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Luta marajoara

Luta Marajoara ou Agarrada Marajoara é um tipo de combate corpo-a-corpo, praticado no norte do Brasil,
principalmente nas festividades dos povoados do arquipélago do Marajó, no município de Cachoeira do
Ararí, onde o objetivo do combate é projetar o corpo do oponente de costas ao chão e dominá-lo.
Há uma indefinição quanto a origem real desta arte marcial. Alguns escritores já citaram as práticas do povo
indígena Aruás e a influência dos escravos africanos na sua criação. Outras teses, com maior poder de
coerência e proximidade com o que é praticado nos combates atuais, a influência das brigas entre búfalos
observadas e reproduzidos por caboclos, a exemplo do que fizeram os orientais criando estilos de luta
baseadas nos movimentos de ataques e defesas de animais (como a serpente, o leopardo etc.) ou
amistosos confrontos feito por vaqueiros, em atividades de lazer para aquecimento do corpo ao final do dia.
Passando a ser tradição na festividade do Glorioso São Sebastião, de Cachoeira do Arari.
As duas teses se fundem numa única dentro do contexto do lúdico, quando a prática ainda era chamada
pelos nomes de: agarrada, cabeçada, lambuzada ou derrubada. Nomes registrados ainda hoje nos
municípios de Cachoeira do Arari e Santa Cruz do Arari, possíveis áreas onde a arte foi iniciada, sendo
remanescente em Salvaterra, Chaves e principalmente Soure, que devido a grande incidência de
propriedades pecuaristas, predominou a cultura da criação de búfalos, animal que pode ter influenciado na
criação da luta.
Se levarmos em consideração que a chegada dos búfalos no Brasil deu-se através da ilha do Marajó, na
última década do século XVIII, numa ação do pecuarista Vicente Chermont de Miranda, então poderemos
dizer que esta luta pode ter seu surgimento referendado também por este episódio, em datas próximas.
A referência histórica para o século XVIII é corroborada por estudos realizados sobre a Luta Marajoara, os
quais, partindo da análise de Vicente Salles em sua obra O negro na formação da sociedade paraense:
textos reunidos, de 2004, destaca que entre os séculos XVIII e XIX no Pará, a visualização de sua prática
por negros, vaqueiros e mulatos nos campos marajoaras coincidiu com os eventos do movimento da
Cabanagem ocorridos no estado.
É em Cachoeira do Arari durante a procissão dos mastros pelas ruas da cidade, na Festividades do Glorioso
São Sebastião, os devotos banham-se e praticam a luta marajoara na lama das primeiras chuvas do ano,
durante o inverno marajoara no mês de janeiro. A festividade, que funde o profano com o religioso, ocorre
sempre de 10 a 20 de janeiro, com a chegada das chuvas, o ano que poderá ser de fartura, caso chova
muito ou de dificuldades caso chova pouco ou não chova.
Com a chuva forma-se grande quantidade de lama pelas ruas da cidade e é lá que a lambuzada se faz
presente. Eles sujam-se, uns aos outros, na lama considerada abençoada. E quem não se lambuza não terá
a proteção do santo chamado pelos devotos apenas como “Bastião”.
Somente na metade da década de 90 esta prática começou a receber uma nova denominação, agora sim,
como Luta marajoara, devido a iniciativa de órgãos públicos que passaram a promover torneios com
lutadores devidamente preparados e com premiação de destaque para aquele que seria considerado
campeão. Saindo então aí, o elemento lúdico e entrando a prática desportiva de rendimento, com a
necessidade de regras mais especificas e rígidas que permitissem a ação de arbitragem para mediar os
combates.
Maculelê

Maculelê é um tipo de dança folclórica da Bahia, com base (matriz) na cultura afro-
indígena-brasileira,[1] que simula uma luta tribal usando bastões, onde sua origem é ligada
às fazendas de produção da cana-de-açúcar na época do Brasil Colônia.
Considerado em sua origem uma arte marcial armada, que atualmente se preserva na
simulação de uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados
de grimas (esgrimas), mas com traços de miscigenação cultural nas músicas em línguas
africanas, indígenas e portuguesa. Em um grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se
dançar com facões em lugar de bastões, o que causa um efeito visual provocado pelas
faíscas que saem a cada golpe. Esta dança baiana mais tarde se mesclou a
outras manifestações culturais brasileiras, como a capoeira e o frevo.
Popó do Maculelê foi um dos responsáveis pela sua divulgação, formando um grupo com
parentes e amigos da cidade de Santo Amaro (Bahia), chamado Conjunto de Maculelê
de Santo Amaro da Purificação. Existem também outras comunidades, como a
comunidade quilombola Monte Alegre, no município de Cachoeiro de Itapemirim (Espírito
Santo), onde o maculelê ainda é passado entre gerações, com o objetivo de não perder a
cultura tradicional.
O maculelê é uma dança que pode envolver mulheres e homens.
A característica principal da dança é a batida dos porretes uns contra os outros em
determinados trechos da música que é cantada acompanhada pela forte batida do
atabaque.
A música no maculelê é composta por percussão e canto.
Instrumentos
O atabaque é o principal instrumento no maculelê. A bateria mais comum é composta
apenas por três atabaques, nomeadamente:

 Rum - Atabaque maior com som grave;

 Rumpi - Atabaque de tamanho médio com som intermediário;

 Lê - Atabaque pequeno com som mais agudo.


