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E-BOOK

Descomplicando
o Imposto de Renda
Workshop de Larissa Rafael e Nath Finanças

Conteúdo licenciado para Fabio Henrique Saraiva da Costa - 465.561.588-52


.Índice
01. Quem é obrigado a declarar Imposto de Renda
02. O MEI precisa declarar imposto de renda?
03. Por onde começar?
04. Novidades IRPF 2023
05. O que você precisa saber sobre o sistema de
declaração
06. Investimentos na declaração
07. Operações comuns e Daytrade
08. Encerrando e enviando a declaração
09. Problemas com atraso na declaração
10. Malha fina? O que é?
11. Glossário

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

01
Quem é obrigado a
declarar Imposto
de Renda?
Ouvimos tanto falar sobre imposto de renda, leão, receita federal,
durante a vida, mas uma dúvida muito comum é com relação a
obrigatoriedade de declaração, afinal de contas, quem precisa declarar
imposto de renda?

Quem teve rendimentos tributáveis(*) acima de 28.559,70 reais;

Recebeu rendimentos isentos não tributáveis ou tributados


exclusivamente na fonte acima de 40.000,00 reais;

Possui bens acima de 300.000,00 reais;

Pessoas que realizaram operações na bolsa de valores e


obteve lucro acima de 40.000,00 reais em ações;

Passou à condição de residente no Brasil, em qualquer mês,


e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro no
ano-calendário;

Obteve receita bruta (*) de atividade rural superior a


142.798,50 reais.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

02Vamos direto ao ponto? DEPENDE!


O MEI precisa declarar
Imposto de Renda?

Isso mesmo, nem todo MEI precisa declarar imposto de renda, mas não
se deve confundir a declaração de imposto de renda pessoa física (IRPF)
com a declaração anual do MEI (DASN-SIMEI), são duas obrigações
diferentes, sendo uma da pessoa física e a outra da jurídica (MEI).

A declaração anual do MEI é obrigatória independente se a empresa


teve movimentação ou não. Você pode ter acesso a como fazer essa
obrigação no canal do Youtube da Nath Finanças.

Já a declaração de imposto de renda, deverá ser realizada se o


empresário responsável pelo MEI estiver dentro de qualquer um dos
requisitos citados anteriormente.

Aqui entram casos de microempreendores que não contam com o


serviço de uma contabilidade. A lei não diz que o MEI é obrigado a
contratar um escritório. Sendo assim, na hora do imposto de renda
deve-se identificar o seu rendimento tributável, a partir do percentual
de presunção (*), que significa que o fisco vai presumir que aquele MEI
obteve determinado lucro em suas atividades. Sendo:

32% para serviços 16% para empresas de transporte de passageiros;

8% para comércio, indústria e transporte de cargas.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

Tá,
mas como fazer
isso na prática? (vou usar números
fictícios, mas você pode
usar o faturamento da
sua microempresa).

Vamos supor que um MEI de serviços obteve 60.000,00 reais de


faturamento em 2022, usando a regra anterior a porcentagem neste
cálculo será de 32%.

Passo a passo
1º Você deverá encontrar a parcela isenta(*).
60.000,00 x 32% = 19.200,00 reais (parcela isenta)

2º Você saberá se está obrigado ou não a declarar.


60.000,00 – 19.200,00 = 40.800,00 reais (rendimento tributável)

40.800,00 >maior 28.559,70 reais = contribuinte obrigado


a declarar.

(se o seu MEI é de transporte de passageiros ou de comércio,


deverá utilizar as outras porcentagens para o cálculo).

Agora, se o MEI obtiver escrituração contábil (*) havendo


comprovação do lucro, a regra da presunção não se aplica.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

O que diz a Lei:


Art. 14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na
declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou
distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de
pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que
corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

Lei Complementar 123/06, Art. 14.

Traduzindo:
O lucro distribuído aos sócios não é tributado no Brasil, a renda
proveniente do MEI pode ser 100% isenta.

Entendeu agora, porque o seu MEI precisa de uma contabilidade?!

Mas, esse é papo para outro encontro!


Agora que você já entendeu quais são seus rendimentos
tributáveis, vamos começar a declarar?

