GABARITO | PRODUÇÃO TEXTUAL 1 - 2º ANO - MÓDULO 1
CAPÍTULO 1 · Resenha literária
PRIMEIRAS REFLEXÕES
01. A apresentação serve para contextualizar elementos
importantes do livro resenhado, fazendo com que o lei-
tor tenha conhecimento de informações importantes,
como título, autor, gênero e ano de publicação, antes
mesmo da leitura.
02. O que caracteriza esse texto como uma resenha e não
como um resumo é a presença da opinião da autora,
a qual elenca aspectos que não estão, necessariamen-
te, no livro, como: “A história contada pelos olhos de
Bento tem um teor jurídico”; “Esse livro não é só uma
experiência literária, acredito que seja também uma
experiência reflexiva sobre como uma história pode ter
versões diferentes se contada por pessoas diferentes.
A todos que se interessaram por essa obra sensacional,
desejo uma ótima leitura.”.
03. Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Despertar
a curiosidade e fazer com que o próprio leitor da re-
senha descubra o desfecho da história lendo o livro de
Machado de Assis.
04. Resposta pessoal, mas é esperado que a definição
compreenda elementos como arte, manifestações re-
gionais, modos de costume de um povo, patrimônio
histórico etc. No dicionário Houaiss, por exemplo, são
encontrados os seguintes verbetes:
1 ação, processo ou efeito de cultivar a terra; lavra,
cultivo ‹c. do solo›
1.1 parte cultivada de um sítio, unidade produtiva ou região
1.2 produto de tal cultivo; plantação, criação ou desen-
volvimento com cuidados especiais ‹c. do feijão, de rosas›
2 cultivo
3 cultivo de célula ou tecido vivos em um meio con-
tendo nutrientes adequados e em condições propícias
à sobrevivência
4 criação de alguns animais ‹c. de moluscos, de peixes›
5 o cabedal de conhecimentos, a ilustração, o saber
de uma pessoa ou grupo social ‹estudioso, possuía uma
vasta c.›
6 conjunto de padrões de comportamento, crenças,
conhecimentos, costumes etc. que distinguem um
grupo social
7 forma ou etapa evolutiva das tradições e valores in-
telectuais, morais, espirituais (de um lugar ou período
específico); civilização ‹c. clássica› ‹c. muçulmana›
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8 complexo de atividades, instituições, padrões so-
ciais ligados à criação e difusão das belas-artes, ciên-
cias humanas e afins ‹um governo que privilegiou a c.›
05. Resposta pessoal. É importante observar que todo su-
jeito é um produtor de cultura, já que todos, de alguma
maneira, contribuem para a recriação do mundo e para
a manutenção de traços pertencentes a determinada
sociedade. Dessa forma, é importante entender que
não são apenas os artistas que produzem cultura, mas
o povo, em sua totalidade, contribui para a produção
cultural de uma região e país.
06. O título, Uma fábula de guerra, se relaciona com a re-
senha por focar no contexto de guerra para apresentar
os elementos do livro O menino do pijama listrado. Além
disso, a palavra fábula faz alusão ao caráter ficcional da
história, uma vez que essa não é uma história verídica.
07. Sim, é possível perceber traços de opinião do autor.
Ela pode ser considerada uma opinião negativa, já que
o autor demonstra um incômodo com o fato de o per-
sonagem principal desconhecer certas pessoas e agir
como se a guerra não existisse. Porém, também é uma
opinião positiva no sentido de que é classificado como
“uma leitura prazerosa” e de final surpreendente.
08. Alguns exemplos de marcas da oralidade são: “Cuzcuz
esse pra falar de retalhos”; “com Retalhos… é… já
começo falando que”; “É… em que você, primeiro,
tipo, você começa”... A presença dessas marcas é im-
portante para deixar o texto mais espontâneo, assim
como é a linguagem oral. Se o vídeo fosse produzido
baseado na leitura de um roteiro, por exemplo, sem
marcas de oralidade, provavelmente teria um tom
mais superficial, com certa distância do público.
09. É possível perceber que a autora do vídeo considera o
livro extenso, já que o compara a uma bíblia por ter
muitas páginas e que ela mostra que há uma grande
identificação dos leitores com o livro, inclusive dela,
quando afirma que o livro fez com que ela recordasse
alguns momentos de sua vida.
10. O vídeo, assim como uma resenha literária, faz consi-
derações pessoais sobre uma obra, no caso, um livro
escrito em formato de história em quadrinhos. Nele,
há uma pequena contextualização e, em seguida, as
opiniões da autora sobre o livro, o que continua acon-
tecendo no decorrer do vídeo.
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 PRODUÇÃO TEXTUAL 1 - 2º ANO - MÓDULO 1
EXERCITANDO EM AULA
01. O texto apresenta um pequeno resumo de uma obra li-
terária e as considerações pessoais do autor sobre essa
obra, o que o classifica como resenha literária. São
fragmentos que deixam essa caracterização mais clara
os trechos que contêm as opiniões do autor da resenha
sobre o livro analisado, como em “Uma história envol-
vente, repleta de confusão e caos, que trazem o leitor
para dentro do Cortiço e o clima ali vivido…”.
