelho
brilhoso que parecia o paraíso para sentar, e a lareira branca
que ficava no meio da sala.

Não foi até eu notar as fotos emolduradas de mim e Henry


no aparador da lareira que percebi que estava parada no
apartamento novo de Henry.

Comecei a andar para trás, mas não notei que Delaney


estava sendo uma vadiazinha complicada e interrompendo
minha fuga.

“Hey caras”, Henry disse quando entrou. Mas ele parou


imediatamente quando me viu. Eu queria mergulhar em um
buraco, enterrar minha cabeça na areia, fazer qualquer coisa
para me afastar dos olhos chocados de Henry.

“Uh, o que você está fazendo aqui?” Henry me perguntou.

Meus olhos pairaram sobre o aparador, onde cada foto era


de mim e dele. Elas eram a única decoração agraciando o lugar.
Depois me voltei para seus olhos, aqueles lindos e
hipnotizantes, olhos.

“Pegandos Frisbies”, eu disse, como uma idiota.

“Frisbees?” Henry perguntou, agora olhando para Delaney.

“Gee, olha isso, nós temos de ir, Derk. Nós temos aquela
consulta com a guru de sexo e yoga. Desculpa, nós não
podemos ajudar a desempacotar, mas, oh hey, olha só, Rosie
está livre. Vai nessa, Rosie”. Delaney me empurrou pra dentro
da sala de estar. “Ajude Henry. Te vejo mais tarde”.

Dessa forma, Derk e Delaney deram o fora do


apartamento de Henry, nos deixando completamente sozinhos.

Eu me sentia esquisita parada lá, mexendo com a minha


bolsa, tentando pensar em algum tipo de desculpa que me
daria uma opção para sair, mas minha mente estava tendo
brancos.

Brancos completos.

“É bom ver você”, Henry disse, se aproximando de mim,


fazendo minhas glândulas sudoríparas trabalharem mais.

“Você também. Lugar legal”, elogiei.

“Obrigado”.

“Como está Tasha? Ela já se mudou completamente


também?”

Por que Delaney me trouxe aqui? Por que ela estava


sendo tão cruel? Eu entendia, eu precisava seguir em frente,
mas me lançar no tanque dos tubarões enquanto eu ainda
sangrava... aquilo não era um movimento de amigos. Aquilo
era, com certeza, um movimento de cadela.

Henry olhou pra baixo e falou, “Tasha foi um erro. Eu, uh,
a deixei no começo dessa semana”.

“Então, porque você se mudou?” perguntei, antes de


conseguir me parar.
“Eu tenho estado procurando me mudar há um tempo, já
que Delaney e Derk vão ter de encontrar um lugar juntos em
breve. Este lugar ficou disponível, e eu não pude deixar
passar”.

“Oh”, respondi, sentindo que meu coração iria cair pra fora
de meu peito na frente de Henry, pra que ele pudesse pisoteá-
lo um pouco mais.

Ele estava planejando se mudar todo este tempo. Não me


admirava que ele decidiu finalmente fazer sexo comigo, porque
ele já está saindo de todo jeito... não haveriam cordas o
prendendo.

Precisando sair fora do apartamento pra que eu pudesse


respirar de novo, comecei a caminhar de costas para a porta.

“Bem, eu não estou me sentindo muito bem. Acho que


tenho que ir”. Não uma completa mentira. Eu literalmente
sentia que ia vomitar.

“Rosie, espere”, Henry disse, enquanto rapidamente se


dirigia a mim e me agarrava pela mão. Instantaneamente eu
senti o calor saindo dele, me fazendo querer me soltar e chorar.
Eu sentia falta dele terrivelmente.

“Por favor, sente-se e converse comigo por um segundo”.

Eu era fraca, eu era patética, e não ia fazer nada além de


passar alguns minutos a mais com ele, então assenti e permiti
que ele me guiasse para seu sofá vermelho, que pareceu o
paraíso sob minha bunda. Eu estava certa, ele era
supremamente confortável.

“Sofá legal”.

