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PLANO DE TRABALHOS DE DOUTORAMENTO EM

ENGENHARIA ALIMENTAR

Jorge Gomes Lopes Barros

2020
PLANO DE TRABALHOS DE DOUTORAMENTO

Valorização Sustentável de Frutos do Embondeiro (Adansonia digitata L.)


para Utilizações Alimentares e Nutracêuticas

Aluno: Jorge Gomes Lopes Barros

Área Disciplinar: Engenharia Alimentar

Equipa de orientação:

Suzana Ferreira Dias, Professora Associada com Agregação, Instituto


Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. (C. vitae em
anexo)

Natália de Melo Osório, Professora Adjunta Convidada, Escola Superior de


Tecnologia do Barreiro, Instituto Politécnico de Setúbal, Barreiro, Portugal.
(Doutorada em Engenharia Alimentar, Instituto Superior de Agronomia)

Carla Tecelão, Professora Adjunta, Escola Superior de Turismo e Tecnologia


do Mar, Instituto Politécnico de Leiria, Peniche, Portugal. (Doutorada em
Engenharia Alimentar, Instituto Superior de Agronomia)

PALAVRAS-CHAVE: Alimentação; alimento funcional; compostos bioactivos;


embondeiro; fenóis; óleo; valorização.

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SUMÁRIO

O objectivo principal deste projecto de doutoramento consiste em encontrar


alternativas às utilizações convencionais do fruto do embondeiro (Adansonia
digitata L.) em Angola, para a sua valorização sustentável e utilização alimentar
e nutracêutica, através de processos amigos do ambiente. O óleo será extraído
das sementes por técnicas de extracção não poluentes, nomeadamente
prensagem e pela técnica inovadora de extracção aquosa com auxílio de
enzimas. Este óleo será utilizado directamente para a alimentação humana
e/ou para fins farmacêuticos ou cosméticos. A casca do fruto do embondeiro e
o bagaço das sementes resultante da extracção do óleo são considerados
resíduos e sub-produtos do processamento do fruto do embondeiro. Estes
materiais serão utilizados como fonte de antioxidantes e de outros compostos
bioactivos para incorporar directamente nos óleos vegetais consumidos em
Angola (e.g. amendoim, girassol e soja) e aumentar a sua resistência à
oxidação e melhorar as suas propriedades funcionais e nutricionais. A polpa do
fruto será também valorizada como fonte de compostos bioactivos. A extracção
dos compostos bioactivos para os óleos será feita através de tecnologias
“verdes” como sejam a extracção por ultra-sons e/ou por etanol (um solvente
não tóxico de origem biológica- fermentação). Com este projecto de
doutoramento, será criado um processo integrado sustentável para valorização
do fruto de embondeiro, que segue o conceito da economia circular.

ABSTRACT

Sustainable valorization of Baobab (Adansonia digitata L.) fruits for food


and nutraceutical uses

The main objective of this PhD project is to find alternatives to the conventional
uses of Baobab (Adansonia digitata L.) fruits, in Angola, for their sustainable
valorization for food and nutraceutical purposes, using environmentally friendly
processes. The oil will be extracted from the seeds using non-pollutant
extraction techniques, namely pressing and the innovative technique of
aqueous enzyme-assisted extraction. This oil will be used directly as edible oil

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and/or for pharmaceutical or cosmetics uses. The fruit shells and the extracted
seed pomace are considered residues and by-products from baobab fruit
processing. These materials will be used as source of antioxidants and
bioactive compounds to incorporate directly in the vegetable oils currently
consumed in Angola (e.g. peanut, soybean and sunflower oils) to increase their
resistance to oxidation and their functional/nutritional properties. The fruit pulp
will also be valorized as source of bioactive compounds. This extraction will be
carried out by green technologies namely by ultrasound-assisted extraction
and/or ethanol extraction (a non toxic solvent from biologic origin- fermentation).
With this PhD program, an integrated sustainable process for the valorization of
Baobab fruits will be implemented, following the concept of circular economy.

