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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO PERNAMBUCO


UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA
BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONOMICAS

MARIA GLACIENE ALENCAR PEREIRA

VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA: UMA ANÁLISE NO


SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO PARA OS ANOS DE 2000 E 2010.

Serra Talhada
202
2

MARIA GLACIENE ALENCAR PEREIRA

VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA: UMA ANÁLISE NO


SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO PARA OS ANOS DE 2000 E 2010.

Monografia apresentada ao Departamento de


Economia da Universidade Federal Rural do
Pernambuco – UFRPE para cumprimento dos
créditos da disciplina de Monografia, sob a
orientação da professora Loraine de
Meneses.

Serra Talhada
2020
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MARIA GLACIENE ALENCAR PEREIRA

VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA: UMA ANÁLISE NO SEMIÁRIDO


PERNAMBUCANO PARA OS ANOS DE 2000 E 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO PERNAMBUCO – UFRPE

Monografia ____________________ pela banca examinadora, _______ ressalvas


(Aprovada/Reprovada) (com/sem)

com nota ________ (_______________)

em ____ de _________________ de _________

Banca Examinadora:

______________________________________________
Examinado(a): Prof. Ms. ?

______________________________________________
Examinador(a):: Prof. Ms. ?

____________________________________________
Orientador (a): Prof ª. Dr. Loraine de Meneses.
4

AGRADECIMENTO

Primeiramente agradeço a Deus pela saúde emocional e física para a concretização


deste trabalho, que deu-me força ânimo e o prazer e estar viva para celebração da minha
vitória.
Agradeço ao apoio de minhas irmãs, pela paciência e entendimento, pois este
implicaria em um trabalho minucioso e que requer muita atenção, pelas muitas vezes que
cuidaram da minha filha como se fosse sua, nos momentos em que encontrava-me ocupada,
ora trabalhando, ora estudando em casa ou na faculdade.
Agradeço aos meus pais Francisco e Lúcia que sempre apoiaram – me e incentivaram
a buscar sempre pelas oportunidades e jamais desistir dos meus objetivos, mesmo quando
tudo parecia estar perdido.
As minhas orientadoras, Camila e Loraine, e especialmente Camila que com sua
paciência e incentivo buscou meios para que eu pudesse continuar bastando ter foco e
interesse.
Aos meus estimados professores Éder, Galvão, Francisco José que sempre me
motivaram a sempre querer mais, cujos ensinamentos não só esclareceram minhas dúvidas,
mas também contribuíram para a mudança de visão sobre o mercado de trabalho.
Aos meus colegas de turma que neste longos anos mostraram que a vida acadêmica
tem seus altos e baixo, que devemos abrir mão de algumas coisa para obtermos outras, o
chamado custo de oportunidade, que faz com que estejamos sempre a dispor para optar
sempre que necessário.
5

Dedico esse trabalho a minha família, que me apoiou sempre,


meus pais que mesmo com pouco grau de instrução sabem que a
melhor ferramenta para crescer é o conhecimento e a minha
filha (Sophia Emanuelly) que veio ao mundo em meio a este
longo período de graduação.
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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo contribuir com a construção do conhecimento sobre os
indicadores de vulnerabilidade no processo natural e que influência em determinantes sociais
e econômicos na magnitude dos impactos sobre o bem-estar das comunidades da região do
Semiárido Pernambucano (SAP). Dentro de uma proposta mais ampla, este estudo tem como
finalidade construir indicadores para formulação de estratégias orientadas à redução dos riscos
e ao aumento da resiliência das populações. Por meio deste, o estudo começa com a análise
dos conceitos preexistentes sobre os conceitos de vulnerabilidade, posteriormente traça-se
uma ideia mais precisa sobre as vulnerabilidades sociais e econômicas no Semiárido brasileiro
(SAB) e, por conseguinte no pernambucano expondo as desigualdades sociais existentes no
Semiárido, quando comparado os anos 2000 e 2010 com dados da PNUD. É feita uma análise
fatorial de 32 variáveis para os 122 municípios do SAP, mostrado como se da o processo de
construção destes indicadores e como estes são analisados ao longo destes 10 anos no
contexto do Semiárido, exemplificando as ações necessárias para alcançar esses objetivos e
um desenvolvimento que ponha a região em situação mais próxima ao resto do país. Levando
em consideração este contexto, o estudo aprofunda os temas de vulnerabilidade
socioeconômica, e identifica indicadores para desenvolver um índice de risco baseado em
dados de fácil acesso.

Palavras-chaves: Vulnerabilidade Socioeconômica, Desenvolvimento Social, Análise


Fatorial.

ABSTRACT

This work aims to contribute to the construction of knowledge about the vulnerability
indicators in the natural process and which influences social and economic determinants in the
magnitude of the impacts on the well-being of communities in the Pernambuco Semi-Arid
Region (SAP). Within a broader proposal, this study aims to build indicators for formulating
strategies aimed at reducing risks and increasing population resilience. Through this, the study
begins with the analysis of the pre-existing concepts on the concepts of vulnerability, later a
more precise idea is traced about the social and economic vulnerabilities in the Brazilian
Semiarid (SAB) and, therefore, in Pernambuco, exposing the existing social inequalities in the
semiarid region, when comparing the years 2000 and 2010 with data from the UNDP. A
factor analysis of 32 variables is carried out for the 122 municipalities of SAP, showing how
the process of construction of these indicators takes place and how they are analyzed over
these 10 years in the context of the Semiarid Region, exemplifying the actions necessary to
achieve these objectives and a development that puts the region closer to the rest of the
country. Taking this context into account, the study deepens the themes of socioeconomic
vulnerability, and identifies indicators to develop a risk index based on easily accessible data.

Keywords: Socioeconomic vulnerability, Social Development, Factor Analysi


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LISTAS DE FIGURAS

Figura 01 – Municípios que fazem parte do Semiárido pernambucano.


Figura 02 - Mapa da Vulnerabilidade no Semiárido Pernambucano em 2000
Figura 03 - Mapa da Vulnerabilidade no Semiárido Pernambucano em 2010
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LISTAS DE TABELAS

Tabela 1 – Autovalores da matriz e variância explicada das correlações


Tabela 2 - Principais fatores de vulnerabilidade socioeconômica em 2000.
Tabela 3 - - Principais fatores de vulnerabilidade socioeconômica em 2010.
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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Variáveis utilizadas para medir a vulnerabilidade


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SUMÁRIO

1.
INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO GERAL....................................................................11
1 .1 Justificativa...................................................................................................................12
1.2 Objetivos.......................................................................................................................12
1.2.1 Geral................................................................................................................12
1.2.2 Específicos......................................................................................................12
2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................13
2.1 O Significado de Vulnerabilidade............................................................................13
2.2 Explicando a Vulnerabilidade Socioeconômica no Semiárido Brasileiro......................15
2.2.1 Vulnerabilidade Socioeconômica no Semiárido Pernambucano................................16
3 METODOLOGIA...................................................................................................17
3.1 Caracterização da Área de Estudo............................................................................17
3.2 Origens dos Dados..................................................................................................18
3.3 Métodos de Análises................................................................................................19
3.3.1 Identificação dos fatores que explicam a vulnerabilidade socioeconômica no semiárido
pernambucano nos anos 2000 e 2010..............................................................................19
3.3.2 Criação do Índice................................................................................................21
3.3.3 Análise de Cluster.................................................................................................23
4 RESULTADOS E DISCUSÕES................................................................................23
4.1 Análises Descritivas................................................................................................23
4.2 Análise dos Fatores..................................................................................................30
4.2.1 Pobreza................................................................................................................27
4.2.2 População...........................................................................................................28
4.2.3 Saúde.................................................................................................................28
4.2.4 Educação e Desenvolvimento Social.....................................................................29
4.2.5 Atividade Pecuária..............................................................................................29
4.2.6 População Urbana, Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico............................29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................33
REFERENCIAS...........................................................................................................34
APÊNDICE A.............................................................................................................38
APÊNDICE B...............................................................................................................41
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1. INTRODUÇÃO
A vulnerabilidade social e econômica é algo muito abordado o qual visa entender e
caracteriza-lo, este com o intuito de buscar um conceito mais preciso sobre a definição exata
do que seja o então termo, porém os problemas decorrentes da desigualdade socioeconômica
como: a exploração, a marginalização e a pobreza permitem entender que não é apenas uma
causa exclusivamente socioeconômica mais simbólica (LOPES, 2008).
Em função destas condições sociais e no âmbito econômico, observa-se uma maior
fragilidade da base econômica quando o foco é o semiárido, por que um relativo aumento da
sua população depende de forma expressiva do setor público para geração de emprego e
renda, (LIMA; GATTO, 2014).
O semiárido nordestino sofre com situações climáticas desfavoráveis e que afetam a
população de maneira considerável e causa grande impacto na economia e no bem estar
social, no Semiárido Pernambucano (SAP), não é diferente, este fator de secas constantes
impacta consideravelmente na redução da produção agrícola e o efeito repercute na redução
do nível de renda aumentando assim a pobreza e a desigualdade da população envolvida,
(BEZERRA, 2017).
A influencia do perfil socioeconômico no semiárido pernambucano é algo ao qual não
esta formalizada ou que apontem qual a questão chave de como se desenvolve tais condições
vulneráveis e como estas impactam no desenvolvimento urbano e se observa vários trabalhos
acerca de condições climáticas devido à região conterem uma característica marcante de clima
seco, (ARAÚJO; BELCHIOR; VEIGAS, 2016).
Este fato é percebido nos textos da SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento
do Nordeste, que enfocam planos de ação sobre a gestão de políticas de desenvolvimento
regional e ordenamento territorial (PRNDE) e no Embrapa Semiárido que abordam técnicas
de aproveitamento e aperfeiçoamento das praticas empregadas na agricultura para gerar
emprego e qualificar a mão de obra tão castigada pela seca, onde as condições dessas
comunidades estão geograficamente contida num quadro de variabilidade climática exposta a
escassez de chuvas às prolongadas secas o que ocasiona a maior vulnerabilidade
socioeconômica e passam assim a depender mais de investimentos públicos de erradicação da
pobreza, (SUDENE;EMBRAPA, 2020).
Além da introdução geral, este trabalho apresenta as seguintes seções (2) referencial
teórico, (3) metodologia, (4) resultados e discussões, (5) considerações finais. Por meio de
pesquisas e analises dos dados obtidos, buscou-se aprofundar sobre os fatores de risco e
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questões econômicas relacionadas à vulnerabilidade da população envolvida. Finalmente, o


