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Julho 2014
Resumo
Este artigo apresenta uma análise sobre a influência da iluminação de exteriores na
valorização do paisagismo e dos equipamentos urbanos, de forma a transmitir a importância
dos projetos luminotécnicos para tais ambientes, muitas vezes desconsiderados ou
menosprezados nos projetos arquitetônicos e urbanísticos. A luz é uma das ferramentas mais
importantes no momento da realização destes projetos, sendo que a mesma pode
proporcionar diferentes maneiras de ver e sentir o mundo e suas paisagens. Nos dias atuais,
tem sido crescennte a popularidade do paisagismo, e por tanto, já se permite de certa forma
dar mais atenção e valor a este tipo de projeto, tanto no exterior das edificações, como nos
equipamentos urbanos, porém a caminhada para conscientização de todos sobre essa
questão, ainda é longa. Este artigo pretende concientizar as pessoas da importância destes
projetos específicos, afim de comprovar através de pesquisas e imagens como um ambiente
pode se tornar mais seguro e convidativo quando iluminado da forma correta, levando em
consideração também a utilização da vegetação ideal para cada tipo de ambiente. Como
metodologia para o desenvolvimento deste trabalho, foram adotadas a pesquisa exploratória
e descritiva, através de leitura de livros, arquivos da iternet e do estudo de projetos
arquitetônicos, paisagísticos e luminotécnicos ligados ao tema. Através do estudo sobre a
problemática indicada acima, chegou-se ao resultado já esperado de que devemos o mais
rápido possível adaptar os nosso projetos pré-existentes e em execução projetual de
arquitetura e urbanismo tanto de residências, quanto dos equipamentos urbanos, à um bom
projeto luminotécnico e paisagístico. Nas residências podemos ter sensações positivas, de
aconchego, e até mesmo segurança, a depender da dimensão dos seus jardins, e nos
equipamentos urbanos como grandes praças, eliminam-se sombras, vegetaçãoes incoerentes,
utilizam-se luminárias mais eficazes, determinando-se focos luminosos, tipos de lâmpadas e
alturas de posteamentos corretos, entre outors, tornando os ambientes mais convidativos e
visualemnte mais seguros. Portanto, podemos concluir que a arquitetura é um ramo que
sempre deve caminhar cruzado com todas as ramificações de sua área como o paisagismo,
iluminação, urbanização, para assim podermos chegar realmente a um bom resultado
projetual, que proporcione prazer e aconchego aos seus usuários, estes sentindo e
valorizando ainda mais o trabalho e esforço realizado pelos profissionais da érea em gerar
todas essas sensações.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos
Julho 2014
1. Introdução
A valorização dos espaços urbanos e das áreas de paisagismo exteriores às edificações eram
itens negligenciados pelos arquitetos e urbanistas, quando os mesmos não incluíam em seus
projetos a luminotecnia como algo primordial e engrandecedor dos espaços que desejavam
criar. Além disto, os governantes, responsáveis pela execução dos espaços urbanos das
cidades, não se importavam em contratar profissionais especializados que pudessem projetar
estes ambientes levando em consideração a real importância e magnitude que estes espaços
mereciam, e, por tanto, eram utilizadas vegetações inapropriadas, iluminação incorreta, o que,
ao invés de agregar valor aos equipamentos urbanos, passou a gerar locais inseguros,
principalmente no período noturno, por haverem zonas de sombreamento excessivas, e por
muitas vezes, não serem constituídos de áreas como parque infantil, com equipamentos de
ginástica, mesas destinadas para jogos como xadrez, dama, que poderiam atrair pessoas das
mais diversas faixas etárias, e por tanto, mantendo-se por muitas vezes subutilizados.
