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Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos

Julho 2014

Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e


equipamentos urbanos
Amanda Barbosa Vergne – amandavergne@hotmail.com
Master em Arquitetura
Instituto de Pós-Graduação – IPOG

Salvador, BA, 05/08/2013

Resumo
Este artigo apresenta uma análise sobre a influência da iluminação de exteriores na
valorização do paisagismo e dos equipamentos urbanos, de forma a transmitir a importância
dos projetos luminotécnicos para tais ambientes, muitas vezes desconsiderados ou
menosprezados nos projetos arquitetônicos e urbanísticos. A luz é uma das ferramentas mais
importantes no momento da realização destes projetos, sendo que a mesma pode
proporcionar diferentes maneiras de ver e sentir o mundo e suas paisagens. Nos dias atuais,
tem sido crescennte a popularidade do paisagismo, e por tanto, já se permite de certa forma
dar mais atenção e valor a este tipo de projeto, tanto no exterior das edificações, como nos
equipamentos urbanos, porém a caminhada para conscientização de todos sobre essa
questão, ainda é longa. Este artigo pretende concientizar as pessoas da importância destes
projetos específicos, afim de comprovar através de pesquisas e imagens como um ambiente
pode se tornar mais seguro e convidativo quando iluminado da forma correta, levando em
consideração também a utilização da vegetação ideal para cada tipo de ambiente. Como
metodologia para o desenvolvimento deste trabalho, foram adotadas a pesquisa exploratória
e descritiva, através de leitura de livros, arquivos da iternet e do estudo de projetos
arquitetônicos, paisagísticos e luminotécnicos ligados ao tema. Através do estudo sobre a
problemática indicada acima, chegou-se ao resultado já esperado de que devemos o mais
rápido possível adaptar os nosso projetos pré-existentes e em execução projetual de
arquitetura e urbanismo tanto de residências, quanto dos equipamentos urbanos, à um bom
projeto luminotécnico e paisagístico. Nas residências podemos ter sensações positivas, de
aconchego, e até mesmo segurança, a depender da dimensão dos seus jardins, e nos
equipamentos urbanos como grandes praças, eliminam-se sombras, vegetaçãoes incoerentes,
utilizam-se luminárias mais eficazes, determinando-se focos luminosos, tipos de lâmpadas e
alturas de posteamentos corretos, entre outors, tornando os ambientes mais convidativos e
visualemnte mais seguros. Portanto, podemos concluir que a arquitetura é um ramo que
sempre deve caminhar cruzado com todas as ramificações de sua área como o paisagismo,
iluminação, urbanização, para assim podermos chegar realmente a um bom resultado
projetual, que proporcione prazer e aconchego aos seus usuários, estes sentindo e
valorizando ainda mais o trabalho e esforço realizado pelos profissionais da érea em gerar
todas essas sensações.

Palavras-chave: Iluminação de Exteriores. Paisagismo. Equipamentos urbanos. Projeto


