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00.
Ferreira, António
ooi A Castro
JÚLIO DANTAJ
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L BRASÍLIA
SOCIEDADE EDITORA
LISBOA
LIVRARIA ACADÉMICA
Q. Q.u&dti da Silo a
R. Mártires da Liberdade, 10
-PORTO
Telefone 2 5988
LIVROS USADOS
COMPRA E VENDE
n CASTRO
OBRAS DE JÚLIO DANTAS
POESIA
CNjida (1896) — 2." edição.
Sonetos (1916) —
a
edição. 3.
PROSA
Outros tempos, inquéritos médicos às genealogias reais
portuguesas, etc. (1909) 2.
a
edição augmentada. —
Figuras de ontem e de hoje (1914) 2 * edição. —
Pátria Portuguesa (19 141 —
4.» edição, no prelo.
Espadas e — edição.
Rosas (1919) 3.
a
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JÚLIO DANTAS
Sócio efectivo da Academia das Sciências de Lisboa
Da Academia Brasileira de Letras
A CASTRO
Adaptação, em 4 actos, da CASTRO, de António Ferreira
LIMO*
PORTUOAL- BRASIL LIMITADA
SOCIEDADE EDITORA
58 — RUA OARRETT —W
•IO DE JANEIRO
COMPANHIA EDITORA AMERICANA
LIVRARIA PRANCISCO AIVE»
92ÒI
Fôct
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Reservados lodos os direitos de reprodução em
Portugal, conforme preceituam as disposições do
Código Civil Português ; no Brasil, nos termos do
convénio de 9 de Setembro de 1889 e lei n.° 2 577,
de 17 de Janeiro de 1912 nos países convenciona-
;
JÚLIO DANTAS.
FIGURAS
século xiv
PRIMEIRO ACTO
! !
ACTO
A scena passa-se na Quinta-do -Pombal, perto dos
paços de Santa-Clara, em Coimbra. Na névoa doirada
da manhã adivinham-se os gigantes do convento de
claristas que Santa Isabel fundou. Junto da fonte-dos-
Amores, que sussurra no silêncio e na sombra, uma
grande cadeira gótica repousa sobre um tapete mou-
risco. E' nessa cadeira que está INÊS, ao levantar do
pano, tendo, assentado aos pés numa almofada de bro-
cado, um escudeiro moço, quási uma criança, que toca
alaúde. As donzelas e cuvilheiras da «Colo de Garça»
colhem flores e riem, ao F., entre o arvoredo. São elas
que constituem o coro da tragédia. — Música de scena.
— Manhã.
SCENA I
INÊS
AMA
INÊS
AMA
INÊS
INÊS
AMA
INÊS
18 A Castro
AMA
INÊS, erguendo-se
A Castro 19
AMA
LNÊS
Tomei os filhos
20 A Castro
AMA, chorando
INÊS
Assim disse,
Ama.
!
A Castro 21
AMA
Eêle?
INÊS
Rainha!
! . ! !
22 A Castro
INÊS, em êxtase
Rainha
AMA
INÊS
INÊS
SCENA II
Inês!
Ó meu Infante!
24 A Castro
Vai, Inês!
Meu Infante
INFANTE
Vive leda !.
A Castro 25
SCENA III
O INFANTE, o AIO
INFANTE
26 A Castro
Dize, amigo.
Arrancam-me as entranhas. Que me querem?
Essa gente que quer, que assim me mata?
AIO
INFANTE
AIO
Vêr-te-ías cego.
INFANTE
Tu?
A Castro 27
ATO
INFANTE
Também tu me persegues?
Aconselho-te;
Guio a tua alma, meu senhor Infante.
28 A Castro
INFANTE
À Castro 20
AIO
INFANTE, violento
Basta!
Deus!
INFANTE
Basta
Não te pedi conselho ! Vai
: ! !!
50 A Castro
AIO, exortando-o
Infante
fonte
SCENA IV
Em ti.
SCENA I
olhando o REI
36 A Castro
Nunca seguros.
Quem mais deseja, muitas vezes se acha
Triste e enganado: poucas vezes dorme,
Temendo o fogo, o vento, o ar, as sombras;
Temendo os homens.
Rei poderoso, tu porque desejas
.
A Castro 37
SCENA II
38 A Castro
almofada
PACHECO
A Castro 39
a meio da scena
COELHO
PACHECO
40 A Castro
GONÇALVES
Senhor, justiça!
REI
COELHO
GONÇALVES, concluindo
E tudo é feito.
REI
Matar Inês?