trabalho faz, em forma de uma Nota Técnica, uma proposta de diretrizes para a gestão de
redução de riscos e vulnerabilidades e seus impactos na saúde, considerando elementos
essenciais à garantia de direitos humanos, como redução da pobreza, acesso à água, alimentos,
educação e oportunidade de emprego, o que certamente contribuirá para um melhor
desenvolvimento humano na região.

1.2 Objetivos:

1.2.1 Geral:
Analisar a vulnerabilidade socioeconômica dos municípios pertencentes ao semiárido
pernambucano nos anos de 2000 e 2010.

1.2.2 Específicos:
 Identificar os principais fatores que contribuem para a vulnerabilidade socioeconômica
nas cidades pernambucanas que compõem o semiárido para os anos 2000 e 2010.
 Verificar quais os municípios mais vulneráveis segundo as características
socioeconômicas nos anos 2000 e 2010.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta secção, por conseguinte apontam-se embasamentos teóricos a cerca das diversas
formas de vulnerabilidade, seja ela social ou econômica, e seu grau de relevância para o
Brasil, Nordeste e Semiárido Pernambucano. Delimitando o conceito e empregabilidade do
termo para o desenvolvimento de políticas públicas de assistência à redução de desigualdades
existentes em uma área que sofre com as mudanças climáticas e seus efeitos sobre o bem estar
social e econômico da população do semiárido pernambucano.

2.1 O Significado de Vulnerabilidade


A vulnerabilidade é estudada como medidas para influenciar práticas sociais e a
produção da cidadania nos campos da saúde e da assistência social, como Carmo e Guizardi
(2018) frisam em sua reflexão crítica, acerca de conceitos básicos sobre a vertente acima
apresentada, apontando o grau de relevância em analisar como as proporções sociais que vem
tomando contexto atual no Brasil, compreendendo e interpretando as concepções de
vulnerabilidade sobre políticas não contributivas que em conjunto formam a seguridade
social.
Já para Scott et al. (2018), o termo vulnerabilidade já assumiu várias conotações
entre estas, designando grupos e indivíduos fragilizados, juridicamente ou politicamente que
necessitam de auxilio e proteção para a garantia de seus direitos como cidadãos. Isto resulta
em um fardo árduo para caracterizar o individuo mais “fraco”, ou seja, aquele que possui
desvantagem sobre os critérios distributivos básicos como saúde, educação, renda, qualidade
de vida e outros fatores que englobe aspectos sociais que impactem no estilo de vida dos
indivíduos.
Carmo e Guizardi (2018) afirmam ainda que a concepção de vulnerabilidade denota
a multideterminação de sua gênese não estritamente condicionada a ausência ou precariedade
no acesso a renda, mas atrelada também as fragilidades de vínculos afetivo-relacionais e
desigualdade de acesso a bens e serviços públicos. Sendo estes visados pelas ações de
políticas sobre a saúde, que interferem no campo de como os sujeitos agem com relação ao
cotidiano de suas vidas mesmo com restrições a tais serviços.
Para Curran (2018) e Cutter (2009) as populações vulneráveis são aquelas que se
encontram em risco, não simplesmente porque está exposta aos perigos, mas como resultado
da marginalidade em que vivem, fazendo das suas vidas uma emergência permanente. Os
14

autores, ainda, trazem conceitos bem peculiares acerca de vulnerabilidade que afetam os
indivíduos de maneira abrupta fazendo-os compor uma faixa na classe social como menos
desfavorecidos e mais estudados, pois são nestes campos que os trabalhos sociais agem de
maneira eficaz e permanente. Para Silva (2007) a vulnerabilidade diz respeito à falta de ativos
matérias e imateriais a que cada indivíduo ou grupo está exposto a sofrer futuramente
alterações bruscas e significativas em seu níveis de vida.
Segundo Katzman (2005) apud Silva (2007) os lugares vulneráveis são aqueles nos
quais os indivíduos enfrentam riscos e a impossibilidade de acesso a condições habitacionais,
sanitárias, educacionais e trabalho de participação e acesso diferencial a informação e as
oportunidades. Um ambiente vulnerável propicia a inserção dos indivíduos a situações que os
restringem de serviços de qualidade, como reforça Silva (2007) quando aponta que o não
acesso favorece a desigualdade e a pobreza.
Wilches-Chaux (1986; 1993) apud Dutra et al. (2014), aponta que a sociedade pode
enfrentar distintas vulnerabilidades descritas nas seguintes dimensões: vulnerabilidade, física,
econômica, social, cultural, educativa, ideológica, ambiental, politica, organizacional,
institucional e técnica.
Esta seção, por conseguinte tratará das vulnerabilidades social e econômica e como
estas podem ser analisadas em correlação com os impactos sociais e econômicos da população
em foco.
Diante de varias vertentes da vulnerabilidade, escolheu-se aqui trabalhar apenas com
a parte social e econômica onde Souto et al. (2013) descreve como sendo uma característica
que pode variar de acordo com as possibilidades sociais e econômicas de uma população
específicas.
Contribuindo com esta descrição, Mendes (2018) assume que as componentes da
vulnerabilidade socioeconômica variam em função de características das comunidades que a
partida não está diretamente relacionada com a perigosidade, que constitui o lado biofísico
dos riscos, mas sim com o grau de desenvolvimento econômico, o acesso a recursos, os
modos de vida e os meios de subsistência das pessoas e dos grupos afetados.
Morais, Raffaelli e Koller (2012) afirmam que este conceito pode ser aplicado a
pessoas que vivenciam situações de adversidade em seu cotidiano, ou seja, a vulnerabilidade
social pode está associada a fatores de risco que afetam negativamente as pessoas e seu
cotidiano.
Já Silva (2007) descreve que a vulnerabilidade socioeconômica manifesta-se de duas
maneiras – estrutural e subjetiva, a autora define: “no plano estrutural, pode ser dada por uma
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mobilidade descendente e no plano subjetivo, pelo desenvolvimento de sentimentos de


incertezas, insegurança de não pertencimento a determinado grupo, de fragilidade dos atores”
(SILVA, 2007 p.3).
Musial e Marcolino-Galli (2019) defendem que a vulnerabilidade socioeconômica
está associada às informações que acolhe do meio social e como acessam os serviços públicos
para assegurar os direitos sociais tais como: educação, trabalho, saúde, moradia, participação,
dentre outros, rompendo com normas violentas e buscando qualidade de bem estar social.
Questões que cada indivíduo está sujeito a passar.
Ideias mais concreta sobre o seu significado pertinente, encontra-se a seguinte
afirmação:
Nota-se que a vulnerabilidade social é exemplificada, como pobreza, privação
(Ausência de renda, precário ou nulo acesso a serviços públicos dentre outros) e, ou,
fragilização de vínculos afetivo-relacionais e de pertencimento social (discriminação
etária, étnicas, de gênero ou por deficiência, dentre outras). Destacamos a
fragilidade citada e podemos notar que ela abrange todo e qualquer sujeito, pois
implica em adentrar em contextos em que está inserido, tempos e histórias de vida
(MUSIAL; MARCOLINO-GALLI, 2019, p 297-298).

Carmo e Guizardi (2018) apontam que muito embora possam considerar que a
vulnerabilidade se instale, em maior grau, nas populações pobres, nas sociedades capitalistas
contemporâneas, em que as relações sociais se desenvolvem por modos marcadamente
complexos, a questão econômica é relevante, porém não determinante. Isto leva a entender
que de fato o acesso à renda é precário e os indivíduos ficam com acessos restritos aos meios
de superação destas vulnerabilidades. Os autores ainda enfatizam que a associação da
vulnerabilidade a precariedade no acesso de garantia de direitos de proteção social
caracterizando a ocorrência de incertezas e inseguranças e o frágil ou nulo acesso a serviços e
recursos para a manutenção da vida com qualidade.

