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MECANISMOS DE AUTOIMUNIDADE

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da


autoimunidade são a suscetibilidade genética e os
gatilhos ambientais, como infecções e lesão local no
tecido.
Outros fatores como mudanças na microbiota
do indivíduo e alterações epigenéticas nas
células imunológicas podem desempenhar papéis
importantes na patogênese.

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TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
Indivíduos normais são tolerantes aos seus próprios antígenos porque os
linfócitos responsáveis pelo reconhecimento dos auto-antígenos foram
eliminados ou inativados, ou a especificidade destes linfócitos encontra-se
alterada.

A tolerância resulta da ausência de resposta quando ocorre reconhecimento


dos antígenos por linfócitos específicos.

A auto-tolerância pode ser induzida em linfócitos auto-reativos imaturos nos


órgãos linfoides centrais (tolerância central) ou em linfócitos maduros em locais
periféricos (tolerância periférica)

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VISÃO GERAL
DA TOLERÂNCIA

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CONCEITOS GERAIS
A tolerância central ocorre durante um estágio de maturação dos linfócitos, no qual o encontro
com um antígeno pode levar à morte celular ou à substituição de um receptor de antígeno auto-
reativo por outro que não apresente esta condição.

A tolerância periférica desencadeia-se quando linfócitos maduros reconhecem auto-antígenos e


morrem por apoptose ou quando se tornam incapazes de serem ativados pela exposição àquele
antígeno.

A tolerância periférica também é mantida pelas células T regulatórias (Treg) que suprimem
ativamente os linfócitos auto-antígeno-específicos.

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TOLERÂNCIA CENTRAL DE CÉLULAS T

Durante sua maturação


no timo, muitas células
T imaturas que
reconhecem antígenos
com grande avidez são
deletadas e algumas
das células
sobreviventes na
linhagem CD4+
transformam-se em
células T regulatórias.

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PROTEÍNA AIRE
A proteína AIRE é parte de um complexo que regula a
expressão de antígenos restritos a tecidos (TRAs, do
inglês tissue-restricted antigens) nas células epiteliais da
medula do timo (MTECs).

Peptídeos derivados desses antígenos são mostrados


nas MTECs e reconhecidos por células T antígeno-
específicas imaturas, levando à deleção de muitas
células T auto-reativas.

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PROTEÍNA AIRE

Na ausência de AIRE funcional, essas células T


auto-reativas não são eliminadas; elas podem
entrar nos tecidos onde os antígenos continuam
a ser produzidos e causar danos.

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GENES INDUZIDOS POR AIRE

MACEDO (2008) - Tese de doutorado (USP, SP)


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APS-1: Síndrome Poliendócrina Autoimune Tipo 1

Condição autossômica recessiva (cr 21)


Possibilidade de ocorrerem diversas manifestações
autoimunes, sobretudo em órgãos endócrinos, como a
adrenal, as gônadas, as células beta-pancreáticas e as
células parietais gástricas.

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TOLERÂNCIA CENTRAL DE CÉLULAS T

Algumas células T CD4+ auto-reativas que encontram auto-antígenos


no timo não são deletadas, mas, ao contrário disso, diferenciam-se
em células T-regulatórias específicas para esses antígenos.

TGF-beta CD4+
CD25+ = IL-2R
FoxP3+
IL-2
CTLA-4
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RELEMBRANDO…

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TOLERÂNCIA
PERIFÉRICA
DE CÉLULAS T

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TOLERÂNCIA DE LINFÓCITOS TCD8

Reconhecimento de auto-antígeno apresentado em


HLA-1 sem co-estimulação:
— Anergia
— Apoptose (elevadas concentrações de auto-antígenos)
— Ação de Treg > inibe diretamente CD8 auto-reativo ou CD4
necessário para potencializar ação do CD8

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TOLERÂNCIA
Linfócitos B imaturos que

CENTRAL DE reconhecem auto-antígenos na


medula óssea com alta afinidade
mudam sua especificidade ou são
deletados.
CÉLULA B

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Células B em desenvolvimento ao
reconhecerem auto-antígenos fracamente

TOLERÂNCIA tornam-se funcionalmente não responsivas


(anérgicas) e saem da medula óssea nesse
estado de não responsividade.

CENTRAL DE A anergia deve-se à regulação negativa da


expressão do receptor de antígeno, assim
como a um bloqueio na sinalização do
CÉLULA B mesmo.

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TOLERÂNCIA
PERIFÉRICA DA
CÉLULA B
Linfócitos B maduros que reconhecem auto-antígenos em tecidos
periféricos na ausência de células T auxiliares específicas podem ser
considerados funcionalmente não responsivos ou podem morrer por
apoptose

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BASES
GENÉTICAS
DA AUTO-
IMUNIDADE

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Polimorfismos Genéticos Não HLA Selecionados Associados às
Doenças Autoimunes

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INFECÇÕES
E AUTO-
IMUNIDADE

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ALGUMAS DOENÇAS AUTOIMUNES

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