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O QUE É LITERATURA

(Jerry Eagleton) da início a sua obra “Teoria da literatura uma introdução” buscando
responder sobre o que é o “objeto da teoria literária”, isto é sobre o que é a literatura. É uma
pergunta digna de ser respondida, para o leitor poder compreender melhor a teoria literária.

O autor considera as muitas tentativas fracassadas em responder essa pergunta. No


entanto se considerarmos o que se entende hoje por literatura, um tipo de escrita imaginária,
desinteressada em representar a realidade. Já foi uma proposta aceitável, más ela não satisfez
o espírito inquieto dos estudiosos do fenômeno literário. Partindo para outra proposta o autor
encontra nos Formalistas Russos uma abordagem diferente a literatura. Definir a literatura
equivale a encontrar os fatos, a idiossincrasias que a sustenta e que portanto a define.

Esses estudiosos creram que a definição vem pela forma diferente em que a linguagem
é empregada, a literatura é conhecida pelo contraste à linguagem comum. Essa concepção
deveria levar o estudioso a investigar o funcionamento dos mecanismos, estruturas e também
as leis que os regem, para produzir esse comportamento da linguagem que se distingue do uso
vulgar, justamente por operar com elementos específicos com funções e sob regimento
pertencentes a natureza.

Decifrar o funcionamento de todos esses artifícios equivaleria a grande descoberta de


como a literatura apresenta-se como forma especial de usar a linguagem. No entanto não
responderia o porque a literatura é um uso especial da linguagem e não uma outra coisa.
como autor sintetiza, “Talvez a literatura seja definida por essa teoria. Essa proposta de
resposta ao mistério da literatura busca portanto na forma do texto literário, Encontrar o
sentido literário afastando-se do que o texto quer dizer. Deste modo o leitor competente
deveria evitar relações paradigmáticas Com a obra, priorizando a forma, O leitor discernia
literário do não literário.

Levanta-se portanto uma questão. Um texto com uma linguagem que não surpreende,
também pode ser lido dessa maneira, Voltada apenas para a forma e não para o conteúdo.
Levando ainda mais adiante a questão, É cabível questionar se o “Objeto literário”, Reside no
texto ou na forma de lê-lo. E Ainda mais, o que nos induziria no texto, ou fora dele, A lê-lo de
forma literária?.

Caracterizar as maneiras pragmáticas e não pragmáticas para distinguir uma da outra,


exige uma investigação delicada, Que não nos levaria a essência da literatura. Porque Não é
uma peculiaridade unicamente dela, Mas que também Acontece em outros atos linguísticos.

A proposta dos Formalistas russos, Apesar da abordagem diferente a literatura,


sucumbi à gravidade das relações entre as estruturas particulares do texto literário e a
postura, referente ao tratamento que tais textos tendem a receber, Para que
Consequentemente as estruturas funcionem sem interferências externas. Como o aspecto
mais excelente da literatura, capaz de garantir ao texto a classificação de literário. Uma outra
tentativa de resolver o problema da literatura é a que entende que a “bela escrita” É o que faz
um texto ser convencionado como literário. Essa é uma proposta ainda mais problemática que
a anterior. Tendo em vista que basta a trêmula Escora no conceito de “belo” No qual essa
proposta se sustenta afim de se tornar insustentável, pois daí suguem as questões valorativas
insolucionáveis, que decorrente disso, não podem explicar ao gosto dos estudiosos do texto, e
todo o esqueleto constitutivo da literatura.

O autor reflete após a exposição das discussões destas teorias, que a existência da
literatura não acontece da mesma maneira dos insetos, E quê a mesma se constitui na
dependência dos valores de uma classe social cujas ideologias, Em alguma medida sofre as
relações opressivas de outro grupo social. isto é, as relações opressivas entre grupos sociais,
em alguma medida, determina as ideologias de um grupo, E tais ideologias, em alguma outra
medida, determina os valores desse grupo, Que consequentemente de alguma outra medida
determina as noções de literatura, Que na verdade não entendem fielmente, Apenas ao Seu
próprio gosto, ao entrar em contato com a literatura porque em algum grau eles foram
manipulados pelas relações de classes.

A ASCENSÃO DO INGLÊS

A literatura na Inglaterra do século: XVIII, era Determinada por critérios meramente


ideológicos de uma determinada classe social, que por seus gostos consideravam um certo
tipo de escrita como “Belo”, Equivalente ao padrão literário. Com o resultado das guerras e
todo o cenário político refletido nas classes sociais, A literatura ganha a importância para
reorganizar a sociedade inglesa e apaziguar as relações tensas entre as classes, Pela
disseminação dos padrões culturais e valores “Corretos”, empenhados nessa reorganização
social.