Os dois primeiros atabaques, o rum e o rumpi, fazem a base do toque com pouco
improviso, enquanto o atabaque lê, sendo mais agudo, executa diversos repiques de
improviso. Esta formação é notadamente similar à dos berimbaus da capoeira, com seus
berimbaus gunga, médio e viola.[3]
Tradicionalmente também faziam parte da bateria o agogô e o ganzá, mas a utilização
destes dois instrumentos caiu em desuso

Tarracá

Tarracá é um estilo brasileiro de luta tradicional agarrada praticada nas regiões centro-norte do
interior do Estado do Maranhão, nordeste do Brasil, mas precisamente na região do Pindaré e
na baixada maranhense. Uma mistura de tradições indígenas, europeias e africanas, o Tarracá é
muito popular entre peões negros, caboclos e cafusos, os tipos físicos mais comuns da região,
que praticam o "atarracar", "atracar" ou tarracá nos currais ou nas margens dos rios após o dia
de trabalho na fazenda, luta que consiste na tentativa de derrubar o adversário com as costas no
chão.
É muito semelhante na forma cultural da prática e nos movimentos com outros estilos de luta
tradicional agarrada, como o huka-huka dos povos indígenas do Xingu, com a luta marajoara,
com a galhofa oriunda de Portugal e com a bassula de Angola, devido à História maranhense de
colonização européia com mão de obra africana, assim como as migrações indígenas no Estado,
possivelmente o Tarracá foi influenciado ou influenciou estes outros estilos de luta agarrada.
O tarracá foi imortalizado como uma arte marcial eficaz pelos seus praticantes mais notáveis em
competições de artes marciais mistas, Casimiro de Nascimento Martins, especialista em
tarracá, é mais conhecido como Rei Zulu, que é uma lenda do vale-tudo e seu filho Wágner da
Conceição Martins o Zuluzinho, que fez carreira internacional, chegando a competir em eventos
na Rússia e no Pride Fighting Championships do Japão
É um estilo brasileiro de luta tradicional agarrada, que consiste na tentativa de derrubar o
adversário com as costas no chão. Praticada nas regiões centro-norte do interior do Estado do
Maranhão, nordeste do Brasil, mas precisamente na região do Pindaré e na baixada
maranhense. Uma mistura de tradições indígenas, europeias e africanas, o Tarracá é muito
popular entre peões negros, caboclos e cafusos, os tipos físicos mais comuns da região, que
praticam o "atarracar", "atracar" ou tarracá nos currais ou nas margens dos rios após o dia de
trabalho na fazenda.
Basicamente nesse estilo de luta não seus participantes não levam uma vestimenta específica,
alguns usam shorts ou uma espécie de calças soltinhas para ter maior mobilidade.
Jiu-jítsu brasileiro

Tudo começou em 1914, quando o japonês Mitsuyo Maeda, especialista nas artes marciais
orientais, desembarcou no Brasil.

Especialista nas artes marciais do Oriente,o japonês Mitsuyo Maeda vinha de uma turnê pela
América do Norte e Central, onde apresentara – pela primeira vez no continente – o judô e o jiu-
jitsu. Mais conhecido pelo apelido Conde Koma, Maeda fixou residência em Belém do Pará,
como adido do cônsul do Japão, mas nunca deixou de ensinar as lutas em que era mestre. Um
de seus alunos, Carlos Gracie, tinha um irmão franzino e de saúde frágil, chamado Hélio, que
acabou criando uma técnica própria, baseada em alavancas – golpes que usam todo o peso do
corpo (o seu e o do adversário). “Funciona como o macaco de trocar pneu. Vinte homens talvez
consigam erguer um carro, mas um macaco faz o serviço com mais técnica e menos força”, diz
Rorion Gracie, filho de Hélio e instrutor de jiu-jitsu em Los Angeles. Hélio viveu até os 95 anos.
Morreu em 2009 e, segundo a família, ainda ensinava e treinava no tatame até 10 dia antes de
falecer.

No início do esporte, ele constatou que o sistema funcionava melhor ainda no chão, onde o peso
do corpo atingia sua força máxima. Nessa dupla estratégia – privilegiar as alavancas e levar a
luta ao solo – está sua grande contribuição à luta original, possibilitando que um lutador mais
fraco vença oponentes pesados. Foi isso que deslumbrou fãs de todo o planeta quando Royce
Gracie, outro filho de Hélio, com apenas 77 quilos, derrotou Ken Shamrock, de 95 quilos, no
Campeonato Mundial de Vale-Tudo de 1993. A partir daí, o estilo tornou-se cada vez mais
popular, apelidado de BJJ (Brazilian Jiu Jitsu) e praticado em centenas academias só nos
Estado Unidos – onde o livro Brazilian Jiu-Jitsu Theory and Technique, escrito por Royler e
Renzo Gracie, encabeçou a lista de mais vendidos sobre artes marciais em 2001.

O principal objetivo é imobilizar o seu adversário através de golpes nas articulações,


principalmente braço e tornozelo, e nos estrangulamentos. Uma das principais
características do jiu jitsu é utilizar a força e o peso do seu próprio adversário contra ele
mesmo.

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