Luminotécnico.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos
Julho 2014

1. Introdução
A valorização dos espaços urbanos e das áreas de paisagismo exteriores às edificações eram
itens negligenciados pelos arquitetos e urbanistas, quando os mesmos não incluíam em seus
projetos a luminotecnia como algo primordial e engrandecedor dos espaços que desejavam
criar. Além disto, os governantes, responsáveis pela execução dos espaços urbanos das
cidades, não se importavam em contratar profissionais especializados que pudessem projetar
estes ambientes levando em consideração a real importância e magnitude que estes espaços
mereciam, e, por tanto, eram utilizadas vegetações inapropriadas, iluminação incorreta, o que,
ao invés de agregar valor aos equipamentos urbanos, passou a gerar locais inseguros,
principalmente no período noturno, por haverem zonas de sombreamento excessivas, e por
muitas vezes, não serem constituídos de áreas como parque infantil, com equipamentos de
ginástica, mesas destinadas para jogos como xadrez, dama, que poderiam atrair pessoas das
mais diversas faixas etárias, e por tanto, mantendo-se por muitas vezes subutilizados.
A história da iluminação relembra que, focando principalmente no Brasil, a iluminação
urbana teve início somente com o intuito gerar ‘clareamento’ às noites das cidades. Conforme
dito por Carvalho (2010:01), em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil, trazendo as formas
de iluminação que utilizavam na Europa, as lamparinas, sendo as mesmas feitas a base de
alguns tipos de óleo, como o vegetal e de oliva. Como até o século XVIII não existia luz
elétrica, até mesmo as festas eram iluminadas com velas de sebo e gordura.
É deste tempo, o projeto de outro melhoramento notável; o referente à iluminação
pública e de que resultou a aprovação, a 13 de abril de 1849, do plano de
distribuição dos dezessete lampiões encomendados para a cidade, pelo qual eram
designadas as casas em que seriam eles colocados. É de crer, houvesse sido bem
estudada essa distribuição. Conclui-se de outra parte a ciumeira dos não
contemplados, nas fachadas das suas casas com tais fontes de iluminação. Houve
reclamações e consequentemente algumas modificações no plano. Seria uma vida
nova para as noites escuras de Curitiba. Não mais haviam de tropeçar em obstáculos
que às vezes eram animais. Os atoleiros das ruas ficariam visíveis aos que
retornassem de visitas noturnas a amigos. O melhoramente recebeu os aplausos dos
habitantes da cidade (PILOTTO, 1967:13).

Somente no século XIX, algumas cidades como Rio de Janeiro passaram a utilizar-se de
luminárias a base de óleo de baleia. A primeira cidade a utilizar a iluminação a gás foi são
Paulo, porém foi em Campos, no Rio de Janeiro onde se utilizou pela primeira vez no país a
luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica na cidade. Portanto,
aos poucos os lampiões que durante muito tempo eram os únicos responsáveis pela
iluminação das cidades brasileiras, foram sendo substituídos pela luz elétrica.
Podemos observar, com todo esse histórico, que o foco da iluminação elétrica naquela época
era puro e simplesmente de iluminar as ruas das cidades e residências, sem levar em
consideração qualquer tipo de esteticidade ou luminotecnia, sem haver qualquer análise de
escolha do melhor tipo de lâmpada a ser utilizada ou itens do tipo, fato totalmente
compreensível para a época.
Com a chegada da iluminação elétrica, ainda que não pensada projetualmente, a vida das
pessoas daquela época tomou um novo rumo, alterando completamente a vida noturna nas
cidades. Ainda que sem projeto, a iluminação que deixou de ser feita por lampiões e passou a

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ser realizada por lâmpadas, trouxe maior iluminação para as ruas das cidades, deixando-as
mais seguras, e as pessoas passaram a aproveitar mais da vida noturna.
Caminhando um pouco mais à frente na história, na década de 1960, o problema da
iluminação nas ruas das cidades se tornou ainda maior, pois ainda não se dava a devida
importância aos projetos específicos da área, e havia um aumento drástico no trânsito de
veículos.
O resultado foi uma iluminação uniforme (para os usuários dos veículos) e pouco
refinada, com problemas de poluição luminosa e sombras indesejáveis projetadas
sobre as calçadas (péssimo para pedestres e a edificação circundante). Pela sua vez,
a iluminação artificial dos edifícios (dominantes da época, as famosas torres de
vidro) que escapa pelas suas aberturas cria conflito, também, no espaço urbano com
a iluminação pública e com os componentes do próprio recinto, além de significar
desperdício energético (MASCARÓ, 2006:03).
Geralmente o posteamento existente nas cidades são instalados de forma a representar
simplesmente pontos de luz, que não se relacionam com nada ao seu redor. Por isso muitas
cidades que se mostram encantadoras durante o dia, desaparecem ao anoitecer ainda nos dias
de hoje. Suas silhuetas e belezas naturais, por mais surpreendentes que sejam, ficam
desvalorizadas. Mas será que o correto seria termos as mesmas sensações nas cidades durante
o dia e a noite? Uma iluminação que conseguisse ser o mais fiel à paisagem diurna seria a
mais indicada? Dificilmente se conseguirá proporcionar um mesmo espaço urbano diurno e
noturno, que permita aos seus usuários sentirem sensações idênticas, seria algo quase que
impossível, afinal são ambientes muitos diferenciados principalmente quando falamos da luz
natural, advinda do sol, que consegue iluminar os ambientes quase que homogeneamente
durante o dia, sendo a luz de melhor índice de reprodução de cor existente. Porém, a noite
podem sim ser criados ambientes extraordinários com a ajuda da luz artificial, ambientes até
mesmo mais ou tão encantadores quanto o são durante o dia. As fontes luminosas das grandes
cidades são bons exemplos de como a paisagem noturna pode ser valorizada com um
equipamento que se enaltece ao escurecer.

