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Conforto Ambiental

Prof.ª Renata Catânio

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UNIDADE I
O QUE É CONFORTO AMBIENTAL?
• Conforto Ambiental e Eficiência Energética.

• Conforto Térmico.

• Conforto Acústico.

• Conforto Visual.

• Luz Natural e Controle de Ofuscamento.

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Entender o conceito de conforto ambiental.

• Relacionar o conforto ambiental com a


eficiência energética.

• Entender os conceitos de conforto térmico,


acústico e visual.

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O QUE É CONFORTO AMBIENTAL?

• Conforto ambiental é um desafio para o


Designer de Interiores.
• Seu conceito constitui em proporcionar ao ser
humano, condições necessárias de
habitabilidade, utilizando de recursos
disponíveis. Fazendo com que essa
produção corresponda fisicamente e
emocionalmente para cada indivíduo, ligando
o aspecto social, cultural, econômico e por
fim, a eficiência energética.

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O CONFORTO AMBIENTAL E A
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
• Ele compreende o estudo das condições
térmicas, acústicas, luminosas e energéticas
com os fenômenos físicos a elas associados
como um dos condicionantes da forma e da
organização do espaço.
• Por fim, o conceito de conforto pode ser
entendido como a avaliação das exigências
humanas, pois está baseado no princípio de que
quanto maior o esforço de adaptação do
indivíduo, maior será sua sensação de
desconforto (Gonçalves e Vianna, 2007).

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O CONFORTO AMBIENTAL E A
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
• Desde a pré-história o homem buscava conforto e
proteção.
• Com o passar do tempo foram evoluindo e criando
moradias fixas, entre elas a arquitetura vernacular.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO AMBIENTAL E A
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
• Com o passar dos anos vieram as arquiteturas
internacionais, onde edifícios de diferentes
localidades usavam os mesmos materiais, como
aço e vidro.
• Atualmente, temos as arquiteturas sustentáveis
que recebem etiquetagens de acordo com os
materiais utilizados.
• No Brasil existem duas principais, a PROCEL e a
LEED (internacional).
• Além das etiquetas, temos as normas de
desempenho para edificações habitacionais que é
a NBR 15575.
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O CONFORTO TÉRMICO

• O conforto térmico é o resultado de uma


combinação de variáveis, sendo estas o sol, a
umidade, o vento e a temperatura.
• Então, cada região do mundo tem o seu clima
característico, por isso as diferentes
arquiteturas, vestimentas e soluções térmicas.
• O posicionamento do sol tem uma influência
enorme, não só na questão do aquecimento,
mas consequentemente na luz natural.

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O CONFORTO TÉRMICO

• Escolher materiais corretamente para obra, pois eles


interferem no aquecimento.
• Vegetação nas obras colaboram para um bom
conforto térmico.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO TÉRMICO

• Por falta de ventilação adequada nos ambientes


criaram o ar condicionado, mas muitas vezes,
esquecem de fazer a limpeza dos filtros e a diferença
de temperatura de um local para outro causa muitas
doenças e baixa umidade.
• A importância do conforto térmico é baseada em três
fatores, sendo eles: a satisfação do homem, ou seja,
o seu bem-estar, a performance humana, que pode
ser afetada se está muito calor ou muito frio, e a
conservação de energia.

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O CONFORTO ACÚSTICO

• O conceito de conforto acústico se refere às medidas


que podemos tomar para que uma residência, por
exemplo, permaneça sempre dentro do limite de
ruídos, tornando o ambiente agradável e
aconchegante.
• A preocupação com conforto acústico deve acontecer
em qualquer ambiente que você projetar. Ela é um
subsídio do projeto e deve ser considerada desde o
levantamento de dados.

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O CONFORTO ACÚSTICO

• Para dar qualidade acústica a um espaço, devemos


perceber qual será a interferência acústica que o
projeto fará no entorno e também o contrário.
• O conforto acústico é uma condição importante a
procurar para alcançar bem-estar em casa. A
ausência de conforto acústico condiciona fortemente a
nossa saúde e a nossa produtividade.

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O CONFORTO ACÚSTICO

• Na Antiguidade, os gregos e romanos já construíam


grandes teatros. Não se sabe ao certo se havia a
intenção acústica, porém havia um objetivo visual, o que
resultou em soluções utilizadas até hoje.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO ACÚSTICO

• Nos teatros romanos, o palco ficava mais próximo da


plateia e, pela construção que era erguida, haviam
superfícies mais fechadas lateralmente e mais altas, o
que trouxe um reforço sonoro para os palcos.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO ACÚSTICO

• Na Idade Média ocorreram mais construções de


igrejas feitas de pedras e alvenarias com materiais
muitos reflexivos causando grande esforço sonoro.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO ACÚSTICO

• No período gótico, o arco ogival é desenvolvido, o que


deixa as igrejas ainda mais altas, provocando então,
outro defeito acústico que chamamos de eco.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO ACÚSTICO

• No Renascimento, os teatros voltam com as


características do teatros antigos mais fechados,
causando esforço sonoro e sendo compensado pelas
pessoas que absorvem som.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO ACÚSTICO

• No Barroco surgem as óperas, consistindo em uma


arquitetura muito decorada, os palcos são cheios de
adornos, os quais absorvem o som, mas o local da
orquestra é um local muito reflexivo. Aqui surge um
outro desafio, que é equilibrar a absorção destes dois
espaços.
• Finalmente, a acústica passa ter embasamento
científico. Wallace Sabine desenvolve a fórmula do
tempo de reverberação, relacionando o volume do
ambiente com os materiais de revestimento internos.