2.2 Explicando a Vulnerabilidade Socioeconômica no Semiárido Brasileiro


Garcia e Buainain (2013), afirma que o semiárido brasileiro é caracterizado pelo
atraso econômico, social e político, ocorrência de secas e estiagens e por importantes
restrições ecológicas, a maior parcela da população é rural que vivem em situações de pobreza
e extrema pobreza e a espacialização dos indicadores socioeconômicos por municípios
revelou a heterogeneidade existente no território.
Outro quesito marcante das vulnerabilidades correlacionadas ao semiárido brasileiro
são as questões ligadas à natureza, que afetam a disponibilidade de água, a subsistência
regional e a saúde da população. De acordo com o Sumário Executivo do Painel Brasileiro de
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Mudanças Climático (2013), os agentes mais vulneráveis as mudanças climáticas seriam


aqueles com menor capacidade de se adaptar, tais como os trabalhadores de baixa renda.
Os indicadores do semiárido brasileiro são bastante peculiares e apontam para uma
vertente única que é as características climáticas e o difícil acesso a serviços básicos, segundo
o IBGE (2019) é no semiárido onde se encontram a população mais vulnerável
socioeconomicamente do país. Para Pereira et al. (2017), a vulnerabilidade no SAB quanto a
seca está diretamente relacionado a pobreza da maioria da população, pois há distribuição
irregular das precipitações e heterogeneidade econômica com alguns polos dinâmicos das
bacias hidrográficas e industrias de mineração cercados de regiões estagnadas e dependentes.

2.2.1 Vulnerabilidade Socioeconômica no Semiárido Pernambucano


Para o IBGE (2007) o semiárido pernambucano é responsável por cerca de 11% do
semiárido brasileiro total e a sua caracterização sobre a vulnerabilidade socioeconômica está
baseadas nas crises naturais e típicas da região ao qual engloba aspectos bem peculiares.
Moura et al. (2010) o caracteriza como ambiente de temperaturas relativamente altas e regime
de chuvas marcados pela escassez ao qual chega ser insuficiente para atendimento das
necessidades da população. O que justifica que grande parcela da população vive em
atividades ligadas ao agropastoril, estas atividades dependem altamente das chuvas.
Teixeira (2016) aponta que os conflitos sociais e econômicos são fundados em um
conceito de classes abrangentes pautadas em uma dada organização capitalista, onde a relação
da troca de trabalho por dinheiro, bem como a agregação de valor e um aproveitamento de
novos territórios produtivos, como no semiárido envolve questões climáticas como
característica marcante o pernambucano é conhecido pelo bioma da caatinga e este
corresponde a 88,6% do semiárido total. O que para os poderes públicos estabelece plano de
infraestrutura adequado para as situações climáticas predominantes, com o intuito de diminuir
a vulnerabilidade dos grupos sociais desprivilegiados daquela região.
Gatto e Lima (2013) ainda complementam que a economia de Pernambuco apresenta
elevada concentração de atividades econômicas ligadas ao litoral, mais a entidades
governamentais buscam a estimulação destes investimentos quanto a projetos agrícolas mais
focados para o semiárido o que abrange uma parcela não muito significante para a população
ali existente, fato este que colabora para o aumento da criminalidade e do custo de vida o que
a torna mais vulneráveis a fatores socioeconômicos apresentados nas secções anteriores e
deixa a população a mercê de programas sociais como forma de incentivo para reinserção
deste na sociedade, engajando-os em cooperativas agrícolas que os capacitam e qualificam.
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3. METODOLOGIA

3.1 Caracterização da Área Estudo


O Semiárido Pernambuco é o objeto de estudo e sua dinâmica demográfica é baseada
nos Censos de 2000-2010, abordados pelo IBGE para as microrregiões e seus 122 municípios
(figura 01), abrangendo uma área de 85.979.387 km 2. Conta com uma população de 3.655.822
habitantes. Sua densidade demográfica é de 46 hab/km 2 ficando acima da média do semiárido
a qual é de 25 hab/km2 (INSA, 2018) e abaixo da média estadual de 89,63 hab/km 2 (IBGE,
2010). Possui um IDHM médio de 0,585. A renda per capita da região é de R$ 281,39
caracterizando 41,24% da população como pobres e seu índice de Gini na dimensão de 0,522.
A sua extensão territorial cerca de 75% é representada pela soma das regiões do Sertão do
Agreste e o polígono das secas atuam castigando a população desta região, (GATTO; LIMA,
2013).
A área do Sertão é baseada em uma economia voltada para pecuária e culturas de
subsistência, bem como a modernização da agropecuária com a agricultura irrigada do vale do
São Francisco o que contribui para maior dinamização de atividades agrícolas e
agroindustriais e tem destaque na economia do estado, gerando renda e emprego para grande
parcela da população e o desenvolvimento das cidades circunvizinhas.

Figura 01 – Municípios que fazem parte do Semiárido pernambucano.

Fonte: SUDENE 2017


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3.2 Origens dos Dados


O quadro 01 abaixo representa as variáveis utilizadas para o estudo da vulnerabilidade
social e econômica dos anos 2000 e 2010, para os municípios do semiárido pernambucano, os
dados foram baseados em indicadores socioeconômicos de origem secundário coletados junto
ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Atlas de Desenvolvimento Humano
Municipal (Pnud), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Censos
demográficos 2000 e 2010, Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA, o período de
análise para das variáveis envolveu os anos de 2000 e 2010, as unidades de observações
escolhidas foi determinada a nível municipal e que fazem parte do semiárido pernambucano.

Quadro 01 – Variáveis utilizadas para medir a vulnerabilidade

Variáveis
Expectativa de Vida
Taxa de Fecundidade Total
Mortalidade Infantil
Razão de Dependência
Probabilidade de Sobrevivência ate 60 anos
Expectativa de anos de estudo
% de extremamente pobres
% de pobres
Renda per capita
% dos ocupados no setor agropecuário - 18 anos ou mais
% dos ocupados no setor comércio - 18 anos ou mais
% dos ocupados no setor de construção - 18 anos ou mais
% dos ocupados no setor serviços - 18 anos ou mais
% da população em domicílios com água encanada
% da população em domicílios com banheiro e água
encanada
% da população em domicílios com energia elétrica
População residente feminina
PEA
População total
População total Urbana
PIA - População de 10 anos ou mais
IDHM
Taxa de Analfabetismo
Taxa de Alfabetização
Efetivo de Caprino
Efetivo de Ovino
Fonte: Elaboração Própria.
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A ideia central é identificar como os índices de vulnerabilidade socioeconômica


impactam nas populações no mesmo período para os municípios, buscando analisar de forma
dinâmica o impacto deste no processo de desenvolvimento e como as mudanças conjunturais,
políticas e sociais influenciam para o aumento ou redução dessas pessoas vulneráveis.
As variáveis escolhidas abordam pontos que caracterizam o nível de vulnerabilidade
socioeconômica existente em determinadas regiões, sejam elas baseadas em mudanças
climáticas no caso da seca ou pelo desenvolvimento das cidades que ocasionam uma maior
massificação de pessoas propensas a estarem vulneráveis.

3.3 Métodos de análise

3.3.1 Identificação dos fatores que explicam a vulnerabilidade socioeconômica no


semiárido pernambucano nos anos 2000 e 2010.
A identificação dos fatores que explicam a vulnerabilidade socioeconômica no
semiárido pernambucano foi realizada a partir de análise fatorial que é tida como um
instrumento clássico para análise de um grande conjunto de variáveis. Vale ressaltar que a
análise fatorial objetiva procurar uma melhor forma de condensar os dados a tal ponto que
representem a composição original das variáveis, (Silva Júnior e Figueiredo Filho, 2010). Para
Silva et al.(2015) determina-se o número de fatores comuns que serão necessários para
delinear adequadamente os dados, ficando a critério do pesquisador qual método de extração
de fatores escolher e a verificação se os números de fatores finais representam o arranjo
original dos dados.
Optou-se pela análise fatorial como método de análise a partir da necessidade de
agrupar informações contidas nos indicadores apresentados na seção 3.1 com perda mínima
de informação. Os indicadores foram organizados em sua respectiva matriz e em seguida foi
estimado um modelo fatorial.
Conforme FÁVERO et al. (2009), o modelo matemático da análise fatorial poderá ser
representado de forma simplificada por:

𝑍𝐽 = ∑ 𝑎𝑗𝑖𝐹𝑖 𝑑𝑗𝑢𝑖 (𝑗 = 1, 2, …, 𝑛); (𝑖 = 1,22, …, 𝑚) (1)

Em que:
Zj = j-ésima variável padronizada;
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aji = é o coeficiente de saturação referente ao i-ésimo fator comum da j-ésima


variável;
Fi= é o i-ésimo fator comum;
dj = é o coeficiente de saturação referente ao j-ésimo fator específico da j-ésima
variável;
uj= é o j-ésimo fator específico da j-ésima variável.