Figura 1 – Fonte Burj Dubai – Dubai – Visual diurno


Fonte: http://soteconto.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html (2010)

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Figura 2 – Fonte Burj Dubai – Dubai – Visual noturno


Fonte: http://nucleope.com.br/noticias/visualizar/?id=88 (2013)

O planejamento dos equipamentos urbanos deve levar em consideração as diversas


percepções do olho humano, sendo pensado para a paisagem diurna e noturna, afim de
valorizar os ambientes em qualquer uma destas situações. As cidades não devem ‘sumir’ ao
escurecer, mas sim renascer a partir de um novo olhar, uma nova paisagem.
2. Método adotado
O método adotado para a elaboração deste artigo foi o da realização de uma pesquisa
bibliográfica através de diversos autores sobre o tema em questão, afim de comprovar as
mudanças de pensamento e atitude que os profissionais da área de arquitetura e urbanismo
devem fazer, juntamente com os demais setores envolvidos nos projetos, como os poderes
públicos e privados. O período de tempo dedicado a pesquisa destes dados foi de 3 meses. Os
dados coletados de uma forma geral falam um pouco sobre a história da iluminação no Brasil,
demonstrando seu caminho desde os lampiões à base óleo da época colonial até a chegada da
energia elétrica nas cidades, além das problemáticas geradas com a evolução dos tempos, com
a chegada dos veículos e suas respectivas vias e rodovias, praças e áreas de lazer das cidades,
as quais tiveram pouca ou quase nenhuma atenção dos seus governantes, quando a iluminação
era feita sem critérios projetuais específicos, e a vegetação desvalorizada e mal especificada.
3. Influência da utilização da iluminação e do paisagismo ‘corretos’ nos equipamentos
urbanos
Segundo Santos (2005:33), no Brasil, os projetos de iluminação, neste caso falando das vias,
são executados afim de simplesmente atender a iluminância determinada pela Norma
Brasileira – NBR 5101, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, na qual não
há a preocupação com o ambiente arquitetônico. Porém, infelizmente, as vias não são o único
projeto público onde os profissionais projetam afim de somente atender as normas, sendo
assim também com praças, jardins, entre outros equipamentos urbanos pela cidade. Ainda
existem também, os casos de projetos que não seguem nem ao menos as normas básicas
estabelecidas na ABNT.
No entanto, alguns profissionais da área vêm tentando alterar essa realidade, através da
revitalização de projetos pré-existentes e da execução de novos projetos, já considerando a
integração dos projetos luminotécnicos e paisagísticos. Muitas vezes, quando falamos de
projetos de ordem pública, alguns políticos também aliados à interesses privados, e

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interessados em sua reputação, principalmente no caso de mandatos iniciantes, desejando


‘mostrar trabalho’, contratam projetos de arquitetura e urbanismo mais elaborados, fazendo
questão de contratar profissionais reconhecidos no mercado, que já tenham experiência com
projetos ‘completos’ e interligados. Por um bom motivo ou não, ao menos a população tem se
beneficiado de alguma forma com estas ações.
Em décadas passadas, a tendência foi aumentar a iluminância e instalar
equipamentos mais ornamentais; em vez de fornecer o mínimo necessário, os
proponentes entusiastas de “uma melhor iluminação” freqüentemente queriam o
óbvio: mais luz melhor distribuída. Mas atualmente se enfatiza novos aspectos de
projeto e se revisa os valores usados, como são os casos de Rio de Janeiro, Curitiba
e Buenos Aires, reconhecendo, por exemplo, que o desenho dos postes e das
luminárias pode ser requintado, como já o foi em outras épocas, representando uma
boa oportunidade para o desenho de objetos de uso artisticamente resolvidos. E se
incorpora os novos princípios do processo de projeto da iluminação do espaço
urbano tais como a inexistência de poluição luminosa e do ofuscamento assim como
a de se ter uma boa reprodução das cores; note-se o cuidado do projeto que evita
produzir um halo luminoso sobre o conjunto de edifícios, destacando cada um deles
sem ofuscar. (MASCARÓ, 2006:03).