A história da iluminação relembra que, focando principalmente no Brasil, a iluminação
urbana teve início somente com o intuito gerar ‘clareamento’ às noites das cidades. Conforme
dito por Carvalho (2010:01), em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil, trazendo as formas
de iluminação que utilizavam na Europa, as lamparinas, sendo as mesmas feitas a base de
alguns tipos de óleo, como o vegetal e de oliva. Como até o século XVIII não existia luz
elétrica, até mesmo as festas eram iluminadas com velas de sebo e gordura.
É deste tempo, o projeto de outro melhoramento notável; o referente à iluminação
pública e de que resultou a aprovação, a 13 de abril de 1849, do plano de
distribuição dos dezessete lampiões encomendados para a cidade, pelo qual eram
designadas as casas em que seriam eles colocados. É de crer, houvesse sido bem
estudada essa distribuição. Conclui-se de outra parte a ciumeira dos não
contemplados, nas fachadas das suas casas com tais fontes de iluminação. Houve
reclamações e consequentemente algumas modificações no plano. Seria uma vida
nova para as noites escuras de Curitiba. Não mais haviam de tropeçar em obstáculos
que às vezes eram animais. Os atoleiros das ruas ficariam visíveis aos que
retornassem de visitas noturnas a amigos. O melhoramente recebeu os aplausos dos
habitantes da cidade (PILOTTO, 1967:13).
Somente no século XIX, algumas cidades como Rio de Janeiro passaram a utilizar-se de
luminárias a base de óleo de baleia. A primeira cidade a utilizar a iluminação a gás foi são
Paulo, porém foi em Campos, no Rio de Janeiro onde se utilizou pela primeira vez no país a
luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica na cidade. Portanto,
aos poucos os lampiões que durante muito tempo eram os únicos responsáveis pela
iluminação das cidades brasileiras, foram sendo substituídos pela luz elétrica.
Podemos observar, com todo esse histórico, que o foco da iluminação elétrica naquela época
era puro e simplesmente de iluminar as ruas das cidades e residências, sem levar em
consideração qualquer tipo de esteticidade ou luminotecnia, sem haver qualquer análise de
escolha do melhor tipo de lâmpada a ser utilizada ou itens do tipo, fato totalmente
compreensível para a época.
Com a chegada da iluminação elétrica, ainda que não pensada projetualmente, a vida das
pessoas daquela época tomou um novo rumo, alterando completamente a vida noturna nas
cidades. Ainda que sem projeto, a iluminação que deixou de ser feita por lampiões e passou a
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ser realizada por lâmpadas, trouxe maior iluminação para as ruas das cidades, deixando-as
mais seguras, e as pessoas passaram a aproveitar mais da vida noturna.
Caminhando um pouco mais à frente na história, na década de 1960, o problema da
iluminação nas ruas das cidades se tornou ainda maior, pois ainda não se dava a devida
importância aos projetos específicos da área, e havia um aumento drástico no trânsito de
veículos.
O resultado foi uma iluminação uniforme (para os usuários dos veículos) e pouco
refinada, com problemas de poluição luminosa e sombras indesejáveis projetadas
sobre as calçadas (péssimo para pedestres e a edificação circundante). Pela sua vez,
a iluminação artificial dos edifícios (dominantes da época, as famosas torres de
vidro) que escapa pelas suas aberturas cria conflito, também, no espaço urbano com
a iluminação pública e com os componentes do próprio recinto, além de significar
desperdício energético (MASCARÓ, 2006:03).