“Obrigado, comprei na liquidação. Amei a cor, me lembrou


de você”.

Yup, eu não queria que ele dissesse coisas como aquela,


porque isso me revirava mais.

“Okay”, eu disse deprimidamente.

Às vezes, eu realmente desejava ser mais profunda, mais


prolífica, mas quando meu coração estava se segurando por um
fio e meu cérebro estava como um mingau pelo homem
sentado perto de mim, eu não tinha como ter a habilidade para
formar uma sentença.

Correndo suas mãos por seus cabelos, eu observei seus


músculos flexionarem por baixo de sua camiseta. Os mesmos
músculos que eu uma vez tive em minhas mãos.

Então isso me bateu... oh meu deus, eu era uma virgem


em maluquice.

Não!

Não, eu não era maluca: eu era a garota que se


apaixonou pelo garoto antes que tivesse intimidades com ele.
Eu só neguei meus sentimentos para proteger meu coração.
Um monte de ajuda aquilo foi, eu pensei, sentada no sofá novo
de Henry, contemplando se eu iria ou não ter um ataque
cardíaco por estar perto dele.

Suavemente, sua mão agarrou a minha, e ele me forçou a


olhá-lo nos olhos. Meu coração socou contra meu peito, me
fazendo muito consciente de que ele estava me segurando.

Virginia parou de choramingar por um segundo e tomou


nota de que o homem que roubou nossas almas estava agora
nos segurando.

“Rosie, eu preciso te dizer uma coisa”.

“Você está morrendo?” perguntei, deixando minha mente


vagar pela pior coisa possível.

“O quê? Não”, ele disse, confuso. Mas depois sorriu de


leve. “Eu não estou morrendo. Eu só... droga, eu pensei que
isso iria ser mais fácil”.

“Você não está grávido, está?” provoquei, tentando


facilitar a pressão em meu peito.

“Não”, ele riu. “Mas eu tomei um susto por um segundo na


segunda-feira”.

“Soa ameaçador. Nunca esteve mais feliz em ver Sr.


Chico, né?”

“Isto é tão errado”, ele riu um pouco mais, e depois deu


uma profunda respiração. Suas mãos subiram e seguraram
minha bochecha, me fazendo suar ainda mais.

Eu estava uma pilha de nervos.


“Deus, Rosie, eu estou tão apaixonado por você, isso é
ridículo. Eu não apenas amo você, eu estou apaixonado por
você, meio desesperadamente, e não posso ficar sem você,
apaixonado por você”.

Calafrios fluíram por meu corpo, com meu estômago


dando cambalhotas e Virginia começando a bater palmas de
excitação.

“Eu sei que fui um cuzão, e eu sei que eu não tenho sido a
pessoa mais fácil de se estar por perto ultimamente, mas eu
culpo você”, ele sorriu. “Você virou minha vida de ponta cabeça
quando decidiu que queria namorar. Eu não conseguia aceitar o
pensamento de você com alguém mais, porque eu sabia
profundamente em minha alma que você pertencia a mim.
Rosie, eu sinto muito por tudo, o jeito que eu te tratei, por
trazer Tasha pra dentro disso; eu estava só... perdido. Eu
pensei que você queria sair com aquele cara Atticus, logo
depois de nós dividirmos um dos mais incríveis momentos de
minha vida”.

“Um dos mais incríveis?”, perguntei, enquanto lágrimas


escorriam em meu rosto.

“Sim, o primeiro foi quando eu te conheci”.

Eu ri e enxuguei uma lágrima do rosto. “Isso foi tão


brega”.

“Sim, mas verdadeiro”. Me olhando nos olhos, ele


perguntou, “Você sente o mesmo, Rosie?”

Seus olhos suplicavam aos meus, me imploravam para


dizer sim. E aí foi quando eu entendi que o homem
verdadeiramente me adorava.