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03 Por onde
começar?
Primeiro de tudo, você precisa separar seus documentos, mas
antes eu preciso que você entenda que no imposto de renda você
contará a sua história financeira daquele ano para a receita
federal, então pense com o que gastou dinheiro:

• Pagou médicos? Convênio? Psicóloga? Dentista?


• Teve despesa com aluguel?
• Escola? Faculdade? Teve essas despesas?
• Em algum momento fez, empréstimos ou financiamentos?
• Comprou algum bem? Casa/Carro.

Certo, agora vamos pensar em como você teve renda em 2022:

• Trabalhou CLT?
• Possui MEI, ou é profissional autônomo?
• Recebeu pensão, herança ou algum outro valor?

Beleza, vamos aos documentos que você vai precisar reunir


para a declaração, na próxima página tem uma lista completa,
mas você só deve considerar o que de fato você teve tá?

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Documentos para a Declaração


de Imposto de Renda
Deverá considerar para a declaração apenas
os documentos pertinentes à sua realidade.

01 02
Dados pessoais Informe de
completos rendimentos

a. Nome Completo; a. Salário (caso não tenha recebido


deverá solicitar à empresa em que
b. Data de Nascimento;
trabalhou);
c. CPF;
b. Pró-labore (se for sócio de
d. Título eleitoral; empresa);

e. Comprovante de endereço; c. Distribuição de lucros (se for sócio


de empresa);
f. Telefone;
d. Recebimentos de juros (se houver);
g. Profissão (somente descrição);
e. Aposentadoria e aluguel (se
h. Mesmos dados referentes a houver);
cônjuge e dependentes;
f. Faturamento anual do MEI (se
houver);

03
Comprovantes de despesas
médicas (recibos, informes e/ou notas); 09
Informe de rendimentos
bancários anuais
04 a. De contas correntes;
Comprovantes de contribuição b. Aplicações financeiras (se houver);
c. Cadernetas de poupança (se houver);
a previdências privadas (se houver); d. Investimentos na bolsa de valores (informe de
rendimentos + notas de corretagem) – se houver;

05
Comprovantes com despesas
com educação (se houver);
10
Comprovante recebimento seguro
desemprego, FGTS, auxílio Brasil,
06 redução/suspensão de salário;
Comprovantes de aluguéis
pagos (se houver);
11
Último recibo e declaração do
07 último IRPF (se já tiver declarado);
Comprovantes de compra/venda
de bens móveis ou imóveis (carros,
motos, terrenos, casas e apartamentos);
12
Senha Gov.Br; Link de acesso: https://sso.
08 acesso.gov.br/login?client_id=portal-logado.estaleiro.
Extratos de financiamento de serpro.gov.br&authorization_id=18699b1e80a

imóveis e de consórcios;

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04 Novidades
2023
Todos os anos a Receita Federal busca melhorar e automatizar
processos para o IR, além de todas as atualizações na tributação.
Com isto, em meados de Fevereiro é bom se atentar porque são
lançadas as novidades para a declaração daquele ano.

Em 2023 não foi diferente, muitas coisas


mudaram, vamos às atualizações?

1 Quem recebe pensão alimentícia deverá considerar tal


rendimento como isento, e deverá ser declarado na
ficha de rendimentos isentos;

2 Antes, todas as pessoas que faziam operações na


bolsa de valores eram obrigadas a declarar, a partir
deste ano, só estará obrigado quem vendeu ações e
teve lucro acima de 40.000,00 anual;

3 Este ano, quem optar em fazer a declaração pré


preenchida terá prioridade no recebimento da
restituição;

A prioridade também vai rolar pra quem optar em


4
receber a restituição(*) via PIX.

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05 O que você precisa


saber sobre o programa
de declaração?
O sistema de declaração é acessível, sendo possível declarar pelo App
no celular, site ou através do programa (nos exemplos desse workshop
vamos usar o programa devido a sua funcionalidade).

Programa Site Aplicativo

Download no site Através do E-cac: disponível para


oficial da Receita https://cav.receita.fazen Android e iOS;
Federal: da.gov.br/autenticacao/l
https://www.gov.br/rece ogin
itafederal/pt-br/centrai
s-de-conteudo/downloa
d/pgd/dirpf

O programa é bem intuitivo e separado por abas (o que facilita bastante


na hora da declaração – eu particularmente acho muito mais fácil e
melhor para declarar).