Geralmente o posteamento existente nas cidades são instalados de forma a representar
simplesmente pontos de luz, que não se relacionam com nada ao seu redor. Por isso muitas
cidades que se mostram encantadoras durante o dia, desaparecem ao anoitecer ainda nos dias
de hoje. Suas silhuetas e belezas naturais, por mais surpreendentes que sejam, ficam
desvalorizadas. Mas será que o correto seria termos as mesmas sensações nas cidades durante
o dia e a noite? Uma iluminação que conseguisse ser o mais fiel à paisagem diurna seria a
mais indicada? Dificilmente se conseguirá proporcionar um mesmo espaço urbano diurno e
noturno, que permita aos seus usuários sentirem sensações idênticas, seria algo quase que
impossível, afinal são ambientes muitos diferenciados principalmente quando falamos da luz
natural, advinda do sol, que consegue iluminar os ambientes quase que homogeneamente
durante o dia, sendo a luz de melhor índice de reprodução de cor existente. Porém, a noite
podem sim ser criados ambientes extraordinários com a ajuda da luz artificial, ambientes até
mesmo mais ou tão encantadores quanto o são durante o dia. As fontes luminosas das grandes
cidades são bons exemplos de como a paisagem noturna pode ser valorizada com um
equipamento que se enaltece ao escurecer.
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Um bom exemplo de intervenção feita em uma praça existente e mal tratada foi a realizada na
Praça Celso Ramos, em Florianópolis, SC. Segundo Castro (2010), o maior desafio do projeto
foi o de modificar o espaço, preservando sua estrutura, mantendo as árvores adultas existentes
e respeitando o espaço contemplativo que a praça já possuía. O projeto valorizou-se por
canteiros de herbáceas forragivas com desenho orgânicos, afim de gerar um movimento visual
a praça. A iluminação foi toda modificada e refeita de forma a agradar os seus visitantes ao
mesmo tempo que retirou o ar inseguro gerado por sombras e ambientes mal iluminados antes
existentes na mesma. Todos os equipamentos urbanos foram modificados e adaptados à nova
realidade da praça, como novos postes e luminárias diversas, equipamentos de ginástica,
bancos de madeira, enfim, a praça ganhou ‘vida’ (Figuras 3 e 4).
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Outra grande intervenção feita no Brasil e que representou até mesmo destaque na quinta
edição do Prêmio Abilux, garantindo a terceira colocação do Brasil na categoria fachadas,
monumentos, jardins e espaços públicos, foi a realizada na Praça Hercílio Luz, situada no
Centro Histórico de São José, Santa Catarina.
4. A luz
Segundo Magalhães (2010), a luz é a radiação eletromagnética que produz a sensação visual,
porém o ser humano somente consegue ver uma pequena parte do espectro eletromagnético,
entre as frequências 400nm e 700nm, que é a radiação visível, situada entre a radiação infra-
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vermelha e ultra-violeta. Já a luz solar tem uma gama maior no espectro eletromagnético,
variando entre os raios-x até as ondas rádio (Figura 5).
Há mais alguns outros parâmetros que podem ser utilizados para caracterização da luz, e eles
são: O Fluxo luminoso, que é a quantidade de luz emitida por uma determinada fonte, sendo
sua unidades o lúmen (lm); Intensidade luminosa, medida em candelas (cd), representa a
quantidade de fluxo luminoso transmitido em uma determinada direção, e sua distribuição
espacial de intensidade luminosa é quem define a forma do raio de luz emitido pelas
luminárias; Iluminância é a quantidade de luz que incide em uma área e sua unidade de
medida é lx (lux); Luminância é a quantidade de luz refletida por uma unidade de área, sendo
medida en cd/m², dependendo da fonte que é emitida, da superfícia sobre a qual incide e do
seu observador.
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O índice de reprodução da cor (IRC) mede o quanto a luz artificial se aproxima da natural e é
um outro aspecto importantíssimo que deve ser considerado ao se elaborar projetos em todos
os âmbitos, pois quando se utiliza uma lâmpada com um baixo IRC, objetos, alimentos,
figuras, podem ter seus aspectos originais completamente modificados, e na maioria das
vezes, para pior. Uma comida, por exemplo, que pode estar em perfeito estado para
degustação, quando uma lâmpada que incide em sua superfície tem um baixo índice de
reprodução de cor, a mesma pode aparentar que está estragada. Uma roupa que
experimentamos em determinada loja pode ter uma cor, e quando chegarmos em casa
percebermos que não é bem da cor que imaginávamos ter comprado, sua tonalidade está
modificada.