Ele não estava brincando comigo, ele não estava só


tentando ser gentil. Não, este homem sentado perto de mim,
vasculhando meus olhos por uma resposta, indubitavelmente
me amava com cada fibra do seu ser. A revelação foi intensa,
reconfortante, e tão impressionante que a única coisa que eu
conseguia pensar era jogar meu corpo em cima dele e beijar
aqueles lábios com os quais eu estive sonhando na semana que
passou.

Sem avisar, eu me lancei em seu colo e segurei seu rosto


com minhas mãos.

“Henry, você não tem ideia do quão apaixonada eu sou


por você”.

Um grande sorriso se abriu em seu rosto, e então meus


lábios encontraram os dele. Suas mãos foram direto para a
minha cintura, onde ele me apertou forte, como se eu fosse
voar para longe.

Lentamente, eu senti suas mãos tomarem seu caminho


por baixo de minha camiseta, mas não de um jeito sexual, só
em um jeito que transmitia que por tocar minha pele, ele
estava ficando o mais perto de mim possível.
Meus lábios dançaram com os dele, ambos felizes por
estarem um com o outro, cedendo a toda a ansiedade, aos
bloqueios e dúvidas que nosso relacionamento tinha trazido à
frente. Em vez disso, nós empurramos isso tudo, colocamos
nossos corações na trilha e pegamos a chance.

Eu o afastei por um segundo e o encarei nos olhos


enquanto acariciava seu rosto com meus dedos.

“Eu senti tanto a sua falta”.

“Eu também senti a sua, Rosie. Não te ter perto de mim


nestes dias passados tem sido torturante. Eu realmente pensei
que tivesse te perdido”.

“Eu também”, disse com tristeza. “Mas se você estava


apaixonado por mim, porque você se mudou?”

Ele me deu um sorriso torto e levou suas mãos para os


meus ombros, onde me apertou com firmeza.

“Este apartamento surgiu em meu radar, e eu sabia que


não podia deixar passar, porque é o apartamento dos seus
sonhos. Se eu não pudesse te ganhar de volta por mim mesmo,
eu estava esperando que o apartamento poderia”.

“Espere, o que você está dizendo?”

Ele beijou meu nariz e disse, “Rosie, eu quero que você se


mude pra cá comigo. Só você e eu. Sem Delaney, sem Derk,
sem viagens de metro para o Brooklyn. Eu quero você aqui,
comigo. Eu quero uma vida com você”.
Meu coração voou e lágrimas brotaram de meus olhos.
Desta vez, lágrimas de alegria.

“Você tá falando sério?”

“Além de sério, amor. Mora comigo?”

“Sim!” eu disse, enrolando meus braços ao redor dele e o


abraçando apertado. “Eu não consigo acreditar nisso”.

“Acredite, amor. É só você e eu agora”.

“Isto significa que nós somos namorado e namorada?”,


perguntei timidamente.

“Assim é melhor”, ele fungou no meu pescoço. “Você é


minha, amor”.

“Uau. Você está tirando todas as minhas virgindades?


Primeiro namorado, primeiro apartamento que eu dividi só com
um cara, primeiro a visitar minhas partes baixas”.

“Suas partes baixas?”, ele perguntou, rindo. “E aquele


cara do elevador que você peidou na cara?”

“Você sabe o que eu quis dizer”, eu disse, enquanto


divertidamente dava tapinhas em seu ombro, fazendo-o rir
ainda mais forte.

“Você acha que tem material suficiente pra terminar


aquele seu livro agora?”

“Hmm, não tenho certeza. Eu devo ter que fazer mais


algumas pesquisas no quarto. Testar algumas coisas que tenho
lido em alguns dos meus livros”.

“Eu sou seu, amor. Me teste”.

Seu sorriso meigo me bateu com força nas entranhas


quando olhei de volta pra ele. Eu era uma maldita garota
sortuda. Como eu tinha conseguido fazer Henry meu, eu não
tinha ideia, mas agora que ele era meu, eu não o deixaria ir.

Amor é engraçado. Ele vem em todos os diferentes


formatos e tamanhos. Às vezes é dificil encontrar, e às vezes
está sentado bem na sua frente, esperando ser reconhecido.