Optou-se por utilizar neste trabalho a análise fatorial por meio da análise dos
componentes principais (ACP), habitualmente empregado na análise fatorial.
A ACP ao considerar p variáveis X1, X2,... Xp, tem como papel encontrar ajustes
lineares para estes variantes, determinando as variáveis Z1, Z2,... Zp sendo que:

Zi = αi1X1+ αi2X2 + ... + αipXp (2)

Alterando quantas vezes for admissível, desde que estejam condicionadas a:

αi1 2 + αi2 2 + .. + αip 2 = 1 (3)

As variâncias dos componentes principais são os autovalores dessa matriz e os


coeficientes ai1, ai2,... aip são os seus autovetores associados. Sendo a matriz de variância
simétrica, encontrar-se a forma:

λ1 + λ2 + .. + λp = C11 + C22 + ... + Cp (4)

Onde: λi são os autovalores de cada um dos i componentes.


Para verificar a adequabilidade dos dados para a aplicação da análise fatorial, foi
observado o Teste de Esfericidade de Bartlett (BTS), que consiste em avaliar se existe
correlações entre as variáveis (HAIR et al., 2009). Em suma, este teste busca analisar se a
matriz de correlações é uma matriz identidade, caso isto ocorra “significa que as interrelações
das variáveis são iguais a zero e, portanto, a análise fatorial não deverá ser utilizada” (SILVA
et al., 2015). Um BTS estatisticamente significante (sig. < 0,05) sugere a existência de
correlações suficientes entre os dados, podendo, assim, se continuar a análise (Hair et al.,
2009).
21

Outra medida utilizada para adequação da análise fatorial é o Índice Kaiser Mayer-
Olkin (KMO) que consiste na razão entre o somatório dos quadrados das correlações de todas
as variáveis dividido por o somatório acrescentado da soma dos quadrados das correlações
parciais do conjunto de variáveis. Portanto, o KMO é uma medida de homogeneidade das
variáveis, que compara as correlações parciais observadas entre as variáveis (SILVA et al.,
2015), conforme a equação 2:

∑ 𝑖∑ 𝑗 𝑟𝑖2𝑗
KMO = __________________ (5)
∑ 𝑖∑ 𝑗 𝑟𝑖2𝑗 + ∑ 𝑖∑ 𝑗 𝑎𝑖2𝑗

Onde: 𝑟𝑖𝑗 = é o coeficiente de correlação observado entre as variáveis i e j


𝑎𝑖𝑗 = é o coeficiente de correlação observado entre as mesmas variáveis, que é,
simultaneamente, uma estimativa das correlações entre os fatores. Os valores obtidos deverão
estar próximos de zero, pelo fato de os fatores serem ortogonais entre si.
De uma maneira simples a estatística do KMO pode ser entendida como: quão menor a
estimação do teste, menor será a afinidade entre os dados e os variantes. O valor do KMO
pode variar entre 0 e 1, todavia, quanto mais próximo de 1 mais eficácia terá o uso da técnica
e deve-se desconsiderar o índice menor que 0,5 (HAIR et al., 2009; MINGOTI, 2005; SILVA
et al., 2015).
As variáveis foram submetidas a uma rotação ortogonal, utilizando-se o método
Varimax. Conforme Kin e Mueller (1978), esse processo possibilita uma melhor interpretação
dos dados, assim, a contribuição dos fatores para a variância é alterada, sem que ocorram 27
modificações da contribuição conjunta dos mesmos.
Por fim, para verificar a confiabilidade das variáveis que compuseram os fatores foi
estimado o Alfa de Cronbach (PINTO;CORONEL, 2015). A utilização deste coeficiente é um
fator determinante para adoção de uma estimação de confiabilidade, por se tratar de uma
correlação media entre pergunta (ARICA et al.,2010).

3.3.2 – Criação do Índice


Os índices de vulnerabilidade socioeconômica para as 32 variáveis foram criadas a
partir do método Max-Min, sendo expressos em escala de 0 e 1, portanto quanto mais
próximo de 1 maior será a vulnerabilidade socioeconômica do município e os com valores 0
terá função análoga inversa, menos vulnerável será esta município.
22

Na intenção de captar a vulnerabilidade nos municípios estudados optou-se pela


construção de um índice agregado: Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica (IVS). Este é
formado por uma combinação de vários indicadores em uma tentativa de captar as diferentes
dimensões de um conceito multidimensional em um único valor. Para criação do mesmo
optou-se pela utilização do método aditivo de agregação, sendo os pesos determinados a partir
da análise de componentes principais (ACP). Método utilizado por Brooks, Adger e Kelly
(2005), Lemos, 2007, Salvati et. al. (2009).A equação adotada foi:

(6)

Sendo:
𝐼𝑉𝑆j = Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica do j-ésimo município;
wi = peso atribuído ao i-ésimo componente principal (wi = percentual da variância
explicada pelo componente i / percentual da variância explicada por todos os fatores;
fij = escore fatorial do i-ésimo componente para o j-ésimo município;
i= 1,..., n (componentes principais);
j = 1,..., 1133 (municípios do semiárido).

Os escores fatoriais relativos dos municípios possuem distribuição assimétrica em


torno da média zero. Espera-se, assim, que metade dos municípios apresentem valores com
sinais positivos e a outra metade sinal negativo, considerando as que possuírem valores
negativos como as regiões mais vulneráveis ao processo de desertificação. Para evitar que os
altos escores fatoriais negativos aumentem a dimensão do índice destes municípios, optou-se
por uma modificação dos escores fatoriais na intenção de agregá-los no primeiro quadrante
seguindo Lemos (2001) e Pinto; Coronel (2015). Os índices de vulnerabilidade dos
municípios foram padronizados pelo método Min-Max, para expressar os valores obtidos em
uma escala entre 0 (menor vulnerabilidade) e 1 (maior vulnerabilidade) (SALVATI et. al.,
(2009); LEMOS (2007), PINTO; CORONEL (2015)

IVSsj – IVSmin
IVSsj = __________________ (7)
IVSmax - IVSmin

Sendo:
IVSsj = Indice de vulnerabilidade padronizado para o município j.
23

IVSj = O índice de vulnerabilidade no município j.


O IVSmin índice de vulnerabilidade mínimo e IVSmax o índice de vulnerabilidade máximo. O
IVS varia de 0 e 1.
Assim, quanto mais próximo de 1, maior a vulnerabilidade no município, no mesmo
sentido os IVS próximos de 0, são menos vulneráveis, ou seja, O IVS é portanto uma medida
relativa, no entanto não tem a finalidade de medir a intensidade ou gravidade da sua
vulnerabilidade, mas permite realizar uma ordenação dos municípios com sua maior ou
menor vulnerabilidade relativa.

3.3.3 – Análise de Cluster


Através deste método foram analisados os 122 municípios para os anos de 2000 e
2010 e obteve os resultados expostos na seção 4 que aponta os resultados obtidos com a
análise de cluster caracterizou - os em média, grave e baixa vulnerabilidade.
Segundo Valli (2012) a análise de cluster tem como objetivo encontrar agrupamentos
para indivíduos de forma natural, ou seja, descobrir o inter-relacionamento entre as variáveis
estudadas, medindo a sua semelhança, obedecendo a diversas finalidades e agrupando
técnicas de analises. A análise de agrupamento será utilizada na pesquisa com o objetivo de
reunir os municípios em três classes distintas de vulnerabilidade: municípios mais
vulneráveis, com níveis intermediários de vulnerabilidade e menos vulneráveis. Hair et. al.
(2006) afirma que a análise de agrupamento é um grupo de técnicas multivariadas cuja
principal finalidade é agrupar observações a partir de características semelhantes ou diferentes
nos grupos.

4 RESULTADOS E DISCUSÕES

4.1 Análises Descritivas

Os fatores de geram a vulnerabilidade socioeconômica na microrregião do Pajeú,


sendo analisados pela Análise dos Componentes Principais (ACP), os valores obtidos para
Kaiser-Mayer-Olkin (KMO) de 0,800 em 2000 e 0,843 em 2010 ao qual indica a consistência
dos dados originais, quanto ao teste de esfericidade de Bartlett mostrou-se significativo a 1%
(sig = 0,000), para que pudesse verificar a veracidade da confiabilidade dos dados aplicou-se
por meio de estimação do Alfa de Cronbach obtendo um valor de 0,807 para o ano de 2000 e
0,812 para o ano de 2010.
24

A tabela abaixo apresentada foi elaborada através da criação dos autovalores da matriz
da variância, com o método ACP analisando os anos de 2000-2010, apresentando seis
componentes principais, estes fatores explicam 85,067% e 84,102% respectivamente da
variância total dos indicadores utilizados, os percentuais obtidos são aceitáveis nos estudos
das ciências sociais ao qual levam em consideração valores acima de 60% (PINTO;
CORONEL, 2015).

Tabela 01 - Autovalores da matriz e variância explicada das correlações


Fatore Variância explicada pelo fator
Autovetores Variância Acumulada (%)
s %
2000 2010 2000 2010 2000 2010
5,84
1
1 6,291 22,467 24,195 22,467 24,195
2 4,96 3,79 19,076 14,575 41,543 38,77
3,16
3
6 3,454 12,179 13,285 53,722 52,055
3,05
4
7 3,282 11,759 12,622 65,481 64,677
3,04
5
7 3,09 11,719 11,886 77,2 76,563
2,04
6
5 1,96 7,866 7,539 85,067 84,102
Fonte: Elaboração própria de acordo com os resultados coletados.

