Você está na página 1de 15

TOLERANCIA

IMUNOLOGICA
TOLERÂNCIA
TOLERÂNCIA SE REFERE À NÃO REATIVIDADE IMUNOLÓGICA ESPECÍFICA A UM
ANTÍGENO RESULTANDO DE UMA EXPOSIÇÃO PRÉVIA AO MESMO ANTÍGENO.
ENQUANTO A FORMA MAIS IMPORTANTE DE TOLERÂNCIA É NÃO REATIVIDADE A
ANTÍGENOS PRÓPRIOS, É POSSÍVEL INDUZIR TOLERÂNCIA A ANTÍGENOS NÃO
PRÓPRIOS. QUANDO UM ANTÍGENO INDUZ TOLERÂNCIA É CHAMADO TE ERÓGENO.
TOLERÂNCIA A ANTÍGENOS
PRÓPRIOS
Tolerância pode também ser induzida para antígenos não próprios (estranhos) pela
modificação do antígeno, pela injeção do antígeno através de rotas específicas tais como via
oral, pela administração do antígeno quando o sistema imune está em desenvolvimento, etc.
Certas bactérias e virus descobriram maneiras estratégias de induzir tolerância de modo que o
hospedeiro não mata esses micróbios. Ex. Pacientes com lepra lepromatosa não montam uma
resposta imune contra Mycobacterium leprae.
TOLERÂNCIA A
TECIDOS E CÉLULAS

Tolerância a antígenos tissulares e celulares pode ser induzida


pela injeção de células hematopoiéticas (tronco) em animais
recém-nascidos ou severamente imunocomprometidos (por
irradiação letal ou tratamento químico). Também, enxêrto de
medula óssea alogeneica ou do timo no início da vida leva à
tolerância das células e tecidos do tipo das do doador. Tais
animais são conhecidos como quimeras. Essas descobertas
são de significante aplicação prática em enxêrto de medula
óssea.

4
TOLERÂNCIA A ANTÍGENOS SOLÚVEIS

Um estado de tolerância a uma variedade de antígenos T-dependentes e T-


independentes tem sido conseguido em vários modelos experimentais. Baseado
nessas observações é claro que uma variedade de factores determinam se um
antígeno irá estimular uma resposta imune ou tolerância (

5
6
ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA TOLERÂNCIA

• Tolerância é diferente da imunossupressão não específica e


imunodeficiência. É um processo ativo antígeno-dependente em
resposta ao antígeno. Assim como a resposta imune, a tolerância é
específica e assim como a memória imunológica, ela pode existir em
células T, células B ou em ambas e assim como na memória
imunológica, tolerância ao nível de célula T é mais duradoura do que
a tolerância ao nível de célula B.

7
ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA TOLERÂNCIA
A indução de tolerância em células T é mais fácil e requer relativamente quantidades menores
do tolerógeno do que a tolerância em células B. A manutenção da tolerância imunológica
requer persistência do antígeno. Tolerância pode ser quebrada naturalmente (como nas
doenças autoimunes) ou artificialmente (como mostrado em animais experimentais, pela
radiação X, certos tratamentos químicos e pela exposição a antígenos de reação cruzada

• A tolerância deve ser induzida dirigida a todos os epitopos ou para apenas alguns epitopos
de um antígeno e tolerância para um antígeno isolado deve existir ao nível de célula B ou
de célula T ou ao nível de ambas.

8
MECANISMOS DA INDUÇÃO DE
TOLERÂNCIA
O mecanismo exato de indução e manutenção da tolerância não é completamente compreendido.
Datos experimentais, entretanto, apontam para algumas possibilidades.

1 . Deleção clonal

• 2. Anergia clonal

• 3. Ignorância clonal

• 4. Anticorpo anti-idiotipo

• 5. Células T regulatórias (Antigamente chamadas células supressoras)

9
DELEÇÃO CLONAL

• Linfócitos T e B durante o desenvolvimento encontram antígenos


próprios e tais células realizam deleção clonal através de um
processo conhecido como apoptose ou morte celular programada.

10
ANERGIA CLONAL

• Células T auto-reativas quando expostas a peptídios antigênicos em


células apresentadoras de antígenos (APC) que não possuem as
moléculas co-estimulatórias CD80 (B7-1) ou CD86 (B7-2) se tornam
anérgicas (não-responsivas) ao antígeno.

11
IGNORÂNCIA CLONAL

• Células T reativas a antígenos próprios não representadas no timo


irão maturar e migrar para a periferia, mas elas certamente não irão
encontrar jamais o antígeno apropriado porque este está sequestrado
em tecidos inacessíveis. Tais células deverão morrer por falta de
estímulos.
• Células B auto-reativas, que escapam da deleção, podem não
encontrar o antígeno ou a ajuda da célula T específica e assim não
será ativada e morrerá.

12
CÉLULAS T REGULATÓRIAS
(ANTIGAMENTE CHAMADAS
CÉLULAS SUPRESSORAS)

• . Mutacões genéticas em Foxp3 em humanos levam ao


desenvolvimento de uma desordem autoimune rapidamente fatal
conhecida como desregulação imune, Poliendocrinopatia,
Enteropatia, síndrome autoimune . Esta doença oferece a mais
contundente evidência de que células T regulatórias exercem papel
crítico na prevenção de doenças autoimunes.

13
TÉRMINO DA TOLERÂNCIA

• Tolerância experimentalmente induzida pode ser terminada pela


ausência prolongada da exposição ao tolerógeno, por tratamentos
que danificam severamente o sistema imune (radiação X) ou pela
imunização com antígenos de reação cruzada. Essas observações
são significantes na conceitualização de doenças autoimunes.

14
ANTICORPO ANTI-IDIOTIPO

• Existem anticorpos que são produzidos contra idiotipos específicos ou


outros anticorpos. Anticorpos anti-idiotipos são produzidos durante o
processo de tolerização e tem sido demonstrado em animais
tolerantes. Esses anticorpos parecem impedir o receptor de célula B
de interagir com o antígeno.

15

Você também pode gostar