Uma dica que eu dou é se atentar em seus informes de rendimentos,


pois estes geralmente indicam onde tais informações devem ser
declaradas.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

O primeiro passo para quem não optou pela declaração


pré-preenchida será a inclusão dos seus dados pessoais:

a. Nome Completo;
b. Data de nascimento;
c. Titulo de eleitor;
d. Endereço;
e. CPF do conjugue (se
tiver);
f. Ocupação Principal:
Com o que trabalha.

Além das demais telas que ainda vamos comentar você deverá se
atentar a opção pela tributação:

Por deduções legais: possibilidade de utilizar as deduções legais para


abatimento da base de cálculo. Normalmente, é mais indicado para
quem tem dependentes, muitas despesas dedutíveis, com saúde
educação e mais de uma fonte de renda.

Por desconto simplificado: mais utilizada quando as despesas não


ultrapassam 16.754,34 reais, onde é dado um desconto de 20% no valor
do rendimento tributável.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

Qual escolher?
Bem, no final você pode escolher pela opção mais vantajosa, desde
que tenha todas as despesas e rendimentos comprovados.

Como dito anteriormente, o sistema é bem completo e fácil de mexer,


basta saber para quê cada aba serve, e o que vamos declarar nelas.

Já completamos a identificação do contribuinte e já entendemos as


opções de tributação. Vamos aos demais quadros principais?

01 Dependentes Mas quem pode ser


considerado dependente?
parte do sistema separa para inclusão
dos dados do dependente do IR.

• Cônjuge, ou companheiro com quem o contribuinte tenha filho ou viva há


mais de 5 anos.

• Filhos ou enteados
▪ de até 21 anos de idade;
▪ de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
▪ de até 24 anos, se ainda estiver cursando ensino superior ou escola técnica de
segundo grau.

• Irmãos, netos ou bisnetos, sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte


detenha a guarda judicial:
▪ de até 21 anos;
▪ de qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho;
▪ de até 24 anos, se ainda estiver cursando ensino superior ou escola técnica de
segundo grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os
21 anos.

• Pais, Avós e Bisavós se no ano-calendário, tiverem recebido rendimentos,


tributáveis ou não, até o limite de isenção. O limite de isenção deve ser calculado pela
tabela mensal, ajustado pelo número de meses no caso de Declaração de Saída
Definitiva do País.
▪ Menor Pobre de até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque, desde que detenha

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02 Alimentos

Nesta aba, quem deve declarar é quem paga pensão.


Não se deve confundir dependente com alimentado. Exemplo: vamos supor que uma mãe
separou do marido e este paga pensão do filho, na declaração do pai a criança entra como
alimentado devendo ser considerado somente o valor pago de pensão conforme acordo
judicial, já na declaração da mãe essa mesma criança entra como dependente, e é considerado
todo valor recebido de pensão e suas despesas (escola, convênio etc).

03 Rendimentos recebidos
de pessoa jurídica

Local destinado para declarar o valor recebido de empresa (quem trabalha CLT e MEI sem
contabilidade deve usar essa aba).

04 Rendimentos recebidos
de PF/exterior

Destinado a quem é profissional autônomo e/ou recebe do exterior como pessoa física, ou seja,
quem fez o carnê leão no ano anterior.

05 Rendimentos isentos
e não tributáveis

Valores que devem ser declarados, mas que possuem isenção da Receita Federal, como por
exemplo: pensão alimentícia, rendimentos de sócio de empresa, rescisão, FGTS, lucros e
dividendos etc.

06 Rendimentos sujeitos à
tributação exclusiva/
definitiva

Nesta parte, consideramos alguns rendimentos que já foram tributados na fonte, como por
exemplo, rendimentos de aplicações financeiras.

07 Rendimentos tributáveis
de PJ (exigibilidade
suspensa)
Aba destinada a valores que ainda estão em discussão no judiciário, ou seja, foram recebidos mas por
algum motivo está impedida de cobrança de IR, como parcelamento de débitos ou processo em
andamento.