Após fazer a análise da matriz dos componentes os fatores foram renomeados para os
respectivos anos de 2000 e 2010, como:
Tabela 02 – Principais fatores de vulnerabilidade socioeconômica em 2000.
FATOR ANO 2000
1 Pobreza
2 População
3 Saúde
4 Desenvolvimento Social
5 Educação
6 Atividade Pecuária
Fonte: Elaboração própria.
25

Para o ano de 2000 o Fator Um é composto pelas variáveis: Razão de dependência, %


de extremamente pobres, % de pobres, renda per capita, % dos ocupados no setor
agropecuário - 18 anos ou mais, % dos ocupados no setor comércio - 18 anos ou mais, % dos
ocupados no setor serviços - 18 anos ou mais. As características denotam que há similaridade
entre as variáveis podendo denominar esse fator de Pobreza, uma vez que os aspectos estão
relacionados a uma parcela da população menos assistida e com acesso restrito a informações
básicas. O fator dois agrupou as seguintes variáveis: População residente feminina, PEA,
População total, População total urbana, PIA- população de 10 anos ou mais. Este fator é
denominado de População uma vez que busca mostrar em parcelas peculiares à população
urbana total e feminina e dando enfoque para a economicamente ativa e em idade ativa,
fatores econômicos que mostram como a população pode ser afetada com a vulnerabilidade
socioeconômica da região.
O fator três agrupou a seguinte variável expectativa de vida, mortalidade Infantil,
Probabilidade de Sobrevivência ate 60 anos, levando em consideração as variáveis acima se
pode observar o grau de vulnerabilidade para pontos que estejam ligados a saúde, uma vez
que a expectativa de vida e a probabilidade de sobrevivência atem 60 agem positivamente
com relação à vulnerabilidade, ou seja, quanto menos vulnerável mais alto serão estes índices
o que ocasiona a um indicador negativo com relação a mortalidade infantil. Já o fator quatro
foi distribuído suas variáveis em: IDHM, % da população em domicílios com água encanada,
% da população em domicílios com banheiro e água encanada, da população em domicílios
com energia elétrica, o qual apresenta problemas ligados a condições básicas de acessos
públicos. Sendo este denominado de Desenvolvimento Social.
No fator cinco está apresentando as seguintes variáveis: Taxa de Fecundidade (agindo
negativamente), Expectativa de vida anos de estudo (influencias positivas), % dos ocupados
no setor de construção – 18 anos ou mais e as Taxas de Alfabetização e Analfabetismo
(influenciando positiva e negativamente, respectivamente), ou seja, a população com acesso a
educação torna-se mais instruída a tomar decisões e a buscar desenvolvimento profissional.
Sendo este o Fator Educação.
Quanto ao fator seis está ligado a questões pecuárias quando se trata do Efetivo de
Caprino e Ovino. Nota – se a produtividade animal pode esta ligada a perda de produtividade
da terra, e o então aumento das populações urbanas e as rurais tendo como base apenas
programas que ajudem a erradicar o campo e a produzir agricultura de subsistências para este
fator será denominado de Pecuária. Quando se realiza o processo de identificação dos fatores
e mais factível a visualização da influencia das variáveis sobre o grau de vulnerabilidade,
26

tendo observado que a microrregião do Pajeú, por se tratar de uma região que se encontra no
interior do estado pernambucano esta mais propicia a tais aspectos.

Tabela 03 - Principais fatores de vulnerabilidade socioeconômica em 2010.

FATOR ANO 2010


1 População Urbana
2 Urbanização
3 Saúde
4 Infraestrutura
5 Desenvolvimento Econômico
6 Atividade Pecuária
Fonte: Elaboração própria.
Com relação os dados para 2010, ocorreram modificações dos fatores abordados com
vertentes distintas, porem sem muita alteração nas margens de tangencias dos fatores
principais, a tabela abaixo mostra como o nível de pobreza passou de significante para o grau
de importância da população urbana que de acordo com o censo 2010 teve um aumento de
19% com relação ao ano de 2000 para a microrregião do Pajeú, devido a esse aumento o
enfoque para o fator dois se deu para a Urbanização e os problemas como Saúde e
infraestrutura mostram que os desenvolvimentos Social e econômico estão sequenciados
devido ao grau de vulnerabilidade.
Observa-se então a seguinte composição: Fator um composto por Renda per capita, %
de ocupados nos setores de comercio e serviços - 18 anos ou mais, População residente
feminina, PEA – População Economicamente Ativa, População Total, População Urbana, PIA
– População em Idade Ativa – 10 anos ou mais. Este fator é conhecido como População
Urbana.
O Fator dois é composto por: Taxa de fecundidade total, Razão de dependência, % de
pobres, % de extremamente pobres, % de ocupação no setor agropecuário – 18 anos ou mais,
% da população em domicílios com energia elétrica. Fator Urbanização.
27

Fator três os fatores estão organizados da seguinte maneira: Expectativa de vida,


Mortalidade infantil, Probabilidade de sobrevivência ate 60 anos. Fator Saúde.
Quarto fator compreende os seguintes: Expectativa de anos de estudo, % dos ocupados
no setor de construção – 18 anos ou mais, IDHM e as Taxas de Analfabetismo e
Alfabetização. Fator Desenvolvimento Econômico.
E por último o quinto fator corresponde ao efetivo de caprinos e ovinos, representando
a Pecuária, e caracterizando a população que vive na zona rural.

4.2 Análises dos fatores

Com relação às mudanças das analises sobre os fatores para os anos de 2000 e 2010,
ocorreu mudanças de posicionamento de fatores os quais serão apresentados com bases em
contextos estruturalistas sobre os principais pontos que possam ter causado, mudança,
permanência, extinção ou surgimento de fatores nos anos em analise, sendo estes
conjuntamente analisados.

Pobreza

A pobreza é algo que toca pertinentemente a vertente vulnerabilidade, pois tange a


situação da população o que a caracteriza como ponto central de análise, embora se observe
que o Brasil existe trabalho temático que tem por objetivo diminuir a pobreza e os seus
padrões de desigualdade, fazendo o processo de monitoramento destas, como a PNUD, o
Atlas de Desenvolvimento Humano e o IDHM, que abordam politicas sociais mencionando os
mecanismos de transferência de renda às famílias mais pobres possibilitando melhorias no
ambiente social do país (MONTEIRO NETO e VERGOLINO, 2014).
Este fator mostrou-se presente para o ano de 2000 por se tratar no mesmo período
onde o IDHM de do semiárido pernambucano atingiu 0,544 caindo da posição de muito baixo
para baixo1, no entanto os índices de inflação para época eram considerados baixos e sob
controle, o que foca é a extensão de distribuição da pobreza uma vez que o salário mínimo
deflacionado correspondia a R$114,26 mensais. (COSTA, 2010), decorrentes da

1
Para Monteiro Neto e Vergolino, 2014 o relatório do Atlas 2013 classificam os municípios em percentuais
apresentados da seguinte maneira: como muito baixo 0 a 0, 499, baixo 0,500 a 0,599, médio 0,600 a 0,699, alto
0,700 a 0,799 e muito alto considerando valores acima de 0,800.
28

representatividade de 41% da população pernambucana pertencer ao semiárido. (LIMA e


GATTO, 2014).
O censo demográfico de 2010 mostra que a pobreza e desigualdade social vêm
mostrando avanços significativos com relação à qualidade de vida da população tanto do
estado como dos municípios pernambucanos. Alguns autores abordam temáticas significativas
sobre o assunto, dentre eles destacam-se que os esforços do Brasil para reduzir a miséria e a
pobreza bem como diminuir seus padrões de desigualdade têm sido notáveis e tem resultado
em melhorias mundiais reconhecidas, (NETO; VERGOLINO, 2014).

População

O crescimento populacional impacta na vulnerabilidade econômica, pois com o


crescimento é necessário verificar como estão às condições para atender as necessidades das
pessoas que as compõem, Burgos (2011) enfatiza que é necessário que haja um planejamento
que trate da equidade social, com o intuito de elevar as condições de vida da população,
colocando o crescimento econômico como uma condição fundamental, sendo necessárias as
condições de preservação ambiental. O fator População analisado para o ano de 2000 denota
que de acordo com o censo demográfico (2016) apresenta que para Pernambuco mostra um
percentual de 76, 51% de taxa de urbanização e para semiárido pernambucano um valor
equivalente a 55,85%, para que haja o desenvolvimento dessas politicas o estado passa por
alguns entraves e para o semiárido pernambucano teve uma representatividade 1,2% em
análise de 2000 para 2010 onde há uma continuidade das migrações, este processo de
crescimento se dá devido as variáveis população e PIB que atraem a população para região e
em geral contribui para o crescimento econômico mais intenso, Lima e Gatto (2014),
acreditavam que o SAP no período da análise (2000-2010) teve um melhor desempenho
econômico em alguns de seus subespaços que levou a esse influxo populacional.