02.
a) Tipologia expositiva.
b) Tipologia descritiva.
c) Tipologia argumentativa.
d) Tipologia expositiva.
03.
a) O trecho apresenta uma contextualização de uma obra
literária e traz a opinião da autora sobre ela, o que o
caracteriza como uma resenha literária. O uso de uma
linguagem mais relaxada e de recursos estilísticos de
linguagem são características que indicam que o texto
foi publicado em um perfil social pessoal, já que es-
sas características demonstram uma linguagem menos
preocupada com padrões e formalidades.
b) Colocar o livro como “um grande livro” e descrevê-lo
como uma obra que a levou a enxergar determinadas
questões políticas e históricas são argumentos que
aguçam a curiosidade do leitor, fazendo com que este
deseje ler a obra resenhada.
04. A relação entre cultura e linguagem está no caráter hu-
mano que atravessa essas duas dimensões. Apenas seres
humanos possuem cultura e linguagem, de modo que,
sem a linguagem, possivelmente a cultura não existiria,
já que é a linguagem que permite aos seres humanos
simbolizarem e, portanto, produzirem cultura. Demo-
cratizar o acesso à cultura é importante pois, de acordo
com a ONU, esse é um índice significativo para medir
MÃO NA MASSA
01. Para auxiliar a sua pesquisa, pode ser utilizado o site do
Grupo Galpão e outros que são recomendados, como o do
Itaú Cultural e o da SP Escola de Teatro, especialmente
para investigar o impacto desse grupo no cenário cultural
brasileiro. Plataformas de vídeo − e até redes sociais, com
cautela e olhar seletivo − também são indicadas.
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o desenvolvimento de um país. Além disso, a cultura é
um direito, e seu acesso contribui para uma sociedade
mais igualitária e aberta às diferenças.
05. (c)
06. (e)
07. É possível perceber o domínio do autor acerca do que
foi abordado no livro resenhado. Isso sugere que ele
fez mais de uma leitura do livro e estudou o tema. A
escrita está fluida, o texto é coeso e a opinião do autor
da resenha é clara, indiciando que a resenha foi revisa-
da e, possivelmente, reformulada. Além disso, temos a
informação de que ela foi publicada na Revista Época,
isso indica que o texto foi editado.
08. (e)
09.
a) A autora sente uma certa culpa de não ter gostado da
leitura porque o livro resenhado foi escrito por uma
grande escritora e é considerado um clássico. Nesse
tipo de leitura, espera-se que todos gostem da obra
lida, fato que não aconteceu com a resenhista, o
que poderia indicar uma falha em sua compreensão
sobre a obra.
b) Segundo a autora da resenha, ela decidiu escrever sobre
o livro para destacar as impressões pessoais dos leitores
com os livros, ou seja, mostrar que cada leitor tem suas
próprias opiniões sobre as obras, e, mesmo que essas
sejam consideradas excelentes pela maioria das pes-
soas, alguns podem não considerá-las tão boas assim.
10. Semelhanças: abordam uma obra literária, devem trazer
características básicas acerca da obra, o resenhista deve
deixar clara a sua opinião sobre livro, ambas precisam pas-
sar por um planejamento antes de serem publicadas.
11. O vídeo é composto de imagem e som, ao passo que a
resenha é escrita; o vídeo normalmente possui um tom
de conversa com o interlocutor, ao contrário da resenha.
02. Resposta pessoal. Para a realização dessa atividade, atente
para as sutilezas no discurso da peça, a fim de reconhecer
as pautas e críticas sociais.
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CAPÍTULO 2 · Crônica lírica
PRIMEIRAS REFLEXÕES
01. Do ano de 2020, marcado pelo início da pandemia
de covid-19. Elementos do texto: o próprio título,
referência a personalidades públicas que morreram
(Aldir Blanc e Moraes Moreira), morte de 150 mil
brasileiros etc.
02. O título se relaciona com o texto na medida em que é
sobre o ano de 2020 que Maria Ribeiro fala em sua crô-
nica, abordando muitos aspectos ruins desse período,
mas trazendo algumas lembranças boas também. No
fim, ela termina aconselhando o “descancelamento”,
já que “2020 não tem culpa”. Esse descancelamento
funciona como uma forma de passar pelo ano, finali-
zá-lo logo, e é nesse ponto que ele se relaciona com a
ideia de Réveillon.
03. Algumas passagens do texto são exemplo de elementos
mais íntimos, como no final do quarto parágrafo, em
que a autora afirma que não é mais a mesma pessoa
de antes ou, no parágrafo seguinte, quando relata sua
volta ao teatro e algumas transformações pelas quais
passou nesse momento.
04.
a) Sentido de negação. São exemplos de palavras com o
mesmo prefixo: desconstruir, descomplicar, desfazer etc.
b) O recurso usado na composição do título da crônica
chama-se neologismo.