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08 Rendimentos recebidos
acumuladamente

Nesta ficha, devem ser considerados exclusivamente valores recebidos de decisões da justiça do
trabalho, ou seja, ações trabalhistas.

09 Imposto pago/retido

Geralmente preenchido de forma automática, salvo em situações de impostos pagos “por fora”, como por
exemplo, IR pago no exterior.

10 Pagamentos efetuados

Aqui entram as despesas do contribuinte, escola, médicos, convênio, aluguel etc. Lembrando que todas
devem ser comprovadas, por meio de recibos, notas ou informe de rendimentos.

11 Doações efetuadas
Campo destinado a doações que foram realizadas naquele ano calendário, como, incentivo a cultura,
doações ao estatuto da criança e do adolescente.

12 Bens e direitos
Parte da declaração onde vamos considerar nossos bens, saldo em conta bancária, carro, casa etc.

13 Dívidas e ônus reais


Local onde declaramos o que estamos devendo, empréstimos e financiamentos devem ser
considerados aqui.

14 Espólio
Quando há recebimento de herança através de espólio do falecido.

15 Doações a partidos políticos


e candidatos a cargos eletivos
Valores destinados a campanhas políticas.

16 Renda Variável
Aqui vamos declarar os valores de investimentos variáveis, ações, por exemplo.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

06 Investimentos
na declaração
No imposto de renda, devemos incluir valores de investimentos
realizados, sejam eles de renda fixa ou renda variável.

Os investimentos são bens e direitos, ou seja, enquanto o valor está


aplicado não tem imposto sobre ele, mas a partir do momento em que
ocorre o resgate este deverá ser tributado, pois se tornou uma renda
(rendimento).

Títulos em renda fixa (CBD, Tesouro direto etc):


Corretoras e bancos disponibilizam o informe de rendimentos com as
devidas informações, devendo ser declarado da seguinte forma:

1 Saldos: em bens e direitos – aplicações e investimentos – código


02 – CNPJ do banco – Descrição “APLICAÇÃO EM RENDA FIXA
xxxxx JUNTO AO BANCO xxxx” – Saldo conforme informe.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

2 Rendimentos: em rendimentos sujeitos a tributação exclusiva –


CNPJ do banco – rendimento liquido.

Títulos em Renda variável:


Para declarar os investimentos você precisará do seu Informe de
Rendimentos, Relatório de Custódia e Notas de Corretagem (você
poderá acessá-los diretamente com a sua corretora ou no site da B3).

Algumas observações:
Se você comprou ou fez operações nos últimos 3 dias do ano, muito
provavelmente não estará no informe de rendimentos, pois não houve
a compensação (*), então utilize seus cálculos.

Se tiver o mesmo título em corretoras diferentes, lançar separadamente.

1 Preço médio
Somar o valor de cada uma das ações e em seguida dividir pelo
número total (quantidade) de ações/cotas e pronto.
Valor total das ações / Qntd. Cotas = Preço Médio

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2 Declarando a compra de ações


Por ter sido compra de ações, logo possuímos um bem, então
declaramos na ficha de Bens e Direitos.
O valor a ser considerado, é o preço médio daquela ação.
Você vai pegar o preço médio e multiplicar pela quantidade
de ações.
Preço Médio (x) Qntd. Cotas = Valor total das ações

Nesta parte, não


importa o valor de
mercado e sim o custo.

3 Declarando os rendimentos/distribuição de lucros


Existem dois principais instrumentos de distribuição de lucro das
empresas, sendo eles:

• JSCP: Juros Sobre o Capital Próprio – Tem tributação


de IRRF(*) em 15%.
• Dividendos – Isento de IRRF

Todos eles aparecem no seu informe de rendimentos, e variam de


acordo com a empresa e/ou tipo de ação.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

Dividendos e JSCP em Trânsito: A LEI 6.404/1976 diz que a empresa tem


que pagar essa remuneração ao sócio até o exercício subsequente.
Por mais que você tenha o direito de receber, você não tem que
declarar como recebido, pois ainda não foi recebido. No informe da
corretora vai estar descrito que está em trânsito, e já foi declarado pela
empresa que será pago, dessa forma você declara em Bens e Direitos –
Cód 99. Outros, descrição: JSCP em trânsito –JSCP a receber da
empresa xxxx, relativos ao período XXX, no valor XXX.

