Narr at iv a s

de via g em :
ca d o s e u u seot o d o l ó g i
U m a b r e v e r e f l e x ã o m
como fonte h i s t ó r i c a
 Livro: Les arpenteurs des confins:
explorateurs de l'intérieur de la Guyane
(1720-1860)

SARGENT LA JEAN-BAPTISTE SIMON CLAUDE TONY

HAYE PATRIS MENTELLE
(1728-1729) (1766-1767) (1767) (1769)
Fontes documentais
 Introdução
Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões
metodológicas direcionadas as narrativas de viagem em diálogo
com a dissertação de Andressa Limeira As narrativas de Algot Lange
em comunidades do Alto Solimões – Uma vila amazônica sob o olhar
do outro e o artigo de Maria Elizabeth Chaves de Mello O relato de
viagem-narradores, entre a mémoria, o fictício e o imaginário.
Os percursos analíticos desta discussão foram feitos mediante
alguns cruzamentos de perspectivas e técnicas de análise das
autoras, onde se espera traçar algumas conexões e contribuições
positivas para análise dos relatos de viajantes como fonte histórica.
Narrativas de viagem
As narrativas de viagem compõem um acervo muito vasto para o
desenvolvimento de pesquisas que procuram analisar determinados
percursos temporais do homem em espacialidades específicas. As
abordagens que as rodeiam, são direcionadas tanto ao seu trato
como fonte promissora a ser explorada, como um gênero textual
complexo.
Nesse meio, os trabalhos de críticos literários, antropólogos,
linguistas e historiadores nos conduzem à uma reflexão que as
viagens e seus relatos manifestam possibilidades únicas para se
acessar a mentalidade do indivíduo por meio de um procedimento
analítico que se empenha em investigar, nas entrelinhas do discurso,
informações refletidas de um período particular.
Cruzamentos metodológicos a partir dos
trabalhos de Andressa Almeida de Souza
Limeira e Maria Elizabeth Chaves de Mello
As maiores motivações para a escolha dos trabalhos debruçam-se, em primeiro
lugar, sobre os meios de análise das pesquisadoras: as narrativas de viagem. Em
segundo, o relato de viajante analisado na dissertação tem como recorte
espacial o espaço amazônico, mesma região a ser contemplada nos relatos de
viajantes em que analiso. E por fim, o artigo explora a segunda metade do
século XVIII com viajantes franceses.
A dissertação de Andressa Limeira trata da viagem do sueco Algot Lange na
comunidade nomeada como Remate de Males do Alto Solimões, realizada no
ano de 1910.
Já o artigo de Maria de Mello se propõe em refletir sobre o relato de viajantes
franceses (Chales La Condamine e Francis de Castelnau), a partir da segunda
metade do século XVIII e no início do século XIX.
Cruzamentos metodológicos a partir dos
trabalhos de Andressa Almeida de Souza
Limeira e Maria Elizabeth Chaves de Mello

Ambiguidade do discurso
A evocação do tempo nas narrativas
Tradução de relatos de viagem
 Conclusão
A diversidade de informações contidas nos relatos de viagem proporciona
muitas possibilidades de pesquisa, e consequentemente muitas abordagens e
metodologias próprias para seu refinamento enquanto fonte. O esforço deste
trabalho se propôs em alcançar algumas reflexões metodológicas iniciais por
meio dos dois trabalhos escolhidos, os quais ofereceram alguns procedimentos
valiosos para as narrativas de viagem de minha pesquisa. Pensar na literatura
de viagem como fonte para o historiador, implica muitos cruzamentos teóricos
e critérios de análise.
 Referências bibliográficas
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JUNQUEIRA, Mary Anne; FRANCO, Stella Maris Scatena (Org.). Cadernos de Seminários de Pesquisa. São Paulo:
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TODOROV, Tzvetan. A viagem e seu relato. Revista de Letras, p. 231-244, 2006.
MELLO, Maria Elizabeth Chaves de. O relato de viagem - narradores entre a memória, o fictício e o imaginário.
Gragoatá (UFF), v. 28, p. 141-150, 2010.
LIMEIRA, Andressa Almeida de Souza. As narrativas de Algot Lange em comunidades do Alto Solimões – uma vila
Amazônica sob o olhar do outro. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Acre, Programa de Pós-Graduação
em Letras: Linguagem e Identidade. Rio Branco, 2018.