Um bom exemplo de intervenção feita em uma praça existente e mal tratada foi a realizada na
Praça Celso Ramos, em Florianópolis, SC. Segundo Castro (2010), o maior desafio do projeto
foi o de modificar o espaço, preservando sua estrutura, mantendo as árvores adultas existentes
e respeitando o espaço contemplativo que a praça já possuía. O projeto valorizou-se por
canteiros de herbáceas forragivas com desenho orgânicos, afim de gerar um movimento visual
a praça. A iluminação foi toda modificada e refeita de forma a agradar os seus visitantes ao
mesmo tempo que retirou o ar inseguro gerado por sombras e ambientes mal iluminados antes
existentes na mesma. Todos os equipamentos urbanos foram modificados e adaptados à nova
realidade da praça, como novos postes e luminárias diversas, equipamentos de ginástica,
bancos de madeira, enfim, a praça ganhou ‘vida’ (Figuras 3 e 4).

Figura 3 – Praça Governador Celso Ramos – Florianópolis – SC


Fonte: http://www.jardinseafins.com.br (2010)

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Figura 4 – Praça Governador Celso Ramos – Florianópolis – SC


Fonte: http://www.woa.com.br (2010)

Outra grande intervenção feita no Brasil e que representou até mesmo destaque na quinta
edição do Prêmio Abilux, garantindo a terceira colocação do Brasil na categoria fachadas,
monumentos, jardins e espaços públicos, foi a realizada na Praça Hercílio Luz, situada no
Centro Histórico de São José, Santa Catarina.

Figura 5 – Praça Hercílio Luz – São José – SC


Fonte: http://www.portouniaosc.com.br (2012)
Conforme dito por Rockhaus (2005), a iluminação exterior pode prolongar o dia e mudar
radicalmente o ambiente de seus espaços ao ar livre, e nesta cidade o reflexo desta grande
intervenção a tornou mais iluminada e as praças e ruas tornaram-se pontos turísticos
valorizados, sendo que a população local foi quem mais se beneficiou com esta nova
realidade. Esta passou a conviver com ambientes mais agradáveis, que atendem a todas as
faixas etárias e promovem a boa convivência entre seus habitantes, estando agora em um local
visivelmente mais seguros.

4. A luz
Segundo Magalhães (2010), a luz é a radiação eletromagnética que produz a sensação visual,
porém o ser humano somente consegue ver uma pequena parte do espectro eletromagnético,
entre as frequências 400nm e 700nm, que é a radiação visível, situada entre a radiação infra-

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vermelha e ultra-violeta. Já a luz solar tem uma gama maior no espectro eletromagnético,
variando entre os raios-x até as ondas rádio (Figura 5).
Há mais alguns outros parâmetros que podem ser utilizados para caracterização da luz, e eles
são: O Fluxo luminoso, que é a quantidade de luz emitida por uma determinada fonte, sendo
sua unidades o lúmen (lm); Intensidade luminosa, medida em candelas (cd), representa a
quantidade de fluxo luminoso transmitido em uma determinada direção, e sua distribuição
espacial de intensidade luminosa é quem define a forma do raio de luz emitido pelas
luminárias; Iluminância é a quantidade de luz que incide em uma área e sua unidade de
medida é lx (lux); Luminância é a quantidade de luz refletida por uma unidade de área, sendo
medida en cd/m², dependendo da fonte que é emitida, da superfícia sobre a qual incide e do
seu observador.