Conforme dito por Grosso (2012), na escala de IRC (Figura 10), quanto mais próximo de 100,
que é a referência que mais se aproxima a luz solar, mais fielmente as cores serão percebidas.
Portanto, existem lâmpadas com IRC 100 e muitas abaixo disso, o que pode explicar tais
alterações de cor (Figura 7) já exemplificadas acima.
Figura 7 – Foto com ilustração de utilização de lâmpadas de baixa e alta reprodução de cor
Fonte: Avant (2012)
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Contudo, o IRC não está ligado à tempartura de cor das lâmpadas, sendo que,
independentemente de serem amarelas ou brancas, podem ter um bom índice de reprodução
de cor. As lâmpadas com IRC acima de 80 reproduzem bem o espectro de cores para o olho
humano, sendo que abaixo disso, já se pode perceber a diferença na tonalidade.
Contudo, apesar de sempre se valorizar a utilização de lâmpadas com um bom IRC, existem
ambientes, principalmente quando falamos dos urbanos, como vias de passagem e túneis,
onde o importante é haver um bom fluxo luminoso, ter uma boa durabilidade das lâmpadas,
através de sua alta eficiência energética, já que nestes locais a troca das mesmas não se faz tão
simplesmente como em residências, e a reprodução fiel da cor não é tão importante. Portanto,
geralmente têm-se utilizado lâmpadas de descarga de vapor de sódio, que têm um péssimo
IRC, mas que atendem as características citadas acima.
As lâmpadas a vapor de sódio (Figura 8) podem ainda ser utilizadas em dois formatos, sob
baixa pressão ou sob alta pressão. A lâmpada a vapor de sódio sob baixa pressão foi
desenvolvida por volta de 1930, justamente objetivando o melhor rendimento possível das
lâmpadas, além da melhoria na segurança das grandes vias expressas. Portanto, esta tornou-se
a fonte de luz artificial de maior rendimento, podendo ser superior a 180lumens/watt, tendo
sido muito utilizada na década de 50, quando ainda não haviam chegado ao mercado as
lâmpadas de vapor de sódio sob alta pressão.
As lâmpadas a vapor de sódio sob alta pressão (Figura 9) possuem alta eficiência,
durabilidade e confiabilidade. Elas utilizam o mesmo princípio da lâmpada a vapor de sódio
sob baixa pressão, com funcionamento a descarga num tubo de vidro especial em forma de U
e difere-se, segundo Dias (2004), pelo fato de utilizarem uma mistura de sódio com mercúrio,
além de gases nobres que iniciam a ignição da lâmpada. Foi necessária a confecção de um
tubo que suportasse a agressividade do sódio sob altas temperaturas e pressões, a alumina, um
tipo especial de cerâmica translúcida. Por seu espectro ser muito mais rico que as lâmpadas a
vapor de sódio de baixa pressão, sua utilização se sobrepôs sobre esta, mesmo tendo-se o
conhecimentos de que seu rendimento é um pouco menor, pois apesar disto, ainda ocupa o
lugar da lâmpada de segundo maior rendimento dentre as fontes de luz artificiais.
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As lâmpadas AR 48, 70 e 111 podem ser utilizadas tanto para iluminação de destaque como
em áreas maiores, podendo variar sua angulação 4 a 24 graus. As principais características
destas lâmpadas são:
AR 48: Utilizada para pequenas distâncias entre o objeto e a lâmpada, sendo ideal para
leitura por emitir uma iluminação suave;
AR 70: Utilizada para distâncias de até 3 metros;
AR 111: Utilizada para grandes distâncias de até 8 metros;
Já as lâmpadas mini-dicróicas e dicróicas são ideais para dar destaque a objetos, bancadas,
estantes, possuindo uma grande diversidade de aberturas de fachos luminosos. Por serem
lâmpadas de baixa tensão, necessitam da utilização de um trasnformador para serem
instaladas. Possuem um alto consumo de energia, sendo somente menor do que as lâmpadas
incandescentes comuns, liberando uma grande quantidade de calor. Esta grande quantidade de
calor proporciona o aumento da temperatura logo abaixo dos locais para onde a lâmpada está
sendo direcionada, e por isso devem ser ao máximo evitada em locais onde pessoas,
vegetações e animais fiquem por um longo período de tempo.
