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Malcolm X nasceu no dia 19 de maio de 1925, em Omaha, no estado de Nebraska,

nos Estados Unidos, o quarto filho de Louise Helen Little, nascida em Granada, e de Earl
Little, nascido na Geórgia.[2] Com apenas seis anos, teve o seu pai, pregador baptista,
carpinteiro e um dedicado membro da UNIA (Associação Universal para o Progresso
Negro) presumivelmente assassinado.[3] Teria sido espancado, e depois atirado aos trilhos
de uma linha de elétrico (bonde) em Lansing onde a família morava na altura. A versão
oficial foi atropelamento, aventando-se até suicídio. Mas o historial de violência racista da
época e local deixa supor que teria sido "executado" pela Black Legion, uma organização
terrorista de supremacistas brancos.[3] Apesar do seu corpo ter sido quase dividido em
dois, não morreu de imediato, falecendo em agonia, horas mais tarde.[4]
Louise Little, mãe de Malcolm, aos 34 anos assumiu o sustento dos seus oito filhos. Era
uma mulher educada, falava sem sotaque, e por ter sido fruto da relação de uma mulher
negra com um homem branco, possuía pele clara, passando facilmente por uma mulher
branca, e encontrava facilmente empregos domésticos. Os empregos duravam até
descobrirem que ela era de origem negra ou viúva de Earl.[5]
Após a morte de Earl Little, Louise recebeu o benefício -- o menor --de um dos dois
seguros de vida que tinham sido previdentemente feitos pelo companheiro; o outro
segurador recusou-se a pagar, alegando que Earl havia cometido suicídio.[6]
Louise também passou a receber dois cheques, sendo um pela pensão de viúva, outro
da assistência social. Este dinheiro não era suficiente, e com seu desemprego frequente a
família tornou-se praticamente indigente.[7] As assistentes sociais do governo, agora visitas
habituais da família, tentavam convencer Louise a encaminhar seus filhos para lares
adotivos, ao que ela se opunha.
Louise apesar destas dificuldades, mantinha-se bastante atraente. Cerca de 1935 ou 1936,
ela começou a namorar um afro-americano local; mas quando em 1937, Louise ficou
grávida, ele abandonou-a de súbito. Foi um choque terrível para ela; diz-nos Malcolm que
foi a partir daí que ela se foi desligando da realidade, passando a andar pela casa a falar
sozinha e descuidando as suas habituais preocupações com a família.[8]
Por fim, Louise cedeu às intensas pressões que em fins de 1938 a levaram a um colapso
mental e a ser internada no Hospital Psiquiátrico de Kalamazoo. As crianças foram
separadas e enviadas para lares de acolhimento. Malcolm e os seus irmãos asseguraram
a libertação de Louise vinte e quatro anos mais tarde.[9]

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