Figura 5 – Espectro Eletromagnético


Fonte: http://www.ctb.com.pt (2011)

Já a temperatura de cor (Figura 6) é expressa em kelvin (ºK) e , segundo Narboni (2003)


permite precisar o grau de coloração da luz branca emitida. A temperatura de cor mexe com
as sensações do ser humano nos mais diversos ambientes, podendo projetualmente torná-lo
mais frio e duro, ou mais aconchegante e leve. Geralmente estas sensações são geradas
respectivamente pela luz branca e amarela, sendo estes recursos muito utilizados em projetos
urbanísticos, arquitetônicos e de interiores. A luz amarela, a depender de onde for utilizada,
apesar do aconchego que gera, pode trazer insegurança, já a luz branca, por permitir uma
sensação maior de claridade, emite mais segurança, fato este que pode perfeitamente ser
estudado e adaptado pelos arquitetos, paisagistas e light designers, produzindo diversos
efeitos, muitas vezes casados com estas duas temperaturas de cor.

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Figura 6 – Tabela de temperaturas de cor (Ta)


Fonte: http://garagembr.com.br (2013)

O índice de reprodução da cor (IRC) mede o quanto a luz artificial se aproxima da natural e é
um outro aspecto importantíssimo que deve ser considerado ao se elaborar projetos em todos
os âmbitos, pois quando se utiliza uma lâmpada com um baixo IRC, objetos, alimentos,
figuras, podem ter seus aspectos originais completamente modificados, e na maioria das
vezes, para pior. Uma comida, por exemplo, que pode estar em perfeito estado para
degustação, quando uma lâmpada que incide em sua superfície tem um baixo índice de
reprodução de cor, a mesma pode aparentar que está estragada. Uma roupa que
experimentamos em determinada loja pode ter uma cor, e quando chegarmos em casa
percebermos que não é bem da cor que imaginávamos ter comprado, sua tonalidade está
modificada.
Conforme dito por Grosso (2012), na escala de IRC (Figura 10), quanto mais próximo de 100,
que é a referência que mais se aproxima a luz solar, mais fielmente as cores serão percebidas.
Portanto, existem lâmpadas com IRC 100 e muitas abaixo disso, o que pode explicar tais
alterações de cor (Figura 7) já exemplificadas acima.

Figura 7 – Foto com ilustração de utilização de lâmpadas de baixa e alta reprodução de cor
Fonte: Avant (2012)

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Contudo, o IRC não está ligado à tempartura de cor das lâmpadas, sendo que,
independentemente de serem amarelas ou brancas, podem ter um bom índice de reprodução
de cor. As lâmpadas com IRC acima de 80 reproduzem bem o espectro de cores para o olho
humano, sendo que abaixo disso, já se pode perceber a diferença na tonalidade.
Contudo, apesar de sempre se valorizar a utilização de lâmpadas com um bom IRC, existem
ambientes, principalmente quando falamos dos urbanos, como vias de passagem e túneis,
onde o importante é haver um bom fluxo luminoso, ter uma boa durabilidade das lâmpadas,
através de sua alta eficiência energética, já que nestes locais a troca das mesmas não se faz tão
simplesmente como em residências, e a reprodução fiel da cor não é tão importante. Portanto,
geralmente têm-se utilizado lâmpadas de descarga de vapor de sódio, que têm um péssimo
IRC, mas que atendem as características citadas acima.

Figura 8 - Lâmpada a vapor de sódio


http://www.electronica-pt.com (2007)

As lâmpadas a vapor de sódio (Figura 8) podem ainda ser utilizadas em dois formatos, sob
baixa pressão ou sob alta pressão. A lâmpada a vapor de sódio sob baixa pressão foi
desenvolvida por volta de 1930, justamente objetivando o melhor rendimento possível das
lâmpadas, além da melhoria na segurança das grandes vias expressas. Portanto, esta tornou-se
a fonte de luz artificial de maior rendimento, podendo ser superior a 180lumens/watt, tendo
sido muito utilizada na década de 50, quando ainda não haviam chegado ao mercado as
lâmpadas de vapor de sódio sob alta pressão.
As lâmpadas a vapor de sódio sob alta pressão (Figura 9) possuem alta eficiência,
durabilidade e confiabilidade. Elas utilizam o mesmo princípio da lâmpada a vapor de sódio
sob baixa pressão, com funcionamento a descarga num tubo de vidro especial em forma de U
e difere-se, segundo Dias (2004), pelo fato de utilizarem uma mistura de sódio com mercúrio,
além de gases nobres que iniciam a ignição da lâmpada. Foi necessária a confecção de um
tubo que suportasse a agressividade do sódio sob altas temperaturas e pressões, a alumina, um
tipo especial de cerâmica translúcida. Por seu espectro ser muito mais rico que as lâmpadas a
vapor de sódio de baixa pressão, sua utilização se sobrepôs sobre esta, mesmo tendo-se o
conhecimentos de que seu rendimento é um pouco menor, pois apesar disto, ainda ocupa o
lugar da lâmpada de segundo maior rendimento dentre as fontes de luz artificiais.