O que eu aprendi de todos os livros que li, e do livro que


estava escrevendo, é que não importa o quê, você tem de
trabalhar para encontrar o amor. Isso não é dado, e não é
instantâneo. É um privilégio encontrar, e nunca deve ser dado
levianamente.

Todos merecem um final feliz; e eu estou muito feliz que


encontrei o meu. Agora, só tenho que transformar esse, felizes
para sempre em um livro. Com Henry ao meu lado, eu não
tinha dúvidas que seria capaz de fazer isso acontecer.
Epílogo
A insáciavel Virginia

“Henry, você tem que ficar parado. Não dá pra enfiar a


linha na agulha se a agulha fica se mexendo”.

“Eu sinto muito, mas o olhar em seu rosto é tão


compenetrado, é dificil não rir”.

Henry e eu estamos morando juntos há uma semana, e


nós passamos a maior parte do tempo na cama, explorando os
dentros e foras um do outro. Compramos uma cama juntos,
encontramos os mais macios lençóis disponíveis e escolhemos
um edredon neutro, e estávamos felizes com isso. O quarto era
o único cômodo decorado no apartamento todo, mas
estávamos felizes com isso também. E francamente, esse era o
cômodo onde passávamos mais tempo, então fazia sentido.

Nos livros, uma vez que os casais faziam sexo, eles


tendiam a continuar a fazê-lo como coelhos, e eu sempre me
perguntava, se isso acontecia realmente na vida real. Bem, se
aquelas personagens tivessem uma vagina comedora de pênis
como a minha, então sim, era verdade.

Virginia era insaciável e não parava. Eu não sabia como


mantê-la, mas ela era como uma máquina cuspidora de
orgasmo. Henry se inclinava para mim, orgamo, Henry enfiava
o dedo em mim, orgasmo, Henry usava um dildo, orgasmo,
Henry abaixava suas calças... yup, orgasmo. Ela era uma
putinha sem vergonha, mas eu a amava.

“Eu estou me concentrando”.

“Não é tão dificil, amor. Só enfia isso”

“Não vai caber. Como você pôde achar que caberia?”

“Amor, vai caber, só enfia isso ai”.

Sentei em meus joelhos, estudei o anel peniano em minha


mão, e depois olhei para o pênis ereto de Henry. O homem
poderia segurar uma ereção por dias, mesmo quando estava
rindo.

“Você deveria ter pegado um pneu... daí caberia”.

“Droga, amor. Você realmente sabe como elogiar um


homem”.

Instantaneamente ele começou a bater uma, fazendo


minha boca salivar.

Então, uma vez eu fui uma virgem que teria cutucado um


pênis para ver se era real. Agora eu era uma namorada cheia
de tesão, com a necessidade de realizar cada fantasia sexual
que cruzava minha mente. Meu último experimento originou-se
de uma cena que comecei a escrever em meu livro, envolvendo
um anel peniano e cavalgar Henry no estilo cowgirl enquanto o
anel está nele, como meu próprio dildo pessoal, mas no
formato de Henry. Eu não sei de onde o pensamento veio, mas
a fim de verdadeiramente descrever isso, eu queria
experimentar primeiro. Henry estava muito agradecido pela
minha escrita - na verdade, estava amando isso - porque ele se
beneficiava de todos os meus experimentos.

Por favor, observe como transar contra uma parede não é


tão fácil fazer quanto é escrever sobre. Há muita trapalhada
envolvida. Sexo no chuveiro também é estranho e um pouco
desconfortável, especialmente quando o chuveiro começa a te
afogar. Sexo no estilo cachorrinho enquanto está deitada sobre
um sofá? Animador, mas cuidado com o ar que entra.

“Você está babando”, Henry apontou, me tirando de meus


pensamentos.

“Não estou”, eu disse, enquanto limpava minha boca,


percebendo que sim, eu estava babando.

“Você é tão certinha. Não fique com vergonha; isso é


excitante”.

“Baba? É uma excitação estranha, Henry”.

