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Tolerância imunológica – não responsividade aos antígenos próprios. Os linfócitos capazes de reconhecer
antígenos próprios são constantemente gerados durante o processo normal de maturação de linfócitos, mas existem
muitos mecanismos para prevenir a resposta autoimune. Se esses mecanismos falham, ocorrem as doenças
autoimunes.
A seleção negativa ocorre nas células T duplamente positivas no córtex tímico ou em células unicamente
positivas recém-geradas na medula. Nestes locais, os timócitos que encontra estes antígenos morrem por apoptose.
Algumas células TCD4 autorreativas que vêem antígenos próprios no timo não são eliminadas, mas se
diferenciam em células T reguladoras específicas, que saem do timo e inibem respostas contra tecidos próprios na
periferia. A deficiência de AIRE não parece evitar o desenvolvimento de células T reg de origem tímica específicas
para os mesmos antígenos próprios.
Editoramento do receptor: se células B imaturas reconhecem antígenos próprios na medula óssea, podem
reativar sua estrutura de recombinação do gene da Ig e passar a expressar uma nova cadeia leve de Ig, que se
associará à cadeia pesada de Ig previamente expressa para produzir novo receptor antigênico que anteriormente era
específico para antígenos próprios. Se a edição falhar, as células B imaturas que reconhecem os antígenos próprios
com alta afinidade morrem por apoptose ou sofrem anergia (saem da medula irresponsívas ao antígeno). A seleção
negativa de células B imaturas elimina linfócitos com receptores de alta afinidade para antígenos da membrana
celular ou antígenos próprios solúveis que são abundantes e amplamente expressos. Não existem exemplos
conhecidos de doenças autoimunes atribuíveis à perda de tolerância das células B centrais.