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Figura 9 - Diagrama de uma lâmpada de vapor de sódio de alta pressão


http://pt.wikipedia.org (2006)
As lâmpadas incandescente, que são as mais antigas existentes, estão em um outro extremo no
âmbito do índice de reprodução de cor, chegando ao IRC 100, porém têm baixa eficiência
energética, já que gastam muita energia para produzir muito calor e pouca luz. Esta lâmpada
sempre foi muito utilizada em residências e espaços comerciais, para iluminação geral,
decorativa ou de efeito, ao passo que por ter uma cor amarelada consegue representar
aconchego aos ambientes em que é utilizada, mas que, por seu baixo rendimento, estão sendo
substituídas pelas lâmpadas fluorescentes.
Por tanto é necessário saber quais lâmpadas devem ser utilizadas nos espaços criados pelos
projetos arquitetônicos, paisagísticos e urbaníscos, adaptando suas características a sua
utilidade. Nas vias, onde a necessidade maior é a durabilidade e eficiência energética, no
paisagismo das praças, por exemplo, quando o objetivo é criar um ambiente de aconchego e
segurança, proporcionando destaque a algumas vegetações, ou em passagens e caminhos,
quando o objetivo é destaca-los em meio ao ambiente em que se encontram, sem ofuscar os
olhos dos seus transeuntes.

Figura 10 – Tabela IRC da Avant


Fonte: Avant (2012)

As lâmpadas halógenas também são consideradas incandescentes, sendo ainda de baixa


eficiência quando utilizadas para redes de tensão 110/220v, porém sendo mais eficientes do
que as incandescentes comuns. Já as utilizadas para redes de baixa tensão, de 12V, possuem
alta eficiência. As lâmpadas utilizadas nas redes de 110/220V são as PAR 20, 30 e 38, a

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halopin, as halógenas palito e a bipino. Já as utilizadas na rede de 12V são as AR 48, 70 e


111, dicróicas e mini-dicróicas e PAR 16 ou GZ10.
Elas também são utilizadas em residências e áreas comerciais, porém são muito mais
utilizadas do que as fluorescentes comuns, principalmente em projetos de arquitetura de
interiores e exteriores, quando se desejam destacar objetos ou obras de arte, e o paisagismo de
forma geral, sendo cada uma delas utilizadas direccionalmente para cada uma de suas
especificidades.
As lâmpadas PAR 20, 30 e 38 são muito utilizadas para uma iluminação dirigida e de
destaque, principalmente na iluminação de exteriores, no paisagismo. Possuem um alto índice
de reprodução de cor, sendo indicadas para valorizar produtos em exposição, e para locais
para maquiagem. As características principais destas lâmpadas são:
 PAR 20: Ilumina pequenos objetos com pouca distância, utilizada para iluminação de
destaque;
 PAR 30: Ilumina objetos que estão entre 3 e 3.5 metros de distância da lâmpada, sendo
60 % do seu facho luminoso concentrado no centro da lâmpada. É bem utilizada em
vitrines, museus e galerias de artes e principalmente na iluminação de jardins
 PAR 38: Ideal para iluminar pé direito duplo ou árvores altas, sendo utilizada para
distâncias de 5 a 6 metros entre a lâmpada e o objeto.

Figura 11 - Árvore iluminada de baixo para cima.