As lâmpadas que hoje são consideradas com alta eficiência energética e com baixo consumo
de energia, são as lâmpadas fluorescentes, tendo sido amplamente utilizadas em residências e
lojas comerciais, sobrepondo-se em utilização às lâmpadas incandescentes, que consomem
muito mais energia. Podem ser utilizadas para iluminação geral, decorativas e de efeito,
possuindo produção nas mais diversas cores, que intuem justamente a amplitude de sua
utilização.
As lâmpadas de LED são o que de mais moderno existe no mercado em tecnologia e
amplitude de utilização.
O LED foi inventado por um russo chamado Oleg Vladimirovich Losev, na década
de 1920. Esta fonte de luz eletrônica foi introduzida nos EUA durante os anos de
1960. As primeiras versões de LED emitem luz apenas de baixa intensidade
vermelho, mas agora, eles estão disponíveis em várias cores e cumprimentos de
onda. No presente, os LEDs são utilizados para uma variedade de fins e são muito
populares por sua durabilidade, eficiência e compatíveis com o ambiente natural.
(Word Press, 2011).
Esta lâmpada possui um consumo de energia baixíssimo, sendo o tipo de lâmpada perfeita
para iluminação de jardins, não precisando de manutenção constante no que se refere à trocas,
pois têm vida útil extremamente longa, mostrandos-e uma lâmpada ecologicamente correta.
Ela está disponível em diferentes ampéres e tensões, sendo adapatável às diferentes
necessidades projetuais requisitadas. Esta tecnologia avançada juntamente a sua longa vida,
está aliada a um alto custo de aquisição, porém estes fatores qualitativos fazem valer a pena o
seu consumo, principalmente quando consideramos também o benefício proporcionado ao
meio ambiente.
5. O Paisagismo
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De acordo com Ferreira (2001), a praça é lugar público cercado de edifícios; mercado; feira.
Conjunto das casas comerciais duma cidade, e a mesma é um dos locais onde mais podemos
ter o contato com o paisagismo urbano, possibilitando o contato com suas mais diversas
espécies, formas e tamanhos, sendo até mesmo responsável pela definição espacial destas
praças. A vegetação, além de ter sua função ambiental, também proporciona a sensação do
natural ou rural, aconchego, sendo que no período noturno, essa sensação pode ser ainda mais
forte com a utilização da iluminação correta e agradável, não ofuscante e branda.
Conforme dito por Barbosa (2007), a mais antiga manifestação do paisagismo no Brasil
ocorreu na primeira metade do século XVII em Pernambuco, por obra de Maurício de Nassau,
quando foram plantadas plantas frutíferas como laranjeiras e limoeiros.
A História documentada do paisagismo iniciou-se com a chegada de Dom João VI
em 1807, destinou ao jardim Botânico a vocação de fomentar espécies vegetais para
a produção de carvão, matéria prima para a fabricação de pólvora, por exemplo,
Albizzi lebeck (Coração Negro),Eucalyptus gigantea (Eucalipto), etc.
Em 1809 Dom JoãoVI invadiu a Guiana Francesa, revidando a ocupação de Portugal
pelos Franceses. Como despojos dessa guerra, chegaram ao Brasil espécies frutíferas
como: abacateiro, caramboleira, jambeiro, tamarindeiro, jaqueira, etc. Contratado
por Dom João VI, o agrônomo Francês Paul Gemam introduziu inúmeras espécies,
dentre elas: Acalifas, Crótons, Jasmim-manga, Bico-de-papagaio, etc.