Saúde

A literatura aponta pelo menos três fatores em que a saúde afeta os rendimentos
humanos, que são a produtividade, números de horas ofertadas e a decisão de ofertar mão de
obra produtiva. Todas são afetadas direta e indiretamente, diretamente no estoque de capital
humano (boa saúde melhores rendimentos produtivos, maiores salários), indiretamente no
investimento para o estoque de capital humano (uma saúde ruim, diminui o nível de
29

investimento em educação), (NORONHA, 2005). O indicador saúde para os anos em estudo


no SAP é algo que acompanha a evolutiva estadual no que cerne o papel do governo em
garantir o acesso à saúde básica, no entanto vale ressaltar que em 2000 e 2010 a cobertura da
saúde básica no semiárido pernambucano cresce a níveis significativos passando de 35,07%
para 68,74%%, isto porque os indicadores de desenvolvimento humano crescem devido a
melhorias nas áreas de saúde e educação, com a eficácia da implantação do programa saúde
da família em 1998 alcançou cerca de 72,55% das famílias do Nordeste e consequentemente o
semiárido pernambucano como aponta Carvalho , (2014). O estado de saúde precário gera
perdas expressivas de rendimentos individuais. A existência dessa relação pode alterar a
distribuição de renda se as perdas de rendimentos afetarem de forma diferenciada os grupos
socioeconômicos. Fica claro que, existe um efeito entre saúde e distribuição de renda, que
pode se refletir em vários campos sociais entre eles, taxas de criminalidade (NORONHA,
2005).

Educação e Desenvolvimento Social

A educação é peça chave para o desenvolvimento social de cada indivíduo, que busca
melhoria de conhecimento através de processos que gerem estímulos para que o
desenvolvimento possa fluir de maneira a se ajustar automaticamente. De acordo com o Atlas
de Desenvolvimento sustentável e Saúde (2019), sobre o semiárido pernambucano, ocorre
uma analise ente os anos de 2000 a 2010 o SAP este apresentou desempenho bastante
favorável no período de estudo para os indicadores sociais, com destaque para a redução da
mortalidade infantil, os avanços em educação e a redução da pobreza, principalmente em
especial em municípios em situações de maior vulnerabilidade.

Pecuária (dois anos)

O indicador pecuário refere-se ao homem do campo que em comunidades localizadas


no semiárido pernambucano lutam por melhorias quanto a políticas de melhoramento das
condições sociais e econômicas que possibilitem a permanecia do mesmo na zona rural, o
qual explica a permanecia deste indicador para os dois anos em estudo 2000 e 2010. O que
nota é o investimento do governo a fim de estimular e promover o desenvolvimento local do
semiárido pernambucano foi implantado os programas; de PAIS (Produção Agroecológica
Integrada e Sustentável), de Agricultura Florestal e criação animal do centro Sabiá e da
companhia de desenvolvimento dos vales São Francisco e do Parnaíba, isto teve como intuito
de promover uma condição de sustentabilidade socioambiental, no que diz respeito a ações
30

socioeconômicas, propor a gestão participativa como forma de englobar ações de


planejamento e monitoramento dos projetos aqui exposto, a fim de promover o homem do
campo à especialização de técnicas agrícolas mais eficazes (MENDONÇA, 2013).

População Urbana, Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico.

De acordo com o censo de 2010 a população brasileira cresceu 20.933.524 de pessoas


com relação ao censo da década passada, isto mostrou também que ocorreu um aumento da
população urbanizada que passa de 81% em 2000 para 84% em 2010, com relação ao
semiárido pernambucano ocorre um decréscimo de 0,4% considerando o mesmo período que
este passa de 28,2% para 27,8%. Dados este que vale ressaltar sua importância para o nível de
vulnerabilidade socioeconômica das cidades que compõem a microrregião do Pajeú, a atenção
é focada nas crescentes situações de urbanização para as situações básicas de acesso a agua,
saneamento básico e questões ligadas à melhoria da qualidade de vida (CENSO, 2010). Para
Mendonca (2013) o semiárido pernambucano passa pelo processo significativo de
urbanização, ancorados na mudança do século XX da urbanização nordestina, sendo que este
impulsiona geração de emprego e renda bem como o crescimento acelerado. Lima e Gatto
(2014) o crescimento populacional ocorreu no SAP de forma centralizada favorecendo
grandes municípios, ele aponta que “os municípios que apresentam maiores PIBs em valores
absoluto, acima de R$500 milhões, em 2010 foram: Petrolina, Caruaru, Belo Jardim, Serra
Talhada, Santa Cruz do Capibaribe e Petrolândia” (LIMA e GATTO, 2014, p.155). Este
crescimento econômico está ocorrendo devido os setores da agropecuária e na indústria.

4. 3 Resultados da aplicação da análise de cluster

Por meio da utilização de uma visão sistêmica ocorreu a derivação da analise de


cluster, onde se encontrou a similaridade entre os municípios do semiárido pernambucano
com os níveis de vulnerabilidade social, como se pode observar na Tabela 04 ao qual mostra
que no ano de 2000 apresentava cerca de 48 municípios com vulnerabilidade baixa, com nível
médio apresentava cerca de 73 e assim por conseguinte apenas 1 município demostra um
nível de vulnerabilidade grave. No entanto quando se analisa os índices médios é perceptível
que os valores não atingiram resultados abusivos, apenas o município de Belém de São
Francisco, que caracteriza em 2000 como o mais grave nível de vulnerabilidade, atingindo o
equivalente a 1. De forma análoga no ano de 2010 temos algumas elevações na baixa
vulnerabilidade que representa 56 municípios e nas de vulnerabilidade grave 9 municípios
( Salgueiro, Gravatá, Serra Talhada, Toritama, Arcoverde, Santa Cruz do Capibaribe,
31

Garanhuns, Petrolina e Caruaru). Já os níveis médios de vulnerabilidade foram 57 municípios


o que mostra que houve uma redução em analise ao ano 2000. Isto denota que o indicativo de
vulnerabilidade socioeconômica no SAP apresenta melhor nível de distribuição de suas
vulnerabilidades entre os três níveis, em decorrência da distribuição populacional nestes
municípios no ano de 2010, ou seja, região semiárida apresenta grande grau de urbanização
(INSA, 2012).

Tabela 04 – Intervalo do IVSp, índice médio e número de municípios.

Intervalos do IVSp Índice médio Nº de Municípios


Classes
2000 2010 2000 2010 2000 2010
Municípios com
Vulnerabilidade 0,0000 - 0,3019 0,0000 - 0,2466 0,2080 0,1631 48 56
baixa
Municípios com
Níveis de
0,3020 - 0,6499 0,2467 - 0,5006 0,4014 0,3345 73 57
vulnerabilidade
Média
Municípios com
vulnerabilidade 0,6500 - 1,0000 0,5007 - 1,0000 1,0000 0,6829 1 9
grave
Fonte: Elaboração própria.

A tabela 05 mostra os nove municípios que obtiveram máximos e mínimos índices de


vulnerabilidade para os anos 2000 e 2010 baseados nos censos. Em analise ao cenário
observa-se que quanto ao IVS máximo não se obteve permanência do município de Belém de
São Francisco para o ano de 2010, no entanto houve o acréscimo de mais munícipios, como
apresentados abaixo. Quanto ao IVS mínimo observou-se apenas a permanecia do município
de Calumbi, em relação aos demais com vulnerabilidade socioeconômica.

Tabela 05 – Municípios com IVS Máximo e Mínimo para os anos de 2000 e 2010.

IVS Máximo IVS Mínimo


2000 2010 2000 2010
Belém de São Salgueiro Saloá Exu
Francisco
------------------------- Gravatá São Bento do Uma Quixaba
32

------------------------- Serra Talhada Tupanatinga Granito


------------------------- Toritama Araripina Carnaíba
------------------------- Arcoverde Venturosa Calumbi
------------------------- Santa Cruz do João Alfredo Santa Terezinha
Capibaribe
------------------------- Garanhuns Capoeiras Frei Miguelino
------------------------- Petrolina Calumbi Mirandiba
------------------------- Caruaru Itapetim Oroco
Fonte: Elaboração Própria

Comparando os mapas das figuras (i, ii) abaixo apresentadas observa-se que para o
ano de 2000 , os IVS representavam mais para vulnerabilidade baixa, apontado na legenda
como 1, e os de vulnerabilidade grave 2 apenas um município em destaque e com relação aos
de média vulnerabilidade referenciado pelo 3 engloba poucos municípios, quando faz-se a
correlação com o ano de 2010 ocorre uma distorção do mapa que aparece mais distribuído os
seus níveis de vulnerabilidade agora apresentados como (1) grave, (2) baixa e (3) média.

Figura 02 – Mapa da Vulnerabilidade no Semiárido Pernambucano em 2000.

Figura 03 – Mapa da Vulnerabilidade no Semiárido Pernambucano em 2010.