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O CONFORTO ACÚSTICO

• No final do século XX, desenvolvem-se novas formas,


como a Ópera de Sydney, pois há o surgimento de
novos materiais. Começa também aqui o desafio dos
espaços de múltiplo uso.

Imagem: Shutterstock.
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O CONFORTO VISUAL

• Conforto Visual engloba o uso adequado das cores,


texturas e contrastes, assim como calcular a quantidade
de iluminação necessária para que determinada
atividade do dia a dia possa ser cumprida com um bom
desempenho.
• O conjunto da iluminação natural com artificial, sendo
bem projetado, atinge economia de energia
aproveitando de dia, a luz diurna e a luz artificial
utilizando controles de iluminação no período noturno
(lâmpadas com pouca wattagem, circuitos, dimmer,
automação), ocasionando qualidade de vida nos
espaços de cada indivíduo.
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O CONFORTO VISUAL

• Segundo Vianna e Gonçalves (2001), há uma busca


dentro da arquitetura nos dias atuais em reduzir a
poluição sonora, visual e acústica, retirando menos da
natureza e procurando novas tecnologias limpas e
sustentáveis para beneficiar a todos nos dias de hoje e
futuramente.

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COMO ATINGIR UM BOM CONSUMO
ENERGÉTICO DENTRO DO DESIGN DE
INTERIORES?
• O ideal é o designer ter a oportunidade de participar de
todas as etapas do projeto.
• Verificar a norma de níveis de iluminância do Design de
interiores NBR 8995-1.
• Calcular a iluminação de acordo com cada ambiente.
• Expressar sensações com a iluminação.
• Fazer um levantamento do local.
• Analisar a faixa etária do morador.
• Escolher as luminárias e se preocupar com a eficiência
energética.

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COMO ATINGIR UM BOM CONSUMO
ENERGÉTICO DENTRO DO DESIGN DE
INTERIORES?
• Utilizar o recurso de circuitos.
• Entender a diferença e projetar iluminação para um
comércio, residência, indústrias, ambientes públicos,
entre outros.

Imagem: Shutterstock.
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OFUSCAMENTOS E SOLUÇÕES

• O ofuscamento é um tipo de iluminação aplicada


que, em seu processo de adaptação, pode causar
perda de visibilidade, perturbação e desconforto.
• Quando uma luz incomoda em determinado local,
impedindo de enxergar algo, ou reflete além do que
deveria, isso é chamado de contraste ou saturação.
• A luz que está mal posicionada no ambiente, dando
visibilidade ao local ou objeto, fazendo que o
indivíduo esforce muito a visão ou se incomode
tentando se movimentar para ajustar a luz causando
perturbação e nervosismo.

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OFUSCAMENTOS E SOLUÇÕES

Imagens: Shutterstock.
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OFUSCAMENTOS E SOLUÇÕES

• Evitar luminárias que a luz foca no rosto do


indivíduo.
• Prefira uma luminária que tenha controle de
luz, como aletas e difusores.
• Luminárias efeito rebatedor.
• Luminárias de destaque e sancas de gesso.

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OFUSCAMENTOS E SOLUÇÕES

Imagens: Shutterstock. 27
LUZ NATURAL E CONTROLES
DE OFUSCAMENTO

• A melhor utilização de eficiência energética na


arquitetura é aquela na qual a luz artificial se
usa somente na parte noturna e de dia, a luz
natural entra e faz sua parte, trazendo
iluminação para todos os ambientes, pensando
em seu controle para não esquentar e ofuscar.

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LUZ NATURAL E CONTROLES
DE OFUSCAMENTO

• Existem alguns métodos para controlar o


ofuscamento da Luz Natural, como cortinas e
variados tipos de persianas para aplicar nas
janelas, vidros e seus acabamentos com
controle de luz, assim, possibilita bastante a
iluminação natural em qualquer ambiente
sabendo aplicar os controles de luz
corretamente.

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LUZ NATURAL E CONTROLES
DE OFUSCAMENTO

Segue abaixo os tipos de iluminação Zenital.


• SHEDS: sua inclinação forma um tipo de dentes
serrilhados que tem mais função se aplicado na
direção sul.

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LUZ NATURAL E CONTROLES
DE OFUSCAMENTO

• LANTERNIM: tipo de iluminação com abertura na


parte superior do teto que facilita a ventilação dos
ambientes e a melhor indicação é direcioná-la sentido
norte-sul.

Imagem: Shutterstock.
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LUZ NATURAL E CONTROLES
DE OFUSCAMENTO

• CLARABOIA OU DOMUS: sua posição é mais na


horizontal, trazendo boa iluminação por proporcionar
variados tipos de aplicação e formatos.

Imagem: Shutterstock. 32
LUZ NATURAL E CONTROLES
DE OFUSCAMENTO

• ÁTRIO: iluminação natural direcionada na parte


central da arquitetura com grande variedade de
formatos.

Imagem: Shutterstock.
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Conforto Ambiental

Prof.ª Renata Catânio

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