05. De acordo com a crônica, o mês de maio traz muita
emoção para o autor, principalmente por ser o mês de
seu aniversário e da abolição da escravatura.
06. N-N-S-S-S-N.
07. Resposta pessoal. Espera-se a conclusão de que a
liberdade não foi totalmente conquistada, haja
vista a grande diferença social existente no Brasil
em relação à população negra. É importante que se
pesquisem dados que comprovem essa diferença em
relação ao salário, aos assassinatos, ao acesso à uni-
versidade etc. de pessoas negras e brancas.
08. (b)
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09. Todos os exemplos trazidos por Clarice permanecem
atualmente, como Imposto de Renda, obituário, alva-
rás, cadeira na Academia Brasileira de Letras, ficha para
atendimento médico etc. E isto é mais intensificado com
o uso das redes sociais e da internet, já que pessoas e
informações são significadas por meio de números: nú-
mero de seguidores, de likes em fotos e publicações e o
número de cliques que uma notícia ou qualquer material
tem, o que indicia a capacidade de circulação de de-
terminado conteúdo e, consequentemente, a quantida-
de de pessoas impactadas por determinada informação,
independentemente da relevância.
10. A autora do texto parte de fatos cotidianos, como a
identificação por números em diversas situações, para
refletir sobre o comportamento humano. Além disso,
ela usa, em alguns momentos, a linguagem poética
para fazer suas reflexões, como em “como um osso
branco seco exposto ao sol”.
11. Crítica ao machismo: “mas eu passei a vida a ignorar os
puxões nos cabelos / e as recusas masculinas”; crítica ao
racismo: “mas são anos que a história não muda /que
são as mãos dos pretos / a permanecerem com marcas
de cimento / que são minhas iguais a cuidar dos filhos
das sinhás / que continuam a sambar na nossa cara / que
acham que só sabemos sambar”; crítica à homofobia:
“mas eu ainda sou hostilizada / quando eu ando na rua
de mão dada / com a minha namorada”.
12. O recurso é o uso dos parênteses, que funda a possibilidade
de se ler tanto “Deu branco” quanto “Deus branco”.
As duas possibilidades de leitura fazem uma crítica ao
racismo, predominante durante todo o poema.
13. As duas abordam temas da atualidade, do cotidiano;
possuem linguagem acessível e um tom de lirismo,
embora o slam tenha um caráter ainda mais lírico e
poético que as crônicas.
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EXERCITANDO EM AULA
01. (a)
02. Possibilidades de resposta: Logo senti que ela não estava
feliz / e notei que ela me agradecia / a flor empalidecia.
03. (d)
04. Resposta pessoal. Deve-se refletir sobre determinados
comportamentos em que as pessoas estão mais preo-
cupadas com a imagem que irão passar do que com o
próximo. Comportamentos divulgados em redes sociais,
no trabalho ou até mesmo na escola são importantes
fontes de análise.
05. Resposta pessoal; sugere-se: No trânsito, há um sentimen-
to extremo de competitividade, em que os motoristas,
muitas vezes, não se importam uns com os outros, come-
tendo infrações, sendo intolerantes e demonstrando im-
paciência. Isso pode ser comparado à vida competitiva do
homem moderno, que, muitas vezes, não reflete os ideais
dos valores humanos tão necessários em nossa sociedade.
06. Para o desenvolvimento do texto, foi fundamental a ob-
servação. Ela é importante pois a crônica lírica nasce da
observação e da percepção de fatos cotidianos. Sem a
observação apurada do que acontece ao nosso redor, é
impossível escrever uma boa crônica. No caso do frag-
mento lido, fica claro que, a partir da observação do
comportamento do padeiro, o autor teve a sensibilidade
e a criatividade para desenvolver seu texto.
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07. Como a temática abordada na crônica é a importân-
cia dada a algumas profissões, pode-se dizer que ela
é atemporal, ou seja, não está presa a determinado
acontecimento e pode ser compreendida em outros
momentos, não só no contexto em que foi escrita, por
isso a publicação imediata não é necessária.
08. Por meio da expressão “neste meu último artigo”,
pode-se concluir que o texto foi publicado em um
jornal (ou qualquer outro veículo jornalístico) para o
qual o autor escreva periodicamente.
09. O evento poético referido pelo texto é o slam, ca-
racterizado por trazer uma crítica social na forma de
“poesia falada”; portanto, sendo bastante oralizado,
já que nasce para ser falado ao público, e não lido.
Assim, sófálá, embora não seja grafada de acordo com
a norma-padrão da língua, é uma palavra bem-vinda
no slam, pois cumpre exatamente os propósitos dessa
modalidade poética.
10. Esta especificidade diz respeito ao fato de que o cor-
po do slammer é muito importante na composição da
poética do slam, uma vez que, no momento da apre-
sentação, o poeta faz uma performance, na qual seus
gestos e seu próprio corpo são postos em significação.
11. (a)
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