Fonte: http://olhares.uol.com.br (2011)

Lâmpadas Halopin sempre reproduz a cor branca, sendo utilizada principalmente em


balizadores, porém, por seu alto índice de reprodução de calor, deve ser instalada distante de
seus usuários, evitando assim o contato com as mesmas.
As lâmpadas do tipo palito produzem uma luz morna, uniforme e brilhante, sendo ideal para
iluminar grandes áreas internas e pequenas áreas externas, além de ter um IRC 100,
considerado o que mais se assemelha a luz solar, luz que mais perfeitamente reproduz a cor.

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As lâmpadas AR 48, 70 e 111 podem ser utilizadas tanto para iluminação de destaque como
em áreas maiores, podendo variar sua angulação 4 a 24 graus. As principais características
destas lâmpadas são:
 AR 48: Utilizada para pequenas distâncias entre o objeto e a lâmpada, sendo ideal para
leitura por emitir uma iluminação suave;
 AR 70: Utilizada para distâncias de até 3 metros;
 AR 111: Utilizada para grandes distâncias de até 8 metros;
Já as lâmpadas mini-dicróicas e dicróicas são ideais para dar destaque a objetos, bancadas,
estantes, possuindo uma grande diversidade de aberturas de fachos luminosos. Por serem
lâmpadas de baixa tensão, necessitam da utilização de um trasnformador para serem
instaladas. Possuem um alto consumo de energia, sendo somente menor do que as lâmpadas
incandescentes comuns, liberando uma grande quantidade de calor. Esta grande quantidade de
calor proporciona o aumento da temperatura logo abaixo dos locais para onde a lâmpada está
sendo direcionada, e por isso devem ser ao máximo evitada em locais onde pessoas,
vegetações e animais fiquem por um longo período de tempo.
As lâmpadas que hoje são consideradas com alta eficiência energética e com baixo consumo
de energia, são as lâmpadas fluorescentes, tendo sido amplamente utilizadas em residências e
lojas comerciais, sobrepondo-se em utilização às lâmpadas incandescentes, que consomem
muito mais energia. Podem ser utilizadas para iluminação geral, decorativas e de efeito,
possuindo produção nas mais diversas cores, que intuem justamente a amplitude de sua
utilização.
As lâmpadas de LED são o que de mais moderno existe no mercado em tecnologia e
amplitude de utilização.
O LED foi inventado por um russo chamado Oleg Vladimirovich Losev, na década
de 1920. Esta fonte de luz eletrônica foi introduzida nos EUA durante os anos de
1960. As primeiras versões de LED emitem luz apenas de baixa intensidade
vermelho, mas agora, eles estão disponíveis em várias cores e cumprimentos de
onda. No presente, os LEDs são utilizados para uma variedade de fins e são muito
populares por sua durabilidade, eficiência e compatíveis com o ambiente natural.
(Word Press, 2011).

Esta lâmpada possui um consumo de energia baixíssimo, sendo o tipo de lâmpada perfeita
para iluminação de jardins, não precisando de manutenção constante no que se refere à trocas,
pois têm vida útil extremamente longa, mostrandos-e uma lâmpada ecologicamente correta.
Ela está disponível em diferentes ampéres e tensões, sendo adapatável às diferentes
necessidades projetuais requisitadas. Esta tecnologia avançada juntamente a sua longa vida,
está aliada a um alto custo de aquisição, porém estes fatores qualitativos fazem valer a pena o
seu consumo, principalmente quando consideramos também o benefício proporcionado ao
meio ambiente.