1. ESTADO DA ARTE

As alterações climáticas Mundiais são responsáveis pelo aumento da


desertificação, associada a um aumento da pobreza e da fome nas populações
das zonas afectadas pela seca. O uso sustentável de recursos naturais locais e
a valorização de agro-resíduos e de sub-produtos, geralmente não utilizados e
causadores de problemas ambientais, vai contribuir para mitigar este problema.

Na África Sub-Saariana, o embondeiro (Adansonia digitata L., família


Malvacea) é uma árvore de fruto muito importante em termos de nutrição e de
segurança alimentar (“food security”) das populações rurais. É uma árvore bem
adaptada a regiões semi-áridas e semi-húmidas da África Sub-Saariana,
tolerante a altas temperaturas e à seca. Consiste numa árvore multi-usos
porque fornece produtos para a alimentação humana e animal e também para
fins não alimentares (e.g. medicamentos e cosméticos).

Os frutos do embondeiro, conhecidos por múcua ou "mukua", pesam cerca de


1,5 kg e apresentam uma casca aveludada. No seu interior, existe uma polpa
seca e ácida com sementes de grandes dimensões. A polpa pode ser utilizada
para preparar vários tipos de alimentos como sejam bebidas, após
solubilização em água ou leite, sorvetes ou outros alimentos, ou pode ser
fermentada e utilizada para fabrico de cerveja artesanal (Danbature et al.,

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2013). A polpa é muito rica em vitamina C (150-500 mg/100 g), cálcio, potássio
e fibra dietética (Chadare et al., 2009). Considerando a ingestão diária
recomendada (RDI, “recommended daily intake”) de vitamina C, um consumo
diário de 20 g de polpa de fruto por uma criança (4-8 anos) representa pelo
menos 143 % da RDI, enquanto o consumo de 40 g por uma mulher grávida
cobre entre 84 % e 141 % das suas necessidades diárias (Chadare et al.,
2009). Contudo, a sua composição varia muito com as proveniências. Em
amostras da Tanzânia, Zâmbia, Quénia, Malawi e Mali, o teor de proteína bruta
variou entre 1,86 % (ms.) no Mali e 2,24 % na Zâmbia, enquanto o teor de fibra
bruta variou entre 6,69 % no Mali e 8,83 % no Quénia (Muthai et al., 2017). A
polpa contém ainda macroelementos (Ca, K, Mg, Na e P) e microelementos
(Fe, Cu, Mn and Zn) minerais importantes, sendo o K, Ca e o Mg os mais
importantes (Muthai et al., 2017). A múcua é, pois, um potencial candidato para
o mercado dos alimentos funcionais devido ao seu elevado teor em vitamina
C e uma capacidade antioxidante muito elevada, a qual é muito superior à de
outros frutos considerados como tendo elevada capacidade antioxidante. É
também uma fonte de micronutrientes e de fibras solúveis com efeitos pré e
probióticos reconhecidos. Além destas propriedades, quando reduzida a pó,
pode ser utilizada como espessante devido ao seu elevado teor em pectinas e
fibras (Kamatou et al., 2011). Tanto a FDA (US Food and Drug Administration)
como a União Europeia reconheceram a polpa da múcua como suplemento
alimentar (Kamatou et al., 2011).

As sementes podem ser consumidas cruas ou tostadas, como um “snack”,


porque apresentam um aroma a noz e podem ser usadas como substituto do
café e do amendoim (Dass et al., 2013; Muthai et al., 2019). São ricas em óleo,
proteínas, hidratos de carbono e fibra (Danbature et al., 2013; Cissé et al.,
2018; Muthai et al., 2017, Muthai et al., 2019). Muthai et al. (2017) reportaram
teores de óleo entre 11,8 e 12,67 % (ms.) em sementes de frutos da África sub-
Saariana, dependendo das características genéticas e das condições edafo-
climáticas em que as árvores se encontravam. No mesmo estudo, os teores de
proteína variaram de 12,69 % no Mali a 15,18 % no Malawi, enquanto o teor de
fibra foi de cerca de 23 % em todas as amostras e o teor de hidratos de
carbono variou de 61,75 % na Tanzânia a 65,69 % no Mali. Danbature et al.

