Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
● Dentre as fases de regulação, após garantir que seus linfócitos sejam capazes de reconhecer MHC
próprio (linfócito T, apenas), a segunda etapa de regulação é garantir que os linfócitos não reconheçam
(não respondam contra) o próprio organismo. Nessa fase, as células são apresentadas a antígenos
diversos e aquelas que possuem afinidade alta para antígenos próprios são rapidamente eliminadas
devido ao perigo iminente que elas teriam se isso não ocorresse. Todo este processo é chamado de
tolerância central.
● Essa regulação é tão essencial para homeostase do organismo que uma vez quebrada a tolerância, o
sistema imune passa a responder altamente contra antígenos do próprio organismo, desencadeando
assim, autoimunidades.
● Apesar de uma única mutação não ser suficiente para permitir uma resposta autoimune, múltiplas
mutações podem eventualmente permitir que linfócitos autorreativos se desenvolvam.
● Estas células autorreativas são rigorosamente suprimidas, tanto que somente poucos animais
desenvolvem autoimunidade.
● Ainda são desconhecidas as razões pelas quais estes indivíduos desenvolvem doenças autoimunes.
● Muitos fatores influenciam a suscetibilidade à autoimunidade. Estes incluem sexo, idade, genética e
infecções virais.
● Como em outras funções imunes, tanto os linfócitos T como os linfócitos B podem mediar a
autoimunidade. Assim, em algumas doenças autoimunes, o processo é mediado apenas por
autoanticorpos. Em outros, o dano é desencadeado apenas por linfócitos T ou pela combinação de
autoanticorpos e linfócitos T.
Indução de Autoimunidade
● Linfócitos T somente podem tornar-se tolerantes aos autoantígenos se forem primeiramente expostos a estes
antígenos.
● Muitos autoantígenos são encontrados em locais onde eles nunca encontram linfócitos circulantes.
Nos testículos, novos antígenos aparecem somente na puberdade – fato este que ocorre muito tempo depois
que o sistema de linfócitos T se desenvolveu e tornou-se tolerante aos autoantígenos. Injúria aos testículos
pode permitir que proteínas dos tecidos danificados alcancem a circulação sanguínea, encontrem células
sensíveis aos autoantígenos e estimulem autoimunidade.
Os epítopos que estimulam a formação de IK são expostos quando estes componentes do sistema
complemento são ativados. O nível sérico de IKs reflete a quantidade de ativação do complemento,
sendo um bom indicador para mensurar o nível de estimulação antigênica do animal. Esses são
indicadores inespecíficos da prevalência de doenças infecciosas dentro de uma população animal.
Seu papel fisiológico é ainda incerto, mas eles podem aumentar a opsonização mediada pelo
complemento.
Edição de Receptor
Resulta na geração de receptores de antígeno não funcionais e autorreativos. Rearranjos são contínuos,
mesmo após formações ideais.
A edição de receptores ocorre somente em linfócitos B imaturos. Linfócitos B maduros, que se ligam aos
autoantígenos, não sofrem edição do receptor e são induzidos a sofrer apoptose.
Respostas imunes anormais
Falha no controle regulatório
● Defeitos no CD95 ou em seu ligante, CD154 (CD95L) causam autoimunidade por permitir
que linfócitos T anormais sobrevivam e causem doença, isto é demonstrado na cepa LPR em
camundongos;
● O gene AIRE (autoimune regulador) possibilita que múltiplos autoantígenos sejam expressos nas
células epiteliais tímicas. Os linfócitos T que respondem a estes autoantígenos são destruídos. As
pessoas com o gene AIRE defeituoso desenvolvem autoimunidade contra múltiplos órgãos
endócrinos, contra a pele e outros tecidos.
Autoimunidade induzida por infecção
● As doenças autoimunes são desencadeadas por diversos fatores ambientais, sendo que agentes
infecciosos são os mais importantes causadores, mas estes não podem ser responsabilizados por todo o
processo autoimune, pois as infecções são muito comuns e as doenças autoimunes são razoavelmente
raras;
● A situação com doença autoimune espontânea é menos clara. Várias tentativas foram realizadas
para se isolar vírus de pacientes com doença autoimune, entretanto os resultados foram variados;
Autoimunidade induzida por infecção
● Como a indução de autoimunidade por meio dos vírus é incerta, outros três mecanismos são
conhecidos: mimetismo molecular, propagação do epitopo e ativação bystander.
Mimetismo molecular
Inicialmente existirão
A resposta imune é respostas celulares T outros epítopos na
e B diversificam e mesma
direcionada ao epítopo
respostas começam a proteína,depois as
simples do agente
ser direcionadas respostas podem se
causador contra epitopos propagar para
adicionais epitopos em outros
autoantígenos.
Ativação Bystander
Os linfócitos T podem,
em resposta a um
antígeno, produzir uma
Esses antígenos podem
Vírus causam danos mistura de citocinas
ativar linfócitos
teciduais, podendo como os fatores de
próximos, os
causar a liberação de necrose tumorais
bystanders, que não
antígenos previamente (TNFs) e óxido nítrico,
estavam envolvidos na
ocultos resultando em morte de
resposta viral
células próximas e
ativação de resposta
autoimune.
Patógenos podem causar
Estas citocinas podem
proliferação linfocitária
ativar linfócitos T
Os vírus podem induzir inapropriada por ação
anteriormente inativos.
uma resposta inflamatória sobre PRRs que geram
Como resultado, os
que resulta em liberação moléculas
linfócitos T podem atacar
de múltiplas citocinas. coestimulatórias e
autoantígenos
mediadores pró-
anteriormente ignorados.
inflamatórios.
Os vírus podem
deflagrar uma
resposta autoimune
tanto por mimetismo
molecular como pela
ativação bystander.
Microquimerismo
● No entanto, nenhum gene específico é necessário ou suficiente para a expressão da doença. Os genes
influenciam a gravidade da doença;
● A complexidade genética e na análise genética ocorrem pois genes suscetíveis podem ou não interagir.
Elas contribuem para as apresentações da doença,
● Genes do MHC são os predominantemente associados a doenças autoimunes, que determinam
resistência ou suscetibilidade a muitas doenças;
● Quase todas as doenças autoimunes estão ligadas a múltiplos loci MHC. Por exemplo, em humanos, a
combinação de HLA-A1, -B8 e -DR3 está associada a maior risco para diabetes tipo 1, miastenia grave e
SLE;
● Resposta autoimune: depende da estrutura da fenda de encaixe para o antígeno no MHC
Fatores Predisponentes
Predisposição Racial:
2º: Há 20 anos quando a maior parte das raças de cães atuais foi criada.
Predisposição racial:
● Diabetes melito é associada a DLA-A3, -A7, -A10 e -B14;produção de anticorpos antinuclear é associada a
DLA-12; SLE é associada a DLA-A7 e poliartrite autoimune é associada a certos alelos C4;