PACHECO
REI
COELHO
Pode um rei
REI
PACHECO
REI
PACHECO
PACHECO
A morte.
A morte.
GONÇALVES
A morte.
REI
COELHO
A Castro 43
REI
PACHECO
Não o temos.
REI
PACHECO
Queimá-lo-hão.
REI
COELHO
O amor Vôa.
PACHECO
44 A Castro
REI
COELHO
GONÇALVES, sombrio
Deus o quer
REI, erguendo-se
PACHECO
REI
COELHO
REI
Terminante .
PACHECO
Não és justo!
Vês, poderoso rei, vês com os teus olhos
A peçonha cruel, que Vai lavrando
A Castro 47
GONÇALVES
REI
COELHO
REI
SCENA III
O REI, só
A Castro 49
í)0 A Castro
SCENA IV
PACHECO
Meu Senhor!
Vamos
SCENA I
54 A Castro
INÊS
A Castro 55
esperança
Mas vivereis,
56 A Castro
SÇENA II
OS MESMOS, a AMA
INÊS
Ó minha ama
Vi a morte esta noite, crua e fera!
A Castro 57
58 A Castro
AMA
INÊS
AMA
INÊS
A Castro 59
AMA
É o meu Infante?
AMA
60 A Castro
AMA
Às crianças
SCENA III
a DONZELA,
l. corifeu do coro, entrando preci-
m
Ah! Senhora! Senhora! Tristes novas,
Novas cruéis te trago, Dona Inês!
Minha ama!
AMA, às donzelas
INÊS, á I
a
DONZELA
Fala!
a
l. DONZELA, chorando
INÊS, às donzelas
1." DONZELA
A tua morte.
a
l. DONZELA
1
E a ti, que eles procuram!
AMA, transida
Deus do ceu!
a
l. DONZELA
INÊS, chorando
Coitada!
Só, triste, perseguida! — Ah, meu senhor,
Onde estás que não Vens?
El-Rei me busca?
a
l. DONZELA
El-Rei.
INÊS
l.a DONZELA
AMA
INÊS
Ama, foge!
Foge desta ira grande, que nos busca!
Eu fico. Fico só, — mas inocente.
As trombetas soam, mais perto.
66 A Castro
SCENA IV
A Castro 67
Filhos tristes,
Vedes aqui o pai de Vosso pai
Eis aqui vosso avô, nosso senhor.
Beijai-lhe a mão, pedi-Ihe piedade
De vossa pobre mãi!
INÊS
Meu senhor!
Esta é a mãi de teus netos. Estes são
Filhos daquele filho que tanto amas!
Esta é aquela coitada mulher fraca
Contra quem vens armado de crueza.
Quizeste-te informar de minhas culpas
Por ti mesmo, senhor. Eu to agradeço.
Então, senhor!
REI, a INÊS
INÊS
Deus poderoso,
Para que deste coração aos reis?
! !
70 A Castro
Apontando-lhe o oratório :
Não! Senhor!
Meu rei, meu pai, ouVe-me tu primeiro!
^__ A Castro 71
72 A Castro
Ó mulher forte
Venceste-me. Abrandaste-me. Eu te deixo.
Vive, emquanto Deus quer!
Senhor!
Senhor!
A Castro 73
COELHO, ao REI
A que vieste?
Para que nos armámos, afinal,
REI
GONÇALVES
Tu és rei
74 A Castro
REI, erguendo-se
Basta! Deixai-me!
Eu não mando, nem vedo. Deus o julgue.
A Castro 75
A' morte!
l.
a DONZELA, debatendo-se entre os braços
de homens que a agarram, e atirando-se aos pés do REI
E não corres. ..
Horror!
! !
76 A Castro
Justiça é feita,
Cai o pano
QUARTO ACTO
ACTO IV
SCENA I
INFANTE, os monteiros
Mercês.
A Castro éi
SCENA II
82 À Castro
MENSAGEIRO
Triste mensageiro
INFANTE
MENSAGEIRO
INFANTE
A Castro 83
MENSAGEIRO
Senhor Infante,
E' morta Dona Inês, que tanto amavas.
Deus !
— Inferno — Ah,
! Inês ! Inês ! Inês
MENSAGEIRO, sucumbido
INFANTE, sacudindo-o
E morta?
84 A Castro
MENSAGEIRO
Sim.
INFANTE
Quem ma matou?
MENSAGEIRO
Chora, convulsivamente.
MENSAGEIRO
86 A Castro
INFANTE
Tristes honras
Erguendo-se :
A Castro 87
Arrancando a espada:
De mim! —
Amigos, já não tenho pai!
FIM
. :
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