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DISCIPLINA: LITERATURA
PROFESSORA: SARA
ASSUNTO: PRÉ-MODERNISMO - RESUMO - LIVRO 2, MÓDULO 10
TURMAS: TODAS
PRÉ-MODERNISMO
● Indicação de exercícios para revisão
➔ Apostila Poliedro: Livro 2, Módulo 10
Praticar: 1,3,5 e 6
Extras: TODOS
➔ Apostila Questões Acerta: Volume 2, Pré-Modernismo
Para fixar: TODOS (p. 72 a 73)
Para aprimorar: 5,6,7 (p. 73 a 75)
➔ Lista de revisão na plataforma Estuda.com
● Contexto histórico: Início do século XX
Um dos eventos históricos mais importantes da virada do século XIX para o século
XX, no Brasil, é a Proclamação da República. Mais do que saber localizar esse evento, é
importante compreender como o golpe republicano e a abolição da escravatura não
significaram uma alteração significativa da nossa estrutura social. Mantiveram-se o
caráter fundamentalmente agrário da economia (com importância significativa da
produção de café), a enorme diferença entre o desenvolvimento das cidades litorâneas e
do interior do Brasil, assolado pela miséria e pela falta de recursos, e a profunda
desigualdade social, em grande parte devida à falta de políticas para inserção dos negros
recém libertos pelo fim da escravidão. O Brasil se modernizava e se transformava, mas
vários problemas permaneciam.
Além disso, os primeiros anos da República foram conflituosos. Os governos de
Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, período conhecido como República da Espada
(1889-1894), foram marcados por eclosão de levantes populares com consequente dura
repressão. Posteriormente, diversas revoltas, como a Guerra de Canudos, a Guerra do
Contestado, a Revolta da Vacina e a da Chibata mostram como a República Velha foi
um período de tensão social e de violenta repressão republicana.
● Produção literária
Os escritores do início do século XX estavam, então, muito preocupados com a
representação desses problemas: o governo Floriano Peixoto e a propaganda
republicana serão tema de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto; o
preconceito enfrentado por cidadãos ex- escravizados ou descendentes de escravizados
será tematizado em Recordações do Escrivão Isaías Caminhas, também de Lima;
retratar a Guerra de Canudos é o grande projeto de Euclides da Cunha, em Os sertões;
em Urupês e Cidades mortas, Monteiro Lobato estará preocupado em evidenciar o
precário desenvolvimento do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.
Embora houvesse esse interesse em comum e uma ruptura de tendências
predominantes, esses primeiros anos do século XX foram desiguais na literatura. Isso
porque os objetivos, o teor crítico, o estilo e o modo de representação literária variam
muito entre Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Lima Barreto, constituindo obras
muito diversas, inclusive de gêneros diferentes. Por isso, a atenção a cada obra é
fundamental.
Além deles, outro escritor importantíssimo dos primeiros anos do século XX foi
Augusto dos Anjos. Em seu único livro, Eu, produziu uma poesia quase única na
literatura brasileira, porque aproveitou, em sua escrita, da divulgação científica
predominante na segunda metade do século XIX, incorporando o vocabulário científico
a poemas pessimistas e existencialistas. Quanto ao verso, constitui uma sonoridade
muito agressiva, porque rompe, por meio da cacofonia, com a sonoridade agradável da
poesia parnasiana.
Atenção!
Diante desse panorama tão diverso, percebemos como o Pré-Modernismo é apenas
uma nomenclatura usada para localizar esse período literário que antecede o
Modernismo cronologicamente e antecipa algumas importantes mudanças estéticas,
não sendo possível agrupar os escritores em torno de um objetivo e de uma estética
comuns.