5. O Paisagismo

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De acordo com Ferreira (2001), a praça é lugar público cercado de edifícios; mercado; feira.
Conjunto das casas comerciais duma cidade, e a mesma é um dos locais onde mais podemos
ter o contato com o paisagismo urbano, possibilitando o contato com suas mais diversas
espécies, formas e tamanhos, sendo até mesmo responsável pela definição espacial destas
praças. A vegetação, além de ter sua função ambiental, também proporciona a sensação do
natural ou rural, aconchego, sendo que no período noturno, essa sensação pode ser ainda mais
forte com a utilização da iluminação correta e agradável, não ofuscante e branda.
Conforme dito por Barbosa (2007), a mais antiga manifestação do paisagismo no Brasil
ocorreu na primeira metade do século XVII em Pernambuco, por obra de Maurício de Nassau,
quando foram plantadas plantas frutíferas como laranjeiras e limoeiros.
A História documentada do paisagismo iniciou-se com a chegada de Dom João VI
em 1807, destinou ao jardim Botânico a vocação de fomentar espécies vegetais para
a produção de carvão, matéria prima para a fabricação de pólvora, por exemplo,
Albizzi lebeck (Coração Negro),Eucalyptus gigantea (Eucalipto), etc.
Em 1809 Dom JoãoVI invadiu a Guiana Francesa, revidando a ocupação de Portugal
pelos Franceses. Como despojos dessa guerra, chegaram ao Brasil espécies frutíferas
como: abacateiro, caramboleira, jambeiro, tamarindeiro, jaqueira, etc. Contratado
por Dom João VI, o agrônomo Francês Paul Gemam introduziu inúmeras espécies,
dentre elas: Acalifas, Crótons, Jasmim-manga, Bico-de-papagaio, etc.
(BARBOSA,2007)

Somente em 1858, no Rio de Janeiro, se utilizou pela primeira vez no Brasil árvores floríferas
no paisagismo e a urbanização feita através deste tipo de vegetação se espalhou por todo o
país. Contudo, nem sempre era utilizada a espécie correta ou mais adequada a cada tipo de
ambiente, clima ou tinha-se o bom gosto em sua escolha, o que pode também justificar a
presença nos dias atuais de muitas vegetações inadequadas em praças, passeios e demais áreas
públicas, e residências mais antigas.
O paisagismo pode além de embelezar os locais em que ‘se mostra’ da forma correta,
satisfazer o pisicológico das pessoas, no momento em que têm contato com a vegetação e com
o ambiete que criam. Além disso, o mesmo tem a capacidade de criar sombras e filtrar ruídos,
amenizando a poluição sonora nos ambientes. Ele consegue amenizar a temperatura do
ambiente em que se encontra e de suas proximidade. Por isso, em muitos projetos
arquitetônicos, indicam-se a utilização de vegetações estrategicamente posicionadas que
possam justamente amenizar o ruído de ruas muito movimentadas, por exemplo, enfrete à
escolas, ou até mesmo para criarem um microclima local que possa amenizar a temperatura de
locais muito quentes, ao tempo que melhora a qualidade do ar, aumenta seu teor de oxigênio e
umidade, absorvendo o gás carbônico.
Enfim, o paisagismo consegue embelezar os ambientes com suas diversidades plásticas de
cor, forma e textura, podendo desempenhar funções ainda maiores que beneficiam a toda a
sociedade, e por isso nunca devem ser menosprezados no momento da execução dos projetos
de arquitetura, urbanismo e interiores.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos
Julho 2014

6. Conclusão
Analisando todo o estudo realizado sobre o tema ‘influência da iluminação de exteriores na
valorização do paisagismo e equipamentos urbanos’, chegou-se à conclusão de que existem
ainda muitos ambientes como praças, avenidas que foram projetados erroneamente e não se
adaptaram a novos projetos de arquitetura, paisagismo, iluminação e urbanização. Porém,
quando esta adaptação ocorre, há uma grande revolução local, espacial, humana, enfim, em
todos os aspectos possíveis que ambientes como esse possam agregar, a ponto de gerar uma
maior convivência com os seus usuários, proporcionar segurança, e valorizar o paisagismo,
que por vezes fica penalizado quando escondido entre sombras e especificações errôneas.
Acredita-se que ambientes ainda não adaptados, vão acabar sendo influenciados pelo sucesso
dos que já o foram, apesar de saber que este não será um processo rápido, mas que já teve sim
seu pontapé inicial, a esperança foi plantada.
Pôde-se conhecer um pouco dos tantos tipos de lâmpadas que o mercado proporciona aos
projetistas, e qual deve ser a utilização ideal de cada uma, e por tanto, quando esta escolha
estiver alinhada a especificação certa da vegetação a ser utilizada nos ambientes, será o
casamento perfeito para um bom projeto, que terá reconhecimento de todos e proporcionará
condições ideais de uso para toda a população.

Referências
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casa. 2013.

BARBOSA, Edglay Lima. Estudo das plantas arbóreas e ornamentais das praças
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