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1. INTRODUÇÃO
Ao contrário das demais empresas, a Solazyme, decidiu inovar na utilização
de organismos tradicionais para produção de óleos de soja, canola, coco etc.
utilizando microalgas. O interesse para produção dos óleos através das microalgas
surgiu pelo fato dos tradicionais utilizados não apresentarem uma composição ideal
para uso qualquer e, além disso, para obter composições específicas, o processo
acaba tendo um custo elevado, é um desperdício e, em muitas vezes, requerem o
uso de produtos químicos perigosos.
Uma fábrica no Brasil iniciou suas operações no ano de 2014 em sua
capacidade máxima, que seria de 100 mil toneladas de óleo de microalgas por ano.
A empresa fechou contratos com a Unilever para utilização dos óleos na produção
de sabonetes em uma fábrica em Valinhos/SP. Contudo, seu uso vai além de
biocombustíveis e higiene pessoal. No ano de 2014, um creme anti-idade da
Algenist, uma linha de cosméticos em parceria com a Sephora, foi premiado como
melhor cosmético do ano. Além disso, a fábrica fornece lubrificantes industriais,
demonstrando a flexibilidade da Solazyme para usar sua capacidade industrial de
acordo com a estratégia comercial.
Sendo assim, neste artigo discutiremos sobre a empresa Solazyme, como é
feito esse processo, quais os benefícios do uso das microalgas e ainda
apresentando a aplicação do óleo na indústria.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Solazyme Inc.
A empresa foi fundada em 31 de março de 2003, na missão de utilizar
microalgas na produção de fontes de energia renováveis e de combustíveis
fósseis.
O foco inicial da empresa, durante os anos de 2004 e 2005 era
produzir um óleo a partir de microalgas. Futuramente, ela expandiu seu foco
para produtos de cuidados pessoais e pele. Em 2007, Solazyme recebeu uma
doação de US$2 milhões e assinou um acordo com a Chevron e começou a
operar equipamentos de fermentação industrial para produzir refinarias com o
produto inicial, o óleo de microalgas.
Em abril de 2012, iniciou-se um plano de construir uma unidade de
produção compartilhada em escala comercial no Brasil. A Bunge, parceira da
empresa, forneceria a unidade com matéria-prima de cana-de-açúcar para o
uso no processo de produção.
Por fim, em 2016 a empresa mudou seu nome para TerraVia Holdings
Inc. em março, com um foco redefinido para alimentação, nutrição e cuidados
pessoais. Os produtos anteriores (óleo industrial e produtos de combustíveis)
continuariam sob operação da Solazyme Industrials.
2.2. Microalgas
Microalgas ou também conhecidas como algas unicelulares são
microrganismos que podem ser vistos em corpos aquáticos, folhas ou caules
de vegetais. Elas são os principais integrantes do fitoplâncton encontrados
sozinhos ou em colônias que podem alcançar grandes dimensões.
Imagem 1: Microalgas
(fonte: biotecland.com)
Esse grupo de organização é considerado fundamental para a
conservação da vida humana no planeta Terra. Estudos das microalgas
realizados pela biotecnologia demonstram como esses organismos estão
sendo utilizados pelos seres humanos, acima de tudo, para melhorar sua
qualidade de vida e expandir a sustentabilidade de produções.
Além disso, estudos revelam que algumas espécies de microalgas
podem ter inúmeras utilidades para o homem. Tais grupos podem ser
utilizados para produção de biocombustíveis, por exemplo.
Em meados de 1978, estudos intensificaram pela ocorrência de mais
uma crise de petróleo. Um programa analisou mais de 3 mil tipos de
microalgas quanto à produtividade de óleo, confirmando o potencial de
diversas espécies para produção de biodiesel.
(fonte: todamatéria.com)
Em sua maioria, os óleos vegetais são compostos de triglicerídeos,
constituídos por 3 moléculas de ácidos graxos e uma molécula de glicerol.
Por serem constituídos de 3 moléculas de ácidos graxos, desempenham um
papel importante na sua formação. Os ácidos graxos são monocarboxílicos
de cadeia longa e linear, com número par de átomos de carbono.
Imagem 3: Triglicerídeos
(fonte: educação.globo.com)
4. CONCLUSÃO
Segundo Tyler Painter CFOP da empresa, a produção continuará
apenas no segmento alimentício e de cosmético, eles pararam a produção
para óleo biodiesel, já que a empresa mudou de foco e além disso, havia
incertezas acerca do mercado norte-americano.
Portanto, com o artigo pode-se perceber que o produto premiado tem
seus benefícios tanto para o meio ambiente quanto quimicamente falando,
visto que seu processo não depende de químicos nocivos que afetam o
planeta.
Ademais, seus benefícios são notórios, podendo dar enfoque à
redução de emissão de carbono, devido a tecnologia desenvolvida pela
empresa e, ainda podem ser produzidos independente de terceiros, como
estação, matéria-prima etc.
5. REFERÊNCIAS
1. https://www.epa.gov/greenchemistry/presidential-green-chemistry-challenge-2
014-greener-synthetic-pathways-award.
2. https://en.m.wikipedia.org/wiki/TerraVia.
3. https://www.biodieselbr.com/noticias/materia-prima/algas/solazyme-inicia-prod
ucao-microalgas-brasil-130614. 2014.
4. https://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobr
e-a-micro/364-o-futuro-verde-microalgas-e-biotecnologia
5. https://biotecland.com/2020/05/12/o-que-sao-microalgas/. 2020.
6. https://www.ecycle.com.br/producao-de-biocombustivel-cria-por-acidente-oleo-
comestivel-feito-de-algas/amp/
7. Carvalho, Ana Carolina de Oliveira. Características físico-químicas de óleos
vegetais comestíveis puros e adulterados. 2017.
8. Uso de microalgas para a produção de biodiesel: vantagens e limitações.
2015.
9. https://cosmeticinnovation.com.br/biotecnologia-que-cria-oleos-renovaveis-a-p
artir-de-microalgas/. 2013.
10. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/06/11/natura-faz-acordo-co
mercial-para-trocar-formula-e-usar-microalgas-em-cremes.htm. 2015.
11. https://www.wsj.com/articles/SB128390129067335287. 2010.
12. https://cosmeticinnovation.com.br/oleo-renovavel-da-solazyme-atrai-interesse-
de-grupos-quimicos/. 2013.
13. https://www.biodieselbr.com/noticias/materia-prima/algas/solazyme-abandona-
biodiesel-de-algas-e-muda-foco-para-alimentacao. 2016.