“A excitação é pelo fato de poder fazer você babar apenas


tocando meu pau. A propósito, se nós pudermos nos apressar
seria ótimo. Poseidon está ficando um pouco ansioso”.

Sim, Poseidon. Este é o nome que Henry deu a seu pênis.


Infelizmente, Virginia estava bastante apaixonada pelo nome e
pelo membro em questão, então não havia como trocá-lo.

“Okay, mas se isto rasgar a camisinha, a culpa é sua”.

“Você lubrificou, vai dar certo”.


Eu me inclinei à frente e coloquei o anel peniano na ponta
de seu pau, e depois lentamente o desci até a base, receosa de
estar cortando a circulação do pênis dele.

“Puta merda”, Henry gemeu, jogando sua cabeça pra trás.


“Amor, por favor, eu preciso estar dentro de você agora”.

Esse argumento nunca ficaria velho demais para mim,


nunca.

Dando ao homem o que ambos queríamos, me arreganhei


sobre ele e me posicionei para colocá-lo dentro. Lentamente,
permiti à ponta de seu pênis brincar com meu já úmido centro
- graças a Virginia. A vibração do anel peniano correu pelo
comprimento de sua vara e me bateu com força, me fazendo
colapsar em cima dele, ao invés de levá-lo lento como eu
queria.

“Caralho!” ele gemeu, segurando meus quadris e


começando a meter. “Nunca fica velho, amor. Você foi feita para
mim”.

Eu não podia concordar mais. Nós encaixávamos


perfeitamente juntos.

Com pequenas estocadas, Henry se movia para dentro e


para fora de mim, enquanto seu pau vibrava em nós dois. O
sentimento era intenso, magnífico, e tão impressionante que
minhas mãos caíram pra frente e seguraram seu peito
enquanto eu sentia meus orgasmos já começarem a se
construir.

“Oh meu deus, Henry, isso é tão bom”.

“Caralho, é mesmo”.

Henry era fofo, por que toda vez que estávamos tendo
intimidades, sua língua soltava e ele xingava mais do que
normalmente fazia. Era fofo que eu pudesse fazê-lo levemente
perder sua mente daquele jeito.

“Amor, eu tô muito perto”.

“Eu também”, gritei, com meus cabelos caindo na frente


de seu rosto, bloqueando minha visão de Henry.

“Você é tão linda”, ele grunhiu, endurecendo embaixo de


mim.

Aquilo era tudo que eu precisava e, juntos, nós dois


caímos sobre a borda, ainda enfiando um no outro, dirigindo
nossos orgasmos até que não restasse mais nada.

Meu corpo despencou sobre o dele enquanto ele retirava a


camisinha e o anel peniano e os jogava no chão. Este era um
habito que eu não amava, mas que poderia ser consertado com
anticoncepcionais ou uma cesta de lixo ao lado da cama.
Simples. As mãos de Henry subiam e desciam em minhas
costas enquanto ele beijava meu ombro, lentamente me
trazendo de volta ao presente.

“Isso vai estar no livro?” Henry me perguntou, cheio de


esperança.
“Isto definitivamente vai estar no livro”.

“O que mais podemos tentar?” ele perguntou, me fazendo


rir.

“Que tal nós darmos uma pausa por um segundo?”

“Qual é, você sabe que Virginia quer mais”.

Ele estava certo, porque Virginia estáva, me enviando


seus sinais de sim em um ritmo rápido. Mas eu a ignorei. Ela
não podia tomar todas as decisões.

“Ela quer, mas dê a ela ao menos alguns minutos”.

“Justo”, Henry disse, beijando ao longo de minha


mandíbula. Eu sabia exatamente o que ele estava tentando
fazer, e merda, estava funcionando.

Me pressionando contra seu peito, eu me ergui e olhei


Henry nos olhos. “Eu amo você, Henry”.

Seus olhos suavizaram quando ele apertou minha


bochecha com sua mão. “Eu amo você, Rosie. Mais que tudo”.

E simples assim, eu tive o meu ‘felizes para sempre’.

E assim fizeram Virginia e Poseidon.

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