33

Fonte: Elaboração Própria.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta ultima secção foram abordados os aspectos finais da pesquisa apresentando um


aporte ou um balanço geral de algumas potencialidades e fatos que evidenciaram as mudanças
no semiárido pernambucano no meio das vulnerabilidades sociais e econômicas do SAP, bem
como os impactos causados pela evolutiva dos 10 anos em termos de pobreza, educação,
infraestrutura e desenvolvimento socioeconômico. Estas visões socioeconômicas no SAP
através desta pesquisa buscou observar se os municípios que possuíam maior vulnerabilidade
socioeconômica em 2000 apresentou alguma característica evolutiva para o ano de 2010.
Deixando claro que os dados aqui apresentados são oriundos dos censos demográficos, e
diante da falta de alternativas de variáveis tecnológicas e de capital social dos dados
municipais para o então estudo, no entanto no presente estudo há um guia simplificado para
compreender o comportamento das variáveis apresentadas no SAP com relação às
vulnerabilidades socioeconômicas.
Os resultados aqui encontrados apontam que no decorrer da analise sobre os graus de
vulnerabilidade observa-se que a vulnerabilidade grave conta em 2010 com um numero de 9
municípios, esta elevação deu-se pelo crescimento populacional decorrentes do aumento de
emprego nos setores agropecuário e da indústria, além do crescimento dos postos de trabalho
34

teve também a maior formalização das atividades estimuladas pelas mudanças de menor
fiscalização como as pequenas empresas.
Como aprimoramento futuro para este trabalho, sugere-se que seja feita uma analise
mais atual sobre o cenário socioeconômico e consequentemente possam agregar mais
variáveis ao modelo de estudo com a finalidade de entender a dinâmica especifica de cada
município que compõe o semiárido pernambucano e analisar quais os efeitos de politicas
publicas que sejam voltadas para o melhoramento das condições sociais e econômicas destas
regiões.

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39

APÊNDICE A
1. Resultados da adequação de análises dos componentes principais
Tabela A1 – Matriz de cargas fatoriais para o ano de 2000

Componentes
Indicadores 4
1 Pobreza 2 População 3 Saúde Desenvolvimento 5 Educação 6 Pecuária
Social
Expectativa de Vida -,366 ,081 ,888 -,036 ,226 ,035
Taxa de Fecundidade Total ,335 -,126 ,080 ,200 -,681 ,177
Mortalidade Infantil ,355 -,074 -,892 ,045 -,224 -,024
Razão de Dependência ,673 ,008 -,184 ,077 -,474 ,051
Probabilidade de Sobrevivência ate 60 -,366 ,080 ,889 -,037 ,225 ,035
anos
Expectativa de anos de estudo -,089 -,043 ,216 ,053 ,857 ,115
% de extremamente pobres ,890 -,037 -,154 ,025 -,187 ,003
% de pobres ,909 -,025 -,149 ,030 -,176 -,049
Renda per capita -,907 ,022 ,201 ,025 ,107 ,033
% dos ocupados no setor agropecuário - 18 ,885 ,003 -,237 ,019 -,162 -,151
anos ou mais
% dos ocupados no setor comércio - 18 -,851 ,004 ,155 ,022 ,121 -,120
anos ou mais
% dos ocupados no setor de construção - -,360 -,004 ,189 ,040 ,443 ,030
18 anos ou mais
% dos ocupados no setor serviços - 18 -,611 ,052 ,344 ,010 ,377 ,046
anos ou mais
% da população em domicílios com água ,051 ,103 -,071 ,912 -,023 ,146
encanada
% da população em domicílios com ,046 ,118 -,001 ,926 -,012 ,153
banheiro e água encanada
40

% da população em domicílios com ,013 ,026 -,112 ,705 -,051 -,185


energia elétrica
População residente feminina -,017 ,996 ,049 ,049 ,024 -,001
PEA -,023 ,992 ,047 ,066 ,013 -,006
-,013 ,995 ,050 ,040 ,029 ,001
População total
População total Urbana -,035 ,960 ,015 ,200 ,010 ,006
-,013 ,994 ,054 ,055 ,026 ,003
PIA - População de 10 anos ou mais
IDHM -,066 ,109 ,100 ,868 ,001 ,016
Taxa de Analfabetismo ,457 -,055 -,426 ,018 -,675 -,182
Taxa de Alfabetização -,445 ,037 ,401 -,042 ,740 ,127
Efetivo de Caprino ,004 ,018 ,011 ,020 ,065 ,951
Efetivo de Ovino -,064 -,017 ,065 ,069 ,039 ,958

Tabela 21 – Matriz de cargas fatoriais para o ano de 2010

Componentes
Indicadores 5
1 População 2 4
3 Saúde Desenvolvimento 6 Pecuária
Urbana Urbanização Infraestrutura
Econômico
Expectativa de Vida ,200 ,161 ,930 ,146 ,212 ,000
Taxa de Fecundidade Total -,007 -,675 -,241 -,004 -,326 ,266
Mortalidade Infantil -,180 -,147 -,936 -,141 -,209 ,006
Razão de Dependência -,235 -,697 -,192 -,230 -,396 -,031
Probabilidade de Sobrevivência ate 60 anos ,190 ,155 ,934 ,144 ,211 -,002
Expectativa de anos de estudo -,102 ,039 ,148 ,026 ,655 -,103
% de extremamente pobres -,248 -,722 -,181 -,430 -,195 -,061
% de pobres -,326 -,738 -,165 -,358 -,239 -,116
Renda per capita ,565 ,526 ,267 ,415 ,244 ,118
41

% dos ocupados no setor agropecuário - 18 -,391 -,443 -,183 -,435 -,393 -,149
anos ou mais
% dos ocupados no setor comércio - 18 anos ,479 ,340 ,228 ,508 ,289 -,026
ou mais
% dos ocupados no setor de construção - 18 ,210 -,040 ,195 ,518 ,663 -,036
anos ou mais
% dos ocupados no setor serviços - 18 anos ,513 ,316 ,084 ,336 ,413 ,087
ou mais
% da população em domicílios com água ,184 ,135 ,152 ,902 ,030 -,004
encanada
% da população em domicílios com banheiro ,196 ,329 ,127 ,855 ,101 -,006
e água encanada
% da população em domicílios com energia ,030 ,757 ,001 ,041 -,188 -,182
elétrica
População residente feminina ,972 ,097 ,135 ,128 ,057 -,011
PEA ,970 ,124 ,130 ,111 ,044 ,009
População total ,972 ,093 ,136 ,126 ,053 -,007

População total Urbana ,951 ,151 ,128 ,184 ,079 -,008


PIA - População de 10 anos ou mais ,971 ,103 ,135 ,127 ,058 -,013

IDHM ,317 ,345 ,468 ,355 ,582 ,127


Taxa de Analfabetismo -,084 -,143 -,109 ,047 -,650 -,180
Taxa de Alfabetização ,281 ,316 ,321 ,286 ,654 ,182
Efetivo de Caprino ,021 -,039 ,011 -,019 ,025 ,922
Efetivo de Ovino -,038 -,108 -,004 ,039 ,092 ,922
42

APÊNDICE B
1. Classificação dos municípios segundo o índice de vulnerabilidade socioeconômica
do semiárido pernambucano.
Tabela B1 – Classificação dos municípios com baixa vulnerabilidade socioeconômica para o
ano de 2000.
Cod. Geográfico Município Município IVSp
260410 CARUARU 0,0000
261250 SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 0,0455
260260 BREJO DA MADRE DE DEUS 0,0466
260190 BEZERROS 0,0619
261560 TRINDADE 0,0861
260640 GRAVATÁ 0,1112
261540 TORITAMA 0,1178
261170 RIACHO DAS ALMAS 0,1318
260600 GARANHUNS 0,1341
261450 SURUBIM 0,1427
260880 LAJEDO 0,1480
260120 ARCOVERDE 0,1556
260450 CHÃ GRANDE 0,1607
260170 BELO JARDIM 0,1623
261090 PESQUEIRA 0,1670
260210 BOM CONSELHO 0,1740
261310 SÃO CAITANO 0,1909
261240 SANHARÓ 0,1983
261120 POÇÃO 0,2095
260350 CAMOCIM DE SÃO FÉLIX 0,2136
260030 AGRESTINA 0,2140
260370 CANHOTINHO 0,2185
260990 OURICURI 0,2258
261620 VERTENTES 0,2271
260470 CORRENTES 0,2274
261330 SÃO JOAQUIM DO MONTE 0,2308
261210 SALGADINHO 0,2380
261200 SAIRÉ 0,2423
260310 CACHOEIRINHA 0,2424
261500 TAQUARITINGA DO NORTE 0,2454
261080 PEDRA 0,2532
260840 JUREMA 0,2558
260870 LAGOA DOS GATOS 0,2577
260050 ÁGUAS BELAS 0,2599
260240 BREJÃO 0,2612
260100 ANGELIM 0,2665
260825 JUCATI 0,2732
260320 CAETÉS 0,2765
260080 ALTINHO 0,2806
43

261230 SALOÁ 0,2833


261300 SÃO BENTO DO UNA 0,2859
261580 TUPANATINGA 0,2868
260110 ARARIPINA 0,2912
261600 VENTUROSA 0,2919
260810 JOÃO ALFREDO 0,2921
260380 CAPOEIRAS 0,2971
260340 CALUMBI 0,3004
260770 ITAPETIM 0,3019

Tabela B2 – Classificação dos municípios com média vulnerabilidade socioeconômica para o ano de
2000.