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(2014) reportaram valores de 24,7% de gordura, 20,13 % de proteína, 39,9 %
de hidratos de carbono e 7,89 % de fibra, em sementes provenientes da
Nigéria para consumo doméstico e utilização industrial. A presença de Ca, K,
Mg, Na, P, Cu, Fe, Mn e Zn nas sementes de múcua é também importante: o
potássio é o macroelemento maioritário, seguido do P, Mg e Ca. O ferro e o
cobre são os microelementos mais abundantes na sua composição mineral
(Muthai et al., 2017).

O óleo pode ser extraído das sementes por via mecânica (prensagem) ou por
solvente orgânico e ser usado para a alimentação ou para fins cosméticos e
medicinais (Muthai et al., 2019). Trata-se de um óleo muito estável com prazos
de validade de 2 a 5 anos. Este óleo é rico nos ácidos palmítico (15-20 %),
oleico (32-39 %), e linoleico (19-28 %), apresentando também ácido esteárico e
ácido alfa-linolénico em teores inferiores a 2 %, conforme descrito por Muthai et
al. (2019) em amostras de óleo do Quénia, Tanzânia, Malawi, Zâmbia,
Zimbabwe e do Mali. Devido ao elevado teor em ácido palmítico e em ácido
oleico, este óleo tem sido altamente usado para fins farmacêuticos e
cosméticos. Apresenta também elevados teores em compostos fenólicos, que
lhe confere uma elevada capacidade antioxidante para além de benefícios para
a saúde e farmacêuticos. O potencial antioxidante deste óleo mostrou
depender do método de extracção utilizado. Cissé et al (2018) observaram que
as propriedades bioactivas eram melhor preservadas quando a extracção se
faz por prensa a frio e não por solvente. O óleo das sementes de múcua é
também rico em vitaminas A, D, E e F (Cissé et al., 2018),o que lhe confere um
elevado preço de mercado. Em 2011 no Zimbabwe, este óleo tinha um preço
de 5 USD/L (Vermaak et al., 2011).

As cascas e as sementes de múcua são consideradas um desperdício do


processamento do fruto, bem como o bagaço obtido da prensagem mecânica
das sementes para extração de óleo, que normalmente é subutilizado. A
valorização desses materiais é um desafio com benefícios económicos e
ambientais. As cascas do fruto apresentam maior teor fenólico total (CPT) e
flavonóides totais (CPT) e capacidade antioxidante do que as sementes e polpa
do fruto (Ismail et al., 2019). Além disso, os extractos de cascas de múcua
mostraram um grande potencial no tratamento de diabetes tipo 2 (Ismail et al.,

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2019). Assim, a casca de múcua pode ser uma fonte de antioxidantes para uso
alimentar e farmacêutico.

Segundo o nosso conhecimento, faltam estudos sobre a caracterização e a


valorização de frutos de embondeiro em Angola. Portanto, a busca de formas
alternativas de valorização destes frutos, seguindo um sistema de economia
circular, é de extrema importância para melhorar as condições de vida da
população em geral e principalmente da população rural, uma vez que serão
desenvolvidos novos modelos de negócios para promover o
empreendedorismo na população rural jovem, criando novos empregos,
principalmente para jovens e mulheres, contribuindo assim para a fixação da
população nas áreas rurais. A valorização dos produtos de múcua deve ser
considerada para reduzir a fome e melhorar a nutrição nos países africanos
(Muthai et al., 2017), nomeadamente em Angola.

2. OBJECTIVOS:

O objectivo principal deste projecto de doutoramento consiste em encontrar


alternativas às utilizações convencionais do fruto do embondeiro (Adansonia
digitata L.) em Angola, para a sua valorização sustentável e utilização alimentar
e nutracêutica, através de processos amigos do ambiente.

Objectivos específicos:

1. Caracterização dos frutos do embondeiro de diferentes regiões de Angola


(composição química e nutricional da casca, polpa e semente e avaliação do
seu teor em compostos bioactivos e capacidade antioxidante);

2. Extracção do óleo das sementes do fruto, através de processos não


poluentes (prensagem e utilização de extração aquosa facilitada por ultra-
sons ou micro ondas e enzimas “ultrasound or microwave aqueous-
enzymatic assisted extraction”) e sua caracterização;

3. Valorização das cascas do fruto, do bagaço obtido após extracção do óleo,


e da polpa do fruto como fontes de antioxidantes e de outros compostos
bioactivos;

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4. Suplementação de óleos vegetais refinados usados para alimentação em
Angola com compostos bioactivos e antioxidantes extraídos das diferentes
partes do fruto.

3. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS - METODOLOGIAS

Trata-se de um projeto de três anos que compreende as seguintes tarefas


alinhadas com os seus objectivos específicos (cronograma em anexo):

Tarefa 1: Caracterização dos frutos do embondeiro de diferentes regiões


de Angola

Serão colhidos frutos maduros e saudáveis de diferentes regiões de Angola os


quais serão avaliados quimicamente relativamente à sua composição
centesimal (água, fibra, hidratos de carbono, lípidos, proteína bruta e cinza) e
valor nutricional de cada parte componente (casca, polpa e semente), através
das metodologias descritas na bilbiografia (Danbature et al., 2014).

Com estes resultados pretende-se avaliar da variabilidade na composição dos


vários componentes dos frutos obtidos de embondeiros de diferentes regiões e
condições edafo-climáticas.

Tarefa 2: Extracção do óleo das sementes do fruto e sua caracterização

As sementes de diferentes amostras de frutos (Tarefa 1) serão separadas,


lavadas para remover a polpa e secas em estufa a 65 °C durante 24 h. Após a
secagem, as sementes serão moídas grosseiramente num moínho de facas e
posteriormente sujeitas à extracção do oleo (Cissé et al., 2018).

A extracção do óleo da semente do fruto do embondeiro irá realizar-se


recorrendo a diferentes metodologias convencionais e alternativas mais
sustentáveis e amigas do ambiente. As metodologias convencionais serão i) a
extracção mecânica por prensagem a frio e a ii) extracção por solvente com n-
hexano usando o método de extracção por Soxhlet (AOAC, 1997). Nas

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metodologias alternativas, irão optimizar-se as condições de extracção em
processos de iii) extracção aquosa com a adição de complexos enzimáticos
constituídos por celulases, hemicelulases e pectinases com o objetivo de
hidrolisar e degradar a parede celular para facilitar a libertação do óleo do meio
intracelular (Goula et al., 2018); iv) extracção aquosa com a adição de
complexos enzimáticos em meio sujeito a ondas ultrassónicas (Goula et al,
2018; Nde e Foncha, 2020) e v) extracção assistida por microondas de acordo
com a metodologia descrita em Nde e Foncha (2020).

O rendimento de cada processo de extracção será determinado e o óleo obtido


caracterizado em termos de: i) determinação do perfil de ácidos gordos por
cromatografia gasosa capilar; ii) determinação da acidez; iii) determinação dos
produtos de oxidação primários e secundários por espetrofotometria
ultravioleta; e iv) determinação da cor e características cromáticas; compostos
fenólicos totais e capacidade antioxidantes (métodos FRAP, DPPH e ABTS).

Como resultado desta tarefa pretende-se selecionar a metodologia mais


adequada para o processo de extracção do óleo tendo em conta o rendimento
do processo, a qualidade do óleo obtido, os custos e o impacto ambiental de
todo o processo.

Tarefa 3: Avaliação do potencial das cascas do fruto, do bagaço obtido


após extracção do óleo, e da polpa do fruto como fontes de antioxidantes
e de outros compostos bioactivos

O teor de compostos fenólicos totais será avaliado pelo método de Folin-


Ciocalteau, os teores de flavonoides e de carotenoides serão avaliados
espectrofotometricamente.

O potencial antioxidante das cascas do fruto, do bagaço obtido após extracção


do óleo, e da polpa do fruto será avaliado in vitro através das metodologias de
eliminação do radical DPPH, e de ensaios do poder antioxidante de redução
férrica (FRAP) e ABTS.

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Tarefa 4: Suplementação de óleos vegetais com compostos bioactivos e
antioxidantes extraídos das diferentes partes do fruto.

