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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO – UNIFACEMA
CURSO DE NUTRIÇÃO 2° PERÍODO

O USO DO AZEITE DE COCO BABAÇU

Kaylanne D’Maria da Silva Magalhães


Pablo Rayllan Cavalcante França
Rita de Kássia Moraes de Lima
Teresinha Alanna da Silva Araújo

CAXIAS – MA
2023
Kaylanne D’Maria da Silva Magalhães
Pablo Rayllan Cavalcante França
Rita de Kássia Moraes de Lima
Teresinha Alanna da Silva Araújo

O USO DO AZEITE DE COCO BABAÇU

Pesquisa apresentado ao Curso de


Nutrição no Centro Universitário de
Ciência e Tecnologia do Maranhão -
UniFacema, como requisito parcial para
obtenção de nota na disciplina
Fundamentos da Nutrição e Deontologia,
ministrado pela professora Magnólia
Magalhães.

CAXIAS – MA
2023
Babaçu: Principais Características

O babaçu é uma palmeira da espécie da família botânica Aracaceae. A área de


ocorrência dos babaçuais predomina em zonas de várzeas, junto do vale dos rios e,
eventualmente, em pequenas colinas e elevações (MIC, 1982). No Brasil, seu uso é
bastante difundido na Amazônia, na Mata Atlântica, no Cerrado e na Caatinga, onde
ocorre espontaneamente em vários estados. Tal palmeira é muito conhecida entre
populações tradicionais brasileiras, sendo chamada também de coco-palmeira, cocode-
macaco, coco-pindoba, baguaçu, uauaçu, dentre outros nomes (CARRAZZA et al.,
2012).

A palmeira do babaçu chega a atingir 20 metros de altura com folhas de 6


metros de comprimento pouco arqueadas. Começa a dar frutos a partir do 8º ano de
vida, mas alcança a produção máxima aos 15 anos, vivendo aproximadamente 35 anos.
Seus frutos disponíveis em até seis cachos por palmeira, agrupados de 150 a 300 coco,
podem ter entre duas a seis amêndoas em cada coco.

Embora a safra do babaçu ocorra no território maranhense, entre os meses de


setembro e março é possível colher o babaçu o ano inteiro devido à grande extensão e
dispersão das florestas e resistência dos cocos ao tempo, os quais se encontram caídos
aos pés das palmeiras (MDA, 2007 e 2009).

Importância do Babaçu

Para as famílias das regiões Norte e Nordeste do Brasil, especialmente na


região rural, o babaçu contribui em diversos aspectos de suas vidas e economia. Todas
as partes dessa palmeira são aproveitadas, seja na construção de moradias, na geração
de energia ou ainda no artesanato. No entanto, merece destaque os usos na alimentação
da amêndoa e de seu óleo, importantes fonte de nutrientes para pessoas e animais
domésticos ou de criação. São comuns a produção de uma espécie de leite e de óleo
comestível a partir das amêndoas, enquanto da polpa dos frutos, ou mesocarpo, produz-
se a farinha de babaçu, usada como um substituto da farinha de mandioca ou como
alimento para o gado. Tradicionais usos farmacêuticos são conhecidos por essas
populações, ainda que não sejam realizadas pesquisas suficientes que comprovem sua
aplicabilidade.
Os Subprodutos do Babaçu

O babaçu possui uma característica ímpar em relação a muitas outras fontes de


matéria-prima: dele se aproveita tudo. Segundo Neto (1999), o tronco é utilizado como
viga nas construções das casas. As folhas para a cobertura das casas, cercas e fabricação
de pequenos utensílios como cofos e abanos. Do coco retiram-se as amêndoas, usadas
no fabrico do óleo conhecido como azeite, o mesocarpo onde se prepara uma farinha
que tem propriedades médicas e a casca, empregada na produção de carvão. Tudo isso é
utilizado no dia-a-dia das famílias.

Segundo o MDA (2009) já foram catalogados mais de 60 subprodutos


provenientes do babaçu desde óleo, azeite e leite, para consumo in natura e para
indústrias de alimentos, material de limpeza, higiene pessoal e cosméticos, além de
carvão adubos e outros subprodutos.