Cod. Geográfico Município Município IVSp


260510 CUSTÓDIA 0,3055
260875 LAGOA GRANDE 0,3067
260200 BODOCÓ 0,3150
261460 TABIRA 0,3152
260280 BUÍQUE 0,3248
261245 SANTA CRUZ 0,3260
260700 INAJÁ 0,3268
260750 ITAÍBA 0,3317
260010 AFOGADOS DA INGAZEIRA 0,3325
261470 TACAIMBÓ 0,3328
260740 ITACURUBA 0,3338
260915 MANARI 0,3341
261590 TUPARETAMA 0,3341
261410 SERTÂNIA 0,3350
260800 JATAÚBA 0,3353
260730 IPUBI 0,3358
260830 JUPI 0,3386
261270 SANTA MARIA DO CAMBUCÁ 0,3410
261220 SALGUEIRO 0,3422
260490 CUMARU 0,3442
260630 GRANITO 0,3455
261100 PETROLÂNDIA 0,3456
261618 VERTENTE DO LÉRIO 0,3487
260220 BOM JARDIM 0,3529
260430 CEDRO 0,3551
260330 CALÇADO 0,3556
260660 IBIMIRIM 0,3569
260060 ALAGOINHA 0,3585
261010 PALMEIRINA 0,3601
261050 PASSIRA 0,3617
260300 CABROBÓ 0,3647
261360 SÃO JOSÉ DO EGITO 0,3664
44

261400 SERRITA 0,3692


260415 CASINHAS 0,3699
260390 CARNAÍBA 0,3769
261110 PETROLINA 0,3774
260500 CUPIRA 0,3788
261030 PARANATAMA 0,3805
260670 IBIRAJUBA 0,3825
261520 TERRA NOVA 0,3836
261350 SÃO JOSÉ DO BELMONTE 0,3860
260650 IATI 0,3863
261320 SÃO JOÃO 0,3882
261280 SANTA TEREZINHA 0,3894
261020 PANELAS 0,3953
260515 DORMENTES 0,3988
260690 IGUARACI 0,4020
260560 FLORES 0,4046
260392 CARNAUBEIRA DA PENHA 0,4074
260570 FLORESTA 0,4097
260530 EXU 0,4183
261440 SOLIDÃO 0,4247
260580 FREI MIGUELINHO 0,4248
260860 LAGOA DO OURO 0,4255
260180 BETÂNIA 0,4283
261260 SANTA MARIA DA BOA VISTA 0,4484
260710 INGAZEIRA 0,4607
261255 SANTA FILOMENA 0,4692
261040 PARNAMIRIM 0,4753
261153 QUIXABA 0,4756
261480 TACARATU 0,4766
261390 SERRA TALHADA 0,4780
260980 OROCÓ 0,4785
260250 BREJINHO 0,4976
260020 AFRÂNIO 0,5010
260930 MIRANDIBA 0,5142
260970 OROBÓ 0,5324
261430 MOREILÂNDIA 0,5399
260805 JATOBÁ 0,5453
261247 SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE 0,5534
261570 TRIUNFO 0,6056
261610 VERDEJANTE 0,6265
261510 TEREZINHA 0,6499
Tabela B3 – Classificação dos municípios com grave vulnerabilidade socioeconômica para o ano de
2000.

Cod. Geográfico Município Município IVSp


260160 BELÉM DO SÃO FRANCISCO 1,0000
45

Tabela B4 – Classificação dos municípios com baixa vulnerabilidade socioeconômica para o


ano de 2010.

Cod. Geográfico Município Município IVSp


260915 MANARI 0,0000
260840 JUREMA 0,0497
261580 TUPANATINGA 0,0568
260320 CAETÉS 0,0586
260825 JUCATI 0,0696
261030 PARANATAMA 0,0881
261120 POÇÃO 0,0883
261510 TEREZINHA 0,0931
260650 IATI 0,1034
260330 CALÇADO 0,1047
260050 ÁGUAS BELAS 0,1085
260280 BUÍQUE 0,1091
260860 LAGOA DO OURO 0,1184
260750 ITAÍBA 0,1236
260700 INAJÁ 0,1315
260392 CARNAUBEIRA DA PENHA 0,1333
261255 SANTA FILOMENA 0,1368
261245 SANTA CRUZ 0,1410
260380 CAPOEIRAS 0,1423
261010 PALMEIRINA 0,1537
260830 JUPI 0,1551
260800 JATAÚBA 0,1554
260370 CANHOTINHO 0,1601
260670 IBIRAJUBA 0,1649
261470 TACAIMBÓ 0,1654
260415 CASINHAS 0,1680
261618 VERTENTE DO LÉRIO 0,1692
260870 LAGOA DOS GATOS 0,1703
260730 IPUBI 0,1712
261230 SALOÁ 0,1733
260100 ANGELIM 0,1741
260240 BREJÃO 0,1753
261020 PANELAS 0,1799
261320 SÃO JOÃO 0,1799
261080 PEDRA 0,1831
261330 SÃO JOAQUIM DO MONTE 0,1902
260470 CORRENTES 0,1925
260490 CUMARU 0,1967
260200 BODOCÓ 0,1972
260180 BETÂNIA 0,2009
260210 BOM CONSELHO 0,2033
260560 FLORES 0,2057
261440 SOLIDÃO 0,2069
46

261270 SANTA MARIA DO CAMBUCÁ 0,2076


260250 BREJINHO 0,2141
261210 SALGADINHO 0,2145
261400 SERRITA 0,2240
260530 EXU 0,2253
261153 QUIXABA 0,2284
260630 GRANITO 0,2324
260390 CARNAÍBA 0,2324
260340 CALUMBI 0,2331
261280 SANTA TEREZINHA 0,2359
260580 FREI MIGUELINHO 0,2436
260930 MIRANDIBA 0,2441
260980 OROCÓ 0,2466

Tabela B5 – Classificação dos municípios com média vulnerabilidade socioeconômica para o


ano de 2010.
Cod. Geográfico Município Município IVSp
260690 IGUARACI 0,2535
260770 ITAPETIM 0,2552
260060 ALAGOINHA 0,2569
261430 MOREILÂNDIA 0,2634
261170 RIACHO DAS ALMAS 0,2644
261610 VERDEJANTE 0,2644
260080 ALTINHO 0,2666
261040 PARNAMIRIM 0,2688
260810 JOÃO ALFREDO 0,2707
260710 INGAZEIRA 0,2720
261600 VENTUROSA 0,2720
261480 TACARATU 0,2731
260660 IBIMIRIM 0,2739
261200 SAIRÉ 0,2740
260430 CEDRO 0,2750
260020 AFRÂNIO 0,2757
260515 DORMENTES 0,2762
260350 CAMOCIM DE SÃO FÉLIX 0,2774
261260 SANTA MARIA DA BOA VISTA 0,2804
261240 SANHARÓ 0,2862
260260 BREJO DA MADRE DE DEUS 0,2880
261247 SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE 0,2899
260310 CACHOEIRINHA 0,2900
260220 BOM JARDIM 0,2969
260970 OROBÓ 0,2970
261300 SÃO BENTO DO UNA 0,3048
261350 SÃO JOSÉ DO BELMONTE 0,3127
261520 TERRA NOVA 0,3141
47

261620 VERTENTES 0,3151


261050 PASSIRA 0,3173
260875 LAGOA GRANDE 0,3186
260030 AGRESTINA 0,3225
260740 ITACURUBA 0,3226
260990 OURICURI 0,3366
261310 SÃO CAITANO 0,3521
260300 CABROBÓ 0,3553
261460 TABIRA 0,3578
260450 CHÃ GRANDE 0,3594
261560 TRINDADE 0,3608
260500 CUPIRA 0,3649
260510 CUSTÓDIA 0,3705
260110 ARARIPINA 0,3818
261590 TUPARETAMA 0,3842
260880 LAJEDO 0,3843
261090 PESQUEIRA 0,3905
261360 SÃO JOSÉ DO EGITO 0,3965
261410 SERTÂNIA 0,4027
260160 BELÉM DO SÃO FRANCISCO 0,4046
261570 TRIUNFO 0,4173
260190 BEZERROS 0,4230
261500 TAQUARITINGA DO NORTE 0,4386
261100 PETROLÂNDIA 0,4404
260570 FLORESTA 0,4431
260805 JATOBÁ 0,4596
261450 SURUBIM 0,4692
260010 AFOGADOS DA INGAZEIRA 0,4815
260170 BELO JARDIM 0,5006

Tabela B6 – Classificação dos municípios com grave vulnerabilidade socioeconômica para o ano de
2010.

Cod. Geográfico Município Município IVSp


261220 SALGUEIRO 0,5476
260640 GRAVATÁ 0,5516
261390 SERRA TALHADA 0,5675
261540 TORITAMA 0,6006
260120 ARCOVERDE 0,6055
261250 SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 0,6294
260600 GARANHUNS 0,6791
261110 PETROLINA 0,9650
260410 CARUARU 1,0000
48

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