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Como considerar uma relação contratual como internacional?

Conforme dito no curso, existem diversas teorias sobre o que seria um contrato
internacional, que seriam quando:
a. envolvem regras jurídicas de Estados diferentes;
b. há um fluxo e refluxo de bens ou mercadoras com consequências recíprocas
(jurisprudência francesa);
c. há interesse do comércio internacional (AQUINO, 2012, p. 752; PINHEIRO, 1998,
pp. 379-381);
d. os domicílios dos contratantes são em Estados distintos;
e. apenas há o interesse em aplicar uma lei estrangeira (jurisprudência venezuelana);
f. há apenas a transferência de valores entre países (Collaço, 1954, p.28);
g. existem manifestação de países distintos buscando relações patrimoniais ou de
serviços (STRENGER, 1986, p. 37).
E existem ainda diversos outros posicionamentos relacionados a “o que é um contrato
internacional”. Contudo, existe um padrão nos entendimentos, relacionado à: transferência de
bens, mercadorias ou produtos; domicílio dos contratantes; local de execução do contrato;
legislação ou regra jurídica aplicada.
Em um primeiro momento pode-se pensar apenas que um contrato internacional é aquele
que regula uma relação jurídica entre países diferentes, celebrando o acordo de vontade entre
as partes. Contudo, se for analisar os outros pormenores, nem sempre será contrato
internacional por serem países distintos. Acredito, contudo, que este seja o “grosso” quando
se trata de “contratos internacionais”, mas existem essas outras situações como aplicação de
uma lei estrangeira, elementos estrangeiros ou o local de execução do contrato, que podem
ocorrer e gerar esta discussão de aplicar ou não a definição de internacional.
Dessa forma, o importante seria, sempre que ocorrer alguma situação que porventura
remeta a alguma questão estrangeira, analisar o caso pontualmente, para fins de enquadrá-lo
como internacional ou não.

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