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Conteúdo licenciado para Jose Jales de Figueiredo Junior -
Formação em Teologia
ISAÍAS - Parte 02
Capítulo 53
Este capítulo talvez seja o que melhor retrata o Messias, trazendo a ideia do
servo sofredor, mas o povo só consegue vê-lo como aquEle que resolverá os seus
problemas. Quando o livro chega ao capítulo 57 vemos a enorme calamidade, de
um lado o adultério e idolatria do povo, e do outro, a justiça e santidade de Deus,
resultando num choque e afastamento, que é a causa da ruína de Israel, mas algo
que a nação não entende pois vê como sendo erros do Senhor, e não dela. O povo
passa a projetar seus pecados em Deus, e não vê que são eles mesmos que fecham
os ouvidos, encolhem a mão e desviam o olhar; é o próprio povo que ignora o irmão,
não protege o órfão e desampara a viúva. Contudo, Isaías mostra que, mesmo
assim, o juízo de Deus está a serviço da salvação.
Capítulo 59
A idolatria produziu egoísmo, e o povo não faz mais o que foi estabelecido
na lei, criando uma ruptura profunda entre Deus e Israel. Assim, a separação de
Deus não é sinal de impotência dEle, ou de que Ele está ocupado ou é insensível,
porém, é sinal do pecado generalizado da nação. Do mesmo modo, quando
acontece um afastamento entre nós e Deus, podemos ser tentados a pensar igual,
mas esse capítulo busca nos trazer a consciência de que a responsabilidade é
nossa. Logo, se nos sentimos desprotegidos, é porque fugimos do abrigo; se nos
sentimos inalcançáveis, é porque soltamos a mão do nosso Pai; se não
reconhecemos o nosso Deus, é porque fizemos um retrato errado dEle; e se
sentimos que o Senhor já não nos ouve, é porque o pecado cortou a ligação, e isso
é nossa responsabilidade. É disso que se trata o capítulo 59, um diagnóstico de
Israel.
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Por conta da vaidade, eles confiam que podem contornar a situação usando
os próprios meios, e de forma carnal criam alternativas fora de Deus, por isso se
tornam injustos, frios, cruéis e idólatras, pois a maldade reina onde Deus não está:
''Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não
possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder
ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós
e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que não vos ouça.’’ (Is 59:1,2)
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seu conserto e permanece fiel a Sua palavra para fazer o necessário, apontando
para a cruz de Jesus Cristo, onde veremos o auge de Sua justiça e amor.
Capítulo 60
O capítulo 60 começa com uma afirmação gloriosa, “Levanta-te,
resplandece, pois tua luz é chegada...”. Os ‘’Ais” de condenação já foram
pronunciados e fazem parte de uma linguagem profética com peso de juízo. A
idolatria foi exposta e já foram reveladas a traição do povo e os falsos deuses no
culto, e a repreensão foi dada. Depois disso, Deus passa a liberar promessas
pacíficas sobre o Israel remanescente que está por vir; Após as duras repreensões
aos seus filhos, lindamente, o Senhor os consola com promessas de bênção, para
que essa nação que antes era manchada pelas trevas e atravessada pela escuridão,
torne-se o farol do mundo que será luz para todas as nações.
Capítulo 61
Depois da destruição de Israel, causada por ela mesma, Deus
promete restauração. Uma profunda e abrangente reedificação (das pessoas e
lugares). Começando pelas pessoas, a restauração da esperança, saúde, liberdade,
alegria, justiça, santidade e paz. Tendo o povo restaurado, a promessa se volta para
a terra, plantações e rebanhos, casas e cidades, tudo que foi destruído será refeito
para que as pessoas, os lares e o país tenham novamente beleza e expressem, com
honra e louvor, a glória de Deus.
O Senhor fez essa promessa pois sempre que há destruição surge a
necessidade de reconstrução, e para isso é que existe a “unção”, sempre que ela
aparece na Bíblia é para a capacitação numa tarefa específica. E para restaurar o
país e o povo (e o mundo!) Deus levantará Jesus (as palavras “Cristo” e “Messias”
significam “ungido”!), e Ele irá além, pois foi capacitado também, para restaurar o
mundo e a humanidade, assim como foi ungido para consertar as pessoas em ruína.
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