No final do século XVIII, a literatura se torna caracterizada como escrita imaginativa, e


logo quando a sociedade mais precisava que ela se importasse com as transformações do
capitalismo a qual a Inglaterra estava passando, onde a Unidade de medida para tudo era o
dinheiro, mas a Liberdade imaginativa da literatura, criava o espaço onde os valores antigos
ainda podiam ser celebrados. A imaginação era sublimada e se distanciava da realidade social,
Ao invés de lutar contra as injustiças do capitalismo Para que consequentemente se
construísse uma sociedade mais justa.

No final do século XIX, Quando os problemas sociais já estavam indubitavelmente


incontroláveis é que a Literatura se volta para o social. mas o que pode ser apontado como
causa da ascensão do inglês, foi a “Crise da religião” Que mediante os estudos científicos e as
transformações sociais decorrentes da indústria e do capitalismo, E já não seduzir as massas e
decorrente disso perdia seu prestígio para a literatura inglesa Que agora iria “salvar às almas”
e o estado.

Com o decaimento, A literatura assumia a importância de proporcionar os remédios para uma


Inglaterra “doente” ela teria que promover o sentimento de identidade entre as classes,
Transmitir a moral da classe burguesa e inibir qualquer tentativa de oposição organizada. A
literatura era o código por meio do qual o estado disseminava de maneira atraente os seus
interesses para com a sociedade, Construindo as bases ideológicas para a formação de uma
nova concepção das relações entre as classes.

FENOMENOLOGIA, HERMENÊUTICA, TEORIA DA RECEPÇÃO


Em 1900, A Europa achava-se fortemente abalada pelas sequelas conseguintes da até
em tão mais terrível e devastadora guerra da história. O cenário de destruição também havia
agitado as bases ideológicas e os valores culturais, Essenciais que fundamentava e garantia a
ordem social em torno do capitalismo, e a sociedade estava entregue a instabilidade de uma
grave crise ideológica.

Além de situar o leitor no contexto histórico onde a fenomenologia eclode, O autor


prepara o clima social da época para relacionar com as propostas desse novo método
filosófico, para assim compreender a sua aceitabilidade. Como o cenário era de instabilidade
D decorrente da crise ideológica, o método de Husserl ganhou importância para reconstruir a
certeza de que a sociedade precisava. A fenomenologia valorizar a intuição imediata do objeto
quando olhamos para ele, isso centralizava o sujeito como critério para todas as coisas, Pois
não se preocupava com os objetos independentes, Mas como Eles se apresentam na mente do
observador, Ela buscava desvendar a consciência no contato direto ao objeto e encontrar o
que de imutável existe nele, Husserl partia da ideia que existia uma essência inalterável dos
objetos E que se poderíamos chegar a essa essência pela intuição e não pela razão, pois a
intuição de todas as pessoas sobre um objeto era a mesma, isso faz de seu método uma in
racionalidade completa. O texto tinha que ser restringido a ele mesmo sem qualquer
interferência externa a ele, para que o leitor pudesse navegar na mente do autor fielmente
reproduzida no texto.
A fenomenologia ao tratar os objetos como fenômenos puros e buscar na experiência
intuitiva desvendar as particularidades imutáveis dos objetos, encontrou nos obstáculos da
linguagem, as razões do seu declínio no grau do problema que é a aproximação do objeto sem
a mediação da linguagem, Que não apenas expressa os significados, Mas também os cria Que
constitui uma realidade social.

HERMENÊUTICA

A construção teórica de Heidegger foi Reconhecida como uma “fenomenologia dia


hermenêutica” Por se preocupar em interpretar o texto buscando seu significado na pretensão
do autor ao escrevê-lo, Residindo na intenção como um “objeto intencional” Pretendido ser
expressado pelo autor durante a construção do texto.

A hermenêutica Significa a ciência ou a arte da interpretação, que pelo método de


Heidegger Considerava a realidade histórica do texto literário como constituinte do seu
significado. A interpretação deve considerar que o texto foi produzido dentro de um contexto
específico que precisava ser “reconstruído” Para se chegar as Conversões gerais que
controlava os significados usados pelo autor quando escreveu a obra. A hermenêutica de
Heidegger, por isso Trabalhava com textos escritos no passado. e recuperar exatamente o que
um escritor quis dizer é uma tarefa delicada, pois como Husserl Deixou de considerar, o
significado sofre as modificações pela história.

