Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

ANA LUCIA SILVA DOS REIS

RESUMO CRÍTICO
São Luís
2021
ORTEGA Y GASSET, José. Missão do Bibliotecário. Tradução e posfácio de Antonio
Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2006. 82 p.

José Ortega y Gasset (Madrid, 9 de maio de 1883 — Madrid, 18 de


outubro de 1955) Filósofo, ensaísta, jornalista e ativista espanhol fundador da
Escola de Madrid. Tratou uma gama de assuntos articulando as mais diversas
experiências humanas através das perspectivas da fenomenologia, do historicismo
e do existencialismo.

Texto referente ao discurso que o autor Jorge Ortega y Gasset, proferiu


no congresso internacional de bibliotecários em 20 de maio de 1935.
O autor inicia o texto fazendo um comparativo da virtude hospitaleira de
povos antigos com sua atitude de abrir mão da apresentação do congresso em sua
língua oficial, a espanhola, para usar a língua do país em que era sediado o
congresso, Franca, tomando assim uma atitude de “hospitalidade” reversa, visto
que o mesmo abriu escolheu por vontade própria se aventurar em uma língua em
que não é especialista para assim proporcionar mais conforto a seus ouvintes. Em
seguida ele enfoca o tema do congresso intitulado como Missão do Bibliotecário - já
procurando demonstrar quão forte e séria e a palavra missão conceituando-a como
sendo o propósito pelo que vive o homem e que, dentre todos os seres vivos
existentes apenas para o homem suas ações não lhe são impostas tendo o mesmo
a chance de escolher qual direção tomar e, nessa linha de pensamento, que o autor
tenta explicar a condição terrena do homem através de comparativos com outras
criaturas. Segundo ele o homem tem inúmeras opções de escolhas porém, apesar
dessa “vantagem” ser-lhe dada o mesmo terá que deparar-se com seu “eu” sempre
pedindo-lhe explicações dos motivos que o levaram a essas escolhas e isso lhe é
inesquivável sendo independente de seu caráter nobre ou vil. No texto o autor
discorre também para o bibliotecário e o que concerne a sua missão, fala sobre a
profissão antiga que é a do bibliotecário porém que em tempos remotos não era
considerada profissão mais sim um prazer individual que algumas pessoas tinham
em colecionar e zelar pelos livros, que ao morrer a pessoa que tinha essa vocação o
ofício de zelo e guarda morriam com eles. À medida que evolui o texto é explicitado
também a evolução do livro que viu sua elevação social a medida em que a
sociedade clamava por mais obras e que essas obras cediam certos status a quem
delas possuía, nesse momento que a uma elevação de publicações e impressões e
com tantos livros disponíveis surgiu uma necessidade latente de catalogação e
tendo nesse momento o livro adquirido um grande significado social junto elevou-se
a função de bibliotecário o autor discorre ainda de que tornando-se o livro peca
inestimável perante a sociedade ganhou tanta força que começou a “ ter vida
própria e o que antes foi gerado pelo homem para transcrever e guardar sua
memória agora estava virando um problema, uma pedra no sapato. Produção
excessiva e sem nenhuma necessidade, caráter fútil de muitas das produções
literárias consequência da falta de monitoramento e controle são problemas
expostos pelo autor discorre da missão atual do bibliotecário como sendo uma
espécie de filtrador das informações realmente pertinazes, principalmente para
leitores leigos que não tendo tanta experiência e contato com o mundo da leitura
não venha acabando por perder tempo com leituras desnecessárias a seus
objetivos e aproveita também para tecer uma crítica ao abandono que vem
ocorrendo em se exercer a biblioteconomia por aptidão mas apenas para se ter uma
função/trabalho. O bibliotecário promove uma limpeza/higiene dessas leituras, isto
e: o bibliotecário vai promover a otimização dos assuntos que os leitores necessitam
de acordo com seus interesses fazendo assim uma reunião de bibliografia
descritiva. O autor finaliza seu discurso expondo sua opinião quanto à missão do
bibliotecário, futuramente avançando de uma função somente administrativa do
cuidado com o livro para a missão de focar na verdadeira utilidade do livro que é
fornecer a informação necessária para quem dela precise e procure.
Finalizando seu discurso, o autor traz palavras do que ele compreende
ser o livro. E critica a não consideração pela essencial do livro por acharmos já
conhecedores do que de fato é um livro, encerrando assim com uma fala de Platão
que casa bem com essa afirmação.
A narrativa tem palavras claras e exemplos simples e de fácil
compreensão, argumentos bem empregados e embasados, discurso com
questionamentos que nos obriga a reflexão sobre a função do bibliotecário e a real
importância do livro.

Você também pode gostar