(BARBOSA,2007)
Somente em 1858, no Rio de Janeiro, se utilizou pela primeira vez no Brasil árvores floríferas
no paisagismo e a urbanização feita através deste tipo de vegetação se espalhou por todo o
país. Contudo, nem sempre era utilizada a espécie correta ou mais adequada a cada tipo de
ambiente, clima ou tinha-se o bom gosto em sua escolha, o que pode também justificar a
presença nos dias atuais de muitas vegetações inadequadas em praças, passeios e demais áreas
públicas, e residências mais antigas.
O paisagismo pode além de embelezar os locais em que ‘se mostra’ da forma correta,
satisfazer o pisicológico das pessoas, no momento em que têm contato com a vegetação e com
o ambiete que criam. Além disso, o mesmo tem a capacidade de criar sombras e filtrar ruídos,
amenizando a poluição sonora nos ambientes. Ele consegue amenizar a temperatura do
ambiente em que se encontra e de suas proximidade. Por isso, em muitos projetos
arquitetônicos, indicam-se a utilização de vegetações estrategicamente posicionadas que
possam justamente amenizar o ruído de ruas muito movimentadas, por exemplo, enfrete à
escolas, ou até mesmo para criarem um microclima local que possa amenizar a temperatura de
locais muito quentes, ao tempo que melhora a qualidade do ar, aumenta seu teor de oxigênio e
umidade, absorvendo o gás carbônico.
Enfim, o paisagismo consegue embelezar os ambientes com suas diversidades plásticas de
cor, forma e textura, podendo desempenhar funções ainda maiores que beneficiam a toda a
sociedade, e por isso nunca devem ser menosprezados no momento da execução dos projetos
de arquitetura, urbanismo e interiores.
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6. Conclusão
Analisando todo o estudo realizado sobre o tema ‘influência da iluminação de exteriores na
valorização do paisagismo e equipamentos urbanos’, chegou-se à conclusão de que existem
ainda muitos ambientes como praças, avenidas que foram projetados erroneamente e não se
adaptaram a novos projetos de arquitetura, paisagismo, iluminação e urbanização. Porém,
quando esta adaptação ocorre, há uma grande revolução local, espacial, humana, enfim, em
todos os aspectos possíveis que ambientes como esse possam agregar, a ponto de gerar uma
maior convivência com os seus usuários, proporcionar segurança, e valorizar o paisagismo,
que por vezes fica penalizado quando escondido entre sombras e especificações errôneas.
Acredita-se que ambientes ainda não adaptados, vão acabar sendo influenciados pelo sucesso
dos que já o foram, apesar de saber que este não será um processo rápido, mas que já teve sim
seu pontapé inicial, a esperança foi plantada.
Pôde-se conhecer um pouco dos tantos tipos de lâmpadas que o mercado proporciona aos
projetistas, e qual deve ser a utilização ideal de cada uma, e por tanto, quando esta escolha
estiver alinhada a especificação certa da vegetação a ser utilizada nos ambientes, será o
casamento perfeito para um bom projeto, que terá reconhecimento de todos e proporcionará
condições ideais de uso para toda a população.
Referências
ALLAIN, Stéphane. Luzes exteriores – embelezar, proteger e aumentar o valor da sua
casa. 2013.
BARBOSA, Edglay Lima. Estudo das plantas arbóreas e ornamentais das praças
públicas de Lagoa Seca-PB. 2007.
CALDAS, Mariella. Projeto de Iluminação da praça Hercílio Luz, de São José ganha
prêmio nacional. 2011.
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Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos
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http://soteconto.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html, 2010.
http://nucleope.com.br/noticias/visualizar/?id=88, 2013.
http://www.jardinseafins.com.br, 2010.
http://www.woa.com.br, 2010.
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http://www.ctb.com.pt, 2011.
http://www.electronica-pt.com, 2007.
http://olhares.uol.com.br, 2011.
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