Dividendos: Declarar em rendimentos isentos e não tributáveis, código


09, CNPJ da empresa. Para ficar mais claro, vamos supor que você
precisa declarar o recebimento de 2.500,00 em dividendos pagos pela
empresa Itaú S.A. (ITSA4 –CNPJ: 61.532.644/0001-15).

JSCP: Declarar em Rendimentos Recebidos Exclusiva/Definitiva,


(O valor já é líquido de imposto).

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

07 Operações Comuns
e Daytrade
Preciso pagar Imposto de Renda sobre venda de ações?

As ações vendidas que não ultrapassarem o valor de 20 mil/mensais


não pagam Imposto de Renda sobre seu lucro. Mas, se você passar
desse limite será necessário pagar o tributo sobre todas as operações
do mês.

A incidência do Imposto de Renda sobre o lucro superior a 20mil em


vendas, na declaração de swingtrade, compra e venda em dias
diferentes, é de 15%.

Para compra e venda no mesmo dia, na declaração e daytrade, o


imposto sobre o lucro é de 20%, nesse caso, não há faixa de isenção.

Assim, quando houver necessidade de pagamento do tributo, o


investidor/contribuinte deve preencher e emitir uma DARF, referente
ao mês de venda, e pagar o documento de arrecadação dentro do
prazo estipulado na guia. É de responsabilidade do investidor recolher
o imposto.

Para declarar ações vendidas de valor inferior a R$ 20mil: Abra


“Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”. Insira o “Código20”. Informe
quem recebeu os lucros não tributáveis e o valor recebido durante
o na.

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Para declarar ações vendidas de valor superior a 20mil: Vá a aba “Renda


Variável” – Operações Comuns/Daytrade – Selecione o mês e insira o
valor do lucro.

Mas, e se em algum mês houve prejuízo? Nesse caso informamos com


sinal negativo, na mesma aba “Renda variável – Operações
Comuns/Daytrade.”

É importante citar que o sistema já puxa o prejuízo e abate do Lucro nos


meses seguintes (mesmo que você venda menos que 20 mil é bom
colocar), o programa não puxa o exercício do ano passado
automaticamente, então colocamos o prejuízo manualmente em
Janeiro.

Operações comuns e daytrade não se comunicam, não utilizamos os


resultados e prejuízos do daytrade para abater ações comuns e vice
versa. Porém no momento do DARF (*), o imposto será aglutinado em
apenas uma guia.

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08 Encerrando e enviando
a declaração
Agora que você já inseriu todas as informações, aconselho a conferir
tudo antes de enviar a declaração, só por precaução sabe? Às vezes
pode acontecer de digitar um valor errado e isso pode te levar a
malha fina.

Pegue todos os documentos, e vá conferindo todas as abas que


preencheu (como se estivesse fazendo novamente).

Em seguida escolha qual será a forma de tributação, e clique em


verificar pendências, o sistema irá apontar se há alguma informação
pendente e isso poderá impedir de entregar a declaração.

Lembrando que a opção de PIX está disponível, desde que a chave seja o
CPF e esse ano, quem optar por esse forma de recebimento terá
prioridade nos lotes.

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Declaração com imposto a pagar:


Antes de enviar a declaração, verifique em quantas parcelas desejará
pagar o DARF, sendo possível em até 8x desde que as parcelas sejam
superiores a 50,00 reais.

Existe a possibili-
dade de cadastrar
o débito automático
a partir da primeira
parcela.

O imposto vencerá todo último dia útil do mês, e a partir da segunda


parcela será cobrado a SELIC + 1% de Juros referentes ao mês
da parcela.

Imprimindo os documentos comprobatórios:


Após transmissão da declaração o sistema dará o seguinte aviso:

Clique: Sim e salve o recibo.


Depois, será necessário salvar a declaração.
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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

No menu “Imprimir” Selecione – Declaração.

Salve este documento.


O ideal é ter uma pastinha em nuvem para
os documentos de imposto de renda, deixe
lá o recibo, a declaração, os documentos
usados naquele ano.