Óleo de Babaçu

O esmagamento do coco babaçu produz dois tipos de óleos: um para fins


comestíveis e outro para fins industriais (óleo láurico) (DESER, 2007). Para fins
alimentares tem-se o azeite de coco, com potencial para concorrer com outro óleo
vegetal. Já para fins industriais o óleo pode assumir várias características.

É comumente empregado na fabricação de sabões, em substituição às gorduras


de origem animal e mineral, e como matéria-prima para obtenção de tensoativos para
fins industriais e cosméticos (fabricação e sabão, shampoo, loções para o corpo, etc.)
(REVILLA, 2002).

Recentemente o óleo de coco babaçu tem ganhado destaque na produção de


biocombustível. Segundo Nascimento et al. (2009) o óleo de coco babaçu possui
características interessantes para a produção de biodiesel. Informações da literatura
sobre a viabilidade econômica para a produção de energia a partir dos recursos da
biomassa disponíveis no Brasil apontam o babaçu como uma possível fonte sustentável
de biomassa para a geração de biocombustíveis (TEIXEIRA, 2005; TEIXEIRA e
CARVALHO, 2007).

Artesanalmente, as cooperativas utilizam o óleo do babaçu na fabricação de


sabão em barras, sabonetes, shampoos, azeites, dentre outros itens. Essa nova
metodologia utilizada pelas populações tradicionais tem permitido uma maior
agregação de valor aos seus produtos, bem como tem viabilizado a manutenção da
exploração do coco babaçu.

Benefícios do Uso do Óleo de Babaçu


Obtido a partir de um processo de extração artesanal, o óleo de babaçu é rico em
ácido láurico, o que o torna excelente fonte de propriedades antivirais, analgésicas e
ainda estimula o sistema imunológico. Além disso, a substância também é anti-
inflamatória, combatendo possíveis reações.

O ingrediente ajuda a regular a flora intestinal - prevenindo contra problemas


como prisão de ventre e diarreia -, contribui para aumentar a imunidade e ainda faz
maravilhas à pele! Excelente fonte de antioxidantes e vitamina E, também é indicado
para combater os efeitos dos radicais livres, e tem ação cicatrizante, deixando a pele
com aparência mais jovem e iluminada.

Ácido Láurico

O ácido láurico é um ácido graxo saturado de cadeia média (C12:0), encontrado


não somente em óleos vegetais, mas também no leite materno humano (LIEBERMAN,
ENIG e PREUSS, 2006) que vem sendo estudado quanto à sua atividade antibactericida
contra bactérias gram-positivas como a Helicobater spp apresentando rápida inativação
e baixa frequência de desenvolvimento espontâneo de resistência à atividade bactericida
(PETSCHOW, BATEMA e FORD, 1996); contra cepas de Staphylococcus aureus
apresentando efeito antimicrobiano in vitro (TANGWATCHARIN e KHOPAIBOOL,
2012); contra Propionibacterium acnes, bactéria associada ao desenvolvimento de acne,
mostrando fortes propriedades antimicrobianas tanto quanto peróxido de benzoíla, em
concentrações inibitórias mínimas, sem apresentar cito toxicidade aos sebócitos
humanos (NAKATSUJI, et al, 2009). Evidências recentes indicam que o efeito
antimicrobiano é relacionado à interferência no sinal de transdução da replicação celular
(LIEBERMAN, ENIG e PREUSS, 2006).

REFERÊNCIAS

Disponível em: file:///C:/Users/kayma/Downloads/2014_dis_akocosta.pdf Acesso em:


06 mar. de 2023.
Disponível em: https://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1729 Acesso em: 06 mar.
de 2023.
Disponível em: file:///C:/Users/kayma/Downloads/R%20-%20E%20-%20DIOGENES
%20CANARIO%20MOREIRA.pdf Acesso em: 06 mar. de 2023.
Disponível em: https://www.unitins.br/nativasdigitais/especie/babacu#:~:text=O
%20Baba%C3%A7u%20%C3%A9%20uma%20esp%C3%A9cie,conhecida%20como
%20Mata%20dos%20Cocais. Acesso em: 06 mar. de 2023.

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