A TEORIA DA RECEPÇÃO

A teoria da recepção Está voltada para o papel do leitor na construção do significado


do texto, Sem o qual não existe obra literária, por mais concreta que seja uma obra, é cheia
de indeterminações que dependem da interpretação do leitor que usa seus conhecimentos de
mundo

ESTRUTURALISMO E SEMIÓTICA

O Estruturalismo foi um método de investigação proposto inicialmente por Nothrop


Frye em sua obra “Anatomy of Criticism” (1957). Frye partiu do princípio De que a literatura se
formava segundo certas leis objetivas que retrata não apenas a auto expressão de um
determinado autor, mas que refletem o inconsciente da coletividade humana. Ela funcionava
obedecendo os vários “arquétipos” de valores universais, e que por isso não pode ser vista
como uma forma de representação por onde podemos conhecer a realidade, já que para Frye
esses arquétipos ou mitos que estruturam as obras literárias, refletem os desejos da
humanidade que nunca são consubstanciado na realidade vivida. A história nesse sentido não
exercia nenhuma decorrência na estruturação da obra literária, o que acontecia era quase o
contrário. a história era resultante das lutas humanas pela instrução de uma sociedade
organizada, onde esses sonhos utópicos projetados na estrutura literária pudessem ser
realizados, e a literatura era o único lugar onde isso acontecia.

A investigação deveria desconsiderar os fatores Exteriores à obra, e se voltar para ela


como uma estrutura autônoma que existia de modo autotrófico pelas relações verbais dentro
de seu próprio sistema de relações, essas relações entre as partes menores que constituem a
obra, geram uma forma de dependência entre elas. Isso na verdade apresenta um
acasalamento do estruturalismo com a linguística Saussuriana que compreende o significado
dos signos dentro de uma rede de relações e de oposições. Assim as unidades constitutivas de
uma obra só ganha significado quando se relaciona o mutualmente informando o significado
maior da obra. Nesse sentido diz o autor as imagens não têm significado “substancial” apenas
um significado “relacional”. O conteúdo, desse modo semelhante ao método Formalista para
os estruturalistas, não tinha importância significativa, pois a estrutura era o fator que mais
contribuía para a construção do sentido. De acordo a isso, se uma história com uma estrutura
específica converter seus personagens de homens para minhocas, de certa forma a história
não se altera, o que significa que o conteúdo em certa medida é fomentado pela estrutura. A
questão que surge e a que me pareceu mais desagradável é que essas estruturas são reflexos
do inconsciente humano, influenciados de modo subjetivo à realidade objetiva, De modo que
por mais bem acabada que uma obra seja, ela não passa de exemplo dos códigos do
inconsciente.
Esse método de investigação propõe investigar toda uma gama de elementos que
possam ter suas partes abstraídas e analisadas em relação às outras na constituição do texto.
Os sistemas de signos é no que se detêm a investigar a semiologia. Os signos segundo
Saussure é uma individualidade psíquica composta por significante e significante, o significado
é o conceito Criado pelo significante, que é uma representação sonora de um objeto. nesse
contexto a semiologia vai investigar o funcionamento dos signos em seu caráter plurifacetado,
buscando dilucidar as relações que são estabelecidas dentro de um texto que fazem um
significante ter seu significado alterado.
O Semiólogo Tartu Yuri lotman da escola de Tartu, tomou como objeto de sua
investigação o texto poético, onde o significado só acontece dentro do contexto do poema,
pela realização de uma série de relações de semelhanças e oposições. O texto poético é a
forma literária mais cheia de sistemas e relações entre eles, cada um desses sistemas (léxico,
gráfico, métrico e fonológico) formam uma cadeia onde por causa disso, os significados são o
resultado da operação de vários determinantes que se chocam e que só existe em função do
outro.
BREVE RESUMO DO CAPÍTULO “O PÓS-ESTRUTURALISMO” DO LIVRO “TEORIA
LITERÁRIA UMA INTRODUÇÃO” DE TERRY EAGLETON

Para o leitor compreender desde o ponto de partida das interrogações que levaram ao
declínio do Estruturalismo e a transição para a era do pós estruturalismo, Terry Eagleton
introduz esse capítulo retornando à noção de signo linguístico de Sussurre, para quem a
significação dos signos é um produto das opções e relações entre outros signos, as chamadas,
oposições binárias. Deste modo, segundo essa proposta, o significado nunca é estável pois
reside na existência de outros, e portanto, exterior a sua unidade significante. Se por serem
diferentes se complementam, isso suscita um enorme emaranhado de relações possíveis,
aparentemente sem fim, pois o signo “escorpião”, por exemplo, não é o que é, apenas por não
ser “aranha”, mais também por não ser “vaca”, cachorro, e uma longa cadeia indeterminada de
outros signos onde todos estão em alguma medida marcados um pelo outro. Desse jeito,
nenhum significado é puro de um significante já que também os significados são possíveis
apenas pelo uso de outros significantes, que por sua vez, tem os seus significados vindos da
mesma forma e assim sucessivamente. Não é muito fácil regressamos nesse jogo de significado
e significante até chegarmos a uma “origem” fixa da palavra que tenha seu significado em
função de si mesmo e de onde não se possa mais passar para outro significante.