Será realizada a suplementação de óleos vegetais refinados usados para


alimentação em Angola (e.g. óleo de amendoim, soja e girassol) com
compostos bioactivos e antioxidantes extraídos das diferentes partes do fruto,
avaliadas na tarefa 3. Os materiais com maior capacidade antioxidante e mais
ricos em compostos bioactivos serão secos, introduzidos nos óleos e o sistema
será sujeito a tratamentos por ultrassons para extracção directa de compostos
fenólicos para os de óleos (Medina-Torres et al., 2017). Serão optimizadas as
condições de extracção (concentração de biomassa adicionada ao óleo, tempo
de tratamento, frequência e amplitude das ondas). Será feita também a
extracção por etanol em aparelho de Soxhlet. No final da extracção, o etanol
será evaporado e os extractos obtidos serão incorporados nos óleos. As
concentrações dos extractos serão também optimizadas.

Após os tratamentos por ultrassons ou a adição dos extractos de antioxidantes,


os óleos obtidos serão avaliados em termos da sua estabilidade oxidativa
(FRAP, DPPH, e por aquecimento acelerado em estufa- Teste de estufa de
Schaal).

Para cada óleo, selecionar-se-á o tipo de tratamento mais eficaz para aumentar
o seu valor biológico e a sua estabilidade oxidativa, e como tal o seu prazo de
validade. Estes dois aspectos são muito importantes do ponto de vista
nutricional e económico.

Tarefa 5: Escrita da tese e dos artigos

Ao longo da tese, Jorge Barros escreverá os artigos científicos sobre os


resultados obtidos e nos últimos 6 meses, dedicar-se-á à escrita da dissertação
e doutoramento.

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4. RESULTADOS ESPERADOS, INCLUINDO PUBLICAÇÕES,
COMUNICAÇÕES, ETC.

A temática desta tese enquadra-se nos seguintes Objectivos de


Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pelas Nações Unidas em
2015 para a Agenda 2030, nomeadamente:

Obj. 1) Erradicar a pobreza; Obj. 2) Erradicar a fome; Obj.. 8) Tabalho digno e


crescimento económico; Obj. 11) Cidades e comunidades sustentáveis; Obj.
12) Produção e consumo sustentáveis; e Obj 13) Acção climática.

Este projecto de doutoramento permitirá ao Eng. Jorge Barros, Mestre em


Engenharia Alimentar, desenvolver competências a nível da investigação
aplicada à área da Engenharia Alimentar, numa perspectiva de valorização de
resíduos e de subprodutos alimentares em geral, utilizando técnicas não
poluentes e sustentáveis, e não apenas focada no fruto do embondeiro, que é o
objecto de estudo desta tese.

Está prevista a escrita de um mínimo de quatro artigos científicos a publicar


em revistas internacionais com revisão por pares, referidas no ISI Web of
Knowledge, apresentação de três comunicações em congressos em Portugal
e internacionais (uma/ano), e a elaboração de dois relatórios intercalares, ao
final de cada ano, sobre os trabalhos realizados no âmbito do doutoramento,
para além da escrita final da tese de doutoramento.

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Referências bibliográficas

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Online: 2157-9458. ISSN Print: 2157-944X

Danbature, W.L., Fai, F.Y., Usman, A., Ayim, P. (2014) Nutritional evaluation of
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Nde, D.B., Foncha, A.C. (2020) Optimization methods for the extraction of
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Muthai et al., (2017). Nutritional variation in baobab (Adansonia digitata L.) fruit
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Muthai, U.K. et al. (2019). Quantitative variation of fatty acid composition in


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(2011) African seed oils of commercial importance- cosmetic applications.
South African Journal of Botany, 77: 920-933.

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Anexo - Cronograma de trabalhos
O início dos trabalhos para o presente Doutoramento, está previsto para o dia 1 de Setembro de 2020 e com uma duração de 3 anos.
Tarefa
Ano Ano 1 Ano 2 Ano 3
Tarefa
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tarefa 1:
Caracterização dos
frutos
Tarefa 2: Extracção
do óleo das
sementes do fruto
e sua
caracterização
Tarefa 3: Avaliação
do potencial
antioxidante
Tarefa 4:
Suplementação de
óleos vegetais

Tarefa 5: Escrita de
artigos e da
dissertação de
doutoramento

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