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Universidade de São Paulo

Instituto de Química de São Carlos


Departamento de Química e Física Molecular

Disciplina: 7500049

Álvaro José dos Santos Neto


CROMA-IQSC
CROMATOGRAFIA
Princípio Básico
Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma
FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).
Introdução
Características de um Pico Gaussiano
Cromatograma Esquemático
1. Fator de Retenção, k

•“Fator de retenção, k, é definido com a relação entre o tempo que o


soluto passa na fase estacionária e o tempo que ele passa na fase
móvel.

[1]

•tM = tempo que uma molécula da fase móvel passa na coluna;


denominado de “hold-up time”, tempo morto ou tempo de retenção de
um soluto não retido.
•t’R = tempo de retenção ajustado ou tempo que o soluto passa na fase
estacionária.

☞ k é adimensional, enquanto que tempo de retenção não é.

Controlado pela suficiente interação dos analitos com a


fase estacionária
2. Resolução, RS

[2]

•RS = Resolução entre dois picos; tR1 = Tempo de retenção do pico 1;


•tR2 = Tempo de retenção do pico 2; wb1 = Largura do pico 1 na base;
•wb2 = Largura do pico 2 na base.

Não confundir RS com R, fator de retardamento, o qual


fornece a fração do componente da amostra na fase móvel,
e está relacionado ao fator de retenção, k.

[3]
2. Resolução, RS
•Para 2 picos adjacentes wb1 ≈ wb2 , podendo-se escrever:

[4]

•RS valerá 1 quando ΔtR = wb2 = 4σ.


•A separação será completa com RS > 1,5.

% Separação em função de RS

RS 0,500,901,001,101,251,502,002,50
% separação 68,28 92,82 95,44 97,22 98,76 99,73 99,99 100,00
ΔtR (em σ) 2,0 3,6 4,0 4,4 5,0 6,0 8,0 10,0
2. Resolução, RS
2. Resolução, RS
2. Resolução, RS
3. Eficiência da Coluna

•A eficiência de uma coluna cromatográfica é, usualmente, medida


através do número de pratos, N, o qual mede a relação entre o tempo
de retenção de um pico e sua variância (σ ou wb ).

[5]


Quanto maior tR e menor σ (ou wb ou wh ), maior será N.

Controlado pela qualidade da coluna e do cromatógrafo


3. Eficiência da Coluna

•Outra maneira de medir-se a eficiência é através da Altura


Equivalente a um Prato, H:

[6]

H é o comprimento necessário de uma coluna para gerar um

☞ prato. Quanto maior N menor será H e mais eficiente a


coluna.
4. Fator de separação, α −
Seletividade

•O fator de separação, α, é a relação existente entre o tempo que dois


picos permanecem na fase estacionária.


[7]


Quanto maior o valor de α, mais seletiva será a fase
estacionária para aquele par de compostos.

Controlado pelas diferentes características químicas dos


analitos e fases de separação (estacionária e móvel)
4. Fator de separação, α −
Seletividade
5. Equação Mestra da
Resolução
•Dividindo numeradores e denominadores por k, e introduzindo o fator α
da equação [7]:

[13] ☞

eficiência separação retenção


k e α: são determinados por condições que afetam retenção e
equilíbrio de distribuição da amostra entre fase móvel e estacionária
composição da fase móvel; composição da fase estacionária; temperatura
N: depende da qualidade da coluna; varia com as condições instrumentais
vazão da fase móvel; comprimento da coluna; tamanho da partícula
Equação Mestra da Resolução

eficiência seletividade retenção/afinidade

Qualidade da Interação suficiente


Preferência pela a
coluna e do com a fase
fase móvel ou pela
cromatógrafo estacionária
estacionária
EFEITO DE k, α e N NA
SEPARAÇÃO
t0
A
B
inicial

varia k

aumenta α

aumenta N
Apresentar Planilha
Fundamentação Teórica

Alargamento da banda cromatográfica:


Teoria Cinética

• Por que

• E não ?!
Situação ideal
Situação real

t0 tN t0 t1 t2
Equação de van Deemter

• A = Efeito dos múltiplos caminhos


• B = Difusão molecular
• C = Resistência à transferência de massa
• µ = Velocidade linear da fase móvel
Equação de Van Deemter
(coluna empacotada)

A B C
Efeito dos múltiplos
caminhos (A)
Termo A - Efeito dos múltiplos
caminhos

• A = 2 λ dp
• λ = Fator de empacotamento
• dp = diâmetro das partículas

Partículas menores, bem empacotadas em tubo de d.i.


☞ pequeno diminuem A.
Colunas capilares abertas não apresentam o termo A pois
não há partículas de empacotamento.
Termo B - Difusão molecular
Termo B - Difusão molecular

t1 t2 t3
Termo B - Difusão molecular

• B = 2 γ DFM
• γ = Fator de tortuosidade
• DFM = Coeficiente de difusão da amostra na fase móvel
• μ = velocidade linear, cm/seg

☞ Fluxos rápidos evitam a difusão.


Termo C - Transferência de
Massa
Termo C - Transferência de
massa

• k = Fator de retenção = t’R/t0


• df = Espessura do filme da fase estacionária
• DLiq = Coeficiente de difusão da amostra na fase
líquida (FE)

Usar filme fino de baixa viscosidade espalhado


☞ uniformemente sobre um suporte sólido inerte.
Usar fluxos baixos.
Gráfico de Van Deemter

A+B/μ +Cμ


B/
μ

A
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 0%
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 5%
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 10%
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 20%
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 30%
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 40%
Efeito da redução no valor do termo C
Porcentagem de redução: 50%
Efeito da redução no valor do termo B
Porcentagem de redução: 0%
Efeito da redução no valor do termo B
Porcentagem de redução: 10%
Efeito da redução no valor do termo B
Porcentagem de redução: 50%
Efeito da redução no valor do termo B
Porcentagem de redução: 75%
EFEITO DA VELOCIDADE DA FASE MÓVEL
∙ A curva eficiência (HEP) x velocidade se torna menos
inclinada para partículas menores.
HEP (µm)

Dong, M., Today´s Chemist at Work, 2000.

Fluxo (mL/min)

∙Vazões maiores podem ser empregadas


sem perda de eficiência.
∙Resulta em uma separação mais rápida.

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