O estruturalismo foi esse esforço de rastrear e encontrar alguma lógica estabelecida que
governasse a forma como os recursos linguísticos se manifestam na superfície da fala e da
escrita, acreditando que os signos possuem um “centro”, uma verdade suprema inquestionável
que dá significado a todos os outros significantes de uma língua, pois se a linguagem não se
organiza de qualquer jeito, é certo que ela não se estrutura em torno do nada, mas seja centrada
em algum núcleo estabelecido, podendo ate mesmo essa origem, não ser feita de linguagem e
contaminada por ela.

Em desfeita do estruturalismo, o pós-estruturalismo surge como um ‘desestruturalismo’


voltado para rachar toda forma de ordem sistemática deixada pela corrente antecessor, em uma
abordagem crítica aos enquadramentos estruturais das categorias linguística. O destaque nessa
nova corrente foi ganhado pelo angeliano Jacques Derrida. Sua crítica estabeleceu
coincidência entre a busca estruturalista pela ‘forma origem’ de todos os signos de um língua,
com o modus operandi das ideologias, pois segundo ele, elas partem desse mesmo princípio,
elas transformam significados em centros tão elevados que outras significações são obrigadas a
girar em torno delas. E propôs que esse esquema hierárquico fosse desfeito, já que como esses
significados também são feitos de linguagem, eles também podem ser enfraquecidos.
Enquanto o estruturalismo focava nas estruturas dos objetos estabelecidas, dentre
outras, também por relações de oposição, Derrida se dedica a uma desestruturação dos
significados que seriam possíveis de serem enfraquecidos pelas mesmas relações que os
sustentavam, Isso porque, como os significados se davam pelas relações de oposição, era
possível mostrar que parte do oposto existia na parte que fazia oposição. Deste modo, bastava
encontrar uma pequena amostra disso para nela se trabalhar até que ela ameace desestruturar
todas as oposições que sustentavam um texto.

Ueliton
A PSICANÁLISE

A psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX. Poderia dizer
que é uma teoria voltada para a mente perturbada dos homens, atingida por um Turbilhão de
dor e de ânsias na duplicidade antagônica das forças do dever e as forças do prazer. Freud
existência entendeu que as necessidades econômicas do homem é o que move a humanidade
para a atividade tirando-a da passividade tranquila para atender às condições da existência.
Para Freud o homem precisa reprimir suas tendências ao prazer em nome de suas
necessidades, que precisam ser atendidas e sempre não são uma coisa que causa satisfação,
mas sim desprazer.

Quando a negação ao prazer acontece com muita constância, e o indivíduo se extrema


no princípio da realidade, o resultado decorrente disso é a neurose. O é o objetivo da
psicanálise freudiana é encontrar as causas por trás da neurose, para que possa propor uma
cura para essa doença. Essas causas que levam a neurose, reflete na identidade do sujeito,
construída durante o que Freud chamou de complexo de Edipo. O sujeito é consequente de
sua oscilação entre o princípio do prazer e o princípio da realidade governada pelo ego, Por
isso que segundo esse entendimento a criança em seu estado pré-edipinal é extremamente
sádica, voltada unicamente ao princípio do prazer sem o ego para reprimir seu desejo, isso
porque, a criança percebe na atividade genuinamente biológica da amamentação que o
princípio era apenas para atender suas necessidades essenciais, também é algo prazeroso,
começando ali a primeira manifestação da sexualidade, que não é nada além de uma
perversão de um propósito para um fim espúrio de gozo. Dentro das relações familiares, a
criança reconhece que precisa reprimir suas satisfações para se preservar dentro das
convenções da família e da sociedade, A partir daí ela já possui uma identidade própria que
tanto vai lhe restringir do prazer, como vai ser construída por essas restrições.

A ligação da psicanálise com a teoria literária estabelecida pelo psicanalista francês


Jacques Lucam. Seu trabalho foi desenvolvido em continuidade ao trabalho de Freud buscando
aplicar nele as doutrinas do estruturalismo e da semiótica. Lucam buscou aplicar aspectos da
linguística Saussureana sobre os signos linguísticos, para explicar que as relações de
significantes que formam o significado poderiam ser usados na psicanálise de Freud para
mostrar o processo de formação do ego do sujeito. Para Saussure a entidade só acontece com
a presença do elemento oposto, e esse elemento durante o complexo do Edipo de uma
criança, é representado pela figura do pai, o qual simboliza uma concorrência pelo corpo da
mãe, como a criança não pode superar seu concorrente, elas se retraem em torno de si e passa
a criar sua identidade, e a partir de então começar a suprimir seus desejos. Essa identidade
Lucam, Equivale ao significado, e o ser físico da criança ao significante. De modo igual ao signo
linguístico para Saussure a criança não tem consciência dela mesmo, até se submeter as
relações de oposição dentro dá família.

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