Consultando o status da declaração:


É importante acompanhar o status da sua declaração, e isso pode ser
feito através do E-cac – Menu meu Imposto de Renda.

Basta acessar: https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login

O Login poderá ser feito de duas formas:


• Com usuário Gov.Br;
• Criando código de acesso.

A restituição também pode ser consultada aqui:


https://www.restituicao.receita.fazenda.gov.br/#/

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

09 Problemas com atraso


na declaração
O mau do brasileiro é deixar tudo para a última hora, e atrasar
o imposto de renda pode ser uma péssima ideia.

Afinal, você sabe quais são as consequências referentes ao atraso


na declaração?

Bloqueio no CPF Pagamento


de multa
• Impossibilidade de
a partir de 165,74 reais,
movimentar conta
podendo chegar a 20%
bancária;
do imposto devido;
• Não pode tirar
passaporte;

• Compras de imóveis
e financiamentos não
serão liberados.

É preciso tirar da cabeça que o Imposto de Renda é só pra pagar


imposto, quando na verdade é uma obrigação de muitos contribuintes.
Óbvio que algumas regras e tributações precisam ser revistas pelo
governo, mas enquanto isso não acontece precisamos fazer a nossa
parte para evitar complicações.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

10 Malha fina?
O que é?
A tão temida malha fina ou malha fiscal,
como muitos falam. Afinal? Você será
preso se cair na boca do leão?

Acredite, não é assim que funciona rs

Para você entender o conceito de malha


fina, precisa entender que a receita
federal tem um sistema ENORME de
cruzamento de dados.

Antes de você declarar, a empresa que


você trabalha entregou uma obrigação
chamada “Declaração do Imposto de
Renda Retido Sobre a Fonte”, a sua
psicóloga entregou o “Carnê-leão ou a
DMED (Declaração de Serviços
Médicos)”, o seu banco, já entregou seu
“Informe de Rendimentos” e o que tudo
isso tem em comum? Suas informações!

Em março, você envia a sua “Declaração


de Ajuste Anual – Imposto de Renda
Pessoa Física” com todas essas
informações também.

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DESCOMPLICANDO O IMPOSTO DE RENDA

A Receita Federal, por sua vez cruza todos esses dados e em casos de
divergência a declaração vai a malha fina. Geralmente no primeiro
momento é para você corrigir os dados declarados que
estão incorretos.

Em outros casos, um auditor da receita federal solicitará os


documentos comprobatórios para analisar e verificar se não houve
fraude por sua parte ou erro na hora na declaração.

Se for confirmado o crime de sonegação (omissão de valores para não


pagar impostos – tipo o que o menino Ney fez haha), você terá que pagar
o valor do imposto, mais multa e em último caso você pode ser preso.

Então, o conselho que nós damos é: declare certo, nada de tentar


enganar a receita federal tá? Isso também é corrupção.

Tudo o que foi ensinado nesse workshop é para poder te ajudar a fazer
o seu imposto de renda.

Essa declaração tem várias particularidades que devem ser levadas em


consideração cada caso. Devo alertar que, nos sites de pesquisa tem
muita informação errada e antiga, as leis mudam com constância, nem
sempre o que valia ano passado será desta forma esse ano, por isso
esteja sempre antenado nas mudanças e se necessário, procure a ajuda
de um especialista.

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.Glossário
(*) Rendimentos tributáveis: Valores recebidos que
incidem Imposto de Renda, por exemplo, salário;

(*) Receita Bruta: Faturamento bruto, sem considerar


as despesas;

(*) Percentual de Presunção: Uma porcentagem


indicada pelo governo para presumir uma despesa
não comprovada.

(*) Isento: o que não é tributável, o que não incide


imposto.

(*) Escrituração Contábil: Livros da contabilidade,


assinados por um contador.

(*) Restituição: Valor a ser devolvido pelo governo,


reembolso de algum imposto ou tributo pago
indevidamente.

(*) Compensação: Valor ainda não creditado, o


pagamento já aconteceu mas o banco ainda não
computou em seu extrato.

(*) IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte

(*) DARF: Documento de Arrecadação de Receitas


Federais

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