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ZONAS DO CENTRO CIRÚRGICO

Divididas segundo nível de contaminação

I. Zona de proteção (irrestrita): vestiário, área de transferência, expurgo e corredor periférico. Nesse ambiente,
o profissional terá acesso aos materiais necessários para a circulação na zona seguinte, a zona limpa, a qual
requer paramentação especial = pijama cirúrgico, propés e touca.
II. Zona limpa (semi-irrestrita): conforto médico, secretaria, sala de recepção do paciente, sala de recuperação
pós-anestésica, almoxarifado, sala de acondicionamento de material esterilizado, serviços auxiliares e lavabos.
Máscara e óculos de proteção são colocados nessa zona, antes da antissepsia das mãos e antebraços.
III. Zona estéril (restrita): salas cirúrgicas. Requer, a utilização da máscara cirúrgica, e os itens anteriores.

ANTISSEPSIA: Conjunto de medidas utilizadas para inibir a colonização por microrganismos patogênicos, por um
determinado período de tempo, podendo ou não os destruir. Diminuição da caga microbiana em tecidos do paciente.
Higienização preventiva.

ASSEPSIA: Conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de agentes infecciosos em locais que não os
contém (ambiente asséptico). Diminuição da carga microbiana em superfícies inanimadas. Desinfecção de um local ou
objeto.

ANTISSEPSIA CIRÚRGICA

Lavar as mãos e antebraços com degermante contendo PVPI a 1% ou clorohexidina e água corrente para retirada de
sujidades. Obs: As pessoas alérgicas ao iodo deverão usar a solução determante de clorohexidina a 4%.

1. Realizar a desinquinação (lavagem básica e rápida das mãos).

2. Molhar a esponja e ensaboar as mãos e antebraços, com a parte esponjosa da escova, fazendo muita espuma para
não secar durante a escovação.

3. Com as cerdas da escova, escovar na seguinte ordem, revezando os lados: ponta dos dedos e unhas – palma das
mãos – dorso das mãos – faces medial e lateral de todos os dedos e interdigitais – punhos – antebraços e cotovelos.

4. Enxaguar mãos e antebraços, sem tocar a torneira, pia ou parede, removendo completamente a espuma, com água
corrente no sentido distal para proximal e, ao final, permanecer com os antebraços e mãos voltados para cima (acima
dos cotovelos e abaixo da altura dos ombros) - para o antisséptico escorrer em direção aos cotovelos indo da parte
mais limpar para menos limpa.

PARAMENTAÇÃO

• AVENTAL CIRÚRGICO + LUVA ÉSTERIL - essencial o cuidado para não tocar ou esbarrar em materiais
contaminados, como portas, mesas ou pessoas presentes na sala.

Obs: O circulante irá abrir o pacote estéril, onde conterá o avental cirúrgico, uma compressa para secar as
mãos e uma luva estéril de acordo com o tamanho solicitado.

A secagem da mão deve ser feita inicialmente de um lado da mão e antebraço, seguido de dobra da compressa e
secagem do outro braço, da seguinte forma:

1. Com a compressa aberta, enxugar uma mão com um lado da compressa e a outra mão com o outro lado da
compressa, de maneira a remover todo o excesso de água.

2. Deslizar a compressa de uma mão para o antebraço em movimento rotatório.

3. Dobrar a compressa, utilizando apenas uma mão, deixando a porção que foi utilizada no primeiro antebraço para
dentro.

4. Trocar de mão e deslizar a compressa pelo outro antebraço em movimento rotatório.


5. Desprezar as compressas com as mãos erguidas.

Avental cirúrgico: segurar pela face interna, deixar cair a parte inferior e introduzir os dois braços nas mangas. A
circulante da sala irá amarrar o avental pela face posterior.

Luvas estéreis:
1°) Abrir o pacote de luvas de modo a deixar os punhos voltados para a pessoa que irá calçá- las. Ter o cuidado de
afastar a aba interna do pacote sem tocar as luvas com as mãos desnudas;

2°) Retirar a luva esquerda do envelope, segurando-a pelo punho com a mão direita;

3°) Calçar a luva esquerda com o auxílio da mão direita tocando-a apenas pelo lado de dentro e mantendo a dobra do
punho;

4°) Retirar a luva direita do envelope, colocando a mão esquerda na abertura do mesmo e introduzindo os quatro
dedos sob a dobra do punho;

5°) Calçar essa luva com o auxílio da mão esquerda mantendo os dedos desta mão introduzidos na dobra e puxando
até cobrir o punho da manga do capote;

6°) Manter as mãos enluvadas para o alto (acima da cintura) e, quando não ocupadas, protegê- las com compressa
estéril ou campo estéril. Existem alguns capotes com local apropriado para o descanso e proteção das mãos enluvadas.

RECOMENDAÇÕES:

• A mão nua só deve tocar a parte interna da luva, enquanto a mão enluvada só pode tocar a parte externa;
• Se, ao calçar as luvas, os dedos entrarem trocados, só tentar corrigir após ter as duas luvas calçadas;
• Com as mãos enluvadas, evitar tocar a gola, as costas e o terço inferir do capote cirúrgico por serem áreas
consideradas “zonas perigosas” em termos de contaminação;

Para descalçar as luvas deve-se, primeiramente, dobrar o punho da luva esquerda. Com os dedos da mão esquerda
ainda enluvados, retirar a luva direita sem que esta toque a pele. Com a mão esquerda enluvada segurar a luva direita;
depois com a mão direita desnuda remover a luva esquerda, puxando-a pela dobra do punho por sobre a luva direita.
Tocar apenas a parte interna da luva esquerda.
Um aspecto importante a se tomar cuidado é com os materiais perfurocortantes, devido ao risco de acidentes e
contaminação. Os profissionais devem se atentar ao manejo cuidadoso desses instrumentos, seja ele bisturi, fios
agulhados, lâmina ou tesoura. Sempre que houver algum corte na luva, deve-se sair do campo cirúrgico e trocar a luva.
Além disso, ao final da cirurgia, o instrumentador ou os demais membros da equipe devem colocar todos os materiais
perfurocortantes na caixa destinada a eles, de cor amarela. Ao colocar na caixa, atentar para não inserir a mão dentro
do espaço e causar acidentes.

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